Material de apoio 05 (Final) - Apostila 05 - Aula 49 a 51.pdf

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    INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

    PROFESSOR JACKSON BEZERRA 

     Essas questões referem-se à compreensão de leitura. Leia atentamente

    cada uma delas e assinale a alternativa que esteja de acordo com o texto. Baseie-se exclusivamente nas informações nele contidas.

    07 - (UEMT-LONDRINA) “Não muito remota é a conquista pedagógicaque consiste na interpretação psicológica da criança como criança, e nãocomo adulto em miniatura. Até então, a criança tinha sido considerada do

     ponto de vista do adulto, olhada como um adulto ante um binóculo

    invertido; aquilo que fosse útil ao inútil par o adulto, igualmente o seria, guardadas as devidas proporções para a criança.” 

    Segundo o texto:

    a)O comportamento da criança é a uma antecipação do comportamento doadulto.

     b)Atualmente, a pedagogia considera a criança um ser qualitativamentediferenciado do adulto...

    c)A pedagogia moderna, para interpretar o comportamento do adulto, temque reportar-se à infância.d)Para a corrente pedagógica moderna, a não ser por uma questão de grau,a motivação intrínseca da criança é a mesma que a do adulto.e) O comportamento humano é explicado por fatores que são os mesmotanto par a criança quanto para o adulto.

    08 - (UEMT-LONDRINA) “Para vendermos produtos, mesmos mais

    baratos, os salários das classes mais baixas precisariam ser maiores.” Conclui-se do texto que:

    a)As classe pobres podem comprar apenas os produtos cujo preço foisensivelmente reduzidos.

     b)O fato de os salários serem baixos induz as classes pobres à indiferençadiante de suas necessidade do consumo..c)As calasses pobres, em face de seus baixos vencimentos, não se

    importam com a qualidade dos produtos que consomemd)As classes pobres se endividam demasiadamente, já que, por força dos

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     baixos salários que recebem, têm poder aquisitivo muito reduzido.e)A redução do preço dos produtos não é suficiente para colocá-los aoalcance dos salários das classes mais baixas...

    09 - (UEMT-LONDRINA) “A ideia de que diariamente, cada hora, acada minuto e em cada lugar se realizam milhares de ações que me teriam

     profundamente interessado, de que eu deveria certamente tomarconhecimento e que, entretanto, jamais me serão comunicadas –  basta partirar o sabor a todas as perspectivas de ação que encontro a minha frente.O pouco que eu pudesse obter não compensaria jamais esse infinito

     perdido.” 

    De acordo com o texto , para o autor:

    a)a consciência da impossibilidade de participar de todos osacontecimentos diminui a importância de seus atos...

     b)O interesse que o indivíduo manifesta em participar dos acontecimentos émaior que sua capacidade par dirigi-los.c)O mundo ganha valia com o conjunto das ações humanas, mas destrói osabor que a vida possa, individualmente, oferecer aos homens.

    d)O mundo não se resolve nos gestos individuais, mas resulta do conjuntoda ação harmoniosa dos indivíduos.e)A impotência de participar dos acontecimentos de seu tempo traz, comoconsequência, o descaso pela ação humana.

    10 - (UEMT-LONDRINA) “Um dia desta semana, farto de vendavais,naufrágios, boatos, mentiras, polêmicas, farto de ver como se descompõemos homens, acionistas e diretores, importadores e industriais, farto de mim,

    de ti, de todos, de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação, peguei de uma página de anúncios (...)". Dizendo-se farto "de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação”,o cronista permite-nos concluir que ele vê o mundo como:

    a)incompreensível b)contraditório.c)autoritário

    d)Indiferentee)Inatingível

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    Quando Platão considerava os homens, pensava neles, naturalmente, do ponto de vista de seu próprio interesse pala vida do intelecto.

