Boletim informativo do CVV Francisca Júlia

DependênciaQuímicaA Organização Mundial da Saúde apresenta

cinco razões básicas pelas quais os jovens

podem ser atraídos às drogas. Pág. 3

A cada sinal de integração social e troca afetiva

nos enchemos de esperança. Pág. 7Muita música, dança e comida típica na festa dos

pacientes do FJ. Pág. 5

Festa Julina no FJ

Edição 72Julho | Setembro | 2013

Porque a vida tem

muito valor

Conheça a nossa nova marca e entenda como ela representa a fi losofi a de trabalho do CVV Francisca Júlia. Pág. 4

Francisca Júlia é patrona da cadeira 22 da Academia Joseense de Letras

Vínculos Sociais e a Residência Terapêutica

SIPAT - Semana Interna de Prevenção de Acidentes Pág. 7

Pág. 6

ReflexãoAUTOACEITAÇÃO

No capítulo da insatisfação, urge consi-derar que dispomos atualmente, na Ter-ra, de avançadas ciências psicológicas, ensinando-nos a conhecer as defi ciên-cias e inibições dos outros; entretanto, muito difi cilmente reconhecemos com elas o impositivo de estudarmos, não apenas a fi m de entendê-las, mas igual-mente com o objetivo de aceitar-nos tais quais somos.

Admitimos os desajustes e desequilíbrios alheios, todavia, em se tratando dos nos-sos, muito frequentemente caímos em afl ição e rebeldia, aniquilando, tantas ve-zes, valiosas possibilidades de serviço em nossas mãos.

Cada um de nós se coloca em determina-do degrau de trabalho e de elevação para atender aos Desígnios da Vida Superior, traçados em auxílio a nós mesmos.

Esse é doente ainda; outro convalesce de longa enfermidade espiritual; aquele car-rega as consequências de antigos desequi-líbrios; aquele outro dispõe de reduzida instrução; e aquele outro ainda transporta consigo próprio os resultados graves de inquietantes débitos contraídos.

DiretorLuiz Carlos Peagno

Diretor ClínicoDr. Odeilton Tadeu SoaresCRM: 68139-3

NOVOS TEMPOS

Vivemos em um novo momento em que os desa-fi os são constantes e exigem de nós, que traba-lhamos com a saúde mental e dependência quí-mica, aperfeiçoamento contínuo para atender da melhor forma possível as pessoas que chegam em busca dos nossos serviços.

Dentro da complexidade do atendimento no CVV Francisca Júlia, não podemos esquecer ne-nhum detalhe, que passa pelos cuidados no aten-dimento do médico, da enfermagem, da nutrição, dos técnicos, da administração, dos serviços de apoio, enfi m, cada setor ou cada profi ssional que participa desse acolhimento precisa de boas con-dições para a execução da sua tarefa.

Por melhores que sejam as condições de trabalho que podemos oferecer aos nossos 271 colaborado-res, acredito que foi a dedicação de cada um que fez a diferença para todos os pacientes que passaram pelo CVV Francisca Júlia nesses 41 anos de existên-cia e de serviços prestados à comunidade joseense.

Apesar da nossa dedicação constante, ainda temos muito a caminhar. Precisamos esclarecer e traba-lhar para quebrar o paradigma do preconceito da população com relação à saúde mental. Esse será o nosso grande desafi o nos próximos anos.

Com a colaboração de todos e com a prestação de um serviço humanizado e diferenciado para os nossos pacientes, seremos uníssonos ao dizer que a “vida tem muito valor”, independentemente dos pe-quenos ou dos grandes problemas das pessoas que procuram acolhimento no CVV Francisca Júlia.

Mais um ano do CVV Francisca Júlia em São José dos Campos, parabéns a todos que construíram e construirão essa história de vida e de reintegra-ção social dos nossos pacientes.

Um abraço e muito obrigado!

