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MEMORIAL DESCRITIVO: conceito, estrutura e apresentação gráfica

Memorial é um documento que apresenta praticamente as mesmas informações do curriculum

vitae, todavia, de forma não enumerativa, mas discursiva. É uma autobiografia na qual se

descreve, analisa e critica fatos/ocorrências e acontecimentos sobre a trajetória acadêmico-

profissional e intelectual do candidato, avaliando cada etapa de sua experiência.

Cabe salientar que o memorial é apresentado em concursos para ingresso e promoção na

carreira docente, em exame de seleção ou qualificação em cursos de pós-graduação (stricto

sensu) e em concursos de livre-docência.

Ressalte-se a necessidade da inclusão da fase de formação do candidato, sintetizando

momentos menos importantes e enfatizando aqueles mais significativos. Devem ser

destacadas as experiências no âmbito da atividade profissional, avaliando-se sua repercussão

na vida pessoal. É conveniente ao concorrente, enaltecer o seu amadurecimento intelectual,

devendo fazer-se presente na enumeração de sua produção científica e dos projetos

desenvolvidos e em andamento.

Quanto à estrutura, recomenda-se que o memorial descritivo inclua seções que destaquem

dados/informações mais significativos, a exemplo da formação, das atividades técnico-

científicas e artístico-culturais, atividades docentes, atividades de administração/gestão e a

produção científica, dentre outras. É de bom alvitre apresentar uma introdução, mencionando

o fulcro da elaboração do memorial (a finalidade).

Ainda, em relação à estrutura, compõem o memorial as seções: 1) Introdução; 2) Formação,

Aperfeiçoamento e Atualização; 3) Atividades Técnico-Científicas, Artístico-Culturais e de

Prestação de Serviços Especializados à Sociedade; 4) Atividades Docentes; 5) Títulos,

Homenagens e Aprovação em Concursos; e, 6) Produção Científica, Literária e Artística.

Concernentemente ao texto, este deve ser redigido na primeira pessoa do singular, o qual

permitindo ao candidato destacar o mérito de suas realizações.

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Enquanto crítica ao documento "Memorial Descritivo", bastante em voga na

contemporaneidade, entende-se ser uma peça extremamente subjetiva, porque é uma narrativa

sem exigência de documentação comprobatória. Portanto, a avaliação do Memorial, por parte

da Banca Examinadora, deve ser realizada cotejando-se com a documentação do currículo

vitae, adotando, ainda, abordagens qualitativas, por exemplo, análise do conteúdo da

No tocante aos elementos pré-textuais têm-se: capa (opcional), folha de rosto do memorial,

contendo - nome, título (Memorial), local e ano e o sumário. Este contém a relação das seções

do material, na ordem em que aparecem no documento. O sumário deve figurar em folha

distinta, logo depois da folha de rosto, abrangendo os seguintes dados - o indicativo da

numeração da seção, título da seção, com a mesma apresentação gráfica utilizada no texto e o

número da página da seção ligado ao seu título.

Relativamente ao corpo do memorial (componente textual), um cabeçalho, contendo o título e

a data, e os dados subdivididos em seções compõem de forma racional o referido documento

Esta parte diferencia-se do corpo do currículo por apresentar-se de forma narrativo/descritiva

e não enumerativa. A idéia é transformar o currículo, ora em forma de memorial, num relato

que possibilitará a observação dos fatos marcantes da carreira, resgatando as ações exercidas e

as finalidades e motivos pelos quais foram desenvolvidas.

Registre-se que o corpo do memorial inicia-se com o titulo escrito em letras maiúsculas, em

negrito e centralizado. Abaixo do título e também centralizados, devem constar o mês e o ano

de sua elaboração.

No que concerne à apresentação gráfica, o memorial deve obedecer aos princípios gráficos de

textos, levando-se em consideração: formato (papel A4); digitação com margens - 3cm para a

superior e esquerda, 2cm para as margens inferior e direita; entrelinhas (1,5cm); fonte (12 se

for Times New Roman, se Arial, colocar 11); na inserção dos títulos das seções (deixar o

entrelinhamento maior que o recomendado para o texto, portanto, usar 2 espaços de 1,5 entre

a última linha de uma seção e o título da seguinte); as seções devem ser numeradas,

(permitindo a visualização hierárquica e imediata localização no memorial). Para melhor

embasamento, aconselha-se a observância do disposto na NBR 6024:2003 da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); também, para a paginação (atentar para o que

preconiza a NBR 14724:2005 da ABNT).

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mensagem, bem assim das respostas da entrevista com o (a) candidato (a). Atente-se que um

excelente profissional em narrativa poderá elaborar um "Memorial" em perfeita conformidade

com às exigências de um Edital; sem o cruzamento da comprovação do currículo e

interpretação de técnicas qualitativas referenciadas; o cliente desse profissional/ narrador (um

concorrente) poderá lograr, talvez, o máximo de pontuação no quesito objeto deste texto de

opinião.

Finalmente, ressalve-se a necessidade da instituição de uma NBR da ABNT, específica sobre

Memorial, de forma a normalizar diversos aspectos, tais como: limites mínimo e máximo de

laudas; modalidades de memorial; elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, entre

outros, a exemplo do que ocorrera com a criação da NBR 15.287, em 2005 sobre Projeto de

Pesquisa, estabelecendo parâmetros e visando a sua padronização.