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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA PRÓ REITORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE E MEIO AMBIENTE ANA MARIA CHAVÃO BRITO LOMBARDI DE SOUZA METODOLOGIAS ATIVAS: AS PRÁTICAS DE SIMULAÇÕES REALÍSTICAS VOLTA REDONDA 2018

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

PRÓ REITORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE E MEIO

AMBIENTE

ANA MARIA CHAVÃO BRITO LOMBARDI DE SOUZA

METODOLOGIAS ATIVAS: AS PRÁTICAS DE SIMULAÇÕES REALÍSTICAS

VOLTA REDONDA

2018

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

PRÓ REITORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE E MEIO

AMBIENTE

METODOLOGIAS ATIVAS: AS PRÁTICAS DE SIMULAÇÕES REALÍSTICAS

Exame de Dissertação apresentado ao

Programa de Mestrado Profissional em

Ensino em Ciências da Saúde e Meio

Ambiente do UniFOA como parte dos

requisitos para obtenção do título de

Mestre.

Aluna:

Ana Maria Chavão Brito Lombardi de

Souza.

Orientadora:

Prof.ª Dra. Enfermeira Ilda Cecília Moreira

da Silva.

Coorientadora:

Prof.ª Dra. Enfermeira Lucrécia Helena

Loureiro.

VOLTA REDONDA

2018

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Dedico este trabalho ao meu esposo,

companheiro e amigo Geraldo José

Lombardi de Souza, à minha filha Júlia

Chavão Brito Lombardi de Souza e à

minha mãe Adiléa Chavão Brito, pelo

incentivo apoio e compreensão durante os

momentos em que me ausentei, para o

cumprimento das atividades acadêmicas.

Sem eles, seria árduo este caminho.

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Agradeço à Professora Doutora

Enfermeira Ilda Cecília Moreira da Silva,

pelo reencontro, orientação, atenção e

carinho, de sempre. À Professora Doutora

Enfermeira Lucrécia Helena Loureiro, pela

orientação, atenção e dedicação. Aos

amigos que fiz na Turma MECSMA 2016,

pelo companheirismo constante desta

trajetória, em especial aos amigos

Carolina Nardini e Sandro Ribeiro, pelo

incentivo em momentos difíceis.

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Que os vossos esforços desafiem as

impossibilidades lembrai-vos de que as

grandes coisas do homem foram

conquistadas do que parecia impossível.

Charles Chaplin.

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RESUMO

O presente trabalho traz uma reflexão sobre as práticas das modalidades metodológicas ativas de aprendizagem. Neste sentido, discorre sobre as expectativas de ensino e aprendizagem na área de Enfermagem a partir do uso da simulação, como metodologia ativa. O objetivo geral será contribuir para prática docente do ensino de enfermagem no nível médio técnico e graduação, através de um curso na modalidade de educação a distância, sobre metodologias ativas de Aprendizagem, as simulações realísticas, como estratégia eficiente e eficaz no processo ensino aprendizagem, e objetivos específicos: construir um curso no formato de EaD, na Plataforma Moodle, em Metodologias Ativas de Aprendizagem, com ênfase nas simulações realísticas e alavancar a prática docente, com princípios prioritários sobre Metodologias Ativas de Aprendizagem. A metodologia utilizada para o estudo foi à revisão integrativa, ferramenta metodológica, que oferece a possibilidade de reunir e sintetizar resultados de estudos publicados sobre a temática, considerada uma importante ferramenta da prática baseada em evidências. Pensar pedagogicamente, no ensino da Enfermagem, presume-se ações complexas e dinâmicas, um processo contínuo fundamentado no conhecimento e na experiência, que, não se limita ao conteúdo que dos livros, mas, na relação entre teoria e prática. Acredita-se que as considerações e reflexões vinculadas na pesquisa, e o curso elaborado tornem-se relevantes, trazendo novas perspectivas de aprendizagem que poderão contribuir para a oferta de um ensino de qualidade, tornando-os capazes de incorporar novas tecnologias e métodos na prática do ensino.

Palavras chave: Educação a Distância; Metodologia; Simulação.

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ABSTRACT

The present work brings a reflection on the practices of the active methodological modalities of learning. In this sense, it discusses the expectations of teaching and learning in the Nursing area from the use of simulation, as an active methodology. The general objective will be to contribute to the teaching practice of Nursing teaching at the Technical and Undergraduate Level, through a Distance Learning Course, on Active Learning Methodologies, realistic simulations, as an efficient and effective strategy in the process of teaching learning, and specific objectives To construct a Course in the format of EaD, in the Platform Moodle, in Active Learning Methodologies, with emphasis in the realistic simulations, and To leverage the teaching practice, with priority principles on Active Learning Methodologies. The methodology used for the study was the integrative review, a methodological tool that offers the possibility to gather and synthesize results of published studies on the subject, considered an important tool of evidence-based practice. To think pedagogically, in Nursing teaching, complex and dynamic actions, a continuous process based on knowledge and experience, which is not limited to the content of books, but in the relation between theory and practice. It is believed that the considerations and reflections linked in the research, and the Course developed become relevant, bringing new perspectives of learning that can contribute to the provision of quality teaching, making them able to incorporate new technologies and methods in practice of teaching.

Keywords: Distance Education; Methodology; Simulation.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 11

1.1 OBJETIVOS .................................................................................................. 15

1.1.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 15

1.1.2 Objetivos Específicos ................................................................................. 15

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 16

2.1 A EDUCAÇÃO ............................................................................................... 16

2.1.1 A educação na área de saúde .................................................................... 17

2.2 ENSINO A DISTÂNCIA (EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EaD) ....................... 21

2.2.1 O desafio do ensino a distância ................................................................. 24

2.3 METODOLOGIAS ATIVAS: UMA MUDANÇA NA EDUCAÇÃO ................... 26

2.3.1 Metodologias Ativas de Aprendizagem ..................................................... 33

2.3.1.1 Aprendizado baseado em equipes ou projetos (team based learning - TBL) 33

2.3.1.2 Aprendizagens baseada em problemas (PBL) .............................................. 34

2.3.1.3 Ensino híbrido ............................................................................................... 36

2.3.1.4 Simulação ...................................................................................................... 39

3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 58

3.1 AMOSTRAS E CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO ......................... 60

3.2 RESULTADOS .............................................................................................. 61

3.2.1 Características das publicações ................................................................ 61

3.3 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................... 66

4 O PRODUTO EDUCACIONAL ..................................................................... 69

4.1 O PLANEJAMENTO DO CURSO ................................................................. 71

4.2 TUTORIAL DO PRODUTO ........................................................................... 73

4.3 A ESTRUTURAÇÃO DO CURSO ................................................................. 79

4.4 VISUALIZANDO O CURSO NO AMBIENTE VIRTUAL MOODLE ................ 81

5 CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO PARA ÁREA DE ENSINO ....................... 90

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 91

7 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 94

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Artigos selecionados para a amostra da Revisão Integrativa .................. 61

