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Metodologia Científica livro arquivo. para fins de tcc

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arquivo livro sobre metodologia cietífica

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  • Metodologia

    Cient ca

    Auro de Jesus RodriguesAutor

    Hortncia de Abreu GonalvesMaria Balbina de Carvalho Menezes

    Maria de Ftima NascimentoCo-Autores

    2 Edio

  • Jouberto Ucha de MendonaReitor

    Amlia Maria Cerqueira UchaVice-Reitora

    Jouberto Ucha de Mendona JuniorPr-Reitoria Administrativa - PROAD

    Ihanmark Damasceno dos SantosPr-Reitoria Acadmica - PROAC

    Domingos Svio Alcntara MachadoPr-Reitoria Adjunta de Graduao - PAGR

    Temisson Jos dos SantosPr-Reitoria Adjunta de Ps-Graduao

    e Pesquisa - PAPGP

    Gilton Kennedy Sousa FragaPr-Reitoria Adjunta de Assuntos Comunitrios e Extenso - PAACE

    Jane Luci Ornelas FreireGerente do Ncleo de Educao a Distncia - Nead

    Andrea Karla Ferreira NunesCoordenadora Pedaggica de Projetos - Nead

    Lucas Cerqueira do ValeCoordenador de Tecnologias Educacionais - Nead

    Equipe de Elaborao e Produo de Contedos

    Miditicos: Alexandre Meneses Chagas (assessor)Adelson Tavares de Santana - IlustradorAncjo Santana Resende - CorretorAncelmo Santana dos Santos - DiagramadorClaudivan da Silva Santana - DiagramadorEdivan Santos Guimares - DiagramadorGeov da Silva Borges Junior - IlustradorMarcia Maria da Silva Santos - CorretoraMonique Lara Farias Alves - WebdesignPedro Antonio Dantas P. Nou - WebdesignRebecca Wanderley N. Agra Silva - DesignWalmir Oliveira Santos Jnior - Ilustrador

    Redao:Ncleo de Educao a Distncia - NeadAv. Murilo Dantas, 300 - FarolndiaPrdio da Reitoria - Sala 40CEP: 49.032-490 - Aracaju / SETel.: (79) 3218-2186E-mail: [email protected]: www.ead.unit.br

    Impresso:Grfica GutembergTelefone: (79) 3218-2154E-mail: [email protected]: www.unit.br

    Copyright Universidade Tiradentes

    R696m Rodrigues, Auro de Jesus. Metodologia cientfica. / Auro de Jesus

    Rodrigues. 2. ed. Aracaju : UNIT, 2009. 160 p. : il.

    Inclui bibliografia

    1. Metodologia cientfica - Educao a distncia. I. Universidade Tiradentes (UNIT). Ncleo de Educao a Distncia. II. Ttulo.

    CDU: 001.891

  • Prezado(a) estudante,

    A modernidade anda cada vez mais atrelada ao tempo, e a educao

    no pode ficar para trs. Prova disso so as nossas disciplinas on-line, que

    possibilitam a voc estudar com o maior conforto e comodidade possvel,

    sem perder a qualidade do contedo.

    Por meio do nosso programa de disciplinas on-line voc pode ter

    acesso ao conhecimento de forma rpida, prtica e eficiente, como deve

    ser a sua forma de comunicao e interao com o mundo na modernida-

    de. Fruns on-line, chats, podcasts, livespace, vdeos, MSN, tudo vlido

    para o seu aprendizado.

    Mesmo com tantas opes, a Universidade Tiradentes optou por

    criar a coleo de livros Srie Bibliogrfica Unit como

    mais uma opo de acesso ao conhecimento. Escrita por

    nossos professores, a obra contm todo o contedo da

    disciplina que voc est cursando na modalidade EAD e

    representa, sobretudo, a nossa preocupao em garantir

    o seu acesso ao conhecimento, onde quer que

    voc esteja.

    Desejo a voc bom

    aprendizado e muito sucesso!

    Professor Jouberto Ucha de Mendona

    Reitor da Universidade Tiradentes

    Apresentao

    a por

    do da

    AD e

    rantir

  • Prefcio

    Atividade que prope aquisio sistemtica de conhecimento sob a

    natureza biolgica, social e tecnologia. Esta uma das inmeras definies

    de cincia disponveis na literatura que comumente encontramos em nossa

    rotina de trabalho. Inicio minhas palavras com essa definio porque esta

    obra trata de apresentar fundamentos, instrumentos e tcnicas norteadoras

    para a busca da gerao do conhecimento.

    Este livro resultado de anos de experincia profissional do autor

    em sala de aula de cursos de graduao na Universidade Tiradentes e de

    meditao em busca de trazer tona a discusso e importncia da pesquisa

    em sala de aula. Pesquisa esta como mecanismo indutor da gerao do

    conhecimento e da formao diferencial do aluno com um perfil menos

    receptor de informaes prontas, mas com capacidade de questionar e

    formar seus prprios conceitos acerca dos contedos abordados durante

    sua formao profissional.

    O diferencial deste livro est em sua apresentao estruturada em

    quatro temas independentes, que podem ser lidos de maneira autnoma

    e na ordem que melhor atender s necessidades do leitor, sem perder

    a compreenso conjunta da obra. Destinado aos alunos de cursos de

    graduao, o autor disponibiliza esse trabalho com um perfil de manual

    que guiar e preparar o leitor a estruturar um projeto de pesquisa, inserido

    em um ambiente altamente privilegiado de produo do conhecimento e

    preparando-os para o futuro com uma viso muito mais crtica.

    Os objetivos deste livro sero atingidos quando o leitor chegar

    concluso de que a atividade de pesquisa no privilgio de gnios

    ou grandes intelectuais, mas sim de todos aqueles com disposio de

    sistematizar a busca de solues, inditas ou aperfeioadas, de problemas

    de interesse da sociedade. Deixo registrado meu contentamento por

    escrever essas poucas palavras, por convite do autor, e desejo bom

    proveito a todos os leitores.

    Prof. Dr. Temisson Jos dos Santos

    Pr-Reitor Adjunto de Ps-Graduao e Pesquisa

  • Sumrio

    Parte 1: Procedimentos Didticos,

    Acadmicos e Cientficos .........................................11

    Tema 1 - Metodologia Cientfica e tcnicas de estudo..131.1 Finalidade e importncia .............................................. 13

    1.2 Organizao dos estudos ............................................. 15

    1.3 Tcnicas de sublinhar e esquema ............................... 22

    1.4 Resumo, resenha e fichamento ................................... 25

    Tema 2 - Trabalhos acadmico-cientficos .....................452.1 Pesquisa cientfica/tica e Pesquisa ............................ 45

    2.2 Pesquisa bibliogrfica e normas de referncias,

    citaes e notas de rodap ......................................... 51

    2.3 Artigo e Relatrio tcnico-cientfico ............................ 58

    2.4 Monografia e Seminrio .............................................. 84

    Parte 2: Cincia, Cientificidade e Mtodo Cientfico ...........89

    Tema 3 - Conhecimento, Cincia e Mtodo ...................913.1 O Conhecimento .......................................................... 91

    3.2 A Cincia ....................................................................... 97

    3.3 Mtodos de abordagens ............................................ 106

    3.4 Mtodos de procedimentos ....................................... 112

    Tema 4 - Elaborao do Projeto de Pesquisa ..............1154.1 Tema e problema de pesquisa ................................... 115

    4.2 Questes, hipteses e objetivos de pesquisa ........... 123

    4.3 Tcnicas de coleta de dados ..................................... 124

    4.4 Estrutura do projeto de pesquisa .............................. 133

    Referncias ............................................................................153

  • Concepo da Disciplina

    Ementa

    Finalidade da Metodologia Cientfica. Importncia da metodologia

    no mbito das cincias. Metodologia de estudos. O conhecimento e suas

    formas. Os mtodos cientficos. A pesquisa enquanto instrumento de ao

    reflexiva, crtica e tica. Tipos, nveis, etapas e planejamento da pesquisa

    cientfica. Procedimentos materiais e tcnicos da pesquisa cientfica.

    Diretrizes bsicas para elaborao de trabalhos didticos, acadmicos e

    cientficos. Normas tcnicas da ABNT para referncias, citaes e notas

    de rodap.

    Objetivos

    Apresentar informaes necessrias sobre o conhecimento e suas

    diversas abordagens, enfocando a importncia, as caracteristicas e os

    mtodos do conhecimento cientfico;

    Compreender a importncia da pesquisa cientfica e sua relevncia

    social, operacional, contempornea e cientfica;

    Entender os mtodos cientficos, tipos, caractersticas e finalidades

    no mbito da cincia;

    Proporcionar conhecimentos tericos, tcnicos e instrumentais

    que possibilitem a execuo prtica da pesquisa cientfica;

    Desenvolver o pensar crtico, sistemtico e analtico, possibilitando

    o interesse pela pesquisa e a soluo de problemas relativos investigao

    cientfica.

  • Orientao para Estudo

    A disciplina prope orient-lo em seus procedimentos de estudo e

    na produo de trabalhos cientficos, possibilitando que voc desenvolva

    em seus trabalhos pesquisas, o rigor metodolgico e esprito crtico

    necessrios ao estudo.

    Tendo em visa que a experincia de estudar a distncia algo novo,

    importante que voc observe algumas orientaes:

    Cuide do seu tempo de estudo! Defina um horrio regular para

    acessar todo o contedo da sua disciplina disponvel neste material

    impresso e no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Organize-se

    de tal forma para que voc possa dedicar tempo suficiente para leitura e

    reflexo;

    Esforce-se para alcanar os objetivos propostos na disciplina;

    Utilize-se dos recursos tcnicos e humanos que esto ao seu

    dispor para buscar esclarecimentos e para aprofundar as suas reflexes.

    Estamos nos referindo ao contato permanente com o professor e com

    os colegas a partir dos fruns, chats e encontros presencias. Alm dos

    recursos disponveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem AVA.

    Para que sua trajetria no curso ocorra de forma tranquila, voc

    deve realizar as atividades propostas e estar sempre em contato com o

    professor, alm de acessar o AVA.

    Para se estudar num curso a distncia deve-se ter a clareza que a

    rea da Educao a Distncia pauta-se na autonomia, responsabilidade,

    cooperao e colaborao por parte dos envolvidos, o que requer uma

    nova postura do aluno e uma nova forma de concepo de educao.

    Por isso, voc contar com o apoio das equipes pedaggicas e

    tcnicas envolvidas na operacionalizao do curso, alm dos recursos

    tecnolgicos que contribuiro na mediao entre voc e o professor.

  • PARTE 1

    PARTE 1

  • 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo1.1 FINALIDADE E IMPORTNCIA

    Para iniciarmos nosso curso necessrio refletirmos:

    Qual a importncia de se estudar Metodologia Cientfica? O que ela acrescenta em sua formao acadmica e profissional?

