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Marketing e Turismo – Um estudo de caso aplicado na cidade de Ponta Grossa – PR Leandro Baptista (Universidade Estadual de Ponta Grossa) [email protected] Resumo Diariamente há atividades de cunho empresarial, sejam elas reuniões, congressos, rodadas de negócio, etc. Em vista desta demanda, o turismo regional pode ser favorecido ao captar esses clientes para si. Com isso, ações de marketing são necessárias para ampliar a possibilidade de captação desse público, movimentando todo o trade e oferecendo oportunidades de desenvolvimento econômico. Através de um estudo de caso desenvolvido na cidade de Ponta Grossa – PR foi diagnosticada a demanda real e assim, analisadas as estratégias de marketing envolvidas com a atividade. Palavras-chave: Turismo de negócios, Marketing turístico, Desenvolvimento econômico. 1. Introdução O turismo atualmente é uma das atividades que mais crescem no mundo, trazendo consigo um amálgama de possibilidades para seus clientes. Pode-se notar a complexidade da atividade quando nota-se que, A cada ano que passa, torna-se maior o fluxo de correntes turísticas em todas as direções. Essas correntes são movidas por diversos fatores, tais como: lazer, férias, viagens comerciais, congressos, feiras, exposições, excursões religiosas ou esportivas, treinamento e atualização profissional (PELIZZER, 2005, p. 4). Dentre os segmentos, o turismo de negócios vem se destacando no cenário nacional e internacional devido a algumas peculiaridades impostas ao realizar esta atividade. Este tipo de turismo é o que emprega o maior número de pessoas, além de ser um dos segmentos que mais gera divisas ao turismo mundial, ou seja, analisando-o economicamente nota-se claramente que tem fundamental importância para a manutenção e promoção do turismo. Com essa notória percepção de rendimentos que a atividade pode gerar, um planejamento de marketing adequado faz-se necessário para incrementar a demanda da destinação, agregando assim valores da atividade turística aos equipamentos de infra-estrutura básicos disponibilizados pelo município. Devido a certa dificuldade em se encontrar documentos relacionados ao turismo de negócios, pretende-se com este artigo ampliar a possibilidade de debates a respeito de sua conceituação e planejamento, além de analisar a situação atual enfrentada pelo turismo de negócios no contexto regional dos Campos Gerais, dando ênfase ao município de Ponta Grossa – PR, cujo principal segmento de turistas está focado nesses clientes.

Marketing e Turismo - Um Estudo de Caso Aplicado Na Cidade de Ponta Grossa - PR

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  • Marketing e Turismo Um estudo de caso aplicado na cidade de

    Ponta Grossa PR

    Leandro Baptista (Universidade Estadual de Ponta Grossa) [email protected]

    Resumo Diariamente h atividades de cunho empresarial, sejam elas reunies, congressos, rodadas de negcio, etc. Em vista desta demanda, o turismo regional pode ser favorecido ao captar esses clientes para si. Com isso, aes de marketing so necessrias para ampliar a possibilidade de captao desse pblico, movimentando todo o trade e oferecendo oportunidades de desenvolvimento econmico. Atravs de um estudo de caso desenvolvido na cidade de Ponta Grossa PR foi diagnosticada a demanda real e assim, analisadas as estratgias de marketing envolvidas com a atividade. Palavras-chave: Turismo de negcios, Marketing turstico, Desenvolvimento econmico. 1. Introduo

    O turismo atualmente uma das atividades que mais crescem no mundo, trazendo consigo um amlgama de possibilidades para seus clientes. Pode-se notar a complexidade da atividade quando nota-se que,

    A cada ano que passa, torna-se maior o fluxo de correntes tursticas em todas as direes. Essas correntes so movidas por diversos fatores, tais como: lazer, frias, viagens comerciais, congressos, feiras, exposies, excurses religiosas ou esportivas, treinamento e atualizao profissional (PELIZZER, 2005, p. 4).

    Dentre os segmentos, o turismo de negcios vem se destacando no cenrio nacional e internacional devido a algumas peculiaridades impostas ao realizar esta atividade. Este tipo de turismo o que emprega o maior nmero de pessoas, alm de ser um dos segmentos que mais gera divisas ao turismo mundial, ou seja, analisando-o economicamente nota-se claramente que tem fundamental importncia para a manuteno e promoo do turismo.

    Com essa notria percepo de rendimentos que a atividade pode gerar, um planejamento de marketing adequado faz-se necessrio para incrementar a demanda da destinao, agregando assim valores da atividade turstica aos equipamentos de infra-estrutura bsicos disponibilizados pelo municpio.