    Classificando as forças humanas desde a amais elevada até a amais baixa,citava em primeiro lugar a razão; depois a coragem, e por último, os sentidos e os desejos. 11 - Segundo o texto:a)A classificação das forças da natureza humana que Platão estabelecedecorre de uma hierarquia de valores universalmente aceitos.

     b)As forças humanas, segundo Platão, não podem ser submetidas ahierarquias de valores.

    c)A classificação das forças humanas, como foi concebida por Platão, deu-se em função da elevada capacidade de intelectual desse filósofo.d)Os sentidos e os desejos, embora inferiores às outras forças humanas, sãointelectualmente valorizados pelos homens.e)Platão ao classificar as forças humanas, estabeleceu entre elas umahierarquia, alicerçada em critério evidentemente pessoal...

    A palavra destacada pode ser substituída, sem alteração do sentido da frase, por:

    12 - (UEMT-LONDRINA) Seu caráter insidioso desagradava a gregos etroianos.a)invejoso

     b)mesquinhoc)pérfido.d)irresponsável

    e)insinuante

    13 - (UEMT-LONDRINA) Os jagunços deslizavam-lhes adiante, impondotodas as fadigas de uma perseguição improfícua. 

    a)inútil. b)delituosac)selvagem

    d)imponderávele)inoportuna

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    14 - (UEMT-LONDRINA) Um exame perfunctório do problema traria asolução desejada.a)superficial

     b)atento

    c)argutod)conscientee)imparcial

    15 - (UEMT-LONDRINA) Nessa edição foram insertos dois capítulos.

    a)retirados b)revistos

    c)reescritosd)impressose)introduzidos

    As questões de 20 a 22 são a respeito do texto abaixo.  

    “Era uma galinha de Domingo. Ainda viva porque não passava de nove

    horas da manhã.  Parecia calma. Desde Sábado encolhera-se num canto dacozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela... Mesmo

    quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela umanseio.  Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo,inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Uminstante ainda vacilou –  o tempo da cozinheira dar um grito –  e em breveestava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançouum telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num pé ora nooutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço

     junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da duplanecessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiuradiante o calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em

     pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta hesitante e trêmula escolhiacom urgência ouro rumo

     A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorridomais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pelavida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar sem

    nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido.

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     E por mais ínfima que fosse a presa, o grito de conquista havia soado. Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda,concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante no beiral de telhado e,enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade, tinha tempo de se

    refazer por um momento. E então parecia tão livre.  Afinal, numa das vezesem que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e

     penas, ela foi presa e pousada no chão da cozinha com certa violência.” 

    20 - Indique uma passagem em que o autor alude ironicamente aorecônditos instintos selvagens do dono da casa.a)“o rapaz, porém, era um caçador adormecido... 

     b)“ pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida. 

    c) “... o rapaz alcançou-a.” d)“... resolveu seguir o itinerário da galinha.” 

    21 - Indique uma passagem que traduz exatamente o que representava agalinha para a família.a)“... ninguém olhava par ela...” 

     b)“foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas...” c)“... viu o almoço junto de uma chaminé......” d)nenhuma das alternativas anteriores

    22 - A fuga da galinha causa consternação à família porque:a)ao alcançar o telhado, “lá ficou em adorno deslocado..” 

     b)“nunca se adivinharia nela um anseio.” c)Estava “sozinha no mundo, sem pai nem mãe” d)“era uma galinha de domingo..... 

    As questões de 23 a 25 são a respeito do texto abaixo:  

    “Não tendo assistido à inauguração dos bondes elétricos, deixei de falarneles. Nem sequer entrei em algum, mais tarde, para receber as impressõesda nova atração e contá-las.  Daí o meu silêncio da outra semana.

     Anteontem, porém, indo pela praia da Lapa, em um bonde comum,encontrei um dos elétricos, que descia. Era o primeiro que estes meusolhos viam andar.  Para não mentir, direi que o que me impressionou, antesda eletricidade, foi o gesto do cocheiro. Os olhos do homem passavam porcima da gente que ia no meu bonde, com um grande ar de superioridade,

     Posto não fosse feio, não era as prendas físicas que lhe davam aqueleaspecto. 

