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MERCADO IMOBILIÁRIO EM 2013 PERSPECTIVAS PARA 2014

MERCADO IMOBILIÁRIO EM 2013 PERSPECTIVAS PARA 2014 · cado imobiliário brasileiro e internacional, a Kuser Participações S/A elaborou o Boletim Setorial ... Octavio de Lazari

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MERCADO IMOBILIÁRIO EM 2013 PERSPECTIVAS PARA 2014

Sumário

5 Apresentação

9 Mercado imobiliário global: desafios e perspectivas

11 Crédito Imobiliário

13 Perspectivas para 2014 e contexto macroeconômico

15 Mercado de Escritórios

16 São Paulo

17 Rio de Janeiro

17 Comparação

19 Construção civil

19 Construtoras em 2013

21 Loteamentos

21 Construtoras em 2014

24 Built to Suit

25 Mercado Hoteleiro

26 América do Norte

26 Estados Unidos

29 Canadá

31 Europa

31 Panorama Geral

33 Reino Unido

34 Espanha

35 Portugal

36 Alemanha

37 Irlanda

38 Rússia

39 Ásia

39 China

40 Japão

Nosso comprometimento faz a diferença

NOSSA MISSÃODisseminar informação, democratizar o conhecimento e gerar riqueza

NOSSA VISÃOSer uma geradora de negócios e oportunidades sustentáveis,

com alta rentantabilidade e perenes (ou duradouros)

ONDE ESTAMOS Brasília/DF

Balneário Camboriú/SCCuiabá/MT

Natal/RNPorto Alegre/RS

Rio de Janeiro/RJSalvador/BA

São Paulo/SP

O QUE FAZEMOSComo business developer

atuamos desde o início até a operação dos negócios:

Planejamento

Estudos e pesquisas setoriais

Promoção no Brasil e no exterior

Missões comerciais

Implantação e operação

Desenvolvimento institucional

Não é nada fácil fazer estudos de mercado, em especial em momentos sa-zonais políticos e econômicos como viveremos no Brasil em 2014, um ano diferente, onde teremos a realização da copa do mundo de futebol e eleições presidenciais, de governadores, senadores e deputados federais e estaduais.

Em última análise, ambos os acontecimentos desviam a atenção do consu-midor, da mídia e da sociedade em geral, e no caso das eleições, tem impacto imediato na vida dos brasileiros.

Realizamos uma análise do mercado com este contexto e verificamos um otimismo global quando se fala em setor imobiliário, o que não nos surpreen-de. Todavia, este otimismo, é bem maior do que o esperado e divulgado nos meios de comunicação.

No Brasil, em especial, a perspectiva de melhora e crescimento do setor é unânime. Mesmo com pequenos desajustes setoriais, como por exemplo no mercado de escritórios que não terá um ano tão bom quanto os anteriores, há perspectiva de melhora substancial em 2015. Portanto, 2014 tem que ser enca-rado como um ano diferente, marcado pelo planejamento, crescimento e pelas melhorias consolidadas no setor.

A Kuser Participações S/A preparou este estudo para apresentar um relatório inédito e único onde todos os setores da economia brasileira estão consolida-dos. Nenhum estudo concentrando os principais componentes da indústria imobiliária brasileira foi produzido até hoje.

Espera-se assim, facilitar o entendimento e a compreensão do setor de ma-neira unificada e facilitar análises setoriais e uma visão global.

Realizamos, ainda, uma análise dos principais mercados do mundo. Uma pes-quisa com dados de entidades representativas e analistas globais que mostram o mesmo otimismo brasileiro. Tais dados, reforçam a máxima que há mercado para todos. Esperamos sinceramente que com este estudo possamos agregar dados e informações relevantes para os profissionais e principais atores do se-tor imobiliário global, especialmente os investidores contribuindo, desta forma, para aplacar a sede de boas oportunidades e mercados sólidos e duradouros.

Heitor Kuser

Apresentação

Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Coordenação Geral: Heitor Kuser

Direção de Tecnologia: Tadeu Luiz Fossá

Coordenação de Relacionamento: Thaís Di Dario

Coordenação de Logística: Charles-Eric Valle

Direção de Arte: Jader Félix e Stéphanie Medeiros

DesignerGráfico: Divanir Mattos ( RP/MTb 4536/DF)

Jornalista Responsável: Thatiana Sestrem (SC 03049 JP)

Colaboração: César Oliveira

Tradução: James Francis Walsh

Coordenação de Conteúdo: Heloisa Rosignoli

Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

MERCADO IMOBILIÁRIO EM 2013 PERSPECTIVAS PARA 2014

Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Mercado imobiliário global: desafios e perspectivasProjetar tendências para o mercado imobiliário de um país é muito mais que acompanhar nú-

meros e gráficos. Requer muita perspicácia, análise de mercado e do comportamento do consu-midor, para tirar conclusões. E ainda assim, podemos contar com inúmeras surpresas no decorrer do caminho.

Com o intuito de apresentar possíveis tendências sobre vários aspectos que norteiam o mer-cado imobiliário brasileiro e internacional, a Kuser Participações S/A elaborou o Boletim Setorial do Mercado Imobiliário Global 2013-2014.

O resultado apresentado, em mais de 40 páginas e baseado em 95 referências é proveniente de pesquisa e análise dos principais fatos e informações envolvendo o setor desde o mês de outubro de 2013 até o mês de janeiro de 2014, incluindo números de grandes empresas, depoimentos de especialistas, relatórios, gráficos e apresentações.

Os dados foram compilados e mapeados de acordo com as principais áreas do setor como: crédito imobiliário, construção civil, mercado de escritórios e imóveis residenciais. Em relação ao setor imobiliário internacional foram analisados números e tendências de dez países.

O estudo nos permite dizer que o resultado do crédito imobiliário, peça chave no desenvolvi-mento econômico de um país, apresentará um patamar de crescimento significativo: 15 a 20%, de acordo com a Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Há um tripé sustentando o crescimento do crédito no Brasil, e que deve persistir pelos próximos cinco anos: taxas historicamente baixas de desemprego; aumento real de salário para várias categorias; e au-mento do apetite dos bancos.

Passando do crédito para o mercado de escritórios também foi constatado que, no Brasil, nos pri-meiros nove meses ocorreram gradual aumento da taxa de vacância. Dados da Cushman & Wakefield para a América do Sul, apontam no último trimestre uma taxa de variação de 17,8% no quarto trimestre. Na contramão, o preço do metro quadrado, diminui. Se no primeiro trimestre, o valor girava em torno de R$ 113,20, terminamos o quarto trimestre com o valor médio de R$ 108,40 por metro quadrado.

Os principais mercados neste segmento (São Paulo e Rio de Janeiro) foram analisados em 2013, já projetando tendências futuras. Por exemplo, nos próximos anos, São Paulo terá um maior número de metros quadrados entregues em relação ao Rio de Janeiro. Serão 1,4 milhão até 2017 ante 1,2 milhão até 2019 entregues na capital fluminense.

A onda de otimismo também assola a construção civil, que segundo o IBGE, apresentou um aumento de 2,4% influenciada pelo crescimento do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos direcionados para financiamentos imobiliários e para 2014 também apre-senta boas perspectivas. E isso reflete no trabalho que as construtoras exerceram durante o ano. Pesquisa do ITC, uma das consultorias mais tradicionais em fornecimento de dados da indústria da construção, lista as construtoras que mais realizaram obras e tiveram áreas construídas em 2013. A construtora mineira MRV ficou novamente em primeiro lugar na lista, com 7.459.690,66 de metros quadrados de área total construída. Desbancando a Gafisa a Cyrela apareceu no segundo lugar do ranking, com 136 obras realizadas, em um total de 4,545 milhões de metros quadrados cons-truídos. A construtora Direcional, com 69 obras construídas em 2013 ocupa a terceira colocação.

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Se otimismo é a palavra que descreve o cenário brasileiro, o mercado internacional também passa por transformações. A competição por ativos nos principais mercados da Europa estão le-vando os investidores a voltar-se para países como Irlanda e Espanha. A pesquisa Emerging Trends in Real Estate® Europe 2014, realizada pela Urban Land Institute (ULI) e PwC com mais de mil es-pecialistas do mercado, confirma esta tendência. O relatório aponta que 54% dos entrevistados esperam um crescimento nos negócios em 2014. O número de empresários e especialistas que estão otimistas com o mercado aumentou dois por cento se comparado a 2013.

Em outros continentes, como América e Ásia, a alta nos preços é um dos fenômenos observa-dos. Os preços de imóveis residenciais em 20 cidades da China, por exemplo subiram em setem-bro, impulsionado pela valorização dos imóveis nas grandes cidades.

Na comparação por trimestres, podemos constatar que os preços dos imóveis nos Estados Unidos subiram 2% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores. Já no Canadá, as vendas de casas na região de Vancouver, no Canadá, subiram quase 64% em setembro, comprovando o boom imobiliário no país.

Que o Boletim Setorial do Mercado Imobiliário sirva de base para os profissionais entenderem como caminha e quais possíveis rumos que o setor pode apresentar, para assim melhor balizar estratégias e decisões em seu negócio.

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Crédito ImobiliárioO crédito imobiliário é uma peça chave no desenvolvimento econômico de um país. A faci-

lidade de acesso para aquisição da casa própria, conjuntura econômica favorável e incentivo do Governo ao crédito, reforçam que o mercado imobiliário no país está consolidado.

Para acompanhar esta evolução do crédito imobiliário no país, basta comparar os números no decorrer dos anos. O ano de 2004 registrou que a utilização de funding para poupança SBPE e FGTS foi de R$ 6,9 bilhões. Já em 2012, foram contabilizados a utilização de R$ 121 bilhões, ou seja o montante financiado cresceu mais de 17 vezes em 08 anos1.

A tendência promissora de crédito imobiliário no país continuou apresentando bons resulta-dos em 2013. O presidente da Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octavio de Lazari Junior, pontuou que a fatia do crédito imobiliário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) subiu para 8% no fim de outubro, ante patamar entre 5% e 6% em 20122.

