Medidas de Tempo e Provérbios

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  • 8/18/2019 Medidas de Tempo e Provérbios

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    MEDIDAS DE TEMPO E PROVÉRBIOS

    Os Yorubas consideram tempo antes de luas e semanas. ma lua! ou m"s! # o per$odo de tempo entre uma lua no%a e a pr&'ima e! como # o caso detodas as pessoas (ue contam as datas atra%#s de meses lunares. O dia come)a no p*r+do+sol (ue # (uando uma lua no%a # %istaO costume de medir o tempo atra%#s de meses lunares parece ser comum a todas as pessoas das tribos e o retorno re,ular da lua em inter%alos -i'os detempo se dispe de um modo natural e -/cil de computar sem (ue 0a1a erros. A medida de tempo por semanas # substituto das di%ises dos meseslunares. Eles se,uiam a isto apesar do pouco con0ecimento (ue eles tin0am sobre o assunto! uma %e2 em (ue outros po%os 1/ dispun0am de %/riosestudos sobre isso.

     As tribos dos Tsi tin0am uma semana de sete dias! e di%idiam o m"s lunar (ue # apro'imadamente de %inte e no%e dias inteiros e um meio dia lon,o!em (uatro partes e! cada um dos sete dias com apro'imadamente no%e 0oras. 3onse(4entemente! cada semana come)a%a 0/ uma 0ora di-erente do dia.

     A ra25o deste arran1o # (ue %inte e no%e e um meio dia n5o era di%is$%el e'atamente em meios e (uartos. O primeiro dia da primeira semana do m"slunar come)a%a (uando a lua no%a era %ista primeiro6 o primeiro dia da se,unda semana come)a umas no%e 0oras depois! e assim por diante.

     As tribos dos 75s tin0am um modo semel0ante de medir o tempo! mas os nomes dos dias da semana s5o di-erentes dos usados pelos Tsi e s5o8

    9:. Dsu.;:. Dsu+-o.:. Assim.?:. Assim+0a.@:. o.:. o+,ba.

     A semana dos Yorubas consistia em cinco dias! mas eram precisos seis para -a2er um m"s lunar6 de -ato! desde o primeiro dia da primeira semana (uesempre come)a com o aparecimento da o m"s realmente cont#m cinco semanas de cinco dias dura)5o. As tribos de Benin tin0am um m#todosemel0ante e pro%a%elmente aprenderam com os Yorubas.Os Tsi e 75s acrescentam al,umas 0oras assim a cada semana de sete dias para -a2er (uatro destes per$odos e coincidir com um m"s lunar! e os

     Yorubas dedu2iam apro'imadamente do2e 0oras do Cltimo (uinto dia da semana para -a2er seis destes per$odos e concordar com um m"s lunar. Ara25o # &b%ia. Vinte e no%e e meio n5o daria ; e os nCmeros mais pr&'imos seriam %inte e oito ou trinta.&s dissemos (ue di%idir o m"s lunar em semanas parece ser e'cepcional entre as mais bai'as ra)as! mas n&s temos al,uns e'emplos. Os A0antas (ue0abitam a por)5o ocidental da 3osta de Ouro di%idem o m"s lunar em tr"s per$odos! dois de de2 dias dura)5o! e o terceiro dura%a at# (ue a pr&'ima luano%a aparecesse.Fuando al,umas tribos pro,rediram su-icientemente no con0ecimento astron*mico! passaram a considerar o ano solar como uma medida de tempo.G9. A 3ole)5o de AstleH! %ol. iii! p/,.

