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ANEXO I
METODOLOGIA DE DIAGNÓSTICO RÁPIDO PARTICIPATIVO (DRP) E
MAPEAMENTO DE COMUNIDADES E ESTABELECIMENTOS DA
AGRICULTURA FAMILIAR – CGBIO/DGRAV/SAF/MDA
1. APRESENTAÇÃO
O óleo de palma é o óleo vegetal mais consumido atualmente no mundo. Sua
demanda mundial cresce continuadamente e triplicou na última década, se situando na
casa dos 44,5 milhões de tonelada/ano. É utilizado para diversos fins e em diferentes
cadeias produtivas, como na produção de alimentos, produtos de limpeza, produtos de
higiene pessoal, produtos químicos, etc.
Os seus maiores produtores mundiais são asiáticos: Indonésia, Malásia e
Tailândia. O Brasil, apesar de aparecer timidamente como um player no mercado
mundial desse produto, apresenta a maior disponibilidade de terras aptas para o seu
plantio, especialmente na Região Norte.
A Região Norte dispõe de uma área já desmatada superior a cinco milhões de
hectares, com aptidão para o cultivo da palma de óleo. Além disso, apresenta condições
edafoclimáticas altamente favoráveis ao desenvolvimento da cultura, apresentando
excelentes resultados na produção, com produtividade que pode ser superior a 4.000kg
de óleo por hectare/ano.
A produção dessa palmácea pode ainda representar um ótimo potencial do ponto
de vista ambiental, pois, apesar de espécie exótica, ela pode ser usada como parte de um
mosaico produtivo na recuperação das áreas de reserva legal a serem regulamentadas
pelos estados da união. Isto significa que propriedades rurais da região Norte, que
herdaram um grande passivo ambiental, disporiam de uma possibilidade de recompor
estas áreas de maneira produtiva e residual.
2
Por fim, os benefícios da produção da palma de óleo na Região Norte também
podem ser notados pelo seu potencial de inclusão social, notadamente da agricultura
familiar e dos projetos de assentamentos oficiais, já que boa parte destes
estabelecimentos rurais na Região Norte encontra-se abandonada após um ciclo de
exploração. São áreas subutilizadas apresentando pouca ou nenhuma atividade
produtiva econômica, as quais quando em regiões com infra-estrutura favorável,
poderão vir a ser manejadas para os fins propostos.
Atento a tudo isso, o Governo Federal lançou em 2010 o Programa de Produção
Sustentável de Óleo de Palma no Brasil, com o objetivo de disciplinar sua expansão da
no Brasil e ofertar instrumentos para garantir uma produção em bases ambientais e
sociais sustentáveis. Suas diretrizes são: preservação da floresta e da vegetação nativa,
expansão da produção integrada com agricultura familiar, e ênfase em áreas degradadas
na Amazônia Legal.
Os principais instrumentos e ferramentas criados pelo programa foram:
Zoneamento Agroecológico e Zoneamento Agroclimático da Palma de Óleo (que
restringe as áreas aptas para plantio); Projeto de Lei que proíbe plantar palma em áreas
de floresta ou não antropizadas; recursos para pesquisa e desenvolvimento; ampliação e
qualificação da oferta de assistência técnica; aprimoramento dos instrumentos de
crédito; criação de uma Câmara Setorial para a cultura; regularização ambiental e
regularização fundiária.
Dessa forma, diante de tantos instrumentos e medidas de apoio à produção da
palma de óleo, atualmente várias empresas vem apresentando projetos para atuação na
Região Norte, e grande parte delas com propostas de parceria com agricultores
familiares. Logo, diante dessa nova realidade, torna-se muito importante a realização de
trabalhos de mapeamento e diagnóstico de comunidades e estabelecimentos de
agricultores familiares nessa Região, para geração de informações que possibilitem
subsídio para tomada de decisão empresarial e direcionamento de políticas públicas.
