Moderna aproximação ao mercado internacional de créditos de carbono

Ricardo Pretz,PTZ Fontes Alternativas de Energia

ptz@ptz.com.br

Vitória, 4 de maio, 2005 CREA-ES

O planeta Terra está em processo de mudança climática devidos à ação antropogênica intensiva;Os efeitos são altamente danosos e as consequências não podem ser totalmente preditas;O uso dos recursos naturais de forma indevida e a emissão de gases de efeito estufa comprometem o futuro da humanidade;Os modelos sociais adotados por alguns países e os padrões insustentáveis de consumo são os principais responsáveis por isto.

O que você pode fazer para reverter isto ?

De que lado você está?

A Terra aquecendo

Empresa de engenharia, projeto e construção de projetos com energias renováveisConsultoria na área ambiental e créditos de carbono100 % brasileira

Empresa holandesa de tecnologia e consultoria e biomassa;Grande experiência em consultoria e metodologias de carbono 100 % holandesa, possui 10 subsidiárias

Trader holandêsComprador de créditos de carbono 100 % holandesa, subsidiária da BTG

As Empresas

As empresas não tem como propósito principal a consultoria, mas a efetiva negociação de créditos e implementação dos projetos

• O Protocolo de Kyoto foi assinado em 1987 por mais de 180 nações e, até março de 2004, um total de 121 países tinham ratificado o tratado com o objetivo de reduzir gradativamente as emissões dos gases poluentes que destroem a camada de ozônio e/ou causam o efeito estufa.

• O protocolo entrou em vigor em nível mundial quando foi ratificado por um total de países responsáveis pela emissão de mais de 55% dos gases poluentes, segundo os índices estabelecidos em 1990. Os paísessignatários até fevereiro produziam 44,2% desses gases tóxicos.

• Redução de gases que provocam o efeito estufa (GHG gases, greenhouse gases)

• Meta: 2008 – 2012• Obrigações para países industrializados (Anexo I) Média: 5,2% em

comparação com 1990• 55 países, 55% das emissões (USA = 36%, Rússia = 17,4 %)

O protocolo de Kyoto

• dióxido de carbono (CO2)• metano (CH4)• óxido nitroso (N2O)• hydrofluorcarbons (HFC´s)• perfluorcarbons (PFC´s)• hexafluoreto de enxofre (SF6)

Unidades: equivalente de CO2, em 1 t CO2ecarbon emission reduction (CER, ‘carbon credit’)

Gases de efeito estufa

• Redução 6% (199 Mton CO2) até 31/12/2012 • Parte (significante) no país (convênios com setores) • Resto no estrangeiro:• Joint Implementation (JI)• Emission Trading (ET)• Clean Development Mechanism (CDM) = Mecanismo

Desenvolvimento Limpo (MDL)

Holanda: obrigações e política

• envolvimento países não-Anexo 1 (facilita investimentos)• custo-efetivo (com mesmo valor atinge reduções maiores)• parte significante no próprio país (50%)• contribuição ao objetivo final (redução global)

Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL)

• Ministério de Meio Ambiente (VROM) é responsável pela política• Ministério = DNA (designed national authority)• Departamento responsável para Mudanças Climatológicos • Departamento responsável para MDL• Ministério da Economia responsável para JI e ET

Organização na Holanda

Como reduzir ?• evitar emissão de gases de efeito estufa

• reduzir emissão de gases de efeito estufa

• sequestrar de gases de efeito estufa

Tipo de projetos (geral)

Brasil & créditos de carbono: Qual a relação ?

O país possui um dos maiores potenciais mundiais de biomassa e recursos naturais renováveis em geral;As áreas de refloretamento são significativas e atualmente há tendência de incremento; Está localizado em área de insolação privilegiada e é um potencial gerador de créditos de carbono; Setor Primário e secundário empreendedores, os quais encontram dificuldades na viabilização de projetos, bem como de acesso a crédito;

Segundo o CENBIO (Centro Nacional de Referência em Biomassa – USP/SP), o potencia termelétrico , baseando-se nas totalidade dos resíduos produzidos pelas atividades industriais, agrícolas e florestais pode atingir aproximadamente 6.000 MW de potência instalada no brasil, em base contínua de produção, respeitando-se a sazonalidade de algumas culturas e setores.

Os dados são controversos e imprecisos, porém dão um bom indicativo;

• Somente o setor sucro-alcooleiro pode responder com uma potência de 2.500 MW;

• O potencial termelétrico em base contínua tem como principais características as unidades de baixa potência.

A biomassa no Brasil

Quais atividades podembeneficiar-se dos créditos de carbono ?

