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Nova Petrópolis 2015 FACULDADE CNEC DE NOVA PETRÓPOLIS FACENP CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ELISANDRA GUILHON CHAVES DREHMER MEIOS DE COMUNICAÇÃO MAIS ADEQUADOS PARA DIVULGAR O TRABALHO DE MANICURE E A INFLUENCIA DOS DESEJOS E PREFERÊNCIAS DAS CLIENTES POR ARTES E CORES DE ESMALTE

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Nova Petrópolis

2015

FACULDADE CNEC DE NOVA PETRÓPOLIS – FACENP

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ELISANDRA GUILHON CHAVES DREHMER

MEIOS DE COMUNICAÇÃO MAIS ADEQUADOS PARA

DIVULGAR O TRABALHO DE MANICURE E A

INFLUENCIA DOS DESEJOS E PREFERÊNCIAS DAS

CLIENTES POR ARTES E CORES DE ESMALTE

Nova Petrópolis

2015

Elisandra Guilhon Chaves Drehmer

Meios de comunicação mais adequados para divulgar o trabalho de manicure e a

influencia dos desejos e preferências das clientes por artes e cores de esmalte

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Graduação em Administração da

Faculdade CNEC de Nova Petrópolis como parte

dos requisitos para obtenção do título de Bacharel

em Administração.

Orientador: Prof. Dr. Márcio André Kny

ELISANDRA GUILHON CHAVES DREHMER

Meios de comunicação mais adequados para divulgar o trabalho de

manicure e a influencia dos desejos e preferências das clientes por artes e

cores de esmalte

Trabalho de Conclusão de Curso, aprovado como requisito parcial para obtenção

do grau Bacharel em Administração no Curso de Administração da Faculdade

CNEC de Nova Petrópolis.

Habilitação: Administração

Data de Aprovação:

___/___/___

Banca Examinadora:

___________________________________________

Prof. Dr. Márcio André Kny

Orientador

Faculdade CNEC de Nova Petrópolis

___________________________________________

Prof.

Presidente da Banca

Faculdade CNEC de Nova Petrópolis

___________________________________________

Prof.

Secretário da Banca

Faculdade CNEC de Nova Petrópolis

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos que contribuíram para a sua elaboração.

AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus, por me dar força e me acompanhar

até onde cheguei.

A meus pais, pela oportunidade que me deram e por sempre estarem

ao meu lado.

Ao meu orientador, professor Márcio André Kny, por ter aceito o

desafio de orientar este trabalho e me auxiliado.

A todos os professores e colaboradores da Facenp pelo aprendizado e

contribuição para a minha formação

Enfim, a todos colegas da FACENP pela amizade e companheirismo.

Não basta saber, é preciso também aplicar;

não basta querer, é preciso também fazer.

Johann Goethe

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo identificar os meios de comunicação mais adequados

para divulgar o trabalho de manicure e como as clientes são influenciadas em seus desejos e

preferências por artes e cores de esmalte. O método utilizado foi através de pesquisas

exploratórias e descritivas. Foi aplicado uma pesquisa quantitativa através de questionários

via Internet pela ferramenta Google Docs para mulheres que utilizam o serviço de uma

manicure e/ou pedicure, bem como mulheres que não usam o serviço das profissionais, com

um retorno de 189 casos válidos. De modo geral, a maior parte das entrevistadas reside em

Nova Petrópolis - RS, possui idade de até 25 anos. A partir dos dados obtidos, pode-se

verificar o perfil das clientes das manicures/pedicures, tendo sido realizada uma série de

análises sobre seus gostos e preferências de esmaltes e artes para as unhas, e também a

mensuração da satisfação e as importâncias dos atributos. A variável com maior impacto na

satisfação geral das respondentes é o atendimento que as manicures e/ou pedicures têm com

suas clientes. Quanto a cores e artes nas unhas, as mulheres respondentes gostam de variar as

cores usadas, preferem um serviço diferenciado e estão dispostas a pagar mais por ele. A

maioria das respondentes possuem perfil em alguma Rede Social, e afirmam que as Redes

Sociais são um meio eficaz para a divulgação de unhas e esmaltes.

Palavras-chave: Marketing. Comportamento do Consumidor. Meios de Comunicação. Redes

Sociais.

ABSTRACT

This study aimed to identify the most appropriate means of communication to spread the

manicure work and how customers are influenced in their desires and preferences for arts and

enamel colors. The method used exploratory and descriptive research. A quantitative research

was done through Internet with applied questionnaires via the Google Docs tool destined to

women using the service of a manicure and / or pedicure as well as women who do not use the

service of these professionals, with a return of 189 valid cases. In general, the interviewed

resides in Nova Petrópolis - RS and are aged up to 25 years. From the data obtained, it can be

seen the profile of clients of manicures / pedicures, having been performed a number of

analyzes on their tastes and preferences and varnish arts, nail and also the measurement of

satisfaction and importance of the attributes. The variable with the greatest impact on overall

satisfaction of the respondents is the service that manicures and / or pedicures have with their

customers. As for colors and art on the nails, the respondents like to change the colors used,

prefer a differentiated service and are willing to pay more for it. Most respondents have

profile in some social network, and states that social networks are an effective means for

disseminating and nail enamels.

Key words: Marketing. Consumer behavior. Media. Social Networks.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estágios do processo de consumo ............................................................................ 24

Figura 2 - Processo de Decisão de Compra .............................................................................. 27

Figura 3 - Processamento de informações ................................................................................ 30

Figura 4 - Etapas entre a avaliação de alternativas e a decisão de compra .............................. 32

Figura 5 - Diagrama linear dos estágios da fase pós-compra ................................................... 34

Figura 6 - Influências na cultura ............................................................................................... 36

Figura 7 - O modelo de comunicação ....................................................................................... 45

Figura 8 - Os Ms da propaganda .............................................................................................. 48

Figura 9 - Estado Civil dos entrevistados ................................................................................. 57

Figura 10 - Escolaridade dos entrevistados .............................................................................. 58

Figura 11 - Renda Familiar dos entrevistados .......................................................................... 59

Figura 12 - Cidade dos entrevistados ....................................................................................... 60

Figura 13 - Idade dos entrevistados .......................................................................................... 61

Figura 14 - Utilização dos serviços de manicure e/ou pedicure dos entrevistados .................. 62

Figura 15 - Motivo que os entrevistados não utilizam o serviço de embelezamento de unhas 63

Figura 16 - Motivo que os entrevistados fazem suas unhas com uma profissional.................. 64

Figura 17 - Frequência dos entrevistados no serviço de embelezamento de unhas ................. 65

Figura 18 - Tipo de serviço que os entrevistados utilizam de uma manicure e pedicure ......... 66

Figura 19 - Como os entrevistados conheceram sua atual manicure e pedicure ...................... 69

Figura 20 - Sensação proporcionada pelas unhas feitas aos entrevistados ............................... 70

Figura 21 - Local preferido para ser atendido por uma manicure e/ou pedicure dos

entrevistados ............................................................................................................................. 71

Figura 22 - Preferência de tons de esmaltes dos entrevistados................................................. 73

Figura 23 - Padrão ao pintar as unhas dos entrevistados .......................................................... 74

Figura 24 - Preferência por unhas decoradas dos entrevistados ............................................... 75

Figura 25 - Disponibilidade dos entrevistados em pagar um valor a mais para ter unhas

diferenciadas ............................................................................................................................. 76

Figura 26 - Frequência dos entrevistados em comprar esmaltes ou acessórios para pintar as

unhas ......................................................................................................................................... 78

Figura 27 - Facilidade dos entrevistados em encontrar as cores de esmaltes de sua preferência

.................................................................................................................................................. 79

Figura 28 - Forma de aplicação dos esmaltes e acessórios para as unhas dos entrevistados ... 80

Figura 29 - O que os entrevistados acham em relação aos lançamentos para embelezamento de

unhas ......................................................................................................................................... 81

Figura 30 - Redes sociais que os entrevistados possuem perfil ................................................ 82

Figura 31 - Frequência de acesso as Redes Sociais pelos entrevistados .................................. 83

Figura 32 - As Redes Sociais são meios eficazes de divulgação para os entrevistados ........... 84

Figura 33 - Divulgação do trabalho da manicure/pedicure dos entrevistados em Redes Sociais

.................................................................................................................................................. 85

Figura 34 - Os entrevistados gostariam que sua manicure/pedicure divulgasse suas unhas em

Redes Sociais ............................................................................................................................ 86

Figura 35 - Compartilhamento de material sobre artes em unhas nas Redes Sociais dos

entrevistados ............................................................................................................................. 87

Figura 36 - Participação de publicidade sobre esmaltes dos entrevistados pelas Redes Sociais

.................................................................................................................................................. 88

Figura 37 - Como os entrevistados escolhem a arte de suas unhas .......................................... 89

Figura 38 - Meios utilizados pelos entrevistados para atualizar-se sobre esmaltes.................. 90

Figura 39 - Como os entrevistados realizam as suas pesquisas via Internet sobre esmaltes .... 91

Figura 40 - Conteúdo que os entrevistados mais acessam para atualizar-se sobre esmaltes e

artes ........................................................................................................................................... 92

Figura 41 - Meio em que os entrevistados conheceram os sites que costuma acessar ............. 93

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Idade dos entrevistados ........................................................................................... 61

Tabela 2 - Tempo do serviço de manicure/pedicure ................................................................. 66

Tabela 3 - Preço que as respondentes pagam por um serviço de manicure/pedicure ............... 67

Tabela 4 - Preço que as respondentes acham justo ser pago por um serviço de

manicure/pedicure .................................................................................................................... 68

Tabela 5 - Coeficientes da determinação da satisfação geral ................................................... 72

Tabela 6 - Satisfação das respondentes em relação ao serviço de manicure/pedicure ............. 72

Tabela 7 - Valor que as respondentes pagariam por um serviço diferenciado em unhas ......... 77

Tabela 8 - Município da amostra ............................................................................................ 110

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 15

1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................. 16

1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 18

1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................ 18

1.2.2 Objetivos Específicos ............................................................................. 18

1.3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 18

2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 20

2.1 MARKETING ........................................................................................................ 20

2.1.1 Troca e Transações ................................................................................ 21

2.1.2 Quem faz o Marketing ........................................................................... 22

2.1.2.1 Mercados ................................................................................... 23

2.2 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ......................................................... 24

2.2.1 Influencias no Comportamento do Consumidor ................................. 24

2.3 PROCESSOS DE DECISÃO DE COMPRA ......................................................... 26

2.3.1 Reconhecimento do problema ............................................................... 28

2.3.2 Busca de Informações ............................................................................ 28

2.3.2.1 Fontes de Informação ................................................................ 29

2.3.2.2 Processamento de Informações ................................................. 30

2.3.3 Avaliação de Alternativas Pré-compra ................................................ 31

2.3.4 Compra ................................................................................................... 32

2.3.5 Consumo ................................................................................................. 33

2.3.6 Avaliação Pós-consumo ......................................................................... 33

2.3.7 Descarte ................................................................................................... 35

2.4 FATORES QUE INFLUENCIAM A DECISÃO DE COMPRA .......................... 35

2.4.1 Fatores Culturais ................................................................................... 36

2.4.2 Fatores Sociais ........................................................................................ 37

2.4.2.1 Grupos de Referência ................................................................ 37

2.4.2.2 Família ...................................................................................... 38

2.4.2.3 Papéis e Status ........................................................................... 39

2.4.3 Fatores Pessoais ...................................................................................... 39

2.4.3.1 Idade e estágio no ciclo de vida ................................................ 40

2.4.3.2 Ocupação e circunstâncias econômicas .................................... 40

2.4.3.3 Personalidade e autoimagem ..................................................... 41

2.4.3.4 Estilo de vida e valores ............................................................. 41

2.4.4 Fatores Psicológicos ............................................................................... 41

2.4.4.1 Motivação .................................................................................. 42

2.4.4.2 Percepção .................................................................................. 42

2.4.4.3 Aprendizagem ........................................................................... 43

2.4.4.4 Memória .................................................................................... 44

2.5 COMUNICAÇÃO E PROPAGANDA .................................................................. 44

2.5.1 Comunicação .......................................................................................... 44

2.5.1.1 Comunicação Boca a Boca ....................................................... 46

2.5.2 Propaganda ............................................................................................. 47

2.5.2.1 Desenvolvimento da Propaganda .............................................. 49

2.5.2.1.1 Anúncios em TV .................................................................... 49

2.5.2.1.2 Internet ................................................................................... 49

2.5.2.1.3 Anúncios Impressos ............................................................... 50

2.5.2.1.4 Anúncios em Rádio ................................................................ 50

2.5.2.1.5 Outdoors ................................................................................. 50

2.5.2.2 Influências da Propaganda ........................................................ 51

3 MÉTODO ............................................................................................................................. 52

3.1 TIPO DE PESQUISA QUANTO À NATUREZA ................................................. 52

3.2 TIPO DE PESQUISA QUANTO AOS OBJETIVOS ............................................ 52

3.3 TIPO DE PESQUISA QUANTO À ABORDAGEM ............................................ 53

3.4 TIPO DE PESQUISA QUANTO AOS MEIOS ..................................................... 54

3.5 COLETA DOS DADOS ......................................................................................... 55

3.6 ANÁLISE DOS DADOS ....................................................................................... 55

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................................................................ 56

4.1 PERFIL DOS ENTREVISTADOS ........................................................................ 56

4.1.1 Gênero ..................................................................................................... 56

4.1.2 Estado Civil............................................................................................. 57

4.1.3 Escolaridade ........................................................................................... 58

4.1.4 Renda Familiar....................................................................................... 59

4.1.5 Cidade onde mora .................................................................................. 60

4.1.6 Idade ........................................................................................................ 61

4.2 USO DO SERVIÇO DE EMBELEZAMENTO DE UNHAS ............................... 62

4.2.1 Utilização do serviço de manicure/pedicure ........................................ 62

4.2.2 Principal motivo pelo qual as entrevistadas fazem as suas unhas ..... 64

4.2.3 Frequência no uso de serviços de manicure e/ou pedicure ................ 65

4.2.4 Tempo que você costuma ficar na manicure/pedicure ....................... 65

4.2.5 Tipo de serviço utilizado por uma manicure e/ou pedicure ............... 66

4.2.6 Preço do serviço de uma manicure e pedicure .................................... 67

4.2.7 Como conheceu sua atual manicure ..................................................... 69

4.2.8 Sensação proporcionada por unhas feitas por uma profissional ....... 70

4.2.9 Preferência do local a ser atendido por uma manicure e/ou pedicure

........................................................................................................................... 71

4.2.10 Satisfação do serviço de sua atual manicure e/ou pedicure ............. 71

4.3 PREFERÊNCIAS DE CORES E ARTES PARA UNHAS ................................... 73

4.3.1 Tonalidades de cores de esmaltes ......................................................... 73

4.3.2 Padrão utilizado para pintar as unhas ................................................. 74

4.3.3 Gostos por unhas decoradas ................................................................. 75

4.3.4 Trabalho diferenciado para unhas ....................................................... 76

4.3.5 Compras de esmaltes e acessórios para unhas .................................... 78

4.3.6 Aplicação dos esmaltes e acessórios para unhas ................................. 80

4.3.7 Lançamentos de esmaltes e acessórios para unhas ............................. 81

4.4 MEIOS DE COMUNICAÇÃO .............................................................................. 82

4.4.1 Redes Sociais........................................................................................... 82

4.4.2 Acesso às Redes Sociais ......................................................................... 83

4.4.3 Redes Sociais como meios de divulgação ............................................. 84

4.4.4 Divulgação em Redes Sociais do trabalho de manicure/pedicure ..... 85

4.4.5 Divulgação de suas unhas em Redes Sociais ........................................ 86

4.4.6 Compartilhamento de material sobre unhas em Redes Sociais ......... 87

4.4.7 Participação de publicidade sobre esmaltes nas Redes Sociais ......... 88

4.4.8 Escolha da arte para unhas ................................................................... 89

4.4.9 Meios de atualização sobre esmaltes .................................................... 90

4.4.10 Realização de pesquisas via Internet sobre esmaltes e artes para

unhas ................................................................................................................ 91

4.4.11 Conteúdo acessado para se atualizar sobre esmaltes e unhas

decoradas ......................................................................................................... 92

4.4.12 Meio que conheceu os sites que costuma acessar para se atualizar

sobre esmaltes e unhas .................................................................................... 93

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 94

5.1 CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO ......................................................................... 96

5.2 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ................................................................................. 97

5.3 PESQUISAS FUTURAS ........................................................................................ 97

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 98

APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO ..................................................................................... 100

APÊNDICE 2 – TABELA DE MUNICÍPIOS DA AMOSTRA ....................................... 110

15

1 INTRODUÇÃO

O mercado da beleza tem apresentado um crescimento constante e contínuo nos

últimos anos. Conforme Soares (2011), a estética é valorizada entre as pessoas. O sexo

feminino, em especial, sempre foi símbolo de busca da beleza. Blackwell, Miniard e Engel

(2005) destacam que ao longo da história e de várias culturas, os produtos de beleza têm

satisfeito uma profunda e permanente necessidade humana: o desejo de se ter uma aparência

melhor. Com uma boa aparência, as pessoas se sentem melhor e mais motivadas. “A

satisfação das pessoas com a imagem física que apresentam aos outros é afetada pelo quanto

essa imagem corresponde à imagem valorizada por sua cultura” (SOLOMON, 2011, p. 195).