Pela fragilidade da agricultura familiar nessa região, e diante de tão grande
alternativa econômica que se apresenta atualmente, acredita-se que a realização desse
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trabalho guiará mais facilmente o MDA, governos estaduais e municipais na condução
de políticas públicas. Possibilitará ainda um maior controle e acompanhamento dos
arranjos produtivos de grandes empresas que já sinalizam atuar na Região, e da
participação de agricultores familiares e assentados da reforma agrária nessa nova
cadeia, minimizando as chances de uma inserção social e econômica desorganizada e
sem planejamento.
O trabalho de diagnóstico rápido e participativo (DRP) e mapeamento de
comunidades e estabelecimentos de agricultores familiares na Região Norte com
potencial de plantar palma de óleo é realizado desde 2009 pela Coordenação Geral de
Biocombustíveis (CGBIO) do Departamento de Geração de Renda e Agregação de
Valor (DGRAV) da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) do MDA, como uma
primeira fase do esforço de organização da base produtiva de oleaginosas pela
agricultura familiar para a produção de biodiesel.
Toda metodologia foi criada pela CGBIO/DGRAV/SAF/MDA e validada nos trabalhos
de diagnóstico e mapeamento realizados em seis municípios do Pará: Igarapé Miri,
Cametá, Baião, Mocajuba, Tailândia e Tomé-Açu, e em cinco municípios de Roraima:
Caroebe, São Luiz do Anauá, São João da Baliza, Caracaraí e Rorainópolis.
Os resultados desses trabalhos, que, de 2009 a 2011, mapearam e diagnosticaram
mais de 5.000 estabelecimentos da agricultura familiar, serviram para subsidiar a
entrada ou o fortalecimento dos arranjos produtivos de empresas produtoras de óleo de
palma e biodiesel nos municípios citados.
2. METODOLOGIA
A entidade executora contratada para a realização do DRP deverá
necessariamente passar por uma oficina de capacitação com o detalhamento
metodológico do trabalho, de suas fases e de suas ações, a ser realizada pelo MDA
como uma das primeiras etapas do trabalho.
Entretanto, procura-se fazer uma breve descrição metodológica do trabalho,
assim como foi feito pelo MDA nos 11 municípios já trabalhados.
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2.1. FASES DO TRABALHO DE DRP
O trabalho de DRP/mapeamento de comunidades e estabelecimentos da
agricultura familiar é realizado basicamente em quatro fases, sendo três delas em
seqüência e uma delas transversal para todo trabalho. A Tabela 1 abaixo mostra as fases
do trabalho, assim como os atores que devem estar envolvidos em cada uma delas e as
principais ações relacionadas.
Tabela 1 – Fases, atores envolvidos e ações do trabalho de DRP e comunidades e
estabelecimentos da agricultura familiar
FASE ATORES
ENVOLVIDOS AÇÕES
1 Avaliação de
Potencial
Entidade executora e
MDA Identificar municípios prioritários
2 Diagnóstico de
comunidades
Entidade executora,
MDA, governo
municipal, governo
estadual, movimentos
sociais, lideranças
rurais, outros
Identificar e diagnosticar
comunidades/vilas/assentamentos
potenciais
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Diagnóstico e
mapeamento de
estabelecimentos da
agricultura familiar
Entidade executora,
MDA, governo
municipal, governo
estadual, movimentos
sociais, lideranças
rurais, outros
Identificar e diagnosticar agricultores
familiares potenciais
Gestão da Informação Entidade executora
Criar e gerenciar um sistema de
informação para coleta, tratamento e
distribuição dos dados e informações
gerados pelo trabalho
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1º Fase – Avaliação de Potencial
A primeira fase da metodologia de DRP consiste na identificação dos municípios
prioritários e potenciais para a realização do trabalho. Nessa fase, a entidade executora
deverá realizar pesquisa utilizando dados primários (se necessário) e secundários para
verificação dos municípios com maiores potenciais para inclusão da agricultura familiar
na cadeia produtiva do óleo de palma e biodiesel.
Nessa fase, as informações que devem ser minimamente verificadas para
levantamento do potencial e seleção dos municípios que serão trabalhados são:
O município está dentro do Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE) para a
Palma de Óleo?
