8
Boletim informativo do CVV Francisca Júlia Edição 70 Novembro | Dezembro | 2012 Edição 070.indd 1 12/18/12 12:54 PM

Mente Aberta, CVVFJ, Edição 070, 2012

  • Upload
    cvvfj

  • View
    214

  • Download
    1

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Informativo do CVV Francisca Júlia de São José dos Campos, SP.

Citation preview

Page 1: Mente Aberta, CVVFJ, Edição 070, 2012

Boletim informativo do CVV Francisca Júlia

Edição 70Novembro | Dezembro | 2012

Edição 070.indd 1 12/18/12 12:54 PM

Page 2: Mente Aberta, CVVFJ, Edição 070, 2012

ReflexãoDesapego

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.Encerrando ciclos, fechando portas, terminando ca-pítulos. Não importa o nome que damos, o que im-porta é deixar NO PASSADO OS MOMENTOS QUE JÁ SE ACABARAM.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.Ninguém está jogando nesta vida com cartas mar-cadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes per-demos.

Antes de começar um capitulo novo, é preciso ter-minar o antigo: diga a si mesmo que o que passou jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo – nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simples-mente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Fernando Pessoa

FELIZ ANO NOVO, QUE TUDO SERENOVE EM 2013!

Expediente Diretor GeralLuiz Carlos Peagno

Diretor ClínicoDr. Odeilton Tadeu SoaresCRM: 68139-3

e enfrentar os desafios para implementar a nova política da Saúde Mental. Tudo isso com a dedi-cação de todos os membros das equipes, sempre doando o melhor de si.

É para os membros das equipes que dirijo esta mensagem de Natal e meus agradecimentos pelo empenho, dedicação, comprometimento e supe-ração em situações mais delicadas, sem medir es-forços para que o paciente seja atendido.

Somos felizes à medida que conseguimos fazer o bem ao próximo.

Desejo a todos um FELIZ NATAL E UM ANO NOVO DE MUITA PAZ E REALIZAÇÕES.

Luiz Carlos PeagnoDiretor do CVV Francisca Júlia

EditorialNatal e Ano Novo

Estamos no final de mais um ano de conquistas, mudanças, novos projetos e crescimento inspirado pelo trabalho e pelo desejo de ser útil no atendi-mento à pessoa portadora de transtorno mental.

Com a política da Saúde Mental que vem sendo im-plementada no Brasil desde a década de 1990 pelo Ministério da Saúde, os hospitais psiquiátricos vêm sofrendo profundas modificações que são cercadas por acaloradas discussões a respeito do tema. Com base no que tenho vivenciado nessas discussões, entendo que as mudanças são positivas, pois preci-samos buscar soluções que atendam às necessida-des das pessoas portadoras de transtornos mentais e da dependência química.

Unir esforços para transformar: Assim encontrare-mos o caminho para melhorar os serviços prestados

Conselho DiretorLorival Marcusso BlancoAntonio C. B. dos SantosRenato Caetano de JesusMilton GabbaiSolange PerezAlan Kardeck Gonzalez

ColunistaJúlio Ottoboni

Projeto gráfico e desktopZoon Design – [email protected]

ImpressãoAllcor Gráfica e Editora

No último dia 16 de agosto de 2012 aconteceu, na Câmara Municipal de São José dos Campos, o even-to em comemoração aos 50 anos do CVV – Centro de Valorização da Vida e aos 40 anos do CVV Fran-cisca Júlia.

A comemoração foi marcada pela emoção das pessoas e das autoridades presentes, que fizeram questão de enviar mensagens de agradecimento e incentivo. Confira abaixo algumas delas:

• Carlinhos Almeida, então deputado federal e candidato à prefeitura de São José dos Campos, parabeniza o FJ e a todos os profissionais que trabalham no evento, destacando a excelência do trabalho realizado pelo CVV Francisca Júlia e pelo CVV – Centro de Valorização da Vida, que tem uma capacidade instalada para ouvir pessoas e salva muitas vidas. Reforça seu apoio contínuo ao CVV Francisca Júlia.

