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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA COMPONENTE CURRICULAR: MATERIAIS DENTÁRIOS DOCENTE: PROFª. NADJA MARIA OLIVEIRA MATERIAIS DE USO ENDODÔNTICO Andreza Dias Garcia Carneiro Andrezza Souto F. de Sousa Jonathan Breno V. S. Marinho Letícia Lima Dias de Santana Thayse Milena Alves Travassos

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MATERIAIS DE USO ENDODNTICO

Universidade estadual da parabaCentro de cincias biolgicas e da sadeDepartamento de odontologiaComponente curricular: materiais dentriosDocente: prof. Nadja maria oliveiraMATERIAIS DE USO ENDODNTICO

Andreza Dias Garcia CarneiroAndrezza Souto F. de SousaJonathan Breno V. S. MarinhoLetcia Lima Dias de SantanaThayse Milena Alves Travassos

INTRODUOA endodontia tem tido uma evoluo muito rpida, exigindo do profissional um constante investimento em conhecimento e domnio na execuo das tcnicas.

A automatizao e a tecnologia tm contribudo cada vez mais para agilizar os procedimentos, oferecendo conforto, praticidade e custo acessvel aos pacientes.

O endodontista moderno compreende que conhecimento biolgico e domnio da tcnica caminham juntos

INTRODUONa prtica, deve-se reconhecer o Sistema de Canais Radiculares (SCR) como sendo alvo de atenes, no que se refere ao:Entendimento da anatomia interna;Das ocorrncias biolgicas ali atuantes;Das solues irrigadoras capazes de matar bactrias e dissolver matria orgnica;Dos benefcios imbatveis da instrumentao rotatria;Da capacidade tcnica de se vedar todo este sistema.TIPOS DE MATERIAIS UTILIZADOS PARA A OBTURAO DOS CANAIS

Uma srie de materiais j foi proposta para a obturao dos canais, porm a grande maioria deles sucumbiu diante do tempo e dos resultados de estudos cientficos.

Prevaleceu: MATERIAL SLIDO + MATERIAL PLSTICO

Os materiais obturadores podem ser divididos em dois grupos:Materiais em estado slido: Cones de guta-percha;Materiais em estado plstico: Cimentos endodnticos.

O objetivo principal da obturao do canal radicular a reposio perfeita da polpa dental destruda por um material slido, que no se altere e que seja inerte. PROPRIEDADES DO MATERIAL OBTURADOR IDEALSegundo Grossman (1974),os materiais obturadores de canais devem apresentar as seguintes propriedades:

1) Deve ser fcil de ser introduzido no canal radicular.2) Deve obliterar o canal, tanto lateral como apicalmente.3) Depois de inserido, no deve apresentar contrao.4) Deve ser impermevel umidade.5) Deve ser bacteriosttico ou pelo menos imprprio ao crescimento microbiano.

PROPRIEDADES DO MATERIAL OBTURADOR IDEAL 6) Deve ser radiopaco. 7) No deve manchar a estrutura dentinria. 8) Deve ser estril ou passvel de ser esterilizado de modo fcil e rpido. 9) No deve irritar o tecido periapical.10) Deve ser de fcil remoo do canal radicular, quando isto se fizer necessrio.

Na prtica, nota-se a impossibilidade da eleio de um material obturador que preencha absolutamente todas as caractersticas desejveis.Segue-se a prevalncia de algumas caractersticas em detrimento de outras, muito em funo da tcnica escolhida e dos conceitos seguidos pelo profissional.CONES OBTURADORES ( GUTA-PERCHA)Material obturador mais utilizado. A guta-percha foi introduzida na Odontologia por BOWMAN (1827). Produto de secreo vegetal.CONES DE QUALIDADE:Precisam ser facilmente plastificveis com o calor, permitindo a sua compresso e adaptao s irregularidades dos sistema de canais radiculares.