O município está dentro do Zoneamento de Risco Climático (ZARC) para a
Palma de Óleo?
O município possui agricultores familiares? Quantos?
O município possui disponibilidade de áreas para produção?
Já existem empresas produtoras de óleo de palma e/ou biodiesel, ou arranjos
produtivos de palma de óleo no município?
Quais são as principais cadeias produtivas da agricultura familiar no
município?
O município possui outros agricultores não familiares, pequenos, médios e
grandes com potencial para também participar de um arranjo produtivo de palma de
óleo?
Quais são as características geográficas e socioeconômicas do município?
Como é a estrutura de escoamento da produção do município (estradas e rios)?
Outras informações relevantes.
Essa primeira fase deve ser capaz de gerar como resultado, um documento
técnico contendo as informações pesquisadas de cada um dos 18 municípios
selecionados.
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A Figura 1 mostra um exemplo de um dos primeiros filtros para determinação de
municípios com potencial para o trabalho. Mostra a delimitação de possíveis áreas com
aptidão para o plantio de palma de óleo de acordo com ZAE no Estado de Rondônia.
Figura 1 – Determinação de municípios com aptidão para o plantio de Palma de
Óleo, segundo o ZEE, no Estado de Rondônia
Após a seleção dos 18 municípios e a elaboração de documentos técnicos
contendo todas as informações de cada um desses municípios, a entidade executora já
pode começar a agendar reuniões municipais para a realização da próxima etapa
(Diagnósticos de Comunidades).
2º Fase – Diagnósticos de Comunidades
A segunda fase da metodologia de DRP consiste na realização de reuniões (de
um dia ou dois no máximo) em cada um dos municípios selecionados. O objetivo das
reuniões é identificar e diagnosticar as comunidades de concentração de
estabelecimentos da agricultura familiar com potencial para arranjos produtivos com a
palma de óleo.
As reuniões devem ser realizadas nas sedes dos municípios, serem agendadas
com o governo municipal e devem reunir, além da entidade executora e o MDA, os
atores municipais que conhecem bem as comunidades, vilas e assentamentos do
município, tais como: prefeito, secretário de agricultura ou afim, lideranças
comunitárias, representante de sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras rurais
(STTRs), técnicos de assistência técnica e extensão rural, técnicos do INCRA, entre
outros.
As reuniões, em cada um dos municípios, devem seguir o seguinte roteiro
mínimo:
Abertura com apresentação do motivo da reunião e da visita ao município, dos
objetivos do trabalho, e o estabelecimento da pauta e regras da reunião;
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Breve apresentação sobre o Programa Nacional de Produção e Uso do
Biodiesel (PNPB);
Breve apresentação sobre o Programa Nacional de Produção Sustentável da
Palma de Óleo;
Espaço para perguntas e respostas;
Construção do “Mapa Falado”:
Os atores municipais (prefeito, secretários, representantes de
STTRs, outros) devem listar todas as comunidades, vilas,
assentamentos, etc, de agricultores familiares no município,
potenciais para a realização do DRP;
A entidade executora deve ter em mãos mapa do município em
questão, em tamanho que possibilite a visualização para todos os
presentes na reunião;
Diante do mapa do município, todos os atores municipais
presentes na reunião devem auxiliar os técnicos da entidade
executora na tarefa de determinar e marcar uma localização
aproximada das comunidades, vilas e assentamentos de
agricultores familiares no município.
Aplicação de Questionário de Diagnóstico das Comunidades com as lideranças
e outros atores presentes na reunião;
Planejamento da Fase 3 (Diagnóstico e Mapeamento de Estabelecimentos da
Agricultura Familiar):
Deve ser decidido, com todos os presentes na reunião, o roteiro
de visitas às comunidades, vilas e assentamentos apontadas e
marcadas no “Mapa Falado”. Nessa atividade será determinado
também o período de retorno da equipe ao município para
cumprimento do roteiro e realização da Fase 3;
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O roteiro deve ficar claro, com a determinação do dia e horário
da reunião em cada uma das comunidades, vila e, assentamentos.