Quadro 2 - Planejamento do Curso de Metodologias Ativas: A prática da Simulação

Realística................................................................................................................... 72

Quadro 3 - Metodologia/Atividades do Curso/ Carga horária. ................................... 75

Quadro 4 - Estruturação do Curso ............................................................................ 79

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Pirâmide da aprendizagem - Teoria da escolha ........................................ 31

Figura 2 - Metodologias Ativas de Aprendizagem ..................................................... 32

Figura 3 - Arco de Maguerez ..................................................................................... 35

Figura 4 - Ensino Híbrido - Traduzido e adaptado de “A Flipped Classroom Primer” 39

Figura 5 - Tela 1. Formato do curso - semanal ......................................................... 76

Figura 6 - Tela 2. Acesso ao Curso/login. ................................................................. 77

Figura 7 - Tela 3 - Folder de Divulgação do Curso. ................................................... 78

Figura 8 - Tela 4 - Login à plataforma ....................................................................... 81

Figura 9 - Tela 5. Acesso ao Curso ........................................................................... 82

Figura 10 - Tela 6. Boas Vindas ao curso e Fórum de apresentação e expectativas 83

Figura 11 - Tela 7. O Plano do Curso ........................................................................ 84

Figura 12 - Tela 8. Semana 1 - Definição e Discussão ............................................. 85

Figura 13 - Tela 9. Semana 2 - Construindo o conhecimento .................................. 86

Figura 14 - Tela 10 - A Prática Docente .................................................................... 87

Figura 15 - Tela 11. Semana 4 - A Prática de Simulação Realística ......................... 88

Figura 16 - Tela 12. Semana 5 - Finalização do Curso ............................................. 89

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1 INTRODUÇÃO

A área da educação, bem como a enfermagem, tem sido frequentemente

contemplada por um discurso de mudança de ensino que desperte o interesse e

desenvolva a aprendizagem efetiva através de um ciclo de reformas recorrentes.

A palavra educação, segundo Ferreira (2004), é o ato ou efeito de educar; o

processo de desenvolvimento da capacidade física, mental, intelectual e moral do

ser humano; civilidade e polidez. Remetendo vários estudiosos no que se refere a

educação, em uma ampla reflexão e inúmeras discussões.

Assim, podemos destacar, em Libâneo (2001), sua descrição, de forma ampla

e objetiva, para definição da palavra educação.

Educação compreende o conjunto dos processos, influências, estruturas e

ações que intervêm no desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua

relação ativa com o meio natural e social, num determinado contexto de relações

entre grupos e classes sociais, visando a formação do ser humano. A educação é,

assim, uma prática humana, uma prática social, que modifica os seres humanos nos

seus estados físicos, mentais, espirituais, culturais, que dá uma configuração à

nossa existência humana individual e grupal (LIBÂNEO; 2001, p. 160).

A Lei de Diretrizes Bases da Educação - LDB, BRASIL (1996), refere que a

educação abrange os processos formativos, na vida familiar, na convivência

humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais

e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Para melhor

compreender a dimensão do problema que temos, recuperamos as contribuições de

Libâneo (2005), que trouxe para este campo de análise algumas concepções da

educação, como se pudéssemos olhar a educação como uma realidade em

mudança e ver seu desdobramento fundamentado na formação humana, e objeto de

investigação da pedagogia.

Com esse autor, realiza-se uma primeira consideração das práticas

educativas norteadas pelas tendências pedagógicas, que interferem no processo

ensino-aprendizagem, e a forma predominante pela qual se efetua o processo

educativo, e podem ser classificadas em pedagogia tradicional, renovada, por

condicionamento e crítica. Pereira (2003), informa que a tendência pedagógica, a

pedagogia crítica, na qual defende o direito de o professor assumir o papel de

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mediador, ao conduzir os alunos à observação da realidade e apreensão do

conteúdo, num processo educativo, visa a transformação social, econômica e

política, além da superação das desigualdades sociais.

No processo de produção de conhecimento, faz-se presente uma nova

tendência pedagógica, a metodologia ativa, onde o aluno é também responsável

pela sua trajetória educacional, e o professor, um facilitador das experiências

relacionadas ao processo de aprendizagem. A utilização de metodologia ativa é um

desafio para os educadores, para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e

responsáveis pela construção de seu próprio processo de aprendizado.

Esta modalidade de prática docente confronta o ensino tradicional,

caracterizado por disciplinas fragmentadas e avaliações que exigem memorização,

podendo levar os estudantes à passividade e aquisição de uma visão estreita e

instrumental do aprendizado, promovendo constante atualização.

As metodologias ativas são aquelas capazes de levar à autonomia do

discente e o autogerenciamento e co-responsabilidade pelo seu próprio processo de

formação. O professor é um facilitador da ação educativa, um orientador da

aprendizagem, interessado no desenvolvimento do aluno, envolvendo

procedimentos pedagógicos à aprendizagem pessoal e integradora do aluno, o

"autor" da sua própria aprendizagem, que passa a ser denominada ativa.

Neste contexto, Melo (2012), destaca que o grande desafio da metodologia

ativa é aperfeiçoar o aprendizado individual e o desenvolvimento de uma visão, que

possibilite a compreensão de aspectos cognitivos, afetivos, socioeconômicos,

políticos e culturais, constituindo uma prática pedagógica socialmente

contextualizada.

Segundo Freire (2006), a metodologia ativa é uma concepção educativa que

estimula processos construtivos de ação-reflexão-ação, em que o estudante tem

uma postura ativa em relação ao seu aprendizado numa situação prática de

experiências, por meio de problemas que lhe sejam desafiantes e lhe permitam

buscar e descobrir soluções, aplicáveis à realidade.

Nesse contexto vale assinalar que na intenção de contribuir para que o

estudante se sinta estimulado a experimentar novos métodos de aprendizagem, a

simulação realística se constitui numa oportunidade facilitadora do aprender a

aprender. A simulação no ensino da saúde é uma prática pedagógica, baseada em

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metodologias ativas. Tem o intuito de atender os princípios de cooperação e a

integração entre conteúdos teóricos e práticos. De acordo com Barreto (2014), o uso

da simulação no ensino de ciências da saúde tem se tornado uma ferramenta fun-

damental e frequente, para a formação de estudantes em cursos da área de saúde.

A Simulação Realística é uma metodologia de treinamento apoiada por

tecnologia onde são criados cenários que replicam experiências reais e favorece um

ambiente participativo e de interatividade com a utilização de simuladores e atores.

Este tema visa orientar profissionais na ampliação da segurança do paciente nos

serviços de saúde e reafirmar a importância do papel da equipe de enfermagem

nesse processo.

Entendendo-se a importância de relacionar a teoria com a prática e a vivência

do estudante, é relevante citar que o conteúdo das aulas quando apresentado

previamente aos discentes para desenvolvimento de reflexões, discussões,

desempenho prático, e a aquisição de habilidades em um ambiente educativo, torna-

se fundamental para o aprendizado.