Entre janeiro e dezembro de 2013, os financiamentos imobiliários alcançaram R$ 109,2 bilhões, estabelecendo um novo recorde histórico, com aumento de 32% em relação ao ano anterior3.

No acumulado de 12 meses, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imó-veis com recursos das cadernetas de poupança do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) mudou de ritmo: da pequena alta registrada no final de 2012 passou para um crescimento expressivo ao longo do ano passado.

Em dezembro de 2013, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis so-mou R$ 10,4 bilhões, 2,3% acima do resultado de novembro e 17% acima do registrado no mes-mo mês de 2012.

Quanto ao número de unidades financiadas, entre janeiro e dezembro de 2013 totalizou 529,8 mil imóveis, 17% mais do que os 453,2 mil contratados no mesmo período de 2012.

No mês de dezembro, foram financiadas aquisições e construções de 50,9 mil imóveis, alta de 7% em relação a novembro e de 19% na comparação com dezembro de 2012.

A utilização de recursos da poupança para obtenção de financiamentos também teve seu destaque em 2013. Em dezembro, os depósitos superaram os saques em R$ 8,3 bilhões, o melhor resultado em um único mês desde julho de 1994. No ano passado, a captação líquida das contas de poupança superou R$ 54 bilhões, com aumento de 46% em relação ao observado em 20124.

Até o mês de outubro, a captação líquida tinha sido de R$ 40,6 bilhões. Isto significa um aumento de 50%, se comparado ao mesmo período em 2012, que registrou acumulado de R$ 27,1 bilhões. Se irmos além e compararmos com 2011, em dois anos, o acumulado no ano praticamente quin-tuplicou. Na época, a captação acumulada de janeiro a outubro registrou saldo de R$ 8,2 bilhões5.

1 Dados apresentados durante o evento promovido pela Fiabci Brasil: Perspectivas do Mercado Imobiliário para 2014. Fonte: Abecip, Banco Central e Caixa Econômica

2 Reportagem veiculada no portal IG- 03/12/133 Fonte: Boletim Informativo do Crédito Imobiliário e Poupança da Abecip4 Fonte: Abecip5 Fonte: Abecip e Banco Central- Dados apresentados durante o evento Perspectivas para o Mercado Imobiliário em 2014, promovido pela

FIABCI/ Brasil

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Perspectivas para 2014 e contexto macroeconômicoPara 2014, as perspectivas são otimistas. A Abecip projeta um aumento de 15% a 20% no crédi-

to imobiliário. O presidente da associação, Octávio de Lazari Junior, durante o evento Perspectivas para o Mercado Imobiliário 2014, promovido pela Fiabci Brasil, reforça que há um tripé susten-tando o crescimento do crédito imobiliário, e que deve persistir pelos próximos cinco anos: taxas historicamente baixas de desemprego; aumento real de salário para várias categorias; e aumento do apetite dos bancos.

De fato, o apetite dos bancos em conceder crédito imobiliário aos clientes vem aumen-to significativamente. A Caixa Econômica Federal ainda detém a maior fatia deste mercado. Em 2013, o crédito imobiliário da Caixa totalizou R$ 134,9 bilhões de reais, ante uma estimativa de R$ 130 bilhões para o ano. Depois de registrar um recorde em contratações do crédito imobiliário em 2013 e superar a previsão para o período, a Caixa Econômica Federal estima que a modalidade continue crescendo em 2014, ficando de 10 a 20 por cento acima do registrado no ano passado6.

O crédito imobiliário do Banco do Brasil para imóvel popular também registrou um dos maio-res avanços no período analisado. No mês de dezembro, atingiu saldo de R$ 24,1 bilhões em de-zembro de 2013, expansão de 87,2% em 12 meses7.

Balanço pelo banco divulgado em setembro pontua que foram financiadas 194.219 unidades habitacionais nas faixas 1, 2 e 3 no Programa Minha Casa, Minha Vida, sendo 103.506 unidades para famílias com renda familiar mensal de até R$ 1.600,00.

O interesse dos bancos privados neste segmento também é expressivo. No crédito imobiliário os empréstimos do Bradesco alcançaram R$ 13,602 bilhões no quarto trimestre de 2013, alta de 8,2% ante o terceiro e de 35,2% em um ano8. Já o crédito imobiliário no Banco Itaú avançou 7,5% no trimestre e 34,1% em 12 meses respectivamente9.

A taxa de desemprego é outro fato que sustentará o crédito imobiliário. Desde o ano de 2004 tem se observado uma queda gradual no número de desempregados no país- exceto em outu-bro de 2006 quando ocorreu uma leve alta. A taxa de desocupação (proporção de pessoas deso-cupadas em relação à população economicamente ativa), que é formada pelos contingentes de ocupados e desocupados foi estimada em 4,3% para o conjunto das seis regiões metropolitanas.

NOV/12 DEZ JAN/13 FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SER OUT NOV DEZ

4,94,6

5,4 5,6 5,7 5,8 5,8 6,05,6

5,3 5,4 5,2

4,64,3

Figura 1- Fonte: IBGE

6 Fonte: Portal Estadão. 27/01/2147 Fonte: Jornal do Brasil. 13/02/20148 Fonte: Jornal do Comércio. 30/01/149 Fonte: Jornal Valor Econômico. 04/02/14

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

O crescimento de renda também é outro fator a ser observado e que reforça a sustentação do crédito imobiliário. O rendimento médio real dos ocupados (R$ 1.966,90) foi 0,7% menor do que o apurado em novembro (R$ 1.981,08). A média anual do rendimento médio mensal habi-tualmente recebido no trabalho principal foi estimada em R$ 1.929,03, o que correspondeu a um crescimento de 1,8% em relação a 2012 (R$ 1.894,03).10.

Rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas (a preços de Dezembro de 2013)

Mês/ano Total Rec Sal BH RJ SP PoA

Dez/01 1.623,37 1.144,84 1.259,30 1.358,32 1.584,96 1.873,11 1.426,21

Dez/02 1.442,59 1.018,07 1.154,32 1.275,35 1.447,32 1.606,02 1.422,37

Dez/03 1.442,59 1.052,68 1.142,94 1.276,02 1.433,81 1.604,68 1.382,17

Dez/04 1.528,90 1.090,85 1.233,65 1.313,97 1.545,90 1.714,50 1.398,00

Dez/05 1.593,03 1.144,44 1.276,37 1.403,76 1.564,49 1.809,14 1.464,63

Dez/06 1.628,77 1.180,28 1.312,99 1.436,84 1.603,27 1.840,62 1.526,17

Dez/07 1.687,47 1.189,95 1.400,76 1.619,43 1.681,53 1.869,15 1.522,77

Dez/08 1.699,96 1.094,66 1.384,11 1.550,70 1.726,15 1.892,46 1.615,75

Dez/09 1.800,58 1.288,96 1.462,52 1.673,62 1.974,76 1.892,98 1.730,15

Dez/10 1.847,03 1.323,37 1.643,67 1.765,83 1.968,96 1.938,40 1.721,41

Dez/11 1.905,68 1.427,90 1.569,53 1.885,67 2.007,00 2.010,23 1.800,20

Nov/12 1.981,08 1.464,16 1.400,25 1.891,09 2.141,30 2.108,26 1.962,52

Dez/13 1.966,90 1.452,00 1.404,20 1.872,50 2.154,50 2.085,10 1.905,60

10 Fonte: IBGE Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Mercado de EscritóriosO mercado de escritórios no Brasil foi marcado pelo alto número de ofertas em 2013.

Confirmando as expectativas do mercado, a inflação encerrou o ano acima da meta do governo e a taxa de juros voltou para a casa dos dois dígitos. A elevação do estoque no mercado de escri-tórios aumentou a oferta de produtos, impactando diretamente o preço pedido nos aluguéis cor-porativos. Com isso, os inquilinos tiveram um ambiente mais favorável para renegociar contratos vigentes, ou mesmo, melhores condições nos novos contratos de locação.11

Dados apresentados por Celina Antunes, presidente da Cushman & Wakefield para a América do Sul, aponta que na comparação dos primeiros nove meses de 2013 pode-se observar gradual aumento da taxa de vacância. O primeiro trimestre sofreu variação de 14,50%. Já no segundo houve aumento de 1,5% (15,8%), e reforçando este aumento, o terceiro trimestre fechou a varia-ção em 16,3%12.

Taxa de Vacância Média

1º Trimestre 14,50%

2º Trimestre 15,80%

3º Trimestre 16,30%

4º Trimestre 17,8%

Um dos impactos deste aumento é a diminuição nos preços do metro quadrado. No primei-ro trimestre, a média de preço do metro quadrado era de R$ 113,20; no segundo trimestre já foi possível observar uma queda média de 4%, com variação de R$ 108,08. O terceiro trimestre foi contabilizado o valor médio do metro quadrado a R$ 107,80. No quarto trimestre, o preço médio foi de R$ 108,4.

Preço Médio de Metro Quadrado nas Capitais

1º Trimestre R$ 113,20

2º Trimestre R$ 108,08

3º Trimestre R$ 107, 80

4º Trimestre R$ 108,40

As capitais São Paulo e Rio de Janeiro, hoje detém juntas cerca de 46% da fatia do mercado de escritórios Classe A. São Paulo possui atualmente 11,3 milhões de m², quase o dobro do Rio de Janeiro (6,2 milhões em m²). São Paulo também lidera o número de escritórios de alto padrão: são 2,6 milhões de metros quadrados ante 1,65 milhão registrados no Rio de Janeiro.

A força dos escritórios de alto padrão nas duas capitais é evidenciada não apenas pelos núme-ros. Comparando com capitais como Brasília, Salvador, Porto Alegre, nota-se que São Paulo e Rio de Janeiro são as únicas que possuem oferta de escritórios corporativos classe A+. Isto significa

11 Fonte: Relatório Marketbeat Office Snapshot, desenvolvido pela Cushman & Wakefield12 Dados apresentados durante o evento Perspectivas para o Mercado Imobiliário 2014, promovido pela Fiabci Brasil, em

dezembro /13

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

que os escritórios corporativos nas duas capitais não possuem apenas valor de locação expressi-vos e alta qualidade dos acabamentos. Mas também possuem gerador integral para áreas comuns e privativas ; pé direito maior ou igual a 2,80 m; lajes acima de 1.000m² com área útil mínima por conjunto: 500 m².