Um ideal de beleza para homens e mulheres é possuir a aparência desejável, incluindo

ter unhas apresentáveis, especialmente às mulheres. Dentro desse mercado de estética, o

embelezamento das unhas está em alta. A profissão de manicure, profissional que trata das

mãos e pés dos seus clientes, aparando, polindo e esmaltando as unhas destes, vem crescendo

e ganhando espaço no mercado de trabalho (PINTAR UNHAS, 2014). Os esmaltes vêm

chamando a atenção no mundo fashion, junto com roupas e make-up (ABRE, 2014).

“Os esmaltes se transformaram em item de colecionadoras, febre de blogueiras, a nova

coqueluche de marcas de celebridades como Ana Hickmann e Giovanna Antonelli, e de

empresas de vários segmentos, como O Boticário e Le Lis Blanc” (ABRE, 2014). Conforme

Juliana Barros, gerente da categoria de maquiagem da Avon Brasil, os esmaltes viraram

acessórios fundamentais para as consumidoras que sempre estão em busca de novidades.

Daniella Brilha, diretora de marketing da Risqué, reforça que as mulheres não estão somente

pintando as unhas para momentos especiais, mas sim esmaltando suas unhas para o dia a dia:

“as consumidoras redescobriram a decoração, estão usando no seu dia a dia, nos mais

variados estilos” (ABRE, 2014).

De acordo com dados auditados pela Mintel (agência líder mundial de inteligência de

mercado), nos últimos três anos, as novas embalagens de produtos para cuidados pessoais e beleza

no Brasil, os esmaltes foram os que tiveram o maior número de lançamentos, seguido por produtos

de maquiagem para os lábios, tratamento para o cabelo e xampu (ABRE, 2014). Verifica-se,

portanto, dentro do contexto nacional, a importância dos esmaltes no segmento de beleza.

16

O mercado de embelezamento de unhas é um ramo competitivo, onde é preciso ter um

diferencial para destacar-se. Conforme Monson (2011), para o negócio prosperar é necessário

inovar e diferenciar-se. O diferencial é o que dá personalidade ao negócio, destacando-o da

concorrência. A qualidade, bom atendimento e preço justo atendem às expectativas básicas dos

clientes. Isso não lhe diferencia da concorrência, apenas confere sustentabilidade a seu negócio,

pois quem assim não procede, está fadado ao fracasso. Também é importante mostrar ao público-

alvo o diferencial realizado perante o ambiente. Peter e Olson (2009) afirmam que o ambiente

onde o cliente se encontra há diversos estímulos que o influenciam. Por isso, o profissional de

marketing divulga o seu produto ou serviço através de comerciais, catálogos, anúncios, websites,

a fim de persuadir e lembrar o consumidor de determinado produto ou serviço.

Quando se observa o contexto local de embelezamento das unhas, verifica-se que o

Perfil Socioeconômico de Nova Petrópolis, de acordo com ACINP (2013), aponta que há 23

profissionais que executam este serviço.

1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

É fundamental para as empresas que os clientes conheçam seus produtos e serviços.

Conforme Blackwell, Miniard, Engel (2005), antes de um produto fazer parte de um conjunto

a ser considerado, ele precisa conquistar espaço no conjunto que se tem conhecimento, que

inclui aqueles produtos conhecidos pelo consumidor. Peter e Olson (2009, p. 24)

complementam que o ambiente onde o consumidor se encontra pode influenciá-lo, razão pela

qual “os profissionais de marketing veiculam comerciais durante os programas televisivos

vistos pelos seus mercados-alvo para informar, persuadir e lembrá-los de comprar

determinados produtos e marcas”.

Também é importante para uma empresa ter ciência dos gostos e preferências dos

consumidores, e as mudanças dos mesmos. Conforme Solomon (2011), as escolhas por um

produto e/ou serviço são motivadas pelas imagens que a mídia apresenta, pelas observações de

quem está em volta e pelo desejo de viver no mundo da fantasia criado pela mídia. Schiffman e

Kanuk (2009) comentam que usando uma celebridade na mídia para divulgar um produto ou

serviço, chama-se mais a atenção do público-alvo. Os autores também confirmam que as

celebridades representam uma idealização de vida desejada por muitas pessoas. Um consumidor

pode pensar: “Se ela usa, deve ser bom. Se eu usar, serei como ela” (SCHIFFMAN; KANUK,

17

2009, p. 226). Essa preferência sempre está mudando conforme o que a mídia apresenta.

Solomon (2011) afirma que essa mudança pelas tendências pode apresentar um ciclo de

aceitação moderado, levando anos para passar pelos estágios de aceitação e declínio, e outras têm

ciclos bem longos ou curtos.

Há muitos fatores psicológicos que ajudam a explicar o motivo que leva as pessoas a

seguirem o que está na moda, ou seja, a tendência do momento. Solomon (2011) destaca

como exemplo o fato de muitos consumidores parecem ter uma necessidade de serem únicos,

em serem diferentes, mas não necessariamente diferentes demais, adaptando-se à moda, mas

improvisando com toque pessoal dentro dos padrões da moda.

As pessoas se preocupam com sua aparência. Uma boa aparência é procurada para

gerar autoestima e prazer. Solomon (2011) descreve que as pessoas escolhem produtos que

acham que os ajudarão a alcançar um padrão ideal. Conforme Cachoeira (2014), não é de hoje

que vem a vaidade. O hábito de pintar as unhas surgiu aproximadamente entre 3.500 a.C. e

3.000 a.C. na China, onde as mulheres já pintavam suas unhas usando uma espécie de goma

arábica. As unhas compridas eram um sinal para indicar nobreza, e as cores mostravam

posição social. Nos dias de hoje, cuidar das unhas é uma questão de vaidade feminina.

Tamanha importância que há uma série de pessoas que oferecem esse serviço e precisa ter

algo para destacar-se.

Atualmente, divulgar o trabalho de manicure em Redes Sociais, como o Facebook e

Blogers, é primordial para atrair clientes, conforme cita a Universidade da Beleza (2015). De

acordo com a revista Esmalte das Famosas (2014), muitas pessoas estão sendo influenciadas

em cores de esmaltes através dos esmaltes usados pelas famosas em novelas, com a ideia de

copiar a cor usada e “arrasar” com o esmalte que alia o nome da atriz.

Logo, um dos grandes objetivos deste trabalho é identificar os meios de comunicação

mais adequados para divulgar o trabalho de embelezamento de unhas. Assim, a questão que se

quer responder é a seguinte: quais são os meios de comunicação mais adequados para

divulgar o trabalho de manicure e como as clientes são influenciadas em seus desejos e

preferências por artes e cores de esmalte?

18

1.2 OBJETIVOS

A seguir, seguem o objetivo geral e os objetivos específicos do presente trabalho.

1.2.1 Objetivo Geral

Identificar os meios de comunicação mais adequados para divulgar o trabalho de

manicure e como as clientes são influenciadas em seus desejos e preferências por artes e cores

de esmalte.

1.2.2 Objetivos Específicos

Identificar os meios de comunicação mais acessados pelas clientes;

Determinar os meios mais adequados para divulgar o trabalho de manicure;

Conhecer as preferências de cores de esmaltes do público feminino;

Estimar como são formados os gostos e preferências por cores e arte de esmaltes; e

Identificar as preferências de arte em unhas.

1.3 JUSTIFICATIVA

Cada vez mais as pessoas estão se preocupando com a sua aparência estética,

procurando assim produtos e serviços que satisfaçam suas necessidades e desejos no que se

refere à beleza das unhas. O serviço de embelezamento de unhas tem grande participação na

beleza feminina, ganhando espaço no mercado (PINTAR UNHAS, 2014).

Como há um mercado potencial a explorar, faz-se necessário possuir uma adequada

forma para divulgar o serviço de manicure em meio aos concorrentes, identificando o meio de

comunicação mais apropriado para apresentá-lo ao público usuário. Juntamente com a

divulgação, é importante identificar as preferências de artes e cores de esmaltes do público

19

feminino, pois as consumidoras estão embelezando suas unhas não só para ocasiões especiais,

mas também para o dia a dia nos mais variados estilos (ABRE, 2014).

É também fundamental conhecer o processo pelo qual passam as clientes reais e

potenciais do embelezamento das unhas quanto à formação de suas preferências e seus gostos

no que se refere a cores e artes a serem aplicadas nas unhas. Ter o devido conhecimento a

respeito é fundamental para oferecer às clientes o que elas procuram.

O presente estudo é relevante para identificar uma forma de comunicação eficiente e

eficaz do serviço de embelezamento de unhas, com a finalidade de encontrar a melhor

estratégica para divulgar o trabalho e fortalecer a marca diante do público-alvo, buscando

novos clientes. Além disso, este conhecimento permite conhecer as preferências de artes e

cores das clientes, a fim de satisfazer as suas necessidades e fidelizando-as.

20

2 REFERENCIAL TEÓRICO

A seguir, serão abordados alguns conceitos teóricos e outras informações pertinentes ao

trabalho. Serão conceituados o marketing, o comportamento do consumidor, o processo de decisão

de compra, os fatores que influenciam a decisão de compra e a comunicação e propaganda. O

objetivo deste capítulo é explicar os conceitos teóricos, a fim de proporcionar uma melhor

compreensão do tema estudado.

2.1 MARKETING

O marketing é definido por Kotler e Keller (2006) como a tarefa de identificar e

satisfazer as necessidades humanas e sociais. Os autores afirmam também que os profissionais

de marketing mostram sua capacidade ao transformarem uma necessidade particular ou social

em uma oportunidade de negócios lucrativa. De acordo com a definição da AMA, (2014),

“marketing é a atividade, o conjunto de instituições e os processos para criar, comunicar,

entregar e trocar ofertas que tenham valor para consumidores, clientes, parceiros e sociedade

em geral”.

Hooley, Piercy e Nicoulaud (2011, p. 5) com base nos conceitos de marketing de

diversos autores, constroem a sua definição de marketing:

Entende-se que o conceito de marketing propõe que, em mercados cada vez mais

dinâmicos e competitivos, as empresas e as organizações com maior probabilidade

de sucesso são aquelas que percebem as expectativas, necessidades e desejos dos

clientes e adéquam-se de modo a satisfazê-los melhor que seus concorrentes. O

conceito reconhece que não há motivos para os clientes comprarem a oferta de uma

empresa a não ser que esta, de alguma forma, melhor em servir suas vontades e

necessidades que as demais concorrentes.

De acordo com Sheth, Mittal e Newman (2001), Philip Kotler, professor de marketing da

Northwestern University, conceitua marketing como a obsessão da empresa em fazer o que o

cliente deseja, sendo orientada pelo mercado, concentrando-se no entendimento das necessidades

e desejos dinâmicos de seus clientes.

A administração de marketing também pode ser vista como a arte e a ciência da escolha

de mercados-alvo e da captação, manutenção e fidelização de clientes por meio da criação, da

21

entrega e da comunicação de um valor superior para o cliente (KOTLER; KELLER, 2006, p. 4).

Kotler e Keller (2006) estabelecem definições diferentes de marketing sob a perspectiva social e

gerencial, sendo a social “um processo social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que

necessitam e desejam por meio da criação, da oferta e da livre troca de produtos e serviços de

valor com outros.” A definição gerencial, para Kotler e Keller (2006), envolve “a arte de vender

produtos”. Já para Peter Drucker, vender não é a parte mais importante do marketing, pois

pode-se considerar que sempre haverá a necessidade de vender. Mas o objetivo de

marketing é tornar supérfluo o esforço da venda. O objetivo do marketing é

conhecer e entender o cliente tão bem que o produto ou o serviço seja adequado a

ele e se vende sozinho. Idealmente, o marketing deveria resultar em um cliente

disposto a comprar. A única coisa necessária então seria tornar o produto ou o

serviço disponível (KOTLER; KELLER, 2006, p. 4).

2.1.1 Troca e Transações

Para obter um produto, uma pessoa dispõe de quatro maneiras citadas por Kotler e

Keller (2006): produzi-lo, usar a força física para obtê-lo, mendigar ou oferecer um produto,

serviço ou dinheiro em troca. Kotler e Keller (2006) definem troca como o conceito central do

marketing, que envolve a obtenção de um produto desejado de alguém oferecendo algo em

troca. A essência do marketing é conceituada por Churchill e Peter (2000) como o

desenvolvimento de trocas em que organizações e clientes participam voluntariamente de

transações destinadas a trazer benefícios para ambos. São essenciais cinco condições para que

a troca exista, conforme citam Kotler e Keller (2006):

1. Que existam pelo menos duas partes;

2. Que todas as partes possuam algo que possa ter valor para as outras partes;

3. Que todas as partes tenham capacidade de comunicação e de entrega;

4. Que todas as partes estejam livres para aceitar ou recusar a oferta de troca; e

5. Que todas as partes acreditem ser adequado participar da negociação.

Churchill e Peter (2000) afirmam que há dois tipos de clientes que participam de trocas

comerciais: os compradores organizacionais, que compram produtos e serviços para o

funcionamento de suas próprias empresas ou para vender a outras empresas; e os consumidores,

que compram bens e serviços para seu próprio uso ou para presentear alguém.

22

Conforme Kotler e Keller (2006), quando as duas partes da negociação estiverem de

acordo, ocorre uma transação. A transação é conceituada pelo autor como uma troca de

valores entre duas ou mais partes, não necessariamente sendo dinheiro, podendo ser outros

bens e serviços. Já em uma transferência, uma das partes não recebe nada em troca.

“Os profissionais de marketing têm como objetivo provocar uma resposta

comportamental da outra parte” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 5). Para realizar trocas, Kotler

e Keller (2006) citam ainda que os profissionais analisam aquilo que cada uma das partes

espera da transação, e o fluxo e desejos de ofertas entre eles.

As necessidades dos consumidores, conforme Churchill e Peter (2000), são as coisas

necessárias para a sua sobrevivência. Já os desejos, são os produtos e serviços que servem

para satisfazer a necessidade, junto com outros adicionais.

2.1.2 Quem faz o Marketing

Kotler e Keller (2006) definem um profissional de marketing como alguém que busca

uma resposta da outra parte, denominada cliente potencial. Os mesmos são treinados para

estimular a demanda pelos produtos de uma empresa, buscando influenciar o nível, a

oportunidade e a composição da demanda para atender aos objetivos da organização.

Conforme Churchill e Peter (2000), é importante que a organização desenvolva planos e

estratégias de marketing para criar valor para os clientes e alcance seus objetivos.

Kotler e Keller (2006) citam oito possíveis estados de demanda, onde, em cada caso, os

profissionais devem identificar a(s) causa(s) subjacente(s) do estado de demanda e definir um

plano de ação para alterá-lo para um estado mais desejado. Os estados propostos são os seguintes:

1. Demanda negativa: os consumidores não gostam do produto e podem até

mesmo pagar para evitá-lo;

2. Demanda inexistente: os consumidores não conhecem o produto ou não estão

interessados nele;

3. Demanda latente: os consumidores compartilham uma forte necessidade que

não pode ser satisfeita por nenhum produto existente no mercado;

23

4. Demanda em declínio: os consumidores começam a comprar o produto com

menos frequência ou deixam de comprá-lo;

5. Demanda irregular: as compras dos consumidores podem ser sazonais ou variar

de acordo com o mês, a semana, o dia ou o horário;

6. Demanda plena: os consumidores compram adequadamente todos os produtos

colocados no mercado;

7. Demanda excessiva: há mais consumidores interessados em comprar o produto

do que produtos disponíveis; e

8. Demanda indesejada: os consumidores se sentem atraídos por produtos que têm

consequências sociais indesejadas.

Para criar valor para os clientes e alcançar os objetivos da organização, Churchill e Peter

(2000) comentam que é necessário desenvolver o composto de marketing, onde há quatro

elementos: o produto, preço, praça e promoção. Os mesmos devem ser combinados de forma

coerente para haver eficácia, tendo o potencial para afetar o processo de compra do consumidor.

Churchill e Peter (2000) descrevem produto como aquilo que os profissionais de

marketing oferecem ao mercado; preço a quantidade de dinheiro solicitada por aquilo que se

oferece; praça como os canais de distribuição, como serão entregues os produtos; e a promoção

refere-se a como se informa e se convence o mercado sobre o produto e serviço vendido.