Inácio et. al. (2014), destacam a importância da utilização de metodologias

ativas como estratégia de ensino, através do ambiente de simulação realística

desenvolvendo nos alunos o aprendizado. Assim, com essa vivência o aluno é

capaz de relacionar o conteúdo apreendido aos conhecimentos prévios, na

aquisição de novos conhecimentos.

Para dar continuidade, é interessante assinalar que a educação na área da

saúde, vem passando por profundas mudanças. O modelo de ensino tradicional ao

longo dos tempos está lentamente sendo substituído por novas tendências

pedagógicas, com intuito da formação de um profissional crítico-reflexivo. Na

formação deste profissional é essencial incorporar a utilização de recursos

metodológicos inerentes às novas concepções em educação.

As questões que norteiam este projeto são: Como as práticas pedagógicas de

Metodologias Ativas de Aprendizagem, poderão contribuir para a oferta de um

ensino competente? E ainda, como montar um curso na modalidade a distância

utilizando o método de simulação realística?

O produto da dissertação, um curso que trata das práticas de simulações

realísticas, por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem - Plataforma Moodle.

Acredita-se que, capacitar docentes de enfermagem em metodologias ativas de

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aprendizagem, irá contribuir na melhoria da aprendizagem com a utilização de

ferramentas, tecnologias e métodos modernos para prática do ensino.

É importante destacar que a proposta do trabalho, surgiu a partir da prática

docente da pesquisadora, ao longo de vinte e três anos em Ensino

Profissionalizante. Como Enfermeira Docente, ao analisar e acreditar nos princípios

da construção de conhecimentos, como um facilitador do processo ensino

aprendizagem, poderá nortear educadores no desenvolvimento de metodologias

ativas, nos diferentes níveis e contextos de aprendizagem.

O objetivo geral deste estudo é contribuir para prática docente do ensino de

Enfermagem no Nível Médio Técnico e Graduação, através de um Curso na

modalidade de Educação a Distância, sobre Metodologias Ativas de Aprendizagem -

simulações realísticas. Como objetivos específicos: construir um Curso no formato

de EaD, na Plataforma Moodle, em Metodologias Ativas de Aprendizagem,

direcionado para simulações realísticas, como instrumento facilitador do processo

ensino aprendizagem.Alavancar a prática docente, com princípios prioritários sobre

Metodologias Ativas de Aprendizagem

A atualização docente através de educação a distância (EaD) tem sido uma

alternativa para atender às demandas dos profissionais da saúde, ela permite

ressignificar o tempo, rompendo com o paradigma da educação estritamente

presencial. Esta metodologia traz novos modelos de produção e organização do

conhecimento.

Este estudo justifica-se em função de sua proposta encontrar-se alinhada a

uma metodologia para a formação profissional, com a utilização da aprendizagem

por resolução de problemas, utilizando a Plataforma Moodle como pano de fundo.

Acredita-se que a utilização desta prática de ensino poderá contribuir com o

exercício da criatividade, estimulando o docente e o discente a adotarem uma

postura de confiança, desempenho técnico, com qualidade e tomada de decisões.

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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Contribuir para prática docente do ensino de Enfermagem no Nível Médio

Técnico e Graduação, através de um Curso na modalidade de Educação a

Distância, sobre Metodologias Ativas de Aprendizagem - simulações realísticas,

como estratégia eficiente e eficaz no processo ensino aprendizagem.

1.1.2 Objetivos Específicos

a) Construir um Curso no formato de EaD, na Plataforma Moodle, em

Metodologias Ativas de Aprendizagem, com ênfase nas simulações realísticas.

b) Alavancara prática docente, com princípios prioritários sobre Metodologias

Ativas de Aprendizagem.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A EDUCAÇÃO

Educação compreende o conjunto dos processos, influências, estruturas e

ações que intervêm no desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua

relação ativa com o meio natural e social, num determinado contexto de relações

entre grupos e classes sociais, visando a formação do ser humano. A educação é,

assim, uma prática humana, uma prática social, que modifica os seres humanos nos

seus estados físicos, mentais, espirituais, culturais, que dá uma configuração à

nossa existência humana individual e grupal (LIBÂNEO, 2001).

Trata-se de um direito fundamental, que impulsiona o desenvolvimento de um

país e do indivíduo. Somente com a Educação, teremos o desenvolvimento cultural

e socioeconômico.

Segundo Pereira e Rodrigues (2005), a palavra educação tem sua origem nos

verbos latinos educare (alimentar, amamentar, criar), significado de algo que se dá a

alguém, expressa a ideia de conduzir para fora, fazer, sair, tirar de o que mostra o

seu caráter polissêmico. Esclarecem ainda que, educar é oferecer ao homem

possibilidades e os instrumentos que lhe permitem ser culto, se quiser. Assim, a

educação definida como metodologia: a aprendizagem de aprender.

Ao analisarmos, educação significa a diversidade de hábitos, costumes e

valores de um indivíduo, que vai se formando e transformando através de situações

e experiências vividas ao longo da sua vida. Englobando a civilidade e a capacidade

de socialização do indivíduo.

Para muitos teóricos da área da pedagogia, a educação trata-se de ações e

influências exercidas pelo meio em que vivemos. Ações, para que se possa

desempenhar alguma função nos contextos sociais, econômicos, culturais e políticos

de uma sociedade.

Tecnicamente, a educação é o processo contínuo de desenvolvimento

intelectual e moral do ser humano, visando a integração na sociedade.No sentido

formal, educação é o processo contínuo de formação e ensino aprendizagem, que

faz parte do currículo dos estabelecimentos de ensino.

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O ser humano, somente irá alcançar o desenvolvimento através da educação,

que representa a instrução e o desenvolvimento de competências e habilidades. A

filosofia grega afirma que a busca do conhecimento somente se alcança por meio da

razão e da educação.

Costa (2015, p. 85), descreve a definição de Paulo Freire sobre educação.

Educação é uma concepção filosófica e/ou científica acerca do conhecimento colocada em prática. A teoria do conhecimento freireana, por sua vez, pode ser sintetizada assim: o conhecimento é um processo social criado por meio da ação-reflexão transformadora dos humanos sobre a realidade. Já a definição específica de educação defendida por Paulo Freire pode ser expressa nos seguintes termos: educação é o processo constante de criação do conhecimento e de busca da transformação-reinvenção da realidade pela ação-reflexão humana. (COSTA, 2015, p. 85).

Dessa forma, podemos compreender a partir de uma reflexão de Paschoal

(2007) que a educação é um fenômeno social e universal, uma atividade humana,

para a sobrevivência e necessária à existência e à sociedade, dependente da união

de saberes, porém o que existe hoje é uma educação fragmentada, em duas linhas:

a escola, dividida em partes, e a vida, na qual se desenvolve o sujeito e os

problemas, cada vez mais multidisciplinares, globais e planetários.