    Os objetivos especficos da Metodologia Cientfica enquanto disci-

    plina so:

    a) analisar as caractersticas essenciais que permitem distinguir Ci-

    ncia de outras formas de conhecer, enfatizando o mtodo cien-

    tfico;

    b) analisar as condies em que o conhecimento cientificamente

    construdo abordando o significado de postulados e atitudes da

    Cincia hoje;

    c) oportunizar o aluno a comportar-se cientificamente, levantando e

    formulando problemas, coletando dados, analisando e interpre-

    tando-os e comunicando os resultados;

  • 14 Metodologia Cient ca

    d) capacitar o aluno para que ele leia criticamente a realidade e pro-

    duza conhecimentos;

    e) fornecer informaes e referenciais para a montagem formal e

    substantiva de trabalhos cientficos: resenhas, monografias, arti-

    gos cientficos etc.;

    f) fornecer processos facilitadores adaptao do aluno, integran-

    do-o universidade, minimizando suas dificuldade e apreenses

    quanto s formas de estudar e, conseqentemente, de encontrar

    os meios de extrair o maior proveito dos estudos.

    Assim, poderamos dizer que a Metodologia Cientfica a disciplina que

    confere os caminhos necessrios para o auto-aprendizado em que o aluno o

    sujeito do processo, aprendendo a pesquisar e a sistematizar o conhecimento

    obtido. Ela baseada na apresentao e exame de diretrizes aptas a

    instrumentar o universitrio no que tange ao estudo e ao aprendizado.

    A Metodologia Cientfica vem para auxiliar na formao profissional do

    estudante uma formao profissional competente, bem como uma formao

    scio-poltica, que conduzir o aluno a ler, crtica e analiticamente, o seu

    cotidiano. Essa formao profissional competente est relacionada ao crdito

    dado ao estudo e elaborao de um projeto de estudo com objetivos e metas

    conscientemente definidas, que deve estar implcita a preocupao em aprender

    as funes advindas da carreira profissional (BARROS; LEHFELD, 2000).

    A disciplina Metodologia Cientfica deve estimular os estudantes para

    que busquem motivaes para encontrar respostas s suas dvidas. Se nos

    referimos a um curso superior estamos naturalmente nos referindo a uma

    Academia de Cincia e, como tal, as respostas aos problemas de aquisio de

    conhecimento devem ser buscadas atravs do rigor cientfico e apresentadas

    atravs das normas acadmicas vigentes. Dito isto, parece que fica claro que a

    disciplina de Metodologia Cientfica no um simples contedo a ser decorado

    pelos alunos, para ser verificado num dia de prova; trata-se de fornecer aos

    estudantes um instrumental indispensvel para que sejam capazes de atingir

    os objetivos da Academia, que so o estudo e a pesquisa em qualquer rea

    do conhecimento. Trata-se ento de se aprender fazendo, como sugere os conceitos mais modernos da Educao (BELLO, 2007).

    Quando falamos de um curso superior, estamos nos referindo,

    indiretamente, a uma Academia de Cincias, j que qualquer Faculdade

  • 15Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    nada mais do que o local prprio da busca incessante do saber cientfico.

    Neste sentido, esta disciplina tem uma importncia fundamental na

    formao do profissional. Se os alunos procuram a Academia para buscar

    saber, precisamos entender que Metodologia Cientfica nada mais do

    que a disciplina que estuda os caminhos para o saber (BELLO, 2007).Pensando assim, passaremos a estudar as tcnicas, procedimentos e

    normas para a elaborao de trabalhos de graduao, como um contedo

    importante para orientao e para o desenvolvimento de sua prtica acadmica.

    1.2 ORGANIZAO DOS ESTUDOS

    Segundo Ruiz (1996), o aluno que acaba de ingressar numa faculdade

    precisa ser informado sobre os procedimentos necessrios para tirar o maior

    proveito do curso que vai fazer. Tendo em vista, que os contedos trabalhados

    no ensino fundamental e mdio diferenciam dos contedos do ensino superior.

    Assim, necessrio integrar-se desde o incio no ritmo desta nova etapa de

    ascenso no saber, que se chama vida universitria.

    Esclarece ainda o autor que, na universidade, o aluno precisa

    mudar, especialmente na responsabilidade, na autodisciplina e na forma

    de conduzir sua vida de estudos para tirar o maior proveito da excelente

    oportunidade de crescimento cultural, que a universidade lhe oferece.

    Portanto, voc precisa saber que o curso que escolheu na universidade

    desenvolver contedos terico-prticos, necessrios a sua formao

    profissional e intelectual, cabendo a voc no s reter esses contedos, mas

    transform-los em conhecimentos.

    Assim sendo, apresentamos orientaes necessrias para a sua vida

    universitria:

    a) Ao iniciar o curso preciso que voc tenha muita clareza e

    conscincia do objetivo que se pretende alcanar;

    b) O processo de aprendizagem na vida universitria requer:

    constncia, pacincia e perseverana por parte do aluno;

    c) Para que voc obtenha bom proveito dos contedos terico-prticos

    do seu curso, necessrio organizar e planejar horrio/atividade,

    ou seja, definir horrio para estudo, para dedicao famlia, o

    trabalho, o lazer, o repouso etc.;

  • 16 Metodologia Cient ca

    d) Utilize os procedimentos tcnicos e metodolgicos que lhe

    sero oferecidos aplicando-os nas disciplinas presenciais e no

    presenciais do seu curso e nos seus estudos;

    e) necessrio que freqente as aulas; leve o material de

    aprendizagem; organize o tempo previsto reviso das aulas e

    provas; realize os trabalhos em grupo ou individual, conforme

    solicitao do seu professor; mantenha silncio em sala de aula e

    mantenha um clima cordial no relacionamento: professor-aluno;

    f) Nas disciplinas no presenciais estabelea horrios para os

    estudos; realize os trabalhos solicitados e mantenha sempre

    contato com o professor/tutor.

    bom lembrar que em virtude de os universitrios brasileiros,

    na sua grande maioria, disporem de pouco tempo para seus cursos e

    exercerem funes profissionais concomitantes ao curso superior, exige-

    se deles organizao sistemtica do pouco tempo disponvel para o estudo

    em casa, indispensvel para um melhor aproveitamento do seu curso de

    graduao (SEVERINO, 1999, p. 31).

    E agora? Como estudar?

    Pode-se dizer que estudar ir procura de conhecimento. O objetivo chegar a aprender. Estudar faz com que algum se torne uma pessoa ponderada, aberta, crtica e avaliativa frente a outras opinies. O estudo constitui um fator significativo de aproximao dos homens e das culturas.

    Para um bom estudo no necessrio que voc tenha dotes extraordinrios. Basta uma inteligncia normal, o resto completado pela fora de vontade, dedicao e a utilizao de mtodos e tcnicos. Quem de fato quer estudar deve estabelecer uma hierarquia de valores em sua vida.

    Estudar um verdadeiro trabalho com suas satisfaes, alegrias, cansaos... Para que seus estudos alcancem maior aproveitamento necessrio que seja acompanhado de tcnicas e mtodos, pois estes podem tornar o estudo mais eficiente e mais produtivo.

    necessrio que voc reorganize seu tempo para as atividades de lazer, trabalho e estudo. Disponibilizado tempo para estudo necessrio desenvolver tcnicas para tornar o seu tempo mais produtivo. Para Ruiz (1996, p. 23), o estudante que no conhece outros detalhes sobre leitura,

  • 17Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    reviso e fichamento pouco ou nada produzir, mas quem utilizar as tcnicas de leitura, reviso e fichamento, certamente ler boas pginas em dez minutos, descobrir e assinalar a idia principal, as palavras-chave e os pormenores importantes de um texto.

    J Severino (1999), afirma que no se trata de estabelecer uma detalhada diviso de horrio de estudo: o essencial aproveitar o tempo disponvel, com uma ordenao de prioridades. Tambm no necessrio discutir as condies de ordem fsica e psquicas que sejam melhores para o estudo, muito dependentes das caractersticas pessoais de cada um, sendo difcil estabelecer regras gerais que acabam caindo numa tipologia artificial.

    Neste sentido, apresentamos orientaes gerais para melhorar seus

    estudos:

    Procure uma boa razo que justifique sua participao no curso em que est matriculado; voc tem um objetivo?

    Comece a estudar as coisas mais agradveis e depois as menos agradveis. preciso vencer o limite de no gostar de estudar;

    Estude para aprender. Vena suas limitaes. Habitue-se ao estudo.

    Tenha sempre uma atitude responsvel e participativa na sua vida universitria e de estudos;

    Planeje seu tempo para as atividades de seu curso. Diariamente reserve um espao para seus estudos. Sempre h o que estudar;

    Freqentemente, organize o material de estudo; faa as revises dos contedos trabalhados nas aulas presenciais e no presenciais.

    Participe! Seja um sujeito ativo!

    Procure estudar em local tranqilo, silencioso e privativo; Faa uma distribuio coerente dos contedos que sero estudados

    por disciplinas nos horrios reservados para os estudos;

    No faa leitura corrida por muito tempo, utilize-se de intervalos de dez ou vinte minutos durante a leitura. Esse intervalo que ser

    definido por voc dever ser seguido risca;

    Quando voc no entender o assunto estudado pergunte ao seu professor ou professor/tutor;

    importante que voc comece a organizar uma biblioteca pessoal e, tambm, freqente a biblioteca da universidade;

  • 18 Metodologia Cient ca

    Portanto, procure dedicar-se aos estu-dos, pois ser necessrio perseveran-

    a, concentrao, interesse, motivao,

    confiana, ter mo o material adequado

    para o estudo e um ambiente apropriado.

    1.2.1 Estudo de Textos

    Vejamos.

    O estudo de texto implica na aplicao do querer aprender, obter

    conhecimentos, preparar-se para anotar informaes para a realizao de

    trabalhos acadmicos na universidade. O processo de estudo, para no

    ser rduo e desconexo, deve ser feito dentro de uma metodologia.

    necessrio saber que todo texto escrito se insere num dilogo

    maior. Conforme Severino (1999, p. 49) o texto-linguagem significa o meio

    intermedirio pelas quais duas conscincias se comunicam. Ele o cdigo

    que cifra a mensagem. Ao escrever um texto, o autor (emissor) codifica sua

    mensagem e o leitor (receptor), ao ler um texto, decodifica a mensagem do

    autor, para ento pens-la, assimil-la e personaliz-la, compreendendo-a:

    assim se completa a comunicao. Portanto, temos:

    EMISSSOR MENSAGEM RECEPTOR(Autor) (Texto) (Leitor)

    Procure criar bons

    hbitos de estudos

    Voc sabia que para fa

    zer

    um bom estudo de tex

    to

    devemos seguir norm

    as

    e procedimentos e ut

    ili-

    zar tcnicas de estudo?

  • 19Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    No estudo de um texto voc deve, inicialmente, selecionar o que

    ler que pode ser definido a partir dos elementos: ttulo da obra, a data

    de publicao, a editora, a orelha, o ndice ou sumrio, a bibliografia, a

    introduo ou prefcio.