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    -oi considerada um modo de e'ibi)5o de respeito ao deus! e como n5o cumprir um ato de respeito para um deus ,eralmente seria se,uido por al,umcasti,o in-li,ido por ele! al#m de 0a%er a cren)a de (ue d/ a2ar trabal0ar em um dia santo. Assim os Yorubas consideram a2arado para (ual(uer um!trabal0ar no alo+o1o! ou S/bado sa,rado ,eral! e para os se,uidores dos deuses para (uem os outros dias s5o dedicados para trabal0ar. Para umse,uidor de um deus %iolar o dia sa,rado para a(uele deus # uma o-ensa s#ria entre o Tsi! 75! Ee e tribos de Yoruba e entre os 1udeus (ue acredita%am(ue seriam casti,ados com a morte! pois eles eram mais se%eros (uanto Ks 0onrarias dedicadas aos deuses. a 3osta do Ouro! (ual(uer pescador (ueousou p*r para mar em Bua+da o S/bado sa,rado do pescador! ine%ita%elmente! -oi posto K morte. Pessoas (ue n5o eram se,uidores dos deuses do marpoderiam -a2er a,rados a eles! pois para a(uele esp$rito! s& seus disc$pulos eram respons/%eis por eles e por cumprir o descanso.Entre os Yorubas! n5o se ne,ocia no (uinto dia. O dia do mercado %aria em distritos municipais di-erentes! mas nunca acontece no alo+ol1o. Estecostume de -ec0ar os mercados em cada (uinto dia era outro modo de computar o tempo! isto #! sur,iu antes dos per$odos de de2essete dias! eta+di+o,un c0amado tr"s menos (ue %inteN. Este # o resultado das sociedades de Esu! (ue 0/ entre as tribos dos Yorubas e ainda e'iste! debai'o do mesmo

    nome e! entre os ne,ros de Yoruba (ue %i%e nas Ba0amas. Os s&cios de uma sociedade de Esu se encontram em cada (uinto dia no mercado e pa,am assubscri)es deles! cada s&cio pa,a para participar das reunies. Os primeiros cinco dias de mercado s5o contados e assim o nCmero de2essete # obtido.Por e'emplo! supondo (ue o se,undo dia de um m"s era um dia de mercado! o se,undo dia cairia no @:! o terceiro no 9:! o (uarto no 9>:! e o (uintono 9W:. O (uinto dia do mercado no (ual os s&cios se encontra%am e pa,a%am as subscri)es deles! era contado no%amente como a primeira daspr&'imas s#ries. Estes clubes ou sociedades eram comuns e o per$odo de de2essete dias se tornou um tipo de medida au'iliar de tempo.Osan # dia! e oru! noite. A di%is5o do dia e da noite em 0oras n5o era con0ecida! mas o dia era di%idido nos per$odos se,uintes! Lutu+Lutu! come)omatutino6 ouro! man056 ,an,an! ou ,an,an de osan ,an,an! %ertical! perpendicularN! meio+dia6 i1i+ela Lpale sombra+alon,andoN! tarde6 e asale! ouaseale! noite! crepCsculo. A noite era di%idida em per$odos do ,alo ,ritar de ale,ria! como aLuLo+s0ia1u a abertura do ,aloN! ,alo ,ritando de ale,riaprimeiro6 ada+1i! ou ada+1ia! tempo do se,undo ,alo ,ritar de ale,ria6 e o-ere! ou o-e! o tempo de ,alo ,ritar de ale,ria e lo,o antes do aman0ecer.Odun (uer di2er Ano e! como a pala%ra ose! semana! tamb#m era dia de uma -esta anual (ue era c#lebre em outubro.O ano era di%idido em esta)es8 Eo+erun! esta)5o seca6 Eo+oHe! esta)5o do %ento de armattan6 e Eo+a1o! esta)5o c0u%osa. O Cltimo # di%ididono%amente em aLo+ro! primeiro per$odo de c0u%as! e aro+Luro! Cltimas c0u%as! ou pe(uena esta)5o c0u%osa.

    PROVÉRBIOSOs Yorubas t"m um nCmero e'traordin/rio de declara)es pro%erbiais! e # considerado por eles como uma pro%a de ,rande sabedoria! de onde %em adeclara)5o8 m consultor (ue entende de pro%#rbios! entende de 1o,os. Eles est5o em uso constante! e outra declara)5o ocorre8 m pro%#rbio # a

    conser%a)5o do ca%alo.Pro%#rbios e con%ersa)5o se,uem 1untos e eles possuem muitos como os transcritos abai'o8

    9. unca de%eriam ser contados se,redos a um me'eri(ueiro6;. O (ue n5o # dese1ado ser con0ecido # terminado em se,redo6

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    ?;. 3obi)a # o pai da doen)a.?. O -lu'o pode secar! mas o curso d/,ua ainda mant#m seu nome.??. Se um assunto # escuro! mer,ul0e ao -undo.?@. O car/ter de todo 0omem # bom nos pr&prios ol0os dele.?. Onde (uer (ue um 0omem %/ morar! o car/ter dele %ai com ele.?W. A -or)a de um morteiro -eito de madeiraN n5o # i,ual K -or)a de uma panela -eita de barroN. 3olo(ue um morteiro no -o,o e (ueimar/6 bata umin0ame em uma panela e (uebrar/.?. O 1o%em n5o pode ensinar as tradi)es de ancies.@. m 0omem n5o corre entre espin0os por nada. Ou ele est/ procurando uma cobra ou uma cobra o est/ procurando.