O período de realização da Fase 3 deve ser suficiente para a
realização de reuniões em todas as comunidades, vilas e
assentamentos apontados no Mapa Falado. A experiência dos
trabalhos anteriores do MDA sugere a realização de duas
reuniões por dia, uma no período da manhã e outra à tarde.
Logo, se no município foram apontadas e marcadas 20
comunidades no Mapa Falado, o trabalho pode ser realizado em
10 dias. De qualquer forma, deve-se ouvir a experiência e o
conhecimento dos atores municipais em relação às distâncias,
dificuldades de estradas, etc.
Entre a reunião municipal dessa Fase 2 (Mapa Falado e
planejamento da Fase 3) e o trabalho da Fase 3, deve ser dado
um intervalo mínimo de uma semana, para que os atores
municipais (prefeito, secretários, STTRs, etc) possam comunicar
o roteiro e as datas, divulgar e mobilizar as comunidades e seus
agricultores familiares sobre a futura visita da equipe da
entidade executora para o DRP e mapeamento. Caso haja
interesse em participar das reuniões, os agricultores familiares
devem ser informados da importância de levar os documentos
pessoais (RG e CPF).
Nesse planejamento da Fase 3, deve ser estabelecido também o
papel que cada um dos participantes do trabalho irá
desempenhar nessa fase.
A Figura 2 dá um exemplo de uma das principais atividades dessa fase de
diagnósticos de comunidades. É um “Mapa Falado” construído em reunião num
município de Roraima, com a marcação da localização de comunidades de agricultores
familiares e lista dos nomes das comunidades associadas aos pontos marcados no mapa.
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Figura 2 – Exemplo de “Mapa Falado” e lista de comunidades associadas aos
pontos do mapa, construído em trabalho do MDA em Roraima
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3º Fase – Diagnóstico e Mapeamento de Estabelecimentos da Agricultura Familiar
A terceira fase da metodologia de DRP consiste na realização de reuniões em
cada uma das comunidades, vilas e assentamentos marcados no “Mapa Falado” e
diagnosticados no município, com o maior número de agricultores familiares
interessados.
A experiência dos trabalhos anteriores do MDA sugere a realização de duas
reuniões por dia, uma no período da manhã e outra à tarde. Logo, por exemplo, se no
município foram apontadas e marcadas 20 comunidades no Mapa Falado, o trabalho
pode ser realizado em 10 dias. De qualquer forma, deve-se ouvir a experiência e o
conhecimento dos atores municipais em relação às distâncias, dificuldades de estradas,
etc.
As reuniões devem ser realizadas em locais apontados pelas próprias lideranças
das comunidades, que foram previamente comunicadas e mobilizadas pelos atores
municipais que participaram das reuniões da Fase 2. Na maioria das vezes, as reuniões
acontecem em barracões comunitários, escolas, igrejas, ou em qualquer lugar onde se
possa reunir o maior número de agricultores familiares interessados em participar. É
muito importante que os agricultores familiares interessados em responder o
questionário e ter seu estabelecimento rural mapeado com GPS, tenham em mãos os
documentos pessoais (RG e CPF).
