2
"Estejamos unidos I Mensagem de Bezerra de Menezes no encerram , ' Espírita seja a nossa definição. Se necessário for perder. as pobres moedas de César, para preservar a inteireza do conteúdo da Mensagem, confiemos em Deus, o Supremo Doador, que nunca nos deixou ótf60s e jamais nos deixará ao abandono" 20 MeusfUhosl ~ Jesus nos abençoei A vida, sob qualquer aspecto considerada, ~ dádiva de Deus que nlngu~m pode perturbar. To- dos os seres senclentes desenvol- vem um programa na escala da evolução demandando a plenitu- de, a perfeição que Ihes ~ a meta final. Preservar a vida, em todas as suas expressões, ~ dever InaIleRá- vel que assume a consclencla hu- mana no pr6prlo desenvolvimento da sua evolução. Q.uandoalgu~m levanta a clava para Interromper propositalmen- te o cicio da vida, faz-se um novo Calm, Jogando sobre si mesmo a condenação da cons- clencla de culpa e experimentan- do, no remorso, hoje ou mais tar- de, a necessidade de depurÀr-se, reabilitando-se, ao nadar nos rios das lágrimas. Por Isso, os espíritas cristãos, compreendendo o alto significa- do da vida, levantam-se para de- fende-Ia onde quer que se apresente e, em especial, a vida humana - estágio avançado do processo de iluminação do Ser, na busca da sua consciência ple- na e c6sml~. Inspirados pelo Mundo Espiri- tual Superior, os obreiros do CrIsto se erguem hoje para pro- clamar, não s6 o direito à vida dos que estão em germe e têm o dlrelt~ de nascer, como dos que se despedem do corpo e têm o direito a permanecer, at~ o último hausto, no organismo em proces- so prévio de degeneração, como também do dellnqiiente revel, que se pode arrepender e tornar-se Instrumento útil à comunidade que agrediu, ou do atormentado mental, espiritual .e moral que, sem resistência para enfrentar a luta, opta pela falsa solução do autocídlo, mergulhando no In- sondAvelabismo de sombras e de dor. Não apenas defender esse direi- to à vida, como também respeitar todas as vidas, como se apresen- tem, onde quer que estejam, ~ tare- fa pônordIaI do Espiritismo, que pode ser considerado uma usina de poderosa força e, se por acaso, não realiza a operação transformado,a dos seus membros, influindo no comportamento da sociedade, con- verte-se em uma ~ncla, deixada à margem, que perdeu a finalidade de produzir energia para a .ldade a que se destina. Por Isso, o I'.splrltlsmo tem como objetivo primeiro a trans- formação moral do homem, e se esta não se dA, a mensagem pode ser comparada a uma lâm- pada abençoada que, lamenta- velmente, se encontra com a luz Interrompida. Dessa transformação moral, In- transferivel, Individual, saem os outros objetivos que vão atender às necessidades coletivas, mudan- do as paisagens terrestres e convi- dando a criatura à construção real do mundo pleno que em breve de- frontaremos. I'.onde estarão as energias ne- cessArIas para esse cometimento, senão no Lar, nessa sociedade m~ nlaturlzada onde se caldeiam sen- timentos, onde se lapidam arestas e, multas vezes, como buril, se re- tiram a Jaça, as anfraduosldades, limando-se a aspereza para que o brilho da luz Interior possa al- cançar a superfície e expandir-se?! A família ~ a base da ~cleda- de, que não pode ficar relepda a plano secundArlo. VIverem família com elevação e dignidade, é valo- rização da VIda, na oportunidade que Deus concede ao Espírito para crescer e atingir as culminâncias a que está destinado. t vemade que muitos obstáculos se levantam, gerando dllculdade para ambos os cometimentos. \ I REFORMADOR, DEZEMBRO, 1993 - 368

Mensagem de Bezerra de Menezes no encerram · 2018. 11. 16. · ao 'Reino de Deus, sejam real-mente Irmãos. Queo Senhor nos abençoei São essas as palavras dos tra-balhadores do

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Mensagem de Bezerra de Menezes no encerram · 2018. 11. 16. · ao 'Reino de Deus, sejam real-mente Irmãos. Queo Senhor nos abençoei São essas as palavras dos tra-balhadores do

"Estejamos unidos IMensagem de Bezerra de Menezes no encerram

, '·Espírita seja a nossadefinição. Se necessário for

perder. as pobres moedasde César, para preservar a

inteireza do conteúdo daMensagem, confiemos em

Deus, o Supremo Doador,que nunca nos deixou ótf60s

e jamais nos deixará aoabandono"

20

MeusfUhosl~ Jesus nos abençoei

Avida, sob qualquer aspectoconsiderada, ~ dádiva de Deus

que nlngu~m pode perturbar. To-dos os seres senclentes desenvol-vem um programa na escala daevolução demandando a plenitu-de, a perfeição que Ihes ~ a metafinal.