    Devido a certa dificuldade em se encontrar documentos relacionados ao turismo de negcios, pretende-se com este artigo ampliar a possibilidade de debates a respeito de sua conceituao e planejamento, alm de analisar a situao atual enfrentada pelo turismo de negcios no contexto regional dos Campos Gerais, dando nfase ao municpio de Ponta Grossa PR, cujo principal segmento de turistas est focado nesses clientes.

  • 2. Fundamentao terica: conceitos do segmento

    O turismo de negcios encontra dificuldades em sua contextualizao devido ao fato de muitos autores discordarem a respeito de sua tipologia. Em decorrncia disto, pode-se classific-lo tambm como empresarial, conceituando-o como:

    Deslocamentos de executivos e homens de negcios, portanto turistas potenciais, que afluem aos grandes centros empresariais e cosmopolitas a fim de efetuarem transaes e atividades profissionais, comerciais e industriais, empregando seu tempo livre no consumo de recreao e entretenimento tpicos desses grandes centros, incluindo-se tambm a freqncia a restaurantes com gastronomia tpica e internacional (BENI, 2004, p. 431).

    A razo pela qual o turismo de negcios considerado como um segmento da atividade por alguns autores e outros no, est ligado contradio no que se refere desde os primrdios contextuais do turismo, onde, at aproximadamente a dcada de 70 estudiosos salientavam ser uma atividade da qual no se poderia obter lucros. As discusses sobre sua incorporao ao setor de turismo comeam a surgir nessa poca, e como resultado dessas discusses, pode-se entender turismo como:

    O deslocamento de pessoas de seu local de residncia habitual por perodos determinados e no motivados por razes de exerccio profissional constante. Uma pessoa que reside em um municpio e se desloca para outro diariamente para exercer sua profisso no estar fazendo turismo. J um profissional que esporadicamente viaja para participar de um congresso ou para fechar um negcio em outra localidade que no a de sua residncia estar fazendo turismo (IGNARRA, 1999, p. 25).

    Desta forma, adotar-se- esta definio de turismo, devido abrangncia do segmento de negcios e sua preocupao com o tempo de viagem. Esta questo pode ser entendida que uma vez o turista viajando por um tempo igual ou superior a um ano, por exemplo, caracteriza-se como imigrante no pas de destino.

    Outras definies tentam diferenciar o que o turismo de negcios, que se confunde muito com o turismo de eventos, uma vez que, o primeiro jamais acontecer sem a presena do segundo, estando ligados diretamente para que seja possvel. Um congresso, por exemplo, que um evento que atrai executivos de diferentes origens com a finalidade de aprender novas tecnologias ou compr-las, caracteriza-se tambm como turismo de negcios.

    Pode-se dizer tambm que o turismo de negcios caracteriza-se por alguns componentes essenciais, como conferncias, exibies em feiras de comrcio, corporaes, eventos, encontros e viagem individual de negcios. Uma sigla comumente utilizada o MICE (Meetings, Incentives, Conventions and Exhibitions) que corresponde s principais categorias de eventos relacionados ao turismo de negcios, sendo respectivamente: Reunies, Incentivos, Convenes e Exibies. O turista desse segmento classificado como um viajante cujo objetivo principal uma atividade ligada ao seu trabalho, negcio ou rea de interesse.

  • Tendo em vista as singularidades impostas por este segmento do turismo, percebe-se que para o sucesso de seu fomento h a necessidade de infra-estrutura bsica e turstica adequadas na destinao, para que se enquadre nas atuais exigncias das empresas.

    3. Marketing aplicado ao turismo

    As pessoas podem ser encorajadas a gastar mais ao experimentar as variadas ofertas das destinaes visitadas, utilizando os recursos do turismo como um todo, destacando-se: reas de lazer, centros gastronmicos e o uso de atrativos culturais.

    A maioria dos pases do mundo que esto envolvidos com o turismo de negcios tem alguma extenso, seja como destino turstico ou fonte de mercado (demanda). Este tipo de turismo uma importante indstria de exportao e geralmente considerado como um dos mais importantes no segmento do turismo por causa dos altos gastos provenientes dos turistas. Normalmente so as empresas que pagam as despesas de viagem, logo o turista no evitar em ficar em grandes hotis, utilizar bilhetes areos na classe executiva, escolher lugares sofisticados para sua alimentao, entre outros.

    Um plano de marketing turstico que seja elaborado seguindo os princpios norteadores de sustentabilidade e competitividade poder auxiliar de maneira eficaz na venda de novos destinos para esta demanda. Pode-se conceituar e demonstrar a importncia do marketing, em:

    Conceitua-se marketing como uma orientao da administrao baseada no entendimento de que a tarefa primordial da organizao determinar as necessidades, desejos e valores de um mercado visado e adaptar a organizao para promover as satisfaes desejadas de forma mais efetiva e eficiente que seus concorrentes (KOTLER, 1996, p. 42).