    Logo aps, delimitar a unidade de leitura, ou seja, definir o que ser

    lido e que apresente unidade de sentido. A unidade de leitura pode ser

    uma obra, um captulo ou qualquer outra subdiviso que apresente uma

    unidade de sentido.

    Estabelecida a unidade de leitura, voc dever ler vrias vezes o

    texto, o suficiente para a sua compreenso. Essas leituras podem ser feitas

    atravs de trs etapas ou tipos de anlises de texto:

    a) Anlise Textual: primeira etapa de estudo do texto. Corresponde

    a uma leitura por alto, global; devendo fazer um levantamento

    sobre: a vida, a obra e o pensamento do autor; doutrina e

    mtodo utilizado; fatos histricos e autores comentados no texto;

    vocabulrio, termos e conceitos utilizados. Faa as anotaes

    necessrias;

    b) Anlise Temtica: corresponde a uma segunda etapa; busca-se

    a compreenso do texto; procura ouvir o autor, apreender, sem

    intervir nele. o momento em que dever responder: de que

    fala o texto? Como est problematizado? Qual a idia central?

    Como esto expostas as argumentaes? Como esto expostas

    as demonstraes? Qual a sua concluso? Verifica-se a linha de

    raciocnio do autor. Faa as anotaes necessrias. Nesta etapa

    pode-se elaborar o resumo indicativo ou informativo;

    c) Anlise Interpretativa: terceira etapa de estudo. Deve ler o texto

    criticamente com vista interpretao. Procura-se julgar o texto,

    analisando originalidade; coerncia dos contedos; lgica de

    raciocnio. Analisar se o autor conseguiu atingir os seus objetivos

    e foi eficaz nos argumentos e demonstraes em defesa da tese

    proposta. Faa as anotaes necessrias. Nesta etapa podem-se

    elaborar diversos tipos de resumo como: indicativo, informativo,

    crtico e resenha.

  • 20 Metodologia Cient ca

    Para o melhor aproveitamento no processo de anlise do texto,

    necessria a utilizao de algumas tcnicas j consagradas por

    especialistas em metodologia, tais como: sublinhar, esquematizar, resumir

    e fichamento.

    A Organizao da vida de estudos na universidade

    Ao dar incio a essa nova etapa de formao escolar, a etapa do ensino

    superior, o estudante dar-se- conta de que se encontra diante de exigncias

    especficas para a continuidade de sua vida de estudos. Novas posturas

    diante de novas tarefas ser-lhe-o logo solicitadas. Da a necessidade de

    assumir prontamente essa nova situao e de tomar medidas apropriadas

    para enfrent-la. claro que o processo pedaggico-didtico continua,

    assim como a aprendizagem que dele decorre. No conjunto, porm, as sua

    posturas de estudo devem mudar radicalmente, embora explorando tudo o

    que de correto aprendeu em seus estudos anteriores.

    Em primeiro lugar, preciso que o estudante se conscientize de

    que, doravante, o resultado do processo depende fundamentalmente dele

    mesmo. Seja pelo seu prprio desenvolvimento psquico e intelectual, seja

    pela prpria natureza do processo educacional desse nvel, as condies

    de aprendizagem transformam-se no sentido de exigir do estudante maior

    autonomia na efetivao da aprendizagem, maior independncia em relao

    aos subsdios da estrutura de ensino e dos recursos institucionais que ainda

    continuam sendo oferecidos. O aprofundamento da vida cientfica passa a

    exigir do estudante uma postura de auto-atividade didtica que ser, sem

    dvida, crtica e rigorosa. Todo o conjunto de recursos que est na base do

    ensino superior no pode ir alm de sua funo de fornecer instrumentos

    para uma atividade criadora.

    Em segundo lugar, convencido da especificidade dessa situao,

    deve o estudante empenhar-se num projeto de trabalho altamente

    individualizado, apoiado no domnio e na manipulao de uma srie de

    instrumentos que devem estar contnua e permanentemente ao alcance

    de suas mos. com o auxlio desses instrumentos que o estudante

    Texto Complementar 1

  • 21Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    se organiza na sua vida de estudo e disciplina sua vida cientfica. Este

    material didtico e cientfico serve de base para o estudo pessoal e para

    complementao dos elementos adquiridos no decurso do processo

    coletivo de aprendizagem em sala de aula. Dado o novo estilo de trabalho

    a ser inaugurado pela vida universitria, a assimilao de contedos j

    no pode ser feita de maneira passiva e mecnica como costuma ocorrer,

    muitas vezes, nos ciclos anteriores. J no basta a presena fsica s aulas

    e o cumprimento forado de tarefas mecnicas: preciso dispor de um

    material de trabalho especfico sua rea e explor-lo adequadamente.

    SEVERINO, Antonio Joaquim. A organizao da vida

    de estudos na universidade. In: ______. Metodologia

    do trabalho cientfico. 20. ed. rev. e ampl. So Paulo:

    Cortez, 1996. p. 25-26.

    O que estudar

    Nem sempre o estudante mesmo em nvel de ps-graduao

    colhe frutos maduros e satisfatrios de seus anos acadmicos, apesar dos

    considerveis investimentos financeiros (estudar entre ns caro e ainda

    um privilgio de poucos) e dos esforos pessoais empreendidos. No so

    poucos os que, uma vez concludo o curso, nem querem se lembrar mais

    daqueles livros, provas, professores exigentes e salas de aula abarrotadas.

    Consideram o fim dos anos escolares como verdadeira libertao. Temos

    aqui as reaes de um estudo mal feito, normalmente porque faltaram

    uma boa introduo e um correto acompanhamento na arte de estudar.

    Quantos estudantes ainda em pleno perodo escolar no

    queimam as pestanas s vsperas de um exame e, no obstante, seus

    resultados so exguos? Outros se esforam tanto que sacrificam lazer,

    amizade, programas de televiso e convivncia em comunidade religiosa

    ou familiar, estudando noite adentro, e mesmo assim tm pouco xito em

    provas e trabalhos escolares.

    Texto Complementar 2

  • 22 Metodologia Cient ca

    Uns no sabem como tirar proveito das exposies do professor em

    sala de aula, outros vo dormir em cima de livros logo que chegam em

    casa. H muitos que no tm a mnima noo de como fazer fichamento,

    uma recenso de artigo ou livro, uma monografia e nem de longe sabem

    o que fazer com fichas bibliogrficas ou fichas de contedo. Na realidade,

    vem no estudo sistemtico uma nova forma de tortura imposta ao aluno

    e um peso intil nos anos juvenis. Em parte estas queixas raramente

    confessadas explicitamente correspondem realidade dos fatos. Como

    acontece em qualquer profisso, quem no domina as ferramentas

    de sua rea de especializao facilmente desanima e desiste diante de

    esforos sobre-humanos sem resultado notvel. A metodologia cientfica

    visa exatamente suprir essa deficincia, ensinando como manejar os

    instrumentos adequados ao trabalho de estudo, a fim de torn-lo mais

    eficiente, agradvel e significativo.

    MATOS, Henrique Cristiano Jos. O que estudar.

    In: ______. Aprendendo a estudar: orientaes

    metodolgicas para o estudo. Petrpolis, RJ: Vozes,

    1994. p. 13-14.

    1.3 TCNICAS DE SUBLINHAR E ESQUEMA

    1.3.1 Sublinhar

    Vejamos.

    Conforme Andrade (2001, 25-26), sublinhar a tcnica utilizada para

    destacar as idias importantes de um texto, indispensvel para elaborao

    de esquemas e resumos. O requisito fundamental para aplicar a tcnica de

    sublinhar a compreenso do assunto, pois este o nico processo que

    possibilita a identificao das idias principais e secundrias. No devendo

    sublinhar pargrafos ou frases inteiras, mas apenas palavras-chave ou

    grupo de palavras.

  • 23Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    Portanto, voc pode perceber que sublinhar destacar as idias de

    um texto, podendo utilizar somente as suas palavras, somente as palavras

    do autor ou a juno de suas palavras com as do autor, para elaborao de

    um resumo com as palavras sublinhadas.

    Destaca ainda a autora, que a tcnica de sublinhar pode ser

    desenvolvida a partir dos seguintes procedimentos (ANDRDADE, 2001, p.

    25-26):

    leitura integral do texto;

    esclarecimento de dvidas de vocabulrio, termos tcnicos e

    outras;

    releitura do texto sublinhando as idias principais, as palavras-

    chave e os detalhes mais importantes;

    assinalar com simbologias, margem do texto, as passagens mais

    significativas;

    ler o que foi sublinhado para verificar se h sentido;

    reconstruir o texto em forma de esquema ou de resumo, tomando

    as palavras sublinhadas como base.

    Ah!...

    importante que no processo de estudo do texto no se deve

    sublinhar na primeira leitura. O sublinhar para facilitar na compreenso

    do texto.

  • 24 Metodologia Cient ca

    1.3.2 Esquema

    Vejamos.

    De acordo com Ruiz (1996, p.43), o esquema o plano ou a linha

    diretriz seguida pelo autor no desenvolvimento de seu escrito; esse plano

    identifica um tema e estabelece a trajetria bsica de sua apresentao,

    subordinando idias, selecionando fatos e argumentos.

    Para o autor a funo do esquema apresentar o tema e hierarquizar

    as partes de um todo numa linha diretriz, para torn-lo possvel a uma

    viso global. Pelo esquema pode-se atingir o todo numa nica mirada.

    Uma nica mirada?

    Sim!

    Portanto, grosso modo, podemos dizer que o esquema constitui

    num esqueleto do texto, apresentando uma hierarquia de idias. Ele

    elaborado logo aps o sublinhar e antes da elaborao do resumo.

    Segundo Salomon (1977, p. 85), as regras para a elaborao de

    esquemas so:

    Fidelidade ao texto original: deve conter as idias do autor;

    Estrutura lgica do assunto: organizao das idias a partir das mais importantes para as conseqentes;

    Adequao ao assunto estudado: o esquema til flexvel. Adapta-se ao tipo de matria que se estuda;

    Utilidade de seu emprego: o esquema deve ajudar e no atrapalhar;

    Cunho pessoal: cada um faz o esquema de acordo com suas tendncias, hbitos, recursos e experincias pessoais.

  • 25Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    Para elaborar o esquema voc pode utilizar simbologias, tais como:

    setas, crculos, chaves, linhas, figuras etc., prevalecendo o gosto pessoal e

    que facilite a compreenso do assunto.

    1.4 RESUMO, RESENHA E FICHAMENTO

    1.4.1 Resumos

    Vejamos.

    Podemos definir o resumo como a apresentao concisa e seletiva

    do texto estudado, apresentando as principais idias do autor.

    Qual a sua finalidade?

    Difuso das informaes contidas em livros, monografias, artigos,

    relatrios etc.

    Para que resumir?

