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Melhoramento para Resistência às Doenças

Melhoramento para Resistência às Doenças. O emprego da resistência genética no controle de doenças vegetais representa um dos mais significativos avanços

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Melhoramento para Resistência às Doenças

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O emprego da resistência genética no controle de

doenças vegetais representa um dos mais

significativos avanços tecnológicos da agricultura.

O uso de cultivares resistentes é o método de

controle preferido simplesmente por ser o mais

barato e de mais fácil utilização.

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Na verdade, existem culturas onde o controle das

doenças mais importantes dá-se, quase que

exclusivamente, por meio da resistência, tais como

as ferrugens e carvões dos cereais e da cana-de-

açúcar, as murchas vasculares em hortaliças e as

viroses na maioria das culturas.

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Três etapas básicas devem ser consideradas em qualquer programa de obtenção e utilização de cultivares resistentes:1) Identificar fontes de resistência, ou seja, identificar germoplasma que possua os genes em cultivares procurados;2) Incorporar estes genes em cultivares comerciais por meio dos métodos de melhoramento;3) Após a obtenção de um cultivar resistente, traçar a melhor estratégia para que a resistência seja durável face à natureza dinâmica das populações patogênicas

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Conceitos:

Tipos de reações ao patógeno: Imunidade, resistência, suscetibilidade e tolerância.

Imunidade: o patógeno não consegue se estabelecer no hospedeiro, não havendo nenhuma reação fisiológica do hospedeiro contra o patógeno;

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Exemplos:

-Em espécies hospedeiras do patógeno, como é o

caso de determinados genótipos de Vigna

unguiculata imunes a Uromyces phaseoli f.sp.

vignae.

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Hipersensibilidade: reação do hospedeiro ao

patógeno, limitando sua multiplicação, formando

muitas vezes lesões no local de penetração do

patógeno. também chamada de resistência

vertical ou monogênica.

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Nicotiana benthamiana inoculada com Tospovirus

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Segundo Vanderplank, existem resistências que

são efetivas contra algumas raças do patógeno ou

seja as resistências ditas verticais (também

chamadas de raças-específicas)

Resistências que são efetivas contra todas as raças,

ou seja, temos as resistências horizontais (ou raça-

inespecíficas).

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Resistência vertical ou monogênica: Herança

monogênica (1 gene) ou oligogênica (2 a 3 genes),

efêmera, resistência á raça-específica.

A resistência vertical é efêmera podendo durar em

torno de 2 a 5 anos, dependendo do manejo

vertical

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Resistência Horizontal ou Poligênica: herança

poligênica (vários genes com ação aditiva),

durável, quantitativa, não-específica, geral.

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Resistência: é a capacidade da planta em impedir

ou retardar a entrada e/ou subseqüentes

atividades do patógeno em seus tecidos

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Resistência de Plantas adultas: manifesta-se

somente na fase adulta

Resistência de Plântulas: manifesta-se somente

na fase inicial de desenvolvimento.

Resistência de Campo: manifesta-se somente em

condições de campo

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Suscetibilidade: reação do hospedeiro em que

permite a penetração, o estabelecimento e a

multiplicação do patógeno, resultando em danos

fisiológicos.

Tolerância: permite o estabelecimento do

patógeno, porém, não há redução significativa da

produtividade do hospedeiro em relação á uma

testemunha sadia.

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“Teoria gene a gene” – Harold H. Flor (1942)

Plantas com gene dominante de resistência ( gene

R - moléculas receptoras) --- patógenos com gene

dominante de avirulência (gene Avr – moléculas

indutoras).

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Patógeno Avirulento VirulentoPlanta Suscetível + +

Resistente - +

+ = ocorre doença – Interações Compatíveis-= planta sadia – Interações IncompatíveisOBS: A resistência somente pode ocorrer se houver o reconhecimento da proteína de avirulência do patógeno pela proteína de resistência da planta.

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Mecanismos de Resistência- Necrose imediata dos tecidos adjacentes ás células infectadas;- Período latente prolongado;- Taxa de desenvolvimento da doença (multiplicação) lenta;- Diminuição do tamanho e número de pústulas- Barreiras físicas (parede celular espessa, tricomas, estômatos, etc)-EX: estômatos (mais fechados) de folhas cítricas resistentes a Xanthomonas axonopodis pv. citri- Mecanismos químicos (fenóis, alcolóides, áido clorogênico, fitoalexinas etc.)

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Estratégias para manter a Estabilidade da

Resistência Vertical

-Utilização de múltiplas variedades

- Utilização de variedades multilíneas (isolinhas

obtidas por retrocruzamento, cada uma diferindo

entre si por apenas um gene específico de

resistência)

-Plantio estratificado regional

-Incorporação de novos genes.

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Considerações práticas sobre o Melhoramento

Seleção para resistência/tolerância: ambiente

propício para o aparecimento da doença dinâmica

das epidemias, inoculação (técnicas), controle de

variação ambiental (desenho experimental

adequado), índices de doença, escalas de

severidade, etc.

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Melhoramento para Resistência às

Pragas

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1- Mecanismos de Resistência:

A) Não- Preferência: inseto não utiliza a planta

para alimentação, oviposição ou abrigo, por

desinteresse;

B) Antibiose: a sobrevivência, o desenvolvimento,

ou a reprodução do inseto, sofre efeitos

adversos causados pela planta parasitada.

C) Tolerância: são todas as respostas da planta que

a habilitem a suportar a infestação.

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2- Principais razões da Resistência

a) Morfológicos: cor, forma, espessura da parede

celular, tricomas, incrustação minerais, depósitos

superficiais de cêras, adaptações anatômicas de

órgãos (efeito na alimentação, oviposição,

locomoção, comportamento, etc).

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b) Bioquímicos: substâncias inorgânicas (EX:

selênio), metabólitos primários e secundários

( ácido cítrico, aminoácidos aromáticos) e

substâncias secundárias (alcalóides, isoprenóides,

glicosídeos, cumarinas, taninos, etc.)

EX: Isoprenóides: alfa-pineno em Pinus, gossypol

em Gossypium hirsutum (algodão do méxico),

cucurbitacin em Cucurbitáceas.

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Agliconas aromáticas: quercetin em Gossypium

spp. (algodão)

alcalóides: nicotina em Nicotiana

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3- Considerações práticas sobre o Melhoramento

Seleção para resistência/tolerância: ambiente

propício para o aparecimento do inseto/ácaro,

inoculação (técnicas), controle de variação

ambiental (desenho experimental adequado),

controle ambiente (casa de vegetação, telados,

criatórios), mobilidade da pragas, dinâmica de

populações, escalas de danos, etc.