Escritórios alto padrão-estoque em m²

São Paulo 2,6 milhões

Rio de Janeiro 1,6 milhão

Brasília 424.849

Salvador 279.472

Porto Alegre 269.384

São PauloOs empreendimentos Classe A nas regiões CBD apresentaram uma alta de 0,5% na taxa de va-

cância em relação ao último trimestre, fechando o quarto trimestre em 17,2 % e acima 2,6 p.p em relação ao mesmo período em 2012. O valor médio pedido de locação mostrou uma tendência de redução durante o ano de 2013, atingindo R$ 125,2/m²/mês nas regiões CBD para empreen-dimentos Classe A, uma variação negativa de 6,2% quando comparada aos R$ 133,5/m²/mês do trimestre anterior. Comparado ao quarto trimestre de 2012 o valor médio pedido caiu 14,5% (R$146,36/m²/mês13).

A taxa de disponibilidade (espaços pré-locados) foi de 14% e apresentou queda de 1,5 p.p em relação ao terceiro trimestre (15,5%) de 2013. Este indicador apresentou variação negativa e volta a se distanciar da taxa de vacância porque houve um ligeiro aumento dos espaços pré-locados. A média para este indicador durante 2013 ficou em 13,6%14.

No quarto trimestre, o valor pedido de locação mais alto nas regiões CBD é encontrado nas regiões Faria Lima e Paulista (R$ 200,0/m²/mês), seguido do Itaim (R$ 175,0/m²/mês), Vila Olímpia (R$ 170,0/m²/mês), Marginal Pinheiros (R$ 135,0/m²/mês) e Berrini (R$ 125,0/m²/mês). Em com-paração com os valores do terceiro trimestre, sofreu variação o bairro Paulista (R$ 186,4) e Berrini (R$ 130.0 m²)15.

As perspectivas para os próximos quatro anos são otimistas. Em São Paulo, na região de Faria Lima, a expectativa é que o novo estoque total seja de 159.560 m² de área útil. Na região Paulista e Jardins, é previsto 61.962 m². Região de Itaim, 36.172 m² de área útil; Vila Olímpia, 273.019 m² e Marginal 216.938 m² de área útil16.

Em 2014, a projeção é que haja uma taxa de vacância em torno de 24%, com uma queda de 20% na absorção líquida das regiões e uma queda de 2% na taxa de disponibilidade.

13 Fonte: Relatório Marketbeat Office Snapshot, desenvolvido pela Cushman & Wakefield14 Idem 1015 Fonte: Relatório Marketbeat Office Snapshot, desenvolvido pela Cushman & Wakefield16 Fonte: Relatório Marketbeat Office Snapshot, desenvolvido pela Cushman & Wakefield

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Rio de JaneiroA taxa de vacância para os empreendimentos Classe A passou de 16% no terceiro trimestre

para 18,9% no quarto trimestre, decorrente da entrega de grandes empreendimentos pré-locados, mas ainda não ocupados. Em relação ao último trimestre de 2012, a taxa de vacância aumentou 6,4 pontos percentuais.

Todavia, a taxa de disponibilidade subiu 2 p.p passando de 9% para 11% entre o terceiro e o quarto trimestre de 2013 para os empreendimentos Classe A nas regiões pesquisadas. Este valor é muito semelhante ao valor apurado no segundo trimestre de 2013 (10,6%) revelando que o mercado carioca se apresenta estável.

Nas regiões CBD para empreendimentos Classe A, o novo estoque entregue foi de 34 mil m² de área útil no quarto trimestre de 2013 contra 4,5mil m² de área útil entregues no terceiro trimes-tre. O novo estoque acumulado durante o ano ficou 128 mil m² e fecha próximo da média anual entre 2009 e 2012 (cerca de 130 mil m²/ano)17.

Os valores do metro quadrado no Rio de Janeiro surpreendem. Impulsionados por eventos, como a Copa do Mundo, pré-sal e revitalização da região central da cidade, o preço médio pedido por locação está no sentido oposto de São Paulo. O preço médio do aluguel nas regiões de CBD pesquisados saltou de R$ 123/m² para R$ 140,2/m² entre o segundo e o terceiro trimestres de 2013.

As regiões de CBD com a maior valorização são Zona Sul com R$ 254/m², seguido pela Orla, com R$ 183,4/m² e Zona Portuária R$ 139,3/m². Centro e Cidade Nova apresentaram R$ 126,7 m² e R$ 117,8 m², respectivamente.

A previsão de estoque até o ano de 2019 no Rio de Janeiro é de 222.626 m² de área útil no Centro; Zona Portuária, 728.719 m²; Cidade Nova, 266.270 m²; já na Orla é previsto 48.770 m2 de área útil e Zona Sul está prevista apenas 8.200 m2 de área útil18.

ComparaçãoComparando os dois maiores polos de imóveis comerciais do país, observa-se que nos próxi-

mos anos São Paulo terá um maior número de metros quadrados entregues em relação ao Rio de Janeiro. Serão 1,4 milhão até 2017 ante 1,2 milhão até 2019 na cidade do Rio de Janeiro.

Porém é uma única região do Rio de Janeiro, cuja expectativa de investimentos é maior: só na Zona Portuária a projeção é de 728.719 m2, o que equivale a mais metade do previsto em todas as quatro regiões estudadas do Rio de Janeiro. A expectativa também é que a Zona Portuária ob-tenha 2,6 vezes mais estoque de metro quadrado que a região de Vila Olímpia, que em São Paulo é a região com expectativa de receber mais estoques.

A Zona Sul embora tenha o metro quadrado mais caro atualmente, é a que menos obtém ex-pectativa de novos estoques nos próximos anos. Da fatia total do Rio de Janeiro, é previsto apenas 0,6% de aumento de estoque até 201919.

17 Fonte: Relatório Marketbeat Office Snapshot, desenvolvido pela Cushman & Wakefield18 Dados apresentados durante o evento Perspectivas para o Mercado Imobiliário 2014, promovido pela Fiabci Brasil, em dezembro /13.19 Análise Editora Setor

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Em comparação ao preço do metro quadrado das duas cidades, observa-se que a média do preço do metro quadrado das cinco regiões de São Paulo estão acima do Rio de Janeiro. Com ex-ceção da Zona Sul, que possui um preço médio do metro quadrado de 21% a mais que na região mais cara de São Paulo (Faria Lima).

Regiões com metro quadrado mais caro

São Paulo Rio de Janeiro

Faria Lima R$ 200 m2 Zona Sul R$ 254 m2

Paulista R$ 186 m2 Orla R$ 183 m2

Itaim R$ 175 m2 Zona Portuária R$ 139,3 m2

Vila Olímpia R$ 170 m2 Centro R$ 126,7m2

Marginal Pinheiros R$ 140 m2 Cidade Nova R$ 117,8 m2

Berrini R$ 130 m2

No segmento de imóveis comerciais, a CEO da Cushman & Wakefield observou que os estoques vão crescer em 2014 e que o mercado está em desaceleração, mas não em crise. Pelas projeções da Cushman & Wakefield, os mercados do Rio e São Paulo devem entrar em uma curva ascenden-te em 2015, mas tudo dependerá dos rumos da economia20.

20 Fonte: Sinduscon-SP. Dez./13

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Construção civilA construção civil no Brasil apresentou um aumento de 2,4% influenciada pelo crescimento

do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos direcionados para finan-ciamentos imobiliários (para pessoas físicas e jurídicas; e expansão de 33,8% em termos nominais no terceiro trimestre de 201321.

Projeções da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor deva crescer de 3 a 4% em 2014. Segundo avaliação do vice -presidente da entidade, José Carlos Martins, fatores como pacote de concessões do governo federal, estima-do em cerca de R$ 500 bilhões em investimentos; continuidade do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) 2; além do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), contribuem para estimulação do setor22.

Construtoras em 2013Levantamento realizado com as principais incorporadoras do país indicam queda nos lança-

mentos em 2013. No terceiro trimestre, as incorporadoras de capital aberto lançaram, em conjunto, R$ 5,2 bilhões, 22% menos que os R$ 6,65 bilhões de julho a setembro de 2012.

Os números comprovam a grande retração. Até o mês de setembro, a Brookfielfd Incorporações lançou R$ 670,8 milhões, que representa 49 % a menos que no mesmo período em 2012. A em-presa possui um VGV de R$ 2,5 a R$ 3 bilhões.

A Rossi Residencial acabou lançando menos e perdendo mais. Com um VGV de R$ 900 milhões até o mês de setembro, foram lançados R$ 590 milhões, contabilizando uma queda de 66% no período de 201223.

A Cyrela Brazil Realty, maior incorporadora de capital aberto, tende a lançar menos, em 2013, do que o patamar de R$ 6 bilhões a R$ 6,5 bilhões que era esperado pelo mercado.

A Construtora Gafisa, com um VGV de R$ 2,7 bilhões, até o mês de setembro lançou R$ 1,7 bilhão.

A Cury, incorporadora da qual a Cyrela Brazil Realty tem 50%, projetava encerrar o ano com lançamentos próximos a R$ 1,7 bilhão, 20% acima do Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,4 bilhão estimado inicialmente24.

No acumulado do ano, o Valor Geral de Vendas (VGV) lançado pela Even Construtora vai so-mar de R$ 2,2 bilhões a R$ 2,3 bilhões, de acordo com o diretor-presidente da companhia, Carlos Eduardo Terepins. Em 2012, a Even lançou R$ 2,5 bilhões25.

De janeiro a setembro, a Incorporadora EZTec atingiu R$ 999,2 milhões, o correspondente a 76,9% do ponto médio da estimativa. As vendas contratadas somaram R$ 771,3 milhões em nove meses.