    Para compreender melhor o texto. O resumo facilita a anlise, fixao,

    integrao e interpretao daquilo que est sendo estudado, alm de uma

    melhor preparao para a pesquisa e avaliaes. Podemos acrescentar,

    ainda, a possibilidade de melhoria na escrita, reorganizao dos seus

    conhecimentos e seleo das partes mais importantes de um texto.

    Existem regras para elaborao de resumo?

    Sim!

    Para que voc elabore um resumo necessrio:

    fazer a anlise temtica;

    sublinhar o texto;

    elaborar o esquema;

    redigir o resumo com as principais idias do autor;

    confrontar o resumo com o original para ver se nenhuma idia ficou

    esquecida.

    Existe um nico tipo de resumo?

    No!

  • 26 Metodologia Cient ca

    Vejamos alguns deles:

    a) Resumo indicativo ou descritivo: descrevem-se as principais partes

    do texto; utiliza frases curtas, sendo necessrio voltar leitura do

    texto original, j que uma pequena apresentao condensada do

    texto, com suas principais idias; pouco utilizado nas universidades,

    mas bastante utilizado pelas editoras. A redao do resumo dever

    estar na impessoalidade com espaamento duplo entre linhas. Deve

    ser elaborado em pargrafo nico e apresentar a seguinte estrutura:

    referncia bibliogrfica e contedo do resumo;

    b) Resumo informativo ou analtico: quando apresenta as idias

    principais do texto; expe-se finalidade, problema, metodologia,

    argumentos, demonstraes, resultados e concluses; um resumo

    mais amplo do que o indicativo e que atende suficientemente ao

    leitor, no precisando voltar ao texto original para o entendimento do

    assunto. No permite opinies e comentrios do autor do resumo.

    Bastante utilizado nas universidades. A redao do resumo dever

    estar na impessoalidade com espaamento duplo entre linhas. Deve

    ser elaborado em pargrafo nico e apresentar a seguinte estrutura:

    referncia bibliogrfica, contedo do resumo e palavras-chave;

    c) Resumo Crtico: deve apresentar as mesmas informaes do

    resumo informativo, todavia, permitem-se opinies e comentrios

    do autor do resumo. Assim sendo, necessria a interpretao e

    crtica sobre o texto estudado. Estrutura: referncia bibliogrfica,

    contedo do resumo;

    d) Resenha: segue as mesmas informaes do resumo crtico, todavia,

    deve ser colocada na introduo do resumo da biografia do autor

    (formao profissional, pressupostos filosficos, livros publicados

    etc.). A resenha um resumo crtico mais amplo, podendo, na

    elaborao dos comentrios, utilizar-se de opinies de diversas

    autoridades cientficas em relao obra do autor estudado. No

    deve ser elaborado em pargrafo nico, apresentando a seguinte

    estrutura: referncia bibliogrfica e contedo da resenha.

  • 27Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    Portanto, para que o estudo de texto

    seja produtivo, procure utilizar-se das tc-

    nicas de estudo, de sublinhar, esquematizar

    e resumir. A escolha do tipo de resumo que

    ser realizado sobre um texto depender de

    seu objetivo.

    Vejamos o exemplo de um pargrafo sublinhado, esquematizado e

    resumido (ANDRADE, 2001, p.28-29):

    a) Pargrafo sublinhado

    ATIVIDADES DOS ESPECIALISTAS EM COMUNICAO

    So quatro as atividades principais dos especialistas em comunica-

    o: deteco prvia do meio ambiente, correlao das partes da socieda-

    de na reao a esse meio, transmisso da herana social de uma gerao

    para a seguinte e entretenimento. A deteco prvia consiste na coleta e

    distribuio de informaes sobre os acontecimentos do meio ambiente,

    tanto fora como dentro de qualquer sociedade particular. At certo ponto,

    isso corresponde ao que conhecido como manipulao de notcias. Os

    atos de correlao, aqui, incluem a interpretao das informaes sobre o

    meio ambiente e a orientao da conduta em reao a esses acontecimen-

    tos. Em geral, essa atividade popularmente classificada como editorial

    ou propaganda. A transmisso de cultura se faz atravs da comunicao

    das informaes, dos valores e normas sociais de uma gerao a outra

    ou de membros de um grupo a outros recm-chegados. Comumente,

    identificada como atividade educacional. Por fim, o entretenimento com-

    preende os atos comunicativos com inteno de distrao, sem qualquer

    preocupao com os efeitos instrumentais que eles possam ter. (WRIGHT

    Apud SOARES; CAMPOS, 1978, p. 120).

    Que tal voc pegar alg

    uns

    textos e utilizar as tcn

    icas

    de sublinhar, esquema

    tizar

    e resumir?

  • 28 Metodologia Cient ca

    b) Pargrafo esquematizado

    ATIVIDADES DOS ESPECIALISTAS EM COMUNICAO

    deteco do meio ambiente _________________________ coleta e

    distribuio de informaes

    = notcias

    correlao das partes da sociedade ___________________ interpretao

    das informaes na reao a esse meio

    = editorial/propaganda

    transmisso de cultura ______________________________comunicao

    das informaes

    = atividade educacional

    entretenimento ____________________________________ atos

    comunicativos

    = distrao

    c) Resumo do Pargrafo

    So atividades dos especialistas em comunicao: deteco prvia

    do meio ambiente, que consiste na coleta e distribuio das informaes, ou

    manipulao de notcias. Correlao das partes da sociedade na reao ao

    meio, que inclui a interpretao das informaes, pelo editorial e propaganda.

    A transmisso da cultura, que se faz atravs da comunicao das informaes,

    identificada como atividade educacional. O entretenimento, que se realiza

    pelos atos comunicativos, e que procura apenas a distrao.

  • 29Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    Que tal sublinhar, esquematizar e resumir os pargrafos abaixo!

    1.

    Quando um beb nasce, a primeira coisa que todo mundo quer saber

    o sexo. Nos primeiros dias de vida a diferena parece mais anatmica,

    mas medida em que vai crescendo, o beb comea a se comportar como

    menino ou menina. Um problema controvertido saber at que ponto esse

    comportamento tem base biolgica ou uma questo de aprendizado. Algumas

    feministas insistem em dizer que todas as diferenas comportamentais so

    ensinadas e que, deixando-se de lado as discrepncias biolgicas evidentes,

    a mulher qual ao homem. Outros dizem que o homem homem e que

    mulher mulher e pro razes biolgicas que os dois sexos se parecem, se

    comportam e at mesmo se movimentam de modo diferente. Os entendidos

    em cintica tm levantado um certo nmero de provas que reforam os

    argumentos das feministas (DAVIS, 1979:23).

    2.

    Houve tempo em que se poderia defender a idia de que uma

    pesquisa cientifica era coisa de gnio, portanto algo excepcional e fora de

    qualquer restrio de planejamento. Hoje no mais possvel defender essa

    idia, nem para a pesquisa cientifica e, muito menos, para a tecnolgica.

    Sabe-se que, na histria da Tcnica, intervm comumente as invenes

    empreendidas por leigos e curiosos. Depois do estabelecimento da

    Tecnologia, essas invenes tornam-se cada vez mais raras, dando lugar

    as descobertas, feitas por meio de pesquisas organizadas. Assim, tornou-

    se indispensvel um plano de pesquisa que se constitua como programao

    dos trabalhos a serem realizados durante a pesquisa. Agora o trabalho no

    mais simplesmente mental, como na fase anterior da escolha, compreenso

    e conhecimento. necessrio, agora, escrever um Plano de Pesquisa para

    fix-lo e torn-lo independente da memria (VARGAS, 19985:202).

    3.

    Nesse livro (A origem das espcies) o mtodo de pesquisa utilizado

    por Darwin esclarece-se. Ele parte da observao da variao das espcies

    de animais domesticados e das plantas cultivadas cuja variabilidade muito

    maior do que se observa no estado selvagem. Isto porque a seleo feita

  • 30 Metodologia Cient ca

    pelo homem muito controlada e eficiente e de efeitos acumulados. Pode-

    se, assim, observar nitidamente que, numa espcie dada as crias no so

    jamais nem idnticas entre si nem aos seus pais. H sempre uma diferena

    entre os indivduos. Isto um fato que pode dever induo de uma lei

    geral: a lei da variabilidade. Entretanto, , tambm, um fato notvel que as

    singularidades inatas dos indivduos so transmitidas por hereditariedade

    aos sues descendentes. Assim um criador pode preservar ou acentuar

    tais singularidades por acasalamentos efetuados artificialmente. Tambm

    desse fato se pode induzir uma lei da hereditariedade. H, portanto, uma

    evoluo nas raas dos animais domsticos e plantas cultivadas baseada

    numa relao artificialmente dirigida pelo homem (VARGAS, 1985:63-4).

    4.

    De fato, as descobertas da Fsica no sculo XX tem surpreendido

    a todos, revelando as limitaes da linguagem cientifica e levando

    a uma profunda reflexo e reviso da concepo humana acerca do

    universo. A teoria quntica e a relatividade geral conduzem a uma viso

    do mundo bastante prxima s vises dos msticos orientais. O carter

    essencialmente emprico do conhecimento mstico parece ser o elemento

    fundamental para estabelecer-se o paralelo com o conhecimento cientifico.

    As solues, em termos de linguagem, encontradas pelos msticos podem

    fornecer uma moldura filosfica consistente para as modernas teorias

    cientificas, que expressa numa rgida e sofisticada linguagem matemtica,

    parecem ter perdido toda a relao com as experincias sensoriais. No

    misticismo oriental sempre fica clara a limitao da linguagem e da lgica.

    As interpretaes verbais da realidade so imprecisas e contraditrias. A

    teoria quntica e a relatividade apontam na mesma direo: a realidade

    transcende a lgica clssica (SZPIGEL, 1990:2).

    5.

    Ningum desconhece o sacrifcio da quase totalidade de nossos

    acadmicos que vo para suas escolas aps uma jornada de oito horas ou

    mais de trabalho profissional. Se isso sumamente louvvel, no o exime,

    por outro lado, do compromisso de estudar e, portanto, de descobrir tempo

    para estudar. preciso descobrir tempo. Tempo para frequentar as aulas

    dos diversos cursos, e tempo para estudos particulares. Se procuramos,

  • 31Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    o tempo aparecer. E lembremo-nos de que meia hora por dia representa

    trs horas e meia por semana, quinze horas por ms e cento e oitenta

    horas por ano. E quem no conseguiria descobrir um ou mais espaos de

    meias hora em sua jornada? Ou quem no conseguiria fazer aparecerem

    esses espaos, se o quisesse realmente? Ou ser que esses espaos no

    aparecem porque ns no os procuramos, por medo de encontr-los?

    Quem quer descobre, cria tempo, especialmente ns, brasileiros, que

    somos, por assim dizer, capazes do impossvel (RUIZ, 1991:22).

    Vejamos exemplos de resumos:

    a) Resumo indicativo ou descritivo (NBR 6028):

    LABBENS, J. Sociologie au Brsil. Social Science information, 1

    (2):31-52, July 1962.