Implantações Florestais e reflorestamento; Geração/substitição de energia por fontes renováveis; Usos de gases da decomposição da biomassa e outros gases causadores de efeito estufa;

De uma forma extremamente simplificada:

Perfil energético: Exemplo de Mato Grosso

FONTES 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001

TAXA M. C.

95 a 01 (%)DERIV. PETRÓLEO 1.473,5 1.427,2 1.445,2 1.576,9 1553,3 1.602,4 1.639,3 1,8

ÓLEO DIESEL 1.148,1 1.080,2 1.074,6 1.160,6 1.184,1 1.245,6 1.281,0 1,8ÓLEO COMBUSTÍVEL 73,7 69,2 72,7 94,9 72,2 55,9 46,8 -7,3

GASOLINA 137,8 158,2 164,1 203,7 164,6 177,1 186,7 5,2GLP 90,6 92,9 93,9 93,2 93,8 96,7 100,5 1,7

QUEROSENE AVIAÇÃO 23,3 26,7 39,9 24,5 38,6 27,1 24,3 0,7ELETRICIDADE 611,5 673,4 732,3 837,5 884,5 946,6 930,0 7,2

DERIV. BIOMASSA 711,5 730,8 754,3 765,1 749,6 665,2 717,1 0,1LENHA 377,4 323,3 287,2 247,2 248,5 243,3 231,8 -7,8

BAGAÇO DE CANA 250,4 322,1 395,5 445,8 442,2 354,5 427,6 9,3CARVÃO VEGETAL 2,2 2,7 1,6 1,7 2,0 3,2 3,8 9,5

ÁLCOOL ETÍL.HIDRATADO 56,6 54,2 40,3 30,5 23,9 30,2 21,2 -15,1ÁLCOOL ETÍL. ANIDRO 24,9 28,5 29,7 39,9 33,0 34,0 32,7 4,7

COQUE DE CARVÃO MIN. - - - - 17,9 31,6 35,5 (*) 40,8TOTAL 2.796,5 2.831,4 2.931,8 3.179,5 3.205,3 3.245,8 3.321,9 2,9

MATO GROSSO - UNIDADE: 10³ tEP

Vocação para Micro Centrais, ao invés de Grandes Unidades

ÓLEO DIESEL76,6%

GASO-LINA

15,4%

QUERO-SENE2,4%

ÁLCOOL ETÍLICO5,6%

SETOR RESIDENCIAL - 584,9

GLP15,9%

ELETRI-CIDADE59,7%

LENHA24,0%

CARVÃO VEGETAL

0,4%

SETOR TRANSPORTE - 1.147,6

BAGAÇO DE CANA

25,3%

ÓLEO DIESEL2,5%

ÓLEO COMBUS-

TÍVEL15,7%

LENHA28,2%

ELETRICI-DADE28,3%

SETOR INDUSTRIAL - 588,4 

ÓLEO COMBUS-

TÍVEL0,0%

ELETRICI-DADE13,3%

ÓLEO DIESEL86,7%

CARVÃO VEGETAL

0,0%

SETOR AGROPECUÁRIO - 393,9

UNIDADE: 10³ tEP

Em junho de 2004 PTZ, BTG e Bioheat celebraram um acordo de ação coorperativa entre as empresas visando ao incremento de ações de negociação de créditos de carbono

de alto padrão metodológico

Projetos de MDL, negociação de créditos de carbono

Em setembro de 2004 PTZ, BTG e Bioheat iniciaram sua atividades em negociação de créditos de carbono, firmando a 3 primeiras cartas de intenção de compra de créditos de carbono de projetos, com valor

mínimo garantido, durante o Semináro de Porto Alegre-RS

Setembro de 2004, início dos projetos no setor de energia no Brasil

Situação atual

Após os primeiros contratos, a fase de documentação foi elaborada pela PTZ e a BioHeat encontra-se por dar providencias aos trâmites internacionais; O Congresso de Cuiabá visou prestar esclarecimentos e dar continuidade a alguns projetos em andamento no setor energético e florestal, de uma forma abrangente e profunda;Entre as atividasdes e projetos, foram selecionados 4 projetos da PTZ para firmar-se cartas de intenção de compra com valores piso pré-assegurados.

Créditos de carbono e seu propósito:

Características exigidas para o projeto:

• Adicionalidade• Dependência econômica dos CERS• Respeito rigoroso às metodologias

Ao contrário do correntemente veiculado, os créditos de carbono não são fontes substanciais de renda em projetos, mas complementos, indispensáveisa à

viabilidade dos mesmos ou à captação de recursos que alavanquem os mesmos.

Elaborar um projeto não significa:

• Ter um valor de CER - US$/toneCO2

genérico, como usualmente veiculado;• Aprovação e validação do mesmo;• Garantia de achar comprador ao final do processo.

