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MEIO AMBIENTE E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Análise dos Riscos Socioambientais à Luz da Resolução 4.327/2014 do Banco Central do Brasil

Meio AMbiente e instituições FinAnceirAs - Arraes Editores · 344.046 Vilela, Bruna Luísa Capellini V699m Meio ambiente e instituições financeiras: análise dos riscos socioambientais

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Meio AMbiente e instituições FinAnceirAs

Análise dos Riscos Socioambientais à Luz da Resolução 4.327/2014 do Banco Central do Brasil

Meio AMbiente e instituições FinAnceirAs

Análise dos Riscos Socioambientais à Luz da Resolução 4.327/2014 do Banco Central do Brasil

BRUNA LUÍSA CAPELLINI VILELAAdvogada

Professora de Direito EmpresarialGraduada em Direito pela Faculdade Milton Campos

Pós-graduada em Direito Público pela AnamagesMestre em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela

Escola Superior Dom Helder Câmara

SÉBASTIEN KIWONGHI BIZAWUMestre e Doutor em Direito Internacional pela Pontifícia Universidade

Católica de Minas Gerais (PUC Minas)Professor de Direito Internacional Público e Privado na

Escola Superior Dom Helder CâmaraPró-Reitor do Programa de Pós-Graduação em Direito

Professor de Metodologia de Pesquisa no Curso de Mestrado em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável na Escola Superior Dom Helder Câmara

Belo Horizonte2015

344.046 Vilela, Bruna Luísa Capellini V699m Meio ambiente e instituições financeiras: análise dos riscos socioambientais à luz da Resolução 4.327/2014 do Banco Central do Brasil. Bruna Luísa Capellini Vilela, Sébastien Kiwonghi Bizawu.Belo Horizonte: Arraes Editores, 2015. p.104

ISBN: 978-85-8238-156-4

1. Direito ambiental. 2. Gestão ambiental – Brasil. 3. Política ambiental – Brasil. 4. Desenvolvimento sustentável. 5. Resolução 4.327 de 2014 – Banco Central do Brasil. I. Bizawu, Sébastien Kiwonghi. II. Título.

CDD – 344.046 CDU – 34:504

Belo Horizonte2015

CONSELHO EDITORIAL

Elaborada por: Fátima Falci CRB/6-nº 700

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio eletrônico,inclusive por processos reprográficos, sem autorização expressa da editora.

Impresso no Brasil | Printed in Brazil

Arraes Editores Ltda., 2015.

Coordenação Editorial: Produção Editorial e Capa:

Revisão:

Fabiana CarvalhoDanilo Jorge da SilvaResponsabilidade do Autor

Rua Oriente, 445 – Serra Belo Horizonte/MG - CEP 30220-270

Tel: (31) 3031-2330

www.arraeseditores.com.br [email protected]

Álvaro Ricardo de Souza CruzAndré Cordeiro Leal

André Lipp Pinto Basto LupiAntônio Márcio da Cunha Guimarães

Bernardo G. B. NogueiraCarlos Augusto Canedo G. da Silva

Carlos Bruno Ferreira da SilvaCarlos Henrique SoaresClaudia Rosane Roesler

Clèmerson Merlin ClèveDavid França Ribeiro de Carvalho

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Florisbal de Souza Del’OlmoFrederico Barbosa Gomes

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Gustavo CorgosinhoJamile Bergamaschine Mata Diz

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V

Às nossas mães, mulheres virtuosas, por nos ensinarem as virtudes e os princípios da vida. A todos os entes queridos, pela grandeza e nobreza de seu carinho.

VI

AgrAdeciMentos

Ao Bom Deus, Luz que ilumina os nossos caminhos e Guia que nos conduz pelas veredas seguras da docência;

Às nossas mães que, pelo amor incondicional e pela vontade de lutar e de vencer, encarnam os ensaios e as esperanças de muitas mulheres trabalhadoras e heroínas anônimas;

Ao Reitor da Escola Superior Dom Helder Câmara, Doutor Pe. Paulo Umberto Stumpf, pelo apoio nas atividades acadêmicas, na produção cien-tífica e pela busca de excelência no Programa de Pós-Graduação em Direito;

A todos os colegas professores e professoras, advogados e advogadas e demais profissionais do Direito e das instituições financeiras e das empresas tomadoras de crédito;

Aos nossos alunos e nossas alunas de graduação e pós-graduação em Direito;Aos nossos parentes, amigos e amigas de todas as horas que a vida se

encarregou a colocar em nosso caminhar e cujos olhares se tornaram espelho do amor de Deus;

A todos aqueles e aquelas que sofrem pelas injustiças sociais, mas cheios de esperança no Senhor da Vida!

