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2014

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2014

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2014

Instituto Mara Gabrilli | 2015

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32

Presidente

Vice-presidente

Tesoureira

Coordenação Geral

Equipe

Análise e compilação de dados

Fotos e Diagramação

Apoio

Realização

Doações

Patrocínio

Luis Eduardo Reis de Magalhães

Marta Gil

Maria Lúcia da Silva

Camila Nascimento Benvenuto

Alexandre Carvalho, André Comporte, Andrea Ros-senttini, Anna Beatriz L. P. Leite, Ariana Chediak, Barbara Canedo, Daniela Dias, Gabriela Valester, Helena Brito, Jaqueline Pinheiro Silva, Josué Borba, Leonardo Fujii, Maria Aparecida Valença, Mayara Monteiro, Mirian Coutinho, Patrícia Domenech, Patrícia Zuvia, Priscila Gama, Priscila Teixeira, Priscila Venturelli, Rebeca Chapaz, Soraia Pereira, Tania Nas-cimento, Tatiana Rolim e Viviane Salgado

Aline Morais e Rafael Públio

Rafael Públio

ADD - Associação Desportiva para Deficientes, Casa do Cristo Redentor, CIEJA Campo Limpo, LUMEN - Escola de Educação Especial, Projeto Criando Asas,

Recanto Nossa Senhora de Lourdes e Unidos de Vila Maria.

Instituto Mara Gabrilli

Itaú, Ortobras e Da Terra Brasil Foundation

McDonald’s e Sabesp

Copyright©2015 Instituto Mara Gabrilli Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, armazenamento ou transmissão deste livro sem prévia

autorização por escrito do Instituto Mara Gabrilli. Distribuição gratuita pelo Instituto Mara Gabrilli.

Ficha técnica

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

2014

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54

Índice

Ficha técnica

Uma rede de informações e cuidados

O Instituto Mara Gabrilli

O projeto

Mutirões

Perfil dos atendidos

Aspectos sociais

Educação

Saúde

Inclusão profissional

Mobilidade urbana

Cultura e Esporte

Encaminhamentos

Doações

Materiais editados

Contas

Alcance do projeto

05

07

09

11

13

15

21

25

33

41

45

49

55

63

65

67

69

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76

Uma rede de informação e cuidados“O que seria de nós com uma criança especial sem a ajuda de vocês?”, emocionou-se uma das mães ao

passar pelo mutirão do Cadê Voce?

Enquanto atendidas, as famílias são encaminhadas para diversos serviços públicos da cidade, são orientadas sobre seus direitos e principalmente: são ouvidas. Recebem uma atenção e um carinho que muitas vezes

nunca tiveram por toda a vida.

Nestes encontros, conhecemos crianças e adultos que estão há mais de um ano na fila de espera do SUS, aguardando uma cadeira de rodas ou uma muleta. Outras sequer conseguem sair de casa. Não estudam,

não trabalham, não têm acesso a nenhum equipamento de saúde.

Muitas mães não têm informação para lidar com as questões que envolvem a própria deficiência do filho porque nunca receberam um diagnóstico. Enfrentam o esquecimento e a pior das barreiras:

a da falta de informação.

Neste cenário de abandono, o Cadê Você? vem conseguindo transformar, desde 2010, o projeto já atendeu cerca de 3 mil pessoas, em mais de 30 mutirões realizados em periferias de São Paulo.

Quando fundei o Instituto Mara Gabrilli em 1997, tinha o sonho de transformar a vida de quem como eu tinha uma deficiência, mas não as mesmas oportunidades. Tenho muito orgulho em ver que o Instituto

ampliou suas ações e hoje o Cadê Você? vem criando uma rede de proteção e direitos entre todos que por ele passaram.

Garantir ferramentas para buscar direitos é a forma que encontramos de oferecer dignidade, carinho e respeito às pessoas.

Presenciar realidades sendo transformadas é o retorno mais gratificante que podemos receber.

Por isso continuaremos nossa busca.

Cadê Você?

Mara GabrilliFundadora do IMG

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98

O INSTITUTO MARA GABRILLIO projeto Cadê Você nasceu da necessidade de localizar as pessoas com deficiência residentes nas regiões mais periféricas da cidade e entender suas reais situações de vida e grau de vulnerabilidade. O objetivo é

promover a inclusão dessas pessoas por meio da orientação e informação com a colaboração de uma equipe multidisciplinar especializada.

O projeto iniciou suas atividades em 2010, com o apoio de empresas e outras ONGs que acreditaram na ideia e uniram esforços conosco para encontrar essas pessoas e tentar oferecer reais oportunidades de inclu-são. A preocupação principal foi tirar essa população da invisibilidade e mostrar aonde as políticas públicas

precisavam chegar.

