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PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS MÓDULO DE INVERNO

MÓDULO DE INVERNOinstituições define o seu próprio plano de ação para o outono/inverno. Este Plano incorpora o Plano “Infeções respiratórias 2014/2015 – Plano de Prevenção

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PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA

TEMPERATURAS EXTREMAS ADVERSAS

MÓDULO DE INVERNO

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Título:

Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas - Módulo Inverno

Editor:

Direção-Geral da Saúde

Alameda D. Afonso Henriques, 45

1049-005 Lisboa

Tel: 218 430 500

Fax: 218 430 530

Email: [email protected]

https://www.dgs.pt/

Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde

Contacto: [email protected]

A DGS agradece a colaboração dos Conselhos Diretivos das Administrações Regionais de

Saúde e dos Departamentos de Saúde Pública

Direção-Geral da Saúde

outubro 2015

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ÍNDICE

ÍNDICE ................................................................................................................................................ III

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS .................................................................. IV

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 1

2. OBJETIVOS ................................................................................................................................ 2

3. EIXOS E MEDIDAS DO PLANO .............................................................................................. 3

3.1 INFORMAÇÃO ....................................................................................................................................... 3

3.2 PREVENÇÃO, CONTENÇÃO E CONTROLO ................................................................................................ 4

3.2.1 Medidas de Saúde Pública...................................................................................................... 4

3.2.2 Prestação de cuidados de saúde ........................................................................................... 5 Ambulatório .................................................................................................................................................... 6 Internamento ................................................................................................................................................. 6 Quimioprofilaxia e Terapêutica .................................................................................................................... 6

3.3 COMUNICAÇÃO .................................................................................................................................... 7

4. MODELO DE GOVERNANÇA ................................................................................................... 8

5. MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO ....................................................................................... 10

5.1 MONITORIZAÇÃO DO PLANO ............................................................................................................... 10

5.2 AVALIAÇÃO DO PLANO ....................................................................................................................... 10

ANEXO I – INDICADORES DE MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PLANO .................. 11

ANEXO II - SÍNTESE DAS COMPETÊNCIAS DAS DIFERENTES ENTIDADES ................... 13

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

ACES Agrupamento de Centros de Saúde

ACSS Administração Central do Sistema de Saúde, I.P.

ANPC Autoridade Nacional de Proteção Civil

APMCG Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral

ARS Administração Regional de Saúde, I.P.

AVAC Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado

CERCI Centro Especial de Reabilitação de Crianças Inadaptadas

CH Centro Hospitalar

CSP Cuidados de Saúde Primários

DGS Direção-Geral da Saúde

DSIA Direção de Serviços de Informação e Análise - DGS

DSPDPS Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde - DGS

ECDC European Centre for Disease Prevention and Control

ECOS Em Casa Observamos Saúde

EISN European Influenza Surveillance Network

EPI Equipamento de Proteção Individual

ERPI Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas

eVM Vigilância de Mortalidade (E-Mortality Surveillance)

INEM Instituto Nacional de Emergência Médica, I.P.

INFARMED Autoridade Nacional do Medicamento, I.P.

INSA Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P.

IPMA Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P.

ISS Instituto de Segurança Social, I.P.

OMS Organização Mundial da Saúde

RNCCI Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

SIARS Sistema de Informação das Administrações Regionais de Saúde

SICO Sistema de Informação dos Certificados de Óbito

SINUS Sistema de Informação para Unidades de Saúde

SNS Serviço Nacional de Saúde

SPMS Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E.

SU Serviço de Urgência

SUB Serviços de Urgência Básica

UCC Unidade de Cuidados na Comunidade

UCI Unidade de Cuidados Intensivos

UCSP Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados

UESP Unidade de Apoio à Autoridade de Saúde Nacional e à Gestão de

Emergências em Saúde Pública - DGS

UH Urgência Hospitalar

UI Unidades de Internamento

ULS Unidade Local de Saúde

USF Unidade de Saúde Familiar

VDM Vigilância Diária da Mortalidade

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1. INTRODUÇÃO

No Outono/Inverno ocorrem com frequência temperaturas baixas e há um

aumento da incidência das infeções respiratórias na população, maioritariamente

devidas à epidemia sazonal da gripe. No entanto, outros agentes virais e

bacterianos ocorrem em simultâneo com a gripe.

O Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas - Módulo Inverno

(Plano) surge na sequência do Despacho nº 4113-A/2015, de 13 de abril, do

Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, reforçando a

importância de todos os serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde

(SNS) implementarem Planos de Contingência para Temperaturas Extremas

Adversas, bem como do Despacho nº 34/2015 de 9 de Setembro que especifica

algumas medidas.

Apresenta orientações estratégicas que permitem preparar e adequar a resposta

dos serviços de saúde e dos cidadãos, perante a perspetiva de ocorrerem

condições meteorológicas adversas de frio extremo ou um aumento da incidência

de infeções respiratórias.

As instituições do Ministério da Saúde, a nível nacional, nomeadamente a

Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a Autoridade Nacional do

Medicamento (INFARMED), o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), o

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P. (INSA) e a Serviços

Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E. (SPMS), são parceiros na aplicação deste

Plano da DGS, sendo que, no âmbito das suas competências, cada uma destas

instituições define o seu próprio plano de ação para o outono/inverno.

Este Plano incorpora o Plano “Infeções respiratórias 2014/2015 – Plano de

Prevenção e Resposta para o Outono e Inverno” (DGS).

A disponibilidade de informação em tempo útil, sobre as previsões

meteorológicas, a evolução da síndrome gripal, bem como a procura dos serviços

de saúde a nível dos cuidados de saúde primários e urgências hospitalares em

cada região, permitirá às Administrações Regionais de Saúde (ARS) e a cada

Unidade de Saúde uma adequada preparação da sua resposta.

Este Plano é ativado entre 1 de novembro e 31 de março, sendo acompanhado a

nível nacional pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em articulação com parceiros

anteriormente mencionados.

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2. OBJETIVOS

O objetivo geral deste Plano é prevenir e minimizar os efeitos negativos do frio

extremo e das infeções respiratórias, nomeadamente da gripe, na saúde da

população em geral e dos grupos de risco em particular.

Com este Plano, pretende-se:

1. Estabelecer o seu modelo de governança;

2. Promover que, em todos os níveis do Sistema de Saúde, se proceda à:

I. Avaliação do risco;

II. Gestão do risco;

III. Comunicação do risco.

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3. EIXOS E MEDIDAS DO PLANO

Eixos do Plano:

1. Informação.

2. Prevenção, Contenção e Controlo:

I. Medidas de Saúde Pública.

II. Prestação de cuidados de saúde:

a) Ambulatório;

b) Internamento;

c) Quimioprofilaxia e Terapêutica.

3. Comunicação.

3.1 Informação

A informação meteorológica (IPMA) e de saúde (SPMS/ACSS/INSA/INEM/ARS)

sustentam a avaliação do risco e as respetivas medidas de mitigação dos efeitos

negativos do frio extremo e das infeções respiratórias, nomeadamente da gripe na

saúde da população.

A informação relacionada com o inverno integra, entre outros, os seguintes

parâmetros (vide Anexo I):

Temperaturas máximas e mínimas observadas e previstas;

Avisos meteorológicos para temperaturas mínimas;

Estimativas de incidência de síndrome gripal;

Identificação dos vírus circulantes;

Número de vacinas contra a gripe administradas no SNS;

Procura e resposta dos serviços de saúde;

Evolução diária da mortalidade;

“Captura” da informação através de fontes informais - epidemic intelligence;

Acesso a plataformas internacionais de alerta;

Acompanhamento da atividade gripal no hemisfério norte.

A informação referente à vacinação e à procura dos serviços de saúde, no geral e

por síndrome gripal, está disponível para a DGS no sim@sns com informação a

nível nacional e desagregada por ARS. Está, igualmente, disponível para as ARS,

através do Sistema de Informação das Administrações Regionais de Saúde (SIARS),

informação regional com desagregação por ACES/ULS e por unidade funcional.

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A descrição detalhada sobre todas as fontes de informação e indicadores a

considerar encontra-se no Anexo I.

As ARS utilizarão os indicadores que considerarem pertinentes para monitorizar a

situação, de acordo com a metodologia acordada a nível regional.

3.2 Prevenção, Contenção e Controlo

3.2.1 Medidas de Saúde Pública

Medidas de higiene respiratória e de controlo de infeção:

Reforço das medidas de higiene das mãos, aplicável ao público e aos

profissionais de saúde;

Aconselhamento aos doentes com infeções respiratórias,

nomeadamente com síndrome gripal, a adoção de medidas de

“distanciamento social”;

Informação sobre medidas de etiqueta respiratória;

Promoção da utilização de equipamentos de proteção individual (EPI),

quando aplicável. Esta medida assume particular importância no âmbito

da saúde ocupacional.

