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Passo 7 A equivalência patrimonial é um método de contabilização tradicionalmente referido como um processo pelo qual um investimento financeiro é inicialmente reconhecido ao custo e ajustado depois pela alteração pós- aquisição na parte da participante nos resultados líquidos e outras variações do capital próprio da participada. No normativo do International Accounting Standards Board (IASB) é classificado como um método de contabilização de investimentos em associadas nas DFC e, também, nas Demonstrações Financeiras (equivalentes a “individuais”) das entidades que não apresentam DFC (porque não estão em relação de grupo ou porque, estando, preenchem requisitos para a sua dispensa). No entanto, se uma empresa-mãe preparar, igualmente, Demonstrações Financeiras Não Consolidadas (DFNC), e se nessas DFNC utilizar as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS), terá de as designar de Demonstrações Financeiras Separadas e está proibida de mensurar os investimentos em associadas pela equivalência patrimonial. Em contraposição, se utilizar o normativo nacional suportado nas Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF), qualquer empresa que detenha um investimento numa associada é obrigada a utilizar o método de equivalência patrimonial, já que é o único método permitido (aliás, o método do custo também é permitido mas em condições puramente excepcionais e perfeitamente limitadas).

Método Da Equivalência Patrimonial

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Page 1: Método Da Equivalência Patrimonial

Passo 7

A equivalência patrimonial é um método de contabilização tradicionalmente

referido como um processo pelo qual um investimento financeiro é inicialmente

reconhecido ao custo e ajustado depois pela alteração pós-aquisição na parte da

participante nos resultados líquidos e outras variações do capital próprio da participada.

No normativo do International Accounting Standards Board (IASB) é

classificado como um método de contabilização de investimentos em associadas nas

DFC e, também, nas Demonstrações Financeiras (equivalentes a “individuais”) das

entidades que não apresentam DFC (porque não estão em relação de grupo ou porque,

estando, preenchem requisitos para a sua dispensa). No entanto, se uma empresa-mãe

preparar, igualmente, Demonstrações Financeiras Não Consolidadas (DFNC), e se

nessas DFNC utilizar as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS), terá de as

designar de Demonstrações Financeiras Separadas e está proibida de mensurar os

investimentos em associadas pela equivalência patrimonial.

Em contraposição, se utilizar o normativo nacional suportado nas Normas

Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF), qualquer empresa que detenha um

investimento numa associada é obrigada a utilizar o método de equivalência

patrimonial, já que é o único método permitido (aliás, o método do custo também é

permitido mas em condições puramente excepcionais e perfeitamente limitadas).

Todavia, da recolha de literatura específica sobre o assunto parece que, em

Portugal, o método de equivalência patrimonial não tem sido alvo de investigação

empírica significativa, pese embora a existência de alguns artigos de natureza teórica e

descritiva .

O facto do método de valorização dos interesses em subsidiárias e associadas

poder ser diferente entre as Demonstrações Financeiras (DF) consolidadas e não

consolidadas, contribuem para o acentuar do interesse num estudo sobre a realidade

portuguesa neste domínio, verificando a importância que o mercado atribui à

informação financeira apresentada pelos emitentes relativamente aos investimentos

financeiros sobre os quais exerce uma influência significativa.

O presente estudo aponta para um duplo objectivo. Em termos conceptuais,

pretende-se actualizar conhecimentos sobre as normas, a metodologia e os efeitos nas

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Demonstrações Financeiras resultantes da contabilização pelo método da equivalência

patrimonial à luz das IAS/IFRS e das NCRF. Em termos de investigação, pretende-se

constatar empiricamente o poder explicativo que os investimentos em associadas têm

sobre a cotação das acções das entidades que os detêm, efectuando-se uma primeira

análise que se debruça apenas nas DFC, e uma segunda análise em que se comparam os

montantes 1 Publicados essencialmente no Jornal de Contabilidade da APOTEC, na

Revista da CTOC e na Revista da OROC.

Dos respectivos investimentos e dos resultados gerados e atribuíveis aos

accionistas da empresa-mãe, entre as DFNC e as DFC.