Luiz Carlos PeagnoDiretor do CVV Francisca Júlia

Conselho DiretorLorival Marcusso BlancoAntonio C. B. dos SantosRenato Caetano de JesusMilton GabbaiSolange PerezAlan Kardeck Gonzalez

Projeto gráfi co e desktopZoon Designatendimento@zoondesign.com.br

Coordenação EditorialSomos Editora

Editorial

Todos somos, no entanto, fi lhos imortais de Deus e, pelos mecanismos da Divina Providência, cada qual de nós está situa-do por si mesmo nas condições justas, nas quais venhamos a receber novas opor-tunidades de trabalho e aprendizagem, reajustamento e melhoria, reequilíbrio e renovação.

Ainda assim, se teimamos em não reco-nhecer a realidade que nos é própria, não somente perderemos tempo precioso, mas também correremos o risco de comprar à inveja e ao ciúme, ao ódio e ao desespero, sofrimentos e problemas de que não te-mos a menor necessidade.

Ante as provas e tribulações que nos cer-quem, aceitemo-nos como somos, a fi m de extrairmos de nós com sinceridade o máximo de bem de que sejamos capazes na ampliação do bem geral, porque a vida é um parque de promoções permanente para quem trabalha e serve e todo espírito que se aceita qual é, de modo a fazer de si o melhor que pode, para logo se des-vencilhar de qualquer sombra, a fi m de engajar-se na jornada bendita do próprio burilamento, partilhando a conquista in-cessante de luz e mais luz.

EMMANUEL - do livro Mãos Unidas, de Chico Xavier

1. Escola Globinho – doação roupas e alimentos2. Fundação Mokiti Okada – doação de rou-pas e calçados3. Planevale – Parque Tecnológico Univap – doação de computadores4. Divicom – doação de móveis para escritó-rio, computadores e ar-condicionado5. Centro Espírita Casa do Caminho – doação de óleo6. Docearoma – doação mensal conta Bradesco

7. Zoon Design – doação de serviços para elabora-ção de site e marca do CVV Francisca Júlia8. Matiz Arquitetura & Design – doação de pro-jetos de arquitetura e acompanhamento de obras9. Somos Editora – coordenação editorial do jornal Mente Aberta10. Vida Nova – atendimento odontológico11. Casa de Safi ra – doação de cestas básicas12. Etep – oferecem cursos de informática aos ado-lescentes do Ambulatório infanto-juvenil

Expediente ImpressãoAllcor Gráfi ca e Editora

AGRADECIMENTOS AOS PARCEIROS QUE COLABORAM COM O CVV FJ

DEPENDÊNCIA QUÍMICA| Saúde |3

Tanto os pais quanto os filhos devem trabalhar para

que o lar seja um ambiente positivo para todos.

Comprometimento e dedicação para com os compromissos assumidos. Maturidade profi ssional, respeito e

sigilo. Responsabilidade e disciplina quanto às orientações e padrões estabelecidos. Honestidade de

propósitos nas ações e valorização do trabalho em equipe.

O ser humano valorizado, vivendo integrado junto à família e à sociedade.

Visão de Futuro

Promover o reequilíbrio emocional, a reabilitação psíquica e a reinserção

social das pessoas portadoras de transtornos mentais.

Missão Valores

A Organização Mundial da Saúde apresenta cin-co razões básicas pelas quais os jovens podem ser atraídos às drogas:

• desejar sentir-se adulto e tomar suas próprias de-cisões;

• desejar ser “popular” entre os colegas ou em um grupo;

• desejar relaxar e sentir-se bem;• desejar correr riscos e rebelar-se;• desejar matar a curiosidade.

Por que os adolescentes experimentam substâncias?

• Por pressão dos iguais, por curiosidade, por imi-tação, como manifestação de independência, re-belião, ou com a intenção de fazer uma “fi gura importante”.

• As empresas tabagistas estimulam o uso por meio de modelos juvenis atraentes em ações e paisa-gens excitantes.

