Material de Apoio - Apostila 1.2_2

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    GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SULSECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

    CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EZEQUIEL FERREIRA LIMAEDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO NA MODALIDADE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 

    APOSTILA DE CONTABILIDADE DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL

     Autor

    PROFESSOR MAYCON BISPO CARDOSOContador, Pós-Graduando em Perícia e Auditoria Contábil pela

    Universidade Católica Dom Bosco

    CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO 

    06/2015

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    CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EZEQUIEL FERREIRA LIMACURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO – EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS – 

    EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO NA MODALIDADE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

    Apostila – Contabilidade Geral – Edição n. 1 – 06/2015Professor: Maycon Bispo Cardoso

    Estimado (a) aluno (a): 

    Essa apostila tem como finalidade complementar os assuntos tratadosnas vídeos aulas da disciplina de Contabilidade Geral. O objetivo dessa disciplina éfornecer o conhecimento geral do mundo contábil, fazendo com que o futuro técnicoem administração, conheça sobre o que é a contabilidade, para que serve, quais osrelatórios produzidos pelo profissional contábil.

    Você aluno (a) que já tentou fazer algum curso na área contábil ou que já ouviu falar que a contabilidade é difícil, complicada de entender e que tudo é oinverso, quero tranquilizá-los, pois a contabilidade fica fácil quando quebrarmos algunspré-conceitos, como: débito é ruim e crédito é bom, existe muito cálculo e outrasfalácias do mundo contábil.

    O material foi elaborado pensando em uma sequencial de assuntos, deforma a facilitar o aprendizado, sendo que cada assunto torna-se importante paraquem deseja administrar uma empresa ou até mesmo seu orçamento familiar.

    A contabilidade apresenta termos técnicos que chamamos determinologia ou nomenclatura, que são essenciais na linguagem comercial. É alinguagem que o administrador precisa conhecer e se familiarizar com ela.

    Desejo a todos felicidades e que esse processo de construção doconhecimento seja algo latente em suas vidas e que o material fornecido e aulasministradas sejam de grande valia na em sua carreira profissional.

    Bons estudos!

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    EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO NA MODALIDADE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

    Apostila – Contabilidade Geral – Edição n. 1 – 06/2015Professor: Maycon Bispo Cardoso

    Sumário1.  Introdução ........................................................................................................ 2 

    2.  Breve Histórico ................................................................................................. 2 

    2.1.  Marco do Período Moderno ......................................................................................... 3

    2.2.  Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC ............................................................ 3

    2.3.  Lei 6.404/1976 e Lei 11.638/2007. ............................................................................... 4

    3.  Conceito de Contabilidade: ............................................................................. 6 

    3.1.  Registro Contábil. ......................................................................................................... 7

    4.  Objetivo: ........................................................................................................... 9 

    4.1.  Exercício de Fixação: ..................................................................................................... 9

    5.  Finalidade ....................................................................................................... 10 

    5.1.  Usuários das Informações Contábeis ......................................................................... 10

    5.2.  Exercício de Fixação: ................................................................................................... 10

    6.  Representação gráfica do patrimônio. ......................................................... 11 

    6.1.  Equação Fundamental ................................................................................................ 12

    6.2.  Variações do Patrimônio Líquido ............................................................................... 136.3.  Razonetes .................................................................................................................... 15

    6.4.  Débito e Crédito .......................................................................................................... 15

    6.4.1.  Lançamentos a Débito e a Crédito das Contas .................................................. 16

    6.4.2.  Contas do Ativo ................................................................................................... 16

    6.4.3.  Contas do Passivo e do Patrimônio Líquido ...................................................... 16

    6.4.4.  Resumo do Mecanismo de Débito e Crédito ..................................................... 17

    6.5.  Questões e Exercícios de Fixação: .............................................................................. 18

    7.  Contas patrimoniais e de resultados: custos, despesas e receitas. ............ 3 

    7.1.  Contas Sintéticas e Analíticas. .................................................................................... 17

    7.2.  Classificação das contas pelo sistema patrimonial ................................................... 17

    7.3.  Encerramento das Contas de Receita e de Despesas. ............................................... 19

    7.4.  Distribuição do Resultado .......................................................................................... 20

    7.5.  Questões e Exercícios de Fixação: .............................................................................. 20

    8.  Métodos de escrituração. .............................................................................. 20 

    8.1.  Método das Partidas Dobradas.................................................................................. 21

    8.2.  Exemplos de Registro de Operações no Razão (Razonetes) ..................................... 22

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    Apostila – Contabilidade Geral – Edição n. 1 – 06/2015Professor: Maycon Bispo Cardoso

    9.  Demonstrações contábeis. ............................................................................ 26 

    9.1.  Demonstrações contábeis obrigatórias ..................................................................... 26

    9.2.  Demonstrações obrigatórias ...................................................................................... 27

    9.3.  Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) ...................................... 27

    9.3.1.  Demonstrações facultativas ............................................................................... 28

    9.4.  Pessoa Jurídicas Sem Fins Lucrativos ......................................................................... 28

    9.5.  Demonstrações obrigatórias ...................................................................................... 29

    9.6.  Demonstrações facultativas ....................................................................................... 29

    9.7.  Resumo das demonstrações ...................................................................................... 29

    9.7.1.  Balanço Patrimonial (BP): ................................................................................... 31

    9.7.2.  Origem da expressão “Balanço Patrimonial” .................................................... 31

    9.7.3.  Ativo .................................................................................................................... 31

    9.7.4.  Passivo................................................................................................................. 32

    9.7.5.  Patrimônio Líquido ............................................................................................. 32

    9.7.6.  PL = Ativo (bens + direitos) – Passivo Exigível (obrigações exigíveis) ............... 32

    9.7.7.  Formação de um patrimônio empresarial ......................................................... 33

    9.7.8.  Composição básica do Patrimônio Líquido ........................................................ 33

    9.7.9.  Capital de Terceiros x Capital Próprio ................................................................ 33

    9.8.  Demonstração do Resultado ...................................................................................... 34

    9.8.1.  Estrutura da demonstração de resultado .......................................................... 35

    9.8.2.  Demonstração do resultado abrangente (DRA) ................................................ 35

    9.9.  Demonstração dos fluxos de caixa (DFC) ................................................................... 37

    9.10.  Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL): ............................. 41

    9.11.  Notas Explicativas (NE): .......................................................................................... 43

    10.  Bibliografia ..................................................................................................... 44 

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    Apostila – Contabilidade Geral – Edição n. 1 – 05/2015Professor: Maycon Bispo Cardoso

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    1.  Introdução

    A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informaçõesúteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela é muito antiga esempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões. Com o passar do tempo,o governo começa a utilizar-se dela para arrecadar impostos e a torna obrigatória paraa maioria das empresas.

    Ressalta-se, entretanto, que a Contabilidade não deve ser feita visandobasicamente atender às exigências do governo, mas, o que é muito mais importante,auxiliar as pessoas a tomarem decisões.

    Todas as movimentações possíveis de mensuração monetária sãoregistradas pela contabilidade, que, em seguida, resume os dados registrados emforma de relatórios e os entrega aos interessados em conhecer a situação da empresa.Esses interessados, através de relatórios contábeis, recordam os fatos acontecidos,analisam os resultados obtidos, as causas que levaram àqueles resultados e tomamdecisões em relação ao futuro.

    2.  Breve Histórico

    A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história dacivilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de

    proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objetomaterial de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.

    A origem da Contabilidade  está ligada a necessidade de registros docomércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. Aprática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades daAntiguidade.

