MAYANA REDIN

M a y a n a R e d i n | P

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| Formação | 2010 | Bacharelado em Artes Visuais (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

2008 -2009 | Artes Plás cas / mobilidade acadêmica (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto/Portugal)2007 | Bacharelado em Comunicação Social (Universidade do Vale do Rio dos Sinos)

|Uma geografi a para Encontros inapreensíveis |

Esta série compôs a monografi a de conclusão do Bacharelado em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, in tulada: “Uma geografi a para Encontros inapreensíveis: diálogos entre imagem, palavra e pensamento”, defendida em 7 de julho de 2010. Esse trabalho fala de um diálogo entre a palavra e o desenho que produz encontros incapturáveis e que só existem através de uma fi cção. Nos desenhos apresentados na ocasião, fi z uso da sobreposição de papéis translúcidos para confundir limites de territórios ja demarcados para os quais designei possibilidades de

encontros a par r de coincidências diversas.

Orientação: Profa. Dra. Elida Tessler. Banca examinadora: Profa. Dra. Maria Ivone dos Santos e Prof. Dr. Paulo Gomes.

Los Encuentros: esto no tendría evidentemente ningún sen do se fuera de otro modo. Todo ha sido estudiado, todo ha sido calculado, no es cosa de equivocarse, no se conocen casos en que se haya descubierto un error aunque solo fuera de unos cen metros o incluso de algunos milimetros. Sin embargo, siempre noto algo que se parece a la admiración cuando me imagino el encuentro de los obreros franceses y de los obreros italianos em medio del tunel del Monte Cenis. (PEREC, Georges. Especies de Espacios. Espanha: Montesinos, 2001. p.135)

| Monte Everest encontra Mar Morto |

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| Monte Everest encontra Mar Morto |

Nanquim sobre papéis vegetal sobrepostos.21 cm x 29,7 cm Porto Alegre, 2010

| Rio Amazonas encontra Deserto do Saara |

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| Rio Amazonas encontra Deserto do Saara |

Nanquim sobre papéis vegetal sobrepostos.21 cm x 29,7 cmPorto Alegre, 2010

| Ilha da Decepção encontra Ilha da Desolação |

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| Ilha da Decepção encontra Ilha da Desolação |

Nanquim sobre papéis vegetal sobrepostos.29,7 cm x 42 cmPorto Alegre, 2010

| Porto Alegre-RS encontra Portalegre-PT |

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| Porto Alegre-RS encontra Portalegre-PT |


| Cabo da Boa Esperança encontra Cabo das Tormentas |

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| Cabo da Boa Esperança encontra Cabo das Tormentas |


| Entroncamento encontra Encruzilhada |

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| Entroncamento encontra Encruzilhada |


| Lagoa, Ribeira Grande e Rio Maior encontram Feliz Deserto |

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| Lagoa, Ribeira Grande e Rio Maior encontram Feliz Deserto |


| Encontro entre Mar Negro, Mar Vermelho e Mar Amarelo |

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| Encontro entre Mar Negro, Mar Vermelho e Mar Amarelo |


| Foz do Rio Amazonas encontra foz do Rio Douro |

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| Foz do Rio Amazonas encontra foz do Rio Douro |

Nanquim sobre papéis vegetal sobrepostos.29,7 cm x 42 cm Porto Alegre, 2010

| Chuva do dia 16 de maio encontra Ilhas Gregas |

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| Chuva do dia 16 de maio encontra Ilhas Gregas |


| Pangéia pluvial | | Pangéia pluvial instável |

| Deriva | | Novos con nentes |

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| Pangéia pluvial | nanquim sobre papel vegetal. 21 cm x 29,7 cm. Porto Alegre, 2010.

| Pangéia pluvial instável | nanquim sobre papel vegetal. 21 cm x 29,7 cm. Porto Alegre, 2010.

| Deriva | nanquim sobre papel vegetal. 21 cm x 29,7 cm. Porto Alegre, 2010.

| Novos con nentes | nanquim sobre papel vegetal. 21 cm x 29,7 cm. Porto Alegre, 2010.