Preservar a vida, em todas assuas expressões, ~ dever InaIleRá-vel que assume a consclencla hu-mana no pr6prlo desenvolvimentoda sua evolução.

Q.uandoalgu~m levanta a clavapara Interromper propositalmen-te o cicio da vida, faz-se umnovo Calm, Jogando sobre simesmo a condenação da cons-clencla de culpa e experimentan-do, no remorso, hoje ou mais tar-de, a necessidade de depurÀr-se,reabilitando-se, ao nadar nosrios das lágrimas.

Por Isso, os espíritas cristãos,compreendendo o alto significa-do da vida, levantam-se para de-fende-Ia onde quer que seapresente e, em especial, a vidahumana - estágio avançado doprocesso de iluminação do Ser,na busca da sua consciência ple-na e c6sml~.

Inspirados pelo Mundo Espiri-tual Superior, os obreiros doCrIsto se erguem hoje para pro-clamar, não s6 o direito à vidados que estão em germe e têm odlrelt~ de nascer, como dos quese despedem do corpo e têm odireito a permanecer, at~ o últimohausto, no organismo em proces-so prévio de degeneração, comotambém do dellnqiiente revel, quese pode arrepender e tornar-seInstrumento útil à comunidadeque agrediu, ou do atormentadomental, espiritual .e moral que,sem resistência para enfrentar aluta, opta pela falsa solução doautocídlo, mergulhando no In-

sondAvelabismo de sombras e dedor.

Não apenas defender esse direi-to à vida, como também respeitartodas as vidas, como se apresen-tem, onde quer que estejam, ~ tare-fa pônordIaI do Espiritismo, quepode ser considerado uma usina depoderosa força e, se por acaso, nãorealiza a operação transformado,ados seus membros, influindo nocomportamento da sociedade, con-verte-se em uma ~ncla, deixadaà margem, que perdeu a finalidadede produzir energia para a .ldadea que se destina.

Por Isso, o I'.splrltlsmo temcomo objetivo primeiro a trans-formação moral do homem, e seesta não se dA, a mensagempode ser comparada a uma lâm-pada abençoada que, lamenta-velmente, se encontra com a luzInterrompida.

Dessa transformação moral, In-transferivel, Individual, saem osoutros objetivos que vão atenderàs necessidades coletivas, mudan-do as paisagens terrestres e convi-dando a criatura à construção realdo mundo pleno que em breve de-frontaremos.

I'.onde estarão as energias ne-cessArIas para esse cometimento,senão no Lar, nessa sociedade m~nlaturlzada onde se caldeiam sen-timentos, onde se lapidam arestase, multas vezes, como buril, se re-tiram a Jaça, as anfraduosldades,limando-se a aspereza para que obrilho da luz Interior possa al-cançar a superfície e expandir-se?!

A família ~ a base da ~cleda-de, que não pode ficar relepda aplano secundArlo.VIverem famíliacom elevação e dignidade, é valo-rização da VIda, na oportunidadeque Deus concede ao Espíritoparacrescer e atingir as culminâncias aque está destinado.

t vemade que muitos obstáculosse levantam, gerando dllculdadepara ambos os cometimentos.

\

I

REFORMADOR, DEZEMBRO, 1993 - 368

Page 2: Mensagem de Bezerra de Menezes no encerram · 2018. 11. 16. · ao 'Reino de Deus, sejam real-mente Irmãos. Queo Senhor nos abençoei São essas as palavras dos tra-balhadores do

ra defesa da Vida ...".ento da Reunião do Conselho Federativo Nacional

~m, por acaso, atravessará aságuas de um rio duas vezes nasmesmas águas?' '

Enfrentar tais obsUculos i adeclsio do crlsUo renovado, queencontrou em Jesus a força pode-rosa, que Ue usou quando quisIlmplantar o Seu reino de amor eIde Justiça na Sua êpeca, guarda-das as proporções, semelhante aesta ipoca.

Se os companheiros se reves-tirem de valor moral para comba-terem o erro, pela sua atitudede coerência espírita...:crlstã, pe-la sua conduta eminentementeevang~lIca, lentamente, os espa-ços perdidos serão recuperadose será erguido na Terra o Reinode Trabalho, de Iratemldade e deAmor.

Meus tUbos, há multas sombras,porque o bem apresenta-se com ti-midez, cedendo espaço ao mal, queaIarp os seus domínios pelo iIIh'evI-mento de que se reveste.

Por Isso mesmo, espírita seJa anossa definição.