• Os jovens consomem álcool porque “todo mun-do bebe”, “eu gosto, é divertido”, “ajuda-me a re-laxar”, “tira-me a timidez”, “estou mal, serve-me para escapar do sofrimento”, “por que não? Além do mais nem bebo tanto”.

Quem se encontra em situação de risco?

• Todos os adolescentes. O fumo, o álcool e as dro-gas estão disponíveis, e a maioria dos jovens são objeto de pressão para o início de seu uso. Sem dúvida, alguns adolescentes estão em maior risco do que outros.

• Os três fatores mais importantes são a história familiar, o uso por parte dos pais e certas caracte-rísticas individuais.

• História familiar de alcoolismo: indica predispo-sição genética, que é fator de risco + uso por parte dos pais + atitude, educação e medidas discipli-nares inconsistentes com relação ao uso de subs-tâncias aos seus fi lhos.

• Em família socialmente isolada, é maior o perigo de uso de substâncias e aumenta o índice de abu-so físico e sexual ou de fuga do lar.

• Outros fatores familiares predisponentes são o estresse causado por uma separação, divórcio, novas uniões conjugais, desemprego e doença ou morte de um dos pais. Muitos pais, porém, não enxergam o perigo antes de ser tarde demais.

• Exemplo de uma garota brasileira. “Ela tomava bebidas alcoólicas”, conta sua irmã Regina. “A família achava divertido e inofensivo, mas isso a levou a experimentar drogas com seus namo-rados. Visto que meus pais sempre a trataram como se os problemas que ela causava fossem in-consequentes, a situação fugiu ao controle. Vez por outra ela sumia de casa. Sempre que encon-trava uma jovem morta, a polícia telefonava para meu pai perguntando se era ela. Minha família sofria muito com isso.”

• Pai ou parente próximo com abuso de substân-cias ou dependência química.

• Fracasso ou difi culdades escolares.• Baixo nível de autoestima.• Personalidade agressiva ou impulsiva.• Instabilidade familiar, falta de supervisão.• Miséria.• História de abuso físico e sexual.• Distúrbios psiquiátricos, especialmente depres-

são, bulimia e distúrbios de atenção.

O Dr. Robert Du Pont, ex-diretor do Instituto Na-cional de Abuso de Drogas dos Estados Unidos, recomenda dez regras para os pais:

• Estabelecer um consenso familiar sobre o uso de substâncias: as regras devem ser comunica-das antes da puberdade. As crianças devem sa-ber que seus pais esperam que na adolescência não fumem, não bebam, não usem maconha e outras drogas. Cada família deve estabelecer suas próprias regras, que devem ser repetidas com frequência.

• Estabelecer penalidades pelo não cumprimento das regras: as punições não precisam ser nem re-pressivas, nem excessivas e devem ser anunciadas previamente e mantidas de forma consistente. Pode ser útil estabelecê-las com a participação dos fi lhos, no começo de sua adolescência. Exem-

plos: perda de privilégios, restrição ao uso do te-lefone, “proibição de sair de casa”, etc.

• Dedicar algum tempo diário para conversar com os fi lhos a respeito do que está se passando em suas vidas, como se sentem e o que pensam. De-ve-se deixá-los falar livremente, não é necessário ter respostas, mas escutá-los atentamente, respei-tando suas experiências e sentimentos.

• Ajudar os fi lhos a defi nirem objetivos pessoais: essas metas podem ser acadêmicas, esportivas e sociais. É importante ensinar os fi lhos a tolerar seus inevitáveis fracassos, que são oportunidades para crescer e não para desanimar.

• Conhecer os amigos dos fi lhos: conhecer também os pais, encontrar-se com eles e compartilhar co-nhecimentos.

• Ajudar os fi lhos a sentirem-se bem com suas próprias qualidades e com seus pequenos ou grandes êxitos: isto signifi ca entusiasmar-se pelo que gostam.