21 Dados IBGE- 03/12/201322 Fonte: G1 Economia - 20/11/201323 Fonte: Valor Econômico - 23/12/201324 Fonte: Valor Econômico - 29/11/201325 Fonte: Valor Econômico - 04/12/2013

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

A Helbor terminou 2013 com 23 empreendimentos lançados. O Valor Geral de Vendas (VGV) total foi de R$ 1,971 bilhão, ou 7,5% maior que o do ano retrasado. A parcela da Helbor nesses empreendimentos totalizou um VGV de R$ 1,504 bilhão, ou 7,9% maior que a comparação26.

Entre percalços e oportunidades no mercado, o ITC uma das consultorias mais tradicio-nais em fornecimento de dados da indústria da construção .foi a fundo e pesquisou quais construtoras mais realizaram obras e tiveram áreas construídas em 201327.

1º MRV A construtora mineira ficou novamente em primeiro lugar na lista, com 7.459.690,66 metros quadrados de área total construída.

2º CYRELA Aparecia em quinto lugar em 2012, desbancou a Gafisa e apareceu no segundo lugar do ranking, com 136 obras realizadas, em um total de 4,545 milhões de metros quadrados construídos.

3º DIRECIONAL Assim como no ano passado, a Direcional realizou uma quantidade de obras que as concorrentes – foram 69 em 2013 – mas ficou em terceiro lugar em área total construída.

4º GAFISA A construtora teve 102 obras concluídas no ano de 2013. Em 2012, o número era bem maior, 177. No total, a Gafisa teve um total de 3,866 milhões de áreas construídas.

5º BROOKFIELD Foi outra que construiu menos em 2012 em comparação com o ano anterior – motivo pelo qual ela caiu do terceiro para o quinto lugar. A construtora teve 94 obras no ano contra 111 em 2012 e teve uma área total construída de 3 milhões de metros quadrados.

6º TECNISA Não aparecia entre as dez maiores na lista passada, ficou em sétimo lugar neste ano. A construtora realizou 65 obras em uma área total construída de 2,995 milhões . de metros quadrados.

7º CASA ALTA Atua no Paraná e interior paulista, saltou do 18º para o 7º lugar no ranking, graças ao aumento no número de obras de 65 para 87. Por decorrência, também teve uma área total construída maior – de 1,251 milhão para 2,842 mil.

8º EVEN Caiu do 5º para o 8º lugar na lista. Em 2013, a construtora teve um total de 101 obras feitas e 2,7 milhões de metros quadrados de área construída.

9º CAPITAL ROSSI Joint venture entre a incorporadora e construtora Rossi e a Construtora Capital, líder no Amazonas, estreou na lista em 2013. Com 97 obras feitas e um total de 2,145 milhões de metros quadrados construídos.

10º GRUPO VIA Saltou para o 10º lugar no ranking do ITC, com 36 obras realizadas e 1,862 milhões de metros quadrados construídos.

VGV lançamentos em 2013

Empresa VGV Valor lançado até setembro

Brookfield Incorporações R$ 2,5 a R$ 3 bilhões R$ 670,8 milhões, 49% a menos que no mesmo período de 2012.

Rossi Residencial R$ 900 milhões R$ 590 milhões, queda de 66% no mesmo período de 2012

Gafisa R$ 2,7 bilhões R$ 1,7 bilhão

Even R$ 2,3 bilhões

26 Fonte: Isto É Dinheiro - 08/01/1427 Fonte: Portal Exame - 05/02/2014

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

LoteamentosO mercado de loteamentos tem sido uma opção promissora para empresas do setor

de construção civil. E a projeção é otimista para 2014. A previsão da Damha Urbanizadora é lançar 11 loteamentos em 2014, ante dez em 2013. Assim como neste ano, os lança-mentos estarão concentrados nas regiões Sudeste e Nordeste.

O faturamento projetado para o ano que vem é de R$ 540 milhões. Estão previstos in-vestimentos de R$ 410 milhões, ante os aportes de R$ 370 milhões feitos em 2013.

O banco de terrenos atual da loteadora corresponde a Valor Geral de Vendas (VGV) potencial de mais de R$ 7 bilhões. A Damha projeta elevar o VGV do banco de terrenos para R$ 8,5 bilhões até o fim do ano que vem.

Outra participante do segmento de loteamentos, a Vallor Urbano, lançou apenas R$ 60 milhões dos R$ 230 milhões que havia projetado como meta para este ano. O banco de terrenos da loteadora corresponde ao VGV potencial de R$ 2,1 bilhões28.

Volume Geral de Vendas

Empresa VGV estimado

Damha Urbanizadora R$ 7 bilhões

PDG R$ 2 bilhões

Vallor Urbano R$ 2,1 bilhões

A PDG também é outra empresa que vem se destacando no mercado de loteamentos. Em 2011, dos R$ 9 bilhões lançados pela PDG, os loteamentos responderam por R$ 150 milhões, ou seja, por menos de 2%. Em 2012, o VGV de loteamentos, de R$ 200 milhões, correspondeu a 11% dos lançamentos da PDG, de R$ 1,76 bilhão. Em 2013, o Valor Geral de Vendas (VGV) da PDG - incorporação imobiliária e loteamentos - ficou próximo dos R$ 2 bilhões em 2013.

Construtoras em 2014No primeiro trimestre de 2014, deve haver um “movimento bem forte” no mercado imobiliário,

devido aos lançamentos que foram postergados e às ações para promover aqueles realizados nos últimos meses de 2013. E as construtoras já começaram a fazer suas apostas.

A incorporadora Helbor estima crescer de 10% a 15% em lançamentos e vendas em 2014, na comparação com 2013, conforme o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Roberval Toffoli. Trata-se de estimativa, pois a Helbor não tem “guidances” de lançamentos e vendas29.

Os desembolsos na compra de terrenos para as divisões Gafisa e Tenda para 2014 são estimados em R$ 350 milhões. As áreas para a divisão Gafisa vão somar pouco mais de R$ 200 milhões do total.

O total de lançamentos das incorporadoras de capital aberto e fechado poderá ser recorde em São Paulo, neste ano, por conta do grande volume esperado para o quarto trimestre, na avaliação do diretor-presidente da Even, Carlos Eduardo Terepins.

28 Fonte: Valor Econômico - 26/12/201329 Fonte: Valor Econômico - 12/12/2013

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Imóveis ResidenciaisAs vendas de imóveis só na cidade de São Paulo tiveram um aumento significativo. De acordo

com o Balanço do Mercado Imobiliário 2013, o total vendido no ano atingiu R$ 19,1 bilhões, re-presentando um crescimento de 30,2% diante do volume de vendas de 2012 (R$ 14,7 bilhões). A oferta final de unidades remanescentes em produção no final de 2013 foi praticamente a mesma de 2012, próxima a 20 mil unidades30.

O desempenho de vendas medido pelo indicador VSO (Vendas sobre Oferta) de 12 meses me-lhorou em 2013, se comparado a 2012. Em dezembro do ano passado, o VSO foi de 62,1% ante os 56,7% apurado no último mês de 2012.

O volume de lançamentos residenciais na cidade de São Paulo cresceu 16,4% em 2013, com 33.198 unidades contra as 28.517 unidades lançadas no ano anterior. Dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio) apontam que o grande destaque do ano passado foi o seg-mento de um dormitório, com 9.261 unidades e incremento de 92,9% comparado às 4.800 uni-dades lançadas em 2012.

Em compensação, a venda de imóveis usados no Estado de São Paulo, registrou queda de 6,48% em outubro, mostrando uma estagnação nas vendas, segundo avaliação do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo).

A venda de imóveis usados caiu 16,52% em novembro do ano passado, pelo terceiro mês consecutivo, na comparação com o mês anterior, de acordo com o Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo). O acumulado de janeiro a novembro do ano passado ficou negativo em 21,26%.

Do total de imóveis vendidos em novembro pelas imobiliárias consultadas, 57,11% eram apar-tamentos e 42,89% eram casas. O índice estadual de vendas recuou de 0,4414 em outubro para 0,3685 em novembro.

As vendas feitas com financiamento bancário representaram 50,31% do total de imóveis ven-didos, segundo pior resultado de 2013. Em janeiro do ano passado, somente 35,24% das unidades vendidas foram financiadas pela Caixa Econômica Federal e demais bancos.

Imóveis residenciais

Total vendido no ano 2013 R$ 19,1 bilhões

Total vendido em 2012 R$ 14,7 bilhões

VSO em 2013 62,1%

VSO em 2012 56,7%

30 Fonte: Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo.

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Built to SuitO Built to Suit consiste no aluguel de imóveis industriais e comerciais construídos sob medida

para os ocupantes, visando atender às necessidades específicas de cada empresa, como localiza-ção, acesso, metragem, aspectos construtivos, configuração e distribuição dos ambientes.

Segundo dados da Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), a previsão de crescimento da atividade em 2013 foi de 10%. Além disso, a entidade pontua que 50% das grandes indústrias brasileiras atuam com contrato de sistema Built to Suit. Em estados como o Paraná, o dado é o mesmo, sobretudo com as grandes companhias que se instalaram no estado nas últimas décadas31.

Empresas como a Matec Engenharia, de Minas Gerais, investem 60% dos projetos para indús-trias e 40% para comercial (unidades médicas, shoppings, data centers). Entre ele, há o centro de distribuição da Bomi Farmacêutica. Trata-se de um projeto de 75 mil metros quadrados, com in-vestimento total de R$ 180 milhões de reais.32

Este alto dado pode ser explicado pelas vantagens que a modalidade oferece ao locatário. Anteriormente, os contratos de locação de imóveis comerciais sob encomenda eram redigidos com base no Código Civil, o que dava margem a questionamentos na Justiça. Agora, a regulamen-tação da atividade assegura que nenhuma das partes poderá contestar o contrato judicialmente.