O saldo desses 4 anos de projeto foram impressionantes. Mais de 3 mil pessoas atendidas, 5 cartilhas e 1 guia de referência produzidos, além de um vídeo de exercícios para pessoas com lesão medular, todos ma-teriais pensados para facilitar o trabalho de orientação e instrumentação da pessoa com deficiência e seus

familiares.

Nesse último ano a equipe do projeto buscou atuar em bairros que não foram contemplados nas últimas edi-ções do projeto, mas também revisitar organizações e pessoas atendidas na primeira edição do Cadê Você,

com a intenção de medir o impacto do projeto nessa parcela da população.

As barreiras enfrentadas para a inclusão das pessoas com deficiência na cidade de São Paulo e, sem dúvida, no país como um todo, ainda são muitas: falta de acessibilidade no transporte, nas calçadas, escassez de

informação e serviços públicos adequados. Mas acreditamos que a palavra chave para mudar essa realidade é empoderamento. Fortalecer a população com conhecimento sobre seus direitos e ensinar cada pessoa a

buscar melhores condições para ela e para as pessoas ao seu redor.

Esse material traz o resultado desse último ano de trabalho, mas carrega também informações relevantes sobre um retrato da realidade da pessoa com deficiência residente na periferia de uma grande metrópole

como São Paulo. É um importante documento de referência para gestores, coordenadores de projetos, servi-ços e políticas públicas para pessoas com deficiência.

Aproveito para dizer que esse trabalho só foi possível graças a sensibilidade de nossos patrocinadores e do-adores que se sensibilizaram e acreditaram nesse projeto. A eles o nosso muito obrigado pela oportunidade

de promover essas mudanças nas vidas de centenas de pessoas com deficiência e suas famílias.

Luiz Eduardo Reis de MagalhãesPresidente do IMG

Ao longo deste ano foram 8 mutirões realizados

e cerca de 900 pessoas atendidas pelo projeto.

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1110

OBJETIVOS

O PROJETOCadê Você? é um projeto que localiza e identifica pessoas com deficiência, residentes nas comunidades mais carentes do Mu-nicípio de São Paulo e cria uma rede de proteção levando infor-mações sobre os principais serviços existentes nas áreas: saúde, trabalho, esporte, cultura, acessibilidade, educação e direito.

• Promover a inclusão das pessoas com deficiência residentes nas comunidades carentes da cidade de São Paulo por meio da sensibilização e disseminação de conhecimento de forma a criar uma rede de proteção e apoio para o público alvo e seus familiares.

• Localizar população com deficiência residente em comuni-dades carentes;

• Coletar dados sobre as condições de vida da população alvo;

• Realizar visitas locais às pessoas e divulgar os serviços existentes;

• Sensibilizar educadores e serviços comunitários para inclusão;

• Disponibilizar informações sobre serviços no site Cadê Você?;

• Avaliar e propor políticas públicas específicas;

• Criar rede de proteção e apoio para a população com deficiência.

Orientação e divulgação dos serviços existentes

Atendimento com informações sobre:

saúde e reabilitação,

transporte e mobilidade,

educação,

empregabilidade,

esporte e lazer,

arte e cultura,

acessibilidade,

inclusão e direitos.

Distruição de cartilhas

e materiais de orientação

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1312

MUTIRÕESVeja os bairros por onde o projeto Cadê Você? Já circulou e as organiza-ções parceiras desse trabalho.

O projeto Cadê Você teve início em 2010. De lá para cá já atendeu 1.101 pessoas com deficiência, das mais diversas regiões da cidade. Algumas vezes, os mutirões aconteceram mais de uma vez no mesmo local devi-do a uma grande demanda na região. No segundo ano do projeto, com a experiência do trabalho já consolidado no ano anterior, a equipe assu-miu novos desafios e experimentou expandir o alcance do Cadê Você, realizando, também, mutirões em municípios da Grande São Paulo, os municípios foram Diadema e Guarulhos. Nesta edição o projeto atuou principalmente em bairros das regiões Sul e Norte da cidade.