2.1.2.1 Mercados

“Os economistas descrevem um mercado como um conjunto de compradores e

vendedores que efetuam transações relativas a determinado produto ou classe de produto

(mercado imobiliário ou de grãos, por exemplo)” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 8). Já os

profissionais de marketing possuem outra definição de mercado, conforme citam Kotler e Keller

(2006, p. 9): “muitas vezes eles usam o termo mercado para abranger vários agrupamentos de

clientes. Eles veem os vendedores como o setor e os compradores como o mercado”.

24

2.2 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

Conforme Solomon (2011), o comportamento do consumidor é definido pelo processo

onde os indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou descartam produtos, serviços,

ideias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos. Já Blackwell, Miniard e Engel

(2005) definem comportamento do consumidor como as atividades com que as pessoas se

ocupam quando obtêm, consomem e dispõem de produtos e serviços. O comportamento do

consumidor também é conceituado por Churchill e Peter (2000) como os pensamentos,

sentimento e ações dos consumidores e as influências sobre eles que determinam mudanças.

2.2.1 Influencias no Comportamento do Consumidor

Solomon (2011) afirma que o comportamento do consumidor é um processo contínuo,

não se restringindo apenas ao momento em que o consumidor realiza o pagamento do produto

ou serviço solicitado. Há questões que influenciam o consumidor antes, durante e depois da

compra, e é importante identificar as questões abordadas e as perspectivas durante cada

estágio do processo de consumo, conforme a Figura 1 a seguir:

Figura 1 - Estágios do processo de consumo

Fonte: Solomon (2011, p. 34).

25

Conforme Solomon (2011), a perspectiva do consumidor na questão pré-compra está

focada na forma como ele constata que precisa do produto ou serviço, e onde escolher entre as

alternativas. Já na perspectiva dos profissionais de marketing se percebe uma procura para

entender a formação da atitude dos consumidores. Nas questões de compra, Solomon (2011)

comenta a experiência do consumidor com o produto adquirido, e os profissionais de marketing se

preocupam em saber se houveram fatores que afetaram a decisão de compra do consumidor.

Solomon (2011) descreve que, nas questões pós-compra, o consumidor avalia o uso do produto e

a forma de descarte. Os administradores de marketing avaliam os fatores que influenciaram a

satisfação ou insatisfação do consumidor e suas atitudes em relação ao produto.

“É mais fácil desenvolver estratégias para influenciar os consumidores depois que se

entende por que as pessoas compram certos produtos e marcas” (BLACKWELL; MINIARD;

ENGEL, 2005, p. 6). Mas o comportamento do consumidor não é influenciado somente por

ele mesmo. Sua decisão de compra pode ser influenciada por outras pessoas envolvidas.

Hooley, Piercy e Nicoulaud (2011) citam que o ponto de partida é definir quem são os

consumidores atuais, pois em uma compra pode haver vários participantes na compra e na

utilização de um produto ou serviço.

O comprador e o usuário de um produto podem não ser a mesma pessoa, como

quando um pai ou uma mãe compra roupas para um adolescente (e faz escolhas que

podem resultar em um “suicídio”, na visão do adolescente). Em outros casos, uma

pessoa pode atuar como influenciador, fazendo recomendações a favor ou contra

certos produtos, sem realmente comprá-los ou usá-los. A cara feia de um amigo

quando alguém experimenta uma calça nova pode influenciar mais do que qualquer

coisa que sua mãe possa dizer (SOLOMON, 2011, p. 35).

Solomon (2011) explica o motivo de estudar o comportamento do consumidor. Para

ele as empresas existem para satisfazer as necessidades dos consumidores, que podem ser

satisfeitas conforme a compreensão dos profissionais de marketing de quem irá usar os

produtos e serviços que está se tentando vender. A resposta do consumidor é decisiva para se

verificar se a estratégia de marketing foi bem sucedida, e a organização serve para definir o

mercado e identificar ameaças e oportunidades para uma marca.

Também é importante compreender os consumidores no futuro. Hooley, Piercy e

Nicoulaud (2011) descrevem que há dois tipos de mudanças que são essenciais: a mudança

nos clientes, seus desejos, necessidades e expectativas, pois conforme o aumento da

competição do mercado, as experiências dos consumidores se intensificam, podendo ser mais

exigentes; e a mudança em relação aos novos consumidores que surgem ao mercado.

26

A demografia compreende estatísticas que mensuram aspectos observáveis de uma

população. Solomon (2011) examina algumas variáveis demográficas que tornam os

consumidores iguais ou diferentes uns dos outros, como a faixa etária, gênero, estrutura

familiar, classe social e renda, raça e etnicidade, geografia e estilos de vida. Assim, os

profissionais de marketing empenham-se em definir segmentos de clientes e em analisar as

pessoas em seu mercado.

É muito importante para as empresas que as pessoas conheçam seus produtos e serviços,

e que estes conquistem um espaço dentro do mercado como um produto de reconhecimento.

Conforme Solomon (2011), muitas vezes as pessoas compram produtos não pelo que eles fazem,

e sim pelo que eles significam, destacando-se entre os demais produtos e serviços similares. Os

fatores que influenciam o comportamento do consumidor serão tratados com maior detalhe no

subcapítulo 2.4. Mas antes tratar-se-á do processo de decisão de compra.

2.3 PROCESSOS DE DECISÃO DE COMPRA

É importante o mercado ter conhecimento de como os consumidores tomam as suas

decisões de compra. Blackwell, Miniard e Engel (2005) afirmam que, com o modelo de

Processo de Decisão do Consumidor (PDC), os profissionais de marketing capturam as

atividades que ocorrem quando as decisões são tomadas de forma esquematizadas e

distinguem os fatores que afetam o pensamento, avaliação e ação dos consumidores. Esses

processos são de grande ajuda para entender como os consumidores tomam suas decisões de

compra, conforme Kotler e Keller (2006). Os mesmos também citam que os profissionais de

marketing devem compreender cada parte do comportamento do consumidor.

O Processo de Decisão do Consumidor é definido por Blackwell, Miniard e Engel

(2005) como um mapa da mente dos consumidores que os profissionais de marketing e

gerentes podem utilizar como guia na composição de seus mix de produtos, suas estratégias

de comunicação e vendas. Blackwell, Miniard e Engel (2005) citam que o modelo PDC

mostra como as pessoas solucionam seus problemas rotineiros que levam à compra e ao uso

de produtos, tendo como objetivo analisar como os indivíduos ordenam os fatores e as

influências para tomar decisões lógicas e consistentes para eles.

27

Conforme Sheth, Mittal e Newman (2001), as decisões de compra podem ser

individuais, tomadas pelo consumidor como indivíduo, ou por grupos de pessoas, como

cônjuges ou comitês empresariais. Os autores citam também que os três papéis do consumidor

(comprador, pagante e usuário) podem ser todos desempenhados por uma única pessoa, ou cada

um deles desempenhados por pessoas diferentes dentro do processo decisório.

O processo decisório do consumidor consiste em cinco passos, conforme Sheth, Mittal

e Newman (2001): reconhecimento do problema, busca de informação, avaliação de

alternativas, compra e experiência pós-compra. Solomon (2011) e Kotler e Keller (2006)

também descrevem cinco estágios na tomada de decisão do consumidor, mas com uma

terminologia um pouco diferente nas últimas etapas da citada anteriormente, sendo definidas

como escolha do produto e resultados por Solomon (2011) e decisão de compra e

comportamento pós-compra por Kotler e Keller (2006). Já Blackwell, Miniard e Engel (2005)

citam que os consumidores passam por sete estágios, os cinco citados anteriormente, mais o

consumo e o descarte, conforme ilustrado na Figura 2. Kotler e Keller (2006) comentam que

os consumidores podem pular ou inverter alguma etapa do processo de decisão de compra,

não precisando necessariamente passar por todas as fases.

Figura 2 - Processo de Decisão de Compra

Fonte: Blackwell, Miniard e Engel (2005, p. 73).

28

2.3.1 Reconhecimento do problema

“O processo de compra começa quando o comprador reconhece um problema ou

uma necessidade” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 189). Segundo Blackwell, Miniard e

Engel (2005), além das necessidades, os consumidores têm desejos, e os profissionais de

marketing precisam examinar esses desejos a fim de manter os custos alinhados ao que seus

mercados-alvo podem pagar. Conforme Kotler e Keller (2006), as necessidades e desejos

podem ser provocados por estímulos internos e externos. Sheth, Mittal e Newman (2001)

complementam esta ideia conceituando estímulos internos como sendo estados físicos ou

psicológicos, como fome e sede e estímulos externos como as informações de mercado que

fazem o consumidor perceber o problema.

“Os profissionais de marketing devem conhecer as necessidades dos consumidores –

se souberem onde ‘faz cócegas’ no consumidor, eles podem ter uma ideia melhor de onde

pode ‘coçar’” (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005, p. 74, grifos dos autores). Sendo

assim, o autor conclui que é preciso se basear no que os consumidores querem comprar e não

se apoiar nas habilidades de produção ou venda.

Segundo Blackwell, Miniard e Engel (2005), é importante para os profissionais de

marketing monitorar as tendências dos consumidores, pois podem mudar seus problemas e

necessidades. “Algumas das influências que podem alterar a forma com a qual os consumidores

observam os problemas e suas soluções são família, valores, saúde, renda e grupos de

referência”, conforme Blackwell, Miniard e Engel (2005, p. 75, grifos dos autores).

Localizar mudanças nas variáveis é geralmente a chave para novas oportunidades de

mercado, afirmam Blackwell, Miniard e Engel (2005). Afinal, “à medida que os

consumidores se movem por diferentes estágios de vida é esperado que suas necessidades e

hábitos de compra se alterem. O desejo também aumenta com a expectativa do crescimento

da renda" (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL; 2005, p. 75, grifos dos autores).

2.3.2 Busca de Informações

Quando o consumidor reconhece a sua necessidade, Blackwell, Miniard e Engel (2005)

citam que o mesmo começa a buscar informações e soluções para satisfazer as suas necessidades

29

não atendidas. “A busca pode ser interna, recuperando o conhecimento na memória ou, talvez,

nas tendências genéticas, ou ela pode ser externa, coletando informações entre os pares,

familiares e no mercado” (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005, p. 76, grifos dos autores).

2.3.2.1 Fontes de Informação

Conforme Blackwell, Miniard e Engel (2005), as fontes de pesquisa que um

consumidor utiliza para buscar a informação para satisfazer sua necessidade podem ser

caracterizadas como dominadas pelo profissional de marketing (fabricante ou varejista), ou

dominadas por outros profissionais, não mercadológicos. Blackwell, Miniard e Engel (2005)

julgam os profissionais de marketing como sendo o que o fornecedor faz com a intenção de

informar ou persuadir, como propagandas, pessoal de vendas, informes, sites e materiais em

pontos de vendas.

As fontes dominadas por outros profissionais, não mercadológicos, são, conforme

Blackwell, Miniard e Engel (2005), amigos, família, líderes de opinião e mídia. Já Kotler e

Keller (2006) definem as seguintes fontes de informação às quais o consumidor recorre:

Fontes pessoais: Família, amigos, vizinhos, conhecidos;

Fontes comerciais: Propaganda, vendedores, representantes, embalagens,

mostruários;

Fontes públicas: Meios de comunicação de massa, organizações de

classificação de consumo; e

Fontes experimentais: Manuseio, exame, uso do produto.

Churchill e Peter (2000) estabelecem cinco fontes básicas para a busca da informação,

semelhantes às citadas anteriormente: Fontes internas, sendo as informações armazenadas na

memória da pessoa; fontes de grupos, onde o consumidor consulta outras pessoas ao seu redor;

fontes de marketing, definidas como as informações contidas nas ações de marketing; fontes

públicas, sendo as informações da mídia, independentes dos profissionais de marketing; e as

fontes de experimentação, conhecidas pelo manuseio, cheiro, uso do produto pelo consumidor.

30

2.3.2.2 Processamento de Informações

À medida que o consumidor é exposto às informações resultantes da busca externa, ele

começa a processar as informações. Blackwell, Miniard e Engel (2005) estabelecem os espaços

envolvidos no processamento dessas informações, conforme pode ser observado na Figura 3.

Figura 3 - Processamento de informações

Fonte: Blackwell, Miniard e Engel (2005, p. 77).

Blackwell, Miniard e Engel (2005) explicam o processamento de informações da

seguinte forma:

1. Exposição: Quando a informação alcança os consumidores, ocorre a exposição.

2. Atenção: O próximo passo é alocar a capacidade de processamento de informação

para a informação que chega.

3. Compreensão: A mensagem será analisada de acordo com as categorias de sentido

arquivadas na memória.

4. Aceitação: Quando a compreensão ocorre, a mensagem pode ser considerada

inaceitável ou aceitável.

5. Retenção: O objetivo é que a nova informação seja aceita e guardada na memória.

31

2.3.3 Avaliação de Alternativas Pré-compra

De acordo com Blackwell, Miniard e Engel (2005), no estágio de avaliação das

alternativas pré-compra, os consumidores buscam respostas para as suas opções quando

comparam e selecionam a partir dos vários produtos e serviços oferecidos. Blackwell, Miniard

e Engel (2005) comentam que os consumidores usam avaliações novas ou preexistentes

armazenadas na memória para selecionar produtos, serviços, marcas e lojas para satisfazer sua

compra e consumo.

A avaliação das alternativas de consumo pode ser influenciada por diferenças

individuais ou variáveis ambientais, afirmam Blackwell, Miniard e Engel (2005). Os mesmos

definem as diferenças individuais como os recursos do consumidor, motivação,

conhecimento, atitudes, personalidade, valores e estilo de vida. As variáveis ambientais são

estabelecidas por Blackwell, Miniard e Engel (2005) como sendo a cultura, a classe social, as

influências pessoais, a família e a situação.

Geralmente, ao avaliar uma alternativa, também se leva em conta algumas crenças e

atitudes que podem influenciar o comportamento de compra. Kotler e Keller (2006) definem

crença como sendo o pensamento que alguém possui a respeito de algo. As crenças sobre os

atributos e benefícios de um produto ou serviço influenciam na avaliação da compra. As

atitudes, conforme Kotler e Keller (2006), correspondem a avaliações, sentimentos,

tendências de ação douradora, favoráveis ou não, a algum objeto ou ideia. A atitude das

pessoas em relação a gostar ou não de um certo produto ou serviço, influencia o

comportamento em relação a produtos ou serviços semelhantes.

Os critérios de avaliação para selecionar um produto ou serviço são considerados por

Solomon (2011) como dimensões utilizadas para julgar os méritos de opções concorrentes.

Solomon (2011) também cita que os critérios em que os produtos diferem um dos outros têm

mais peso no processo de decisão do que aqueles em que as características são semelhantes. E

os atributos determinantes são as características que realmente são utilizadas para considerar

as diferenças entre as opções.

32

2.3.4 Compra

A compra é o quarto estágio do processo de decisão do consumidor. Blackwell,

Miniard e Engel (2005) afirmam que, depois de se decidir sobre uma compra, os

consumidores passam por duas fases, escolher um vendedor em vez de outro, e escolher o

produto ou serviço dentro da loja influenciada pelo vendedor, vitrines e propagandas.

Churchill e Peter (2000, p. 150) comentam que os consumidores podem ter diversas ações

no momento da compra, pois “os consumidores podem agir rapidamente, em especial se o produto

estiver em liquidação, desistir da compra se nenhuma das opções identificadas de fato satisfazer

suas necessidades e desejos ou podem adiar a compra”. Urdan e Urdan (2010) reforçam que os

fatores situacionais são relevantes na decisão de compra do consumidor. Eles são frequentes e

suficientemente poderosos para alterar a intenção inicial de compra do consumidor.

Na etapa de compra, vários eventos inesperados ou imprevistos, se tendo intensidade

suficientemente forte, se sobrepõem a outros determinantes do comportamento do

consumidor. Então o indivíduo age de modo diferente daquele baseado, por

exemplo, nas atitudes, valores ou estilo de vida. É alterável, na etapa de compra, até

um comportamento planejado pela pessoa. (URDAN; URDAN, 2010, p. 321).

Os fatores que interferem na compra do consumidor são conceituados por Kotler e Keller

(2006) em fatores situacionais imprevistos e atitude dos outros, conforme Figura 4 a seguir:

Figura 4 - Etapas entre a avaliação de alternativas e a decisão de compra

Fonte: Kotler e Keller (2006, p. 195).

Kotler e Keller (2006) definem que os fatores de interferência são os fatores

situacionais imprevistos, como perda de emprego, vendedor desagradável ou outra compra

que pode se tornar mais urgente. As atitudes dos outros, conforme citam os autores, são as

atitudes alheias, uma pessoa negativa ou motivação.

33

2.3.5 Consumo

Depois que o consumidor realizou a compra do produto, o consumo, a utilização do

produto ou serviço pode ocorrer. Blackwell, Miniard e Engel (2005) comentam que o

consumo pode ocorrer imediatamente ou em um momento posterior. Urdan e Urdan (2010)

afirmam que o consumo é o ponto culminante do processo de compra, pois deverá satisfazer a

necessidade e reduzir o desconforto que estava na origem da tomada da decisão.