    CuriosidadeA Primeira Profissão Regulamentada no BrasilA contabilidade foi a primeira profissão regulamentada no Brasil. Ela surgiu com a criação do ensino

    comercial, em 1931, viabilizando os negócios e acelerando o desenvolvimento econômico. Porém,como não existia o curso superior de ciências contábeis, muitos profissionais não tinhamconhecimentos teóricos e técnicos suficientes para detectar os problemas de uma empresa erecomendar suas soluções. Visando solucionar isto, foi criado em 1945, o curso de ciênciascontábeis, que disponibilizava à sociedade um profissional capaz de compreender as questõestécnicas, científicas e econômicas que determinavam a resolução de tais problemas de forma maiseficaz. Assim, a contabilidade passou a dar mais respaldo aos gestores e profissionais de cargosadministrativos para proporcionar a “saúde financeira” de seus empreendimentos.(Fonte: www.sesconserragaucha.com.br/curiosidades acesso em 26/12/2009)

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    2.1.  Marco do Período Moderno

    Passando para a fase chamada de período moderno da contabilidade,temos como marco histórico em 1494 a publicação do livro "Tratactus de Computis etScripturis" (Contabilidade por Partidas Dobradas), escrito pelo Frei Luca Pacioli.

    Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs aterminologia adaptada:

    "Per " , mediante o qual se reconhece o devedor;

    "A " , pelo qual se reconhece o credor.

    Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, práticaque se usa até hoje.

    Assim temos a seguinte expressão: “Para todo o débito existe umcrédito correspondente. ” 

    Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi ocriador das Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente naToscana, desde o Século XIV

    Fundamentalmente, com o Método das Partidas Dobradas, criou-se a

    figura do Patrimônio Líquido. Isso significa que, basicamente, nos primórdios dacontabilidade, o registro era feito em partidas simples. A partida simples buscavacontabilizar os bens e direitos, mas não dava a dimensão do fundamento de causa-efeito que fundamenta as partidas dobradas. Com isso podemos conceituar que ométodo das partidas simples era um método de inventariar, de contar os bens. Assimtemos a nomenclatura “Contabilidade” como a Ciência do Contador 

    2.2.  Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC

    O Comitê de Pronunciamentos Contábeis  – CPC, criado pela resolução

    CFC n º 1.055/05, foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivosda Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA), Associação dos Analistase Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC), Bolsa de Valores deSão Paulo (BM&FBOVESPA), Conselho Federal de Contabilidade (CFC), instituto dosAuditores Independentes do Brasil (IBRACON) e Fundação Instituto de PesquisasContábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI), em razão da necessidade de:

    Convergência internacional das normas contábeis (redução de custo deelaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões,redução de custo de capital);

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    Centralização na emissão de normas dessa natureza;

    Representação e processos democráticos na produção dessasinformações, envolvendo os elaboradores da informação contábil, os auditores, osusuários, as academias, os agentes de intermediação e o governo.

    Tem como objetivos o estudo, o preparo e emissão de PronunciamentosTécnicos, suas interpretações e orientações sobre procedimentos de contabilidadesocietária e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão denormas pelas entidades reguladoras brasileiras, visando à uniformização do seuprocesso de produção, levando sempre em conta a convergência da contabilidadebrasileira aos padrões internacionais.

    Com a edição dos Pronunciamentos efetuados até 2010, com o quepraticamente se conclui o processo de convergência das Normas Brasileiras às NormasInternacionais, as atividades até então exercidas podem ser caracterizados como deatuação passiva, visto ter-se dedicado à adoção das normas internacionais já vigentes.Já a partir de 2011 a expectativa é que as atividades do CPC passem a ser de atuaçãomais ativa, com o envio de colaboração do Brasil na revisão ou elaboração das normasinternacionais.

    Caso queira conhecer mais sobre o CPC, visita a página:http://www.cpc.org.br/CPC 

    2.3.  Lei 6.404/1976 e Lei 11.638/2007.

    A Lei 6.404/1976 também conhecida como a Lei das SociedadesAnônimas era Lei que orientava os contadores na escrituração contábil, elanormatizava a contabilidade Brasileira, mas essa lei tinha um caráter mais fiscal, ouseja, era uma contabilidade que atendia mais o fisco (governo) na questão de apuraçãodos impostos e basicamente não atendia a administração da empresa.

    Esse fato fez com que muitas empresas na necessidade de ter umreflexo exato do seu patrimônio passam a realizar uma outra contabilidade paralela a

    contabilidade fiscal, criando outros ramos da contabilidade, dentre eles destacam-se:

      Contabilidade Internacional;

      Contabilidade Social;

      Contabilidade Gerencial;

      Contabilidade Ambiental; e

      Contabilidade de Custos

    Em 1977 é publicado o primeiro Regulamento do Imposto de Renda  – RIR, dando poder a Lei 6.404 e seus demonstrativos, como base de apuração do

    imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro.

    http://www.cpc.org.br/CPChttp://www.cpc.org.br/CPChttp://www.cpc.org.br/CPC

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    O artigo 274 do RIR de 99, estabelece que:

    Art. 274. Ao fim de cada período de incidência doimposto, o contribuinte deverá apurar o lucro líquido mediante aelaboração, com observância das disposições da lei comercial, dobalanço patrimonial, da demonstração do resultado do período deapuração e da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados 

    Após sete longos anos de tramitação, foi editada a Lei 11.638/2007, publicada no apagar das luzes de 2007 (Edição Extra do Diário Oficial da União de28.12.2007), que passa a vigorar a partir de 01.01.2008, reformulando parte da Lei6.404/7 (Lei das S/A).

    A nova legislação harmoniza a contabilidade brasileira aos padrões

    internacionais, o que facilita o investimento estrangeiro. Além disso, e apesar de serquestionável, obriga as grandes empresas de capital fechado   a divulgarem seusbalanços.

    Com as novas regras, diversas alterações significativas ocorreram, comoa extinção da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - DOAR , aobrigatoriedade de elaboração da DFC - Demonstração dos Fluxos de Caixa e daDemonstração do Valor Adicionado - DVA.

    Além dessas novas demonstrações obrigatórias, criou-se o grupo ativo

    intangível e contas contábeis como ajustes de avaliação patrimonial   - que vem asubstituir a extinta reserva de reavaliação, além de alterações para a avaliação dosinvestimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial.

    No ativo intangível serão classificados os direitos que tenham por objetobens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essafinalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

    Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto nãocomputadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, ascontrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e

    do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado.

    A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre arecuperação dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fimde que sejam registradas as perdas de valor do capital em função da interrupção deempreendimentos ou revisados e ajustados os critérios utilizados para determinaçãoda vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão eamortização.

    A nova lei também explicita que as normas expedidas pela Comissão de

    Valores Mobiliários - CVM deverão ser elaboradas em consonância com os padrões

    http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htmhttp://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htmhttp://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htmhttp://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm

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    internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valoresmobiliários.

    O aumento da transparência dos balanços é o principal benefício destasnormas, deixando também comparáveis um grande número de demonstraçõesfinanceiras de diferentes regiões do globo.

    A perspectiva da confluência das normas internacionais é importante,na medida em que facilitam a interpretação dos balanços de diferentes companhias aoredor do mundo, facilitam o trabalho dos contadores pela aplicação universal econferem uma maior rigidez a diferentes situações - onde cada país normatizavasegundo normas próprias.

    A Lei 11.638/2007, não anulou a contabilidade tributária deatendimento as normas do fisco para apuração dos impostos, mas vem trazer aosempresários a obrigatoriedade de adotar aos dispositivos da legislação comercial e aosprincípios contábeis. Nessa hipótese os lançamentos de ajustes para harmonização denormas contábeis, visando adaptá-los às normas tributárias, poderão ser registradosem livros auxiliares ou mediante destaques na própria escrituração contábil

    Em 2008, foi publicada a medida provisória 449, que corrigiu algunserros da Lei 11.3638/2007 e implantou outros aspectos que a lei havia esquecido derelatar, sendo que essa medida provisória é transformada em 2009 na Lei n. 11.941.