CADÊ VOCÊ - edição 1

23/10/2010 Itaquera Casa do Cristo Redentor

27/11/2010 Itaquera Casa do Cristo Redentor

15/12/2010 Vila Mariana AMA

15/01/2011 Itaquera Casa do Cristo Redentor

26/02/2011 Jardim Helena ACDEM

02/04/2011 União de Vl Nova ACDEM

21/05/2011 Jardim Eliane Centro de Ação Social Espaço Livre

02/07/2011 Mooca Lar da Redenção

03/09/2011 Cantagalo Paróquia Sta Therezinha

15/10/2011 Jaraguá Mutirão de seating

CADÊ VOCÊ - edição 2

26/05/2012 Jd Herculano Inst. de Natação e Recuperação Água Cristalina

23/06/2012 Vila Mariana Igreja Batista Esperança

28/07/2012 Cantagalo EMEF Renato Antonio Checchia

25/08/2012 Vila Mariana AHIMSA

29/09/2012 Diadema-SP APAE

27/10/2012 Jabaquara ABECAL

24/11/2012 Parelheiros CEU Parelheiros

15/12/2012 Guarulhos-SP Colégio Júbilo

23/02/2013 Grajaú CEU 3 Lagos

09/03/2013 Grajaú CEU 3 Lagos

06/04/2013 Grajaú CEU 3 Lagos

25/05/2013 Morro Doce E. E. Jardim Canaã

16/06/2013 Morro Doce E. E. Jardim Canaã

29/06/2013 Vl Clementino Amparo Maternal

CADÊ VOCÊ - edição 3

26/04/2014 Campo Limpo CIEJA Campo Limpo

07/06/2014 Vila Maria Unidos de Vl. Maria

05/07/2014 Horto Recanto N. S. de Lourdes

26/07/2014 Horto Recanto N. S. de Lourdes

30/08/2014 Itaquera Casa do Cristo Redentor

26/09/2014 Campo Limpo CIEJA Campo Limpo

25/10/2014 Morro Doce Projeto Criando Asas

22/11/2014 Planalto Paulista Lumen

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1514

302 PESSOASA equipe do Cadê Você? avaliou a condição de vida das 302 pessoas

com deficiência que participaram do projeto e seus familiares.

PERFILdos atendidos

Em cada edição do projeto Cadê Você, o perfil dos beneficiados varia conforme a região e as organizações parceiras na realização dos muti-rões. Em alguns mutirões predominam mais as crianças em detrimento de adultos, e geralmente também predomina um determinado tipo de deficiência em relação às demais.

Nessa edição o projeto atendeu 302 pessoas, predominando os adultos, com idade entre 19 e 59 anos (48%), essa faixa etária representou quase metade do total de atendidos, pessoas com idade entre 12 e 18 anos ficaram em segundo lugar, perfazendo 28% do total. A maior parte oriundos das regiões Sul (37%) e Norte (33%) da cidade de São Paulo.

Entre os tipos de deficiência declarados o destaque foi para a deficiência intelectual (41%), seguida pela deficiência física, que representou 1/4 do total e em terceiro a deficiência múltipla (19%). Das causas para as deficiências a mais apontada foi a motivada por razões congênitas ou durante o nascimento (78%).

Outros dados sobre o perfil dos beneficiados

Estado Civil

Solteiro 94%

Sexo

Mulher 42% | Homem 58%

Naturalidade

São Paulo 87% | Bahia 4% | Pernambuco 3% | Outros Estados 6%

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1716

TIPO DE DEFICIENCIA X Faixa etária TIPOS DE COMPROMETIMENTO APONTADOS

DeficiênciaIdade (0 - 11)

Idade (12 - 18)

Idade (19 - 59)

Idade (59 ou mais)

NC total

Auditiva 0 0 1 0 0 1

Física 26 16 31 1 0 74

Intelectual 12 40 70 1 0 123

Múltipla 15 16 24 2 2 57

Visual 0 0 2 0 0 2

Não informado 0 0 0 1 0 1

Sem diagnóstico 3 1 5 1 1 10

Transtorno Global de Desenvolvimento

7 10 7 0 0 24

Outros 1 1 0 1 0 3

Transtorno Mental 0 0 4 0 0 4

Total 64 84 144 7 3 302

* alguns atendidos declararam ter mais de um comprometimento

amputação oumá formação

paralisia

transtorno mental

paralisia cerebral

baixa visão

surdez

síndrome de down

outros tipos decomprometimento intelectual

transtorno do espectro autista

outros

26

5

78

30

8

47

96

0 10080604020

6

23

22

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1918

CAUSAS DAS DEFICIÊNCIAS ATENDIDOS POR REGIÃO

Causa/ idade que adquiriu até 1 2 a 5 6 a 2021 a 40

41 a 60

acima de 60

NC TOTAL

Nascença 234 1 0 0 0 0 0 235

Acidente de trânsito 0 0 2 1 1 0 0 4

Acidente com arma de fogo 0 0 2 1 0 0 0 3

Acidente - queda 0 1 0 0 0 0 0 1

Outros 0 0 0 2 0 0 0 2

Doença 18 4 2 3 3 2 0 32

Não identificada 3 5 4 2 0 1 3 18

Não informado 1 2 0 1 0 0 3 7

TOTAL 256 13 10 10 4 3 6 302

NC = não informado.

94% são solteirosOs demais são: 2,3% casados, 1% separados, 1% viúvos

e 2,7% não informaram.

Outras cidades

NC

Oeste

Norte

Sul

Leste

113

101

36 4462

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2120

ASPECTOSsociAIS

Os aspectos sociais são de grande relevância para determinar as condi-ções sociais e grau de vulnerabilidade das famílias atendidas pelo proje-to. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 80% das deficiências no mundo são causadas por fatores ligados a problemas causados pela po-breza. O Brasil, por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), dispõe de uma série de mecanismos para minimizar as vulnerabilidades sociais, porém nem sempre as pessoas conhecem ou conseguem ter acesso a esses direitos.