    Neste sentido, deve-se entender organizao como os rgos de incentivo ao turismo de uma regio que ir receber os visitantes, estes que iro ento procurar satisfazer as exigncias de seu cliente (empresa) para que ento consiga atra-lo e fideliz-lo.

    De uma maneira ampla, podem-se identificar particularidades de um destino nas duas esferas administrativas, dando nfase desde localidades pequenas, com planos de marketing municipal e regional at grandes estudos em nvel internacional. Esse estudo deve considerar as necessidades dos clientes e os lucros esperados pelas empresas de turismo da localidade. Pode-se notar a importncia da parceria entre a esfera pblica e privada, ao salientar:

    Adaptao sistemtica e coordenada da poltica das empresas de turismo, assim como da poltica turstica privada e do Estado, sobre o plano local, regional, nacional e internacional, visando plena satisfao das necessidades, obtendo-se com isso um lucro apropriado. (KRIPPENDORF, 1971, apud VAZ, 1999, p. 18).

    Entende-se assim, que o esforo para a captao desse mercado deve ser realizado em parceria entre as duas esferas apresentadas. Cabe a iniciativa pblica, a estruturao de acessos, sinalizao, segurana, investimentos em planejamento e marketing, entre outros; enquanto as organizaes privadas (trade turstico) devem concentrar suas estratgias em investimentos que traro melhorias e desenvolvero equipamentos como: restaurantes internacionais, hotis de categoria superior, entretenimento noturno de qualidade, etc.; com o intuito de dar um melhor suporte para a atividade.

  • 4. Desenvolvimento econmico

    No ano de 1984, o governo federal j via no turismo de negcios um mercado promissor. Por isso a Resoluo do Conselho Nacional de Turismo n 14/84 dava condies para a realizao de eventos com esse fim, inclusive com apoio tcnico e financeiro da EMBRATUR, quando cabia a este rgo o fomento da atividade no pas. Desta maneira o turismo de negcios atingiu os nveis de crescimento vistos nos dias de hoje, trazendo aproximadamente R$ 26 bilhes ao pas, segundo estimativa da Ubrafe.

    Sendo um dos maiores responsveis pela gerao de divisas no turismo brasileiro, o turismo de negcios vive uma fase de franco crescimento. Segundo dados do Ministrio do Turismo, este segmento ocupa o 2 lugar das motivaes de viagens e esse tipo de turista deixa em torno de U$ 112,3 por dia. Caracterizado por viagens geralmente de curta durao e provocadas por motivos profissionais, o turismo de negcios torna-se um chamariz muitos empresrios e executivos. Essas viagens permitem a esse tipo de turistas estabelecerem novos contatos, firmar parcerias e conhecer novas tecnologias.

    De acordo com o Anurio Estatstico da Associao Brasileira da Indstria de Hotis - ABIH-RJ de 2006, o turismo de negcios foi o principal motivo de venda de estadias dos hotis do Rio de Janeiro. Em todos os meses do ano este segmento de turismo apontado como o principal motivador de venda de room nights.

    Porm, o turismo de negcios assim como outras segmentaes do setor, necessita que algumas adaptaes sejam realizadas nos equipamentos e servios disponibilizados. O diferencial aqui se encontra em fornecer ao turista avanos tecnolgicos de ponta, como internet de alta velocidade e sem fio, tradutores simultneos, Business Center, entre outros; e no campo dos servios, os recursos tursticos devem oferecer profissionais altamente capacitados, atenciosos e preocupados com o bem estar de seu cliente.

    Com esse panorama nacional, observa-se que com o apoio da iniciativa pblica e privada, a segmento de negcios quebrar ano a ano os ndices de crescimento, salvo anos de recesso em especial. Assim este tipo de turismo revela sua importncia no contexto nacional j que direta ou indiretamente movimenta as mais diversas reas da economia, desde a comercializao de produtos artesanais, engenharia at a exportao de tecnologia.

    5. Turismo de negcios em Ponta Grossa PR

    O municpio de Ponta Grossa, localizada a 110 km de Curitiba, capital do Estado, apresenta potencialidade turstica para os segmentos de: reas naturais, cultural, eventos, alm do turismo de negcios j diagnosticado. H um elevado nmero de atrativos em cada um desses segmentos, porm a falta de investimentos dos proprietrios principalmente no que se refere ao acervo cultural acabam desfavorecendo a atividade e inibindo um aproveitamento melhor desses atrativos.