Conforme Mowen e Minor (2003), a experiência de consumo pode ser definida como

o conjunto de conhecimentos experimentados por uma pessoa durante o uso de um produto ou

serviço. Mowen e Minor (2003) afirmam também que o uso do produto diz respeito às ações e

experiências que ocorrem durante o período em que o consumidor usa o produto e serviço. A

partir do uso do produto e serviço, o consumidor define quão satisfeito está, conforme

Blackwell, Miniard e Engel (2005).

2.3.6 Avaliação Pós-consumo

A avaliação pós-consumo é o sexto estágio no processo de decisão do consumidor.

Blackwell, Miniard e Engel (2005) estabelecem que é nessa etapa que o consumidor

experimenta a sensação de satisfação ou insatisfação. “A satisfação acontece quando a

performance percebida confirma as expectativas dos consumidores; quando experiências e

performances frustram expectativas, a insatisfação ocorre” (BLACKWELL; MINIARD;

ENGEL, 2005, p. 83, grifos dos autores).

34

De acordo com Sheth, Mittal e Newman (2001), o processo de avaliação pós-consumo

inclui quatro passos ilustrados na Figura 5 a seguir:

Figura 5 - Diagrama linear dos estágios da fase pós-compra

Fonte: Sheth, Mittal e Newman (2001, p. 512).

A confirmação da decisão, conforme Sheth, Mittal e Newman (2001), se dá após a

compra do produto ou serviço, quando o consumidor usa-o e precisa confirmar o acerto dessa

decisão, e evitar uma confirmação contrária. Sheth, Mittal e Newman (2001) comentam que a

avaliação da experiência ocorre quando o produto é consumido. E com base nisso, os

profissionais de marketing precisam saber se os clientes o consomem de forma rotineira ou se,

ao consumi-lo, o avaliam conscientemente. Em relação à satisfação e à insatisfação, Sheth,

Mittal e Newman (2001) caracterizam-na como sendo o resultado do uso ou consumo do

produto ou serviço adquirido pelo consumidor. Após a experiência de satisfação ou

insatisfação, o consumidor pode abandonar, decidir que jamais irá comprar de novo; reclamar,

estando insatisfeito, e depois decidir se vai comprar de novo; ou ser leal, comprando a mesma

marca várias vezes.

35

2.3.7 Descarte

O descarte é o último estágio no processo de decisão do consumidor. Blackwell,

Miniard e Engel (2005) citam que os consumidores possuem diversas opções de descarte,

como por exemplo, o descarte completo, reciclagem ou revenda.

Urdan e Urdan (2010) comentam que o que não serve para um consumidor com

frequência pode ser um recurso útil para outras pessoas, abrangendo várias escolhas de descarte:

Manter: Equivale a não descartar o produto;

Jogar fora: Se trata de pôr no lixo o produto;

Vender/trocar: Em ambas as formas, um preço é acordado entre as partes;

Reciclar: O consumidor prepara e encaminha materiais e produtos usados para

serem reutilizados por outro; e

Dar e doar: Na primeira, o produto é dado para um conhecido. Na outra, é dado

para alguém desconhecido.

2.4 FATORES QUE INFLUENCIAM A DECISÃO DE COMPRA

O comportamento do consumidor pode ser influenciado por algumas variáveis.

Conforme Kotler e Keller (2006), o comportamento de compra do consumidor é influenciado

por fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos.

36

2.4.1 Fatores Culturais

Kotler e Keller (2006) afirmam que a cultura é o principal determinante do

comportamento e dos desejos de uma pessoa. Blackwell, Miniard e Engel (2005, p. 326)

definem cultura sendo “um conjunto de valores, ideias, artefatos e outros símbolos

significativos que ajudam os indivíduos a se comunicar, a interpretar e a avaliar como

membros de uma sociedade”. Ainda conforme Blackwell, Miniard e Engel (2005), a cultura

reflete influências vindas de fatores como etnia, raça, religião e identidade nacional ou

regional, como pode ser visto na Figura 6 a seguir:

Figura 6 - Influências na cultura

Fonte: Blackwell, Miniard e Engel (2005, p. 326).

Blackwell, Miniard e Engel (2005) afirmam que a cultura engloba elementos abstratos

(valores, atitudes, ideias e tipos de responsabilidades) e elementos materiais (livros,

tecnologia e infraestrutura).

A cultura tem um profundo efeito em como e por que as pessoas compram e consomem

produtos e serviços. Ela afeta os produtos específicos que as pessoas compram, assim

como a estrutura de consumo, a tomada de decisão individual e a comunicação em uma

sociedade. (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005, p. 332)

37

Cada cultura compõe-se de subculturas que fornecem identificação e socialização mais

específicas para seus membros (KOTLER; KELLER, 2006). Kotler e Keller (2006) também

comentam que, nessas subculturas, entram as nacionalidades, as religiões, os grupos raciais e

as regiões geográficas. Urdan e Urdan (2010) estabelecem que o aprendizado cultural ocorre

em todos os momentos da vida. Com o tempo, os modos de convivência se consolidam,

originando a cultura, sendo como valores, normas, hábitos, sentimentos, significados, ideias,

crenças e histórias.

Kotler e Keller (2006) comenta que praticamente todas as sociedades humanas

apresentam estratificação social, tomando a forma de classes sociais. As classes sociais são

“divisões relativamente homogêneas e duradouras de uma sociedade, que são

hierarquicamente ordenadas e cujos integrantes possuem valores, interesses e

comportamentos similares” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 175).

As classes sociais têm várias características. Em primeiro lugar, duas pessoas

pertencentes à mesma classe social tendem a se comportar de maneira mais

semelhante do que duas pessoas de classes sociais diferentes. As classes diferem

quanto ao vestuário, padrões de linguagem, preferências de atividades e lazer e

muitas outras características. Em segundo lugar, as pessoas são vistas como

ocupantes de posições inferiores ou superiores, de acordo com sua classe social. Em

terceiro lugar, a classe social é indicada por um grupo de variáveis – ocupação,

renda, propriedades, grau de instrução, orientação para valores –, e por uma única.

Em quarto lugar, as pessoas podem passar de uma classe social para outra durante a

vida. A extensão dessa mobilidade varia de acordo com a rigidez da estratificação

social. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 176).

2.4.2 Fatores Sociais

De acordo com Kotler e Keller (2006), o comportamento do consumidor também é

influenciado por fatores sociais, como grupos de referências, família, papéis sociais e status.

Urdan e Urdan (2010) comenta que todo o ser humano existe em esferas sociais, ou seja,

qualquer decisão do consumidor inclui, em qualquer grau, influência do fator social.

2.4.2.1 Grupos de Referência

Os grupos de referência são definidos por Kotler e Keller (2006) como sendo aqueles

que exercem alguma influência direta (face a face) ou indireta sobre as atitudes ou o

38

comportamento de uma pessoa. Urdan e Urdan (2010) comentam que o consumidor é

influenciado porque se identifica ou sente afinidade pelo grupo de referência.

Kotler e Keller (2006) conceituam os grupos de influência direta como sendo grupos

de afinidades, classificados em primários (família, amigos, vizinhos, na qual a interação é

continua e informal) e secundários (pessoas formais onde a interação é menor).

Conforme Urdan e Urdan (2010), os grupos de referência que influenciam

indiretamente podem ser os meios de comunicação e a Internet, as quais possibilitam que

pessoas distantes entre si compartilhem ideias, preferências e padrões de comportamento.

Segundo Kotler e Keller (2006), as pessoas também são influenciadas por grupos aos

quais não pertencem. “Grupos de aspiração são aqueles aos quais se espera pertencer, e

grupos de dissociação são aqueles cujos valores ou comportamentos são rejeitados”

(KOTLER; KELLER, 2006, p. 177, grifos dos autores).

2.4.2.2 Família

De acordo com Kotler e Keller (2006), a família é o grupo de referência primário mais

influente, e é a mais importante organização de compra de produtos de consumo na sociedade.

As famílias podem ser distinguidas em duas formas na vida do comprador. Conforme Kotler e

Keller (2006, p. 177), a primeira é a família de orientação: “consiste nos pais e irmãos. Dos

pais, a pessoa adquire determinada orientação em relação à religião, política, econômica,

ambição pessoal, autoestima e amor.” Já a segunda é a família de procriação, sendo o cônjuge

e os filhos que, conforme Kotler e Keller (2006), é onde há uma influência mais direta no

comportamento de compra diário.

Urdan e Urdan (2010) afirmam que o volume e o tipo de gastos da família se modificam

entre os estágios, sendo os mais importantes: casados sem filhos, casados com filhos pequenos,

casados com filhos em crescimento, casados com filhos criados e fora de casa. Kotler e Keller

(2006) comentam que os profissionais de marketing estão interessados nos papeis e na

influência dos membros da família na compra de produtos e serviços. Homens e mulheres

diferem face a uma mensagem de marketing: “mulheres valorizam conexões e relacionamentos

com a família e os amigos, e priorizam as pessoas. Os homens, por outro lado, valorizam mais a

competição e priorizam a ação” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 178).

39

As crianças e adolescentes também influenciam a decisão de compra. Kotler e Keller

(2006) afirmam que essas influências podem ser diretas ou indiretas. As influências diretas

são relacionadas às indicações, aos pedidos e às exigências das crianças e adolescentes. Já as

indiretas, são quando os pais conhecem as escolhas e preferências de seus filhos sem o pedido

por parte deles.

De acordo com Urdan e Urdan (2010), a tendência do encurtamento da infância é que

pode explicar as preferências de consumo das mesmas. “As crianças estão deixando de lado as

brincadeiras e o convívio com os amigos e gastando mais tempo com jogos eletrônicos,

televisão e Internet” (URDAN; URDAN, 2010, p. 243).

2.4.2.3 Papéis e Status

As pessoas participam de diversos grupos, sendo família, clubes e organizações. Kotler e

Keller (2006) comentam que a posição da pessoa em cada grupo é definida em papel e status.

Segundo Kotler e Keller (2006), o papel consiste nas atividades esperadas que uma

pessoa deve desempenhar, e cada papel carrega um status. Urdan e Urdan (2010) definem

status sendo um grau de prestígio, importância da pessoa perante outras em certo grupo, ou

seja, uma comparação entre pessoas quando relacionado à classe socioeconômica. Urdan e

Urdan (2010, p. 240) reforçam que “os elementos que conferem um status dependem dos

critérios adotados pelo grupo”.

Kotler e Keller (2006) concluem que é importante os profissionais de marketing terem

consciência dos “símbolos de status” potencias de cada produto e marca.

2.4.3 Fatores Pessoais

Fatores pessoais também influenciam as decisões do consumidor. Conforme Kotler e

Keller (2006), os fatores pessoais que influenciam as decisões do consumidor são a idade, o

estágio no ciclo de vida, a ocupação, as circunstancias econômicas, a personalidade, a

autoimagem, o estilo de vida e os valores.

40

2.4.3.1 Idade e estágio no ciclo de vida

De acordo com Kotler e Keller (2006), as pessoas compram diferentes artigos e

serviços durante sua vida, sendo que os gostos por certos tipos de produto se relacionam à

idade e os padrões de consumo, além de estarem atrelados ao ciclo de vida da família. Urdan e

Urdan (2010) comentam que, ao mudar a idade, mudam-se também muitos hábitos,

preferências, padrões de vida, prioridades, preocupações, valores e grupos de referência,

alterando assim, o comportamento do consumidor.

Urdan e Urdan (2010) afirmam que as pessoas que nascem na mesma época e crescem

passando por experiências similares, costumam apresentar atitudes, comportamentos e hábitos

de consumo semelhantes. “Coorte é o conceito que separa as pessoas em função de um

critério, em geral a idade, e assume que quem está na mesma faixa etária (os contemporâneos

de uma geração) tem diversas experiências comuns” (URDAN; URDAN, 2010, p. 246). Os

autores acrescentam ainda que a análise do coorte identifica os fatos marcantes de cada época,

analisando os efeitos sobre o comportamento do consumidor.

Conforme Kotler e Keller (2006) é importante os profissionais de marketing ficarem

atentos às transições e mudanças na vida como, por exemplo, casamentos, nascimento de

filhos, doença, divórcios, mudanças na carreira, etc.

2.4.3.2 Ocupação e circunstâncias econômicas

A ocupação também influencia no consumo de uma pessoa. Segundo Kotler e Keller

(2006), os profissionais de marketing identificam os grupos de ocupação que possuem

interesses em comum em seus produtos e serviços. Em relação às circunstancias econômicas,

Kotler e Keller (2006) explicam que um produto ou serviço é afetado por estas circunstancias,

sendo elas: renda disponível, economias, bens, débitos, capacidade de endividamento, e

atitudes em relação a gastar ou economizar.

41

2.4.3.3 Personalidade e autoimagem

As características da personalidade do consumidor influenciam o seu comportamento

de compra. Conforme Kotler e Keller (2006), a personalidade é formada pelos traços fortes

psicológicos de uma pessoa, que levam a reações coerentes e continuas a um estimulo do

ambiente. “Em geral, a personalidade é descrita em termos de características como

autoconfiança, domínio, autonomia, submissão, sociabilidade, postura defensiva e

adaptabilidade” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 181).

De acordo com Kotler e Keller (2006), a partir da autoimagem real, o consumidor

escolhe e usa marcas com personalidades coerentes, mas em alguns casos, a personalidade

pode corresponder à sua autoimagem ideal ou a sua autoimagem de acordo com os outros.

Kotler e Keller (2006) definem ainda a autoimagem real como sendo a forma como a pessoa

se vê, enquanto que a autoimagem ideal pode ser vista como essa pessoa gostaria de se ver e a

autoimagem dos outros como sendo a forma como ela pensa que os outros a veem.

2.4.3.4 Estilo de vida e valores

Kotler e Keller (2006) conceituam estilo de vida como sendo o padrão de vida de uma

pessoa expresso por atividades, interesses e opiniões. “O estilo de vida representa a ‘pessoa por

inteiro’, interagindo com seu ambiente. As empresas procuram estabelecer ligações entre seus

produtos e os grupos de estilo de vida” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 181).

Segundo Kotler e Keller (2006), os estilos de vida são moldados por fatores como

restrição monetária, sendo os que procuram por baixo preço, ou restrição de tempo,

caracterizados por quem faz mais do que uma tarefa ao mesmo tempo por falta de tempo.

2.4.4 Fatores Psicológicos

Conforme Kotler e Keller (2006), um conjunto de fatores psicológicos juntamente com

determinadas características do consumidor leva aos processos de decisão e a decisões de

compra, onde o profissional de marketing precisa entender os acontecimentos no consciente do

42

consumidor. Blackwell, Miniard e Engel (2005) citam que quem deseja compreender e

influenciar o comportamento do consumidor deve ter compreensão prática dos processos

psicológicos. Kotler e Keller (2006) definem os seguintes fatores psicológicos: motivação,

percepção, aprendizagem e memória. “Esses fatores influenciam a reação do consumidor aos

vários estímulos de marketing” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 182).

2.4.4.1 Motivação

De acordo com Kotler e Keller (2006), um consumidor possui necessidades que

podem ser psicológicas, como necessidade de reconhecimento, estima ou integração, podendo

ser um motivo quando alcança determinado nível de intensidade. “Um motivo é uma

necessidade que é suficientemente importante para levar a pessoa a agir” (KOTLER;

KELLER, 2006, p. 183). Para Urdan e Urdan (2010, p. 249), “o processo motivacional é um

estado de tensão induzido por necessidade e motivos que ‘empurra’ a pessoa para agir de um

modo que deve satisfazer a necessidade e reduzir a tensão”.

Urdan e Urdan (2010) definem ainda a motivação como sendo uma força motriz

dentro da pessoa que a impele a agir sob certas condições. Já Blackwell, Miniard e Engel

(2005) definem motivação do consumidor como sendo uma tentativa de satisfazer as

necessidades fisiológicas e psicológicas através de compras e consumo.

Segundo Blackwell, Miniard e Engel (2005), os consumidores podem ter necessidades

variadas. Quando a motivação é dirigida por muitas necessidades, Blackwell, Miniard e Engel

(2005) explicam que pode ocorrer um conflito motivacional, onde é importante o consumidor

decidir quais necessidades são mais importantes.