    Outro marco histórico foi a publicação da Lei n. 12.249/2010, que deupoderes ao Conselho Federal de Contabilidade – CFC a editar normas Contábeis, anteso CFC, só tinha poderes para publicar normas ao profissional, agora passa a normatizarnormas contábeis. Vejamos o art. 6º:

    Art. 6º São atribuições do Conselho Federal deContabilidade:

    (...)

    f) regular acerca dos princípios contábeis, do Exame de

    Suficiência, do cadastro de qualificação técnica e dos programas deeducação continuada; e editar Normas Brasileiras de Contabilidade denatureza técnica e profissional. (Incluído pela Lei nº 12.249, de 2010)

    Veja só que legal, o CPC, visto no item b deste capitulo, foi criando em2005, já antevendo a necessidade de publicar normas para a convergência entre acontabilidade brasileira e as normas internacionais, conhecida como IFRS.

    3.  Conceito de Contabilidade:

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12249.htm#art76http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12249.htm#art76

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    Para Osni Moura Ribeiro (2010, p.10), contabilidade é uma ciência quepossibilita, por meio de suas técnicas, o controle permanente do Patrimônio  das

    empresas.

    É a ciência que estuda a formação e variação do Patrimônio, ou seja,estuda, registra e controla o patrimônio das entidades com ou sem fins lucrativos,demonstrando ao final de cada exercício social o resultado obtido e a situaçãoeconômico-financeira da entidade.

    Por patrimônio, entende-se o conjunto de bens, direitos e obrigações deuma pessoa, avaliado em moeda, ou seja, o conjunto dos elementos necessários àexistência de uma empresa. Ex.: dinheiro, mesas, cadeiras, mercadorias, contas areceber e a pagar, terrenos, entre outros.

    3.1.  Registro Contábil.

    A contabilidade registra os fatos contábeis ocorridos na entidade, e quepossam ser mensurados em números, tais fatos podem ser de atos administrativos ede fatos não praticados pela administração da entidade, por exemplo:

      Fatos Administrativos: A empresa realiza a compra de um carropara entidade;

      Fatos não administrativos: O carro comprado pela entidade foi

    roubado.

    Os registros contábeis são predominantes sobre fatos contábeis, maspodem ocorrem atos administrativos que naquele momento não venha alterar opatrimônio da empresa, pois aquele ato ainda não ocorreu, ou seja é algo possível derealização. Atos possíveis de realização e que venham a afetar o patrimônio daempresa devem ser evidenciados em Nota Explicativa.

    Nota Explicativa, é um dos relatórios que compõe as demonstraçõescontábeis e será devidamente explicado no capítulo VIII desta apostila.

    As entidades utilizam de um recurso para controlar tais atosadministrativos, o qual é chamado de Contas de Compensação. 

    O sistema de compensação é um controle à parte do sistemapatrimonial, ou seja, enquanto este último engloba as contas que compõem opatrimônio da empresa como um todo (ativo, passivo e patrimônio líquido), aqueleabrange contas que servem exclusivamente para controle, sem fazer parte dopatrimônio.

    Desta forma, as contas de compensação nada têm a ver com o sistemade contas patrimoniais, tratando-se de um conjunto de contas de uso optativo e

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    destinado a finalidades internas da empresa, podendo servir, como fonte de dadospara transmitir determinadas informações a terceiros.

    O uso das contas de compensação é recomendável, para as finalidadesde controle interno, para registro de possíveis alterações patrimoniais futuras e comofonte de dados para a elaboração de notas explicativas.

    Atenção:  As Contas de Compensação trata-se apenas de um relatóriointerno e não é divulgado da mesma forma que Balanço Patrimonial, suas informaçõessão publicadas apenas em notas explicativas.

    Segue abaixo um exemplo real, publicado pela empresa SANESUL  emNota Explicativa das demonstrações contábeis do ano de 2013:

    Pesquisa no site:http://www.sanesul.ms.gov.br/Documentos/DocContabeis/Balanco2013.pdf  

    Conforme o trecho acima retirado das Notas Explicativas da empresa

    SANESUL, temos o registro de um fato contábil possível de realização  e que sendorealizado afetara o patrimônio da empresa. No exemplo a empresa relata que existeuma ação civil do seu fornecedor Tigre S.A, e que houve um recalculo da dívida por umprofissional, sendo estabelecido o montante de R$ 7.697, mas como não houve asentença final, apenas informa a possível redução desse débito em nota explicativa.

    3.2.  Exercício de Fixação1)  Assinale a alternativa que conceitue corretamente

    CONTABILIDADE:a)  Ciência que trata dos fenômenos relativos à produção, distribuição,

    acumulação e consumo dos bens materiais.

    http://www.sanesul.ms.gov.br/Documentos/DocContabeis/Balanco2013.pdfhttp://www.sanesul.ms.gov.br/Documentos/DocContabeis/Balanco2013.pdfhttp://www.sanesul.ms.gov.br/Documentos/DocContabeis/Balanco2013.pdf

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    b)  O patrimônio líquido pode ser entendido como sendo a diferençaentre o valor do ativo e o valor do passivo de um patrimônio.

    c)  Se calcularmos os direitos reais e os direitos pessoaispertencentes a uma entidade, estaremos calculando o ativopatrimonial dessa entidade.

    d)  O capital social de um empreendimento comercial é o montantede recursos aplicados em seu patrimônio.

    e)  O montante dos bens e dos direitos de uma pessoa física ou jurídica tem o mesmo valor de seu passivo real.

    5.  Finalidade

    A finalidade da Contabilidade é a de controlar o Patrimônio com oobjetivo de fornecer informações sobre a sua composição e suas variações.

    As informações de natureza econômica compreendem, principalmente,os fluxos de receitas e de despesas, que geram lucros ou prejuízos, e as variações nopatrimônio da entidade. As informações de natureza financeira abrangemprincipalmente os fluxos de caixa e do capital de giro das entidades.

    5.1.  Usuários das Informações Contábeis

    O Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, conceituou os usuários

    externos das informações contábeis, em seu pronunciamento chamado de CPC 00,capítulo 1, são eles:

      Investidores;  Financiadores; e  Outros credores

    As Demonstrações Contábeis devem ser úteis a investidores  existentese em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, quando da tomadadecisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade. Essas decisões envolvemcomprar, vender ou manter participações em instrumentos patrimoniais e em

    instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras formasde crédito

    Decisões a serem tomadas por investidores  existentes e em potencialrelacionadas a comprar, vender ou manter instrumentos patrimoniais e instrumentosde dívida dependem do retorno esperado dos investimentos feitos nos referidosinstrumentos, por exemplo: dividendos, pagamentos de principal e de juros ouacréscimos nos preços de mercado.

    5.2.  Exercício de Fixação:

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    1)   A finalidade da Contabilidade é:

    a)  Determinar o resultado das entidades

    b)  Atender a legislação comercial e fiscal, que exige das empresas aelaboração das chamadas demonstrações financeiras.c)  Controlar o patrimônio das entidades, apurar o resultado e

    prestar informações sobre a situação patrimonial e o resultadodas entidades aos usuários da informação contábil.

    d)  Registrar os custos, as despesas, as receitas e apurar o resultadoda entidade.

    e)  Estabelecer as relações de débito e de crédito do proprietáriocom os agentes consignatários e agentes correspondentes

    6.  Representação gráfica do patrimônio.

    O patrimônio pode ser representado por um gráfico em forma de "T".

    PATRIMÔNIO

    Bens

    Direito

    Obrigações

    Na representação gráfica apresentada, coloca-se no lado esquerdo osbens e os direitos (elementos positivos) e no lado direito as obrigações. Isso ocorre,porém, por mera convenção. Assim, tem-se:

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    CAPITAL PRÓPRIO = BENS + DIREITOS  –  OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS

    Substituindo os termos bens e direitos por ativo, obrigações comterceiros por passivo, e capital próprio por patrimônio líquido, podermos afirmar que:

    PL. = A - P

    Supondo que a entidade venda todos os seus bens, receba todos os seusdireitos e pague todas as suas obrigações com terceiros, a sobra ou situação líquida é ocapital próprio, que é denominado pela Contabilidade de patrimônio líquido

    6.2.  Variações do Patrimônio Líquido

    A partir da equação fundamental do patrimônio, pode-se deduzir queem dado momento, o patrimônio assume, invariavelmente, um dos cinco estados asaber:

    1)  Quando o ativo é maior que o passivo, teremos patrimôniolíquido maior que zero, o que revela a existência de riquezapatrimonial.