Ainda refletindo Paschoal (2007), a educação é processo dinâmico e contínuo

de construção do conhecimento, por intermédio do desenvolvimento do pensamento

livre e da consciência crítico-reflexiva, e que, pelas relações humanas, levam à

criação de compromisso pessoal e profissional, capacitando para a transformação

da realidade.

2.1.1 A educação na área de saúde

O momento desafiador da contemporaneidade na formação educacional em

saúde trata-se da capacidade de desenvolver a visão holística, e propor

aprendizagem envolvendo iniciativa, ações afetivas e intelectuais, utilizando

estratégias, em busca do conceito de aprender fazendo, vinculando o processo de

ensino-aprendizagem aos cenários práticos.

A educação em saúde é definida pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2012,

p.19), como:

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Processo educativo de construção de conhecimentos em saúde que visa à apropriação temática pela população [...]. Conjunto de práticas do setor que contribui para aumentar a autonomia das pessoas no seu cuidado e no debate com os profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção de saúde de acordo com suas necessidades. (BRASIL, 2012, p.19).

Para que a educação em saúde ocorra, é preciso o envolvimento dos

profissionais de saúde valorizando as ações de prevenção e promoção e as práticas

curativas; os gestores apoiando os profissionais; e a população, com autonomia nos

cuidados, individuais e coletivos.

Desde as primeiras décadas do século XX, o termo educação em saúde vem

sendo utilizado. A expansão da medicina preventiva para algumas regiões do país

aconteceu a partir da década de 1940, com o Serviço Especial de Saúde Pública

(SESP) e as ações do Estado aconteciam por meio de campanhas sanitárias, e

também, por ações de caráter informativo, transformador de hábitos de vida,

responsabilizando o indivíduo pela sua saúde (FALKENBERG, 2014).

Para uma melhor compreensão da educação e saúde e educação em

saúde Falkenberg (2014, p. 848), descreve:

[...] educação e saúde, utilizado ainda hoje como sinônimo de educação em saúde, pode ter se originado dessa prática, indicando um paralelismo entre as duas áreas, com separação explícita dos seus instrumentos de trabalho: a educação ocupando-se dos métodos pedagógicos para transformar comportamentos e a saúde dos conhecimentos científicos capazes de intervir sobre as doenças. (FALKENBERG, 2014, p.848).

Ainda, segundo Falkenberg (2014), educação para a saúde é um termo usual

ainda hoje nos serviços de saúde. Uma concepção mais verticalizada dos métodos e

práticas educativas, que Freire (2006) chamou de educação bancária. No sentido,

que os profissionais de saúde ensinam a população ignorante o que precisaria ser

feito para a mudança de hábitos de vida, a fim de melhorar a saúde individual e

coletiva.

Levando tudo isso em consideração, vemos que a educação traz inúmeros

desafios para atender a demanda atual do mercado de trabalho. Urge transformação

nos métodos pedagógicos, mudanças que valorizem a equidade, a qualidade da

assistência, a eficiência e a relevância do trabalho em saúde. Entre os desafios,

romper com estruturas e modelos do ensino tradicional, e a busca pela eficiência

técnica e o conhecimento especializado.

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No Brasil, a partir da aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB), Lei Federal nº 9.394/1996, elaboração e implantação das Diretrizes

Curriculares Nacionais (DCN), percebe-se uma mudança no contexto da formação

profissional, na área da saúde. Evidencia-se a necessidade de reformar os

currículos de cursos na área da saúde, considerados tradicionais e inadequados, a

fim de promover a inserção de metodologias inovadoras, que permitam uma

formação com profissionais mais comprometidos, técnica e politicamente.

Com as metodologias inovadoras, acredita-se que os futuros profissionais

adotem uma postura crítica e capaz de transformar realidades. Dessa forma, pensar

no processo de ensino aprendizagem numa perspectiva de construção de saberes

em que aluno e professor participam efetivamente viabiliza a substituição dos

processos de memorização de informações e de transferência fragmentada do

saber, por uma prática que reúna conhecimento por meio de uma postura

interdisciplinar.

Tratando-se da formação em saúde, existem reflexões sobre a insuficiência

dos modelos educativos tradicionais frente aos educacionais emergentes, e a

necessidade de se rever as posturas dos educadores. Alguns professores, nos

diversos espaços formativos, permanecem adotando uma postura de transmissão

direta de conhecimentos, enaltecendo a figura de um ser único e exclusivo dotado

de conhecimentos.

Costa (2015, p.63), descreve claramente as divergências no mundo da

educação em saúde:

[...]no contexto do Ensino Superior em saúde, destinado à formação de profissionais de diversas áreas do conhecimento e, sujeitos críticos e reflexivos, a constatação de docentes que adotam uma postura acrítica é ainda mais lamentável. Entretanto, é válido reconhecer que diversas iniciativas têm sido tomadas e medidas têm sido implantadas no contexto formativo, quer seja por correntes teóricas em busca de um rito de mudança paradigmática, levando em consideração a complexidade dos fenômenos, ou por meio da percepção de uma necessidade de transformação das formas de pensar e agir, impulsionadas principalmente pelas características do contexto pós-moderno. (COSTA, 2015, p.63)

Nesse sentido, há uma sinalização, no Brasil, das Diretrizes Curriculares da

formação em saúde, a qual orienta que os alunos dos cursos de graduação em

saúde têm que aprender a aprender, ou seja, aprender a ser aprender a fazer,

aprendera viver juntos e aprender a conhecer. A partir desta consideração, reforça-

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se a necessidade de uma postura mais autônoma por parte dos formandos. Assim,

as diretrizes devem estimular o abandono das concepções antigas e herméticas das

grades curriculares, bem como da utilização de meros instrumentos de transmissão

de conhecimento e informação, pontuando assim para a garantia de uma formação

mais sólida (COSTA, 2015).

Nessa direção, Souza et. al. (2013), descreve a formação de profissionais

com competência técnica, científica e social, para o confronto dos desafios do novo

perfil de saúde-doença da sociedade, agregar valor no atendimento prestado e

garantir a qualidade e a segurança da assistência.

Para melhor compreender a dimensão do problema que temos, recuperamos

as contribuições de Domenico (2005) em torno da reestruturação da educação que

para o autor é urgente, na medida em que a transmissão de conhecimentos não

garante a formação de indivíduos competentes.

Observando o fazer cotidiano de um trabalhador de saúde, temos constatado

que diante dos aspectos sociais, políticos e éticos do ensino na área da saúde, não

é adequado os alunos aprimorem suas habilidades em pacientes reais, pois estas

podem gerar riscos inerentes de erro e consequente danos à pessoa (KNEEBONE

et. al. 2004).

Entretanto, Costa (2015) considera as habilidades práticas requeridas do

formando, a possibilidade de repetição exaustiva de técnica, a inserção e imersão

em cenários próximos da realidade, bem como a vivência de uma prática reflexiva,

fundamental para formação profissional.