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    Sentia-se nele convicção de que inventara, não só o bonde elétrico, mas a própria eletricidade. Não é meu ofício censurar as meias glórias ou glóriasde empréstimo, como lhe queiram chamar espíritos vadios. As glórias deempréstimo, se não valem tanto como as de plena  propriedade, merecem

     sempre alguma mostra de simpatia. Para que arrancar um homem a essaagradável sensação? Que tenho para lhe dar em troca?  Em seguida,admirei a marcha serena do bonde, deslizando como os barcos dos poetas,ao sopro da brisa invisível e amiga. Mas, como íamos em sentidocontrário, não tardou que nos perdêssemos de vista, dobrando ele para olargo da Lapa e rua do Passeio, e entrando eu na rua do Catete. Nem porisso o perdi de memória. A gente do meu bonde ia saindo aqui e ali, outra

     gente estava adiante e eu pensava no bonde elétrico.” 

    23 - Para Machado de Assis, o conforto do bonde elétrico:a)não vale “a marcha serena” do bonde comum. 

     b)Compensa as “meias glórias” ou “glorias inteiras... c)Impressionou menos do que a atitude do cocheiro.d)Não poderia ser trocado pela “agradável sensação” proporcionada pelo

     bonde comum

    24 - Para o autor, o “ar de superioridade “ do cocheiro devia-se.

    a)à certeza íntima de que inventara a eletricidade. b)Às suas prendas físicas, pois não era feio.c)Às suas prendas físicas, embora fosse feio.d)Ao advento da eletricidade...

    25 - Segundo o texto, o autor considera que:a)atitudes alheias não devem ser censuradas, pois são “glorias deempréstimos” 

     b)mesmo os bondes comuns merecem nossa simpatia e não devem serdesprezados...c)Só as “glórias de plena propriedade” são válidas. d)Não vale a pena desfazer uma :” agradável sensação”. 

    TEXTO I

     Não existe essa coisa de um ano sem Senna, dois anos sem Senna… Não hácalendário para a saudade. (Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil)

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    1) Segundo o texto, a saudade:a) aumenta a cada ano.

     b) é maior no primeiro ano.c) é maior na data do falecimento.

    d) é constante...

    2) A repetição da palavra não exprime:a) dúvida

     b) convicção.c) tristezad) confiança

    Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os leitores. (José Sarney, na

    Veja, dez/97) 

    3) Deduz-se pelo texto uma mudança na vida:a) esportiva

     b) intelectualc) profissional.d) sentimental

    4) O autor do texto sugere estar passando de:

    a) escritor a político b) político a jornalistac) político a romancistad) político a escritor.

    5) Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi:a) agradável

     b) duradoura.

    c) simplesd) honesta

    6) O trecho que justifica a resposta ao item anterior é:a) e agora

     b) os leitoresc) passei a vida.d) atrás de eleitores

    7) A palavra ou expressão que não pode substituir o termo agora é:a) recentemente.

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     b) no momentoc) presentemented) neste instante

    Os animais que eu treino não são obrigados a fazer o que vai contra anatureza deles. (Gilberto Miranda, na Folha de São Paulo, 23/2/96)

    8) O sentimento que melhor define a posição do autor perante os animais é:a) fé

     b) respeito.c) solidariedaded) amor

    9) O autor do texto é:a) um treinador atento b) um adestrador frioc) um treinador qualificadod) um adestrador consciente.

    10) Segundo o texto, os animais:a) são obrigados a todo tipo de treinamento.

     b) são treinados dentro de determinados limites...

    c) não fazem o que lhes permite a natureza.d) não são objeto de qualquer preocupação para o autor.

    Os sonhos dos adolescentes

    Se tivesse que comparar os jovens de hoje com os de dez ou vinte anosatrás, resumiria assim: eles sonham pequeno. É curioso, pois, pelo exemplode pais, parentes e vizinhos, nossos jovens sabem que sua origem não fechaseu destino: sua vida não tem que acontecer necessariamente no lugar ondenasceram, sua profissão não tem que ser a continuação da de seus pais. Peloacesso a uma proliferação extraordinária de ficções e informações, elesconhecem uma pluralidade inédita de vidas possíveis.