    Pesquisa da sociologia atual no Brasil. Identificam-se trs correntes

    de pensamento, baseadas em modelos histricos, matemticos e

    sociolgicos. A diversidade da sociologia brasileira explicada pelo

    estado da sociologia em geral e sua situao no pas.

    b) Resumo informativo ou analtico (NBR 6028):

    LABBENS, J. Sociologie au Brsil. Social Science information, 1 (2):31-52, July 1962.

    Pesquisa da sociologia atual no Brasil constata que existe grande

    diversidade de pensamento entre os socilogos, podendo-se

    distinguir trs tendncias principais: a) a corrente histrica, que

    busca na histria e cincias auxiliares a explicao dos fenmenos

    sociais. Os expoentes desta corrente so Tavares Bastos, Anbal

    Falco, Euclides da Cunha, Alberto Torres, Oliveira Viana e Gilberto

    Freire; b) a corrente terica, que se inspira diretamente nas cincias

    naturais e que pretende conferir sociologia um mesmo status,

    realiza suas pesquisas, sobretudo em modelos matemticos e

    epistemolgicos. So autores representativos Pontes de Miranda e

  • 32 Metodologia Cient ca

    Mrio Luiz; c) entre 1930 e 1940, apareceu uma nova tendncia que

    tornou a sociologia no Brasil uma cincia realmente autnoma, com

    objetivos definidos sistematicamente, mtodos particulares e uma

    teoria sociolgica prpria. Esta corrente denominada corrente

    sociolgica, e os principais nomes a ela associados so Fernando

    de Azevedo, Emlio Willems e Florestan Fernandes. A diversidade

    da sociologia brasileira explicada pelo estado da sociologia em

    geral e sua situao no pas; d) a ausncia de uma razovel tradio

    cientfica no domnio da sociologia e as presses por outros crculos

    no tm permitido aos socilogos estabelecer um sistema prprio

    de controle social capaz de impor um modelo comum de ao.

    Apesar da possibilidade de reunir uma documentao copiosa, no

    h mtodos padres para relacionar e interpretar os dados.

    Palavras-chave: Pesquisa da sociologia. Corrente de pensamento:

    histrica, terica e sociolgica.

    c) Resumo crtico (LAKATOS; MARCONI, 1991, p. 72-73):

    LAKATOS, Eva Maria. O trabalho temporrio: nova forma de relaes

    sociais no trabalho. So Paulo: Escola de Sociologia e Poltica de

    So Paulo, 1979. 2. v. (Tese de Livre-Docncia).

    Traa um panorama do trabalho temporrio nos dias atuais, nos

    municpios de So Paulo, ABC e Rio de Janeiro, relacionando as razes

    histricas, sociais e econmicas que levaram ao seu aparecimento

    e desenvolvimento. Divide-se em duas partes. Na primeira,

    geral, tem-se a retrospectiva do trabalho temporrio. Partindo do

    surgimento da produo industrial, traa um panorama da evoluo

    dos sistemas de trabalho. Dessa maneira so enfocados, do ponto

    de vista sociolgico, as relaes de produo atravs dos tempos.

    Esse quadro histrico fornece a base para a compreenso dos

    fatores sociais e econmicos que levaram existncia do trabalho

    temporrio tal como conhecido hoje no contexto urbano. A parte

    terica permite tambm visualizar a realidade scio-econmica

  • 33Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    do trabalhador temporrio, conduzindo, em seqncia lgica, as

    pesquisas de campo apresentadas na segunda parte do trabalho. A

    parte essencial consiste em uma pesquisa realizada em trs nveis:

    o trabalhador temporrio, as agncias de mo-de-obra temporria e

    as empresas que a utilizam. Ao abordar os trs elementos atuantes

    no processo, a pesquisa cerca o problema e faz um levantamento

    profundo do mesmo. As tcnicas utilizadas para a seleo da amostra

    e coleta de dados so rigorosamente corretas do ponto de vista

    metodolgico, o que d confiabilidade. As tabelas apresentadas

    confirmam ou refutam as hipteses levantadas, permitindo que, a

    cada passo, se acompanhe o raciocnio que leva concluso do

    trabalho [...]. Esse material permite que se conhea em detalhes e se

    possa reproduzir o processo de investigao realizado.

    d) Resenha

    GIL, Antnio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. So Paulo: Atlas, 1996.

    Antnio Carlos Gil bacharel em Cincias Polticas e Sociais, licenciado

    em Cincias Sociais e em Pedagogia, Mestre e Doutor em Cincias Sociais

    pela Fundao Escola de Sociologia e Poltica de So Paulo. professor de

    Mtodos e Tcnicas de Pesquisa no Instituto Municipal de Ensino Superior de

    So Caetano do Sul. autor do livro Mtodos e tcnicas de pesquisa social.

    Nessa obra, primeiramente, o autor apresenta aos iniciantes, de

    maneira simples e acessvel, os elementos necessrios para a elaborao

    de projetos de pesquisa. Em segundo lugar, busca garantir ao profissional

    de pesquisa, bem como aos estudantes dos nveis mais avanados,

    inclusive dos cursos de ps-graduao, condies para a organizao

    de conhecimentos dispersos, obtidos ao longo da vida acadmica ou do

    contato direto com a prtica de pesquisa.

    O livro de carter eminentemente prtico, j que esclarece acerca

    dos procedimentos a serem adotados para elaborao de projetos

    referentes aos mais diversos tipos de pesquisa, como pesquisa bibliogrfica,

    pesquisa documental, pesquisa ex-post-facto, levantamento, estudo de

    caso, pesquisa-ao e pesquisa participante [...]

  • 34 Metodologia Cient ca

    O livro est longe de ser um receiturio, procura ao longo de seus

    captulos, tratar das mais diversas implicaes tericas que envolvem o

    processo de criao cientfica.

    1.4.2 Fichamento

    Vejamos.

    Na finalizao do estudo de um texto, necessrio que se faa

    a documentao das informaes que podem ser feitas atravs do

    fichamento.

    O fichamento consiste na transcrio de informaes em fichas.

    A funo do fichamento colocar disposio do pesquisador,

    de forma organizada e seletiva, um conjunto de informaes de obras j

    consultadas, imprescindveis para a elaborao de trabalhos acadmicos.

    O fichamento uma tcnica que propicia economia de tempo e qualidade

    no estudo e na pesquisa, uma maneira de guardar o essencial de um texto, de

    maneira que tenha essas informaes anotadas, sempre que precisar.

    As fichas podem ser organizadas por autor, por obra ou por

    assunto.

    mais comum que o fichamento seja feito em fichas, mas com o

    desenvolvimento tecnolgico e o aparecimento da informtica, com sua

    capacidade de guarda e armazenamento de informaes, pode ser feito no

    computador, em arquivos, disquetes ou CDs. O armazenamento em arquivos

    no computador facilita no processo de elaborao dos trabalhos acadmicos.

    O fichamento depende de seu objetivo. Assim sendo, pode ser

    feita numa ficha a anotao de uma referncia bibliogrfica de um livro; a

    elaborao de um esquema; a transcrio de um pargrafo de um texto;

    a apreciao de uma obra; a elaborao de um resumo etc. No caso do

    resumo, devem-se seguir os procedimentos de elaborao dos mesmos.

    As informaes transcritas podem ser colocadas em um nico lado

    ou nos dois lados da ficha, desde que permita a visualizao e organizao

    das informaes. um critrio particular e depende do indivduo ou de

    quem a solicita. Quando o fichamento for feito em mais de uma ficha,

    recomenda-se colocar a numerao, ao alto, direita, apenas na frente de

    cada ficha.

  • 35Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    Os tamanhos das fichas so:

    PEQUENO 7,5 X 12,5 cm

    MDIO 10,5 X 15,5 cm

    GRANDE 12,5 X 20,5 cm

    Exemplo de modelo de ficha com um resumo indicativo:

    FRENTE DA FICHA (TAMANHO GRANDE 12,5 X 20,5 cm)

    RUIZ, Joo lvaro. Mtodo, Economia e Efi cincia nos Estudos. In;______. Metodologia Cientfi ca: guia para efi cincia

    nos estudos. So Paulo: Atlas, 1996. cap. 1, p. 19-33.

    Aprender a aprender na faculdade - quem ingressa numa faculdade precisa tirar o mximo proveito do curso

    que vai fazer. Tempo para estudar o primeiro passo para estudar consiste em reorganizar a vida de maneira

    a abrir espaos para o estudo e planejar o seu tempo. Para descobrir tempo - a maneira mais prtica de descobrir o tempo

    consiste em tomar uma folha de papel, anotar os diversos dias da semana, os diversos afazeres e os possveis espaos ociosos.

    Programar a utilizao do tempo programar a utilizao dos espaos/horas que possam ser reservadas para o estudo.

    Horrio de preparao para aula de posse do material de estudo o estudante dever ler previamente a matria que ser

    desenvolvida durante a aula. Horrio das revises das aulas necessrio fazer revises, a imediata que se faz da aula

    anterior e as globalizadoras corresponde anlise e sntese. O grande tempo de todo estudante o grande tempo so as aulas.

    Como aproveitar o tempo das aulas - preciso freqenta-las, levar consigo material adequado ao trabalho do dia, guardar

  • 36 Metodologia Cient ca

    VERSO DA FICHA

    silncio exterior para no distrair os outros e silencio interior no distraindo a si prprio, cordialidade de relacionamento:

    professor e aluno. Como aproveitar o tempo em reunies de grupos o estudo em equipe muito proveitoso sob todos

    os aspectos.

    Aluna do 1 perodo do Curso de Geografi a Noturno, turma 96A:

    Maria Maciel Santos

    Procedimentos gerais para a elaborao do resumo informativo,

    crtico e resenha digitada em editor de texto:

    - papel branco, formato ofcio A4 (21 cm x 29,7 cm);

    - as margens da folha devem ter 3 cm (esquerda e superior) e 2 cm

    (direita e inferior);

    - digitao na cor preta, em tamanho 12, nas fontes Times New

    Roman ou Arial;

    - redao com impessoalidade, objetividade, clareza e conciso;

    - nico pargrafo (resumo informativo e crtico), com pargrafos

    (resenha);

    - espaamento simples na referncia bibliogrfica;

    - espaamento 2 duplos, entre a referncia bibliogrfica e o contedo

    do resumo;

    - espaamento duplo no contedo do resumo (Texto);

    - espaamento 2 duplos, entre o texto e as palavras-chave (resumo

    informativo);

  • 37Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    - as Palavras-chave, separadas entre si por ponto e finalizadas

    tambm por ponto;

    - colocar capa e folha de rosto: ver modelo;

    - a organizao da referncia bibliogrfica de acordo com as normas

    da ABNT NBR 6023.

    Para organizao das referncias consultar o site: http://www.unit.

    br/normasacademicas.asp (Normas para referncias, citaes e notas de

    rodap).

    Apresentamos, abaixo, os aspectos grficos e tamanhos de fonte

    (indicados por T.F.) para elaborao do resumo.