2.4.4.2 Percepção

De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 184), “a percepção é o processo por meio do

qual alguém seleciona, organiza e interpreta as informações recebidas para criar uma imagem

significativa do mundo.” Uma pessoa motivada está preparada para agir. Kotler e Keller (2006)

explicam que a maneira como uma pessoa motivada age é influenciada pela percepção que ela

43

tem da situação. Kotler e Keller (2006, p. 185) comentam ainda que os consumidores podem ter

diferentes percepções do mesmo objeto por causa dos seguintes processos:

Atenção seletiva: é o processo que filtra os estímulos dos muitos anúncios e

comunicados que as pessoas estão expostas no dia a dia, pois é impossível

prestar a atenção em todos;

Distorção Seletiva: é a tendência que os consumidores transformam as

informações em significados pessoais e interpretações de modo que as mesmas

se adaptam ao julgamento pessoal; e

Retenção Seletiva: é o processo onde o consumidor lembra os pontos positivos

em relação a um produto que gosta e esquece os pontos positivos expostos a

respeito ao produto concorrente.

2.4.4.3 Aprendizagem

A aprendizagem é conceituada por Kotler e Keller (2006) como sendo o conjunto de

mudanças no comportamento de uma pessoa decorrentes da experiência. Blackwell, Miniard e

Engel (2005) definem aprendizado como o processo pelo qual a experiência leva à mudança

em conhecimento e comportamento.

Kotler e Keller (2006) explicam que um consumidor pode generalizar suas opiniões a

respeito de um produto como, por exemplo, quando uma marca lança um novo produto, o

consumidor o adquire, pois considera outros produtos dessa marca bons. Sendo assim, Kotler e

Keller (2006) concluem que ocorreu uma generalização em relação a um estímulo semelhante. O

oposto também pode ocorrer através da discriminação. De acordo com Kotler e Keller (2006), a

discriminação ocorre quando uma pessoa aprendeu a reconhecer diferenças em uma série de

estímulos semelhantes e é capaz de adaptar suas respostas de acordo com essas diferenças.

A teoria da aprendizagem ensina aos profissionais de marketing que eles podem criar

demandas para um produto associando-o a fortes impulsos, usando sinais motivadores e

fornecendo reforço positivo. Uma nova empresa pode entrar no mercado apelando para

os mesmos impulsos usados pelos concorrentes e fornecendo configurações de sinais

semelhantes, pois os compradores tem maior possibilidade de transferir fidelidade a

marcas semelhantes (generalização) (KOTLER; KELLER, 2006, p. 186).

44

2.4.4.4 Memória

Todas as experiências e informações de uma pessoa ao longo de sua vida podem ser

armazenadas em sua memória de longo prazo. Kotler e Keller (2006) afirmam que

psicológicos cognitivistas dividem a memória em memória de curto prazo (informações

temporárias) e memória de longo prazo (memórias mais permanentes).

De acordo com Kotler e Keller (2006), a estrutura da memória de longo prazo que gera

maior aceitação baseia-se em um modelo do tipo associativo, onde a memória consiste em

uma série de nós e ligações. “Nós são informações armazenadas e conectadas, ou associadas,

por meio de ligações que variam em intensidade” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 186, grifo

dos autores) como, por exemplo, o autor cita que o conhecimento de marca na memória pode

ser definido como a ligação entre um nó de marca e uma rede associativa. Kotler e Keller

(2006) complementam que a sua intensidade e organização são determinantes significativas

de quais informações podem ser recuperadas sobre a marca.

Conforme Kotler e Keller (2006, p. 186), “o marketing pode ser visto como o processo

que garante aos consumidores ter a experiência de produto e serviço apropriada, para que as

estruturas de marcas certas sejam criadas e mantidas em sua memória.”

2.5 COMUNICAÇÃO E PROPAGANDA

Conforme Kotler e Keller (2006, p. 532), nos dias de hoje, uma empresa não pode

somente desenvolver um bom produto a um preço atraente, mas “precisam também se

comunicar com as partes interessadas atuais e potenciais e com o público em geral”.

2.5.1 Comunicação

De acordo com Mowen e Minor (2003), os profissionais de marketing influenciam os

públicos-alvo através de meios de comunicação como, por exemplo, comerciais de televisão e

rádio, anúncios impressos, cartazes, embalagens e vendedores. Kotler e Keller (2006, p. 532,

grifo dos autores), definem a “comunicação de marketing como sendo o meio pelo qual as

45

empresas buscam informar, persuadir e lembrar os consumidores – direta ou indiretamente –

sobre os produtos e marcas que comercializam”.

“A comunicação consiste no uso de um sinal para transmitir um significado. Um

sinal pode ser uma verbalização, uma expressão vocal, um movimento do corpo, uma palavra

escrita (...) ou a um gesto” (MOWEN; MINOR, 2003, p. 166, grifos dos autores). Já

Schiffman e Kanuk (2009, p. 194) definem “comunicação como sendo a transmissão de uma

mensagem de um remetente (transmissor) para um destinatário (receptor) através de um meio

(ou canal) de transmissão.”

A seguir, a Figura 7 apresenta um modelo de comunicação.

Figura 7 - O modelo de comunicação

Fonte: Mower e Minor (2003, p. 166).

De acordo com Mowen e Minor (2003), a comunicação tem início na fonte de

informação que codifica e transmite a mensagem. Schiffman e Kanuk (2009) afirmam que a

fonte, ou seja, o remetente, pode ser uma fonte formal (organização que visa ao lucro, sendo

comercial ou não), ou uma fonte informal (genitor ou amigo que dá uma informação sobre

algo). A mensagem passada no modelo de comunicação “pode ser verbal (falada ou escrita),

não-verbal (uma fotografia, uma ilustração ou um símbolo), ou uma combinação das duas”

(SCHIFFMAN; KANUK, 2009, p. 195, grifos dos autores). O meio em que a mensagem é

transmitida é definido por Mowen e Minor (2003) como sendo interpessoal direto, impresso,

rádio, telefone, cartazes, televisão ou Internet. A mensagem é recebida pelo receptor, que a

codifica e interpreta. Mowen e Minor (2003) ainda comentam que há vários estímulos do

ambiente que podem atrapalhar os processos de comunicação, distraindo os consumidores,

influenciando seu estado de espírito ou gerando “ruídos” na transmissão da mensagem.

Schiffman e Kanuk (2009) conclui o processo do modelo de comunicação com o feedback,

46

sendo o retorno da informação, na qual é essencial, pois através dessa que se determina se a

mensagem foi bem recebida.

A comunicação de marketing é composta por seis formas essenciais de comunicação,

definidas por Kotler e Keller (2006):

1. Propaganda: forma paga de apresentação de ideias, mercadorias ou serviços por

um anunciante identificado, através de anúncios, cartazes, folhetos, outdoors.

2. Promoção de vendas: uma variedade de incentivos de curto prazo para

estimular a experimentação ou a compra de um produto ou serviço. São

enquadrados os concursos, jogos, sorteios, brindes, amostragens.

3. Eventos e experiências: atividades e programas feitos pela empresa, podendo

ser esportes, festivais ou museus corporativos, a fim de criar interações

relacionadas à marca.

4. Relações públicas e assessoria de imprensa: programas elaborados para

promover ou proteger a imagem de uma empresa ou de seus produtos. Esses

programas podem ser implementados através de palestras, seminários,

publicações, relatórios anuais;

5. Marketing direto: utilização de correio, telefone, fax, e-mail ou Internet para

envio de catálogos, malas diretas, telemarketing com a finalidade de se

comunicar diariamente com clientes específicos e potenciais;

6. Vendas pessoais: reuniões ou apresentações de vendas, amostras, programas de

incentivo e feiras para compradores a fim de apresentar produtos ou serviços,

responder a perguntas e tirar pedidos, sendo realizados como interação pessoal.

2.5.1.1 Comunicação Boca a Boca

A comunicação feita pelo boca a boca ocorre quando um consumidor conta a um indivíduo

o que ouviu, observou ou experimentou. Ou seja, “a comunicação boca a boca é uma transmissão

informal de ideias, comentários, opiniões e informações entre duas pessoas, em que nenhuma é um

profissional de marketing” (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005, p. 422). Peter e Olson

(2009) exemplificam que a comunicação boca a boca ocorre quando um consumidor compartilha

47

informações com amigos sobre uma oferta de algum produto ou serviço, uma loja com liquidação,

entre outros. Blackwell, Miniard e Engel (2005) complementam que a comunicação boca a boca

ainda é um grande influenciador na decisão de compra.

2.5.2 Propaganda

A propaganda é definida por Peter e Olson (2009) como sendo qualquer apresentação

paga e impessoal de informação sobre algum produto ou serviço, marcas, lojas ou empresas,

com o objetivo de influenciar o comportamento de compra do consumidor. Kotler e Keller

(2006) comentam que a propaganda de um produto pode ser utilizada para desenvolver uma

imagem duradoura ou estimular vendas rápidas, e em ambos os casos, podem alcançar vários

públicos geograficamente dispersos. O efeito nas vendas através de uma propaganda se dá

pela repetição. Peter e Olson (2009) informam que as propagandas podem ser transmitidas ao

seu público através da Internet, TV, rádio, revistas, jornais, outdoors, entre outros. Mas, o

principal desafio para os profissionais de marketing é desenvolver mensagens de propagandas

e identificar uma mídia que apresente algo aos consumidores, e que ao captarem a mensagem,

entendam-na adequadamente.

Mas, o excesso de propaganda pode gerar negatividade. Blackwell, Miniard e Engel

(2005) relatam que, no início, um novo anuncio é eficiente e atrai a atenção. Mas, se o

consumidor ver esse anuncio repetidas vezes, o mesmo se torna desgastante e para de chamar

a atenção. “O desgaste da propaganda é o termo usado para descrever os anúncios que

perdem sua eficácia em decorrência da superexposição.” (BLACKWELL; MINIARD;

ENGEL, 2005, p. 459, grifo dos autores).

De acordo com Kotler e Keller (2006), pode-se notar diversas qualidades em relação à

utilização de uma propaganda:

Penetração: repetição da mensagem para que o consumidor possa comparar a

mensagem de vários concorrentes. A propaganda em larga escala transmite

algo positivo sobre o tamanho, poder e o sucesso do fornecedor;

Aumento da expressividade: a cor, o som e a impressão de uma propaganda

dão auxilio para oportunidades da empresa e seus produtos entrarem em cena;

48

Impessoalidade: como a propaganda não é considerada um diálogo com o

público, e sim um monólogo, o público pode não prestar atenção na

propaganda, e nem respondê-la.

Para desenvolver uma propaganda, Kotler e Keller (2006) definem os 5 M’s, na qual

se referem às cinco principais decisões tomadas por profissionais de marketing conforme a

figura seguir:

Figura 8 - Os Ms da propaganda

Fonte: adaptado de Kotler e Keller (2006, p. 567).

Kotler e Keller (2006) descrevem os 5 Ms em:

Missão trata dos objetivos da propaganda, e das metas de vendas;

Moeda se refere a quanto gastar, onde alguns fatores são considerados como

estágio no ciclo de vida do produto, participação de mercado, concorrência,

frequência da propaganda e grau de substituição do produto;

Mensagem que será transmitida;

Mídia da propaganda. O alcance, frequência e impacto, os principais tipos de

mídia, os veículos de comunicação e a distribuição geográfica da mídia;

Mensuração, que se refere em como serão avaliados os resultados, o impacto

na comunicação e nas vendas.

49

2.5.2.1 Desenvolvimento da Propaganda

Kotler e Keller (2006) afirmam que é importante ter ciência da estratégia de

mensagem ou o posicionamento de um anúncio no momento em que se está se desenvolvendo

a forma de comunicação do produto ou serviço. Os autores ainda complementam que primeiro

é necessária a criação e a avaliação da mensagem a ser passada ao público. “É importante

propor ideias novas em vez de seguir os apelos e os posicionamentos alheios” (KOTLER;

KELLER, 2006, p. 568). Finalizado a mensagem, Kotler e Keller (2006) afirmam que, para a

eficiência de um anúncio ser concretizada é preciso analisar a forma de como ele é dito.

2.5.2.1.1 Anúncios em TV

A televisão é considerada, como meio de propaganda, a forma mais poderosa,

atingindo um espaço amplo de consumidores, conforme Kotler e Keller (2006). Na televisão,

as demonstrações dos produtos e serviços são explicadas com mais eficiência.

Pode haver dificuldade de atingir um consumidor com uma propaganda através de

comerciais na televisão. De acordo com Blackwell, Miniard e Engel (2005), muitas pessoas

fazem outras coisas durante os intervalos dos programas de televisão. Apenas 19% assistem

os comerciais. Muitos se levantam para fazer outra coisa ou mudam de canal.

2.5.2.1.2 Internet

Muitas empresas realizam ou facilitam vendas de produtos e serviços online. Kotler e

Keller (2006) explicam que se trata do e-commerce, ou comércio eletrônico, onde também se

deu origem ao e-marketing, que trata dos esforços da empresa para informar, comunicar,

promover e vender seus produtos e serviços através da Internet.

De acordo com Kotler e Keller (2006), há dois tipos de empresas que usam a Internet

para vender ou divulgar seus produtos e serviços: as empresas inteiramente virtuais (não

possuem existência de empresa tradicional), e as empresas virtuais e reais (empresa existente

que possui um site de divulgação ou e-commerce).

50

2.5.2.1.3 Anúncios Impressos

Kotler e Keller (2006) afirmam que as revistas e jornais oferecem muitas informações

detalhadas sobre o produto e serviço tratado, sendo uma forma benéfica de divulgação do

produto. Mas, “a natureza estática das fotos na mídia impressa dificulta a apresentação e a

demonstração dinâmicas”, e ela também pode ser considerada passiva (KOTLER; KELLER,

2006, p. 569).

Os principais meios de propagandas impressas são jornais e revistas.

Embora os jornais tenham um bom timing e penetração, as revistas normalmente são

mais eficientes na construção do imaginário do usuário e do uso. Os jornais diários

costumam ser muito utilizados para propaganda local – principalmente em lojas.

Apesar de os anunciantes terem alguma flexibilidade na criação e na colocação de

anúncios em jornais, a qualidade inferior da reprodução e o curto período de exposição

podem diminuir seu impacto (KOTLER; KELLER, 2006, p. 569-570).

2.5.2.1.4 Anúncios em Rádio

Os anúncios em rádios são considerados vantajosos, pois há flexibilidades, já que os

anúncios são baratos de se criar e finalizar, além de normalmente apresentarem respostas

rápidas, conforme Kotler e Keller (2006). A desvantagem em anunciar em rádios é descrita

por Kotler e Keller (2006), que destacam como deficiência a falta de imagens.

2.5.2.1.5 Outdoors

Segundo Kotler e Keller (2006), através de outdoors, os anúncios podem ser expostos em

artes gráficas coloridas e produzidas digitalmente, com iluminação, sons e movimentos. As

propagandas também podem ser colocadas em caminhões de carga, que circulam o tempo todo.

51

2.5.2.2 Influências da Propaganda

De acordo com Blackwell, Miniard e Engel (2005), muitos profissionais de marketing

acreditam que o uso de celebridades em campanhas de marketing ajuda a chamar a atenção, gerar

conhecimento e comunicar eficientemente os consumidores que os admiram ou pensam em ser

como eles. Schiffman e Kanuk (2009) afirmam que o uso de celebridades também é por motivos

onde as mesmas representam uma idealização da vida que muitas pessoas adorariam levar.

Há quatro formas onde as celebridades podem aparecer em comerciais:

Elas podem dar depoimentos sobre os benefícios do produto, ou podem fazer um

endosso, emprestando seus nomes sem necessariamente se apresentarem como

especialistas. Uma celebridade também pode atuar em um comercial ou ser o porta-voz

de uma empresa, em que ela representa determinada marca ou empresa por um período

de tempo (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005, p. 421, grifo do autor).

O que gera sucesso em uma campanha publicitária usando uma celebridade é a sua

credibilidade, que também pode ser perdida facilmente através de escândalos na vida privada,

cita Blackwell, Miniard e Engel (2005).

Além das celebridades, os especialistas são grandes influenciadores em propagandas.

Conforme Blackwell, Miniard e Engel (2005, p. 421), “um expert é qualquer pessoa que

possua uma informação ou habilidade única que possa ajudar os consumidores a tomar

decisões de compra melhores que outro tipo de porta-voz.”. Um exemplo pode ser

considerado os médicos que anunciam analgésicos.

O uso de pessoas comuns em anúncios também gera influência na decisão, pois

facilmente os consumidores se identificam com o mesmo. “Os anúncios que apresentam

‘pedaços da vida’ mostram como os consumidores utilizam os produtos anunciados para

resolver seus problemas do dia-a-dia, tornando mais fácil para o telespectador se imaginar

naquela situação de compra ou uso do produto” (BLACKWELL; MINIARD; ENGEL, 2005,

p. 421). Schiffman e Kanuk (2009) complementam que esses comerciais da vida comum são

conhecidos como comerciais do tipo cenas da vida, pois seu foco é mostrar situações da vida

real para o espectador se identificar.