    Apesar disso, em regra, os adolescentes e os pré adolescentes de hoje têm

    devaneios sobre seu futuro muito parecidos com a vida da gente: elessonham com um dia-a-dia que, para nós, adultos, não é sonho algum, mas o

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    resultado (mais ou menos resignado) de compromissos e frustrações. Elessão “razoáveis”: seu sonho é um ajuste entre suas aspirações heroico-ecológicas e as “necessidades” concretas (segurança do emprego, plano desaúde e aposentadoria).

    Alguém dirá: melhor lidar com adolescentes tranquilos do que comrebeldes sem causa, não é? Pode ser, mas, seja qual for a qualidade dos

     professores, a escola desperta interesse quando carrega consigo uma promessa de futuro: estudem para ter uma vida mais próxima de seussonhos. É bom que a escola não responda apenas à “dura realidade” domercado de trabalho, mas também (talvez, sobretudo) aos devaneios deseus estudantes; sem isso, qual seria sua promessa? “Estude para se

    conformar”? Consequência: a escola é sempre desinteressante para quem para de sonhar.

    É possível que, por sua própria presença maciça em nossas telas, as ficçõestenham perdido sua função essencial e sejam contempladas não como umrepertório arrebatador de vidas possíveis, mas como um caleidoscópio paraalegrar os olhos, um simples entretenimento.

    Os heróis percorrem o mundo matando dragões, defendendo causas e

    encontrando amores solares, mas eles não nos inspiram: eles nos divertem,enquanto, comportadamente, aspiramos a um churrasco no domingo e auma cerveja com os amigos. É também possível (sem contradizer ahipótese anterior) que os adultos não saibam mais sonhar muito além deseu nariz. Ora, a capacidade de os adolescentes inventarem seu futurodepende dos sonhos aos quais nós renunciamos. Pode ser que, quando eles

     procuram, nas entrelinhas de nossas falas, as aspirações das quaisdesistimos, eles se deparem apenas com versões melhoradas da mesma vida

    acomodada que, mal ou bem, conseguimos arrumar. Cada época tem osadolescentes que merece.

    Adaptado de Contardo Calligaris.

    11) O autor considera que falta aos jovens de hoje:

    (A) um mínimo de discernimento entre o que é real e o que é purodevaneio.(B) uma confiança maior nas promessas de futuro acenadas pelo mercado

    de trabalho.

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    (C) a inspiração para viver que lhes oferecem os que descartaram asidealizações.(D) a aspiração de perseguir a realização dos sonhos pessoais maisarrojados...

    12) Atente para as seguintes afirmações:

    I. As múltiplas ficções e informações que circulam no mundo de hojeimpedem que os jovens formulem seus projetos, levando em conta um

     parâmetro mais realista.II. As escolas deveriam ser mais consequentes diante da dura realidade do

    mercado de trabalho e estimular os jovens a serem mais razoáveis em seussonhos.III. As ficções que proliferam em nossas telas são assimiladas comodivertimento inconsequente, e não como sinalização inspiradora de uma

     pluralidade de vidas possíveis...

    Em relação ao texto, está correto o que se afirma em:

    (A) I, II e III.

    (B) I e II, apenas.(C) III, apenas...(D) II, apenas.

    13) No segundo parágrafo, ao estabelecer uma relação entre os jovens e osadultos de hoje, o autor faz ver que:

    (A) os sonhos continuam sendo os mesmos, para uns e para outros.(B) os adultos, quando jovens, eram mais conservadores que os jovens de

    hoje.(C) os jovens esperam muito mais do que os adultos já obtiveram.(D) o patamar de realização de vida atingido pelos adultos tornou-se umameta para os jovens....

    14) A expressão hipótese anterior , que surge entre parênteses, fazreferência à seguinte passagem do texto:

    (A) É possível que (…) as ficções tenham perdido sua função essencial....

    (B) Consequência: a escola é sempre desinteressante para quem para desonhar.

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    (C) Pode ser que (…) eles se deparem apenas com versões melhoradas damesma vida (…) (D) Ora, a capacidade de os adolescentes inventarem seu futuro dependedos sonhos aos quais nós renunciamos.