• Dr. Danilo Stanzani Jr., Secretário de Saúde do mu-nicípio, relata que está muito satisfeito com a parce-ria mantida entre o município e o FJ, pois reconhece a dificuldade em tratar pacientes com transtornos mentais devido ao preconceito que a sociedade impõe sobre esses pacientes. Diz que o FJ abraçou

Os ecos dos 40 anos do FJa causa e que o município pretende ampliar essa parceria graças à excelência no atendimento. Pa-rabeniza, também, pelo projeto de modernização da Gestão, em andamento no FJ.

• Do público que participou do evento, o FJ re-cebeu as seguintes frases de incentivo e reflexão:A sensibilidade não pode deixar de existir.A vida é um constante aprendizado.Estamos sempre aprendendo.Um olhar para mim mesmo.Atitudes/mudanças/flexibilidade.Aprendizado contínuo.O mundo não está perdido.O trabalho é importante para as pessoas.Todo esforço vale a pena.

Luiz Peagno, diretor do FJ, agradece às mensagens e deixa um agradecimento especial aos voluntá-rios Massae, Antonio, Jacobina e Dra. Elza. Aos representantes do deputado estadual Hélio Nashi-moto, Sra. Jacqueline Borges e Sr. Fred Cunha.

Ao prefeito eleito Carlinhos Almeida e ao deputa-do federal Hélio Nashimoto pelas verbas doadas ao FJ para melhorias das instalação, visando me-lhor qualidade de vida para os pacientes.

Edição 070.indd 2 12/18/12 12:54 PM

Page 3: Mente Aberta, CVVFJ, Edição 070, 2012

Os cuidados com si mesmo podem ajudar uma pessoa a prevenir a depressão.

A depressão é uma doença comum, que pode ter consequências graves se não for tratada e acompanhada adequadamente. O Ministério da Saúde estima que 25 milhões de brasileiros sofram da doença, nas manifestações leve, moderada e severa. A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que na próxima dé-cada ela seja a segunda causa principal de incapacidade e, em 2030, a principal doença no mundo.

A psicóloga e coordenadora da divisão de Saúde Mental da Secretaria Estadual da Saúde do Paraná, Larissa Yamaguchi, explica que é fundamental o diagnós-tico feito pelo profi ssional de saúde para que a pessoa receba o tratamento adequado. “Os sintomas da depressão se assemelham aos de outras doenças e podem ser facilmente confundidos”, reforça.

Segundo ela, a depressão clínica impede a pessoa de levar sua vida normal, manter seu trabalho, frequentar a escola ou fazer outras atividades rotineiras. O indivíduo deprimido perde o interesse pelas atividades de que normalmen-

Esquizofrenia e bipolaridadeA revista Nature, de 2 de julho de 2009, como infor-ma a Agência Fundação de Amparo à Pesquisa de Estado de São Paulo (FAPESP), publicou matéria na qual afi rma que esquizofrenia e transtorno bipolar têm raízes genéticas semelhantes. Tal informação pode ser lida com mais profundidade e detalhes em www.nature.com

Foram realizadas três pesquisas que apresentam di-versas novidades a respeito da variação genética e do risco que se corre de que seja desenvolvido o conjunto de psicoses que tem sintomas típicos des-tas duas patologias.

Com base em estudos que cobriram análises de mais de 10 mil casos de esquizofrenia, os pesquisa-dores descobriram uma extensa gama de variações

genéticas que respondem por pelo menos um terço do risco de desenvolvimento da doença.

Os estudiosos do Consórcio Internacional de Esqui-zofrenia – que, fundado em 2006, reúne cientistas de 11 instituições da Europa e dos Estados Unidos – mostraram que variantes genéticas comuns estão por trás do risco de desenvolvimento das citadas doenças.

“Os resultados recomendam um novo olhar em nossas categorias de diagnóstico. Se alguns dos mesmos riscos genéticos envolvem tanto a esqui-zofrenia como o transtorno bipolar, talvez esses dis-túrbios tenham origem em alguma vulnerabilidade comum no desenvolvimento cerebral”, é o que diz Thomas Insel, diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental (NIHM, na sigla em inglês), um dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos.