    Com as reas naturais pouco pode ser feito pela iniciativa pblica alm de melhorias no acesso e sinalizao. As localidades com potencialidade presentes para este tipo de turismo encontram-se em poder de terceiros, no podendo assim, serem destinados recursos municipais para o melhoramento da qualidade desses atrativos. Apesar dos esforos da academia e de aes de sensibilizao promovidas atravs de palestras, os proprietrios no se dispem favorveis investir em seus recursos.

  • Porm o turismo de negcios est presente constantemente na cidade, demanda esta que so atradas devido s empresas instaladas na regio e tambm por conta do municpio sediar alguns eventos de destaque. Nos ltimos anos pode-se constatar esta demanda atravs da comparao entre os Boletins de Ocupao Hoteleira (BOH), durante os meses ociosos e os meses em que ocorrem eventos. O movimento de turistas que vm para eventos fica em segundo lugar e os de lazer ocupam apenas a terceira colocao.

    A cidade conta com diversos hotis, destacando-se entre eles quatro principais, sendo dois desses administrados por redes e outros dois com administrao independente. Os clientes desses espaos so em sua maioria, executivos e/ou colaboradores das empresas instaladas na regio, apontando assim, clientes reais que se deslocam at o municpio, utilizando os poucos recursos da atividade turstica que a cidade possui.

    A qualidade da infra-estrutura bsica na regio central cumpre seu papel, mas a infra-estrutura de apoio atividade ainda deve ser desenvolvida com mais afinco pelos gestores municipais do turismo. Os equipamentos tursticos promovidos pela iniciativa privada so de boa qualidade, altamente competitiva entre as cidades que integram a regio dos Campos Gerais, mas de difcil alcance se comparada capital Curitiba.

    Dentre os espaos disponibilizados na cidade, destacam-se: Casa Velha Buffet e Eventos, mais recente centro de eventos; Philadelphia Convention Center, anexo ao Hotel Slaviero Executive Ponta Grossa e o Centro de Eventos Cidade de Ponta Grossa, que o maior espao de eventos na cidade, administrado pela Secretaria de Indstria, Comrcio e Turismo.

    Com isso possvel entender que a cidade apresenta certa estrutura para abrigar esta demanda, porm, ao tocar em quesitos como opes de lazer e uma oferta de espaos gastronmicos os turistas acabam no sabendo o que fazer e optam por permanecer em seus hotis, ao esta que no incentiva o turista a deixar mais dinheiro na cidade.

    Esta deficincia pode ser sanada com aplicao de estratgias de promoo turstica definidas por um plano conciso de marketing, este que deve ser elaborado em parceria com principais envolvidos na atividade, sendo eles: Prefeitura Municipal, Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), Convention & Visitors Bureau (C&VB) e o todo o trade (hotis, restaurantes, pousadas, agncias, etc.). Os objetivos da promoo so:

    Fixar o produto na mente do consumidor; criar uma mensagem nica, consistente, compreensvel e crvel sobre o produto; construir uma imagem de marca diferenciada e sustentvel na mente do consumidor; oferecer informaes e incentivos para o consumidor adquirir o produto ou servio da empresa (LIMEIRA, 2003, p. 272).

    Entende-se assim, que a estratgia de promoo de um produto turstico deve ter cuidados ao repassar seus conceitos para que a construo do imaginrio no seja feita de forma errnea, ou esteretipos podem ser criados e afetar negativamente uma destinao. Alm de criar uma expectativa em torno daquele espao, influenciando a compra de determinado destino.

    As aes de marketing do municpio que so desenvolvidas pelo C&VB, so realizadas separadamente cada uma, a estratgia para captao de eventos est sendo feita ao designar embaixadores da cidade em outros municpios, para visitar sedes de diversas reas do conhecimento, com a inteno de mostr-los nossos recursos para a realizao de seus eventos. Para os turistas de lazer est sendo trabalhado um showcase. Este produto ser

  • composto de material impresso e visual, com vdeo sobre os atrativos de lazer da cidade, conforme Sr. Daniel Vagner, atual presidente deste rgo.

    O presidente ainda ressalta a unio entre empresrios do setor turstico, referindo-se at mesmo pela consolidao do Convention. Segundo Daniel, hoje os representantes desses estabelecimentos tm um espao para discutir e propor melhorias para o turismo, deixando a concorrncia leal e favorecendo a todos.