52

3 MÉTODO

A investigação científica depende de um conjunto de procedimentos intelectuais e

técnicos para que seus objetivos sejam atingidos: os métodos científicos (PRODANOV;

FREITAS, 2013, p. 126). Prodanov e Freitas (2013) conceituam método científico como sendo

o conjunto de processos ou operações mentais que se deve usar na investigação, sendo a linha

de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Prodanov e Freitas (2013) também citam método

como a forma de pensar para chegar à natureza de determinado problema, seja para estudá-lo ou

para explicá-lo. Já Pádua (2010) define método como um conjunto de caminhos percorridos

pelas ciências para a produção de seus conhecimentos, suas teorias explicativas.

3.1 TIPO DE PESQUISA QUANTO À NATUREZA

Prodanov e Freitas (2013) estabelecem que o tipo de pesquisa quanto à natureza é

dividido em pesquisa básica e pesquisa aplicada. A pesquisa básica tem como objetivo gerar

conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência, mas sem aplicação prática. Já o objetivo

da pesquisa aplicada é gerar conhecimentos para a aplicação prática a fim de solucionar

problemas específicos.

No presente trabalho, foi usada a pesquisa aplicada, pois, conforme Marconi e Lakatos

(2010), os resultados da pesquisa aplicada serão utilizados na solução de problemas que

ocorrem na realidade.

3.2 TIPO DE PESQUISA QUANTO AOS OBJETIVOS

Boaventura (2009) classifica as pesquisas com base nos seus objetivos em

exploratórias, descritivas e explicativas. Para a elaboração deste trabalho, foram utilizados os

tipos de pesquisa exploratória e descritiva.

Conforme Boaventura (2009), a pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade

com o problema, a fim de torná-lo mais explícito ou construir hipótese. Ou seja, “utilizam o

53

levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram participação com o problema

pesquisado, e análise de exemplos que estimulem a compreensão” (GIL, 2010, p. 27).

De acordo com Prodanov e Freitas (2013), a pesquisa exploratória tem como finalidade

proporcionar mais informações sobre o assunto que será investigado. Ela ”possibilita sua definição

e seu delineamento, facilitando a delimitação do tema da pesquisa; orientando a fixação dos

objetivos e a formulação das hipóteses ou descobre um novo tipo de enfoque para o assunto”

(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 52). Com base nas definições dos autores, a pesquisa

exploratória foi utilizada no presente trabalho com a finalidade de elaborar o referencial teórico.

Já a pesquisa descritiva, conforme Prodanov e Freitas (2013), refere-se à técnica onde

o pesquisador apenas registra e descreve os fatos observados sem interferir. Usa a técnica

padronizada de coleta de dados como questionamentos e observação sistemática. “Assim, para

coletar tais dados, utiliza-se de técnicas específicas, dentre as quais se destacam a entrevista, o

formulário, o questionário, o teste e a observação” (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 52).

Gil (2010) descreve o objetivo das pesquisas descritivas como sendo a descrição das

características, opiniões, atitudes e crenças de uma determinada população.

Segundo a definição dos autores citados anteriormente, para a realização deste

trabalho, foi utilizada a pesquisa descritiva, cujo objetivo foi conhecer os meios de

comunicação mais adequados para divulgar o trabalho de manicure e como as clientes são

influenciadas em seus desejos e preferências por artes e cores de esmalte.

3.3 TIPO DE PESQUISA QUANTO À ABORDAGEM

As pesquisas, quanto à abordagem, podem ser qualitativas e quantitativas. Prodanov e

Freitas (2013) consideram a pesquisa quantitativa como aquela onde tudo pode ser quantificável,

o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las.

Richardson apud Boaventura (2009, p. 56) caracteriza o método quantitativo

pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto

no tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as mais simples como

percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação,

análise de regressão, etc.

54

Na pesquisa qualitativa, Boaventura (2009) conceitua-a como sendo uma pesquisa

descritiva, onde os investigadores, interessando-se mais pelo processo do que pelos resultados,

examinam os dados de maneira indutiva e privilegiam o resultado. Prodanov e Freitas (2013)

complementam que esse tipo de pesquisa não usa dados estatísticos para analisar o problema.

Preocupa-se muito mais com o processo do que com o produto. Na análise dos dados

coletados, não há preocupação em comprovar hipóteses previamente estabelecidas,

porém estas não eliminam a existência de um quadro teórico que direcione a coleta, a

análise e a interpretação dos dados (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 70).

O tipo de pesquisa quanto à abordagem utilizada para a realização do presente trabalho

foi a qualitativa, a fim de relacionar os dados coletados com o referencial teórico, e a pesquisa

quantitativa, com o objetivo de traduzir em números as opiniões e informações coletadas.

3.4 TIPO DE PESQUISA QUANTO AOS MEIOS

Em relação ao tipo de pesquisa quando aos meios, foi utilizado neste estudo o

procedimento de pesquisa bibliográfica, onde foi elaborado o referencial teórico com base em

vários autores com diversas ideias para uma melhor compreensão do tema estudado.

Conforme Prodanov e Freitas (2013), a pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de material

já publicado como, por exemplo, em livros, revistas, artigos científicos, jornais, monografias,

dissertações, etc., a fim de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já

escrito sobre o assunto da pesquisa.

Foi utilizado também o levantamento de dados, através de questionários. Prodanov e

Freitas (2013) definem esse tipo de pesquisa como sendo quando envolve a interrogação direta

das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer através de algum tipo de questionário, onde,

através da análise quantitativa, se obtém as conclusões correspondentes aos dados coletados.

55

3.5 COLETA DOS DADOS

A coleta de dados foi feita através de questionários com 43 perguntas, respondidos via

Internet através da ferramenta Google Docs1. Conforme Marconi e Lakatos (2010), o

questionário é um instrumento de dados constituído por perguntas que devem ser respondidas

sem a presença do entrevistador.

A pesquisa foi destinada apenas para mulheres que usam ou (não) o serviço de

manicure/pedicure. O questionário foi dividido em três partes, sendo a primeira parte relacionada

ao serviço de manicure em si. Na segunda parte havia perguntas sobre os gostos de cores e

esmaltes que as respondentes possuem. A última parte se tratava de perguntas sobre Redes

Sociais e divulgação do serviço de embelezamento de unhas. As perguntas foram elaboradas

com base na experiência da pesquisadora com a área, além de se ter tomado como base a revisão

de literatura e outros trabalhos acadêmicos da FACENP.

Concluída a elaboração do questionário, aplicou-se o pré-teste no período de abril/2015,

através da Internet com 10 mulheres. Após os retornos, foram realizadas as devidas alterações e

ajustes sugeridos. Com a aplicação do questionário finalizado, obteve-se retorno de 189 casos

válidos no período de maio/2015. A versão final do questionário pode ser consultada no

Apêndice 1.

3.6 ANÁLISE DOS DADOS

Segundo Gil (2010), o processo de análise de dados envolve a codificação das respostas,

tabulação de dados e cálculos estatísticos. A interpretação dos dados obtidos no questionário

aplicado foi feita com o auxílio do software SPSS 22®2

. O objetivo da interpretação de dados,

conforme Gil (2010), é estabelecer ligação entre os resultados obtidos com outros já conhecidos,

derivados de teorias ou de estudo realizados anteriormente.

1 O Google Docs é um pacote de aplicativos do Google que possui um processador de texto, um editor de

apresentações, um editor de planilhas e um editor de formulários. (GOOGLE, 2014)

2 SPSS é um software aplicativo do tipo científico cujo o nome é acrónimo de Statistical Package for the Social

Sciences - Pacote Estatístico para as Ciências Sociais.

56

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Nesse capítulo será abordado o resultado dos questionários aplicados, obtendo uma

conclusão através do mesmo, ou seja, obtendo uma ligação entre os resultados obtidos e outros já

conhecidos, conforme cita Gil (2010).

4.1 PERFIL DOS ENTREVISTADOS

O objetivo da pesquisa é analisar quais os meios de comunicação mais favoráveis para a

divulgação do trabalho de embelezamento de unhas, e como as clientes são influenciadas em suas

preferências e desejos por arte e cores de esmalte. Como Soares (2011) afirma em seu artigo que o

sexo feminino sempre foi símbolo de busca pela beleza, o perfil dos entrevistados deste trabalho é

composto por apenas mulheres, que usam ou não o serviço de manicure e/ou pedicure.

4.1.1 Gênero

Em relação ao gênero dos pesquisadores, 100% do público pesquisado é formado por

mulheres. A escolha de interrogar somente o público feminino se dá em relação a afirmação em

Pintar Unhas (2014) onde se pode perceber que o serviço de embelezamento de unhas ganha

espaço no mercado feminino, sendo igualmente uma quase exclusividade do universo feminino.

57

4.1.2 Estado Civil

Conforme a Figura 9, a maioria do público entrevistado é formada por mulheres

solteiras ou com namorado(a), somando 62,96% da amostra. Somente 14,81% das mulheres

entrevistadas possui uma relação estável e 21,16% são casadas. Percebe-se um pequeno

número de mulheres divorciadas ou viúvas, somando apenas 1,06% da amostra.

Figura 9 - Estado Civil dos entrevistados

Fonte: próprio autor

58

4.1.3 Escolaridade

Segundo a Figura 10, 58,73% das respondentes possuem Ensino Superior em

andamento ou finalizado, sendo desses 40,74% em andamento e 17,99% com Ensino Superior

concluído. Em relação ao Ensino Médio, há 25,93% mulheres com o mesmo completo. Por

fim, cabe destacar que 8,47% das entrevistadas possuem Pós-Graduação e 6,88% não

finalizou o Ensino Médio. Pode-se concluir que, de um modo geral, as mulheres que

compõem a amostra possuem bom índice de escolaridade, já que 67,20% possuem no

mínimo, Ensino Superior Incompleto, conforme a figura a seguir.

Figura 10 - Escolaridade dos entrevistados

Fonte: próprio autor

59

4.1.4 Renda Familiar

Em relação a Figura 11, a maioria das respondentes (58,24%), possui renda familiar

mensal de até R$ 3.000,00. Conforme artigo do site da FGV CPS (2011), a classe social não

interfere na busca pela vaidade feminina. Independentemente se a mulher for de classe baixa,

ou alta, a mesma se preocupa com a sua beleza e frequenta salões de beleza. Pode-se ver

fortemente na amostra da pesquisa tratada, onde a grande parte das entrevistadas estão

enquadradas entre as classe E e C (FGV CPS, 2011), já que suas rendas são de até R$

3.000,00. Pontualmente, pode-se destacar que dentre as entrevistadas, 26,92% possuem renda

de R$ 3.000,00 até R$ 5.000,00, e uma amostra de 14,84% possuem renda acima de R$

5.000,00.

Figura 11 - Renda Familiar dos entrevistados

Fonte: próprio autor

60

4.1.5 Cidade onde mora

A pesquisa não teve restrição de localidade. Como a mesmo foi realizada online, há

uma certa diversidade de cidades. Do total de respondentes, 92,59% são gaúchas, sendo que

apenas 7,41% da amostra é composta por moradoras de cidades de outros Estados do país.

Em relação às cidades citadas, a maioria das respondentes (65,08%) é da cidade de

Nova Petrópolis - RS, como pode ser visto na Figura 12. Também são expressivas as

respondentes de cidades como Picada Café (7,41%), Feliz (4,76%), Caxias do Sul (4,23%) e

Porto Alegre (4,23%), todas do Rio Grande do Sul. Os municípios que apresentaram

percentuais menores que 1,06% foram agrupados em Outros, totalizando 11,64%. A listagem

completa desses municípios agrupados pode ser verificada no Apêndice 2.

Figura 12 - Cidade dos entrevistados

Fonte: próprio autor

61

4.1.6 Idade

As respondentes, de acordo com a Figura 13, possuem, em sua maioria, até 25 anos, já

que representam 60,85% do total da amostra. Verifica-se que 30,69% das respondentes possui

até 20 anos e 30,16% de 21 a 25 anos de idade. Mulheres de 26 a 30 anos representam

16,40% da amostra e de 31 a 40 anos contemplam 15,87%. Apenas 6,88% das respondentes

possuem idade acima de 41 anos.

A idade média das respondentes é de 25,89 anos, sendo 15 anos a idade mínima e 52

anos a idade máxima. O desvio-padrão ficou em 7,953 anos, conforme a Tabela 1.

Figura 13 - Idade dos entrevistados

Fonte: próprio autor

Tabela 1 - Idade dos entrevistados

Variável Quantidade Mínimo Máximo Média Desvio

Padrão

Idade 189 15 52 25,89 7,953

Fonte: próprio autor

62

4.2 USO DO SERVIÇO DE EMBELEZAMENTO DE UNHAS

A seguir, será tratado no presente trabalho, o resultado da pesquisa realizada com

mulheres sobre o serviço de embelezamento de unhas. Será discutido se as respondentes

utilizam o serviço e o motivo que as leva a não usar o serviço de uma manicure e/ou pedicure.

Também será tratado sobre a frequência com que as respondentes fazem as suas unhas

com uma profissional, sua satisfação, sua sensação após ter as unhas feitas, onde prefere ser

atendida, entre outras particularidades.

4.2.1 Utilização do serviço de manicure/pedicure

Das mulheres que responderam a pesquisa aplicada, a maioria (71,43%), ou seja, 135

respondentes utiliza o serviço de alguma manicure e/ou pedicure. As respondentes que não

utilizam o serviço de embelezamento de unhas feito por uma profissional totalizam 54

mulheres, o que corresponde a 28,57% da amostra.

Figura 14 - Utilização dos serviços de manicure e/ou pedicure dos entrevistados

Fonte: próprio autor

63

Em relação a essas 54 mulheres que não costumam utilizar o serviço de uma manicure

e/ou pedicure, 70,37% delas fazem elas mesmas as suas unhas. Já 22,22% destas respondentes

não fazem suas unhas com uma profissional por falta de tempo. Uma respondente fazer a sua

própria em parte também pode ser considerado falta de tempo. Visualiza-se também na Figura

15 que 12,96% não fazem as unhas com uma profissional por causa do preço do serviço, e

9,26% por falta de interesse.

Figura 15 - Motivo que os entrevistados não utilizam o serviço de embelezamento de unhas

Fonte: próprio autor

64

4.2.2 Principal motivo pelo qual as entrevistadas fazem as suas unhas

As mulheres sempre foram símbolo de busca pela beleza. Soares (2011) afirma que a

estética é valorizada entre as pessoas. Pode-se confirmar isso ao se analisar a Figura 16, onde

o principal motivo pelo qual as respondentes fazem suas unhas é a vaidade, correspondendo a

52,59% da amostra. Foram elencados outros motivos pelos quais as respondentes fazem suas

unhas com uma manicure e/ou pedicure, como festas e/ou eventos, (27,41%), trabalho

(11,85%) e higiene (2,22%).

Figura 16 - Motivo que os entrevistados fazem suas unhas com uma profissional

Fonte: próprio autor

65

4.2.3 Frequência no uso de serviços de manicure e/ou pedicure

Conforme a Figura 17, 36,30% das respondentes costumam usar o serviço de

embelezamento de unhas uma vez por semana, e 25,93% quinzenalmente. Ou seja, a maioria

das mulheres da amostra (62,22%) fazem as suas unhas com uma manicure e/ou pedicure no

mínimo a cada 15 dias. Em relação ao total das respondentes da amostra que utilizam o

serviço, 20,00% utilizam mensalmente e 14,07% somente em ocasiões especiais.

Figura 17 - Frequência dos entrevistados no serviço de embelezamento de unhas

Fonte: próprio autor

4.2.4 Tempo que você costuma ficar na manicure/pedicure

Visto que 71,43% das respondentes utilizam o serviço de uma manicure e/ou pedicure

para o embelezamento de suas unhas, foi possível analisar o tempo em que a profissional

demora para fazer as unhas de suas clientes.

66

De acordo com a Tabela 2, o tempo mínimo que a manicure/pedicure demora para

embelezar uma unha é de 30 minutos. O tempo máximo que a profissional demora para fazer

as unhas é de 3 horas. Sendo assim, o tempo médio que uma manicure/pedicure embeleza as

unhas de uma cliente é de 1 hora e 10 minutos.

Tabela 2 - Tempo do serviço de manicure/pedicure

Variável Quantidade Mínimo Máximo Média Desvio

Padrão

Tempo do serviço do embelezamento de

unhas pela manicure/pedicure 135 00:30:00 03:00:00 01:10:04 00:32:20

Fonte: próprio autor

4.2.5 Tipo de serviço utilizado por uma manicure e/ou pedicure

De 71,43% das respondentes que utilizam o serviço de uma manicure e/ou pedicure, a

maioria delas usa o serviço de embelezamento das unhas das mãos e dos pés, conforme a

Figura 18. Somente 22,96% utilizam apenas o serviço de embelezamento de mãos, e 6,67%

fazem só as unhas dos pés com uma profissional.