  • 38 Metodologia Cient ca

    a) capa

  • 39Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    b) folha de rosto

  • 40 Metodologia Cient ca

    c) resumo informativo (texto - observe os aspectos grficos)

  • 41Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    d) resenha (texto - observe os aspectos grficos)

  • 42 Metodologia Cient ca

    Vocabulrio e leitura eficiente

    Muita gente l mal porque no tem bom vocabulrio e no tem

    bom vocabulrio porque l mal, o que se torna um crculo vicioso que

    deve converter-se em crculo virtuoso, para todo aquele que aspira

    atingir nvel de crescimento cultural.

    O domnio cada vez mais amplo do vocabulrio enriquece nossa

    possibilidade de compreenso e concorre para aumentar a velocidade na

    leitura.

    Mas como aumentar nosso vocabulrio? Decorando algum

    dicionrio? Quem o fez em seu tempo de estudante, em eras que no

    voltam mais, confessa que o trabalho era penoso; entretanto, acaba

    agradecendo aos professores exigentes de seu tempo. Mas o melhor

    recurso para aumentar o prprio vocabulrio , sem dvida, a leitura.

    Como proceder ante uma palavra de sentido desconhecido, ou

    que assume sentido novo em determinado contexto? Morgan e muitos

    outros recomendam a imediata consulta aos dicionrios: A primeira

    coisa procur-la num dicionrio. Por nossa parte, sugerimos que se

    experimente no interromper a leitura ante um termo de sentido des-

    conhecido; no raro, a seqncia do texto deixar bem claro o sentido

    da palavra desconhecida; anote, pois, a palavra desconhecida em um

    papel avulso, e continue a ler. Ao final de um captulo, apanhe o dicion-

    rio para esclarecer todas as palavras anotadas como desconhecidas e

    verifique o sentido que melhor se coaduna com o respectivo contexto.

    Assim, durante a segunda leitura, em que se sublinham as idias princi-

    pais e os pormenores importantes, todos os termos estaro claros e in-

    corporados a nosso vocabulrio. Adote a sugesto da consulta imediata

    ou a sugesto de no interromper a leitura cada vez que encontrar uma

    palavra desconhecida. O fundamental que no se deve perder a opor-

    tunidade de enriquecer o prprio vocabulrio pela preguia da busca de

    palavras novas em algum dicionrio. Por certo, estaramos prejudican-

    do a compreenso do texto e impedindo o prprio crescimento cultural.

    Texto Complementar 3

  • 43Tema 1 Metodologia Cient ca e tcnicas de estudo

    Que dicionrio consultar? No se entende um estudante de nvel

    superior que no tenha um bom dicionrio comum da lngua materna.

    Mas h certas palavras que, embora incorporadas linguagem vulgar,

    conservam ou assumem sentido especfico, definido pelas diversas

    cincias, como botnica, a biologia, a medicina, a filosofia, e assim por

    diante. Outras palavras no constam nos dicionrios comuns, mas to-

    somente nos dicionrios de maior porte ou em dicionrios tcnicos das

    diversas reas. O estudante deve adquirir um bom dicionrio dentro

    de sua rea de especializao. Entretanto, as faculdades mantm

    bibliotecas ricas em fontes de consulta, com grande variedade de

    dicionrios e enciclopdias disposio de seus alunos. No preciso

    que cada um compre enciclopdias carssimas para usar uma vez ou

    outra; com o dinheiro de uma enciclopdia de generalidades monta-

    se uma preciosa estante com obras da prpria especialidade, inclusive

    com dicionrios tcnicos; e isto parece ser mais til.

    RUIZ, Joo lvaro. Vocabulrio e leitura eficiente. In:

    ______. Metodologia Cientfica: guia para eficincia

    nos estudos. 4. ed. So Paulo: Atlas, 1996. p. 41-42.

  • 44 Metodologia Cient ca

  • 2 Trabalhos acadmico-cient cos2.1 PESQUISA CIENTFICA/TICA E PESQUISA

    2.1.1 Pesquisa cientfica

    Vejamos.

    A metodologia a maneira concreta de realizar a busca do

    conhecimento desejado de forma racional e eficiente. Nesse contexto,

    essa busca de conhecimento pode ser realizada atravs da pesquisa.

    Segundo Andrade (2001, p. 121), a pesquisa pode ser definida como

    um conjunto de procedimentos sistemticos baseado no raciocnio lgico que

    tem o objetivo de encontrar solues para problemas propostos, mediante a

    utilizao de mtodos cientficos.

    O xito de uma pesquisa depende de certas qualidades intelectuais

    e sociais do pesquisador, tais como (GIL, 1991, p. 20):

    - Conhecimento do assunto a ser pesquisado;

    - Curiosidade;

    - Criatividade;

    - Integridade intelectual;

  • 46 Metodologia Cient ca

    - Atitude auto-corretiva;

    - Sensibilidade social;

    - Imaginao disciplinada;

    - Perseverana e pacincia;

    - Confiana na experincia;

    - tica.

    Podemos ento apresentar a voc algumas caractersticas da pesquisa.

    Quanto natureza, a pesquisa pode constituir-se em:

    a) trabalho cientfico original: quando uma pesquisa realizada pela

    primeira vez, trazendo novos conhecimentos para a comunidade

    cientfica e para a sociedade;

    b) resumo de assuntos: quando a pretenso no trazer novos

    conhecimentos, mas a prtica metodolgica da pesquisa atravs de

    trabalhos publicados por outros autores. Neste tipo de pesquisa o

    objetivo reunir, analisar e discutir conhecimentos e informaes

    de trabalhos j existentes.

    Quanto aos meios para obteno das informaes temos:

    a) Pesquisa documental: quando so utilizados documentos

    que ainda no receberam tratamento analtico, ou seja, quando a

    pesquisa realizada a partir de fontes primrias;

    b) Pesquisa bibliogrfica: quando realizada a partir de fontes

    secundrias, ou seja, a pesquisa desenvolvida atravs de material

    j elaborado: livros e artigos cientficos;

    c) Pesquisa de campo: quando realizada a partir de informaes

    obtidas em campo, onde os fenmenos ocorrem em situao

    natural;

    d) Pesquisa de laboratrio: quando as informaes so obtidas em labo-

    ratrio, buscando-se produzir ou reproduzir o fenmeno estudado, em

    condies de controle.

  • 47Tema 2 Trabalhos acadmico-cient cos

    Quanto aos objetivos da pesquisa, pode-se classific-las em:

    a) Pesquisa exploratria: constitui-se numa pesquisa preliminar, cujo

    principal objetivo buscar informaes sobre determinado assunto

    ou descobrir um tema para estudo. Atravs da pesquisa exploratria

    podemos, tambm, delimitar um tema, definir os objetivos ou formular

    as hipteses de uma pesquisa. Ela considerada por alguns autores

    como um estudo inicial para realizao de outro tipo de pesquisa;

    b) Pesquisa descritiva: realizada para descrever fenmenos ou o

    estabelecimento de relaes entre variveis. Procura-se observar, registrar,

    analisar e interpretar os fenmenos utilizando-se de tcnicas padronizadas

    de coleta de dados como o questionrio e a observao sistemtica;

    c) Pesquisa explicativa: um tipo de pesquisa mais complexa, pois

    procura um conhecimento mais profundo sobre o fenmeno estudado.

    O principal objetivo identificar os fatores que determinam ou que

    contribuem para a ocorrncia dos fenmenos, procurando explicar

    a razo, o porqu das coisas. A pesquisa explicativa nas cincias

    naturais caracteriza-se pela utilizao do mtodo experimental e

    observacional nas cincias sociais.

    Quanto abordagem na pesquisa, pode-se classific-las em:

    a) pesquisa quantitativa: quando a abordagem est relacionada

    quantificao de dados obtidos mediante pesquisa. Utiliza-se na

    pesquisa de recursos e tcnicas estatsticas como: percentagem,

    mdia, moda, mediana, desvio padro, coeficiente de correlao,

    anlise de regresso etc.;

    b) pesquisa qualitativa: quando no emprega procedimentos es-

    tatsticos na abordagem da pesquisa. utilizada para investigar um

    determinado problema de pesquisa, cujos procedimentos estatsti-

    cos no podem alcanar devido complexidade do problema como:

    opinies, comportamentos, atitudes dos indivduos ou grupo.

    Conforme o enfoque nas diversas reas das cincias, h diferentes

    classificaes de pesquisa. No h um nico referencial. A bibliografia sobre

    Metodologia Cientfica apresenta grande nmero de tipos de pesquisa.

  • 48 Metodologia Cient ca

    Quanto obteno de informaes, Gil (1991, p. 45-62), apresenta a

    seguinte classificao:

    a) pesquisa bibliogrfica: quando desenvolvida a partir de

    material j publicado, constitudo principalmente de livros, artigos

    de peridicos e atualmente de material disponibilizado na Internet;

    b) pesquisa documental: quando elaborada a partir de materiais que

    no receberam tratamento analtico;

    c) pesquisa experimental: quando se determina um objeto de

    estudo, selecionam-se as variveis que seriam capazes de influenci-

    lo, definem-se as formas de controle e de observao dos efeitos

    que a varivel produz no objeto;

    d) pesquisa ex-post-facto: quando o experimento se realiza depois

    dos fatos; neste tipo de pesquisa so utilizados como experimentos

    situaes que se desenvolveram naturalmente e trabalha-se depois

    sobre elas como se estivessem submetidas a controles;

    e) levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogao direta

    das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer e, mediante

    anlise quantitativa, obtm-se as concluses dos dados coletados;

    f) estudo de caso: quando envolve o estudo profundo, detalhado

    e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita

    o seu amplo conhecimento;

    g) pesquisa-ao: quando concebida e realizada em estreita

    associao com a resoluo de um problema coletivo. Os

    pesquisadores e participantes representativos da situao ou do

    problema esto envolvidos de modo cooperativo ou participativo;

    supe uma forma de ao planejada, de carter social, educacional

    etc.;

    h) pesquisa participante: quando se desenvolve a partir da interao

    entre pesquisadores e membros das situaes investigadas; envolve

    posies valorativas principalmente quando o estudo est voltado

    para a investigao junto a grupos desfavorecidos, tais como:

    operrios, camponeses, ndios etc.

  • 49Tema 2 Trabalhos acadmico-cient cos

    importante ressaltar que h diferentes formas de

    classificaes de pesquisa. No h um nico

    referencial. A bibliografia sobre pesquisa cientfica

    apresenta grande nmero de classificaes.

    Segundo Lakatos e Marconi (1999, p. 21), o

    critrio para a classificao dos tipos de pesquisa

    depende do enfoque dado pelo autor e de

    interesses, condies, campos, metodologia,

    situaes, objetivos, objetos de estudo etc.

    Os tipos de pesquisa nas diversas classificaes

    no so estanques. Uma mesma pesquisa pode

    estar, ao mesmo tempo, enquadrada em vrias

    classificaes, desde que obedea aos requisitos inerentes a cada tipo.