31 Fonte: Portal Paranashop. 05/11/201332 Fonte: Revista Setor Imobiliário. Mar/2014

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Mercado HoteleiroSegundo Mapa do Turismo Brasileiro, o país tem 303 regiões turísticas distribuídas em 3.345

municípios33. País com tantas opções turísticas e sede de grandes eventos como a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos faz com que a hotelaria nacional esteja vivendo o seu melhor mo-mento. Levantamento realizado pela BSH International afirma que o Brasil contará com mais de 70 mil quartos de hotel até o ano de 2016, com investimentos na ordem de R$ 12 bilhões34.

Atualmente, as 26 redes associadas ao Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) es-tão investindo 7 bilhões de reais entre 2012 e 2015 para a construção de 40 mil novas unidades habitacionais e geração de 16 mil novos postos de trabalho.

Mas é na região Nordeste que está a maior quantia de apartamentos (25.350), já que 77% de seus projetos são resorts, e normalmente eles oferecem maior estrutura e número de unidades habitacionais que outras categorias, bem como necessitam de mais colaboradores.

A região Centro-Oeste é a que apresenta menores números: são 14 empreendimentos hote-leiros (7% do total de projetos), a maior parte deles econômicos, contemplando 2.436 apartamen-tos e montante de 318 mil reais. Juntos, os projetos de categorias Econômica (39%) e Midscale (22%) devem representar 61% do total. Na sequência, aparecem Resort (20%), Superior (10%), Supereconômico (7%) e Upscale (3%)35.

E tanto investimento não é por acaso. O aumento no número de turistas estrangeiros no Brasil em 2013 superou a média do crescimento mundial e foi quase três vezes maior que a alta verificada nos demais países da América do Sul. Enquanto o total de estrangeiros que fazem turismo regis-trou alta de 5% no ano passado, conforme dados da UNWTO (Organização Mundial do Turismo, na sigla em inglês), no Brasil esse índice foi de 6%, apontam dados preliminares da Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo), com o ingresso de pelo menos 6 milhões de turistas estrangeiros36.

Ainda de acordo com os dados da UNWTO, o aumento no número de turistas estrangeiros no Brasil foi praticamente o triplo dos 2% verificados na média dos demais países da América do Sul, região onde Brasil e Argentina são os principais receptores de turistas estrangeiros.

Mas também pode-se constatar que a receita de viagens de negócios cresceu 13,83% para R$ 36,79 bilhões em 2013. No ano anterior, o resultado havia sido de R$ 32,31 bilhões. Para 2014, a estimativa é de redução do ritmo de crescimento. A projeção é de alta nominal de receita de 12,37% por conta de impactos da Copa do Mundo no calendário corporativo37.

Na cidade do Rio de Janeiro, em específico, o levantamento da ADEMI (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário) confirma que o mercado hoteleiro na capital fluminense está lançando 1.840 novas unidades, que devem ficar prontas para os Jogos Olímpicos de 2016. O total representa aumento de 196%, ante o ano anterior38.

Já em Brasília, são 14 novos empreendimentos hoteleiros em desenvolvimento para os pró-ximos anos. No total, o Distrito Federal possui 46 meios de hospedagens cadastrados, sendo 21 nas demais regiões administrativas e entorno39.

33 Mapa do Turismo Brasileiro, elaborado pelo Ministério do Turismo34 Fonte: Revista Hotéis. 07/02/1435 Fonte: Revista Setor Imobiliário. Edição Mar/201436 Fonte: Portal Embratur.29/01/1437 Fonte: Indicadores Econômicos de Viagens Corporativas (IEVC) em pesquisa coordenada pela Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas.38 Fonte: Portal Infomoney. 27/01/201439 Fonte: Portal Hotelier News. 23/01/14

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

América do Norte

Estados UnidosO ano de 2013 foi marcado como um ano de altas no setor imobiliário norte-americano, prin-

cipalmente em relação ao preço dos imóveis. Segundo a pesquisa Case-Shiller publicada pela Standard & Poor’s, os preços subiram em setembro pelo 20º mês consecutivo. Na ocasião, os pre-ços de imóveis das 20 principais cidades aumentou 1,0% em relação ao mês anterior, em dados corrigidos de variações sazonais, após sofrer uma alta de 0,9% em agosto, informou a agência40.

A Agência Federal de Financiamentos Imobiliários (FHFA) também registrou aumento de 0,5% em outubro na comparação com setembro, em termos sazonalmente ajustados. Os valores do mercado imobiliário vêm subindo com a melhoria dos índices de emprego e o aumento da de-manda por compra de residências.

Em setembro, houve alta de 0,2% (dado revisado), também na comparação mensal. De acor-do com o levantamento, de outubro de 2012 a outubro de 2013, houve um avanço de 8,2% nos preços dos imóveis41.

Mês Alta nos preços (em %)

Agosto 0,9%

Setembro 1%

Outubro 0,5%

Na comparação por trimestres, podemos constatar que os preços dos imóveis nos Estados Unidos subiram 2% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores, de acor-do com levantamento divulgado pela Agência Federal de Financiamento Imobiliário (FHFA, na sigla em inglês). Segundo a agência, esse foi o nono trimestre seguido de alta. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, os preços de imóveis registraram elevação de 8,4%. Em setembro, o aumento foi de 0,3% ante agosto42.

O aumento contínuo nos preços dos imóveis residenciais nos Estados Unidos, gerou preocu-pação entre as principais autoridades do mercado. Em relatório divulgado no mês de novembro, a agência de classificação de risco Fitch Ratings, afirmou que o aumento dos preços dos imóveis não é sustentável. Segundo cálculo elaborado pela agência, os preços estão 17% acima do valor onde deveriam estar. Os preços das casas em São Francisco, por exemplo, subiram mais de 20% na comparação anual, a maior taxa de crescimento dos últimos 10 anos”,

De acordo com agência, o maior problema da alta é que ela parece ter sido causada pela au-mento de práticas especulativas, como a compra e venda de um imóvel em um curto período de tempo. Além disso, as vendas a dinheiro subiram drasticamente desde o ano passado e atual-mente estão perto de 50%43.

Se o preço dos imóveis está nas alturas, o mesmo não pode-se dizer das vendas.

40 Fonte: Jornal Brasil Econômico, com informações da Agênca AFP. 27/11/1341 Fonte: Valor Econômico. 24/12/1342 Fonte: Valor Econômico. 26/11/1343 Fonte: Valor Econômico. 06/11/13

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

No mês de setembro, por exemplo, as vendas pendentes de moradias nos Estados Unidos regis-traram a maior queda em mais de três anos. Dados da National Association of Realtors (Associação Nacional de Corretores de Imóveis), apontam que o índice de vendas pendentes, baseado em contratos assinados, despencou 5,6% para 101,6, registrado como o quarto mês consecutivo de queda. Foi a maior queda mensal desde maio de 2010.44

E este cenário não se alterou muito nos últimos meses. Segundo a NAR, as vendas de moradias usadas caíram 3,2 por cento em outubro, para taxa anual de 5,12 milhões de unidades. Um dos fatores é o estoque baixo e altos preços, que diminuíram o poder de compra e que devem atrasar a recuperação do mercado imobiliário norte-americano.45

Em novembro, as vendas de imóveis residenciais também recuaram, apontou a NAR, regis-trando queda de 4,3% em novembro, para uma taxa anualizada de 4,9 milhões de unidades. Em outubro, essa taxa estava em 5,12 milhões. Na comparação anual, houve queda de 1,2%, primeira baixa anual em 29 meses. O preço médio do imóvel usado ficou em US$ 196,3 mil no mês passa-do, alta de 9,4% no comparativo com novembro de 201246.

Vendas de imóveis

Mês Porcentagem

Setembro Queda de - 5,6% (vendas pendentes)

Outubro Queda de - 3,2% (moradias usadas)

Novembro Queda de -4,3% (moradias usadas)

Considerado, o maior mercado de investimento imobiliário comercial do mundo, as expecta-tivas são favoráveis para 2014. Com uma aceleração esperada em motores econômicos, somado às taxas de juros atraentes, a expectativa é o que o volumes de vendas para as Américas tenha um aumento de 10-15% este ano, com uma taxa de crescimento semelhante previsto para 2014.

Investidores estrangeiros nos Estados Unidos

A procura de brasileiros investindo em imóveis no estado da Flórida tem aumentado muito nos últimos anos, principalmente nas cidades de Miami e Orlando. O aumento de demanda provém dos efeitos da crise econômica de 2008, que beneficiaram e influenciaram os brasileiros a investir em compras e aluguéis de imóveis na região.

Dados da Forbes indicam que 70% dos apartamentos de Miami avaliados a partir de US$ 1 milhão pertencem a brasileiros. De acordo com a Miami Association of Realtors (Associação de Corretores de Imóveis de Miami), no ano passado as compras feitas por brasileiros na cidade so-maram 12% do mercado. A associação ainda afirma que 42% dos imóveis adquiridos por brasi-leiros são casas de férias47.

Mas não somente na região da Flórida que observamos o interesse dos brasileiros. Nova Iorque também vem atraindo muitos investidores, inclusive no segmento de luxo. Segundo últimos dados da Corcoran Group Real Estate, apenas nos últimos 12 meses o metro quadrado em Manhattan

44 Fonte:Agência Reuters. 28/10/1345 Fonte: Agência Reuters. 21/11/201346 Fonte: Valor Econômico. 19/12/201347 Fonte: WRA Associates. 09/01/14

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

valorizou em média 11%. Comprar um ou dois dormitórios na planta chega a custar quase U$ 2 milhões de dólares.

Com a valorização em alta, uma opção procurada por 10 a 15% dos brasileiros é a compra de unidades em hotéis devido ao turismo da Ilha. Neste formato, os hotéis ficam em média com 30% da receita bruta e mesmo assim é interessante ao investidor48.

Enquanto isso, o estoque de imóveis continuou declinando no segundo trimestre deste ano 22% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e 63% abaixo do pico no início de 2009.

Nova Iorque também é lembrada pelos imóveis de luxo. E o mercado tem se tornado muito interessante para os investidores. Até o mês de novembro, 13 projetos de novos empreendimen-tos foram apresentados em Nova Iorque, de acordo com New York State Attorney General. Isto é mais que o dobro dos seis projetos apresentados no ano passado, embora muito abaixo dos 46 planos apresentados em 2007, no auge da bolha imobiliária49.