Figura 18 - Tipo de serviço que os entrevistados utilizam de uma manicure e pedicure

Fonte: próprio autor

67

Em relação às respondentes que somente usam o serviço de embelezamento de mãos,

61,29% fazem as suas unhas das mãos com uma profissional no máximo uma vez por mês. As

respondentes que embelezam somente as suas unhas dos pés com uma profissional, 77,77%

fazem as unhas também no máximo uma vez por mês. Já as mulheres que responderam o

questionário e que utilizam o serviço de uma manicure/pedicure para fazer as mãos e os pés,

70,52% utilizam o serviço a cada 15 dias.

4.2.6 Preço do serviço de uma manicure e pedicure

Conforme a Tabela 3, o preço mínimo pago pelas respondentes que usam o serviço de

uma manicure para embelezar as suas unhas das mãos é de R$ 7,00, e o preço máximo pago é

de R$ 50,00, sendo o preço médio de um serviço de manicure R$ 13,43.

Em relação as respondentes que utilizam o serviço de uma pedicure para embelezar as

unhas de seus pés, o preço mínimo pago pelo serviço é também de R$ 7,00 e o preço máximo

pago é de R$ 50,00, tendo uma média de R$ 16,93 por um serviço de uma pedicure.

Tabela 3 - Preço que as respondentes pagam por um serviço de manicure/pedicure

Variáveis Quantidade Preço

Mínimo

Preço

Máximo Média

Desvio

Padrão

Quanto você costuma pagar por um serviço

de embelezamento de unhas das mãos? 119 R$ 7,00 R$ 50,00 R$ 13,43 R$ 4,71

Quanto você costuma pagar por um serviço

de embelezamento de unhas dos pés? 103 R$ 7,00 R$ 50,00 R$ 16,93 R$ 6,29

Fonte: próprio autor

68

Na Tabela 4 verifica-se o preço que as respondentes acham justo a ser pago por um

serviço de manicure e pedicure. Para o serviço de embelezamento de unhas feito por uma

manicure, o preço mínimo justo é de R$ 6,00 e o preço máximo é de R$ 28,00, conforme a

opinião das respondentes. A média do preço justo a ser cobrado pela profissional é de R$ 12,88.

Já para o serviço de uma pedicure, o preço mínimo estipulado pelas respondentes para

o embelezamento das unhas dos pés é de R$ 7,00, e o preço máximo é de R$ 45,00, tendo

uma média de R$ 15,96 a ser pago.

Tabela 4 - Preço que as respondentes acham justo ser pago por um serviço de

manicure/pedicure

Variáveis Quantidade Preço

Mínimo

Preço

Máximo

Preço

Médio

Desvio

Padrão

Quanto você considera ser um preço justo

a pagar por um serviço de embelezamento

de unhas das mãos?

123 R$ 6,00 R$ 28,00 R$ 12,88 R$ 3,52

Quanto você considera ser um preço justo

a pagar por um serviço de embelezamento

de unhas dos pés?

114 R$ 7,00 R$ 45,00 R$ 15,96 R$ 4,74

Fonte: próprio autor

69

4.2.7 Como conheceu sua atual manicure

A maioria das respondentes (51,11%) da amostra conheceu a sua manicure atual por

proximidade, conforme pode-se ver na Figura 19.

Figura 19 - Como os entrevistados conheceram sua atual manicure e pedicure

Fonte: próprio autor

A indicação de um amigo também tem relevância nas respostas das respondentes, pois

43,70% apontaram esta fonte. Para o meio como as respondentes conheceram a sua atual

manicure, a indicação de um amigo é considerada como uma forma de comunicação boca a

boca conforme o conceito de Blackwell, Miniard e Engel (2005, p. 422) “a comunicação boca

a boca é uma transmissão informal de ideias, comentários, opiniões e informações entre duas

pessoas, em que nenhuma é um profissional de marketing”. Os mesmos ainda afirmam que

esse tipo de comunicação ainda é um grande influenciador na decisão de compra.

70

4.2.8 Sensação proporcionada por unhas feitas por uma profissional

Segundo a Figura 20, grande parte das mulheres respondentes, 43,70% da amostra,

possui uma sensação de bem estar após ter suas unhas feitas por uma manicure e/ou pedicure.

Da amostra, 28,89% das respondentes têm sensação de beleza após fazer as unhas com uma

profissional e 27,41% delas possuem a sensação de limpeza.

Figura 20 - Sensação proporcionada pelas unhas feitas aos entrevistados

Fonte: próprio autor

71

4.2.9 Preferência do local a ser atendido por uma manicure e/ou pedicure

Em relação a todas as respondentes, a maioria (61,38%) prefere se descolar até o salão

de beleza. Somente 10,05% da amostra prefere a praticidade de ser atendida em suas próprias

casas por uma manicure e/ou pedicure.

Figura 21 - Local preferido para ser atendido por uma manicure e/ou pedicure dos entrevistados

Fonte: próprio autor

4.2.10 Satisfação do serviço de sua atual manicure e/ou pedicure

Para analisar os atributos que impactam mais na satisfação das respondentes em

relação ao um serviço de uma manicure/pedicure, foi usada a técnica de regressão múltipla.

Conforme Malhotra (2001, p. 464), a regressão múltipla “é uma técnica estatística que

desenvolve simultaneamente uma relação matemática entre duas ou mais variáveis

independentes e uma variável dependente escalonada por intervalo”.

72

Segundo dados da Tabela 5, 96,40% da satisfação geral das respondentes em relação

ao um serviço de embelezamento de unhas pode ser explicadas através dos atributos

avaliados, representando uma análise perfeita.

Tabela 5 - Coeficientes da determinação da satisfação geral

Modelo R R quadrado R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 0,964 0,928 0,925 0,403

Fonte: próprio autor

Conforme as análises feitas na Tabela 6, a variável com maior impacto na satisfação

geral das respondentes trata do atendimento que as manicures/pedicures têm com as suas

clientes, conforme a interpretação que se tem através do índice Beta que, quanto maior o seu

valor, maior é o impacto da variável sobre a satisfação. Sendo assim, o atendimento é

primordial para um serviço de embelezamento de unhas ser satisfatório.

Pode-se verificar também que as variáveis da localização do salão onde a profissional

se encontra e o diferencial que ela oferece em seu serviço as suas clientes possuem impacto

positivo na satisfação geral. Isso mostra que, além de uma boa localização, as respondentes

procuram uma manicure que ofereça um serviço diferente das demais, algo que se destaque.

Também são relevantes a rapidez do serviço e a inovação, com a aplicação de novas técnicas.

Como é possível analisar na Figura 5, para as respondentes um serviço de qualidade e

o preço do serviço não têm um impacto tão relevante na satisfação geral.

Tabela 6 - Satisfação das respondentes em relação ao serviço de manicure/pedicure

Coeficientes não

padronizados

Coeficientes

padronizados t Sig.

B

Erro

Padrão Beta

(Constante) -0,084 0,104 -0,810 0,419

Atendimento 0,338 0,076 0,356 4,417 0,000

Localização do salão 0,303 0,061 0,310 4,973 0,000

Diferencial 0,161 0,073 0,148 2,194 0,030

Inovação / Novas técnicas 0,142 0,063 0,126 2,240 0,027

Rapidez 0,112 0,059 0,104 1,893 0,061

Preço 0,043 0,048 0,041 0,906 0,367

Qualidade -0,053 0,069 -0,054 -0,773 0,441

Fonte: próprio autor

73

4.3 PREFERÊNCIAS DE CORES E ARTES PARA UNHAS

Na pesquisa feita, as respondentes foram questionadas sobre suas preferências de cores

e artes para unhas.

4.3.1 Tonalidades de cores de esmaltes

Questionou-se quais as suas preferências de tons das cores de esmaltes que usam.

Figura 22 - Preferência de tons de esmaltes dos entrevistados

Fonte: próprio autor

Nos questionários respondidos, a maior parte das respondentes não possui somente

uma preferência de tons de esmaltes, gostam de variar o tom, formando 68,78% da amostra.

Do total de respondentes, 21,69% mencionaram que preferem esmaltes com tons escuros, e

9,52% responderam que preferem esmaltes de tons claros.

74

4.3.2 Padrão utilizado para pintar as unhas

Conforme a Figura 23, mais da metade das respondentes (79,37%) segue o seu padrão

pessoal para pintar as unhas, ou seja, não são influenciadas pelo o que está na moda. Somente

20,63% das respondentes seguem tendências ao pintar suas unhas.

Em relação às respondentes que seguem o seu padrão pessoal quando pintam suas

unhas, 68,66% afirmaram que gostam de variar nos tons de esmaltes escolhidos, e 23,33%

preferem tons de esmaltes escuros. Entre as respondentes que seguem tendências ao pintar as

suas unhas, a maioria também gosta de variar os tons de esmaltes, pois representa 74,35% das

respondentes que seguem o que está na moda.

Figura 23 - Padrão ao pintar as unhas dos entrevistados

Fonte: próprio autor

75

4.3.3 Gostos por unhas decoradas

A Figura 24 apresenta o percentual em relação aos gostos por unhas decoradas.

Analisando o total das respostas, 77,25% gosta de unhas decoradas e somente 22,75% não

gosta de unhas decoradas. Do total das respondentes que gostam de unhas decoradas, a

maioria segue o seu padrão pessoal para pintar as unhas, independentemente do que está na

moda, representando 75,34% das respondentes.

Figura 24 - Preferência por unhas decoradas dos entrevistados

Fonte: próprio autor

76

4.3.4 Trabalho diferenciado para unhas

Monson (2014) comenta em seu artigo que é preciso inovar e diferenciar-se no mercado

para o negócio prosperar. Pode-se confirmar tal afirmação na Figura 25, onde se verifica que

68,89% das respondentes que procuram algo diferente estão dispostas a pagar mais por um trabalho

diferenciado para as unhas.

Figura 25 - Disponibilidade dos entrevistados em pagar um valor a mais para ter unhas diferenciadas

Fonte: próprio autor

Das respondentes que disseram estar dispostas a pagar um valor a mais por um serviço

diferenciado em unhas, 89,24% responderam que pagam em média R$ 18,00 o serviço de

embelezamento das unhas das mão; enquanto que 77,41% responderam que pagariam em média R$

21,94 por um serviço de embelezamento de unhas dos pés.

Já os 31,11% da amostra que responderam que não pagariam por um serviço de

embelezamento de unhas diferenciado, afirmaram pagar um valor inferior pelo serviço diferencial

de uma manicure/pedicure. Somente 33,33% responderam o valor que pagaria por um serviço de

manicure diferenciado, sendo uma média de R$ 13,64. E somente 28,57% responderam o valor que

iriam pagar por um serviço de pedicure, sendo uma média de R$ 14,25.

77

No geral, conforme a Tabela 7, as respondentes estariam dispostas a pagar um preço médio

de R$ 17,37 por um serviço de embelezamento de unhas das mãos diferenciado e R$ 20,85 para um

serviço de embelezamento de unhas dos pés diferenciado.

Tabela 7 - Valor que as respondentes pagariam por um serviço diferenciado em unhas

Variáveis Quantidade Preço

Mínimo

Preço

Máximo

Preço

Médio

Desvio

Padrão

Quanto você estaria disposta a pagar por

um serviço diferenciado de manicure

(apenas mãos)?

97 R$ 0,00 R$ 80,00 R$ 17,37 R$ 9,05

Quanto você estaria disposta a pagar por

um serviço diferenciado de pedicure

(apenas pés)?

84 R$ 0,00 R$

100,00 R$ 20,85 R$ 13,15

Fonte: próprio autor

78

4.3.5 Compras de esmaltes e acessórios para unhas

Segundo a Figura 26, pode-se afirmar que as respondentes não possuem o costume de

comprar muitos esmaltes ou acessórios para pintar as unhas. Do total da amostra, somente 12,70%

das respondentes sempre compram esmaltes ou acessórios para unhas, mas destas, 12,50% não

fazem as unhas com uma profissional, pois elas mesmas fazem as suas unhas.

Do total de respondentes, 23,81% possuem o costume frequente de comprar esmaltes e

acessórios para unhas e 32,28% às vezes compram esmaltes e acessórios.

Figura 26 - Frequência dos entrevistados em comprar esmaltes ou acessórios para pintar as unhas

Fonte: próprio autor

79

Do total de respondentes, 83,07% responderam que possuem facilidade em encontrar

as cores de esmaltes de sua preferência e 16,93% afirmaram que possuem dificuldades em

encontrar os esmaltes de sua preferência.

Figura 27 - Facilidade dos entrevistados em encontrar as cores de esmaltes de sua preferência

Fonte: próprio autor

80

4.3.6 Aplicação dos esmaltes e acessórios para unhas

Conforme as análises feitas e expostas na Figura 28, pode-se concluir que a maioria

das respondentes espera que a sua manicure tenha todos os esmaltes e cores da sua

preferência, totalizando 80% da amostra. Já 14,07% da amostra afirmam que preferem elas

mesmas fazer as suas unhas com os esmaltes e acessórios que têm, e 3,70% levam os seus esmaltes

e acessórios para a sua manicure aplicar nas unhas.

Figura 28 - Forma de aplicação dos esmaltes e acessórios para as unhas dos entrevistados

Fonte: próprio autor

81

4.3.7 Lançamentos de esmaltes e acessórios para unhas

Conforme a análise feita sobre os diversos lançamentos e variedades de artigos para

embelezamento de unhas, mais da metade das respondentes (54,50%) respondeu que conhece

todas as variedades e já experimentaram todas ou algumas. Mesmo as respondentes

conhecendo e terem usado os diversos lançamentos de esmaltes, adesivos e demais artigos

para unhas, a maioria delas (69,90%) não é influenciada pela moda, ou seja, elas continuam

pintando as suas unhas conforme o seu padrão pessoal.

Na Figura 29, 29,63% das respondentes não são atraídas pelas novidades lançadas no

setor de esmaltes. Elas preferem cores convencionais. A informação é confirmada conforme a

Figura 23, onde a maioria (91,07%) segue o seu padrão pessoal para pintar as unhas. Mesmo

não seguindo tendências e não sendo atraídas pelas novidades, 62,50% das respondentes

gostam de variar nas cores usadas para pintar as suas unhas.

Figura 29 - O que os entrevistados acham em relação aos lançamentos para embelezamento de unhas

Fonte: próprio autor

82

4.4 MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Neste subcapítulo constam os resultados das respondentes sobre os meios de divulgação do

serviço de manicure e /ou pedicure e as unhas artísticas.

4.4.1 Redes Sociais

As Redes Sociais são febre atualmente na Internet, uma vez que mudaram totalmente a

forma das pessoas se comunicarem, explica Empreendedor (2014). Percebe-se que praticamente

todas as respondentes possuem conta em alguma rede social, exceto 2,12% da amostra. Mais da

metade da amostra possui perfil em uma rede social de compartilhamento de imagens (Facebook,

Instagram e Whatsapp).

Figura 30 - Redes sociais que os entrevistados possuem perfil

Fonte: próprio autor

83

4.4.2 Acesso às Redes Sociais

Figura 31 - Frequência de acesso as Redes Sociais pelos entrevistados

Fonte: próprio autor

Das 99,20% respondentes que possuem perfil em Redes Sociais, 68,25% acessa as suas

Redes Sociais todos os dias e 28,04% acessam quase todos os dias. Sendo praticamente diariamente

o acesso às Redes Sociais, é bem provável que as informações compartilhadas nas mesmas

cheguem ao público-alvo mais rapidamente do que em uma mídia tradicional.

84

4.4.3 Redes Sociais como meios de divulgação

Conforme a Figura 32, a grande maioria das respondentes (98,41%) acredita que as

Redes Sociais são um meio de divulgação eficaz para esmaltes e artes em unhas. Inclusive os

0,80% respondentes que não possuem perfil em Redes Sociais concordam que são um meio

eficaz de divulgação. Apenas 1,59% da amostra acreditam que as Redes Sociais não são um

meio eficaz para a divulgação de esmaltes e artes em unhas.

Figura 32 - As Redes Sociais são meios eficazes de divulgação para os entrevistados

Fonte: próprio autor

85

4.4.4 Divulgação em Redes Sociais do trabalho de manicure/pedicure

Em relação aos 71,43% da amostra que utilizam os serviços de uma manicure e/ou

pedicure, 60% das respondentes possuem uma manicure e/ou pedicure que divulga as imagens

das unhas feitas por elas em Redes Sociais, segundo a Figura 33.

Interessante destacar que entre as respondentes que usam os serviços de uma profissional

de embelezamento de unhas que divulga seu trabalho nas Redes Sociais, 9,87% preferiam que

elas não divulgassem as imagens de suas unhas feitas por ela e somente 2,46% afirmam que as

Redes Sociais não são um meio eficaz para divulgação das artes e esmaltes nas unhas.

Entre as respondentes, 40% afirmaram que suas manicures não divulgam as fotos do

trabalho feito nas unhas em Redes Sociais, ou não sabem se elas divulgam. Porém, destas,

57,4% gostariam que suas manicures divulgassem as suas unhas feitas por elas e acreditam

que as Redes Sociais são um meio eficaz de divulgação para as artes e esmaltes usados nas

unhas. Em relação as pesquisadas que responderam que não gostariam que sua manicure

divulgasse suas unhas em Redes Sociais, interessante notar que 95,65% acreditam que a

divulgação das artes e esmaltes usados nas unhas em Redes Sociais é um meio eficaz.