Tendo como referência Costa (2014), as experiências em situações reais e

simuladas é um referencial já que os resultados pontuam a ideia de ressignificação

da aprendizagem e dos mecanismos de articulação e construção de novos saberes,

e contribuem para uma formação mais próxima das necessidades exigidas pela

sociedade atual.

Kawakame (2011, p.21) ressalva a importância de avançar em conhecimento

profissional e tecnológico:

Associado às mudanças da profissão, está o avanço tecnológico decorrente do processo de globalização, em que as novas gerações, oriundas a partir do final do século XX e XXI, se abastecem, com facilidade, de novos conhecimentos em seus próprios lares, sem a necessidade de bibliotecas ou de salas de aulas convencionais. São esses alunos que chegam para os educadores da área da saúde, nas instituições de ensino superior, que, por sua vez, têm a árdua missão de transformá-los em profissionais competentes (KAWAKAME, 2011, p.21).

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Esse processo é intenso, dinâmico e tensionado por sucessivos e contínuos

métodos de mudança, associadas a ambientes de cuidado em saúde cada vez mais

complexos, com o prolongamento da estimativa de vida do paciente, com avanços

tecnológicos, demanda de recursos e de estudantes, fazendo com que as escolas

de Enfermagem busquem renovar suas propostas de ensino (WATERKEMPER e

PRADO, 2011).

Em linhas gerais, o futuro profissional de Enfermagem precisa aprimorar seus

conhecimentos cognitivos e suas habilidades práticas para a execução das

atividades diárias. Por outro lado, é necessário que se utilizem recursos

metodológicos que permitam a aquisição e o aperfeiçoamento dessas competências

(FELIX et. al., 2011).

2.2 ENSINO A DISTÂNCIA (EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EaD)

EaD é a sigla para Educação a Distância. Uma modalidade de ensino e

aprendizagem mediados por tecnologias possibilitando que o professor e o aluno

estejam em ambientes físicos diferentes.

Cardoso, Sabbatini, Bastos (2000), consideram que a origem da EAD

aconteceu nos cursos por correspondência, iniciados no final do século XVIII e

atingiram seu desenvolvimento no século seguinte. Neste caso, a grande invenção

tecnológica foi o sistema de correios, através do qual os protagonistas enviavam

materiais (livros, apostilas, cartas) para o desenvolvimento de seus cursos.

Os autores descrevem ainda que, no início do século XX até a Segunda

Guerra Mundial, realizaram-se diversas experiências visando a melhoria das

metodologias aplicadas ao ensino por correspondência, influenciados pelos meios

de comunicação de massa, principalmente o rádio, com a utilização dos multimeios,

desde impressos, televisão e Internet.

A Educação a Distância, surgiu no Brasil, nos anos de 1850 com as primeiras

experiências registradas no fim do século XIX, como forma de ensino, quando

trabalhadores rurais europeus aprendiam, via correspondência, como plantar ou qual

a melhor forma de manejar o rebanho.

Na trajetória histórica, no Brasil, a EaD, passou a ser conhecida com cursos

de ensino supletivo, via televisão, fascículos, tomou novo impulso com o avanço das

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tecnologias, vários programas tiveram sucesso entre as décadas de 30 e 40,na

década de 50 foi a vez do sistema S de ensino, nos anos 60 foi impulsionado pela

igreja e patrocinado pelo governo federal, em 70 foi a vez da Fundação Roberto

Marinho, entre outras instituições.

As primeiras experiências significativas em EaD no Brasil datam de 1920, no

entanto apenas na década de 80 e 90, que seu crescimento expandiu efetivamente.

Entretanto, a EaD, somente se consolidou como modalidade atraente, nos últimos

dez anos, advindo pelo avanço tecnológico, uma gama de recursos digitais facilitou

as informações, e incorporados aos métodos pedagógicos favoreceram ao grande

sucesso no Ensino a Distância.

A EaD foi aprovada no Brasil, no Art. 80 da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, Nº 9.394 em 20 de dezembro de 1996, estabelecendo a

Educação a Distância (EaD), regulamentada pelo Decreto-Lei nº 2.494, de 10 de

fevereiro de 1998, do Ministério da Educação. Brasil (1996).

Em 25 de maio de 2017, o Decreto Nº 9.057, regulamenta o art. 80 da Lei

nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional, com principal objetivo de aumentar cursos superiores, em EaD. Nesta

legislação, vale destacar a possibilidade de credenciamento de instituições de

ensino superior (IES) para cursos de educação a distância, sem o credenciamento

para cursos presenciais, podendo as instituições oferecer exclusivamente cursos

EaD (BRASIL,2017).

A EaD historicamente surgiu para oportunizar o ensino para aqueles que não

tivessem condições econômicas e sociais de frequentar cursos regulares, e de

grande importância como fator de crescimento para o país.

Para se conceituar a educação a distância há uma gama de informações que

contribuem para diversificar as definições e para compreender a modalidade, é

necessário saber alguns de seus conceitos.

Muitos são os conceitos de Educação à Distância encontrados na literatura.

Para uma conceituação objetiva, define-se EaD como “...qualquer forma de

educação em que o professor se encontra geograficamente distante do aluno”

(Cardoso, Sabbatini, Bastos, 2000, p. 89).

Para Cardoso, Sabbatini, Bastos (2000), a definição de EaD segue além da

separação geográfica, poderá existir a separação temporal, que se divide em dois

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tipos: aquela em que a interação entre aluno e professor ocorre simultaneamente,

através de videoconferência (forma síncrona), e aquela em que a interação ocorre

em momentos diferentes, slides na Web (forma assíncrona). Para os autores, a EaD

não é sinônimo de alta tecnologia, pois a definição inclui a utilização de muitas

tecnologias, desde as mais simples e antigas, como a utilização de um livro, até as

mais modernas e complexas (videoconferências e utilização de internet).

No mundo contemporâneo, o conhecimento evolui de forma dinâmica e

acelerada, nos remete a uma educação voltada para a autonomia, com a

metodologia do aprender a aprender. A educação a distância vem crescendo

aceleradamente. Com as novas Tecnologias da Informação e das Comunicações –

TICs, cada vez mais cidadãos e instituições veem nessa forma de educação um

meio de democratizar o acesso ao conhecimento e de expandir oportunidades de

trabalho e aprendizagem ao longo da vida.

É importante, destacar em Cardoso, Sabbatini, Bastos (2000) que a educação

à distância e o ensino presencial são diferentes, porém, estão associados e

entrelaçados, porque se completam.

A educação a distância, fez marco histórico, considerada uma das mais

importantes e acessível modalidade de educação, porém, carente de eficientes

políticas.

Os autores enfatizam a ideia de que a tecnologia deve ser utilizada como

ferramenta para disponibilização e interação do conteúdo educacional e não como o

fim. Os autores chamam atenção que nem sempre a tecnologia inovadora e

sofisticada é a melhor. Remetendo a problemática, que conduz ao conceito de

tecnologia mais adequada – exemplificando, numa vila da Amazônia que não tem

telefone e sim Correios, a forma mais adequada poderá ser o ensino por

correspondência.