“Nosso estudo empregou uma nova maneira de detectar as assinaturas moleculares das variações genéticas que apresentam pequenos efeitos no

risco potencial de desenvolvimento da esquizofre-nia. Individualmente, esses efeitos não são estatis-ticamente signifi cativos, mas, juntos, eles têm um papel importante, somando pelo menos um terço do risco”, disse Shaun Purcell, da Universidade de Harvard, autor de um dos estudos.

Um dos estudos também encontrou uma associa-ção entre esquizofrenia e uma variante genética no cromossomo 1 (cromossomos são os “elementos” responsáveis pelas informações genéticas dos se-res vivos) que, tudo indica, está ligada à esclerose múltipla. Outra pesquisa identifi cou evidências de associação com variantes nos cromossomos 11 e 18 que podem ajudar a explicar os défi cits de memória e de raciocínio nos casos de esquizofrenia.

Na realidade, a complexidade do assunto evidencia que os estudiosos ainda possuem muito a descobrir e nós, muito a aprender e compreender.

Comissão Redatora do Boletim do CVV – Centro de Valorização da Vida

Depressão será a principal doença do mundo em 20 anos

te desfrutaria e, com isso, podem surgir outros problemas de saúde, como energia diminuída, difi culdade para dormir ou se alimentar e sentimentos de baixa autoestima. “Todos podemos fi car tristes em algum momento, mas a verdadeira depressão é uma situação clínica. Não é culpa da pessoa que sofre e ninguém deveria se envergonhar de tê-la. Não é um sinal de debilidade pes-soal”, esclarece a psicóloga.

Os cuidados com si mesmo podem ajudar uma pessoa a prevenir a depressão ou contribuir para o tratamento. A prática de atividade física, a regularidade do sono e o não consumo de álcool e drogas (substâncias psicoativas) ajudam a minimizar os sintomas da doença. “É fundamental que as pessoas dialoguem com membros da família e pessoas queridas. A solidão pode piorar a depres-são”, enfatiza Larissa.

REDE – As pessoas que precisam de ajuda devem procurar a unidade de saúde mais próxima da residência. A rede de saúde mental conta com equipes da Es-tratégia Saúde da Família, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), unidades de acolhimento, ambulatórios de Saúde Mental, residências terapêuticas e hospitais.

Fonte: TNOnline Agência Estadual de Notícias, publicado em 10 de outubro de 2012.

Dados importantes• 3% da população geral sofre com transtornos mentais severos e per-sistentes;

• Mais de 6% da população apresenta transtornos psiquiátricos graves decorrentes do uso de álcool e outras drogas;

• 12% da população necessita de algum atendimento em saúde men-tal, seja contínuo ou eventual;

• 2,3% do orçamento anual do SUS é destinado para a Saúde Mental.

Fonte: Ministério da Saúde

| Saúde Mental |3

Edição 070.indd 3 12/18/12 12:54 PM

Page 4: Mente Aberta, CVVFJ, Edição 070, 2012

| Colaboradores | 4

Autoestima Continuação da edição anterior.

No último dia 11 de dezembro mataram minha gatinha Malu, que criamos desde muito pequena quando foi abandonada no jardim de casa com sua irmãzinha, a Cléo, também assassinada pela mesma pessoa. No dia 31 de outubro ela tinha feito 3 anos de vida, teria ainda mais uns 20 para cumprir aqui na Terra. O sentimento de revolta quanto à pessoa que fez isso foi imenso, uma monstruosidade com um ser tão indefeso e inofensivo. Ela foi morta para satisfazer o vazio que assombra seu matador, a falta de esperança em si mesmo para se tornar alguém melhor e por estimar muito mais as coisas materiais que ele consegue acumular que a vida. Aí entra a autoestima.

O sistema social e econômico em que vivemos leva a entregar-nos ao consumo e aos bens materiais, como se isso preenchesse o vazio da existência. En-tão mata-se, rouba-se e cometem-se atrocidades em nome do petróleo, de um tênis, de um relógio ou carro. A justificativa é sempre a mesma, em qua-se todos os casos: “Eu queria ter aquilo, então ma-tei para conseguir” e por aí seguem as desculpas mais insanas. Novamente o ter supera o ser.