    Estas aes de marketing certamente podero trazer bons resultados ao serem implementadas. O material que ser disponibilizado ao favor do aumento da demanda por atrativos de lazer deve conter alm de material publicitrio, tambm informaes sobre como ou onde realizar reservas, nmeros de telefones teis ao turista em caso de emergncia, entre outros. Deve-se ter cuidado quanto distribuio deste para evitar prejuzos, uma vez que foi ressaltado elevado custo de produo, por se tratar de boa qualidade, pelo presidente do C&VB.

    H tambm a necessidade de que os habitantes da cidade sejam sensibilizados, valorizem seu patrimnio e percebam que o turismo, traz investimentos e melhorias para a comunidade local, como melhorias em hospitais. Assim que no haver uma repulsa por parte destes contra os visitantes, uma vez que estes estaro participando da atividade, que traz empregos diretos e indiretos.

    6. Consideraes finais

    Apesar de a cidade contar com uma estrutura administrativa para o turismo bastante ampla, aes de execuo rpida com expectativa de retornos a curto prazo no aparentam estar sendo providenciadas.

    Como diagnosticado o movimento de turismo na cidade, o plano de marketing municipal deve estar constantemente sendo atualizado com novas informaes, para que sejam apuradas as novas tendncias e para que a gesto saiba onde melhor investir seus recursos na divulgao de seus atrativos em veculos corretos, evitando assim perda de tempo e de recursos financeiros.

    A insero de profissionais da rea do turismo na Secretaria de Indstria, Comrcio e Turismo tambm uma maneira de que alavanque o turismo, uma vez que estes esto aptos a planejar a atividade com sustentabilidade e podem contribuir que melhorias sejam providenciadas de maneira mais rpida com projetos aprovados pelo governo federal.

    A iniciativa privada mostra seu interesse com o turismo, quando so analisadas as opes de espaos para realizao de eventos, hotis e restaurantes de categoria superior. Mas ao tratar de opes para entretenimento e lazer, a cidade no mostra muitos recursos, fato este que um ponto negativo para o movimento do setor. Desta maneira, a probabilidade de captao de eventos de grande porte, os quais utilizam estes recursos, e que geralmente ocorrem na capital, fica comprometida.

    Portanto, ao abordar o marketing turstico, nota-se um uso inadequado desta importante ferramenta, onde uma das principais falhas demonstradas a falta de comunicao entre os componentes do planejamento juntamente com o pblico, ou seja, os turistas. A aplicao de pesquisas, que esto comeando a ser realizadas, com estes podero apontar as principais deficincias da regio, para orientar atitudes ou mudanas de postura da iniciativa pblica e

  • novos investimentos privados sejam construdos. Estas aes podero j demonstrar um aumento da demanda a curto prazo, e ento embasaro os princpios norteadores que apontaro aes para o incremento do fluxo e da atividade turstica.

    Percebe-se que atitudes positivas esto sendo desenvolvidas em parcerias tanto das empresas quanto da gesto municipal, e h um dilogo construtivo entre as esferas administrativas, porm seus resultados ainda no se apresentam de maneira esperada. Com uma percepo mais apurada sobre os mantenedores do turismo, construo de um ideal positivo junto comunidade local, pesquisas e estudos, certamente o setor tende a melhorar e crescer economicamente, agregando melhores servios e criando novos espaos de lazer para os habitantes.

    Referncias

    Anurio Estatstico da Hotelaria Fluminense 2006 - ABIH-RJ. Disponvel em: www.riodejaneirohotel.com.br/estatisticas/anuario2006.doc. Acesso em 03/07/2008.

    BENI, Mrio Carlos. Anlise Estrutural do Turismo. 10. ed. So Paulo: Senac So Paulo, 2004.

    O turismo de negcio explora a vocao da regio. Disponvel em: http://www.tribunadoplanalto.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=5430. Acesso em: 03/07/2008.

    IGNARRA, Luiz Renato. Fundamentos do turismo. So Paulo: Pioneira, 1999.

    KOTLER, Philip. Marketing. So Paulo: Atlas, 1996.

    LIMEIRA, Tania Maria Vidigal. Administrao de comunicaes de marketing. IN: DIAS, Srgio Roberto (org.). Gesto de marketing. So Paulo: Saraiva, 2003.

    PELIZZER, Hilrio ngelo. Turismo de Negcios: qualidade na gesto de viagens empresariais. So Paulo: Thomson, 2005.

    Turista internacional quer voltar ao Brasil. Disponvel em: http://www.informesergipe.com.br/pagina_data.php?sec=9&&aano=2006&mmes=7. Acesso em: 03/07/2008.

    VAZ, Gil Nuno. Marketing Turstico receptivo e emissivo: um roteiro estratgico para projetos mercadolgicos pblicos e privados. So Paulo: Pioneira, 1999.