    Portanto, um pesquisador pode utilizar-se no estudo de um problema, por

    exemplo: a pesquisa bibliogrfica, a pesquisa documental, a pesquisa de

    campo, a pesquisa descritiva e a abordagem quantitativa.

    Para a realizao de uma pesquisa cientfica de fundamental

    importncia a utilizao de mtodos cientficos e tcnicas de pesquisa.

    2.1.2 tica e Pesquisa

    Pela Resoluo 196/96 de 10 de outubro de 1996 que estabelece

    as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres

    humanos no Brasil, o Ministrio da Sade (MS) via Conselho Nacional de

    Sade (CSN) e Comisso Nacional de tica em Pesquisa (CONEP) criou os

    Comits de tica e Pesquisa (CEPs) nas instituies que a realizam em todo

    o pas, objetivando avaliar e autorizar projetos de pesquisa que envolva

    seres humanos, possibilitando ao mesmo tempo uma ao consultiva e

    educativa ao fomentar uma reflexo analtica e crtica em torno da tica

    nas cincias (BRASIL, 1996).

    Para tanto, foram estabelecidos princpios ticos que visaram o

    reconhecimento de valores e direitos, levando em conta a no maleficncia,

    a beneficncia, a autonomia e a justia, com o intuito de preservar a dignidade

    humana. Nessa perspectiva a referida resoluo determinou, ainda, a

    garantia da responsabilidade do pesquisador, patrocinador e instituio em

    dar assistncia integral s complicaes e danos provenientes dos riscos

  • 50 Metodologia Cient ca

    da pesquisa, inclusive indenizatrios, cumprindo assim uma destinao

    social e humanitria, com vantagens significativas e reduo do nus em

    termos gerais e em especial no que se refere aos grupos vulnerveis.

    Com o intuito de estabelecer critrios para o uso de seres humanos na

    pesquisa cientfica, criou tambm um mecanismo pautado na participao

    e aceitao voluntria dos termos da pesquisa, na forma de consentimento

    informado em que o pesquisado por si ou seu representante, sabendo

    da natureza da mesma, conseqncias e riscos, aceita o tratamento

    proposto ou experimentao, especificando seus dados de identificao

    e a manifestao legal da sua concordncia em participar como sujeito

    da pesquisa. Constando ainda o seu grau de participao, bem como as

    provveis dificuldades diretas e indiretas que possam ocorrer durante a

    sua realizao, sob a denominao de Termo de Consentimento Livre e

    Esclarecido.

    Cabe ao responsvel pela pesquisa suspend-la imediatamente, caso

    perceba a possibilidade de risco ou dano sade do sujeito envolvido,

    previsto ou no no referido termo, o qual, juntamente com o projeto de

    pesquisa proposto, deve ser enviado ao CEP, para apreciao e julgamento

    tico para somente, aps aprovao, ser colocado em prtica.

    Com isso, o uso de seres humanos na pesquisa ficou obrigado ao

    cumprimento dessa resoluo com a implantao dos CEPs em todo o

    territrio nacional, visando o atendimento a pesquisadores e a submisso

    de projetos de pesquisa nas diversas reas do conhecimento, atuando

    tanto na forma interdisciplinar quanto na transdisciplinar, considerando os

    valores e os preceitos ticos necessrios, alm de avaliar a documentao

    prevista ao seu desenvolvimento com o objetivo de proteger e adequar o

    bem-estar dos indivduos pesquisados.

    Alm disso, em 05 de agosto de 1997, o Plenrio do Conselho

    Nacional de Sade, amparado pela Lei no. 8.080 de 19 de setembro de

    1990 e pela Lei 8.142 de 28 de dezembro desse mesmo ano, aprovou a

    Resoluo CSN251/97 estabelecendo as normas de pesquisa envolvendo

    seres humanos quanto ao uso de novos frmacos, medicamentos, vacinas

    e testes diagnsticos (BRASIL, 1997).

    Desse modo, a tica na pesquisa cientfica ampliou suas fronteiras

    aos vrios campos do saber pautando-se tanto no contexto da biotica

    (tica aplicada ao campo mdico e biolgico), quanto no da diversidade

  • 51Tema 2 Trabalhos acadmico-cient cos

    cultural da sociedade global, considerando, ainda, o Cdigo de tica e

    os direitos humanos consolidados nas Cincias Humanas, bem como os

    cuidados necessrios publicao dos resultados obtidos com a pesquisa,

    principalmente com o intuito de evitar concluses constrangedoras e/ou

    humilhantes que possam de algum modo gerar conflitos ou trazer prejuzos

    e inconvenientes aos sujeitos pesquisados.

    2.2 PESQUISA BIBLIOGRFICA E NORMAS DE REFERNCIAS, CITAES E NOTAS DE RODAP

    2.2.1 Pesquisa bibliogrfica

    Caro aluno, tendo em vista ser a pesquisa bibliogrfica uma atividade

    de aprendizagem, produo e aprimoramento do conhecimento e, bastante

    solicitada por professores, resolvemos prestar maiores explicaes a

    respeito dos procedimentos metodolgicos para a sua elaborao.

    A pesquisa bibliogrfica realizada com o objetivo de explicar

    um problema atravs de referenciais escritos. Pode constituir-se como

    um trabalho em si mesmo ou como parte da pesquisa descritiva ou

    experimental. Tambm de grande importncia no processo de elaborao

    e composio de monografias.

    Para a sua elaborao devemos percorre as seguintes fases:

    Escolha do tema

    Poder ser da escolha do aluno ou indicado pelo professor, devendo levar

    em considerao o tempo disponvel para realizao da pesquisa, disponibilidade

    de material para consulta, interesse pelo assunto a ser trabalhado, relevncia

    para o aprendizado, rea de conhecimento e/ou sociedade.

    Delimitao do tema

    O tema no poder ficar aberto ou vago. Dever ser escolhido um

    aspecto do tema para ser trabalhado. Assim sendo, na delimitao do

    tema necessrio definir sua extenso, profundidade e tipo de enfoque

    (biolgico, pedaggico, estatstico etc.). Tambm, dever delimit-lo no

    tempo e no espao.

  • 52 Metodologia Cient ca

    Exemplo: Tema: Evaso escolar

    Delimitao do tema: A evaso escolar no ensino fundamental, no

    municpio de Aracaju, na dcada de 1970.

    Plano de trabalho

    Antes de iniciar a pesquisa, necessria a elaborao do plano de

    trabalho, que poder ser provisrio. Nele dever constar o direcionamento da

    pesquisa, apresentando os tpicos dos assuntos que sero trabalhados.

    Coleta de dados

    Escolhido e delimitado o tema e elaborado o plano de trabalho, ini-

    cia-se a coleta de dados atravs das fontes secundrias que so fontes de

    segunda mo como: livros, revistas etc. Tambm, dependendo da comple-

    xidade do tema, poder utilizar-se de fontes primrias que so fontes de

    primeira mo, tais como: autobiografias, dirios, materiais estatsticos etc. A

    maioria dessas fontes encontra-se nas bibliotecas e, tambm, na internet.

    Localizao das informaesDe posse do material coletado, o aluno dever localizar as informaes

    pertinentes ao assunto que ser trabalhado, atravs das leituras:

    a) leitura de reconhecimento: realizada para a seleo do material que ser estudado, ocorre no momento da coleta dos dados;b) leitura seletiva: constitui-se numa primeira leitura rpida do contedo buscando uma viso geral do texto para saber se realmente atende ao assunto;c) leitura analtica: realizada para uma maior compreenso do texto, des-cobrindo sua lgica interna e estruturao. Buscam-se, tambm, as idias, argumentaes e demonstraes apresentadas pelo autor do texto;d) leitura interpretativa: o objetivo avaliar e julgar o contedo do texto e buscar, tambm, as informaes que podero contribuir para a pesquisa.

    Documentao dos dadosNo momento da seleo e leitura do material necessrio que o aluno

    faa a documentao do mesmo que pode ser feita atravs do fichamento que tem como funo colocar disposio do pesquisador uma srie de informaes distribudas numa gama enorme de obras j consultadas.

  • 53Tema 2 Trabalhos acadmico-cient cos

    Seleo do materialUma vez documentados os dados, o aluno dever agora selecionar

    os contedos das fichas que sero utilizados na elaborao da redao do trabalho.

    Redao do trabalhoGeralmente, na graduao, a redao do trabalho iniciada pelo

    desenvolvimento, seguida pelas demais partes, sendo necessrio que, ao final da redao, seja feita uma leitura para verificar a ocorrncia de algum erro de redao e estrutura lgica do contedo.

    RefernciasNo final do trabalho devero constar as referncias bibliogrficas

    que foram utilizadas seguindo as normas da ABNT- NBR 6023 (http://www.unit.br/normasacademicas.asp).

    Estrutura do Trabalho de Graduao

    Mas como realiz-lo?

    Vejamos.

    A estrutura que vamos apresentar indicada para o trabalho de

    pequeno porte que poder ser solicitado por professores no decorrer do

    curso, tal como a pesquisa bibliogrfica.

    Estrutura:

    a) A capa deve conter: nome da instituio, o curso, a disciplina, o

    professor da disciplina, ttulo, subttulo (se houver), nome do autor,

    local e ano da concluso do trabalho;

    b) O sumrio deve apresentar as partes que compem o trabalho,

    com as respectivas numeraes das pginas.

    c) A introduo a parte inicial do texto, devendo apresentar o

    assunto, a delimitao do tema, os objetivos, a justificativa e os

    procedimentos metodolgicos;

    O prazer de ver um trabalho bem estru

    turado.

  • 54 Metodologia Cient ca

    d) O desenvolvimento compreende o contedo com idias,

    argumentaes e demonstraes, estruturadas de forma lgica;

    e) A concluso deve ser breve, apresentando a sntese dos resultados.

    No deve conter nenhum elemento novo no discutido na parte do

    desenvolvimento;

    f) Nas referncias so indicadas as fontes consultadas e referenciadas

    no corpo do trabalho. Segue a norma da ABNT-NBR 6023 (UNIT:

    http://www.unit.br/normasacademicas.asp);

    g) O apndice e/ou anexo (se houver) corresponde a documentos

    complementares que servem de fundamentao, comprovao ou mesmo

    ilustram o trabalho. Os apndices correspondem ao material elaborado

    pelo autor do relatrio, j os anexos so materiais de autoria de terceiros.