Estudo de Caso: Geração de energia

A parcela de influência dos diversos itensSimulação de um projeto de 3,5 MW a ser implementado no RS

EQUIPAMENTOS FINAME•1. Caldeira, queimador, tubulações acessórios 2.595.000,00•2. Turbina a Vapor, Redutor e Sistema condensação 1.610.000,00•3. Gerador 250.000,00•4. Equipamentos Elétricos, quadros, transformadores, extensão de rede e demais acessórios 1.241.000,00•5. Ponte Rolante e talha 65.000,00•TOTAL EM EQUIPAMENTOS FINAME 5.761.000,00

•EQUIPAMENTOS NÃO FINAME•1. Alterações do transporte de casca até a caldeira 25.000,00•2. Sistema de condicionamento e pressurização da casa de força 16.890,00•3. Condicionamento da sala de comando 6.890,00•4. Conjunto de dessupeqraquecedores e tubulações interlig. 47.220,00•TOTAL EM EQUIPAMENTOS NÃO FINAME 96.000,00

QUADRO DE SERVIÇOS

Item Valor1. Gastos em estudos e pesq. Preliminares 0,00 2. Instalação da Caldeira 194.500,00

170.000,003. Instalação da Turbina, torres de resfriamento e sist. Cond.

4. Instalação elétrica geral 91.500,00 40.000,005. Coordenação de Engenharia e Obras

6. Abertura de poços artesianos 0,007. Pré-Operação 0,00TOTAL DO INVESTIMENTO 496.000,00

QUADRO DE INVESTIMENTOS  

Item R$

1. Gastos em Estudos Preliminares e Engenharia

2. Construção civil 191.000,00

3. Equipamentos e Acessórios

4. Montagem e Comissionamento 496.000,00

5. Transporte dos Equipamentos 0,00

6. Imprevistos 0,00

7. Pré-Operação 0,00

TOTAL DO INVESTIMENTO 6.544.000,00

5.857.000,00

Principais quadros do projeto

Ano Saldo Devedor Amortização Juros Total

1 5.902.133,33 0,00 683.129,71 683.129,71

2 5.902.133,33 0,00 903.157,25 903.157,25

3 4.918.444,44 983.688,89 832.309,73 1.815.998,62

4 3.934.755,56 983.688,89 682.196,06 1.665.884,95

5 2.951.066,67 983.688,89 532.082,38 1.515.771,27

6 1.967.377,78 983.688,89 382.828,16 1.366.517,05

7983.688,89 983.688,89 231.855,04 1.215.543,93

80,00 983.688,89 81.741,37 1.065.430,25

   5.902.133,33 4.252.209,38 10.154.342,71

Condições de financiamento

Simulação como autoprodutor com excedentes para comercializare com créditos de carbono

QUADRO DE INVESTIMENTOS  

Item R$

Custos totais com o projeto 6.544.000,00Receita anual com carbono 220.000,00

Recita no período de 7 anos

Participação relativa no projeto 23 %

** Simulação do Fluxo de caixa removida, devido a contrato de sigilo com o cliente

1.540.000,00

Conclusões:

Nenhum projeto pode ser replicado, metodologias análogas, sim; A redação de um projeto, mesmo quando obtida de forma correta

não garante o sucesso na negociação; Os recursos oriundos de contratos aprovados de créditos de

carbono atendem, para projetos de geração de energia entre 10 e 30 % do valor do projeto, dependendo de inúmeras condições específicas de cada projeto;

A principal interferência dos créditos de carbono está relacionada à possibilidade de, eventualmente, obter-se a antecipação de parte da venda no período dos contratos;

Tais montantes, obtidos em situações de comprovada dependência financeira de recursos externos, usualmente são suficientes para obter-se a cobertura do percentual cujo nível de participação do agente exija como participação própria, ou mesmo, pode ser empregado na negociação de garantias.

O planeta Terra está em processo de mudança climática devidos à ação antropogênica intensiva;Os efeitos são altamente danosos e as consequências não podem ser totalmente preditas;O uso dos recursos naturais de forma indevida e a emissão de gases de efeito estufa comprometem o futuro da humanidade;Os modelos sociais adotados por alguns países e os padrões insustentáveis de consumo são os principais responsáveis por isto.

* Você pode pensar em formas de tentar ganhar dinheiro com isso para realimentar o sistema ou buscar formas

para que os projetos de revertem estes processos realmente ocorram.

De que lado você está?

A Terra aquecendo

Obrigado !

Ricardo PretzBioenergia

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Carbono: (51) 3228-7881Atendimento 24 h: (51) 98075487Website: http://www.ptz.com.br

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