    TEXTO III 

    O problema ecológico 

    Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo da Terra, com certezaseus tripulantes diriam que neste planeta não habita uma civilizaçãointeligente, tamanho é o grau de destruição dos recursos naturais. Essas são

     palavras de um renomado cientista americano. Apesar dos avanços obtidos,

    a humanidade ainda não descobriu os valores fundamentais da existência.O que chamamos orgulhosamente de civilização nada mais é do que umaagressão às coisas naturais. A grosso modo, a tal civilização significa adevastação das florestas, a poluição dos rios, o envenenamento das terras ea deterioração da qualidade do ar. O que chamamos de progresso não passade uma degradação deliberada e sistemática que o homem vem

     promovendo há muito tempo, uma autêntica guerra contra a natureza.

    Afrânio Primo. Jornal Madhva (adaptado).

    1) Segundo o Texto III, o cientista americano está preocupado com:

    (A) a vida neste planeta...(B) a qualidade do espaço aéreo.(C) o que pensam os extraterrestres.(D) o seu prestígio no mundo.

    (E) os seres de outro planeta.

    2) Para o autor, a humanidade:

    (A) demonstra ser muito inteligente.(B) ouve as palavras do cientista.(C) age contra sua própria existência...(D) preserva os recursos naturais.(E) valoriza a existência sadia.

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    3) Da maneira como o assunto é tratado no Texto III, é correto afirmar queo meio ambiente está degradado porque:

    (A) a destruição é inevitável.

    (B) a civilização o está destruindo.(C) a humanidade preserva sua existência...(D) as guerras são o principal agente da destruição.(E) os recursos para mantê-lo não são suficientes.

    4) A afirmação: “Essas são palavras de um renomado cientista americano.”(l. 4 –  5) quer dizer que o cientista é:

    (A) inimigo.

    (B) velho.(C) estranho.(D) famoso...(E) desconhecido.

    5)Se o homem cuidar da natureza _______ mais saúde. A forma verbal quecompleta corretamente a lacuna é:

    (A) teve.

    (B) tivera.(C) têm.(D) tinha.(E) terá...

    A indiferença da natureza 

    Eu me lembro do choque e da irritação que sentia, quando criança, aoassistir a documentários sobre a violência do mundo animal; batalhas

    mortais entre escorpiões e aranhas, centenas de formigas devorando umlagarto ainda vivo, baleias assassinas atacando focas e pingüins, leõesatacando antílopes etc. Para finalizar, apareciam as detestáveis hienas,“rindo” enquanto comiam os restos de algum pobre animal.

    Como a Natureza pode ser assim tão cruel e insensível, indiferente a tantador e sofrimento? (Vou me abster de falar da dor e do sofrimento que aespécie dominante do planeta, supostamente a de maior sofisticação, crianão só para os animais, mas também para si própria.) Certos exemplos são

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     particularmente horríveis: existe uma espécie de vespa cuja fêmea depositaseus ovos dentro de lagartas.

    Ela paralisa a lagarta com seu veneno, e, quando os ovos chocam, as larvas

     podem se alimentar das entranhas da lagarta, que assiste viva ao martírio deser devorada de dentro para fora, sem poder fazer nada a respeito. Aresposta é que a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou éticade comportamento. Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivosimples: a preservação de uma determinada espécie por meio dasobrevivência e da transmissão de seu material genético para as geraçõesfuturas. Portanto, para entendermos as intenções da vespa ou do leão,temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a

    “humanidade” desses atos. Aliás, não é à toa que a palavra humano, quandousada como adjetivo, expressa o que chamaríamos de comportamentodecente. Parece que isentamos o resto do mundo animal desse tipo decomportamento, embora não faltem exemplos que mostram o quanto é fácilnos juntarmos ao resto dos animais em nossas ações “desumanas”. A ideia de compaixão é puramente humana. Predadores não sentem amenor culpa quando matam as suas presas, pois sua sobrevivência e a dasua espécie dependem dessa atividade. E dentro da mesma espécie? Para

     propagar seu DNA, machos podem batalhar até a morte por uma fêmea ou pela liderança do grupo. Mas aqui poderíamos também estar falando daespécie humana, não?