    A = P + PL

    2)  Quando o ativo é maior que o passivo e o passivo é igual a zero,

    teremos patrimônio líquido maior que zero, revelandoinexistência de dívidas.

    A = PL

    3)  Quando o ativo é igual ao passivo, teremos patrimônio líquidoigual a zero, revelando inexistência de riqueza própria.

    A = P

    4)  Quando o passivo é maior do que o ativo, teremos patrimônio

    líquido menor que zero, revelando má situação financeira eexistência de passivo a descoberto.

    A + PL = P

    5)  Quando o passivo é maior do que o ativo, e o ativo é igual a zero,teremos patrimônio líquido menor que zero, revelando péssimasituação financeira, inexistência de bens e direitos e somenteobrigações.

    PL = P

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    O Patrimônio Líquido é a medida da riqueza, na comparação comentidades diferentes. Assim na contabilidade, dizemos que é mais rico aquele que tem

    mais Patrimônio Líquido, ou uma empresa é maior que outra, se tem mais PatrimônioLíquido.

    Exemplificando:  Imaginemos dois patrimônios de duas pessoasdiferentes:

    a)  Patrimônio do Herbert

    1 Carro BMW ......................... $ 100.000 - financiamento $ 95.000

    Saldo Bancário....................... $ 2.000

    PL = Bens + Direitos – Obrigações

    PL = $ 100.000 + $ 2.000 – $ 95.000

    PL = 7.000

    b)  Patrimônio do José

    1 Carro Uno ........................... $ 9.000 - financiamento $ 0,00

    Saldo Poupança .................... $ 3.000

    PL = Bens + Direitos – Obrigações

    PL = $ 9.000 + $ 3.000 – $ 0,00

    PL = 12.000

    No conceito da contabilidade, apesar de o Herbert ter um carro degrande valor, bem mais caro que o carro do José, temos o José como a pessoal de

    Patrimônio do Herbert Patrimônio do José

    100.000  95.000  9.000  0,00 

    2.000  3.000 

    Soma= 102.000 95.000 Soma= 12.000  0,00

    Saldo PL = 7.000 Saldo PL = 12.000

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    maior riqueza, pois se os dois tivessem, agora, de vender o que têm, para pagar suasdívidas, sobraria mais para José do que para Herbert, pois o PL de José é maior.

    6.3.  Razonetes

    Uma simplificação da representação gráfica da conta, muito utilizadapara simplificar as ilustrações, explicações e resoluções de problemas, que também é adenominada Conta em T ou Razonete. Sua forma gráfica é a mesma do patrimônio:

    6.4.  Débito e Crédito

    Em contabilidade, os termos débito e crédito são convenções contábeis.Não significam algo favorável ou desfavorável. Os leigos em contabilidade costumamassociar esses termos  –  débito e crédito  –  a valores a receber ou a pagar e até a

    significados de coisas boas e ruins no patrimônio da empresa.

    Em verdade, débito e crédito são simplesmente convenções contábeis,com uma função específica em cada conta, como veremos a seguir.

    A diferença entre o total de débitos e o total de créditos feitos em umaconta, em determinado período, é denominada saldo. Se o valor dos débitos forsuperior ao valor dos créditos, a conta terá um saldo devedor. Se acontecer ocontrário, a conta terá um saldo credor.

    Lado Lado

    Débit

     

    Crédit

     

    Lado Lado

    Débit

     

    Crédit

     

    Titulo da Titulo da Conta

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    6.4.1.  Lançamentos a Débito e a Crédito das Contas

    Como já foi visto, as operações provocam aumentos e diminuições doAtivo, do Passivo de do Patrimônio Líquido.

    As contas possuem dois lados – esquerdo e direito -, assim, os aumentospodem ser registrados de um lado e as diminuições de outro. A natureza da conta éque irá determinar o lado a ser utilizado para os aumentos e o lado para asdiminuições, como pode ser visto a seguir.

    6.4.2.  Contas do Ativo

    Os elementos do Ativo ficam do lado esquerdo do Balanço. Por isso,

    todas as contas do Ativo (Bens e Direitos) sempre devem apresentar saldos devedores,isto é, no lado esquerdo.

    Deve-se observar que uma empresa possui ou não possui bens edireitos. Não existem bens negativos e tampouco direitos negativos; portanto ascontas do Ativo possuem saldo devedor ou nulo. Para que uma conta do Ativo (Bens eDireitos) tenha saldo devedor, é necessário que as variações (aumentos e diminuições)nela ocorridas sejam registrados da seguinte forma:

    Qualquer Conta do Ativo

    Débito Crédito

    $

    Aumentos

    $

    Diminuições

    6.4.3.  Contas do Passivo e do Patrimônio Líquido

    Do Passivo: As contas do Passivo aparecem sempre no lado direito doBalanço, por isso ocorre, com elas, o inverso do que acontece com o Ativo. Com efeito,os aumentos e as diminuições do Passivo (obrigações) devem ser registrados da

    seguinte forma:

    Qualquer Conta do Passivo

    Débito Crédito

    Diminuições Aumentos

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    Do Patrimônio Líquido: O PL também fica do lado direito do Balanço, eo critério é o mesmo do Passivo. O funcionamento do sistema de débito e crédito será

    idêntico ao do Passivo, ou seja:

    Qualquer Conta do Patrimônio Líquido

    Débito Crédito

    $

    Diminuições

    $

    Aumentos

    O Patrimônio Líquido poderá ser negativo (saldo devedor); quando issoocorrer, ele permanecerá do lado direito do Balanço, juntamente com o Passivo,subtraindo do seu total.

    Com efeito, qualquer aumento no Patrimônio Líquido será regido porCrédito, e qualquer diminuição, por débito. VIDE QUADRO ACIMA

    6.4.4.  Resumo do Mecanismo de Débito e Crédito

    Em suma, considerando o mecanismo acima, podemos concluir que:

    ContasEfetua-se um lançamento a

    Débito Crédito

    de para para

    Ativo

    Passivo

    Patrimônio Líquido

    Aumentar

    Diminuir

    Diminuir

    Diminuir

    Aumentar

    Aumentar

    REGRAS GERAIS:

    Todo aumento de Ativo (lança-se no lado esquerdo do razonete): debita-se.

    Toda diminuição de Ativo (lança-se no lado direito do razonete): credita-se.

    Todo aumento de Passivo e PL (lança-se no lado direito do razonete): credita-se.

    Toda diminuição de Passivo e PL (lança-se no lado esquerdo do razonete): debita-se.

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    6.5.  Questões e Exercícios de Fixação:1)  Luís da Silva, pessoa física, possui hoje um carro no valor de $ 7.000, uma casa

    no valor de $ 22.000, uma poupança de $ 1.200 e nenhum dívida. George, seuamigo, também hoje tem um carro no valor de $ 35.000, um apartamento novalor de $ 75.000, nenhum dinheiro na poupança, um cheque especial negativode 12.000, dívida de $ 26.000 com o carro e outra dívida de $ 45.000 definanciamento do apartamento. Calcule a riqueza líquida de cada um eidentifique, em termos contábeis, quem deve ser considerado dono de maiorriqueza.

    2)  Dados os elementos patrimoniais a seguir, colocar: (B) se for bem  – (D) se fordireito – (O) se for Obrigação

    ( ) Máquinas

    ( ) Empréstimos a Pagar

    ( ) Ferramentas

    ( ) Aluguéis a Receber

    ( ) Móveis e Utensílios

    ( ) Duplicatas a Receber

    ( ) Encargos Sociais a Pagar

    ( ) Depósitos em Bancos

    ( ) Encargos Sociais a Pagar

    ( ) Marcas e Patentes

     ATIVO PASSIVO e PL

     Aumenta Diminui(-)+ Diminui Aumenta+(-)

    D BITO CR DITO

    +

    +

    +

    +

    ++

    +

    +

    +

    +

    ++

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    dos principais relatórios contábeis e atender a todos os usuários da informaçãocontábil, é chamado de Plano de Contas.