Durante o ano de 2013 observou-se que os investidores canadenses também enxergam os Estados Unidos como uma boa oportunidade para compra de imóveis. Vários compradores da região de Ottawa, estão aproveitando as ofertas no mercado imobiliário da Flórida para investi-mentos. Las Vegas, Detroit, Los Angeles e Fort Lauderdale também estão entre as regiões prefe-ridas dos canadenses50.

Dados National Association of Realtors (NAR), apontam que até agosto de 2013 os canadenses contabilizavam uma média de 29,6% de compradores estrangeiros na região.

Perdem apenas para investidores da América Latina e do Caribe que contabilizam 32,1% das transações estrangeiras em 2013. Já os investidores europeus representam 26,6%51

Investidores estrangeiros nos Estados Unidos

América Latina 32,1%

Canadá 29,6%

Europa 26,6%

48 Fonte: Valor Econômico. 06/11/1349 Fonte: The New York Times. 17/11/1350 Fonte: Omniture Discover. Novembro/201351 Fonte: Portal CBC. 24/10/2013

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

CanadáO Canadá, tem mostrado ser bem- sucedido em seu mercado, pois a inflação dos preços

de imóveis residenciais ficou em 3,4%52. Mas as principais cidades em 2013 revelaram um boom imobiliário e aumento nos preços dos imóveis. Vendas de casas na região de Vancouver, no Canadá, subiram quase 64% em setembro, o que representa grandes ganhos em comparação com o ano passado, quando o volume de negócios despencou.

Segundo a associação Real Estate Board of Greater Vancouver, foi registrado até o mês de ou-tubro 2.483 casas à venda por meio de seu MLS, ante 1.516 no ano passado53.

No mês de setembro as vendas de imóveis subiram 18,2%. O preço médio de imóveis foi re-gistrado em média $ 385 mil, o que representa um aumento de 8,8% se comparado ao mesmo período do ano passado. Mesmo com as vendas em Vancouver registrando média de 63,8% há um ano, o número ainda representa a menor média em 10 anos na cidade mais cara do Canadá54.

Raio X-Casas à venda em Vancouver

Casas à venda em set/2013 2.483

Casas à venda em set/2012 1.516

Vendas Aumento de +18,2%

Preço médio U$ 385 mil

Fonte: Huffpost British Columbia e The Windson Star

O balanço geral da venda de imóveis em Vancouver, segundo Conselho de Imóveis da Grande Vancouver relata que as vendas totais em 2013 chegaram a 28.524 imóveis, um aumento de 14 por cento em relação às 25.032 vendas registradas em 2012, e uma diminuição de 11,9 por cento dos 32.390 vendas residenciais em 201155.

Venda de imóveis em Vancouver

Ano Número de Imóveis

2013 32.390

2012 25.032

2011 28.524

Fonte:Conselho de Imóveis da Grande Vancouver

O número de casas à venda continuou em alta no mês de novembro, com indicativos prelimi-nares de que de o mercado imobiliário do país ainda está se recuperando.

O índice, baseado no sistema MLS, é maior em Toronto. Em novembro, foi registrado um au-mento de 13,9% se comparado ao ano anterior, afirmou o Toronto Real Estate Board. Casas à venda no centro da cidade apresentaram um aumento de 23,9% enquanto 12,7% é a porcentagem de

52 Fonte: Jornal O Globo, com informações da revista The Economist. 09/01/201453 Fonte: Huffpost British Columbia.03/10/1354 Fonte: The Windson Star.16/10/1355 Fonte: Portal Real Estate Board of Greater Vancouver. 03/01/14

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

imóveis à venda em condomínios. O preço médio de venda para os imóveis na Grande Toronto é de $ 538.881, um aumento de 11,3% ante o ano anterior56.

Já no mês de dezembro, as ofertas de vendas de casas em Toronto, foram quase 14% maior do que em 2012. O preço médio das casas segundo dados da MLS foi de U$ 520.398 dólares, o que significa um aumento de 8,9 por centro do preço médio de venda em dezembro de 201257.

Raio X Mercado Imobiliário Toronto

Casas à venda no Centro da cidade. Nov/13 Aumento de + 23,9%- Nov

Casas à venda em condomínios- Nov/13 Aumentos de + 12,7%- Nov

Preço médio do imóvel- Dez/13 U$ 520.398

No Canadá também ocorreu um boom de escritórios comerciais. Cerca de 4% do estoque ainda estava em construção em meados de 2013, quatro vezes o volume dos Estados Unidos.

Mas oportunidades para os investidores no mercado imobiliário canadense é o que não faltarão em 2014. Aluguéis residenciais, escritórios são investimentos que poderão trazer bons resultados, segundo a pesquisa Emerging Trend in Real State 2014 realizada com mais de mil especialistas de mercado58. Entre os entrevistados, as maiores notas que representam as melhores expectativas para o mercado imobiliário comercial em 2014 são para armazéns (com 6,26), shoppings centers regionais (6,15) e escritórios no centros da cidade (6,05)59.

Prospects for Commercial Sub sectors in 2014

Warehouse industrial

Regional malls

Central city office

Neighborhood/community - shopping centers

Apartment moderate Income

Apartment: high Income

Power centers

R&D industrial

Limited-service hotels

Suburban office

Full-service hotels

6.26

6.15

6.05

5.81

5.74

5.70

5.63

5.43

5.00

4.93

4.83

Investment prospects

60

56 Fonte: The Globe and Mail- 5/12/201357 Fonte: Business News Network- 07/11/201458 Pesquisa realizada pela PWC e Urban Land Institute59 Notas baseadas nos conceitos: 1,0 para fraco; 5 para razoável e 9 para excelente60 Dados da Pesquisa Emergig Trend in Real State 2014

30

Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Europa

Panorama GeralO mercado imobiliário europeu tem sido visado por investidores de todo o mundo. A compe-

tição por ativos nos principais mercados da Europa estão levando os investidores a voltar-se para países como Irlanda e Espanha. Pesquisa da Emerging Trends in Real Estate® Europe 2014, realizada pela Urban Land Institute (ULI) e PwC com mais de mil especialistas do mercado confirmam esta tendência. O relatório aponta que 54% dos entrevistados esperam um crescimento nos negócios em 2014 . O número de empresários e especialistas que estão otimistas com o mercado aumen-tou dois por cento se comparado a 2013. Mais empresários acreditam que permanecerão o ano de 2014 estáveis, sem perspectiva de crescimento ou piora: são 41%, cinco por cento a mais do que o ano de 2013 (36%). Porém, menos empresários estão pessimistas com o mercado, se com-parado ao ano passado. São 6% ante 9% registrados no ano anterior.

2014

2013

Business confidence

Business profitability

Business headcount

Increase Stay the same Decrese Note: Percentages may not total 100 due to roudingSource: Emerging Trends Europe survey 2014

2014

2013

2014

2013

56

54

53

46

36

33

36

41

41

42

55

50

9

6

6

12

9

17

Figure 1 Business prospects in 2014

31

Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

A pesquisa elegeu as dez cidades europeias com tendências mais promissoras no mer-cado imobiliário europeu em 2014. Munique ainda continua sendo a primeira colocada, ocupando o mesmo posto do ano passado. Destaque para a capital irlandesa Dublin, que subiu 18 posições no ranking, se comparado ao ano passado e Copenhagen que subiu 4 posições e entrou na lista dos Top 10.

Table: Top 10 European Cities for Existing Property Investments

2014 Ranking 2014 Ranking Change

1 Munich 1 ↔ 0

2 Dublin 20 ↑ 18

3 Hamburg 5 ↑ 2

4 Berlin 2 ↓ 2

5 London 3 ↓ 2

6 Zurich 7 ↑ 1

7 Istanbul 4 ↓ 3

8 Copenhegen 12 ↑ 4

9 Stockholm 8 ↓ 1

10 Frankfurt 11 ↑ 1

No mercado imobiliário comercial, a Europa continua a surpreender positivamente, com aumento no volume de transações de vendas para 2013 em 5 a 10%, se compara-do com 2012, conforme pesquisa Global Market Perspective- Fouth quarter 2013 . Reino Unido, Alemanha e França continuam sendo os pilares do mercado europeu, mas também é observado crescimento em mercados menores no Sul e Europa Central61.

Os dados divulgados pela consultora CBRE confirmam a melhoria neste setor. No terceiro tri-mestre deste ano foi registrado o maior crescimento desde 2007, com transações no valor de 35,5 milhões de euros. O número representa um aumento de 21% frente aos valores verificados em igual período do ano passado.

Em relação ao aumento dos preços dos imóveis em 2013, a Europa também ocupa coloca-ções significativas. De acordo com o ranking da revista britânica The Economist, países como a Irlanda, Alemanha Reino Unido, Áustria estão os 23 países que mais tiveram aumento de preço dos imóveis62.

61 Dados da pesquisa Global Market Perspective- Fouth quarter 2013, realizada pela consultoria especializada em mercado imobiliário comercial Jones Lang LaSalle

62 Fonte: Jornal O Globo. 09/01/2014

32

Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Ranking do aumento dos imóveis no mundo

EUABrasil

Hong KongChina

Nova ZelândiaÁfrica do Sul

AlemanhaAustrália

ÍndiaIrlanda

Grã-BretanhaÁustria

SuiçaCingapura

SuéciaDinamarca

BélgicaFrançaJapão

HolandaEspanha

Itália

13,6%12,8%

9,7%8,7%8,7%

8,1%8,1%

7,6%7,0%

5,6%5,5%5,0%5,0%

3,9%3,4%

3,1%2,7%

2,4%-1,5%-1,6%-4,8%-5,3%-5,9%

fonte: The Economist

Reino UnidoO Reino Unido tem registrado uma alta expressiva no preço dos imóveis. A alta foi de aproxima-

damente 16% só no ano passado e praticamente dobrou na última década. Regiões de Londres, como Lambeth e Hackney, estão no topo do recente boom imobiliário da capital britânica.