    1. TRE-RN –  Analista Judiciário –  Análise de Sistemas  –  Julho/2005 

    Conforme demonstram as afirmações entre parênteses, o autor confere emseu texto estas duas acepções distintas ao termo indiferença, relacionado à

     Natureza:

    (A) crueldade (indiferente a tanta dor e sofrimento) e generosidade (o quechamaríamos de comportamento decente).(B) hipocrisia (por trás dessa ações assassinas se esconde um motivosimples) e inflexibilidade (predadores não sentem a menor culpa).(C) impiedade (indiferente a tanta dor e sofrimento) e alheamento (não temnada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento)...(D) isenção (isentamos o resto do mundo animal desse tipo decomportamento) e pretexto (para propagar seu DNA).

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    (E) insensibilidade (sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessaatividade) e determinação (indiferente a tanta dor e sofrimento).

    2. TRE-RN –  Analista Judiciário –  Análise de Sistemas  –  Julho/2005 

    Considere as afirmações abaixo.

    I. Os atributos relacionados às hienas, no primeiro parágrafo, traduzemnossa visão “humana” do mundo natural.II. A pergunta que abre o segundo parágrafo é respondida com os exemplosarrolados nesse mesmo parágrafo.III. A frase A idéia de compaixão é puramente humana é utilizada comocomprovação da tese de que a natureza é cruel e insensível.

    Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em:

    (A) I...(B) II.(C) III.(D) I e II.(E) I e III.

    3. TRE-RN –  Analista Judiciário –  Análise de Sistemas  –  Julho/2005 

    Considerando-se o contexto em que se emprega, o elemento em destaquena frase

    (A) Vou me abster de falar da dor e do sofrimento traduz a indiferença doautor em relação ao fenômeno que está analisando.(B) Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples revela otom de sarcasmo, perseguido pelo autor.(C) a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética decomportamento expõe os motivos ocultos que regem o mundo animal.(D) Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie humana refere-se diretamente ao que se afirmou na frase anterior...(E) Por trás dessas ações assassinas esconde-se um motivo simples anunciauma exemplificação que em seguida se dará.

    4. TRE-RN –  Analista Judiciário –  Análise de Sistemas  –  Julho/2005 

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    Considerando-se o choque e a irritação que o autor sentia, quando criança,com as cenas de crueldade do mundo animal, percebe-se que, com o tipo deargumentação que desenvolve em seu texto, ele pretende:

    (A) justificar sua tolerância, no presente, com a crueldade que efetivamenteexiste no mundo natural.(B) se valer da ciência adquirida, para fazer compreender como natural aviolência que efetivamente ocorre na Natureza...(C) se valer da ciência adquirida, para justificar a crueldade como umrecurso necessário à propagação de todas as espécies.(D) justificar suas intolerâncias de menino, reações naturais diante daefetiva crueldade que se propaga pelo mundo animal.

    (E) se valer da ciência adquirida, para apresentar a hipótese de que osvalores morais e éticos contam muito para o funcionamento da Natureza.

    5. TRE-RN –  Analista Judiciário –  Análise de Sistemas  –  Julho/2005 

    Quanto à concordância verbal, está inteiramente correta a seguinte frase:

    (A) De diferentes afirmações do texto podem-se depreender que os atos degrande violência não caracterizam apenas os animais irracionais.(B) O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tantoimpressionaram o autor quando criança, só anos depois se esclareceram.(C) Ao longo dos tempos tem ocorrido incontáveis situações quedemonstram a violência e a crueldade de que os seres humanos se mostramcapazes.(D) A todos esses atos supostamente cruéis, cometidos no reino animal,aplicam-se, acima do bem e do mal, a razão da propagação das espécies.(E) Depois de paralisadas as lagartas com o veneno das vespas, advirá das

     próprias entranhas o martírio das larvas que as devoram inapelavelmente...

    6. TRE-RN –  Analista Judiciário –  Análise de Sistemas  –  Julho/2005 

     NÃO admite transposição para a voz passiva o seguinte segmento do texto:

    (A) centenas de formigas devorando um lagarto.