    O Plano de Contas deve ser elaborada antes da sua necessidade de uso,por isso contador tem que planejar a estruturação do Plano de Contas, de maneira quea sua principal ferramenta seja criada para lhe possibilitar o melhor dos resultados notrato com as informações contábeis.

    7.1.  Contas Sintéticas e Analíticas.

    As contas são todas codificadas em uma sequência, considerado comograduação do plano de contas, a codificação é estabelecida da seguinte forma:

    1.  Ativo;2.  Passivo;3.  Despesas; e4.  Receitas.

    Essa representação é chamada de primeiro grau, as contas em segundograu servem para detalhar melhor o numerário representado no primeiro grau, logodepois podemos ter a de terceiro grau que detalhar melhor a de primeiro e segundograu, e assim sucessivamente, até o ponto em que represente a necessidade daempresa e seus usuários.

    Os níveis das contas também representam a seguinte nomes: contassintéticas e contas analíticas.

    São denominadas contas analíticas aquelas contas que representam oselementos patrimoniais em seu maior grau de detalhamento, já as Contas Sintéticasem seu menor grau, veja o exemplo a seguir:

    1.  Ativo Grau 1Sintética. 

    1.1  Ativo Circulante Grau 2

    Sintética. 1.1.1  Bancos Conta Movimento

      Grau 3 Sintética 

    1.1.1.1  Banco ABC Grau 4 Analítica 

    7.2.  Classificação das contas pelo sistema patrimonial

    Visando aos dois relatórios básicos de um sistema de informaçãocontábil que são:

    a)  Balanço Patrimonial (BP); e

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    b)  Demonstração de Resultado (DR)

    Assim podemos classificar as contas em dois grandes grupos, quepodem ser: Contas Patrimoniais e Contas de Resultado.

    Contas Patrimoniais:  São as contas necessárias para representar oselementos patrimoniais do Ativo e Passivo. Em outras palavras, representam os bens,direitos e obrigações, são elas que compõem o Balanço Patrimonial (BP).

    São conhecidas como contas permanentes, pois sempre existirão,enquanto existirem os elementos patrimoniais que representam. Isso querexemplificando com a conta Caixa, que, enquanto houver dinheiro dentro daempresam, ano após ano, existirá a conta Caixa. O saldo poderá ser reduzido até quase

    zero, mas, existindo qualquer quantidade de dinheiro, existirá a conta, independentedo ano e da passagem do tempo.

    Contas de Resultado:  As contas de resultado são denominadas deReceitas e Custos/Despesas, elas têm a função de evidenciar os ganhos (receitas) egastos (despesas) e não representam nenhum elemento patrimonial de bem, direitoou obrigações. São utilizadas somente para relatório básico, que é chamada deDemonstração de Resultado.

    As contas de resultado são conhecidas como contas transitórias, pois

    servem apenas para o último período analisado. Assim, elas têm, teoricamente, tempode vida definido. O processo tradicional com as contas de resultado é o seguinte:

    a)  São abertas no primeiro dia do período (exercício) analisado comsaldo igual a zero;

    b)  Durante o período analisado recebem os dados de formacumulativa partindo de zero, até chegar ao total do período (doano, por exemplo);

    b.1.  As contas de despesas recebem lançamento adébito; e

    b.2.  As contas de receita só recebem lançamentos a

    crédito.c)  Ao final de período analisado, após obtida a informação de Lucro

    ou Prejuízo do período, as contas são zeradas (encerradas), paraque no próximo exercício seu saldo parta de zero (critérioalternativo de encerramento das contas)

    Atenção!

    As contas patrimoniais só fazem parte do Balanço Patrimonial e emhipótese alguma farão parte da Demonstração de Resultados. O inverso acontece com

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    as contas de resultado. Só são utilizadas para a Demonstração de Resultados (DR), enunca farão parte do Balanço Patrimonial.

    7.3.  Encerramento das Contas de Receita e de Despesas.

    O lucro ou prejuízo de um exercício depende do confronto das Receitase das Despesas, e esse resultado líquido é apurado numa conta denominadaResultado. Essa conta é também conhecida como A.R.E  – Apuração do Resultado deExercício.

    Para que se possa apurar o resultado de um período, as contas deReceitas e de Despesas são periódicas, isto é, somente deverão conter registros doperíodo que se deseja apurar  – ano, semestre, trimestre ou mês  – isso vale dizer que

    as contas de receita e despesa devem estar zeradas – apresentar saldo zero – no iníciodos períodos a serem apurados.

    Para realizar apuração, no final de cada período (a ser apurado) deve-seproceder ao encerramento das contas de resultado, por meio de lançamentos deencerramento.

    O encerramento das contas de receita é realizado pela transferência(débito) de seus saldos credores para crédito da conta de Resultado (ARE).

    As contas de despesa são encerradas pela transferência (crédito) deseus saldos devedores para débito da conta Resultado (ARE). Como poderá ser visto noexemplo abaixo:

    Desp. Salários

    16.000

    Desp.Mat.Escritório

    7.000

    Receita

    45.000

    Resultado  A.R.E.

    16.000

    7.000

    45.000

    Des . Salários

    16.000 16.000

    Receita

    45.00045.000

    Desp.Mat.Escritório

    7.000 7.000

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    7.4.  Distribuição do Resultado

    Diante do exposto no tópico anterior, a conta Resultado (ARE) recebe,por transferência, a débito, o valor dos saldos das contas de despesa e a crédito ossaldos das contas de receita.

    Se o total dos créditos da conta Resultado (ARE) for superior ao totaldos débitos, teremos lucro líquido; se, ao contrário, o total dos débitos superar o totaldos créditos será apurado um prejuízo.

    Ocorrendo Lucro ou prejuízo, o resultado apurado (na A.R.E.) serátransferido para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados.

    Após a transferência do resultado apurado para a conta Lucros ouPrejuízos do Período, o Resultado do Exercício poderá ser distribuído (destinado) paraoutras contas do PL e do Passivo. (Este assunto será tratado posteriormente)

    7.5.  Questões e Exercícios de Fixação:

    1)  Um patrimônio é constituído de: Caixa = $ 1.000  –  Banco = $ 5.000  – Mercadoria = $ 10.000 – Duplicatas a pagar = $ 4.000 – Capital Social = 35.000 eDuplicatas a Receber será de ???

    8.  Métodos de escrituração.

    É a técnica utilizada pela contabilidade para registrar, em ordemcronológica, todos os fatos administrativos que ocorrem no patrimônio das entidades,para fornecer informações sobre a composição do patrimônio e as variações neleocorridas em determinado período.

    É o registro dos fatos contábeis, segundo os princípios e normas técnico-contábeis, tendo em vista demonstrar a situação econômico-patrimonial da entidade eos resultados econômicos por ela obtidos em um exercício. (Hilário Franco)

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    O método de escrituração constitui-se em um conjunto de regrasobservadas com uniformidade para o registro dos fatos administrativos.

    Muitas tentativas de escrituração foram sendo elaboradas, ao longo dosséculos, para registrar os fatos contábeis até que, em 1949, em Veneza, através dapublicação da obra “Tratatus Particularis de Computis et Scripturis” (Tratado Particularde Conta e Escrituração), o frei e matemático Luca Paccioli, divulgou o método das“Partidas Dobradas”, que se mostrou o mais adequado, produzindo informações úteis

    e capazes de atender a todas as necessidades dos usuários para gerir o patrimônio,tornando-se um marco na evolução contábil.

    8.1.  Método das Partidas Dobradas.

    Conforme já relatado anteriormente o método das partidasdobradas nasceu 1949 com o conhecido historicamente como o Pai da Contabilidade ofrei e matemático Luca Paccioli, e tal método é utilizado até hoje no mundo todo.