Lembro muito minha querida Malu, uma gatinha toda preta de coleirinha vermelha, feliz e brinca-

lhona. Não precisava de nada para viver a vida por completo, sabia exatamente o valor de estar vivendo. Só não sabia da frustração que preencheu a existência do homem com maldade, com uma ambição nociva e desmedida. Se essa pessoa que assassinou mais de 10 bichinhos em menos de um ano tivesse amor próprio, compreensão de que o valor da vida é imensurável, estaria bem consigo mesmo e conseguiria olhar-se no espelho e ver uma pessoa plena e não alguém com a alma em frangalhos.

A ideia do dinheiro, do poder por meio das coisas compradas, habita a mente e o coração de muitos. Um exército de aflitos a marchar pela estreiteza de seus caminhos, pavimentados pela dor que impõem a si mesmos e aos outros. Alguém sadio, com auto-estima equilibrada, tem valores muito mais sólidos e alicerçados na construção de um mundo melhor. A verdade é que só conseguiremos um planeta me-lhor quando nos compreendermos melhor, e para isso a autoestima é fundamental.

Estamos destruindo o planeta, matando diariamen-te milhares de seres vivos. Por que fazemos isso? Há alguma explicação lógica para destruir a vida? Quantas vezes já paramos para pensar que o amor próprio é o balizador para amar o próximo e as coisas que nos cercam? A verdade é que o sistema sabe que um homem preparado para o amor é mais subversivo que um preparado para o ódio.

Jornalista diplomado e com pós-gradu-

ação em jornalismo científico. É escritor,

especialista em Cassiano Ricardo. Atuou

em vários jornais da grande imprensa na-

cional, como Estadão, Jornal da Tarde, Gazeta Mercantil,

Jornal do Brasil e no projeto de regionalização da revista

Veja. Foi professor universitário no curso de jornalismo da

Univap. É nascido em São José dos Campos.

Júlio Ottoboni

Alguém no exercício pleno de sua saúde espiritual, mental e física tem o senso correto dos valores das coisas que estão em seu entorno. E isso só ocorre quando percebemos que o vazio da alma não se preenche com as imposições do sistema econômi-co mercantilista. Estima quer dizer consideração, respeito, afeição e sentimento de carinho. Sem isso quase tudo deixa de ter sentido.

Só espero que essa pessoa que tem assassinado os “meus próximos”, essas extensões da minha vida, se conceda um dia observar a felicidade de um gatinho, de um cachorro brincando num jar-dim, e se deixe tocar pela mão do sublime. Que sejam removidas as traves que cerram seus olhos e impedem que o vazio de sua alma se preencha por um profundo respeito e carinho pela vida e por si mesmo.

Edição 070.indd 4 12/18/12 12:54 PM

Page 5: Mente Aberta, CVVFJ, Edição 070, 2012

Curso Saúde EmocionalOs funcionários do CVV Francisca Júlia participaram, em setembro e outubro, do curso de Saúde Emocional do programa Amigos do Zippy. O curso foi coor-denado pela psicóloga Sheila, integrante da equipe do programa.

A psicóloga Sheila trabalhou com o grupo o controle das emoções e dos senti-mentos, visando reforçar a autoconfiança para lidar com as mudanças e com as situações do dia a dia, e assim se fortalecer para ajudar o próximo.

O CVV Francisca Júlia e o Amigos do Zippy já programaram novos cursos para 2013. As datas serão divulgadas no MenteAberta, fiquem atentos!

Abaixo os depoimentos deixados, na ficha de avaliação, pelas pessoas que par-ticiparam do curso:

“Gostei muito de ter a oportunidade de participar deste grupo e de conhecer os monitores. Gostei de saber que está em aberto uma proposta para mais cursos relacionados aos nossos sentimentos.”

“Para mim foi como um presente. Uma grande oportunidade para cuidar da equipe da instituição.”

| Aconteceu no FJ |5

PalestraNo dia 17 de outubro, a equipe da unidade particular do CVV Francisca Júlia ministrou palestra para os funcionários da Avibras – Indústria Aeroespacial, sobre o tema Dependência química: prevenção e tratamento. O convite partiu da Avibras e fez parte dos eventos da SIPAT.

As palestras são parte da estratégia de divulgação do hospital e da metodologia aplicada para o tratamento de dependentes químicos e serão ministradas em outras empresas no decorrer de 2013.