CONES OBTURADORES ( GUTA-PERCHA)O SCR deve ser preenchido hermtica e tridimensionalmente!Preparos biomecnicos com instrumentos rotatrios Formatao cnico-progressiva aos condutosCones padronizados perderam sua funoCones acessrios, pelo seu formato mais cnico e pontas mais afiladas, condizem melhor com a nova tendncia de se preparar os condutos.

Obturao de canal radicular, apenas com um cone de guta-percha principal com conicidade variadaCONES OBTURADORES ( GUTA-PERCHA)O formato diferenciado dos cones acessrios com maiores conicidades que os cones convencionais (FM, M, ML, MX EL) permitem a obturao com a utilizao de apenas um cone porcondutonos casos de canais com seco circular ou levemente ovalada, acelerando esta importante fase do tratamento.

Rx com 4 canais obturados com cone nico.

Fotos: Idomeo Bonetti FilhoCONES OBTURADORES ( GUTA-PERCHA) TCNICAS DE OBTURAO: A tcnica a ser priorizada no pode ser outra, a no ser as que empregam a condensao vertical e a termoplastificao da guta-percha.

Uma tendncia bem recente da preferncia pelos cones fine-medium para a grande maioria dos casos clnicos.Vantagens:

Garantia de um melhor travamento deste cone no tero apical do conduto;

Mediante a preciso dos preparos obtidos atravs da instrumentao rotatria Corte maior na ponta destes cones Material radiopaco ideal (naturalmente) A tomada radiogrfica reconhecer um material com maior densidade na poro apical do canal.

CONES OBTURADORES ( GUTA-PERCHA)COMPOSIO:

Guta-percha(19 a 20%) nas formas alfa e beta.

xido de zinco(60 a 75%)- confere rigidez e atividade antibacteriana aos cones.

Sulfato de brio(1,5 a 17%) - radiopacificadores.

Resinas,ceras e corantes(1 a 4%).

CONES OBTURADORES ( GUTA-PERCHA)VANTAGENSBoa adaptao s paredes dos canais radiculares.

Possibilidade de amolecimento e plastificao por meio de calor ou solventes qumicos.

Facilidade de remoo, se necessrio.

No alteram a cor da coroa do dente se terminado corretamente na juno amelo-dentinria.Boa tolerncia tecidual.

Estabilidade fsico-qumica.

Radiopacidade adequada.DESVANTAGENSFalta de rigidez para ser utilizados em condutos estreitos.

Falta de adesividade, por esse motivo deve ser acompanhado de cimento ou com pasta.

Tm pequena resistncia mecnica, dificultando seu uso em canais muito curvos e atresiados.CONES OBTURADORES ( GUTA-PERCHA)Sendo termolbeis, no podem ser esterilizados pelo calor. Podem ser perfeitamente descontaminados, deixando-os submersos em soluo de hipoclorito de sdio a 5,25% por um minuto.

CIMENTOS ENDODNTICOSFUNO:Eliminar a interface entre guta-percha e as paredes do canal.

TIPOS:Cimentos base de xido de Zinco-Eugenol (OZE); Cimentos Resinosos;Cimentos base de Ionmero de vidro;Cimentos base de Hidrxido de clcio.

CIMENTOS ENDODTICOSTIPO DE CIMENTOPRINCIPAIS CARACTERSTICASCIMENTOS BASE DE OZEPouco utilizado por apresentar muitas deficincias, dentre elas, pouca capacidade de adeso e pouco escoamento. Rickert ou Grossman; Ex.: Endofill; CIMENTOS RESINOSOSApresentam radiopacidade similar da guta-percha; Vantagens: reduzida toxicidade, estabilidade de cor, facilidade de manipulao(pasta/pasta)CIMENTOS BASE DE IONMERO DE VIDROSeu emprego intracanal no justificvel como substituto de outros cimentos j predominantes; bom selador, capaz de vedar os canalculos dentinrios com maior eficincia;CIMENTOS CONTENDO HIDRXIDO DE CLCIOApresentam timas propriedades biolgicas; so os mais recentes dentre os cimentos endodnticos. Ex.: SEALER 26, oSEALAPEXDentre as funes e propriedades dos materiais obturadores disponveis hoje no mercado,temos amplas condies de atuao na terapia endodntica,em busca do sucesso clnico.