    (B) ao assistir a documentários sobre a violência do mundo animal...(C) uma espécie de vespa cuja fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas.

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    (D) Predadores não sentem a menor culpa.(E) quando matam as suas presas.

    1º. O Brasil foi jogar bola no Haiti e isso não teve nada a ver com preparação para a próxima Copa. Quem estava em campo era a diplomacia.Para comprovar, basta ver a cobertura da televisão: em vez da Fifa, era aONU que aparecia nas imagens. No lugar do centroavante, era o presidentedo país que atraía a atenção dos repórteres. Não foi a primeira nem será aúltima vez em que futebol e política se misturaram. É por causa dessa

     proximidade que alguns estudiosos olham para o gramado e enxergam umretrato perfeito da sociedade. A bola está na moda entre os analistas

     políticos.

    2º Se 22 jogadores em campo podem resumir o mundo, surge então adúvida: por que justamente o futebol, e não o cinema ou a literatura? “Aarte sempre será produto da imaginação de uma pessoa. O futebol é parteda comunidade, da economia, da estrutura política. É um microcosmosingular”, diz um jornalista americano. Não apenas singular, mas global. Éo esporte mais popular do planeta. Uma fama, aliás, que tem razões pouco

    esportivas. “O futebol nasceu na Inglaterra numa época em que os inglesestinham um império e viajavam por muitos países. Ferroviários levaram a bola para a América do Sul, petroleiros para o Oriente Médio”, acrescentaele.

    3º. Mas é preciso não confundir o papel do esporte. Ele faz entender, masnão muda o mundo. “Não se trata de uma força revolucionária capaz detransformar uma nação. É apenas um enorme espelho que reflete asociedade em que vivemos”, diz outro especialista. 

    4º. Em 1990, quando o Brasil, sob a tutela de Sebastião Lazzaroni, foieliminado da Copa, o presidente era Fernando Collor. Além decontemporâneos, eles foram ícones de uma onda que varreu o país navirada da década: a febre dos importados. Era uma fase em que seidolatrava o que vinha de fora –  a solução dos problemas estava noexterior. Motivos existiam: com o mercado fechado aos importados, aindústria estava obsoleta e pouco competitiva. O estilo futebol-arte da

    seleção, por sua vez, completava 20 anos de frustrações em Copas. Collor eLazzaroni bancaram o risco. Enquanto o presidente prometia revolucionar a

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    economia com tecnologia estrangeira, o treinador se inspirou numa táticaeuropéia, colocou um líbero em campo e a seleção jogou na retranca. Oresultado todos conhecem.

    (Gwercman, Sérgio. Como o futebol explica o mundo. Superinteressante,São Paulo, num.205, p. 88 e 90, out. 2004. Com adaptações) 

    16. TRE-RN –  Técnico Judiciário –  Op Computador –  Julho/2005Afrase que sintetiza o assunto do texto é:

    (A) O esporte pode mudar os rumos da diplomacia internacional.(B) A transmissão pela televisão valoriza uma competição esportiva.

    (C) O futebol pode ser visto como reflexo do mundo e da sociedade...(D) A mistura de futebol e política é vista com desconfiança por analistas.(E) É necessária a influência da tática estrangeira no futebol brasileiro.

    17. TRE-RN –  Técnico Judiciário –  Op Computador –  Julho/2005Aresposta correta para a questão que aparece no início do 2º parágrafo estána seguinte afirmativa:

    (A) A arte, sendo produto da imaginação, é abstrata, enquanto um jogo de

    futebol é real.(B) O cinema e a literatura podem tomar o futebol como tema para filmesou para livros.(C) São diferentes os objetivos de um público interessado em futebol e osdos que frequentam cinemas ou bibliotecas.(D) O futebol pode aceitar interferências de analistas, ao contrário da arte,que é única e pessoal.(E) O futebol, sendo múltiplo, reflete toda a estrutura social, enquanto a

    arte resulta de uma criação individual...18. TRE-RN –  Técnico Judiciário –  Op Computador –  Julho/2005 Oúltimo parágrafo do texto se desenvolve como

    (A) censura à utilização, como instrumento político, de um eventoesportivo bastante popular em todo o mundo.(B) exemplo que ilustra e comprova a opinião do especialista, que vemreproduzida no parágrafo anterior...