Do total de pessoas atendidas pelo projeto, pouco mais da metade (52%), declarou residir em casa própria, enquanto 41% reside em mo-radia alugada ou cedida. 33% alegou receber algum tipo de benefício do governo seja ele de caráter previdenciário ou social. Em relação a renda per capita 80% dos atendidos no programa declaram perceber uma renda de até 1 salário mínimo ou inferior a isso.

Outros dados sobre aspectos sociais

Quantidade média de pessoas por moradia

4 pessoas por moradia

Gasto médio com moradia declarado

R$ 582

Renda média familiar per capita

R$ 526

Tipo de Moradia

Casa ou Apartamento 290 | Barraco 4 | Abrigo ou Instituição 3 |

Não informado 5

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2322

BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA - BPC

BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO

situaçÃO DE MORADIA

RENDA PER CAPITA

242 FAMÍLIASpossuem renda per capita de até

1 salário mínimo

167recebem BPC

132não recebem BPC

3 não informaram 5 não informaram

267não recebem

30recebem

Não informado

Mais de 3 salários

Até 3 salários

Até 2 salários

Até 1 salário

Até 1/2 salário

Até 1/4 salário

126

90

48

26

3 4 5

Não informado

Irregular

Financiada

Alugada

Própria

Cedida

142

59

1615

6

64

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2524

EDUCAÇÃOFundamental para melhorar as condições sociais e econômicas da popula-ção, a educação para a pessoa com deficiência é também uma importante ferramenta de desenvolvimento e inclusão. Avaliar o grau de escolaridade e encaminhar os atendidos para a rede de ensino é uma das principais preo-cupações dos profissionais do projeto.

Segundo o último Censo (IBGE 2010) a taxa de analfabetismo da pessoa com deficiência é de 9,6%. Para esse dado foi considerada a população com idade de 15 anos ou mais. Em relação aos atendidos pelo projeto a taxa de analfabetismo declarado ficou em 66%, apesar de 93% dos atendidos in-formarem que frequentam ou já frequentaram a escola em algum momento de suas vidas.

Em relação ao espaço e oferta de acessibilidade no ambiente escolar, 27% dos atendidos declararam que a escola não é acessível. Sobre os recursos assistivos em sala de aula 3% afirmam utilizar recursos de acessibilidade próprios para a inclusão e 19% utilizam recursos oferecidos pela escola, os demais não utilizam nenhum recurso ou não responderam.

Outros dados sobre educação:

Tipo de escola

Particular 7% | Pública 65% | Entidade 19% | Nunca foi à escola ou não informou 9%

Escolaridade

Sem instrução ao Fundamental incompleto 61% | Fundamental completo ao Médio incompleto 9% | Médio completo ao Superior incompleto 13% | Superior completo 1%

Inclusão escolar

Dos atendidos em idade escolar 16 não frequentam a escola

Acessibilidade no ambiente escolar

27% dos atendidos não dispõe de acessibilidade na escola

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2726

FREQUENTA ou frequentou a ESCOLA *

LOCAL ONDE ESTUDA OU ESTUDOU - TIPO DE ESCOLASABE LER E ESCREVER **

66% é o índice de analfabetismo indicaram não saber ler e escrever.

* idade mínima considerada = 6 anos ** idade mínima considerada = 15 anos

63Já

frequentaram

200Frequentam

2 não informaram

17nuncafrequentaram

69Sabem ler

133Não sabem ler

Nunca foi a escola

Não informa

Entidade

Particular

Pública

184

53

19

16

10

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2928

Escolaridade Quantidade

Educação Infantil 3

Fundamental I incompleto 80

Fundamental I completo 8

Fundamental II incompleto 70

Fundamental completo 18

Médio incompleto 7

Médio completo 9

Supletivo 21

Superior incompleto 4

Superior completo 1

Pós-graduação (lato e stricto) 1

Educação especial 2

Não está na escola 16

Não está em idade escolar 19

Não informado 43

Total 302

ESCOLARIDADE ***

*** sem idade mínima.

COMPARATIVO ESCOLARIDADE COM O CENSO 2010

Censo 2010 (IBGE)

Cadê Você

Superior completo

Médio completo ou Superio incompleto

Fundamental completo ou Médio incompleto

Sem instrução ou Fundamental incompleto

61,1%

61%

14,2%

9%

17,7%

13%

6,7%

1%

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3130

ACESSIBILIDADE NA ESCOLA

Recursos indicados:

22 possuem um Cuidador

09 utilizam Carteira adaptada

02 utilizam fonte ampliada

03 utilizam Prancha de Comunicação

08 indicaram outros recursos

Não informado

Não está na escola

Não é necessário

Não é acessível

Recurso próprio

Oferecida pela escola

115 82

58

1722

8

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3332

SAÚDEA oferta de recursos para diagnóstico, estímulo precoce, terapias e tra-tamento é uma das principais preocupações na formulação de políticas públicas para inclusão de pessoas com deficiência. A saúde tem papel essencial de preparar a pessoa para os outros desafios do processo de inclusão social que ela irá enfrentar ao longo de sua vida.