• Deve haver um sistema estabelecido para a re-solução de confl itos: nem sempre os fi lhos estão de acordo com todos os regulamentos da casa. A melhor maneira de manter a autoridade é estar aberto aos questionamentos dos fi lhos. Um re-curso útil é incluir a consultoria com uma pessoa respeitada por todos (outro membro da família, um médico, um vizinho, etc.).

• Falar frequentemente e muito cedo com os fi lhos a respeito de seu futuro: os fi lhos devem saber que o tempo que viverão com seus pais é limitado, pois se tornarão adultos, sairão de casa e, neste momento, deverão pagar suas contas e estabele-cer suas regras. Enquanto estiverem na casa dos pais precisarão aceitar sua autoridade.

• Deve-se desfrutar dos fi lhos: uma das maiores fe-licidades da vida é ter os fi lhos em casa. Tanto os pais quanto os fi lhos devem trabalhar para que o lar seja um ambiente positivo para todos. Isso signifi ca trabalho de equipe e respeito mútuo.

• Ser um pai/mãe “intrometido/a”: é importante fazer perguntas aos fi lhos, onde e com quem es-tão. Esta informação é necessária para que sejam pais efetivos.

| 41 anos do FJ | 4

CVV FRANCISCA JULIA COMPLETA 41 ANOS DE VISUAL NOVONesses seus 41 anos de existência, o CVV Fran-cisca Júlia tem prestado um serviço de excelência à comunidade. Desde a sua fundação, o FJ dedica-se a tratar de forma diferenciada os problemas rela-cionados a saúde mental e a dependência química, realizando um esmerado e eficiente trabalho, exe-cutado com carinho e atenção por parte de seus co-laboradores.

Apesar disso, o reconhecimento dessa qualidade ainda não é satisfatório, pois grande parte da po-pulação olha a saúde mental com restrições, seja por falta de informação ou por puro preconceito. Normalmente os hospitais psiquiátricos têm sua imagem relacionada aos antigos manicômios.

A proposta desse projeto visual foi construir uma nova imagem para o FJ que agregasse valores e conceitos, trazendo mais vida, cor e alegria ao FJ. Dessa forma, acreditamos que, por meio do design, seja possível quebrar as barreiras do preconceito e fazer com que o público externo tenha uma nova percepção a respeito do FJ. Além do mais, acredi-tamos que a nova imagem também trará benefícios ao público interno, elevando a autoestima dos cola-boradores e o bem-estar geral.

Como NasCeu a Nova marCa

O ser saudável é um ser em equilíbrio. Equilíbrio do corpo e equilíbrio do espírito. Entendemos que o CVV Francisca Júlia tem em sua essência o en-tendimento de que o transtorno mental ou a de-pendência química sejam o efeito do desequilíbrio entre o corpo e o espírito. Essa foi a base conceitual para desenhar a marca FJ.

PENSAMENTO/ESPÍRITO

SEMENTE/CHÃO

CÉU

TERRA

Pela junção desses três elementos formou-se o ser humano, em equilíbrio entre corpo e espírito. Os braços estendidos “ligam-se” ao céu, e os pés “fincam-se” à terra.

Para reforçar a imagem e os concei-tos estabelecidos para a marca, usa-mos as cores azul e verde represen-tando o Céu e Terra. Escolhemos tons mais próximos, para manter uma gama apropriada às questões da simbologia das cores. O desenho da marca possui uma luminosidade que parece vir do centro do corpo. Pessoas reagem melhor aos tons de azul quando aplicados à área da saúde. O verde remete a tranquili-dade e bem-estar e, o tom rosado do coração é uma referência ao amor, carinho e dedicação.