    (C) manifestação de que o futebol se espalhou por todo o mundo, por sertambém uma das formas da arte.

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    singular: 1. único de sua espécie; distinto; ímpar; 3. fora do comum;admirável, notável, excepcional; 4. não usual; inusitado, estranho,diferente; 6. que causa surpresa; surpreendente, espantoso; extravagante,

     bizarro.

    global: 1. relativo ao globo terrestre; mundial; 2. que é tomado ouconsiderado no todo, por inteiro ; 3. a que nada falta; integral, completo,total.

    O sentido mais próximo dessas palavras está representado,respectivamente, em

    (A) 1 e 3.

    (B) 3 e 1.(C) 6 e 2.(D) 4 e 3.(E) 6 e 1.

    22. TRE-RN –  Técnico Judiciário –  Op Computador –  Julho/2005 

    “…. eles foram ícones de uma onda que varreu o país na virada da década:a febre dos importados”. (último parágrafo) 

    O emprego dos dois pontos assinala, no contexto, a introdução de

    (A) uma restrição à afirmativa anterior.(B) uma repetição para realçar o assunto desenvolvido.(C) um segmento que explica a frase anterior...(D) a enumeração dos fatos mais importantes da época.(E) a citação exata de uma opinião exposta anteriormente.

    23. TRE-RN –  Técnico Judiciário –  Op Computador –  Julho/2005 

    Considerando-se o emprego de pronomes no texto, grifados nos segmentosabaixo, a ÚNICA afirmativa INCORRETA é:

    (A) e isso não teve nada a ver − o pronome demonstrativo vale pela frase:O Brasil foi jogar bola no Haiti.(B) dessa proximidade –  o pronome retoma a idéia da mistura entre futebole política.(C) alguns estudiosos –  o pronome indefinido limita o número dos quecompartilham a mesma opinião.

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    (D) Ele faz entender –  o pronome substitui o termo o esporte, para evitarrepeti-lo.(E) de uma onda que varreu o país –  o pronome refere-se a país...

    24. TRE-RN – 

     Técnico Judiciário – 

     Op Computador – 

     Julho/2005 A concordância está correta APENAS na frase:

    (A) Os que estavam em campo era os assuntos diplomáticos.(B) A cobertura dos jogos mostravam as imagens das principaisautoridades.(C) Não se tratam de forças revolucionárias capazes de transformar umanação.

    (D) Jogos de futebol podem ser vistos como um enorme espelho que refletea sociedade...(E) Uma partida entre 22 jogadores podem ser considerados um reflexo dacomunidade.

    25. TRE-RN –  Técnico Judiciário –  Op Computador –  Julho/2005 

    O futebol reflete mudanças na sociedade.Em várias ocasiões, em diversos países, futebol e política se misturaram.

    O futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura política.As três frases acima estruturam-se num único período, com lógica, clarezae correção, da seguinte maneira:

    (A) O futebol, por ser parte da comunidade, da economia e da estrutura política, reflete mudanças na sociedade, tendo havido várias ocasiões, emdiversos países, em que futebol e política se misturaram...

    (B) O futebol reflete mudanças na sociedade, onde em muitas ocasiões,sendo no entanto parte da comunidade, da economia, da estrutura políticanos diversos países, futebol e política se misturaram.

    (C) O futebol que em várias ocasiões, em diversos países, se misturaramcom a política, ele é reflexo de mudanças na sociedade, cujo futebol é parteda comunidade, da economia, da estrutura política.

    (D) O futebol, cuja parte da comunidade, da economia, da estrutura política, reflete mudanças na sociedade em várias ocasiões, em diversos países, que futebol e política misturaram-se.

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    (E) Em várias ocasiões, em diversos países, que futebol e política semisturaram, ele vem sendo parte da comunidade, da economia, da estrutura

     política, conquanto que reflete mudanças na sociedade.