Ainda no pensamento dos autores acima, outro conceito limitante da EaD é

que nem todo tipo de educação pode a distância, havendo indicações determinadas,

com possibilidades de combinação com ensino presencial, com regras impostas pelo

Ministério da Educação e Cultura (MEC).

Para Hermida e Bonfim (2006, P.167), do ponto de vista epistemológico:

[...] palavra Teleducação ou “Educação à Distância” vem do grego tele (longe, ao longe), e pode ser conceituada como o processo de ensino-

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aprendizagem mediado por tecnologias, onde professores e alunos ficam “separados” espacial e/ou temporalmente. Pode envolver atividades presenciais e outros momentos de “contatos” conjuntos, porém, conectados ou intermediados através de recursos tecnológicos. (HERMIDA E BONFIM, 2006, p.167)

Landim (1997, p.10), estabelece uma diferenciação entre os termos

educação e ensino à distância:

O termo ENSINO está mais ligado às atividades de treinamento, adestramento, instrução. Já o termo EDUCAÇÃO refere-se à prática educativa e ao processo ensino-aprendizagem que leva o aluno a aprender a aprender, a saber, pensar, criar, inovar, construir conhecimentos, participar ativamente de seu próprio conhecimento. (LANDIM, 1997, p.10).

Não se pode deixar de destacar que a EaD abrange várias vias de

comunicação entre os dois principais protagonistas do processo educacional, o

estudante (ou aprendiz) e o professor.

Deve-se compreender que a EaD e o Ensino Presencial são complementares

e não antagônicas, que a excelência do ensino se encontra nas instituições

educativas e em seus aprendizes, e não somente na utilização de novas tecnologias

de educacionais. A eficácia está na interatividade, no interesse e no esforço pessoal,

seja no curso presencial ou à distância.

2.2.1 O desafio do ensino a distância

Dentre as modalidades de ensino, a que mais evoluiu foi a Educação a

Distância, não se trata de uma modalidade de ensino recente, porém, está

crescendo exponencialmente, em razão ao acelerado processo de informação e

explosão do conhecimento. A sociedade busca cada vez mais novas habilidades e

conhecimentos, assim como, novos “produtos”, ou seja, novas profissões e

interdisciplinaridade. Somente a educação presencial não consegue atender toda

essa demanda.

Acredita-seque na oferta de educação na modalidade à distância, certamente

pode contribuir para atender às demandas educacionais urgentes, como, a formação

ou capacitação de docentes e a formação continuada. Vale ressaltar que, em EaD, o

aluno, deverá ter uma responsabilidade absoluta e redobrar seus esforços para

alcançar um nível significativo de aprendizagem. A EaD apresenta vantagens, como

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interatividade, flexibilidade e autonomia, onde o aluno poderá definir seu próprio

horário e ritmo de estudo.

Em Hermida e Bonfim (2006), EaD e o Ensino Presencial são forças

complementares e não antagônicas, e a excelência do ensino reside nas instituições

educativas e em seus aprendizes, e não na utilização de novas tecnologias de

educação. A eficácia está na interatividade, no interesse e no esforço pessoal, seja

em qualquer modalidade de ensino.

Dessa forma, a interatividade, tem papel crucial na educação a distância,

acreditando que a aprendizagem, nesta modalidade de ensino, acontece por meio

de interações, com a utilização das novas tecnologias de informação e

comunicação, acompanhadas da interatividade, se fazem necessárias.

Na educação à distância, a interatividade possibilita a inovação de ensino e

aprendizagem, facilitando para o aluno, um processo sem resultados positivos. A

utilização de tecnologias, não garante que o aluno está se apropriando do

conhecimento, mas poderá favorecer aos professores que serão os estimuladores

para a facilitação do ensino.

Para Santos e Marques (2015), a interatividade nos recursos educacionais se

concretiza na EaD, quando a tecnologia se torna um meio para que a construção do

conhecimento ocorra através da participação ativa de todos os envolvidos, e ainda

que, estratégias interacionistas se efetuam quando a comunicação via tecnologia, se

faz no sentido de colaboração, de múltiplas conexões e trocas entre os participantes.

Ao longo dos anos, a Educação a Distância foi vista como uma modalidade de

ensino de baixa qualidade, levando a diversos olhares atentos, motivados pelo

tradicional ensino presencial, em que a presença física do professor e aluno, e a

interatividade era o modelo ideal do processo ensino aprendizagem.

Na atualidade, o ensino a distância, possui dupla vertente tradicional e virtual,

com perspectiva de educação ao longo da vida, centrada no aprendiz, em que o

docente é um orientador e facilitador dos percursos de aprendizagens. O ensino a

distância se distingue do ensino presencial pela sua diversificação curricular em

módulos integrados.

Educação a distância é a modalidade educacional, com utilização de meios e

tecnologias de informação e comunicação, na qual alunos e professores estão

separados física ou temporalmente. Essa modalidade é regulada por uma legislação

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específica e pode ser implantada na educação de jovens e adultos, educação

profissional técnica de nível médio e na educação superior (BRASIL,2017).

Dessa forma, a educação é essencial para a vida em sociedade, e não,

somente em salas de aula. Os cursos ofertados através de EaD, necessitam de

ajustes frequentes para atingir as necessidades dos alunos, que sejam

disponibilizados conteúdos condizentes com suas expectativas e com tutores para

responderem dúvidas e quaisquer questionamentos. Para a oferta de cursos de

EaD, a instituição deverá possuir organização e programas interativos suficientes

para atender as necessidades dos alunos, em qualquer nível de ensino. Para isso é

importante um ambiente virtual, uma equipe de manutenção e alimentação,

tecnologia de comunicação, alunos, biblioteca virtual, instrutores, a fim de garantir

qualidade e excelência.

Para que se atenda um dos principais objetivos da EaD, a disseminação de

conhecimento, de forma sistemática, ampliando o acesso, garantindo uma educação

de qualidade e equidade ao acesso. A EaD é indispensável para garantir a

efetivação da sociedade e o direito à educação para um número cada vez maior de

indivíduos.

2.3 METODOLOGIAS ATIVAS: UMA MUDANÇA NA EDUCAÇÃO

Em busca da fundamentação histórica da prática do ensino nas metodologias

ativas, pesquisou-se o início da referida prática, descrito em Famema (1997). Nos

anos 90, a Fundação W. K. Kellogg, com sede nos EUA, ofereceu apoio técnico e

financeiro para o desenvolvimento de parcerias entre ensino, serviço e comunidade.

O projeto foi denominado UNI – Uma Nova Iniciativa na Educação de Profissionais

de Saúde: União com a Comunidade, que possibilitou a diversas faculdades da

América Latina, recursos humanos e desenvolvimento de parcerias com os serviços

locais de saúde e a comunidade, dando apoio às revisões curriculares dos cursos da

área de saúde, viabilizando a construção de novos projetos educacionais, buscando

desenvolver, de maneira integrada, moldes inovadores para a educação, formação

de lideranças e atenção à saúde, com o objetivo de formar profissionais com

qualificação técnica consistente e capacidade de atuação profissional e social,

visando melhorar a saúde das pessoas.