Participaram da palestra: Fátima (Coordenadora da unidade particular), Ana Carolina (Psicóloga) e Eugênia (Consultora de Dependência Química).

O conceito fundamental do programa Amigos do Zippy é muito simples: se crianças pequenas apren-derem a lidar com suas dificuldades, elas serão mais aptas a lidar com problemas e crises na adolescência e na idade adulta.

Aplicado em escolas, no 1° ou 2° ano do Ensino Fun-damental, o programa compreende uma série de seis histórias intituladas Amigos do Zippy. O Zippy é um inseto bicho-pau e seus Amigos são as crianças.

As histórias mostram esses personagens enfren-tando problemas que são familiares aos pequenos: amizade, comunicação, solidão, bullying, mudan-ças, perdas e outras dificuldades.

Amigos do Zippy foi desenvolvido por um grupo multidisciplinar de especialistas, coordenado por

Befrienders International, entidade com sede em Londres, sob o patrocínio da empresa GlaxoSmi-thKline. Devido ao sucesso do programa, compro-vado por meio da avaliação de duas aplicações em escala piloto, foi fundada, em janeiro de 2002, a entidade “Partnership for Children” (PFC), com o objetivo de expandi-lo internacionalmente.

Atualmente o programa é aplicado em 25 países, entre eles Lituânia, Inglaterra, Índia, Brasil, Noruega, Islândia, China, Estados Unidos, Canadá e Argentina.

Amigos do Zippy foi implementado no Brasil pelo CVV – Centro de Valorização da Vida, entidade que atua desde 1962 oferecendo apoio emocional gra-tuito às pessoas que a procuram.

Fonte: Site www.amigosdozippy.org.br

“Gostei porque demonstrou que o CVV Francisca Júlia, além de querer o bem-estar emocional dos pacientes, também preza pelo bem-estar de seus funcionários.”

“O curso vem me ajudando muito a controlar meus sentimentos, a me dar mais valor, a ter confiança no que faço, como lidar com as mudanças que ocorreram em minha vida.”

“Gostei, foi um modo de incentivo para que possamos cuidar de nós, pois pen-samos nas outras pessoas e não lembramos de nossas emoções.”

“Gostaria que houvesse mais vezes esse encontro, seria muito bom!!! Agrade-ço as monitoras pela oportunidade que nos deram de expressar nossos senti-mentos.”

“Demonstra que o hospital está preocupado com a saúde do profissional que trabalha e que também pode adoecer.”

“Gostei muito, pois é interessante termos esse momento para refletir até mes-mo no ambiente de trabalho.”

“Achei ótimo esse curso, chegou na hora em que eu estava precisando.”

“Eu não sabia das oportunidades que o hospital me deu. Foi muito bom porque vou aproveitar o que eu aprendi no meu trabalho e na minha vida.”

Conheça o Amigos do Zippy

Edição 070.indd 5 12/18/12 12:54 PM

Page 6: Mente Aberta, CVVFJ, Edição 070, 2012

A vida como ela pode serQuando a poética é a das dissonâncias, o belo está no “além de”: um relato da experiência com moradores das Residências Terapêuticas do CVV Francisca Júlia.

O objetivo desta matéria é contar um pouco do cotidiano dos moradores da Residência Terapêutica. Mas, antes, um pouco de poesia, mas não esperem rima e cadência, pois nossa harmonia é feita de movimento compartilhado pela vontade veemente de dar certo. Nossa rima é o encontro da diferença. E, nesse encontro, palavras se desencontram, por vezes apenas resmungos, mas, com olhos atentos, valorizamos o “além de” – termo que empresto do Sr. Luiz Peagno, diretor do FJ e propulsor do trabalho com pessoas que atravessaram os limites da realidade vivida entre as ditas normais.

Olhamos além do embrulho, daquilo que se tem dentro, a partir da crença na força de vida em cada ser. É para além das palavras que conduzimos nos-so trabalho e nos deixamos conduzir, de mãos dadas com a singularidade de cada um. E me pergunto: para que valorizar tanto a coerência das palavras, a articulação do pensamento – sem querer destituí-las de sua signifi cância – se o coração é mudo e o desejo é pura energia clamando para ser encontrada?