| Implodir Portugal |

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| Implodir Portugal |

Nanquim sobre papel vegetal.29,7 cm x 21 cm.Porto Alegre, 2010

| Afogar Portugal | | Secá-lo ao sol | | Salvá-lo |

| Secá-lo ao vento | | Levar Portugal na mochila |

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| Afogar Portugal | fotografi a digital. color. 15 cm x 18 cm. Portugal, 2009

| Salvá-lo | fotografi a digital. color. 15 cm x 18 cm. Portugal, 2009

| Secá-lo ao sol | fotografi a digital. color. 15 cm x 18 cm. Portugal, 2009

| Secá-lo ao vento | fotografi a digital. color. 15 cm x 18 cm. Portugal, 2009

| Carregar Portugal na mochila | fotografi a digital. color. 15 cm x 18 cm. Portugal, 2009

| Itália ao acaso | | Paris ao acaso |

| Cruzeiro do Sul ao acaso | | Portugal ao acaso |

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| Itália ao acaso | encontrar a mancha da Itália numa rua da ItáliaFotografi a digital, color, 15 cm x 18 cm.Veneza, Itália. 2009

| Paris ao acaso | encontrar Paris em um muro portuguêsFotografi a digital, color, 15 cm x 18 cm.Porto, Portugal. 2009

| Cruzeiro do Sul ao acaso | encontrar o Cruzeiro do Sul no hemisfério norteFotografi a digital, color, 15 cm x 18 cm.Lisboa, Portugal. 2009

| Portugal ao acaso | encontrar Portugal dentro de casaFotografi a digital, color, 18 cm x 15 cm.Porto, Portugal. 2009

Horizonte Alheio

| Frames Horizonte Alheio - Miramar/PT |

| Frames Horizonte Alheio - Maria Farinha/BR |

Olhar 5 minutos em direção ao horizonte a par r de Recife-BR e a par r de Miramar-PT.

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| Horizonte Alheio |Vídeo-digial. Color. 10 min.Miramar, Portugal/Maria Farinha, Brasil. 2009.

Trata-se de uma ação sincrônica entre duas pessoas (uma em Miramar-PT e outra em Maria Farinha-Recife) a olharem para o horizonte na direção suposta uma da outra, desde os respec vos litorais e registrar em vídeo 5 minutos dessa ação de olhar.

| Vídeo-instalação Horizonte Alheio |

| Montagem: Uma geografi a para encontros inapreensíveis. Banca de graduação |

| Montagem IA Nova Geração / Projetos de graduação na Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, do Ins tuto de Artes, UFRGS |

| Aluvião |

Trabalho concebido para compor uma exposição em conjunto com Júlia Hansen, na Fundação, Porto - Portugal para 4 de dezembro de 2010. Trata-se de um diálogo plás co-literário sobre materiali-dades e substâncias do mundo a par r de um imaginário geológico, tendo como impulso e método cria vo a idéia de túnel.

ALUVIÃOJúlia de Carvalho Hansen

Mayana Redin

| ALUVIÃO |

Este é um terreno marginal onde fi nalmente se encontram rios, que por sua vez depositam os destroços de uma viagem. Todo viajante traz consigo objetos que vai deixando para trás ao atravessar um terreno, o mar, ou o deserto, a substância-matéria de que é feito o mundo. Mas antes, é preciso falar da viagem que se faz sem sair do

lugar: o pensamento também atravessa.

Diz-se do termo geológico “Aluvião”: depósito de sedimentos nas margens trazidos pelo fl uxo de um rio. Trata-se daquele material ainda solto, que se aloca em algum lugar da margem, quando um rio diminui seu fl uxo, junto com uma infi nidade de matérias; pe-dra, pedregulho, areia, cascalho, terra, musgo, bicho, caramujo, vi-das microscópicas, úmidas, que transitam entre vivas-e-mortas, em decomposição, ou em fermentação. Veja bem, é uma paragem, de quando a correnteza permite que algo aconteça nas margens. Ali, aluvião, as coisas se encontram em um nível considerável de desor-

ganização e também de descanso – mas tudo par u da pedra.

Logo após, retorna o rio e carrega a substância para novas margens. (Aluvião também é passagem.)