CARINHO, CUIDADO

E DEDICAÇÃO

as iNúmeras apliCações da ideNtidadeTodo trabalho de desenvolvimento de marca deve ser aplicado e suportado em diversos materiais pro-mocionais e institucionais, permitindo o uso de grafismos em camisetas, canecas, placas de identifi-

cação, veículos, cartão de visitas, entre outros. Todo material da nova identidade já foi entregue ao CVV Francisca Júlia. Agora buscaremos parceiros que nos ajudem a produzir esses materiais.

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| 41 anos do FJ |5

O QUE É?Escuta Terapêutica é um apoio emocional fundamentado no programa CVV e que está sendo oferecido aos pacientes, aos familiares dos pacientes, aos funcionários e também à comunidade em geral.

COMO SURGIU?

Surgiu com a constatação da necessidade de apoio emocional aos envolvidos, em diversos níveis, com transtornos

mentais e dependência química.

COMO FUNCIONA?

Com a iniciativa do CVV Francisca Júlia, voluntários treinados no programa do CVV – Centro de Valorização da Vida

estão à disposição para informar, escutar, acolher os que desejarem conversar e desabafar, em total sigilo e anonimato.

COMO SER ATENDIDO?

O Plantão do Escuta Terapêutica está disponível de segunda a quarta-feira, das 14h00 às 17h00 nos seguintes meios:

AtendimentoVia telefone: (012) 3944.9094Via e-mail: escutaterapeutica@franciscajulia.org.brAtendimento no endereço: Estrada Dr. Bezerra de Menezes, 700 São José dos Campos, das 14 às 17 horas.

NÃO É NECESSÁRIO IDENTIFICAR-SE. SIGILO E ANONIMATO ABSOLUTOS.

ATENDIMENTO GRATUITO.

Quem nos procura encontra alguém

com disponibilidade para ouvir!

Formado em design pela Escola Panamerica de Artes, é

um destacado e premiado designer brasileiro com mais de

15 anos de experiência. É reconhecido por suas contribui-

ções na indústria do calçado, por sua paixão pelo design e

pela versatilidade. Atualmente, dirige o estúdio Zoon De-

sign, em São José dos Campos SP, e trabalha com marcas

como Havaianas, Amazonas, Alpargatas, entre outras.

Sergio Alencar

Administração

Administração Refeitório

Koisa de loko

Derivados das formas abstratas da marca, esses grafismos dão suporte à comunicação e à nova identidade visual, podendo ser utilizados em di-versos itens e aplicações.

FRANCISCA JÚLIA É PATRONA DA CADEIRA 22 DA ACADEMIA JOSEENSE DE LETRAS

| Aconteceu no FJ | 6

A Acadêmica Neide Pereira Pinto escolheu a poeti-sa Francisca Júlia para ser a patrona da cadeira 22 da Academia Joseense de Letras. A escolha deu-se pelo fato de Francisca Júlia ter sido a precursora da literatura feminina no Brasil e, também, por ser a patrona do CVV Francisca Júlia, que desenvolve importante trabalho nas áreas da saúde mental e dependência química em São José dos Campos, SP.

CONHEÇA A HISTÓRIA DE FRANCISCA JÚLIA DA SILVA MUNSTE

Francisca Júlia da Silva nasceu em 1871 na antiga Vila de Xiririca, hoje município de Eldorado, interior de São Paulo. Filha de um advogado e de uma professora da rede pública, nasceu com vocação literária. Aos 14 anos, começou a escrever pequenos versos para o jornal O Estado de S. Paulo, logo depois para o Correio Paulistano e também para o Diário Popular.

Após a publicação do seu primeiro livro, Mármo-res, em 1895, foi aclamada por todos os ícones da literatura da época, como João Ribeiro, Olavo Bi-lac, Coelho Neto, Vicente de Carvalho e Machado de Assis.

Quebrou barreiras em uma época dominada pelo universo masculino e foi considerada a precursora da literatura feminina no Brasil.

Em 1899, publicou o Livro da Infância, destinado às escolas públicas de São Paulo, tornando-se também precursora da literatura infantil no Brasil.