Seguindo-se uma tendncia mundial na prtica da obturao do sistema de canais radiculares,utilizando tcnicas automatizadas,devemos adotar o bom senso na eleio do material adequado.

At o momento,nenhum material obturador conseguiu atingir todas as prerrogativas para ser considerado ideal.

A opo pelo melhor material obturador depende diretamente da tcnica empregada e da linha de pensamento do profissional,que certamente busca sempre resultados clnicos satisfatrios

LIMASA cinemtica primordial das limas a de limagem, ou seja, movimentos de introduo no canal radicular, presso na parede do canal radicular e remoo.

O corte ou desgaste ocorre no momento de remoo, retirada ou trao.

Atravs da sua manipulao no interior do canal radicular, realizam a remoo controlada da polpa e dentina, contaminada ou no.

A limagem amplia o canal radicular de forma menos regular quanto comparada aos movimentos giratrios.LIMASAs limas so instrumentos destinados especialmente ao alisamento e retificao de curvatura e irregularidades dos canais radiculares, embora contribuam tambm para o seu alargamento. As limas mais utilizadas cinemtica primordial de limagem so: Tipo K, Hedstren, K Flex e Flexo-File. Existem muitas outras disponveis no mercado, sendo que cada uma delas possui um design prprio.

LIMASInstrumento ideal:

Boa flexibilidadeRendimento favorvel ( corte )Alto tempo de vida til

LIMASCabo: De plstico, possui cores especficas, um nmero e um desenho.

Intermedirio: Une o cabo parte ativa e sua variao determina o comprimento do instrumento.

Parte ativa: Possui o poder de corte e seu comprimento sempre constante.( L = 16 mm )

Guia de penetrao: Confere ao instrumento o poder de corte e penetrao, guiando o mesmo dentro do canal.

COMPOSIO DAS LIMAS

LIMASPADRONIZAO DAS LIMAS: Existe uma correlao entre o NMERO do instrumento, seu DIMETRO, a COR de seu cabo e a SRIE a que pertencem:

COR DO CABOESCURAS: n e calibre MAIORESCLARAS: n e calibre MENORESNUMERAOOs instrumentos so numerados de tal forma que divididos por 100 correspondam, em milmetros, ao dimetro do corte da base do guia de penetrao do instrumento.COMPRIMENTOComp. da parte ativa: sempre 16mmComp. do Intermedirio: varivel 21 mm 25 mm 31DIMETRO DA PONTADetermina o n do instrumentoEx: # 15 0,15 mm de dimetro na ponta do instrumento (D1)

LIMASCONICIDADE o quanto aumenta em dimetro a cada mm da lima. (A cada mm, h um aumento de 0,02 mm no dimetro do instrumento)Exemplo: # 55 - em D1 0,55mm- a 1mm 0,55mm + 0,02mm = 0,57mm- a 2mm 0,55mm + 0,04mm = 0,59mmCALIBREO aumento de calibre na sequncia dos instrumentos de 0,05 mm do instrumento no 10 at o 60 e de 0,1 mm deste at o 140.