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Desse modo, uma nova proposta metodológica foi considerada importante na

educação a saúde, o olhar para a coletividade, com vistas às necessidades

prementes da população.

Em Mitreet al. (2008), há uma descrição sobre a ampliação dos rumos dessa

nova metodologia, as maiores mudanças na educação em saúde têm sido

observadas na América do Norte, Austrália e Holanda, iniciado em 1969, pela

Universidade de McMaster, implantando Aprendizagem Baseada em Problemas

(ABP) na educação médica. No Brasil, universidades utilizam essa metodologia ativa

de ensino desde 1997, a começar pela Faculdade de Medicina de Marília,

Universidade Estadual de Londrina, ampliando depois para a Universidade Federal

do Ceará e Alagoas, entre outras.

Morais (2006), destaca a experiência inovadora da Escola Superior de

Ciências da Saúde (ESCS) nos cursos de Medicina e Enfermagem, que mantém por

uma década, a utilização de Metodologia Ativa de Ensino-Aprendizagem (MAEA).

Essa Universidade, desde a sua implantação vem utilizando o currículo integrado,

flexível, dinâmico e contextualizado, centrado no estudante, orientado à

comunidade, facilitando a articulação dinâmica entre teoria/prática, integrando

ensino/serviços/comunidade para formar profissionais de saúde com perfil desejado

para atendimento às exigências do mercado de trabalho, com foco no SUS.

Rever o modelo utilizado para educação é um desafio contemporâneo para

pensar metodologias inovadoras que possibilitem uma práxis pedagógica capaz de

ultrapassar os limites do treinamento puramente técnico e tradicional, para

efetivamente alcançar a formação do sujeito como um ser ético, histórico, crítico,

reflexivo, transformador e humanizado.

Por este ângulo, no processo educacional o professor, ao utilizar ferramentas

diferentes incentiva o aluno a procurar novas formas de pensar e agir e ser agente

construtor do seu próprio conhecimento. Sendo assim, o ensino e aprendizagem

através das práticas ativas poderão garantir que o aluno realize diferentes atividades

e desenvolva habilidades diversas aprimorando suas práticas acadêmicas.

Entretanto, para Gemignani (2012) na pedagogia tradicional, o ensino é

centrado no professor, considerado a autoridade dentro da sala de aula e

responsável pelo processo educativo, enquanto o aluno é um mero receptor de

informações e na pedagogia crítica, o papel do educador é de ser um facilitador para

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conduzir o conhecimento diante da realidade visando à transformação social e

política a fim de atender às demandas da população.

O uso do termo Metodologias Ativas se tornou frequente nos últimos anos,

entretanto, um conceito ainda não muito esclarecedor. Consideramos como

metodologias ativas os percursos de ensino traçados em busca de aprendizagens

ativas, ou seja, uma concepção em que só há aprendizado com a mobilização,

reflexão e ação do aluno que procura respostas para suas questões.

Segundo Moran (2015, p.19) “nas metodologias ativas de aprendizagem, o

aprendizado se dá a partir de problemas e situações reais, ou seja, os mesmos que

os alunos vivenciarão depois na vida profissional."

Neste sentido, descrevem-se elementos fundamentais que poderão servir

como propostas educacionais em busca de aprendizagens ativas: a ênfase em

propostas que possibilitem aos alunos a reflexão, aplicação e significação do

conhecimento; o foco em um problema ou um questionamento, favorecendo ao

aluno a possibilidade e autonomia em busca de conhecimentos e construção de

suas respostas; análise de cenários ou contextos, permitindo aos alunos a

compreensão contextualizada dos conceitos e a significação dos conhecimentos; o

processo pedagógico que privilegia a ação dos alunos em busca de respostas,

experiências e argumentos; e ao docente cabe o papel de orientá-lo em suas

buscas.

Em metodologia ativa, o papel do docente, não é mais um transmissor de

informações, mas um organizador, gestor, orientador dos trabalhos dos alunos, além

de instruir e aportar o aluno de referenciais teóricos (conhecimentos) e práticas

(pesquisa e simulações), como respostas aos seus anseios no processo de

construção de novos saberes.

Barbosa (2013) descreve que os professores desconhecem meios de ensinar

e aprender que podem ser considerados como um tipo de metodologia ativa, ainda

que não sejam rotuladas ou conhecidas por essa expressão. Assim como, o ensino

por meio de projetos, o ensino por meio da solução de problemas, são exemplos

típicos de metodologias ativas de aprendizagem.

Algumas propostas metodológicas entre aquelas chamadas ativas

apresentam roteiros estruturados, com históricos e relatos de experiências

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disponíveis, como aprendizagem baseada em projetos, metodologia da

problematização, estudo de caso e aprendizagem baseada em problemas.

Para que o aluno esteja ativamente envolvido no processo de aprendizagem,

ele deverá ler, escrever, questionar, solucionar problemas, desenvolver projetos,

realizar tarefas mentais de alto nível, como análise, síntese e avaliação. Assim,

aprendizagem ativa ocorre quando o aluno interage com o assunto sendo

estimulado a construir o conhecimento, e não simplesmente recebê-lo de forma

passiva do professor. Para Barbosa (2013), em um ambiente de aprendizagem ativa,

o professor atua como orientador, supervisor, facilitador do processo de

aprendizagem, e não apenas como fonte única de informação e conhecimento.

Segundo a concepção de Pecotche (2011), a diferença fundamental que

caracteriza um ambiente de aprendizagem ativa é a atitude ativa da inteligência, em

contraposição à atitude passiva geralmente associada aos métodos tradicionais de

ensino.

Dessa forma, para Pinto et. al. (2016) as metodologias ativas de

aprendizagem, vistas como participativas e problematizadoras, potencializam o

saber livre e ativo, favorece o aprendizado significativo ao correlacionar um novo

aprendizado à informação prévia. Assim, o estudante assimila e aprende novos

conteúdos, possibilitando a construção do conhecimento, promove sua autonomia e,

consequentemente, sua visão crítica e reflexiva.

Essas práticas ativas pedagógicas, para Pinto et al., (2016), são formas de

articular os diversos saberes: o saber-conhecer (conteúdos), saber‐fazer

(atitudes/habilidades), saber‐conviver (competências) e, assim, desenvolver o

aprender a aprender, aprender a ser, aprender a fazer, aprender a viver juntos, e

aprender a conhecer.