Recordo-me de quando um morador salta de seu mundo de pensamentos des-conexos para se conectar com uma técnica colega de trabalho que passava por ele e lhe pergunta: “pra onde a gente vai?” Eu, que estava ali na casa desse morador para não deixa-lo sair, pois era nosso encontro de grupo, abri o portão com todo o contentamento que me cabia naquele momento, torcedora fi el que sou da expressão genuína do desejo, e o deixei ir ao encontro dela.

Não foram as palavras que despertaram nele esse movimento, muito menos um discurso articulado, cheio de argumentos pautados na ideia de incluí-los socialmente. Foi nas entrelinhas que a comunicação aconteceu; o convite, a inclusão foi como uma poesia espontânea, sem combinação sonora, mas com uma coerência de sentidos que é bela por provocar a surpresa do improviso.

Esta técnica à qual me refi ro, companheira vida afora dos moradores e funda-mental no atravessamento dos obstáculos que ainda encontramos por aí quan-do se trata de pessoas portadoras de doença mental, o recebeu com toda a sua crença no ser humano, olhando além do embrulho a vida que se abria a nossa frente, desejante. E quantas palavras compõem nossa poética, quantos nomes, quanta concretude envolvendo sutilezas! Palavras produzidas em série, espremendo-se no espaço/tempo com o técnico, com o cuidador.

A necessidade, aqui diferente do desejo, vem com nome de shampoo, de cigar-ro, de chinelo, de brinco, de CD... Quantas palavras são ditas atraindo nossos olhares para o cuidado, uma comunicação subjetiva com contorno, marca e preço. E, nessas horas, como o rascunho de uma poesia, ai de quem exigir bele-za, coerência, de desconsiderar algum trecho. A comunicação que nos apresen-tam está ali para ser vista e revista – eu ainda sou pega na expectativa de que, ora ou outra, atendendo a um pedido, não terá mais um, e mais um, e mais um, que tamanha sede será saciada, de repente.

Antes de falar do cotidiano, se é que já não me debrucei sobre ele, quero falar de música. Abro um parêntese para expressar meu entusiasmo ao falar do que esta é capaz de produzir no trabalho com os moradores das residências, dos encontros olho no olho, do sorriso espontâneo e contextualizado, da reciproci-dade, portanto, do estar no mundo em companhia. Confesso que passei bons momentos, em boa companhia, cantando com eles.

Mais sobre o cotidiano, os moradores que assistimos nas Residências Terapêu-ticas participam de atividades esportivas, de dança, de eventos sociais que fa-vorecem o sentimento de pertencer a um grupo além-muros – hospitais ou consultórios. Compartilhamos com eles suas difi culdades e conquistas neste processo de reconstrução da identidade, de reinserção social. Investimos nas tentativas de comunicação, de ligação afetiva, de produção de subjetividade.

Nesta nossa poética da vida real existem também refrões e estrofes não com-partilhados: letras esquecidas, poesias que nunca saíram do rascunho. Falo dos familiares que se dispersaram da espera incansável de moradores por um sinal de amor, da esperança de um retorno ao seio familiar idealizado e de nossa impotência.

Nesses momentos, sem a ilusão de que seria possível recuperar a inspiração poética original, oferecemos momentos propícios para uma nova inspiração. O importante é seguir com a poesia do jeito que ela se apresenta, manchada, en-velhecida, renovada, reinventada. Nossa vida ao lado deles é uma “refazenda” em meio a ausências e bons encontros. E não há cerimônia quando estamos diante do outro que cuidamos.

Outra frase já escutada em algum momento do meu trabalho é que “as más-caras caem quando se trabalha com pacientes psiquiátricos”. Então, que con-tinuem verdadeiros nossos encontros! Que sejam poéticos, porque belos, com todas as suas dissonâncias.

Flávia Figueira de Andrade Porto. Psicóloga, especialista em Psicologia da Saúde.Técnica do Serviço Residencial Terapêutico do CVV Francisca Julia.

| Serviços| 6

MissãoPromover o reequilíbrio emocional, a reabilitação psíquica e a reinserção social das pessoas portadoras de transtornos mentais e seus familiares.

Visão de futuroO ser humano valorizado, vivendo integrado junto a família e a socie-dade.

