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Memória produzida por Alexandre e Déborah
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Em uma Universidade distante, vivia uma professora chamada Vera Lúcia Lopes Cristóvão e seus alunos
da pós-graduação.
Em uma bela tarde de quinta-feira de
outono, a professora inicia sua aula de Gêneros Textuais como de costume. Entretanto, algo
havia mudado. Como bons alunos que são, todos puderam notar a mudança no visual
da docente, um charmoso novo corte
de cabelo.
Após o reconhecimento da mudança, os alunos vão se
acomodando, enquanto Vera explicita o objetivo e
as atividades da aula, sendo eles:
- discutir a relação entre gêneros e FP.
- discutir pesquisas que contemplam tal relação. Atividades: - comentários
sobre as memórias.- Reflexão sobre as
reações.- Discussão em grupo dos
textos.- Agendamento dos
horários com as duplas do artigo final.
Ao discutirem as memórias das aulas anteriores, bem como as questões provocadoras. O grupo aponta que por muitas vezes discutiram frustrações, dificuldades e experiências vividas no reino da docência, além das reflexões teóricas da disciplina. Isto gerou uma ponderação quanto a relação dos gêneros com essas indignações e revoltas. Foi citado, então o exemplo do uso do fórum, o qual é uma ação a esses questionamentos, que mexe com o próprio indivíduo e com o outro. E mais, foi sugerido que ele passasse a ser uma ferramenta de livre acesso, como um blog, assim outros reinos distantes poderiam também fazer uso dele.
Pensando em blogs, a professora apresentou aos alunos um blog realizado no reino da graduação: http://letrasinglesuel.wordpress.com/2011/04/12/teacher-education-brief-introduction/, sugerindo ainda que façamos uso dele, tecendo comentários e questões provocadoras.
No post atual, a reflexão se deu a partir de uma matéria publicada no site “The economist”:
http://www.economist.com/
Em seguida, a fim de organizar o reino, Vera
divide os alunos em três pequenos
reinados. Cada um deles ficou
encarregado de elencar aspectos
(Objetivos/ fundamentação
teórica/ metodologia (contexto,
participantes, dados,
procedimentos de análise/ resultados/ conclusão) dos textos
lidos para este encontro. Antes disso,
a professora contextualizou os
textos e suas autoras.
Assim, cada reinado foi
subdivido em pequenos vilarejos,
os quais eram responsáveis pelos
tópicos em discussão. E assim
o fizeram...
O primeiro texto: CASTRO, S. T. R. Formação docente no trabalho com gêneros textuais na graduação em Letras: Construindo a relação entre a aprendizagem e o ensino em aulas de línguas. Linguagem em (Dis)curso, Palhoça, SC, v. 10, n. 3, p. 661-681, set/dez. 2010.
Objetivo: discutir o processo de (re)constituição das representações sobre ensinar e aprender línguas, como práticas sócio-histórico-culturais, de futuros professores, em uma aula de Inglês de um curso de graduação em Letras.
Fundamentação teórica: perspectiva sócio-histórico-cultural, e Singuística Sistêmico Funcional como instrumento de análise.
Metodologia: análise de seis relatos reflexivosbimestrais dos 35 alunos de Inglês da turma em questão.Resultados: os alunos professores se reconstituem
continuadamente, construindo seus futuros papeis sociais.
Após a releitura deste estudo, o termo “laboratório” utilizado pela autora gerou um questionamento sobre experiências ou experimentos realizados com os alunos. A professora explicou ainda que este termo gerou tanta discussão, que a autora optou por tirá-lo do seu texto.
O segundo texto abordado foi: REICHMAN, C. L. Tecendo o gênero profissional: o estágio como prática de letramento docente e formação identitária. In: MEDRADO, B. P.; REICHMANN, C. L. (orgs.) Projetos e Práticas na Formação de Professores de Língua Inglesa. Editora João Pessoa: Editora da UFPB, 2012.
Objetivo: trabalhar com gêneros profissionais.Fundamentação teórica: Bronckart (1999, 2006), Kleiman,
Bakthin.Metodologia: Análise de tópicos de relatório de estágio,
análise das vozes dentro desse gênero, os agentes de letramento (parceiro de uma ação que proporciona uma agir textual), etc. Ela menciona a ISD, mas foca na a coerência pragmática.
Resultados:Parcerias que viabilizem que o professor seja um agente de ação transformadora. Avaliação positiva das experiências de formação continuada.
Conclusão: Relaciona a prática de ensino colaborativo com a formação identitária do professor.
Por fim: MARTINY, F. F. Gênero profissional e formação inicial: possibilidades e contradições na análise da atividade docente. In: MEDRADO, B. P.; REICHMANN, C. L. (orgs.) Projetos e Práticas na Formação de Professores de Língua Inglesa. Editora João Pessoa: Editora da UFPB, 2012.
Objetivo: Analisar relatórios de estágio como gênero de relatos da atividade docente, provocando reflexões e ação nos docentes participantes.
Fundamentação teórica: Teoria da atividadeMetodologia: Análise das constatações das inquietações dos
professores em formação. Instrumento de observação. Incluí-se apenas a parte do relatório pertinente aos relatos. Aponta os aspectos positivos e negativos da prática docente. Análise dos elementos de uma aula ministrada pela professora regente e ministração da mesma aula pelos alunos estagiários.
Resultados: Representação da percepção dos alunos-professores sobre a regência de aulas ministradas pela professora regente da turma. O trabalho das professoras em formação inicial parece em muitos momentos convergentes com a prática da professora regente.
Conclusão: os relatórios das aulas observadas passaram de meras descrições para reflexões sobre o ensino.
Para enfatizar a importância da fundamentação teórica em um estudo, a professora faz menção a base de uma casa, sem a qual, a casa desmorona.
Após a exposição de cada vilarejo, os reinados também elencaram outros comentários e este processo foi realizado até que todos os textos fossem abordados.
Em meio a comentários, surgiu novamente a inquietação quanto a transformar o fórum em blog, sugerindo-se ainda o nome de “Gênero em ação”.
Para finalizar o encontro, algumas reuniões foram agendadas para a elaboração dos artigos da disciplina.
E todos viveram felizes para sempre...