As reuniões, em cada uma das comunidades, devem seguir o seguinte roteiro
mínimo:
Abertura com apresentação do motivo da reunião e visita à comunidade, dos
objetivos do trabalho, e o estabelecimento da pauta e regras da reunião;
Breve apresentação sobre o Programa Nacional de Produção e Uso do
Biodiesel (PNPB);
Breve apresentação sobre o Programa Nacional de Produção Sustentável da
Palma de Óleo;
Espaço para perguntas e respostas;
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Aplicação de Questionário de Diagnóstico dos Estabelecimentos da Agricultura
Familiar, com todos os agricultores familiares presentes na reunião e interessados em
responder o questionário;
Mapeamento (marcação de ponto de GPS) dos Estabelecimentos da Agricultura
Familiar que responderam aos questionários:
Após a aplicação de questionários para todos os agricultores
familiares presentes, os técnicos da entidade executora devem
selecionar lideranças e/ou agricultores voluntários para levar os
técnicos de sua equipe em cada estabelecimento que preencheu
um questionário, para poder efetuar a marcação de um ponto de
GPS;
O número total de questionários respondidos na reunião é
dividido e entregue para 3 ou 4 técnicos munidos de
motocicletas, que saem com os agricultores familiares e
lideranças voluntários para localização do ponto de GPS de
cada um dos questionários respondidos. Batido o ponto de GPS
do estabelecimento, ele é devidamente registrado em campo
próprio no questionário correspondente;
Enquanto esses técnicos munidos de motocicleta e
acompanhados dos voluntários estão batendo o ponto de GPS da
“porteira” dos estabelecimentos entrevistados na reunião
anterior, a equipe responsável pela condução das reuniões pode
seguir para a próxima comunidade. Após ter finalizado o
trabalho de GPS, os técnicos de motocicleta se encontram com a
equipe responsável pela condução das reuniões no outra
comunidade para, novamente, realizar os pontos de GPS dos
novos estabelecimentos entrevistados.
Ao final de cada dia, toda a equipe (de condução da reunião e da marcação de
ponto de GPS) deve se reunir para organizar todo material produzido no dia
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(questionários físicos preenchidos e aparelhos de GPS) e tabulá-lo em planilhas
eletrônicas. Para isso, a entidade executora deve manter, em regime exclusivo, técnicos
e uma base para tratamento da informação na sede do município. Essa base, que pode
ser uma sala cedida pela prefeitura, servirá também para quaisquer reuniões de gestão e
coordenação do trabalho.
Os técnicos e a base para tratamento das informações no município estarão
vinculados diretamente à equipe de Gestão da Informação do projeto, que representa a
quarta fase com atuação transversal em todas as outras três fases descritas.
As Figuras 3 e 4 mostram, respectivamente, uma foto de reunião de DRP de
estabelecimentos da agricultura familiar em uma comunidade de um município do
Estado do Pará, e o posicionamento geográfico dos estabelecimentos da agricultura
familiar nesse mesmo município do Pará ao final do trabalho de DRP.
Figura 3 – Foto de reunião em escola comunitária para realização de DRP de
estabelecimentos da agricultura familiar em município do Estado do Pará
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Figura 4 – Localização geográfica dos estabelecimentos da agricultura familiar
participantes do DRP em município do Estado do Pará, utilizando o software GPS
Trackmaker
4º FASE TRANSVERSAL – Gestão da Informação
A quarta fase, que deve acontecer em todo o período do trabalho e acompanhar a
execução de todas as três fases descritas anteriormente trata-se da criação e
implementação de um sistema de gerenciamento das informações do projeto, para
coleta, tratamento, e distribuição dos dados e informações gerados.
O sistema deve ser capaz de criar agilidade na coleta e tabulação de todos os
dados levantados em fontes primárias e secundárias nas três fases descritas
anteriormente, e capaz de gerar instrumentos qualificados de distribuição das
informações com gráficos, tabelas, textos explicativos e mapas com localização das
comunidades e estabelecimentos diagnosticados.