A média do valor de uma casa no Reino Unido atualmente aumenta mais de 50 euros por dia. A taxa anual de crescimento agora varia em média 5% em nível nacional, e 10% em Londres63.

Incentivos para estimular o crédito é o que não faltam. Lançado com o objetivo de impulsionar a economia do Reino Unido, o programa de habitação “Help to Buy” (ajuda para comprar) - uma espécie de “Minha Casa, Minha Vida” britânico, tem sido apontado por especialistas como o res-ponsável pela alta dos preços dos imóveis em 2013, que atingiu o patamar de 5,8% até outubro (o maior índice desde 2010)64.

A Construora Persimmon, que atua na construção de imóveis para o Help to Buy afirma que construiu 6.506 casas novas no segundo semestre de 2013, 30% a mais do que o primeiro semes-tre. Em geral, durante o ano em que vendeu 11.528 casas novas, um aumento de 16% em 2012.65

Mesmo com alta nos preços, principalmente na capital Londres, a aprovação de hipotecas no Reino Unido cresceu acima das estimativas dos economistas e atingiu em novembro o maior nível em quase seis anos, sinalizando o fortalecimento crescente do mercado imobiliário no fim de 2013.

63 Fonte: Jornal The Guardian. 17/10/201364 Fonte: Portal Opera Mundi. 04/12/201365 Fonte: Agência BBC. 08/01/2014

33

Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Credores concederam 70.758 hipotecas, o maior número desde janeiro de 2008, acima do dado revisado de outubro, de 68.029 contratos. Os dados foram divulgados pelo Banco Central da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês)66.

Já no mercado imobiliário comercial, o investimento no Reino Unido fixou-se no nível mais elevado desde o terceiro trimestre de 2007 ao registar transações no valor 14,1 milhões de euros, um aumento de 19% frente ao terceiro trimestre de 2012, segundo a consultoria CBRE67.

EspanhaO preço das habitações na Espanha registrou uma queda de 38,5% desde 2007, e uma queda

anual de 7,2% em outubro, depois do aumento de 8,5% no mês anterior, segundo pesquisa da consultoria imobiliária Tinsa.

Estas informações sugerem que o preço da habitação deverá desacelerar, principalmente pelos benefícios fiscais de compra terem sido eliminados desde o início deste ano.

As maiores quedas ocorreram nos grandes centros urbanos espanhóis, que registaram uma diminuição de 7,9%, seguidas pelas respetivas áreas metropolitanas e municípios.

Para estimular o mercado imobiliário e mesmo em meio à crise, tornar a Espanha uma op-ção interessante para investidores, o governo espanhol instituiu, em setembro, a Lei de Apoio ao Empreendedorismo e Internacionalização (Ley 14/2013, de apoyo a los emprendedores y su internacionalización), que leva estrangeiros não residentes que adquirirem um imóvel por valor superior a €500.000,00 (quinhentos mil euros), a terem direito ao visto de residência espanhola.

Conforme a lei, o prazo inicial para o visto é de um ano, podendo ser renovado des-de que não tenha transcorrido mais de 90 dias de vencimento do respectivo visto, que o imóvel seja mantido e que o estrangeiro tenha viajado ao menos uma vez para Espanha.

O volume de investimento no primeiro semestre de 2013 foi de cerca de € 870.000.000 de euros, ou seja, 51% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Desse montante, 73% vieram de investidores estrangeiros68.

Dados do Consejo General del Notariado revelam que as compras de imóveis por es-trangeiros no segundo trimestre de 2013 tiveram um acréscimo de 22,6% (residentes e não residentes) em comparação ao segundo trimestre do ano passado. Levando-se em consideração apenas os compradores não residentes, esse percentual sobe para 43%.69

Porém, no fim do ano de 2013, os bancos espanhóis, se viram obrigados a tomar uma providência mais drástica e ameaçaram despejar 350 mil famílias.

Dados do Banco da Espanha apontam que mais de 5% dos financiamentos imobiliá-rios residenciais estavam inadimplentes no terceiro trimestre, em comparação a 3,5% no mesmo período de 2012. O nível estava em 0,7% em 2007, um ano antes da implosão do mercado imobiliário. A AFES estima um aumento de 6% em 2014. Em relação aos emprés-

66 Fonte: Valor Econômico, com informações da Bloomberg. 03/01/201467 Fonte: Jornal O Povo. 04/11/201368 Fonte: IPD-Tinsa Barometer. 4ª edição. Outubro/201369 Fonte: Portal DM. 31/10/2013

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

timos totais dos bancos espanhóis, os calotes bateram 13% em outubro em comparação a 12,7% no mês anterior70.

Mas especialistas estão confiantes para futuros investimentos. O peso do capital inter-nacional está levando os investidores a voltar-se para outros mercados em recuperação, como a Espanha. O relatório Emerging Trends in Real Estate® Europe 2014,destaca que 67% dos entrevistados veem boas oportunidades de compra em Espanha, com a aquisição do shopping Parque Principado, em Oviedo pela empresa Intu and the Canadian Pension Plan Investment por 162 milhões de euros, o que comprova o interesse neste mercado. 71.

A iniciativa da Espanha em oferecer Visto Gold aumentou a confiança dos investidores e tam-bém atraiu compradores da Rússia e Oriente Médio. A procura por propriedades na Espanha, especialmente em áreas costeiras, cresceu 29 por cento em 2013, de acordo com o último dado oficial. Na província de Málaga e Costa Brava, o crescimento foi de 61 por cento e 52 por cento, respectivamente, durante o período72.

PortugalNos primeiros nove meses do ano, o investimento no mercado imobiliário movimentou € 235

milhões de euros em Portugal, contra os € 125 milhões de euros registados no total de 2012. De acordo com os dados do ‘Market Pulse Portugal’, divulgado pela Jones Lang LaSalle, este desem-penho, ainda que distante dos volumes alcançados em anos com evoluções mais fortes, marca uma importante recuperação frente a 201273.

A procura por locação ultrapassou a pesquisa por compra de casas nos distritos de Lisboa e do Porto, segundo Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). Referente ao primeiro semestre de 2013, o relatório com base em dados do portal Casa YES mostrou que no distrito de Lisboa, a procura por aluguel se fixou nos 52,5%, enquanto no Porto o percentual foi de 51,4%.

Foi constatada também percentagens elevadas nos distritos de Setúbal (39,4%), Coimbra (38,6%), Aveiro (38,3%), a Região Autônoma dos Açores (37%) e Braga (36%)74

No entanto, o mercado de aluguel de escritórios de Lisboa atingiu em 2013 o mais baixo nível de ocupação com um total de absorção bruta que não se prevê que ultrapasse os 75 mil m². O número de negócios é aproximadamente o mesmo que o ano anterior.

O setor de armazéns e logística da Grande Lisboa até meados de dezembros registrou em 2013 uma absorção bruta ligeiramente superior ao ano passado ultrapassando os 130 mil m². Verificaram-se neste período alguns negócios que refletem o crescimento75.

Em compensação, a construção em Portugal constatou queda. Dados do Gabinete de Estatísticas Europeu destacam que produção na construção em território nacional caiu 15,1% em outubro frente ao mesmo mês do ano passado. Na Europa, esta foi, em outubro, a queda mais

70 Fonte: Bloomberg. 19/12/201371 Pesquisa realizada pela Urban Land Institute (ULI) e PwC72 Fonte: Property Report. 06/01/201473 Fonte: Portal Econômico. 17/12/201374 Fonte: Portal TVi. 07/11/201375 Análise realizada pela diretora da Consultoria Imobiliária Internacional CBRE, Cristina Arouca.19/12/2013

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

expressiva do índice europeu da produção na construção, que mede o volume de produção seja na construção de edifícios ou na engenharia civil (construção de infraestruturas). Bulgária (7,9%), Eslováquia (5%) são os países que se seguem com maiores reduções no indicador. A média da Zona Euro é de uma quebra de 2,4%. A Eslovênia, com um avanço de 27,3%, destaca-se positivamente76.

Assim como a Espanha, Portugal também tem buscado uma série de iniciativas para atrair o investidor estrangeiro. Uma delas é o Visto Gold, que também concede visto aos estrangeiros que compram imóveis acima de € 500 mil euros.

E como consequência desta iniciativa, o que se percebe são cada vez mais investidores do setor imobiliário da China estão interessados no mercado português. Segundo estatísticas da Embaixada Portuguesa na China, um total de 278 chineses já receberam o “visto dourado” desde o início da nova legislação portuguesa. A Embaixada de Portugal informou que os chineses repre-sentam mais da metade de todos os requerentes que já receberam este tipo de visto.

O embaixador de Portugal na China, Jorge Torres Pereira, afirmou que o investimento realizado pelos chineses neste setor já atingiu € 167 milhões de euros. O preço médio de imóveis adquiridos pelos chineses é 16,16% superior ao limite mínimo estipulado na legislação relevante.

AlemanhaA melhora nos investimentos esperadas neste fim de ano para o mercado de imóveis comer-

ciais na Alemanha, finalmente ocorreu. De acordo com relatório da Jones Lang LaSalle, o quatro trimestre terminou com um volume de transações de € 10,11 bilhões de euros. Isto mostra que os investimentos em 2013 são os melhores desde a crise financeira. Se comparado com o ano passado, (€ 25.3 bi), a compra total de imóveis aumentou quase um quinto, para € 30 bilhões77.

Em relação aos imóveis residenciais, os preços em várias cidades na Alemanha valorizaram em até 20%, de acordo com o banco central do país. Relatório mensal divulgado pela Bundesbank afirmou que preço aumentou em áreas urbanas, embora não haja sinais de exageros no mercado imobiliário alemão em geral. Nos últimos três anos, os preços de casas e apartamentos subiram em um total de 8,25%. Nas maiores cidades da Alemanha, os preços de apartamentos subiram mais de 25% durante este período78.