A equipe multidisciplinar do projeto tem como foco avaliar a saúde dos atendidos sob vários aspectos como postura, terapias necessárias, ali-mentação, saúde mental e outros. Com essa análise os profissionais realizam a indicação de atendimento e também orientam a pessoa e seus familiares sobre mudanças de hábitos e rotinas que podem ser im-plementadas em seu dia a dia que irão melhorar as condições de saúde e bem estar da pessoa com deficiência e da família.

A grande maioria dos atendidos (77%) do projeto utiliza os serviços de saúde pública. Do total de atendidos 89% declarou necessitar atualmen-te de algum tipo de terapia que não tem acesso. Em relação à autono-mia, somente 18% tem independência para sair sozinho.

Outros dados sobre saúde

Tipos de atendimento de saúde mais solicitados pelos atendidos

Fonoaudiologia | Terapia Ocupacional | Fisioterapia | Psicologia

Recursos assitivos

47% dos atendidos afirmaram fazer uso de algum recurso assistivo.

Os recursos mais utilizados são óculos e cadeira de rodas

Fila de espera do SUS

61% dos atendidos que necessitam de recurso não estão na fila de espera do SUS

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3534

ASSISTÊNCIA MÉDICA X TERAPIAS MAIOR NECESSIDADE DE TERAPIA DEclarada

Não informa

Não precisa

Precisa de algum tipo de terapia

Não fez

Já fez algum tipo de terapia

45%

41%

8,5%

1%

4,5%

Não informado

Convênio

Particular

Pública

77%

17%

4,5%

1,5%

Fonoaudiologia

Fisioterapia

Terapia Ocupacional

Psicologia

Enfermagem

Nutrição

Fisiatria

Neurologia

Ortopedia

Psiquiatria

Outros

01 208040

125

90

100

68

3

13

12

57

22

35

72

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3736

AUTONOMIA RECURSOS ASSISTIVOS

QUEM AJUDA

Obs: Idade considerada a partir dos 10 anos

Tipo de recursoRecursos próprios

Doação SUS Não informa total

Óculos 70 5 2 1 78

Prótese auditiva 0 0 2 0 2

Cadeira de rodas 10 19 39 0 68

Adaptação 3 3 12 0 18

Cadeira de banho 6 5 7 0 18

Prótese 0 0 1 0 1

Transfer 0 0 0 0 0

Bengala 1 2 0 0 3

Cão-guia 0 0 0 0 0

Andador 2 1 2 0 5

Muleta 0 2 0 1 3

Prancha de comunicação 0 0 0 0 0

Órtese Funcional 6 3 10 0 19

Outro 4 3 1 0 8

TOTAL 102 43 76 2Mãe

Não informado

Não se aplica

Conjuge

Cuidador

Amigo

Outro membro da família

Mãe e Pai

Pai

70

13

87

23

483

4 32

Não informado

Não sai de casa

Sai sozinho

Sai com ajuda

Sai apenas para tratamento

Não sai da cama

155

46

26

15

1 10

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3938

NECESSITA DE RECURSO ASSISTIVO

possuem prescriçÃO

FILA DE ESPERA

20,8 MESESé o tempo médio de espera por uma

cadeira de rodas pelo SUS

191

90necessitamde recursoassistivo

21 não informaram

já possuem ou não precisam

40 nãopossuem

prescrição

42possuemprescrição

10 não informaram

55 nãoestão na

lista de espera

33estão na lista de espera

2 não informaram

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4140

Possibilitar à pessoa com deficiência a chance de trabalhar e se desenvolver profissionalmente é fundamental para o processo de inclusão. O trabalho significa autonomia e oportunidade de crescimento social.

Porém, o processo de inclusão no trabalho para a pessoa com deficiência ainda é permeado por uma série de barreiras, a maior delas, sem dúvida, é o preconceito. As empresas, por desconhecimento das potencialidades das pessoas com deficiência temem a contratação. E, a própria pessoa com de-ficiência, por sua vez, teme abrir mão de um benefício recebido do governo, que na maioria das vezes não supre suas necessidades básicas.

Do total de pessoas atendidas pelo projeto, em idade de trabalho, 46% declaram como motivo para o desemprego o medo de abrir mão da aposen-tadoria ou benefício assistencial para trabalhar, mesmo com percepção de ganhos maiores. Embora o perfil seja em sua maioria de pessoas em idade de trabalho, somente 14% exercem ou já exerceram alguma atividade la-borativa, mesmo que de maneira informal.