Vacinação

Gripe - Promover a vacinação contra a gripe de acordo com a

Orientação anual da DGS:

- A vacinação gratuita contra a gripe decorre no âmbito do SNS a

partir de Outubro;

- O objetivo é vacinar, pelo menos, 60% dos cidadãos com 65 ou

mais anos de idade.

Infeções por Streptococcus pneumoniae - Promover a vacinação:

- Norma nº 11/2015 de 23/06/2015: Vacinação contra infeções por

Streptococcus pneumoniae de grupos com risco acrescido para

doença invasiva pneumocócica (DIP). Adultos (>=18 anos);

- Norma nº 12/2015 de 23/06/2015: Vacinação contra infeções por

Streptococcus pneumoniae de grupos com risco acrescido para

doença invasiva pneumocócica (DIP). Idade pediátrica (<18 anos de

idade).

Saúde 24 (808 24 24 24) - Promover a sua utilização como primeiro contato

com o sistema de saúde.

Articulação com o Instituto de Segurança Social (ISS) e com Autoridade

Nacional de Proteção Civil (ANPC). A nível nacional a articulação com o ISS é

concretizada pela ACSS e a articulação com a ANPC pela DGS.

Promoção de reuniões, em parceria com serviços distritais da Segurança Social,

para recomendar medidas a implementar (vacinação, climatização, medidas de

controlo de infeção e outras) nas Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas

(ERPI) e outras instituições de residência coletiva.

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3.2.2 Prestação de cuidados de saúde

Todas as instituições devem assegurar de forma eficaz os Planos de Contingência,

devendo elaborar e implementar planos de contingência específicos de acordo

com a realidade local e com o disposto no Despacho 4113-A/2015, de 13 de abril.

Com base na informação disponível a nível nacional, regional e local, as ARS e as

instituições de saúde do SNS devem organizar-se, em cada momento, antecipando

as necessidades de resposta face à procura com o objetivo de minimizar os

tempos de espera, a transmissão das infeções e a otimização dos cuidados.

Cada serviço e estabelecimentos do SNS deve:

Implementar o respetivo Plano de Contingência;

Garantir a articulação interinstitucional dentro e fora do setor da saúde;

Identificar e gerir as necessidades em recursos humanos e materiais;

Verificar a adequação dos equipamentos de climatização;

Proceder à revisão dos programas de operação e manutenção dos sistemas

AVAC – Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado;

Garantir a existência de salas climatizadas;

Identificar os grupos mais vulneráveis em todos os níveis de prestação de

cuidados;

Promover a utilização da Saúde 24;

Aconselhar os doentes com infeções respiratórias, nomeadamente com

síndrome gripal, a adotar medidas de “distanciamento social”;

Disponibilizar máscaras a doentes com sintomatologia respiratória;

Distribuir informação (cartazes, folhetos, outra) nas unidades de saúde sobre

prevenção dos efeitos do frio extremo e das infeções respiratórias,

nomeadamente da gripe;

Informar os profissionais de saúde e a população em geral, em especial os

grupos de risco, para o efeito do frio extremo na saúde e as respetivas

medidas de proteção;

Recomendar a vacinação contra a gripe de acordo com a Orientação anual da

DGS.

Cada serviço e estabelecimento do SNS deve garantir a mais ampla divulgação das

medidas a implementar e promover o seu cumprimento.

As medidas recomendadas serão ativadas quando necessário e de forma

adequada por decisão das ARS e dos respetivos ACES/ULS, Centros

Hospitalares/Hospitais e Unidades de Internamento da RNCCI.

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Ambulatório

1. Cuidados em ambulatório - unidades funcionais:

Adequação da capacidade instalada nas unidades funcionais;

Adequação da oferta de consultas (em espaço dedicado, se necessário);

Adequação dos horários da consulta aberta ou de recurso;

Adequação do número de consultas para pedidos no próprio dia;

Participação na identificação de pessoas em risco acrescido (critérios

idade/isolamento social/comorbilidades/condições da habitação, ou outros)

e promoção de medidas de acompanhamento, em colaboração com os

parceiros na comunidade;

Eventual atendimento dedicado a doentes com sintomatologia

respiratória/síndrome gripal.