    A essência do método, de prática internacional, tem um princípiofundamental: "Não há devedor sem credor e vice-versa”. Logo estamos praticando ométodo das partidas dobradas.

    Equivale a dizer: para cada registro ou soma de registros a débito,haverá um registro ou soma de registros a crédito, de igual valor.

    A digrafia é princípio básico de escrituração contábil no mundo todo.Baseando-se nesse princípio, não se pode registrar um valor a débito de uma conta,sem que se registre o mesmo valor a crédito de outra conta.

    Pelo princípio da digrafia  –  ou das partidas dobradas - em qualquermomento que se elabore um balanço patrimonial, há que se igualarem, em total, ossaldos das contas do ativo, de um lado, e do passivo e patrimônio líquido, de outro. 

    A aplicação do princípio das partidas dobradas indicará, pelo confronto

    entre saldos, inicial e final, de cada conta do sistema patrimonial, uma variaçãoaumentativa ou diminutiva, conforme o caso.

    Decorrentes desse princípio fundamental destacam-se alguns axiomas:

    1)  A soma dos débitos é sempre igual dos créditos;2)  A soma de todos os saldos devedores é sempre igual a soma dos

    saldos credores;3)  A soma do ativo, constituído de contas de natureza devedora e

    representativa de aplicações de recursos é sempre igual à soma

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    do passivo, constituído de contas de natureza credora erepresentativa da origem de recursos, próprios e de terceiros.

    O método, utilizado há mais de cinco séculos, nada mais é do que umaequação matemática de igualdade associada a uma lógica - para todo recurso tem queexistir uma fonte. A contabilidade usa as partidas dobradas, representadas por débitose créditos de mesmo valor, para indicar a conta onde foi feita a aplicação do recurso epara creditar a conta que representou a origem.

    Concluiu-se que, para todo débito, teremos um ou mais créditos ouvice-versa. Se o "Balanço não bate" é porque uma das partidas não foi feita, estádefeituosa ou a soma não confere. O modelo contábil de partidas dobradas impõe quedeva existir sempre uma precisão matemática nas suas informações.

    8.2.  Exemplos de Registro de Operações no Razão (Razonetes)

    Objetivando ilustrar a função do débito e do crédito nas contas,realizaremos, a seguir, algumas operações em uma empresa. O foco será dado naverificação de quais seriam os lançamentos necessários para o registro das variações – aumentos e diminuições -.

    Para simplificar a demonstração serão usados os razonetes, nos quaisserão colocados apenas os valores, a débito ou a crédito. Para auxiliar na identificação

    dos lançamentos, o débito e o crédito de cada operação terão a mesma numeração,entre parênteses, conforme figura abaixo:

    1.  Algumas pessoas resolveram, em 20.07.20x1, constituir umaempresa comercial, com o Capital de R$17.000, totalmenteintegralizado em dinheiro, no ato, dividido em 1700 cotas deR$10,00 cada. Com a entrada do dinheiro para a sociedade(empresa), o Ativo CAIXA foi aumentado (debita-se CAIXA), e oPatrimônio Líquido também foi aumentado (credita-se CAPITAL).

    XXXXD C  YYYD C

    vvvv vvvv

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    Se a operação anterior fosse representada em contas reais e não emrazonetes simplificados, essa operação seria registrada da seguinte forma:

    Conta: CAIXA  Código: 101 

    DATA OPERAÇÕES DÉBITO CRÉDITO SALDO D/C

    20.07.x1 Rec. ref. Integralização Capital - 501 17 000 00 17 000 00 D

    Conta: CAPITAL  Código: 501 

    DATA OPERAÇÕES DÉBITO CRÉDITO SALDO D/C

    20.07.x1 Rec. ref. Integralização Capital - 101 17 000 00 17 000 00 C

    Obs: Ativo, se existe, tem saldo devedor. Logo, ao surgir dinheiro ondenão havia nada, há que se debitar o Caixa. Em contrapartida, o PL, que está do ladodireito do Balanço tem saldo Credor, ao passar de zero para o valor positivo deR$17.000, provoca um Crédito na Conta Capital.

    2.  Compra de Terrenos – A empresa, pretendendo construir um prédiopara suas instalações comerciais, adquire dois lotes de terrenoscontíguos, em 22.07, por R$3.100 cada um, pagando à vista. Dessaoperação resulta:

    O Ativo Terrenos foi aumentado – debita-se Terrenos.

    O Ativo Caixa foi diminuído – credita-se Caixa.

    TERRENOS CAIXA

    (2)  6.200

    (1) 17.000

    6.200 (2) 

    CAIXA CAPITAL

    (1)  17.000 17.000 (1) 

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    Saldo=10.800

    3.  Venda de Terrenos  –  Os administradores da empresa resolvemvender um dos lotes ao Sr. Silva, em 27.07, por R$3.100, ou seja,pelo preço de custo. Não houve recebimento nessa data, a venda foia prazo, porém a empresa adquiriu o direito de cobrar R$3.100 doSr. Silva, quando vencer o prazo do contrato de compra e venda.Consequentemente:

    O Ativo Terrenos foi diminuído – credita-se Terrenos

    O ativo ficou aumentado pelo surgimento de um direito  –  debita-seTítulos a Receber.

    TERRENOS TÍTULOS A RECEBER

    (2)  6.200

    3.100 (3) (3) 3.100

    Saldo= 3.100

    4.  Compra de Materiais – em 28.07, foram adquiridas, a prazo, diversosmateriais no valor total de R$7.800. Como resultado, teremos:

    Um novo Ativo – Materiais – foi adquirido – debita-se Estoques

    Foi assumida uma obrigação a pagar – credita-se Contas a Pagar

    5.  Compra de Móveis e Utensílios  – No mesmo dia, foram adquiridos,também a prazo, duas mesas, quatro cadeira e um computador, pelovalor total de R$5.000. Todos os elementos podem ser agrupados erepresentados por uma única conta do Ativo  – Móveis, Utensílios eEquipamentos. Assim:

    ESTOQUES CONTAS A PAGAR

    (4) 7.800 7.800 (4) 

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    Um novo Ativo foi adquirido  –  debita-se Móveis, utensílios eEquipamentos.

    O Passivo, Contas a Pagar foi aumentado – credita-se Contas a Pagar

    MÓV. UTENS. E EQUIPS. CONTAS A PAGAR

    (5) 5.000

    7.800  (4)5.000 (5)

    12.800=Saldo

    6.  Em 30.07, a empresa recebeu do Sr. Silva R$2.200  – referente partede sua dívida -. Após esse fato, temos:

    O Ativo Caixa foi aumentado – debita-se Caixa.

    O Ativo Títulos a Receber foi diminuido – credita-se Títulos à Receber.

    CAIXA TÍTULOS A RECEBER

    (1) 17.000

    (6) 2.200

    6.200 (2) (3) 3.100

    2.200 (6)

    Saldo= 13.000 Saldo= 900

    7.  Foi pago, em 31.07, parte da dívida referente à compra do dia 28.07,o valor pago foi de R$7.000. Esse fato provocou uma nova alteração:

    O Passivo, Contas a Pagar foi diminuído – debita-se Contas a Pagar.

    O Ativo Caixa foi diminuído – credita-se Caixa.

    CAIXA CONTAS A PAGAR

    (1) 17.000

    (6) 2.200

    6.200 (2)

    7.000 (7)(7) 7.000

    7.800  (4)5.000 (5)

    Saldo= 6.000 Saldo= 5.800 

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    Obs. As contas Títulos a Receber (do Ativo) e Contas a Pagar (do Passivo)e outras do mesmo tipo podem abrigar diversos devedores ou credores. Os saldos

    dessas contas representação, dessa forma, o total de débitos e créditos que a empresamantêm com outros patrimônios (terceiros). Essas contas (coletivas) podem serdesdobradas em diversas subcontas, quando for necessário o controle individualizadode cada devedor ou credor da empresa. Atualmente, os softwares contábeis podemcontrolar centenas de milhares de clientes, fornecedores e até dos itens existentes nosestoques de forma individualizada  –  como no caso dos bancos e das empresascomerciais atacadistas com os seus milhares de clientes e dos hipermercados com seusmilhares de itens em estoque.