ValoresComprometimento e dedicação para com os compromissos assumidos. Maturidade professional, respeito e sigilo.Responsabilidade e disciplina quanto as orientações e padrões estabe-lecidos. Honestidade de propósitos nas ações e valorização do trabalho em equipe.

Mensagem Cada um recebe de acordo com o que dá.

Se você der ódios e indiferenças, há de recebê-los de volta.

Mas se der atenção e carinho, há de ver-se cercado de afeto e amor.

Ninguém se aproxima do espinheiro, por causa dos espinhos, nem do lodo, porque suja.

Mas todos apreciam permanecer perto das fl ores, porque espalham beleza e perfume.

Cada um recebe de acordo com o que dá.

Fonte: Minutos de SabedoriaC. Torres Pastorino

Edição 070.indd 6 12/18/12 12:54 PM

Page 7: Mente Aberta, CVVFJ, Edição 070, 2012

Reiki no FJO CVV Francisca Júlia oferece mais um serviço para seus pacientes: a terapia Reiki, que acontece todas as segundas-feiras, das 9 às 11h30, no salão do Centro de Atividades Terapêuticas (CAT).

Os pacientes são atendidos pelas voluntárias e tera-peutas Reikianas Sybelle Paixão, Ana Maria Ferreira e Teresinha Jesus do Nascimento.

CONHEÇA O REIKIReiki é a antiga arte tibetana de cura pela imposição das mãos, cujas técnicas foram redescobertas no Ja-pão em meados do século passado, pelo Dr. Mikao Usui, através de antigos pergaminhos escritos em sânscrito, e difundidas para o Ocidente por Takata.

A terapia Reiki trabalha o pensamento, as emoções, as atitudes, entre outras coisas. “Isso tudo reflete no corpo”.

Como um sistema de sincronização de energia cós-mica que é abundante no Universo para centrar o equilíbrio do todo, não visa apenas à supressão da patologia, mas a volta a um estado natural e dese-jável de bem-estar e felicidade.

O Reiki atua em todos os tipos de necessidades, tais como: estresse, vícios, fobias, depressão, desequi-líbrios emocionais, mentais e energéticos, doenças agudas, crônicas e estados terminais. Alivia rapida-mente dores físicas, podendo ser aplicado em be-bês, crianças, adultos, idosos, mulheres grávidas e em qualquer pessoa de modo geral, além de ani-mais e plantas.

O QUE É?Escuta Terapêutica é um apoio emocional fundamentado no programa CVV e que está sendo oferecido aos pacientes, aos familiares dos pacientes, aos funcionários e também à comunidade em geral.

COMO SURGIU?

Surgiu com a constatação da necessidade de apoio emocional aos envolvidos, em diversos níveis, com transtornos mentais e dependência química.

COMO FUNCIONA?Com a iniciativa do CVV Francisca Júlia, voluntários treinados no programa do CVV – Centro de Valorização da Vida estão à disposição para informar, escutar, acolher os que desejarem conversar e desabafar, em total sigilo e anonimato.

COMO SER ATENDIDO?O Plantão do Escuta Terapêutica está disponível de segunda a quarta-feira, das 14h00 às 17h00 nos seguintes meios:

AtendimentoVia telefone: (012) 3944.9094Via e-mail: [email protected] no endereço: Estrada Dr. Bezerra de Menezes, 700 São José dos Campos, das 14 às 17 horas.

NÃO É NECESSÁRIO IDENTIFICAR-SE. SIGILO E ANONIMATO ABSOLUTOS.ATENDIMENTO GRATUITO.

Quem nos procura encontra alguém

com disponibilidade para ouvir!

| Serviços |7

Benefícios• Aumenta a energia vital;• Fortalece o sistema imunitário;• Relaxa tensões e ansiedades;• Dissolve a causa das enfermidades;• Atenua dores físicas e emocionais;• Desenvolve a criatividade;• Desenvolve a intuição;• Purifica e harmoniza os Chackras;• Ajuda a tratar depressões e angústias;• Combate o estresse;• Contribui para curar o nosso planeta.