    Redao, apresentao e aspectos Grficos

    Quanto redao, forma de apresentao da folha e disposio do

    texto, de fundamental importncia que os trabalhos de graduao, tais

    como: a pesquisa bibliogrfica, o relatrio etc. apresentem:

    a) redao do trabalho

    Dever utilizar a linguagem tcnica, denotativa, objetiva, concisa,

    sempre fugindo do vulgar. redao, na impessoalidade, utilizando a 3

    pessoa do singular e o uso do pronome impessoal se. Evita-se construir

    frases muito longas, repetio de idias, pedantismo, grias e termos

    vagos, imprecisos e ambguos.

    b) tamanho das folhas

    Usa-se o papel branco, formato A4 (21cm x 29,7cm)

    c) numerao das pginas

    Todas as folhas, a partir da folha de rosto, devero ser contadas, mas

    no numeradas. A numerao colocada a partir da primeira folha da parte

    textual. Os nmeros devero ser em arbico e localizados no canto superior

  • 55Tema 2 Trabalhos acadmico-cient cos

    da folha, direita em fonte tamanho 10. Os anexos e apndices (se houver),

    tambm devem ser numerados.

    d) fonte

    Times New Roman ou Arial em tamanho 12 para o corpo do trabalho

    (texto). As citaes (com mais de 3 linhas), em tamanho 10 ou 11. Para os

    ttulos, utilizar tamanho 18; subttulo tamanho 14; item tamanho 12 e para

    nota de rodap tamanho 10.

    e) espaamento entre as linhas

    Dever ser utilizado o espaamento duplo em todo o texto. Nas

    citaes com mais de trs linhas utilizar espaamento simples. Entre os

    ttulos, sees e o texto utilizar 2 duplos.

    f) Captulos e sees

    Todos os captulos devero ser iniciados em uma nova folha. O

    indicativo numrico de uma seo precede seu ttulo com alinhamento

    esquerdo e separado por um espao de caractere.

    Os ttulos sero centrados na margem superior esquerda. Os

    ttulos sem indicativo numrico devero ser centrados. Os ttulos das

    sees primrias devero ser escritos em caixa-alta e negrito. Nas sees

    secundrias, caixa-alta apenas na primeira letra de cada palavra sem negrito,

    j s tercirias em diante, caixa alta somente na primeira letra sem negrito.

    g) margens

    A uma apresentao esttica do trabalho devem-se respeitar as

    margens: 3 cm (superior e esquerda) e 2 cm (direita e inferior).

    A margem para incio de pargrafo dever ser de 2 cm, aps a

    margem da pgina.

    Normas de referncias, citaes e notas de rodap

    Acessar o site da Unit: http://www.unit.br/normasacademicas.asp.

    Vejamos o modelo de capa e folha de rosto:

  • 56 Metodologia Cient ca

    a) capa

  • 57Tema 2 Trabalhos acadmico-cient cos

    b) folha de rosto

  • 58 Metodologia Cient ca

    2.3 ARTIGO E RELATRIO TCNICO-CIENTFICO

    2.3.1 Artigo tcnico-cientfico

    O artigo cientfico constitui-se num trabalho escrito que trata sobre um

    determinado assunto e que apresenta e discute idias, mtodos, tcnicas e

    resultados de trabalhos nas diversas reas do conhecimento cientfico.

    O artigo cientfico tem por finalidade a difuso de informaes sobre

    pesquisas realizadas, apresentando os resultados alcanados.

    Estrutura Formal do Artigo Cientfico

    Segue a NBR 6022/2003, ABNT e orientaes da Universidade

    Tiradentes.

    Elementos:

    a) pr-textuais

    b) textuais

    c) ps-textuais

    ESTRUTURA ELEMENTO

    Pr-textuais

    Ttulo e subttulo (se houver)

    Nomes (s) do (s) autor (es)

    Nome do orientador

    Resumo na lngua do texto

    Palavras-chave na lngua do texto

    Textuais

    Introduo

    Desenvolvimento

    Concluso

    Ps-textuais

    Referncias

    Apndice (s) (opcional)

    Anexo (s) (opcional)

  • 59Tema 2 Trabalhos acadmico-cient cos

    Elementos pr-textuais

    importante ressaltar que na primeira folha do artigo cientfico

    devem constar somente os elementos pr-textuais e, os mesmos, no

    devem ultrapassar esta folha.

    Ttulo e subttulo (se houver) do artigo

    Deve constar no cabealho da pgina inicial do artigo e na lngua do

    texto, centralizado.

    Autor

    Nome do autor do artigo com iniciais em maisculas e, logo abaixo,

    nome do curso de graduao (centralizado). O nome deve ser antecedido

    pela palavra: Autor.

    Orientador

    Nome do orientador com iniciais maisculas e sua titulao, ltimo

    grau acadmico (centralizado). O nome deve ser antecedido pela palavra:

    Orientador.

    Resumo na lngua do texto

    O resumo vem logo aps o nome do orientador, apresentando de

    forma concisa, clara, objetiva e impessoal o contedo do trabalho (artigo), no

    ultrapassando 250 palavras e em pargrafo nico, conforme a NBR 6028, ABNT.

    Deve apresentar o objetivo geral, a metodologia, os resultados significativos e

    concluses. Deve, antes de iniciar o texto, colocar a palavra: RESUMO.

    Palavras-chave na lngua do texto

    Devem ser colocadas logo abaixo do resumo. De acordo com a NBR

    6022/2003 (ABNT), as palavras-chave devem ser colocadas abaixo do resumo,

    antecedidas da expresso PALAVRAS-CHAVE: separadas entre si por ponto e

    finalizadas tambm por ponto. O mximo de cinco palavras-chave.

  • 60 Metodologia Cient ca

    Elementos textuais

    Introduo

    Deve apresentar a delimitao do assunto, os objetivos (geral

    e especficos), as questes norteadoras ou hipteses, a justificativa, a

    metodologia utilizada (mtodos, tcnicas e materiais) e outros elementos

    necessrios para situar o tema do artigo cientfico.

    Desenvolvimento

    Exposio e demonstrao, discusso e avaliao dos resultados

    do estudo. Apresentando objetividade, impessoalidade, conciso e

    clareza. Pode ser dividido em sees e subsees. Os ttulos das sees e

    subsees so definidos pelo autor. O desenvolvimento pode ser dividido

    em duas partes: a primeira refere-se ao referencial terico, uma pesquisa

    bibliogrfica sobre o assunto (elaborar ttulo para este item). A segunda

    corresponde parte prtica da pesquisa (pesquisa de campo ou laboratrio),

    apresentando a anlise e os resultados do problema pesquisado (elaborar

    ttulo para este item).

    Concluso

    Parte obrigatria e final do texto, devendo ser breve e apresentando

    a sntese dos resultados. No deve conter nenhum elemento novo no

    discutido na parte do desenvolvimento, atentando-se para um discurso

    breve, conciso e convincente quanto qualidade do contedo exposto.

    Elementos ps-textuais

    Referncias

    Corresponde a uma lista das fontes consultadas e referenciadas no

    trabalho. Os registros devem obedecer s normas da ABNT, NBR 6023

    (atualizada). Na elaborao das referncias indispensvel a honestidade

    do autor do trabalho, para no excluir da lista obras que foram utilizadas

  • 61Tema 2 Trabalhos acadmico-cient cos

    no texto e que no lhe pertencem. A lista de referncia deve ser organizada

    por sobrenome e em ordem alfabtica.

    Apndice (s)

    Corresponde a documentos complementares que servem de

    fundamentao, comprovao ou mesmo ilustram o trabalho, como:

    fotografias, folder, instrumento de entrevista, desenhos, figuras, grficos,

    quadros, tabelas, mapas etc., e pertencem ao autor do trabalho. So

    identificados por letras maisculas consecutivas, travesso e pelos

    respectivos ttulos para identific-los.

    Anexo(s)

    Corresponde a documentos complementares que servem de

    fundamentao, comprovao ou mesmo ilustram o trabalho, como:

    fotografias, folder, figuras, grficos, quadros, mapas etc., e pertencem a

    terceiros. So identificados por letras maisculas consecutivas, travesso

    e pelos respectivos ttulos para identific-los.

    Vejamos os aspectos grficos:

  • 62 Metodologia Cient ca

    a) elementos pr-textuais

  • 63Tema 2 Trabalhos acadmico-cient cos

    b) elementos textuais

  • 64 Metodologia Cient ca

  • 65Tema 2 Trabalhos acadmico-cient cos

  • 66 Metodologia Cient ca

  • 67Tema 2 Trabalhos acadmico-cient cos

  • 68 Metodologia Cient ca

    c) elementos ps-textuais

  • 69Tema 2 Trabalhos acadmico-cient cos

  • 70 Metodologia Cient ca

    2.3.2 Relatrio tcnico-cientfico

    Vejamos.

    Outro tipo de trabalho acadmico consiste no relatrio.

    Podemos definir o relatrio como um documento formal que expe, de

    forma lgica e sistemtica, informaes sobre um determinado assunto, devendo

    apresentar concluses e/ou recomendaes. O principal objetivo relatar sobre

    experincias vivenciadas durante um perodo determinado de aprendizagem.

    Existem vrios tipos de relatrios. Quando o relatrio for realizado

    para a concluso de curso voc dever utilizar-se dos manuais de concluso

    de curso da universidade Tiradentes. Mas, existem relatrios de pequeno

    porte que so solicitados pelos professores durante o decorrer do seu

    curso, sendo os relatrios mais usuais: viagem; visita tcnica e evento.

    A estrutura do relatrio de viagem; visita tcnica e evento apresentam

    semelhanas, estando constitudo em:

    A capa deve conter: nome da instituio, o curso, a disciplina, o professor da disciplina, ttulo, subttulo (se houver), nome do autor,

    local e ano da concluso do relatrio;

    A folha de rosto: elemento obrigatrio para identificao do Relatrio, devendo constar o nome do autor; ttulo do trabalho, e

    subttulo (se houver); objetivo do trabalho; o nome da instituio a

    que submetido; nome do orientador, local (cidade) da instituio

    onde deve ser apresentado; ano de depsito (da entrega);

    O sumrio deve apresentar as partes que compem o relatrio, acompanhadas da numerao das pginas;

    A lista de ilustraes elemento opcional que consiste na relao de ilus-traes, na ordem em que se apresentam no texto, sendo cada item de-

    signado por seu nome especfico e acompanhado do respectivo nmero

    da pgina. Geralmente, elabora-se lista prpria para cada tipo de ilustrao

    (grfico, fotografia, mapa, desenho, fluxograma, organograma e outros);

    A lista de tabelas e/ou quadros elemento opcional que consiste na relao das tabelas e/ou quadros, na ordem em que se apresentam

    no texto, sendo cada item designado por seu nome especfico e

    acompanhado do respectivo nmero da pgina.

  • 71Tema 2 Trabalhos acadmico-cient cos

    A introduo a parte inicial do texto, devendo apresentar o tema, os objetivos, a justificativa,

    os procedimentos metodolgicos, o local e o

    perodo de realizao da atividade;

    O desenvolvimento compreende o relato e anlise das atividades desenvolvidas e obser-

    vadas;

    A concluso deve ser breve, apresentando a sntese dos resultados. Poder apresentar sugestes e recomendaes;

    Nas referncias so indicadas as fontes consultadas e referenciadas no corpo do trabalho. Segue a norma da ABNT-NBR 6023;

    O apndice e/ou anexo (se houver) corresponde a docume