    9.  Demonstrações contábeis.

    Demonstrações Contábeis são relatórios com base nos livros, registro edocumentos que compõem o sistema contábil de qualquer tipo de entidade

    Com a publicação das Leis n.º 11.638/2007 e n.º 11.941/2009, ocorreram alterações nas normas contábeis, inclusive alterando a Lei nº 6.404/1976, oobjetivo foi de padronizar as demonstrações contábeis com as normas internacionaisde contabilidade, visando uma melhor comparação, interpretação e transparência dosvalores.

    Vou apresentar as demonstrações contábeis obrigatórias e facultativasconforme as publicações das Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade.

    9.1.  Demonstrações contábeis obrigatórias

    A Resolução CFC nº 1.185/2009 que aprova a NBC TG 26 - Apresentaçãodas Demonstrações Contábeis, evidencia as normas a serem adotadas para aapresentação das demonstrações contábeis de forma geral, que obrigatoriamentedeverão ser incluídas no Livro Diário.

    A obrigação está prevista no artigo 1.179 da Lei nº 10.406/2002 (CódigoCivil), onde determina que o empresário e a sociedade empresária estão obrigados ater um sistema de contabilidade, podendo ser mecanizado ou não, com umaescrituração padronizada dos seus livros, baseada em toda a documentação fiscal, pormeio de notas fiscais, recibos ou documentos equivalentes que comprovem arealização de sua atividade, e com isto, poder levantar anualmente o balançopatrimonial e o demonstrativo do resultado econômico da entidade.

    A função das demonstrações é de apresentar a estrutura patrimonial efinanceira da empresa com o seu desempenho até a data das referidas demonstrações

    elaboradas.

    http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/07/lei11638_2007.asphttp://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/09/lei_11941_2009.phphttp://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6404_1976.asphttp://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs09/resolucao1185_cfc_2009.phphttp://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/02/lei10406_2002.asp#art1179http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/02/lei10406_2002.asphttp://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/02/lei10406_2002.asphttp://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/02/lei10406_2002.asp#art1179http://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs09/resolucao1185_cfc_2009.phphttp://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6404_1976.asphttp://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/09/lei_11941_2009.phphttp://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/07/lei11638_2007.asp

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    As demonstrações contábeis obrigatórias devem ser elaboradas eapresentadas de forma comparativa com ano-calendário anterior, sendo duas colunas

    distintas para cada ano-calendário (do ano e do ano anterior) com os respectivosvalores de cada exercício.

    9.2.  Demonstrações obrigatórias

    As demonstrações contábeis apresentadas abaixo apresentam asinformações da entidade de seus ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas edespesas, inclusive os ganhos e perdas, alterações no capital da empresa quanto aaumentos e distribuições feitos pelos sócios e o fluxo de caixa com as operações aserem realizadas:

    1)  Balanço Patrimonial (BP);2)  Demonstração do resultado (DR);3)  Demonstração do resultado abrangente (DRA);4)  Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)5)  Demonstração dos fluxos de caixa (DFC); e6)  Notas Explicativas (NE)

    A demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada emquadro demonstrativo próprio ou dentro das mutações do patrimônio líquido; casoseja apresentada separadamente, deve começar com o resultado do período e

    terminará com os itens dos outros resultados abrangentes.

    9.3.  Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP)

    A Resolução CFC n. 1.418 de 2012, aprovou a ITG (Interpretação TécnicaGeral) 1.000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Essainterpretação estabelece critérios simplificados para as microempresas e empresas depequeno porte.

    Nessa interpretação, entende-se como “Microempresa e Empresa dePequeno Porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de

    responsabilidade limitada ou o empresário que tenha auferido no ano-calendárioanterior receita bruta anual até os limites previstos nos incisos I e II do art. 3º da LeiComplementar nº 123/2006, ou seja, a lei do Simples Nacional, portanto pode faturaraté R$ 3,6 milhões por ano.

    Portanto, as empresas enquadradas como microempresa ou empresa depequeno porte devem elaborar, pelo menos, ao final de cada exercício:

    1)  Balanço Patrimonial;2)  Demonstração do Resultado; e

    3)  Notas Explicativas.

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    28

    9.3.1.  Demonstrações facultativas

    Há previsão legal que permite a empresa elaborar e apresentar aDemonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados em substituição da Demonstraçãodo Resultado Abrangente e da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido,somente se as alterações no seu Patrimônio Líquido no período das demonstraçõessão unicamente derivadas do resultado, de pagamento de dividendos ou de outraforma de distribuição de lucro, correção de erros de períodos anteriores, e demudanças de políticas contábeis.

    Sendo assim, segue abaixo, a demonstração contábil facultativa:

    1)  Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA).

    Para as empresas enquadradas como Microempresa e Empresa dePequeno Porte, temos como demonstrativo facultativo os seguintes relatórios:

    1)  Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);2)  Demonstração do Resultado Abrangente (DRA);3)  Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).

    9.4.  Pessoa Jurídicas Sem Fins Lucrativos

    As pessoas jurídicas constituídas sem fins lucrativos devem adotar asnormas contábeis e os critérios apresentados pela Resolução CFC nº 1.409/2012 queaprova a ITG 2002 - Entidade sem Finalidade de Lucros, sendo destinada a:

    1)  Fundação de direito privado;2)  Qualquer associação de classe;3)  Organização social;4)  Organização religiosa;5)  Partido político;6)  Entidade sindical (confederação, central, federação ou sindicato);

    7)  Pessoas jurídicas de direito privado sem finalidade de lucros;8)  Entidades imunes;9)  Entidades isentas de impostos e contribuições para a seguridade

    social;10) Entidades beneficentes de assistência social e aos Ministérios

    com relação direta ou não, com entidades sem finalidade delucros;

    11) Receita Federal do Brasil e demais órgãos federais, estaduais emunicipais.

    http://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs12/resolucao1409_cfc_2012.phphttp://www.econeteditora.com.br/bdi/res/rs12/resolucao1409_cfc_2012.php

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    As entidades sem fins lucrativos podem aplicar a NBC TG 1000 -Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas ou as normas completas.

    A finalidade das demonstrações contábeis é de demonstrarmonetariamente os ativos e passivos, e o resultado apurado, utilizando critériosespecíficos de avaliação, reconhecendo as transações e variações patrimoniais.

    9.5.  Demonstrações obrigatórias

    As demonstrações contábeis que sevem ser elaboradas pelas entidadessem fins lucrativos são as seguintes:

    1)  Balanço Patrimonial (BP);

    2)  Demonstração do Resultado (DR);3)  Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);4)  Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);5)  Notas Explicativas (NE), conforme previsto na NBC TG 26 ou na

    Seção 3 da NBC TG 1000, quando aplicável.

    9.6.  Demonstrações facultativas

    As demonstrações apresentadas abaixo, não são mencionadas nareferida Resolução CFC, sendo facultativa a elaboração das mesmas, porém,

    recomenda-se ser elaboradas e mantidas juntamente com as demais demonstrações:

    Demonstração do Resultado Abrangente (DRA);

    Demonstração do Valor Adicionado (DVA);

    Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA).