A poesia de Francisca Júlia pode ser dividida em duas partes: a parnasiana, com a qual obteve pronta celebridade; e a simbolista, nesta incluídos também os poemas de finalidade mística e moral. Casou-se em 1909 com Filadelfo Edmundo Munster, telegrafista da Estrada de Ferro Central do Brasil. Em 1916, seu marido foi diagnosti-cado com tuberculose.

Nesse momento, Fran-cisca Júlia isolou-se e seu lado espiritual começou a florescer. Continuou a publicar

seus poemas, então poucos e voltados para o lado da religiosidade. Em 31 de outubro de 1920, Filadelfo veio a falecer. Horas depois de seu falecimento, Fran-cisca Júlia foi encontrada morta em seu quarto.

Não podemos afirmar que a poetisa suicidou-se, mas dizem que morreu por amor, pois não iria aguentar a ausência de seu marido. As circunstân-cias da sua morte fizeram com que se tornasse a patrona da instituição criada pelo CVV – Centro de Valorização da Vida, a Clínica de Repouso Fran-cisca Júlia, atualmente CVV Francisca Júlia.

No dia 20 de julho de 2013, aconteceu a tradicio-nal Festa Julina do CVV Francisca Júlia. A festa foi regada a apresentações musicais com parceiros como “Zé Santos” e “Clube do Chorinho”, comi-das típicas, quadrilha de pacientes e funcioná-rios, barracas de jogos e muita diversão e alegria.

Michele Jimenez BenjamimTerapeuta Ocupacional

FESTA JULINA NO FJ

1895 - Mármores1899 - Livro da Infância1903 - Esfinges1908 - A Feitiçaria Sob o Ponto de Vista

Científico (discurso)1912 - Alma Infantil (com Júlio César da Silva)1921 - Esfinges - 2º ed. (ampliada)1962 - Poesias (organizadas por Péricles

Eugênio da Silva Ramos)

OBRAS

| Aconteceu no FJ |7

Não é de hoje que o processo de construção de vín-culos sociais é visto com prioridade em nossa prá-tica de assistência aos moradores das Residências Terapêuticas. A cada sinal de integração social e troca afetiva, de demonstração de respeito às dife-renças, de aceite às nossas propostas de parcerias por instituições e pessoas da comunidade, nos en-chemos de esperança e tocamos em frente na cer-teza de que ali, logo ali, podemos compartilhar ou “com o outro partilhar” a vida, independentemen-te de rótulos e diagnósticos.

Sabemos que a busca por uma sociedade inclusiva, que coloque à frente de qualquer transtorno men-tal a pessoa digna de ser tratada com humanidade e respeito, requer persistência e perseverança. No entanto, de repente, encontramos braços abertos e moradas que aconchegam.

Um grupo de capoeira que nos oferece espaço e tempo para investir no movimento, no ritmo e no canto, apostando no outro que responde “sim!” e legitimando o valor da experiência cultural, do sen-timento de pertencer a uma comunidade. Uma ins-tituição que promove, uma vez por mês, um baile e que nos recebe com bons olhos e bom coração, to-dos embalados e unidos pela música, pelas palmas, com toda a harmonia de uma bela canção. Uma em-presa de jardinagem que acolhe sonhos e os valoriza quando projeta, juntamente com os moradores, não só um belo jardim, mas a possibilidade  de troca de experiência a partir da crença no potencial que cada um tem de ensinar e aprender.

Olhares que aproximam, vínculos que fortalecem! A crença na mutualidade como fonte de sabedoria e crescimento pessoal possibilitou bons encontros nes-se primeiro semestre de 2013. E que venham outros!Agradecemos ao Grupo de Capoeira Cordão de Ouro, ao Grupo Nova Era e à empresa   Empório Verde por toda dedicação e respeito.

Flávia Figueira A. PortoPsicóloga, Especialista em Psicologia

da Saúde, PUC-Rio.