A proposta, desde o início, foi produzir aproximação, atravessar oceano, cavar túnel. Como se faz arte cavando túnel? Antes, como se faz um túnel? Agarrar o caminho é o mesmo que percorrê-lo? Sempre à procura de um componente que desse conta desse abis-mo que é ver e conhecer o outro, tendo ainda em nossa trajetória quilômetros oceânicos, a nossa troca é intransigente com nossos

corpos... precisamos chegar perto de algo para tocá-lo?

Aluvião é essa margem: cascalho, sobras de uma convivência, onde um cava de lá e o outro cava de cá, esperando que a sorte faça en-

contrarmo-nos em algum lugar do caminho.

Mayana Redin

|”Quero falar de um lugar honesto” |

| detalhe |

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| “Quero falar de um lugar honesto” |

Desenho e colagem.Nanquim e papéis diversos sobre papel manteiga.

30 cm x 190 cmPorto Alegre, 2010.

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| Sem tulo |

Desenho.Nanquim e papel milimetrado sobre papel canson.

29,7 cm x 42 cmPorto Alegre, 2010.

| Diagrama de montanha |

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| Diagrama de montanha |

Desenho.Grafi te sobre papel milimetrado.

21 cm x 29,7 cmPorto Alegre, 2010.

| Alegoria da chegada |

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| Alegoria da chegada |

Desenho.Grafi te e pastel oleoso sobre papel canson.

29,7 cm x 42 cm.Porto Alegre, 2010.

| Disposi vos da distância |

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| Disposi vos da distância |

Desenho.Grafi te, nanquim, lápis de cor sobre papel canson e vegetal.


| “Imóvel sob goteiras” |

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| “Imóvel sob goteiras” |

Desenho.Grafi te, nanquim, lápis de cor sobre papel canson e vegetal.


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| Sem tulo |

Desenho.Grafi te e nanquim sobre papel canson.

42 cm x 59,4 cm.Porto Alegre, 2010.

| Disposi vos de atravessamento |

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| Disposi vos de atravessamento |

Desenho.Grafi te e ecoline sobre papel canson.


| Disposi vos de atravessamento para Fundação |

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| Disposi vos de atravessamento para Fundação |



| Disposi vos de atravessamento II |

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| Sem tulo |



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| Projetos de terra | Tarefas para o Rio Pedregoso. 2010

Tempo de uma montanha. 2009

| detalhes || Tarefas para o Rio Pedregoso |

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| Tarefas para o Rio Pedregoso |

Instalação. Pedras e projeção está ca. Poema de Diogo Guedes:“Acho bonito, apesar de inú l / buscar um grão de areia que ainda se ache pedra”Itajaí, SC. 2010

Trabalho montado no 12 Salão Nacional de Arte de Itajaí. Curadoria: Josué Ma os.

“Extrair uma pedra que o rio esculpiu, recuar na história do rio, descobrir o lugar certo da montanha de onde vem a pedra, extrair da montanha um bloco novo, reproduzir exatamente a pedra extraida do rio no novo bloco de pedra, é ser rio. (...) Para esculpir a pedra na verdade, tem-se que ser rio.”

(Penone, Giusepe. p.49. citado em DIDI-HUBERMAN.Ser crânio:lugar contato, pensamento, escultura. Belo Horizonte: C/Arte, 2009.)

| Frames Tempo de uma montanha |

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| Tempo de uma montanha |

Video-digital, color, 6 min.Praia de Bombas, SC. 2010

“A meu ver todos os elementos são fl uidos. A própria pedra é fl uida: uma montanha se desagrega, torna-se areia. É unicamente uma questão de tempo. É a curta duração de nossa existência que nos faz qualifi car como “duro” ou “mole” esse ou aquele material. O tempo desestabiliza esses critérios.”

(PENONE, Gisuepe.1980 citado por CELANT, G. Giuseppe Penone. Milan-Paris: Electa-L e M Durand-Dessert, 1089. in DIDI-HUBERMAN, G. Ser Crânio: lugar, contato, pensam-ento, escultura. Belo Horizonte: C/ Arte, 2009.)

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