    9.7.  Resumo das demonstrações

    Com a obrigação e dispensa de demonstrações contábeis, segue abaixo

    um quadro com a lista das demonstrações contábeis para cada tipo de empresa:

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    As demonstrações contábeis têm por finalidade a de apresentarinformações sobre a posição financeira demonstrada no Balanço Patrimonial,demonstrar o resultado do período com as receitas e despesas e apresentar os fluxosde caixa do período, que servirá para as pessoas que utilizam os demonstrativos deavaliar e tomar decisões econômicas para o futuro da empresa, sendo assim podemosdeterminar sua utilidade para:

    DemonstraçãoContábil

    EMPRESASEM GERAL

    PME’S (NBC TG

    1000)ME E EPP(ITG 1000)

    PJ SEM FINSLUCRATIVOS

    Balanço Patrimonial(BP)

    Obrigatória Obrigatória Obrigatória Obrigatória

    Demonstração doResultado (DR)

    Obrigatória Obrigatória Obrigatória Obrigatória

    Demonstração doResultadoAbrangente (DRA)

    Obrigatória Obrigatória(Pode sersubstituída pelaDLPA)

    Facultativa Facultativa

    Demonstração dasMutações doPatrimônio Líquido(DMPL)

    Obrigatória Obrigatória

    (Pode sersubstituída pelaDLPA)

    Facultativa Obrigatória

    Demonstração dosFluxos de Caixa

    (DFC)

    Obrigatória Obrigatória Facultativa Obrigatória

    Demonstração doValor Adicionado(DVA)

    Facultativa

    (Obrigatóriase exigido)

    Facultativa Facultativa Facultativa

    Demonstração deLucros ou PrejuízosAcumulados (DLPA)

    Facultativa Facultativa

    (Obrigatória sesubstituir a DRAe a DMPL)

    Facultativa Facultativa

    Notas Explicativas(NE)

    Obrigatória Obrigatória Obrigatória Obrigatória

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    EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO NA MODALIDADE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

    Apostila – Contabilidade Geral – Edição n. 1 – 05/2015Professor: Maycon Bispo Cardoso

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    Ativo Passivo

    1)  Buscar financiamentos, pois podem, inclusive, subsidiarinformações para os projetos;

    2)  Divulgar os resultados para os sócios e investidores, auxiliandona tomada de decisão, acompanhamento e controle;

    3)  Informar os funcionários, terceirizados, fornecedores esociedade externa, a fim de que estes tenham clara a situação daempresa.

    A elaboração e divulgação dos demonstrativos possibilitam maiortransparência, além de auxiliar controles internos e a tomada de decisão.

    9.7.1.  Balanço Patrimonial (BP):

    O Balanço Patrimonial é o mais importante relatório gerado pelacontabilidade. Através dele pode-se identificar a saúde financeira e econômica daempresa no fim do ano ou em qualquer data prefixada.

    O Balanço Patrimonial é dividido em duas colunas: a do lado esquerdo édenominada Ativo, a do lado direito, Passivo. Também do lado direito, apresenta-se oPatrimônio Líquido.

    9.7.2.  Origem da expressão “Balanço Patrimonial” 

    A palavra balanço decorre do equilíbrio: Ativo = Passivo + PL, ou daigualdade: Aplicações = Origens. Parte-se da ideia de uma balança de dois pratos,onde sempre encontramos igualdade. Mas em vez de se denominar balança,denomina-se balanço.

    O termo patrimonial tem origem no patrimônio da empresa, ou seja,conjunto de bens, direitos e obrigações. Daí chamar-se patrimonial.

    9.7.3.  Ativo

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    Conjunto de bens e direitos pertencentes a uma entidade. Édenominado o conjunto das aplicações de recursos. É um recurso controlado pela

    entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultemfuturos benefícios econômicos para a entidade.

    É o conjunto de bens e direitos de propriedade da empresa. São ositens positivos do patrimônio; trazem benefícios, proporcionam ganho para a empresa.

    9.7.4.  Passivo

    Conjunto das obrigações pertencentes a uma entidade. São as origensde recursos que a empresa aplica em seu ativo e que serão devolvidas a terceiros. Éuma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação

    se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.

    O Passivo é uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívidavencer será exigida (reclamada) a sua liquidação. Por isso é mais adequado denominá-lo de Passivo Exigível.

    O item que se enquadrar na definição de ativo ou passivo deve serreconhecido nas demonstrações contábeis se:

    a)  For provável que algum benefício econômico futuro referente aoitem venha a ser recebido ou entregue pela entidade.

    b)  Ele tiver um custo ou valor que possa ser medido em basesconfiáveis

    9.7.5.  Patrimônio Líquido

    Representa o total das aplicações dos proprietários na empresa. Aquantia inicial concedida pelos proprietários denomina-se, contabilmente, capitalsocial ou capital nominal ou ainda, capital subscrito, que poderá ser aumentado aqualquer momento.

    O Patrimônio Líquido é denominado recurso próprio ou capital próprio,ou seja, recursos que pertencem à própria empresa até sua extinção. Noencerramento da empresa os recursos seriam devolvidos aos proprietários.

    Matematicamente, o Patrimônio Líquido é obtido através da equaçãocontábil: Ativo – Passivo Exigível.

    9.7.6.  PL = Ativo (bens + direitos) – Passivo Exigível (obrigações exigíveis)

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    O PL não cresce apenas com novos investimentos dos proprietários, mastambém, e isto é mais comum, com os rendimentos resultantes do capital aplicado.

    Esse rendimento é chamado de lucro. O lucro resultante da atividade operacional daentidade, obviamente pertence, em última análise, aos proprietários que investiram naempresa.

    9.7.7.  Formação de um patrimônio empresarial

    Uma empresa é constituída pela transferência de valores de uma oumais pessoas físicas para essa entidade artificial, criada por vontade das pessoasfísicas. A partir daí, passa a ter vida própria como pessoa jurídica.

    Exemplificando, se três pessoas, com $ 10.000 cada uma, resolvem criar

    uma empresa, com o intuito natural de obterem maiores lucros do que conseguiramcom aplicações normais como pessoas físicas. Esses $ 30.000 formariam o caixa inicialda empresa.

    Os $ 30.000 que passaram das mãos das pessoas físicas para a EmpresaX são denominados de Capital Social. A criação das empresas existe porque as pessoasfísicas entendem que ganharão mais dinheiro aplicando numa empresa, do queganhariam se aplicassem individualmente suas poupanças em outros investimentos.

    9.7.8.  Composição básica do Patrimônio Líquido

    O Patrimônio Líquido é composto basicamente de:

    a)  Capital Social, que são os valores entregues à pessoa jurídicapelos sócios;

    b)  Lucros (ou prejuízos) do Exercício, que são os valores resultantesdas transações da empresa, gerados por ela própria.

    9.7.9.  Capital de Terceiros x Capital Próprio

    Na verdade, tanto o Passivo quanto o Patrimônio Líquido são obrigaçõesda Empresa. No Passivo, tem-se as obrigações exigíveis por terceiros e, por isso,também são conhecidas como Capitais de Terceiros. No Patrimônio Líquido, tem-se asobrigações com os proprietários da empresa. No entanto, os proprietários,usualmente, por lei, não podem reclamar a restituição do seu dinheiro investido; porisso, este grupo também é conhecido como não exigível. Sendo assim, se oproprietário só tiver seu dinheiro de volta no encerramento da empresa, pode-se dizer

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    c) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidasreconhecida por meio do método de equivalência patrimonial; e

    d) resultado abrangente do período.

    Outros resultados abrangentes compreendem itens de receita e despesa(incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na demonstração doresultado como requerido ou permitido pelas normas, interpretações e comunicadostécnicos emitidos pelo CFC. Os componentes dos outros resultados abrangentesincluem:

    a) variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente(ver a NBC TG 27 - Ativo Imobilizado e a NBC TG 04 - Ativo Intangível);

    b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefíciodefinido reconhecidos conforme item 93A da NBC TG 33 - Benefícios a Empregados;

    c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeisde operações no exterior (ver a NBC TG 02 - Efeitos das Mudanças nas Taxas deCâmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis);

    d) ajuste de avaliação patrimonial relativo aos ganhos e perdas naremensuração de ativos financeiros disponíveis para venda (ver a NBC TG 38 -Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração);

    e) ajuste de avaliação patrimonial relativo à efetiva parcela de ganhosou perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo de caixa (ver também a  NBCTG 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração).

    Resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquidodurante um período que resulta de transações e outros eventos que não derivados detransações com os sócios na sua qualidade de proprietários. Compreende todos oscomponentes da “demonstração do resultado” e da “demonstração dos outrosresultados abrangentes”. 

    Modelo sugestivo