VII

No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava

lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela

humanidade.1

1 Francisco Alves Mendes Filho (Chico Mendes): acreano de Xapuri, nascido em 1944, foi líder seringueiro, sindicalista e ativista am-biental. Disponível em <http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/epv-verde.php.> Acesso em: 02 nov. 2014.

VIII

ListA de sigLAs

ABBC Associação Brasileira de Bancos

BACEN Banco Central do Brasil

BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento

BEI Banco Europeu de Investimento

CERCLA Comprehensive Environmental Response, Compensation and Liability Act CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

COSIF Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional

CR/88 Constituição da República Brasileira de 1.988

EMAS Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria

FEBRABAN Federação Brasileira de Bancos

IFC International Finance CorporationISO International Organization for StandardizationPRI Princípios para o Investimento Responsável

PRSA Política de Responsabilidade Socioambiental.

SFN Sistema Financeiro Nacional

IX

suMário

PREFÁCIO ........................................................................................................ xI

INTRODUÇÃO ............................................................................................... 1

CaPítulO 1EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DO SETOR FINANCEIRO ........................................................................... 31.1 Política e Gestão Ambiental no Brasil – Início da Consciência Ambiental no Setor Empresarial........................................................................................ 11

CaPítulO 2PRINCÍPIOS AMBIENTAIS E A RESOLUÇÃO 4.327/2014 ................ 172.1 O Princípio do Desenvolvimento Sustentável ..................................... 182.2 O Princípio da Reparação Integral do Dano........................................ 222.3 Os Princípios da Precaução e Prevenção ............................................... 26

CaPítulO 3PRECEDENTES PARA PUBLICAÇÃO DA RESOLUÇÃO 4.327 DE 2014 .............................................................................................................. 28

CaPítulO 4O PAPEL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL SOBRE AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ................................................................. 36

CaPítulO 5RESOLUÇÃO 4.327/2014 DO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL COMENTÁRIOS PONTUAIS ............................................. 445.1 A Resolução 4.327/2014: ativo ou passivo ambiental? ....................... 61

X

CaPítulO 6ALGUNS CASOS DA LEGISLAÇÃO ESTRANGEIRA .......................... 706.1 Diretrizes Ambientais Adotadas pelo Banco de Investimento Europeu .............................................................................................................. 716.2 Estados Unidos (EUA) .............................................................................. 766.3 Os Brownfields no Reino Unido – Responsabilidade das Instituições Financeiras ................................................................................... 83

CONCLUSÃO .................................................................................................. 88

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 90

XI

PreFácio

A obra aborda a temática da responsabilidade ambiental das instituições financeiras e os reflexos gerados na sociedade com a adoção de medidas so-cioambientais pelas empresas, dando ênfase à Resolução 4.327/2014, publica-da pelo Banco Central do Brasil. Apresenta-se, inicialmente, um estudo sobre a evolução histórica da responsabilização ambiental e dos principais fatores que contribuíram para a adoção de medidas socioambientais pelas institui-ções financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Em seguida, considerando o relevante papel que o poder judiciário de-sempenha junto ao setor empresarial, faz-se uma coleta de decisões que au-xiliaram na caracterização da responsabilidade ambiental das instituições fi-nanceiras, assim como influenciaram a publicação da Resolução 4.327/2014.

Propõe-se também analisar pontualmente a Resolução 4.327/2014 e os determinantes que, de alguma forma, poderão contribuir para a adoção das diretrizes nela previstas, partindo de um estudo comparativo entre a respon-sabilização ambiental das instituições financeiras no Brasil e a dos outros países. Busca-se ainda analisar o raciocínio lógico-dedutivo de que a respon-sabilização ambiental das instituições financeiras poderá contribuir de forma efetiva para a proteção ambiental e para o desenvolvimento sustentável.

Percebe-se que as diretrizes que devem ser observadas no estabelecimen-to e na implementação da Política de Responsabilidade Socioambiental das instituições financeiras e demais outras instituições autorizadas a funcionar pelo banco Central do Brasil vêm corroborar com as preocupações contidas na Declaração de Estocolmo sobre o meio ambiente humano cujas proteção e melhoria “ constituem desejo premente dos povos do globo e dever de todos

XII

os Governos, por constituírem o aspecto mais relevante que afeta o bem-estar dos povos e o desenvolvimento do mundo inteiro.” (ESTOCOLMO, 1972)

As instituições financeiras têm a responsabilidade de zelar pela prote-ção e melhoria do meio ambiente humano. O desenvolvimento econômico e social está umbilicalmente ligado à conservação e proteção do meio ambien-te, bem como à responsabilidade socioambiental das instituições financeiras, observando-se os princípios da relevância e proporcionalidade e as ações es-tratégicas relacionadas à sua governança e aos fins de gerenciamento do risco socioambiental.

Que este livro seja a nossa modesta contribuição na seara da ciência e da busca do conhecimento e do saber.

Os autores.