    @9. O aman0ecer n5o %em despertar um 0omem duas %e2es.@;. O a,bi um p/ssaro com pluma,em a2ulN # o tintureiro do a2ul6 o aluLo um p/ssaro com pluma,em ro'aN # o pintor de pCrpura6 mas o leLileLi o,uindaste brancoN # o dono do pano branco.@. O ca%alo nunca recusa um ,alope para casa.@?. A esposa di2endo! eu %ou %er min0a m5e! en,ana o marido.@@. A borboleta (ue esbarra nos espin0os ras,ar/ suas asas.@. Se um orisa matasse um 0omem por co2in0ar uma sopa sem sabor! o (ue restaria aos (ue n5o co2in0am nadaX@W. m rato (ue tem um umbi,o # uma bru'a.@. O (ue uma crian)a n5o ,osta pre1udica seu est*ma,o.. 3ordas s5o emaran0adas (uando s5o amarradas cabras no mesmo poste.9. Sem not$cias ruins n5o 0/ nen0uma triste2a de cora)5o.

    Muitas declara)es pro%erbiais s5o -eitas em parel0as de %ersos! e estas constru)es s5o encontradas no Qi%ro 0ebreu de Pro%#rbios! e ser%e de ob1etopara estabelecer uma ant$tese entre duas l in0as sucessi%as nas (uais substanti%o # -eito responder a substanti%o! e %erbo para %erbo. Por e'emplo!compare8

    O simples 0erda loucura!Mas o prudente # coroado com con0ecimento.Zi% de pro%#rbios. 9WN.

    3om os pro%#rbios Yorubas acontece o se,uinte8

    Pessoas ordin/rias s5o t5o comuns (uanto K ,rama!Mas as pessoas boas s5o mais (ueridas (ue o ol0o.

    m assunto ne,ociado sua%emente tende a prosperar!Mas um assunto tratado %iolentamente causa %e'a)es.

     A assembl#ia pCblica pertence K cidade!Mas um consel0o seleto pertence ao rei.

     A Rai%a n5o -a2 nin,u#m bom!

    Mas a paci"ncia # o pai da bondade.

    m 1a%ali sel%a,em no lu,ar de um porco sa(uearia a cidade!E um escra%o! -eito rei! n5o pouparia nin,u#m.

     A a,ude2 de uma seta n5o # i,ual (ue de uma na%al0a!E a maldade de um ca%alo n5o # i,ual (ue de um 0omem.

    Triste2a busca lamenta)5o!E morti-ica)5o busca di-iculdade.

     A 1uba de um carneiro l0e d/ uma apar"ncia nobre! A 0onra de um pai -a2 um -il0o or,ul0oso.

    O po%o Yoruba ,osta de compor -rases (ue t"m sons semel0antes! mas si,ni-icados di-erentes. Assim89N Abebi ni ibe iLu.

     Abebi ni ibe orun.Bi oru ba inu abebi ni ibe e.Abebi (uer di2er um -5! de-ensor! ou um intercessorNm intercessor como os deusesN l0e de-endem de tudo menos da morte.De-ensor como 1ui2N l0e de-ende de tudo! mas n5o do casti,o.m -5 repele o calor (uando est/ (uente.

    ;N I,un ti o,un mi Lo 1o e,un de i.Apun0alar n5o # i,ual ser espetado com um espin0o. U O 1o,o a(ui est/ na semel0an)a das pala%ras entre i,un e o,un! e e,unN.

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    F. m ,alin0eiro (ue tem muitas ,alin0as. A. A Via Q/ctea.

    F. Eu sou lon,o e esbelto! eu estou comprometido com o com#rcio! e eu nunca c0e,o ao mercado. A. A canoa (ue le%a os bens ao mercadoN