2. Cuidados em ambulatório - serviços de urgência (Serviço de Urgência

Básica - SUB e hospitalares):

Adequação das equipas;

Adequação do número de gabinetes/espaços de atendimento;

“Turnover” de macas com transferência dos doentes para camas;

Aconselhamento dos doentes com infeções respiratórias, nomeadamente

com síndrome gripal, para adoção de medidas de “distanciamento social”;

Eventual atendimento dedicado a doentes com sintomatologia

respiratória/síndrome gripal.

Internamento

Adequação da capacidade instalada (camas suplementares, adiamento de

cuidados não urgentes e altas de casos sociais, se necessário);

Reforço das medidas de controlo de infeção;

Diagnóstico laboratorial quando aplicável;

Verificação dos stocks de medicamentos;

Previsão da necessidade de expansão da área de internamento;

Adequação da capacidade instalada de cuidados intensivos (quando

aplicável e se necessário).

Quimioprofilaxia e Terapêutica

Emissão, pela DGS, de Orientações (guidelines) sobre quimioprofilaxia e

terapêutica para a gripe;

Gestão e, eventual, ativação da reserva estratégica de zanamivir;

Protocolos internos dos serviços sobre quimioprofilaxia e terapêutica da

gripe, se aplicável.

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3.3 Comunicação

A DGS e as ARS devem garantir que existem os adequados circuitos de

comunicação entre os serviços, para efetiva divulgação de informação,

comunicação do risco e medidas a adotar.

Para a comunicação com os profissionais e com a população devem ser

privilegiados todos os meios disponíveis, nomeadamente:

Páginas institucionais (DGS, Portal do Utente, ARS e outras instituições de

saúde);

Saúde 24 (808 24 24 24);

Comunicação Social;

Redes sociais e outros suportes de comunicação.

A comunicação com a população deve incluir informação sobre os potenciais

efeitos do frio extremo na saúde, bem como das medidas a observar tendo em

atenção os efeitos diretos e indiretos do frio, nomeadamente no que respeita à

descompensação de doenças crónicas como a diabetes e a doença cardiovascular.

Deve também ser comunicada informação sobre infeções respiratórias, com

destaque para a gripe e a respetiva vacinação, bem como sobre as medidas de

saúde pública a adotar para minimizar a transmissão do vírus e prevenir surtos

com picos muito acentuados, nomeadamente:

Situação epidemiológica da gripe e das restantes infeções respiratórias em

Portugal e no Mundo;

Promoção da vacinação contra a gripe (Orientação anual da DGS);

Informação sobre a evolução da campanha vacinal contra a gripe;

Informação sobre medidas de proteção individual:

Higiene das mãos;

Etiqueta respiratória;

Equipamentos de proteção individual (máscaras).

Divulgação da Saúde 24 como primeiro contacto, reforçando as vantagens:

Acessibilidade e rapidez de contacto com um serviço de saúde;

Aconselhamento e eventual encaminhamento para serviço de saúde;

Minimização da transmissão de infeções para o próprio e para outros;

Recomendações gerais da DGS para mitigar o impacto do frio extremo

(http://www.dgs.pt/paginas-de-sistema/saude-de-a-a-z/frio/).

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4. MODELO DE GOVERNANÇA

Direção-Geral da Saúde

O Plano de Contingência de Temperaturas Extremas Adversas-Módulo de Inverno

é o referencial para os serviços do SNS que elaboram planos de contingência

específicos adequados à sua realidade.

A DGS acompanha a implementação do Plano e divulga informação relevante,

emite documentos orientadores e normativos, promove a articulação

interinstitucional a nível nacional e, em parceria, com as Administrações Regionais

de Saúde monitoriza a execução dos Planos de Contingência Regionais.

Para efeitos deste Plano, a DGS e o INSA colaboram com organismos

internacionais, nomeadamente Organização Mundial de Saúde (OMS), European

Centre for Disease Prevention and Control (ECDC) e European Influenza Surveillance

Network (EISN).

Grupo Operativo

O Grupo Operativo da DGS agrega departamentos com funções complementares

no âmbito deste Plano, nomeadamente:

Direção de Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde

(DSPDPS);

Direção de Serviços de Informação e Análise (DSIA);

Quando necessário, a Unidade de Apoio à Autoridade de Saúde Nacional e

à Gestão de Emergências em Saúde Pública (UESP);

Pode ainda agregar outros peritos internos e externos.