Aplicação O Reikiano capta a energia cósmica, dinamiza os Chacras e, com suas mãos, direciona essa energia para os Chacras dos assistidos por um tempo de 1 a 5 minutos, dependendo da necessidade de cada um. A energia passa por todos os Chacras, começando pelo Coronário e indo até os pés, para diulir blo-queios energéticos e produzir a cura

ChacrasChacra é a denominação sânscrita dada aos cen-tros de força existentes nos corpos espirituais do homem; também são chamados de lótus ou rodas.

Os chacras seguem certas linhas de canais de trans-missão, chamados de “meridianos” na medicina chinesa e “nadis” em sânscrito.

O Reiki como tratamentoReiki é uma técnica reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como medicina comple-

mentar, podendo ser combinada com qualquer outro tipo de tratamento tanto alopata quanto alternativo. Qualquer pessoa, independentemen-te de crença, idade, sexo, estado de saúde (física, emocional ou psíquica), pode receber Reiki.

O Reiki é uma energia inteligente e não manipulada pelo praticante, ele apenas canaliza a energia que o provedor, “O cosmo”, doa ilimitadamente. O Sensei Mikao Usui (criador do sistema Reiki) prognosticou que em algum momento a ciência evoluirá e será possível estudar e descrever essa energia.

Nos Estados Unidos, o Reiki é aplicado em muitas instituições de saúde, como The Medical Center of Massachusetts e New London Hospital.

No Brasil temos o conhecimento de que essa tera-pia é aplicada desde 1999 no Hospital universitário Gaffrée e Guinle Unirio, situado na cidade do Rio de Janeiro. A Mestra Associada Maria Tereza Cunha, de Brasília, é uma das líderes do Serviço Auxiliar de Voluntários (SAV), o qual desenvolve um projeto de atendimento no principal hospital do Distrito Fede-ral, O Hospital de Base.

O resultado de uma pesquisa realizada no hospital da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) pelo terapeuta Luis de Almeida (voluntário), que trabalha com Reiki há 15 anos, acompanhado pelo fisiopa-tologista Ricardo Monezi, demonstrou que não foi só a qualidade de vida dos voluntários que recebe-ram tratamento com Reiki que melhorou, cresceu também a confiança no mundo espiritual: 10%, comparando-se as respostas antes e depois.

Pesquisa realizada por Sybelle B. Paixão terapeuta em Reiki Tibetano desde junho de 2001.

Edição 070.indd 7 12/18/12 12:54 PM

Page 8: Mente Aberta, CVVFJ, Edição 070, 2012

Renove-se para dias melhores.

Saúde mental e Dependência química O REVICTA oferece tratamento especializado em transtornos mentais e dependência química para homens e mulheres. As internações são continuadas de acordo com a necessidade da pessoa, o que possibilita ao paciente se distanciar dos ambientes que facilitam o comportamento de risco e focar sua atenção integralmente ao tratamento.

AcomodaçõesA acomodação é o diferencial do Revicta. Localizado numa área de rara beleza natural, com amplos jardins e vista privilegiada, onde os pacientes têm liberdade e conforto.

Os pacientes são hospedados em casas com no máximo 6 ocupantes, armário e cama individuais, amplo espaço de estar e cozinha.

Pós-InternaçãoConsultório

Após sair da internação o tratamento continua no consultório, com o acompanhamento de psicólogos e médicos.

Hospital Dia

É uma opção para o acompanhamento pós-internação em regime parcial e de semi-hospitalização. O paciente passa o dia no hospital acompanhado por uma equipe multidisciplinar e retorna para dormir em sua casa, minimizando o processo de isolamento do paciente.

Revicta Internação e Hospital DiaEstrada Dr. Bezerra de Menezes, 700Torrão de OuroSão José dos Campos - SPTel.: (12) 3944-9090 | 3933-9097

Revicta ConsultórioAv. Dr. João Guilhermino, 429 Centro - 2º andar - Sala 28São José dos Campos - SPTel.: (12) 3204-8006

ABFNV | Bradesco Saúde | GM | Hapvida Assistência Médica Gama Saúde | Grupo Policlin | Grupo São José Saúde

Cime Hospital Alvorada | Samesp | SabesprevSanta Casa Vale Saúde | Sul América Saúde | MediService

Intermédica | Usisaúde | Correios Saúde

Convênios

Edição 070.indd 8 12/18/12 12:54 PM