2.2. ATIVIDADES MÍNIMAS DESEJADAS
Após definidos os 18 municípios de atuação, as atividades mínimas a serem
desenvolvidas no âmbito do trabalho são:
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Realização de pesquisa de dados e informações relevantes dos municípios
relacionados, a se destacar informações sociais, econômicas, estrutura logística,
presença e atividades da agricultura familiar, entre outros;
Realização de reuniões de mobilização com as prefeituras municipais
envolvendo: apresentação do trabalho aos parceiros municipais,
identificação/localização das comunidades potenciais e com maior número de
agricultores familiares no mapa do município, planejamento da agenda de visitas
de DRP às comunidades e logística envolvida, negociação e distribuição de
responsabilidades entre os parceiros interessados nos resultados do trabalho;
Realização de roteiro efetivo de DRP nas comunidades dos municípios
envolvendo: realização de reuniões com agricultores familiares e lideranças nas
sedes das comunidades, apresentação do trabalho e dos programas de governo
relacionados para os agricultores familiares participantes das reuniões, aplicação
de questionário com os agricultores familiares interessados, e marcação de ponto
de GPS das propriedades dos agricultores familiares que responderam o
questionário;
Criação de um sistema de gerenciamento das informações do projeto, para
coleta, tratamento, e distribuição dos dados e informações gerados pelo trabalho;
Apresentação das informações geradas pelos pontos de GPS e pelos
questionários em forma documentos técnicos com textos explicativos, tabelas,
gráficos e mapas para fácil localização geográfica dos estabelecimentos
pesquisados, e para fácil consulta e interpretação das características
socioeconômicas coletadas nos mesmos estabelecimentos pesquisados;
Elaboração de documentos técnicos com resultados finais do trabalho para cada
um dos 18 municípios;
Apresentação dos resultados de cada município para o MDA, e, eventualmente,
para os parceiros interessados nos resultados.
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2.3. ATIVIDADES MÍNIMAS DESEJADAS
18 documentos técnicos (01 para cada município) com descrição de informações
relevantes dos municípios relacionados, a se destacar informações sociais,
econômicas, estrutura logística, presença e atividades da agricultura familiar,
entre outros (resultados da FASE 1);
18 documentos técnicos (01 para cada município) com relatório dos resultados
das reuniões prévias de mobilização com as prefeituras municipais (resultados
da FASE 2);
18 documentos técnicos (01 para cada município) com relatório dos resultados
efetivos do trabalho de campo do DRP e do mapeamento de estabelecimentos da
agricultura familiar, contendo textos explicativos, tabelas, gráficos e mapas
(resultados da FASE 3);
18 documentos técnicos (01 para cada município) com resultados finais do
trabalho (resultados consolidados das FASES 1, 2 e 3);
01 documento técnico contendo descrição de todo o sistema de gerenciamento
das informações criado e implementado para gerenciar dados e informações do
projeto (resultado da FASE 4 transversal);
01 documento técnico com relatório de dificuldades, limitações, com relato de
especificidades de cada município trabalhado, além de perspectivas e sugestões,
para próximos trabalhos na Região Norte e sua aplicabilidade em outros
Estados;
3 apresentações (1 para cada Estado), dos resultados finais do trabalho.
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3. ESPECIFICIDADES DO TRABALHO
A CGBIO/DGRAV/SAF/MDA objetiva uma parceria com entidade que possua
capacidade, recursos e métodos para realização de diagnóstico e mapeamento de
comunidades e estabelecimentos de agricultores familiares nas áreas de aptidão para o
plantio de palma de óleo na Região Norte.
A entidade deve possuir flexibilidade e capacidade de adaptação para atuar com o
público e o território em questão, respeitando e reconhecendo as condições
socioeconômicas e culturais do público alvo, e seguindo as diretrizes da SECRETARIA
DA AGRICULTURA FAMILIAR DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO
AGRÁRIO.
4. PRINCÍPIOS
A realização do projeto deverá respeitar os seguintes princípios:
Os beneficiários da prestação deste serviço são os agricultores familiares
da Região Norte;
A contratação da prestação de serviço no âmbito deste Termo de
Referência não constitui garantia de continuidade das atividades após o
término do projeto e entrega dos produtos.
Todas as atividades realizadas no âmbito deste termo de referência serão
supervisionadas pela CGBIO/DGRAV/SAF/MDA, podendo esta
Coordenação determinar imediata suspensão do contrato e dos
pagamentos, quando detectadas irregularidades na aplicação dos recursos
por parte do prestador de serviço.
As atividades realizadas deverão estar em constante sintonia com a
CGBIO/DGRAV/SAF/MDA, devendo esta Coordenação, sempre que
necessário, participar do replanejamento das estratégias de ação do
projeto.
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