Os profissionais do projeto buscam encaminhar essas pessoas para opor-tunidades de capacitação e serviços de intermediação de mão de obra que vão melhorar suas chances de inclusão profissional.

Outros dados sobre trabalho

Atendidos em idade de trabalho

197 pessoas

Educação e trabalho

143 pessoas atendidas pelo projeto estão desempregadas

Destas 92 tem ensino fundamental incompleto

Desemprego

78 não querem desistir do benefício para trabalhar

18 acreditam que a deficiência é o impeditivo para o trabalho

INCLUSÃO

PROFISSIONAL

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4342

OCUPAÇÃO PROFISSIONAL MOTIVOS DE DESEMPREGO

72,6% é o índice de desemprego dos atendidos.* considerando pessoas com mais de 14 anos (idade mínima para atuar como aprendiz)

78 indicaram temer abrir mão do benefício que recebem do governo;

18 acreditam ser por causa da deficiência;

11 não informaram ou não souberam informar o motivo;

11 por prioridade aos estudos;

08 por falta de oportunidade;

06 por despreparo ou falta de orientação;

04 por influência da família;

03 apontaram ser por motivo de saúde;

04 responderam ser por outros motivos, como: Falta de autonomia, cuida da família e falta de interesse.

Escolaridade das pessoas desempregado trabalha não informado TOTAL

Médio completo 4 2 0 6

Médio incompleto 6 0 0 6

Superior completo ou acima 1 0 0 1

Superior incompleto 1 0 1 2

Fundamental completo 15 0 1 16

Fundamental incompleto 92 3 9 104

Não informado 24 1 8 33

TOTAL 143 6 19 168

Do lar

Autônomo

Recebe benefício

Trabalho formal

Não informado

Desempregado

Aposentado

7,1%

72,6%

9,6%

4,1%0,5%3,6%

2,5%

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4544

MOBILIDADEURBANA

A oferta de acessibilidade nos meios de transporte e adequação do pas-seio público são essenciais para garantir o direito de ir e vir das pessoas com deficiência. Nas regiões mais periféricas da cidade a falta de inves-timento, geografia e pouco planejamento do espaço urbano dificultam muito a mobilidade da população.

Não adianta garantir políticas públicas de saúde, educação e trabalho sem a oferta de deslocamento seguro e acessível, que vai garantir auto-nomia e a possibilidade de utilização dos serviços.

Da população atendida, somente 29,4% utiliza carro particular para seus deslocamentos, seja como condutor ou passageiro. Enquanto 60% afirma utilizar ônibus não acessíveis às pessoas com deficiência.

Outros dados sobre mobilidade

Transporte público especial (Atende / Ligado / TEG Especial)

98 atendidos utilizam transporte específico para pessoas com deficiência

Transporte público

101 atendidos afirmam utilizar metrô ou trem

230 atendidos afirmam utilizar ônibus

Deste somente 50 atendidos afirmaram utilizar ônibus acessível

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4746

Mobilidade - Transporte SIM NÃONão

Informadototal

Carro 88 182 32

302

Ônibus 230 53 19

Atende 49 235 18

Metro 70 213 19

Trem 31 252 19

Transporte Escolar Gratuito 45 238 19

Ligado 4 279 19

Outro 10 273 19

MEIO DE TRANSPORTE UTILIZADO uso de carro

60,2% das PESSOASdependem exclusivamente do transporte

público para se locomover pela cidade.

ACESSIBILIDADE NOS ÔNIBUS

50 fazem uso de ônibus acessível;

180 utilizam ônibus não acessível;

53 indicaram não utilizar ônibus;

19 não informaram.

NC

Não

Condutor

Passageiro60,2%

26,8%

10,6%

0,7%1,7%

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4948

CULTURA ESPORTE

As atividades de lazer, culturais e esportivas fazem parte do dia a dia da maioria das pessoas. As pessoas com deficiência também se beneficiam dessas atividades. Além de garantir mais qualidade de vida e suporte ao seu desenvolvimento, ainda funcionam como uma importante ferramen-ta de convívio e inclusão social.

A população atendida pelo projeto não tem incluída na sua rotina a utilização de serviços públicos para usufruir de atividades culturais e esportivas, somente um pouco mais da metade (54%) realiza atividades culturais, enquanto as atividades esportivas são praticadas por apenas 24% dos atendidos.

Muito disso se deve à falta de um maior número de equipamento cultu-rais e esportivos nas regiões mais periféricas e ainda, quando existe o serviço, a dificuldade se encontra na pouca ou nenhuma acessibilidade arquitetônica aos imóveis e na falta de atividades que contemplem a diversidade e permitam a participação de público com deficiência.

Os profissionais do projeto buscam estimular nos atendidos o interesse por essas atividades e incentivá-los a buscar o acesso à esses serviços.