LIMASTipo de limaSeco transversalPrincipais caractersticasK (Kerr)QuadrangularIndicada na explorao inicial e instrumentao de canais retos; Boa resistncia; Poder de corte e penetrao pequenos; Dupla ao de alargamento e de desgaste;H (Hedstrem)CircularIndicada para pulpectomia e desobturao; Excelente capacidade de corte; Maior remoo de resduos; Usada depois das limas K ou Flexofile (abertura de espao); Essencialmente raspadoras; Capacidade perfurante nulaFlexofileTriangularIndicada na instrumentao de canais retos e curvos; Flexibilidade; S podem ser utilizadas em movimentos de limagem;

LIMASTipo de limaSeco transversalPrincipais caractersticasK-FlexLosangularCapacidade de corte ainda maior que as Limas Flexo-File; grande capacidade de desgaste da dentina; flexibilidade maior que a limas convencionais de mesmo calibre;Golden MediumTriangularForam propostas para resolver a problemtica da ampliao de dimetro de um instrumento de menor calibre para outro subseqente de maior calibre durante o preparo;NitiflexTriangularInstrumentao de canais acentuadamente curvos; Confeccionada com liga de nquel-titnio; altamente flexvel;

BROCASBrocas e Pontas EsfricasAs brocas e pontasdiamantadaspara alta rotao so utilizadas no acessoendodnticonas seguintes fases: A - desgaste do esmalte no ponto de eleio; B - perfurao na direo de trepanao at a queda no vazio; C - remoo do teto.

BrocasCarbite.

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PontasdiamantadasKGSorensenBROCASTipo de brocaCaractersticasLA AxxessCorta uma extenso perfeita linha-ngulo, sem deixar ranhuras ou irregularidades devido a sua ponta inativa (no cortante); segurana durante a teraputicaendodntica.

PeesoSoutilizadas tanto na ampliao da embocadura do canal radicular quanto no preparo do condutoendodntico; hoje est em desusoBaatNo possuem corte na extremidade de sua parte ativa; no podem sofrer movimentos pendulares(apresentam grande fragilidade nestas situaes) podendo ocorrer fraturas.

BROCASTipo de brocaCaractersticasGates-GliddenO seu uso seguro pelo fato de no possurem corte na extremidade das suas partes ativas; alargando as entradas dos canais, ampliandoos teros mdioe cervical dos canais radiculares LargoSo utilizadas para dar um melhor afunilamento entrada do canal, aps a sua instrumentao. Estabelecem um preparo para conteno intra-radicular, depois da obturao do canal.

BROCASTipo de brocaCaractersticasEndo-ZNo possuem corte nas suas extremidades; Indicadas para o acabamento das cavidades de acesso e divergncia das suas paredes, principalmente nos casos de pr-molares e molares; So notrias pela sua capacidade de corte e durabilidade.LentuloUtilizado na insero de pastas e cimentos endodnticosno interior do canal radicular

REFERNCIAS BIBLIOGFICASCohen,S. & Burns,R.C. Pathways of the pulp.St Louis,Mosby,1976De Deus,Q.D. Endodontia,Rio de Janeiro, Medsi , 1986Lopes,H.P. & Siqueira Jr,J.F.,Endodontia-Biologia e Tcnica, Rio de Janeiro,Medsi,1999Berger CR. Endodontia, 1 Ed. So Paulo: ed. Pancast, p. 127-139, 1998Bombana AC, Capriglione M. Arranjo do Consultrio. In: Paiva JG, Antoniazzi. Endodontia Bases para a prtica clnica, 2 Ed So Paulo: ed. Artes Mdicas, p. 149-222, 1993Capelette L Pallota RC, Machado MLBBL, Machado MEL. Anlise Comparativa da Resistncia Toro de instumentos Endodnticos de Ao Inoxidvel e Nque-Titnio.Machado MEL. Endoatlas [online]. So Paulo. Brazil. Nov. 2000. Available from world wide web; http://www.endoatlas.com.br. ISBNPallotta RC, Machado MEL. Comparao da flexibilidade das limas tipo K, Flexofile, Hedstroen, e Nitifles. In: Seminrio Brasileiro de Pesquisas Odontolgicas, 1996, guas de So Pedro. Anais: guas de So Pedro: IADR, 1996. p. 73.