Se necessário for perder as po-bres moedas de César, para pre-servar a Inteireza do conteúdo daMensagem, confiemos em Deus, oSupremo Doador, que nunca nosdeixou 6rfãos e Jamais nos deixaráao abandono.

O EspldtlSmoBberta-nos da Ig-norincla e proplda-nos, pelas IIç.õeslumlníferas da caridade, a aç.ãosocial, na assistência e no serviçode socorro. Nepr a procedência daInsplraç.ão,para conlvlrcom os mi-todos Albltrárlose Injustosda polid-ca terrestre, i o mesmo que cederante as paixões de César, como ár-bitro dos destinos, embora semcontrole sobre as vidas, slgnlftcarlaabJuraro nome de Jesus - que i abandeira das nossas obras sociais-, para estar de braç.osdados como poder temporal, recebendo-lhe oauxnlo e apolando-Ihe as Albltrarle-dades.

369 - REFORMADOR, DEZEMBRO, 1993

Jesus disse que no mundo so-mente teriamos aflições.

Não será rlClto,portanto, espe-rarmos outra resposta, senio a dadlftculclade.

Graç.asà lei Soberana, que i alei Natural, a Lei de Amor, lute-mos Junto às autoridades compe-tentes para falarmos do nossoapostolado e pedirmos respeito àsaç.ões_renovadoras da sociedadeque vimos desenvolvendo emnome da caridade.

Não temamos nunall EsteJamosunidos na defesa da VIda em umafamilla espiritual digna, suportan-do reveses e Incompreensões. Serespírita hoje i o mesmo que tersido cristão ontem.

Quantas vezes veremos asnossas melhores palavras adulte-radas e voltadas contra n6s?

Em outras oportunidades en-frentaremos os desafios da urdl-dura da calúnia, da malversaç.ãode valores e das acusações Indi-bltas; em novos ensejos defronta-remos problemas íntimos, nosantuário domistlco, ralando-noso coraç.ãoe, mais adiante, sofrere-mos a Insidiosa Interferência dosque se comprazem na preservaç.ãodeste estado de coisas, atormenta-dos na erratlcldade Inferior, ferin-do as fibras mais íntimas do nossosentimento.

Não terá sido por outra razãoque o Mestre nos recomendou oAmor - o Amor sempre - e aOraç.ão,meus fllhosl

A Oraç.ão i o elixir de IonlPvida que nos proporciona os re-cursos para preservar os valoresde edlflcaç.ão, perseverando notrabalho Ilumlnativo. I o AmorIndlscrlmlnado, a todos, mesmoaos Inimigos - o que não querdizer anuêncla com os seus des-prop6sltos -, i 1mpositivo deemergência para lograrmos a Paz.

Como i verdade que os Seusdlscipulos nos faremos conheci-dos por multo amar, não menos

verdade i que este amor - quese Inicia em n6s -, deve expan-dir-Se ati eles, todos eles, osque nos criam embaraços e difi-culdades, que nos ameaçam enos provocam lágrimas, em am-bos os planos da vida.

No mais i confiar em Jesus.Q.uando aceitamos o mlnlstirlo

do Cristianismo Restaurado" assi-namos o prop6slto de servir comabnelPç.ão ati o fim.

Temos logrado êxito; vencemosos primeiros embates; superamosas dlflculdades maiores antes dadeclsio. Necessitamos, aaora, valo-rizar a nossa vida - v6s, no carroda matirla, e n6s outros, na expe-riência libertada do corpo -,para chelPrmos à meta final, can-tando um hino ao Vencedor que,aparentemente vencido, foi planta-do na cruz, ~ cuJaaparente derrotaestava simbolizada na vlt6r1a deencontrar-se como tr'lfen de Luzentre os homens propinquos eDeus, no Calvárlo, onde se uniramtodas as forç.as do mal para o sa-crlfido do Cordeiro.

Meus filhos, estes sio os diaschegados. Tende ânimo, preser-vai a coragem, sede flils, valori-zando a vida ~ vivendo emfamilla com elevàç.ão, para Im-plantardes na Terra a famillaIdeal, cuJos membros, vinculadosao 'Reino de Deus, sejam real-mente Irmãos.

Que o Senhor nos abençoeiSão essas as palavras dos tra-

balhadores do Mais Alim que pornosso Intermidlo fazem-nas ehe-pr às vossas mentes e aos vossoscoraç.ões.

Com o carinho paternal desempre, o servidor humOlmo

BEZERRA

(Mensagem pslcofônica recebida pelomédium Divaldo Pereira Franco no encer-ramento da Reunião do Conselho Federa-tivo Nacional, em 7-11-93 - Brasília, DF.)

21