Outros dados sobre cultura e esporte

Cultura

A atividade cultural mais realizada pelos atendidos é o cinema

Esporte

A atividade esportiva mais praticada é o futebol

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5150

PRÁTICA DE ATIVIDADE CULTURAL PRÁTICA DE ATIVIDADE ESPORTIVA

15 jogam futebol

13 praticam natação

03 praticam Capoeira

03 são adeptos da caminhada

43 dedicam-se a outro tipo de esporte: artes marciais, atividade física ou ginás-tica, dança, hidroginástica, tênis, atletis-mo, voleibol, esporte de bola, equotera-pia, bicicleta.

74% não pratica esporte e

45% não realiza nenhuma atividade cultural

78 costumam ir ao cinema;

41 participam de oficinas culturais;

40 frequentam o teatro;

06 frequentam biblioteca;

21 costumam ir ao Museu;

69 realizam outro tipo de atividade cul-tural: passeio no parque ou no shopping, atividades de convívio social em entida-des ou igrejas, circo, tear, shows, exposi-ção, curso e clube.

Não informado

Não

Sim

54%

45%

1%Não Informado

Não

Sim

74%

24%

2%

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5352

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5554

ENCAMINHAMENTOSA etapa final do atendimento realizado pelo projeto Cadê Você é a orienta-ção e o encaminhamento da pessoa com deficiência e seus familiares para a rede de serviços. Esse encaminhamento tem como objetivo suprir neces-sidade essenciais da pessoa naquele momento e também instrumentá-la para que tenha mais consciência de seus direitos e aprenda a buscá-los sem necessidade de apoio. O empoderamento é a palavra chave do trabalho realizado pelos profissionais do projeto.

Os encaminhamentos externos foram no total de 718. Os encaminhamen-tos realizados para o próprio atendido somaram 664 e o restante para os demais membros da família onde foi identificada a necessidade de algum serviço.

Nos encaminhamentos internos, que são os realizados entre a equipe pro-fissional especializada do próprio projeto, os profissionais mais demandados foram das áreas de psicologia e fonoaudiologia.

Outros dados sobre os encaminhamentos

Principais demandas de orientação nos mutirões

Atividades da vida diária e vida prática | Dificuldades de comunicação | Indicação de especialista

Encaminhamento interno

1022 encaminhamentos foram realizados durante os mutirões

Os profissionais de psicologia e fonoaudiologia foram os mais demandados

Encaminhamento externo

A área de maior encaminhamento foi saúde

O tipo de profissional mais encaminhado foi o de fonoaudiologia

73 encaminhamentos tiveram resultado positivo na primeira tentativa

314 atendidos não deram prosseguimento ao encaminhamento

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5756

Encaminhamentos por área

Próprio Mãe Outro total

Serviço Social 149 0 5

Fisioterapia 136 0 2

Fonoaudiologia 218 2 0

Terapia Ocupacional 208 1 2

Psicologia 221 2 11

Outros 63 0 2

Total 995 5 22 1022

Áreas de atendimento nos mutirÕES

139 orientação para atividades de vida diária ou vida prática - AVP/AVD

117 dificuldade de comunicação;

111 indicação de especialista;

81 relacionamento com a família;

59 orientação sobre empregabilidade;

45 orientação de posicionamento;

61 recursos assistivos;

50 dificuldade de alimentação;

43 orientação sobre sexualidade;

17 seating e adequação postural;

13 dificuldade de audição;

3 orientação sobre benefícios;

171 outros tipos de orientação;

PRINCIPAIS DEMANDAS POR ORIENTAÇÃO

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5958

PRINCIPAIS ENCAMINHAMENTOS EXTERNOS

85 fonoaudiologia;

54 psicologia;

54 fisioterapia;

48 cadeira de rodas;

46 atividade esportiva;

40 atividade terapêutica;

35 odontologia;

32 órtese;

25 atividade recreativa;

23 atividade cultural;

23 terapia ocupacional;

18 capacitação profissional;

17 atendimento multidisciplinar;

15 psiquiatria;

13 fisiatria;

13 assistência jurídica;

12 neurologia;

10 benefícios sociais;

10 acompanhante da saúde da PCD;

8 equoterapia;

8 escola especial;

7 oftalmologia;

7 ortopedia;

7 avaliação diagnóstica;

7 ginecologia;

7 programa saúde da família;

5 escola regular;

5 nutrição;

5 otorrinolaringologia;

5 pediatria;

4 bilhete único especial;

4 cardiologia;

4 endocrinologia;

4 intermediação de mão de obra;

4 programas sociais;

3 serviço atende;

2 estimulação precoce;

33 outros.