Grupo de Crise

A Autoridade de Saúde Nacional poderá, quando se justifique, ativar e coordenar o

Grupo de Crise, que é constituído por:

Direção-Geral da Saúde;

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P.;

Administração Central do Sistema de Saúde, I.P.;

Instituto Nacional de Emergência Médica, I.P.;

Administrações Regionais de Saúde, I.P.;

Instituto de Segurança Social, I.P.;

Autoridade Nacional de Proteção Civil;

Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P..

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Administrações Regionais de Saúde

Asseguraram a existência de Planos de Contingência específicos dos

estabelecimentos do SNS;

Coordenam as respostas dos diferentes níveis de prestação de cuidados;

Promovem resposta atempada e adequada dos serviços de saúde;

Promovem a colaboração e comunicação permanente entre ARS,

Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e ISS, I.P.;

Determinam a adequação dos horários de atendimento em cuidados de

saúde primários, em função da procura;

Promovem a adequação da prestação de cuidados em ambulatório,

incluindo serviços de urgência e em internamento nos estabelecimentos

hospitalares;

Criam condições para que os departamentos e unidades de saúde pública,

em colaboração com os Hospitais, Unidades de Saúde Familiar (USF),

Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) e Unidades de

Cuidados na Comunidade (UCC) possam acompanhar a aplicação local de

cada Plano de Contingência;

Podem utilizar a tabela com as competências de cada entidade que

constam no Anexo II, adaptando-a se assim entenderem.

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5. MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO

5.1 Monitorização do Plano

A nível nacional a monitorização é efetuada por várias instituições, nomeadamente

pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo

Jorge (INSA), Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Administração

Central do Sistema de Saúde (ACSS) e Instituto Português do Mar e da Atmosfera

(IPMA), em articulação com as Administrações Regionais de Saúde (ARS).

As diferentes instituições nacionais articulam-se, de acordo com as suas

competências, com organismos internacionais, nomeadamente a OMS, o ECDC e a

EISN.

Os indicadores a acompanhar para a monitorização e vigilância epidemiológica

das diferentes vertentes do plano (nacional e regional) constam do Anexo I. A

maior parte destes indicadores estão disponíveis em relatórios do SIM@SNS e do

SIARS, ao nível nacional e regional.

A informação referente aos indicadores que implicam recolha ativa a partir das

instituições/fontes dos dados (ex: alguns indicadores de produção hospitalar,

Saúde 24, INEM) é agregada por semana epidemiológica (segunda a domingo).

Esta informação é comunicada até à 4ª feira da semana seguinte, pela DGS às ARS

e/ou pelas ARS à DGS.

Sendo a lista de indicadores do Anexo I exaustiva, o nível nacional, regional e local

constituirão uma sub-lista base de indicadores que considerem mais indicados

para acompanhamento semanal do plano ao seu nível. Se for considerado

pertinente, podem ser incluídos indicadores para além dos constantes do Anexo I.

Na DGS a informação deve ser remetida para o email: [email protected]

5.2 Avaliação do Plano

A avaliação dos Planos regionais é realizada até 30 de abril de cada ano e terá por

base indicadores referidos no ponto 5.1, bem como outra informação considerada

pertinente pelas ARS.

Os planos regionais são enviados à DGS que elabora o relatório nacional.

O relatório nacional é remetido para conhecimento do Ministro da Saúde até ao

final do mês de junho de cada ano, sendo posteriormente disponibilizado na

página da internet da DGS.

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ANEXO I – INDICADORES DE MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PLANO

Indicador

Fonte

Condições meteorológicas

Temperaturas máximas e mínimas observadas e previstas IPMA

Avisos meteorológicos para temperaturas mínimas IPMA

Procura Serviços de Saúde SNS

Consultas em cuidados de saúde primários (CSP)

ACES/ULS/ARS

Número total de consultas em CSP

Número total de consultas não programadas em CSP

Número de consultas em CSP, por síndrome gripal (R80)

Proporção de consultas em CSP, por síndrome gripal

Número total de consultas em CSP, por grupo etário

Número de consultas em CSP por síndrome gripal, por grupo etário

Proporção de consultas em CSP por síndrome gripal, por grupo etário

Percentagem de consultas em CSP por síndrome gripal a utentes com idade ≥ 65 anos

Consultas em urgência hospitalar (UH)

Hospitais/CH/ARS

Número total de consultas em UH

Número de consultas em UH, por síndrome gripal

Número de consultas em UH, por síndrome gripal por grupo etário

Proporção de consultas em UH, por síndrome gripal

Nº total de consultas em UH, por destino

Número de consultas em UH, por síndrome gripal por destino

Internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI)