Figura 33 - Divulgação do trabalho da manicure/pedicure dos entrevistados em Redes Sociais

Fonte: próprio autor

86

4.4.5 Divulgação de suas unhas em Redes Sociais

De acordo com a Figura 34, pode-se afirmar que a maioria das respondentes que

utilizam o serviço de embelezamento de unhas com uma profissional, gostariam que as suas

unhas fossem divulgadas nas Redes Sociais pela sua manicure. Das respondentes que não

gostariam que sua manicure/pedicure divulgasse suas unhas em Redes Sociais, praticamente a

metade (48,38%) não gosta de unhas decoradas.

Figura 34 - Os entrevistados gostariam que sua manicure/pedicure divulgasse suas unhas em Redes Sociais

Fonte: próprio autor

87

4.4.6 Compartilhamento de material sobre unhas em Redes Sociais

Apesar de a maioria afirmar que as Redes Sociais são um meio eficaz de divulgação para

esmaltes e artes em unhas, somente 43,39% compartilhariam material sobre o assunto tratado em

seus perfis para outras pessoas. Segundo a Figura 35, 56,61% da amostra não compartilharia

material sobre artes em unhas em seus perfis nas Redes Sociais para outras pessoas. Dessa parte

da amostra, a maioria (65,42%) gosta de unhas decoradas mas não se expõe. Mas 45,05%

gostariam que a sua manicure/pedicure compartilhasse as suas unhas em Redes Sociais.

Figura 35 - Compartilhamento de material sobre artes em unhas nas Redes Sociais dos entrevistados

Fonte: próprio autor

88

4.4.7 Participação de publicidade sobre esmaltes nas Redes Sociais

Segundo a Figura 36, a maioria (51,32%) das respondentes participaria de publicidades

sobre esmaltes nas Redes Sociais. Essas publicidades poderiam ser sorteios, promoções, e etc.

Apenas 48,28% não participariam.

Em relação ao total de respostas das respondentes que participariam de publicidade

sobre esmaltes, 21,64% delas não fazem as unhas com uma profissional, mas 67,01%

compartilharia em seu perfil nas Redes Sociais material sobre unhas e esmaltes.

Conforme as análises feitas, em relação às respondentes que não participariam de

publicidade sobre esmaltes nas Redes Sociais, 18,47% delas compartilharia material sobre

esmaltes e unhas e 96,73% acreditam que as Redes Sociais são um meio eficaz para a

divulgação de esmaltes e unhas.

Figura 36 - Participação de publicidade sobre esmaltes dos entrevistados pelas Redes Sociais

Fonte: próprio autor

89

4.4.8 Escolha da arte para unhas

De acordo com os dados apresentados no decorrer do trabalho, foi possível afirmar

que é importante para uma manicure divulgar o seu trabalho nas Redes Sociais, pois 98,41%

opinam, conforme a Figura 32, que a divulgação de unhas e esmaltes em Redes Sociais traz

resultados eficazes. Na Figura 34 percebe-se que 77,04% das respondentes afirmam que

gostariam que suas manicures divulgassem o seu trabalho em Redes Sociais.

Na Figura 37 é possível confirmar que é importante a manicure ter uma amostra de seu

trabalho, seja em Redes Sociais ou em amostras físicas para indicar a uma cliente, ou mostrá-

la para ela mesma escolher, visto que 82,54% consideram esta iniciativa importante.

Interessante notar que 34,39% escolhe a arte de suas unhas através de amostras da manicure,

27,51% através do Facebook e 20,63% através da indicação da manicure.

Figura 37 - Como os entrevistados escolhem a arte de suas unhas

Fonte: próprio autor

90

4.4.9 Meios de atualização sobre esmaltes

Para atualizar-se sobre esmaltes, a maioria das respondentes usa a Internet, totalizando

62,43% da amostra. Em contrapartida, do total de respondentes, 32,0% não costuma se

atualizar sobre esmaltes. Também há algumas respondentes que usam outros meios para

atualizar-se sobre esmaltes, como revistas (10,05%), televisão (7,41%) e jornal (0,53%).

Figura 38 - Meios utilizados pelos entrevistados para atualizar-se sobre esmaltes

Fonte: próprio autor

91

4.4.10 Realização de pesquisas via Internet sobre esmaltes e artes para unhas

Através das pesquisas feitas, foi possível analisar a forma como as mulheres que

responderam o questionário realizavam pesquisas via Internet para estarem atualizadas sobre

as tendências de esmaltes e artes para unhas. Das respondentes, 55,03% responderam que

fazem pesquisas via Internet, sendo que 34,39% usam vários sites para a sua pesquisa,

13,23% pesquisam através de sites famosos pois os acham mais confiáveis e 7,41% usam o

primeiro site que aparece para fazer a sua pesquisa.

Apenas 37,57% das respondentes não costumam pesquisar sobre a tendência de

esmaltes e artes para unhas através da Internet. Em relação a estas respondentes, 74,64% não

realizam pesquisas sobre esmaltes e artes para unhas através de nenhum outro meio, pois elas

não costumam atualizar-se sobre esse assunto.

Figura 39 - Como os entrevistados realizam as suas pesquisas via Internet sobre esmaltes

Fonte: próprio autor

92

4.4.11 Conteúdo acessado para se atualizar sobre esmaltes e unhas decoradas

Segundo a Figura 40, a maioria das respondentes acessa as Redes Sociais para se

atualizar sobre esmaltes e unhas decoradas, totalizando 53,04% da amostra. As respondentes

que não costumam se atualizar sobre o assunto tratado somam 30,94% da amostra.

Somente 18,78% da amostra acessam sites de busca e pesquisa, como por exemplo o

Google, para se atualizarem sobre esmaltes e unhas decoradas; 16,02% das respondentes

acessam sites de entretenimento, como Blog ou Youtube; e 4,97% acessam sites de

informação, como revistas ou jornais online.

Figura 40 - Conteúdo que os entrevistados mais acessam para atualizar-se sobre esmaltes e artes

Fonte: próprio autor

93

4.4.12 Meio que conheceu os sites que costuma acessar para se atualizar sobre esmaltes e

unhas

Com base no questionário aplicado, foi verificado que 29,48% das pesquisadas

responderam que conheceram o site que costumam acessar para estar atualizadas sobre as

tendências em esmaltes e artes para unhas através de sites de busca e pesquisa.

Através de outros sites 26,01% respondentes conheceram o site que costumam acessar

para se atualizarem sobre unhas e acessórios; e 17,34% da amostra através da indicação de

amigos ou familiares. Apenas 35,84% da amostra não costumam ir em busca do assunto tratado.

Figura 41 - Meio em que os entrevistados conheceram os sites que costuma acessar

Fonte: próprio autor

94

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como propósito identificar os meios de comunicação mais

adequados para a divulgação do trabalho de uma manicure e como as suas clientes são

influenciadas em seus desejos e preferências por artes e cores de esmaltes. Os resultados foram

obtidos com uma pesquisa aplicada em forma de questionário através da Internet, via Google Docs,

com mulheres que utilizam o serviço de manicure e/ou pedicure, e mulheres que não utilizam.

De acordo com os resultados obtidos, pode-se verificar que a maioria das respondentes

utiliza o serviço de uma profissional de unhas representando 71,43% do total da amostra.

Observou-se que mais da metade não possui uma relação estável (62,96%), mas as

respondentes possuem um elevado nível de formação de ensino, possuindo Ensino Superior

completo ou cursando, totalizando 58,73%. A maioria das respondentes informou ter uma

renda mensal de até R$ 3.000,00, representado por um total de 58,24% da amostra.

Em relação aos municípios de residência das respondentes, verificou-se que a maioria

reside no Estado do Rio Grande do Sul (92,59%). Notou-se que o município que mais teve

representatividade foi Nova Petrópolis - RS, correspondendo a 65,08% da amostra.

Na análise feita referente ao motivo em que as respondentes não utilizam o serviço de

embelezamento de unhas feito por uma profissional, a maioria (70,37%) afirma que é porque

elas mesmas fazem as suas unhas.

Com os dados obtidos, pode-se afirmar que a maioria das respondentes faz suas unhas

com uma manicure e/ou pedicure no mínimo a cada 15 dias, e demoram em média 1 hora e 10

minutos com a profissional para ela fazer as suas unhas. Grande parte das respondentes

utilizam o serviço de uma manicure/pedicure para embelezar suas mãos e pés juntos.

Sobre o preço cobrado pelo serviço de embelezamento de unhas, obteve-se uma média

de R$ 13,43 de preço cobrado por uma manicure e R$ 16,93 de preço médio do serviço de

uma pedicure. Já as respondentes acham justo as profissionais cobrarem uma média de R$

12,88 pelo serviço de embelezamento de unhas das mãos, e R$ 15,96 pelo serviço de

embelezamento de unhas dos pés. De um modo geral, as respondentes aparentemente estão

pagando valores um pouco acima do que consideram ser um preço justo.

Verificou-se que a maioria (51,11%) das respondentes conheceram e fazem as suas

unhas com uma manicure/pedicure por proximidade. No que se refere à sensação que se tem

95

após uma unha feita, a sensação que foi mais representativa foi a de bem-estar, com 43,70%,

sendo possível reiterar o que afirmam Blackwell, Miniard e Engel (2005): com uma boa

aparência, as pessoas se sentem melhor e mais motivadas.

Através da avaliação da importância de vários itens referente a um serviço de

manicure/pedicure, foi possível verificar que o item em que as respondentes prezam mais é o

atendimento, seguido pela localização do salão, e após o diferencial do serviço. Mas, mesmo

muitas pessoas procurarem um diferencial no serviço de uma manicure/pedicure, como por

exemplo uma manicure a domicílio conforme retrata José Neto (2015) em seu artigo, a grande

parte das respondentes preferem se descolar até o local de trabalho da manicure/pedicure. Outro

item que também foi analisado é em relação a qualidade do serviço, que teve a menor

importância para as respondentes. Conforme já exposto por Monson (2014), a qualidade e o

preço justo são um dos itens que dão sustentabilidade ao negócio, mas conforme foi visto pelas

respondentes, foi os itens que deram a menor importância. Quem sabe seja porque já tenham

sido incorporados como aspectos qualificadores do negócio, e não são mais diferenciais.

De acordo com as manifestações sobre preferências de cores de esmaltes das

respondentes, a maioria costuma variar nas cores de esmaltes usados, não tendo uma cor ou

tom predominante. Conforme exposto por Solomon (2011), as pessoas são motivadas pela

mídia ao escolherem um produto e/ou serviço, fazendo-as desejarem viver na tendência

apresentada, mas para as respondentes, a influência do que é tendência não é tão impactante

no momento em que elas pintam suas unhas, permanecendo assim em seu padrão pessoal.

Afirmando novamente a importância de um diferencial no serviço de manicure e/ou

pedicure, a maioria das respondentes gostam de unhas decoradas e estão dispostas a pagar um

valor a mais por algo diferente. O preço médio que estão dispostas a pagar pelas unhas da

mão diferenciadas é de R$ 17,37 e o preço para unhas do pé diferenciadas é de R$ 20,85.

No momento da compra de esmaltes e acessório para as unhas, as respondentes não

possuem o costume de comprar esse tipo de produto, sendo a frequência mais representativa a

daquelas que às vezes compram esmaltes. Grande parte das respondentes espera que a

manicure tenha as cores de esmaltes e acessórios de sua preferência. As respondentes

costumam achar as cores de esmalte que gostam com facilidade e conhecem ou já usaram

todos ou vários lançamentos de esmalte e acessório para unhas.

Analisando-se os meios de comunicação, verificou-se que mais da metade possui um

perfil em uma Rede Social e a acessa todos os dias. A Rede Social que foi mais representativa

96

é o Facebook. Praticamente todas as respondentes (98,41%) da amostra afirmam que as Redes

Sociais são um meio eficaz para a divulgação do trabalho de embelezamento de unhas.

Mais da metade possui uma manicure que divulga o seu trabalho em Redes Sociais, e

afirmam que gostam que a manicure divulgue suas unhas feitas em Redes Sociais. A maioria

das respondentes não compartilharia em suas Redes Sociais materiais sobre unhas, mas se

houvesse promoções e sorteios, participaria.

Através das analises feitas, é possível afirmar que é importante uma manicure/pedicure

ter amostras de seu trabalho, principalmente na Internet, pois a forma em que as respondentes

escolhem o que vão querer pintar em suas unhas é através de amostras da manicure/pedicure.

Mesmo a maioria das respondentes não tenha o costume de fazerem pesquisas sobre

esmaltes e artes para as unhas, grande parte destas respondentes se atualiza sobre esmaltes e

artes através da Internet em Redes Sociais.

5.1 CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO

A pesquisa contribuiu para compreender melhor o comportamento das respondentes

em relação a variedade e diversos lançamentos de cores de esmaltes e acessórios para unhas.

Foi possível constatar que as pessoas procuram um serviço de embelezamento de unhas

diferenciado e um bom atendimento da manicure. Grande parte das mulheres procuram

variedades de cores de esmaltes e não somente cores clássicas, concluindo que é importante a

manicure ter uma vasta variedade para poder atender a todos os gostos.

Com as análises feitas, também foi possível afirmar que é muito importante uma

manicure divulgar o seu trabalho, principalmente através da Internet, meio em que mais há

pessoas conectadas e atinge o maior número de público, principalmente em Redes Sociais.

Um item importante analisado é o preço médio cobrado pelo serviço de

embelezamento de unhas. A profissional pode verificar se o preço cobrado se enquadra no

preço em que as respondentes acham justo, o preço médio da concorrência, e preço em que

elas pagariam se a manicure oferecer um trabalho diferenciado.

97

5.2 LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O fato do questionário ter sido realizado via Internet através da ferramenta Google

Docs foi um limitador, restringindo a amostra a pessoas que têm acesso à Internet. Deixou-se

de fora as mulheres que não usam a Internet e que poderia ter opiniões importantes.

Também é importante ressaltar que, como a maioria das análises trata de opiniões, as

respostas não podem ser consideradas verdades únicas, pois as opiniões e gostos das pessoas

podem sofrer variações conforme o tempo passe. Além disso, nada assegura que todas as

respostas tenham sido sinceras e que reflitam integralmente as opiniões das respondentes.

Além disso, muitas respondentes não ficaram à vontade para responder qual o nome da

manicure/pedicure que lhes atende, impossibilitando uma análise do perfil das cliente de cada

profissional, suas preferências e satisfação.

5.3 PESQUISAS FUTURAS

Tendo em vista que a qualidade é um item fundamental para a prosperidade de um

produto e/ou serviço no mercado, conforme Monson (2014), as pessoas não estão muito

preocupadas com a qualidade do serviço de uma manicure, conforme as análises feitas. Logo,

torna-se fundamental saber as razões e explorar um pouco mais o que levou a este resultado.

Sendo assim, é interessante fazer uma pesquisa para entender o que as pessoas procuram em

relação a qualidade, e qual o motivo em que elas não estão dando muita importância a este

quesito.

Além de mulheres fazerem suas unhas com uma profissional, foi analisado o perfil das

mulheres que não fazem as unhas com uma profissional e o motivo, podendo ser trabalhado e

futuramente atraí-las também para fazer suas unhas.

98

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URDAN, André Torres, URDAN Flávio Torres. Marketing Estratégico no Brasil. São

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100

APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

APÊNDICE 2 – TABELA DE MUNICÍPIOS DA AMOSTRA

Tabela 8 - Município da amostra

Municípios Quantidade Percentual

Nova Petrópolis - RS 123 65,08%

Picada Café - RS 14 7,41%

Feliz - RS 9 4,76%

Caxias do Sul - RS 8 4,23%

Porto Alegre - RS 8 4,23%

Gramado - RS 3 1,59%

Linha Nova - RS 2 1,06%

Bom Princípio - RS 1 0,53%

Canela - RS 1 0,53%

Ceilândia - DF 1 0,53%

Colatina - ES 1 0,53%

Contagem - MG 1 0,53%

Curitiba - PR 1 0,53%

Francisco Beltrão - PR 1 0,53%

Guarujá - SP 1 0,53%

Marabá - PA 1 0,53%

Morro Reuter - RS 1 0,53%

Nova Hartz - RS 1 0,53%

Osasco - SP 1 0,53%

Osório - RS 1 0,53%

Pelotas - RS 1 0,53%

Pindorama - SP 1 0,53%

Santa Catarina - SC 1 0,53%

Santarém - PA 1 0,53%

São João del Rei - MG 1 0,53%

São Paulo - SP 1 0,53%

Tatui - SP 1 0,53%

Vale Real – RS 1 0,53%

Vera Cruz - RS 1 0,53%

Fonte: próprio autor