Encaminhamento por área Próprio Mãe Outros total

Cultura e esporte 69 0 0

Educação 13 0 0

Recursos Assistivos 89 0 0

Saúde 393 27 0

Serviço Social 8 17 5

Trabalho 22 0 0

Transporte 6 1 1

Outros 64 3 0

total 664 48 6 718

ENCAMINHAMENTOS EXTERNOS

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6160

Resultado dos encaminha-

mentosAtendido

Não atendido

Não deu prossegui-

mento

Reenca-minhado

Não con-seguiu

contatoNC total

Cultura e espor-te

7 9 42 0 11 0 69

Educação 4 5 4 0 0 0 13

Recursos Assis-tivos

7 46 13 11 6 4 87

Saúde 42 116 177 32 52 1 420

Serviço Social 4 4 19 0 3 0 30

Trabalho 3 5 14 0 0 0 22

Transporte 2 3 3 0 0 0 8

Outros 4 5 42 2 14 0 67

total 73 193 314 45 86 5 716

RESULTADO DOS ENCAMINHAMENTOS PRINCIPAIS MOTIVOS PARA ENCAMINHAMENTOS NÃO ATENDIDOS

56% dos encaminhamentosaguardam em lista de espera por falta de vaga.

62 esperam por uma vaga ou estão em uma lista de espera;

37 informaram que aguardam serem chamados;

24 não conseguiram vaga;

13 aguardam agendamento;

10 aguardam avaliação com especialista;

07 são inelegíveis para o atendimento no local;

08 devido ao período de recesso;

06 porque o local não dispõe do serviço;

16 apontaram outros motivos.

34 não informaram o motivo.

NC = não informado.

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6362

DOAçÕES

O projeto Cadê Você não tem intenção de substituir o po-der público no papel de dispensação desses equipamentos,

e nem tem condições de contemplar toda demanda.

Atender essa demanda, com a agilidade e a qualidadenecessria, é obrigação do governo.

Para aqueles que não possuiam prescrição e não estavam na lista, a equipe realizou o devido encaminhamento para

aquisição pelo SUS.

Equipamentos Quantidade

cadeira de rodas 10

adaptação e acessórios para cadeira de rodas

56

cadeira de banho 5

Total 71

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6564

As publicações são distribuídas nos mutirões e também estão disponíveis para download no site do IMG:

www.img.org.br/publicacoes

MATERIAISPRODUZIDOS

publicações

vídeos

Foram produzidos um vídeo de exercícios e um vídeo documentário sobre o projeto disponíveis no canal do You Tube do IMG:

www.youtube.com/institutomaragabrill

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6766

CONTASRECURSOS DISPONÍVEIS

Cotas de patrocínio

186.056,00 reais da SABESP

187.000,00 reais do McDonald’s

Espaços para mutirões

8 espaços disponibiizados

pelas entidades parceiras e apoiadoras do projeto.

Doações

8.400,00 reais de Da Terra Brasil Foundation

6 cadeiras de rodas da Ortobras (valor total estimado: R$ 12.000,00 reais)

30.000,00 reais* do Itau

*valor que será utilizado para acompanhamento das pessoas atendidas pelo projeto da 3ª edição

O projeto possuia 4 cotas de patrocínio, no entanto para edição de 2014 apenas 50% (2 cotas) do projeto foram captadas. O projeto foi readequado para execução

com apenas duas cotas de patrocínio.

Item Total

Equipe

coordenação, equipe de atendi-

mento e staff

R$ 150.075,11

Serviços de terceiros

contabilidade, assistente de

comunicação, análise dos dados e

produção de textos, produção do

vídeo documentário, diagramação

do relatório, assessoria de impren-

sa e atualização site.

R$ 109.953,36

Infraestrutura

papelaria, telefone, alimentação,

transporte, correio, impressão de

material e equipamentos.

R$ 41.588,59

Impostos R$ 31.422,54

Doações

cadeira de rodas, adaptações e

acessórios para cadeira de rodas e

cadeira de banho

R$ 21.363,60

Fundo de reserva

sustentabilidade dos projetos do

IMG (5%)

R$ 18.652,80

TOTAL R$ 354.403,20

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6968

ALCANCEDO PROJETO

O mapa ajuda a entender melhor a distribuição das pessoas com de-ficiência atendidas conforme o bairro em que elas residem e também aponta em quais locais da cidade os mutirões do projeto estiveram pre-sentes.

bairros de SP por onde

o Cadê Você já passou.

bairros onde vivem os

atendidos pelo projeto.

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7170

Fundado em 1997, o IMG atua no apoio a atletas do esporte paraolímpico e na orientação para

desenvolvimento social de pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade social.

Além disso, produz e disponibiliza con-teúdos e materiais diversos sobre acessi-bilidade, deficiência e inclusão social com intuito de gerar impacto na sociedade, tor-

nando-a mais justa e acessível para todos.

Somos uma ONG que, desde 1997, realiza projetos para melhorar a

vida de pessoas com deficiência.

Conheça nossos projetos: www.img.org.br

www.cadevoce.org.br

[email protected]

facebook.com/institutomaragabrilli

[ ]

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72

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facebook.com/institutomaragabrilli

realização doação patrocínio