Três cidades alemãs estão entre os cinco principais destinos de investimento imobiliá-rio, de acordo com a pesquisa Emergig Trend in Real State 2014 (Tendências Emergentes do Mercado Imobiliário em 2014), publicada pelo Urban Land Institute e PwC. Munique leva o primeiro lugar, Hamburgo e Berlim ocupam o terceiro e o quarto lugar, respecti-vamente. Fatores como boa perspectiva de emprego e ocupação impulsionaram este resultado positivo79.

A cidade de Hamburgo subiu duas posições no ranking, se comparado ao resultado da pesquisa em 2012. Na contramão, a capital alemã, Berlim, caiu duas posições, em re-lação ao ano anterior.

76 Fonte: Jornal de Negócios. 19/12/201377 Fonte: Thomas Daily. 19/12/201378 Fonte: Portal CBNC. 23/10/201379 Fonte: Property Investors Europe. 16/01/14

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

IrlandaDe 1997 a 2007 Irlanda experimentou um enorme crescimento dos preços da habita-

ção, com aumentos de preços de casas novas atingindo 216%. Quando a bolha estourou, em 2008, foi a maior apreensão de propriedade do mundo.

Dados da Central Statistics Office Ireland (Central de Estatísticas- Irlanda) apontam que índice nacional de preços dos edifícios residenciais teve alta de 6,12% até outubro de 2013. No entanto, no último relatório, os preços médios de transação aumentaram apenas 1,9% face ao ano anterior.

Só em Dublin, o índice de preços de imóveis residenciais aumentou em média 15,02% (14,91% em termos reais), contabilizado até outubro de 2013, sendo o décimo mês con-secutivo de crescimento80.

Annual House Price Change, October 2013

HOUSE APARTMENTS SECOND-HAND

Nominal Real Nominal Real Nominal Real

Ireland 5.86 5.76 11.68 11.57 6.12 6,01

Dublin 14.61 14.50 18.01 17.90 15.02 14.91

Rest of Ireland -0.14 -0.24 --- --- -0.29 -0.39

Source: Central Statistics Office Ireland

Pesquisa Emerging Trend Real Estate 2014 aponta que 51% dos especialistas entrevistados veem agora boas oportunidades de compra na Irlanda, já considerado um dos mercados imobi-liários mais promissores da Europa81.

E o interesses dos compradores estrangeiros por imóveis no país já tem sido observado. São os investidores de outros países os protagonistas de nove das 10 maiores vendas de mansões na Irlanda no ano passado – muitos deles americanos, segundo o Sherry FitzGerald Group, uma imobiliária com sede em Dublin.

Só que mais do que investir em um castelo, o investidor deve levar em conta que existem ou-tros custos nominais ligados à compra de um imóvel na Irlanda. O governo cobra um imposto sobre a venda de todas os imóveis residências. Para imóveis avaliados em até um milhão de euros, a taxa é de 1% do valor venal. Para propriedades avaliadas em mais de um milhão, a taxa de 1% se aplica ao primeiro milhão e uma taxa de 2% se aplica ao restante.82

80 Fonte: Global Property Guide. 08/01/201481 Pesquisa elaborada pela Urban Land Institute e PwC.82 Fonte: Portal IG. 28/10/2013

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

RússiaOs analistas da empresa de serviços Jones Lang LaSalle fazem uma previsão de que os inves-

timentos no setor imobiliário russo este ano serão de US$ 8 bilhões. Segundo eles, ao longo dos últimos três trimestres os investimentos já chegaram US$ 5,3 bilhões, o que representa 1,3% a mais do que nos três primeiros trimestres de 2012. No terceiro trimestre deste ano, o setor rece-beu US$ 1,5 bilhão de investimento, o que, segundo os especialistas da empresa, é 37,8% inferior ao mesmo período do ano passado.

O interesse dos investidores continua focado em escritórios e propriedades de varejo. Uma das maiores operações no mercado de escritórios nos últimos tempos foi a venda do complexo White Gardens, cujo valor foi, aproximadamente, US$ 740 milhões83.

O País está classificado em primeiro lugar na Europa em construção de espaço de varejo, mas ainda apresenta uma razão menor entre o número de shopping centers e o de pessoas. De acor-do com consultoria de imóveis Cushman & Wakefield, número de espaços comerciais que estão sendo construídos aponta para desenvolvimento do setor.

Com mais de 456 mil metros quadrados de espaço comercial construídos apenas no primeiro semestre de 2013, a Rússia liderou os rankings de construção de centros comerciais, seguida pela Turquia (422 mil metros)84.

No entanto, a Rússia ocupa apenas o 28º lugar na Europa em termos de espaço comercial por ci-dadão, com apenas 111 metros quadrados de lojas para cada mil pessoas. Noruega e Luxemburgo fi-carem em primeiro e segundo lugar, respectivamente, com 632 e 538 metros quadrados por pessoa.85

O número de russos que compram suas segundas residências no exterior está crescendo cons-tantemente. De acordo com dados do Ministério da Justiça do país, cerca de 340 mil russos já possuem a segunda residência. Segundo as avaliações de especialistas, os investimentos russos no setor imobiliário da Europa Ocidental correspondem a 20% do investimento total.

De acordo com analistas da Jones Lang LaSalle, o investimento russo atingiu U$ 1 bilhão em 2013, que está perto dos resultados dos dois anos anteriores, por um mero de 7,5% no período em relação aos níveis de 201286.

O 4 º trimestre 2013 encerrou o ano com as taxas de capitalização em Moscou permanecen-do 8,75% para escritórios, de 9% para centros comerciais e em 11% para o setor de armazém87.

Russian Investiment Volume Breakdown by Sector, 2013

8%

3%1%

14%

37%

37% Office

Retail

Mixed

Hotel

Residential

Industrial

83 Fonte: Diário da Rússia. 08/10/201384 Fonte: Gazeta Russa. 12/11/201385 Idem 4386 Fonte: Property Magazine International. 16/01/1487 Fonte: idem 45

38

Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

Ásia

ChinaOs preços de imóveis residenciais da China subiram em setembro, impulsionado pela valori-

zação dos imóveis nas grandes cidades, o que preocupa as autoridades locais. Os preços nas 70 cidades aumentaram em média 0,67% em setembro ante agosto. Eles haviam subido 0,79% em agosto e 0,68% em julho na comparação mensal, segundo cálculos do The Wall Street Journal. Na comparação anual, os preços subiram em média 8,19% no nono mês do ano, ante altas de 7,48% em agosto e de 6,70% em julho88.

Os preços dos apartamentos high-end, ou seja, maiores que mil metros quadrados e que cus-tam, no mínimo, HK $ 10 milhões, desaceleram desde o segundo semestre de 2012, depois que o governo elevou o pagamento mínimo deste imóvel para até seis vezes em menos de três anos, como parte das medidas para promover mais acessibilidade à compra dos imóveis.

Segundo pesquisa da empresa Savills os preços dos imóveis em Hong Kong estão entre os mais elevados do mundo, juntamente com Londres, Nova Iorque e Tóquio. A expectativa é que o valor dos imóveis de luxo caiam em torno de 5 por cento em todo segundo semestre89.

Os volumes de transação desaceleraram na China devido ao imposto, preços altos e contro-les governamentais sobre a especulação do mercado. De acordo com o Departamento Local de Estatísticas, as vendas de imóveis comerciais em Beijing atingiram 14,55 milhões de metros qua-drados entre janeiro e outubro do ano, alta anual de 10,8%. O desenvolvimento foi mais modera-do que 15,9% para o período de janeiro a setembro, 32,4% para a primeira metade e 82,7% para o primeiro trimestre, disse um comunicado do Departamento Municipal de Estatísticas de Beijing.

No período de janeiro a outubro, as vendas de imóveis cresceram 3,2% em termos anuais para 10,46 milhões de metros quadrados, mostrou.90

No fim de 2013, a alta dos preços no mercado imobiliário da China deu novos sinais de mo-deração. O preço médio de novos imóveis desacelerou na base mês a mês em novembro, apesar de estabelecer um novo recorde de crescimento na comparação anual.

Os preços pesquisados em 70 cidades chinesas subiram em média 0,53% em novembro ante outubro, em comparação com a alta de 0,59% em outubro e de 0,67% em setembro, segundo análise dos dados pelo The Wall Street Journal. Em base anual, os preços avançaram em média 9,1% em novembro, no ritmo mais rápido desde janeiro de 2011, contra 8,8% em outubro e 8,2% em setembro91.

Ainda na comparação anual, a média dos preços acelerou em grandes cidades como Xangai, Shenzhen e Guangzhou. Em Guangzhou, a alta foi de 20,7%, de 20,5% no mês anterior. Em Xangai, os preços cresceram 18,2%, de 17,8%, e em Shenzhen a média avançou para 20,6%, de 20,2%92.

88 Fonte: Uol Economia, com informações Dow Jones Newswire. 22/10/1389 Fonte: Bloomberg. 11/11/201390 Fonte: Portal CRI Online. 14/11/201391 Fonte: Portal Estadão. 8/12/201392 Idem 45

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Mercado Imobiliário em 2013 Perspectivas para 2014

JapãoO número de novos imóveis colocados à venda em Tóquio e arredores aumentou pelo quin-

to mês consecutivo, para uma alta de 77,3% em setembro na comparação com o registrado no mesmo período do ano anterior, afirmou o Instituto de Economia Imobiliária, que representa as empresas do setor no Japão.

Segundo diretor da Jones Lang LaSalle em Tóquio, Takeshi Akagi, as transações imobiliárias na capital japonesa podem aumentar 30% este ano podendo chegar a 5 trilhões de yenes.93.

A vitória na disputa pelas Olimpíadas de 2020 vai impulsionar a recuperação econômica, e os imóveis, que já são caros, devem se valorizar ainda mais. Um apartamento de 90 metros quadra-dos poderá chegar a 100 milhões de ienes, mais de R$ 2 milhões de reais94.

De acordo com especialistas japoneses, os preços médios de condomínios na parte central de Tóquio subiram de 12,2%, e este fato reflete perfeitamente a dinâmica do mercado imobiliário.95

93 Fonte: Bloomberg. 28/01/1494 Portal Bom Dia Brasil. 02/10/201395 Fonte: SBWire. 30/12/2013

40

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