OS VÍNCULOS SOCIAIS E A RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA

No dia 30 de julho de 2013, foi organizado um en-contro com os cuidadores e funcionários do Serviço Residencial Terapêutico com a proposta de promo-ver a reflexão e discussão da importância do cuida-dor no contexto das residências terapêuticas. Foram apresentados trechos do filme Os Intocáveis, filme francês dirigido por Eric Toledano e Olivier Naka-che, que narra a trajetória de uma pessoa que, após ficar tetraplégica, necessita da presença de um cui-dador, que a auxilia nas atividades básicas e dividin-do todo o seu tempo. A narrativa também aborda aspectos importantes na relação estabelecida entre o ser cuidado e o cuidador. Além disso, foram apre-sentadas fotos e músicas mostrando a trajetória dos cuidadores ao longo da existência do serviço. As-sim, foi possível sensibilizar os participantes para a importância de seu papel na estruturação e manu-tenção da vida dos moradores. O encontro foi finali-zado com um café para confraternização da equipe.

ENCONTRO DE CUIDADORESSIPAT – SEMANA INTERNA DE PREVENÇãO DE ACIDENTESGestão 2012/2013

De 15 a 19 de abril ocorreu no CVV Francisca Júlia a realização de mais uma SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes, com aproximadamente 100 participantes. O grupo abordou temas como: AIDS e Doenças Sexualmente Transmissíveis, Es-tresse e Saúde Mental do Colaborador, Terapia em Grupo, Noções Básicas de Primeiros Socorros, Álco-ol e Drogas. Entre todos os temas abordados, os mais cotados foram Estresse e Saúde Mental do Colabo-rador e Terapia em Grupo, os quais tiveram como palestrantes Tânia Moreira Guerra – Coord. Técnica do CVV Francisca Júlia e Adriana Barja – Terapeuta Ocupacional.

A SIPAT teve a contribuição de empresas parcei-ras da instituição na doação de brindes para sor-teio entre os participantes e ginástica laboral para interação e distração dos colaboradores, realizada pela fisioterapeuta Elaine. Neste ano, o objetivo da SIPAT foi proporcionar aos participantes interação e momentos de descontração para abordar assuntos ligados à saúde ocupacional e para conscientizar acerca dos problemas que podem ocorrer dentro ou fora do ambiente de trabalho. Agradecemos o apoio e colaboração de todos os parceiros, participantes e palestrantes para o acontecimento deste evento.

Renove-se para dias melhores.Saúde mental e Dependência química O CVV Francisca Júlia oferece tratamento especializado em transtornos mentais e dependência química para homens e mulheres. As internações são continuadas de acordo com a necessidade da pessoa, o que possibilita ao paciente se distanciar dos ambientes que facilitam o comportamento de risco e focar sua atenção integralmente ao tratamento.

AcomodaçõesA acomodação é o diferencial do CVV Francisca Júlia. Localizado numa área de rara beleza natural, com amplos jardins e vista privilegiada, onde os pacientes têm liberdade e conforto.

Os pacientes são hospedados em casas com no máximo 6 ocupantes, armário e cama individuais, amplo espaço de estar e cozinha.

Pós-InternaçãoConsultório

Após sair da internação o tratamento continua no consultório, com o acompanhamento de psicólogos e médicos.

Hospital Dia

É uma opção para o acompanhamento pós-internação em regime parcial e de semi-hospitalização. O paciente passa o dia no hospital acompanhado por uma equipe multidisciplinar e retorna para dormir em sua casa, minimizando o processo de isolamento do paciente.

Cvv Francisca Júlia internação e Hospital diaEstrada Dr. Bezerra de Menezes, 700Torrão de OuroSão José dos Campos - SPTel.: (12) 3944-9090 | 3933-9099

Cvv Francisca JúliaConsultórioAv. Dr. João Guilhermino, 429 Centro - 2º andar - Sala 28São José dos Campos - SPTel.: (12) 3204-8006

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