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TEXTO DE ANTÓNIO MOTA ILUSTRAÇÕES AFONSO CRUZ MAX EACHEBICHE UMAHISTÓRIA MUITOFIXE

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TEXTO DEANTÓNIO

MOTA

ILUSTRAÇÕESAFONSOCRUZ

MAX E ACHEBICHE

UMA HISTÓRIA MUITO FIXE

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ILUSTRAÇÕES

AFONSOCRUZ

ANTÓNIO MOTATEXTO DE

MAX E ACHEBICHEUMA HISTÓRIA MUITO FIXE

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Na sala havia uma velha porta de madeira que rangia nos dias de chuva.

Naquela sala, onde passei os primeiros qua-tro anos de escola, havia três janelas altas que tomavam conta de uma parede. As outras pare-des não tinham janelas.

As três janelas deixavam ver um bocadinho de céu, uns farrapitos de nuvens e um eucalip-

Os nossos vizinhos mais chegados eram aqueles eucaliptos, muito numerosos, muito al-tos, muito verdes, muito ramalhudos, que nosroubavam a luz e o calor do sol.

Havia dias, embrulhados em nevoeiro e ven-tania, em que os ramos dos eucaliptos se far-tavam de mexer e acenar, umas vezes muito depressa, outras muito devagarinho. E, de re-pente, as paredes da sala começavam a ser habi-tadas por sombras que não paravam de mexer. Por vezes, formavam formas estranhas.

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Eu gostava imenso dessas sombras, porque elas me faziam sonhar.

Descobri sozinho que as sombras escondiam poderes má-

acontecesse. Fixava o olhar naquelas paredes e, daí a instantes, come-

çavam a acontecer coisas extraordinárias. Agora já esqueci a maior parte. Mas guardo comigo algu-

mas. Porque foram tão bonitas, tão extravagantes, tão excên-tricas, nunca mais as esqueci nem penso vir a esquecê-las. São coisas tão importantes como a minha pele ou o meu coração.

Ainda agora basta fechar os olhos para me lembrar, por exemplo, dos cavalos.

De vez em quando apareciam nas paredes da sala dois ca-valos enormes, pretos, velozes, com as suas belíssimas cri-nas levantadas pelo vento, galopando em pradarias que não

cavalos extraordinários que, de vez em quando, relinchavam,