Hospitais/CH/DGS Nº total de admissões em UCI

Nº de casos de gripe em UCI

Percentagem de doentes com gripe admitidos em UCI

Saúde 24

Saúde 24/DGS

Número total de chamadas Saúde 24

Número de chamadas Saúde 24 por algoritmo síndrome gripal

Proporção de chamadas Saúde 24 por algoritmo síndrome gripal

Número de chamadas Saúde 24 por algoritmo tosse ou febre

Proporção de chamadas Saúde 24 por algoritmo tosse ou febre

Emergência médica - INEM

INEM Nº total de ocorrências

Nº total de acionamentos

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Incidência da síndrome gripal

Estimativas de incidência de síndrome gripal INSA e ACES/ULS/ARS

Identificação e caracterização dos vírus em circulação – Vigilância laboratorial INSA

Mortalidade

Nº de óbitos diários DGS (eVM) e INSA (VDM)

Excesso de mortalidade por todas as causas INSA (VDM)

Vacinação contra a gripe

Número total de vacinas gratuitas contra a gripe administradas (SNS) ACES/ULS/ARS

Número total de vacinas contra a gripe registadas no SINUS ACES/ULS/ARS

Número de vacinas contra a gripe administradas por grupo etário ACES/ULS/ARS

Percentagem de vacinas administradas a utentes com idade >=65 anos ACES/ULS/ARS

Estimativa da cobertura vacinal DGS, INSA (ECOS), Vacinómetro

Informação Complementar

“Captura” da informação através de fontes informais DGS

Acesso a plataformas internacionais de alerta (acesso restrito) DGS

Acompanhamento da atividade gripal no hemisfério norte (Europa) DGS e INSA

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ANEXO II - SÍNTESE DAS COMPETÊNCIAS DAS DIFERENTES ENTIDADES

Direção-Geral da Saúde

Elaborar o Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas – Módulo

Inverno

Garantir os adequados circuitos de comunicação entre os serviços

Administração Regional de Saúde

Elaborar o Plano de Contingência Regional para Temperaturas Extremas Adversas –

Módulo Inverno

Garantir os adequados circuitos de comunicação entre os serviços

Coordenar as necessidades de resposta em Serviços de Urgência e a sua integração nos

diferentes níveis de prestação de cuidados

Determinar o alargamento do horário de atendimento em cuidados primários e os locais

onde o alargamento deve ocorrer em função da procura registada em serviços de

urgência

Avaliar se as medidas propostas pelos estabelecimentos do SNS estão aptas a poderem

ser cumpridas até 30 dias depois da receção dos Planos de Contingência Específicos

Comunicar a avaliação efetuada aos Planos de Contingência Específicos ao Conselho

Diretivo da ARS respetiva e à Autoridade de Saúde Nacional

Criar as condições para que as Autoridades de Saúde, em colaboração com os Hospitais,

Unidades de Saúde Familiar, Unidades de Cuidados da Saúde Personalizados e Unidades

de Cuidados na Comunidade, possam acompanhar a aplicação local de cada Plano de

Contingência

Assegurar que todos os Planos de Contingência estão prontos a ser integralmente

cumpridos a partir da data de abrangência do Plano de Contingência Regional para

Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Inverno

Serviços e estabelecimentos do SNS

Elaborar o Plano de Contingência Específico para Temperaturas Extremas Adversas –

Módulo Inverno

Garantir a mais ampla divulgação das medidas a implementar

Adotar medidas que permitam uma adaptação célere às maiores necessidades de

resposta em Serviços de Urgência

Elaborar orientações específicas de identificação das pessoas em risco especial (idosos e

doentes crónicos) bem como as medidas de acompanhamento preventivo

Prever a necessidade de expandir a área de internamento em situação de maior procura

dos seus serviços

Os estabelecimentos do SNS devem apresentar às ARS os seus Planos de Contingência até

ao dia 1 de Outubro de cada ano

A leitura desta tabela deve ser complementada com a leitura do Despacho nº 4113-A/2015,

de 13 de abril e Despacho nº 34/2015 de 9 de setembro do Gabinete do Secretário de

Estado Adjunto do Ministro da Saúde,

Page 18: MÓDULO DE INVERNOinstituições define o seu próprio plano de ação para o outono/inverno. Este Plano incorpora o Plano “Infeções respiratórias 2014/2015 – Plano de Prevenção

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