Para melhor compreensão das metodologias ativas de ensino, vamos

identificar sumariamente, os pontos comuns entre elas: são comprometidas em

ampliar o favorecimento da aprendizagem do estudante; são orientadas a partir da

aprendizagem significativa, refletindo Ausubel (2003), em que se caracteriza pela

interação da nova informação abordada com a estrutura cognitiva do sujeito que

aprende, considerando o conhecimento prévio, como ponto de partida para um novo

conhecimento, sendo necessário que o aluno encontre sentido no que está

aprendendo, para que significativamente possa aprender, com ancoragem entre

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conceitos relevantes preexistentes e a relação com o novo, dessa forma o professor

é o facilitador do processo e o aluno é ativo no processo ensino aprendizagem; o

aluno é reconhecido como sujeito do processo de aprendizagem, porque depende

dele para que ocorra a mobilização do aprendizado; enfatizam a práxis de

problematizar, como estratégia de ensino aprendizagem, em que o aluno a partir de

suas ações, busca solucionar a situação problema; e finalmente material de suporte

para pesquisas.

Podemos destacar como contribuições das metodologias ativas de

aprendizagem, preparar e formar com desenvolvimento de competências

profissionais; fortalecer a compreensão e o uso do conhecimento, associado à

responsabilidade; e capacitar o aluno para intervir em situações complexas.

Ao se praticar metodologias ativas, pode-se presumir como ações do

professor: o investimento no processo de formação; comprometimento com o

ensino; a interatividade com outros colegas que atuam com as metodologias ativas;

buscar estratégias de ensino e aprendizagem oriundas das metodologias ativas;

compreender e aprender com os resultados positivos; planejar significativamente

suas ações docentes; apresentar aos alunos o planejamento de suas ações

docentes; saber identificar a necessidade de retomar as orientações; co-

responsabilizar o aluno no processo de ensino e aprendizagem; manter uma relação

de crescimento e construtiva com os alunos; proporcionar segurança e apoio aos

alunos nas atividades desenvolvidas; utilizar as tecnologias favoráveis ao processo

de aprendizagem; avaliar e oferecer o feedback da aprendizagem.

Moran (2015, p.24), destaca as ações do professor que atua com as

metodologias ativas:

O papel do professor é mais do de curador e de orientador. Curador, que escolhe o que é relevante entre tanta informação disponível e ajuda a que os alunos encontrem sentido no mosaico de materiais e atividades disponíveis. Curador, no sentido também de cuidador: ele cuida de cada um, dá apoio, acolhe, estimula, valoriza, orienta e inspira. Orienta a classe, os grupos e a cada aluno. Ele tem que ser competente intelectualmente, afetivamente e gerencialmente (gestor de aprendizagens múltiplas e complexas). Isso exige profissionais melhor preparados, remunerados, valorizados. Infelizmente não é o que acontece na maioria das instituições educacionais. (MORAN; 2015; p 24).

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Reforçando, sobre as metodologias ativas de aprendizagem, compartilhamos

as Figuras 1 e 2 sobre o tema, que vão ao encontro dos resultados positivos da

utilização dessas práticas pedagógicas.

Figura 1 - Pirâmide da aprendizagem - Teoria da escolha

Fonte: Glasser, W. Teoria da Escolha: Uma Nova Psicologia de Liberdade. SP. Editora

Mercuryo. 1ª ed. 2002

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Figura 2 - Metodologias Ativas de Aprendizagem

Fonte: http://fappes.edu.brmetodologia-ativa-na-graduacaopiramide. Acesso em: 22, ago. 2017.

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2.3.1 Metodologias Ativas de Aprendizagem

Na perspectiva de se conhecer e discutir os diferentes métodos de ensino e

aprendizagem que vêm sendo utilizados, para substituir o método tradicional de

ensino, os quais variam em objetivo e complexidade, podemos destacar:

Aprendizado Baseado em Equipes ou Projetos (“Team Based Learning” TBL),

Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), Ensino Híbrido, Sala de Aula

Invertida e Simulação.

2.3.1.1 Aprendizado baseado em equipes ou projetos (team based learning - TBL)

A Aprendizagem Baseada em Projetos (TBL), originalmente intitulada Project

Based Learning (PBL), trata-se de uma modalidade de aprendizagem de caráter

ativo e colaborativo, que enfatiza as atividades de projeto, cuja principal

característica é a construção coletiva do conhecimento interdisciplinar e centrada no

aluno. Suas práxis fundamentam-se, também, na utilização de temas transversais e

interdisciplinares, possibilitando ao aprendiz uma visão holística do conhecimento

Braida (2014).

Nesta metodologia, um problema é apresentado a vários grupos de alunos,

cada grupo identifica o problema e realiza um levantamento dos conhecimentos e

conceitos envolvidos, buscam e propõem soluções e, em discussão, decidem qual a

melhor delas. O resultado é apresentado na forma de um produto/protótipo. Esta

metodologia pode-se relacionar com Aprendizagem Baseada por Equipe.

A Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) ressalta a importância do

aprender em resposta a interação com eventos da vida real. A ABP é definida como

um método sistemático de ensino que envolve os alunos na aquisição de

conhecimento e habilidades por meio de um extenso processo de investigação

estruturado em torno de questões complexas, autênticas e de produtos e tarefas

cuidadosamente planejadas.

O planejamento do projeto deve levar em consideração o que pode ser

desenvolvido em sala de aula. Fatores como tempo para realização, número de

aulas, assuntos que serão ensinados, devem ser considerados.

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Ao se trabalhar com ABP algumas etapas devem ser seguidas: motivar os

alunos para participar da atividade; discutir os critérios para a escolha do assunto;

escolher o assunto; apresentar e discutir com alunos, os elementos de um plano de

pesquisa e o que é um relatório; comunicar os resultados.

Fazer um projeto não significa abandonar o modo tradicional de ensinar. O

projeto combina várias estratégias de ensino (aulas expositivas, vídeos, provas,

dinâmicas, experimentação) baseadas nos resultados que você quer que seus

alunos alcancem.

A Aprendizagem Baseada em Projetos promove o desenvolvimento de uma

cultura escolar que valoriza o rigor e a relevância do que é ensinado, promove o

envolvimento dos pais e da comunidade, oferece aos alunos a oportunidade de

investigar assuntos autênticos de seu interesse, possibilitando uma aprendizagem

real, significativa, ativa, interessante e atrativa.

Com a utilização dessa técnica de ensino o professor promove em suas aulas

a instrução de conteúdos vivos que levam a compreensão das necessidades da

comunidade, do planejamento cooperativo, dos processos de grupo, da importância

dos serviços prestados aos outros (Bordenave e Pereira, 2005).

O uso da ABP permite que os estudantes percebam a importância do

conhecimento e sua presença no dia-a-dia das pessoas. A metodologia ABP facilita

o entendimento dos conceitos e proporciona uma maior participação dos estudantes

nas aulas.

2.3.1.2 Aprendizagens baseada em problemas (PBL)

Esta metodologia caracteriza-se pela busca de informações sobre o problema

escolhido, que poderão ser obtidas por meio de pesquisa bibliográfica, consultas a

profissionais especializados, pesquisa com a comunidade acadêmica e os discentes,

concatenação da proposta pedagógica das instituições de ensino com as práticas de

ensino, dentre outras.

Gemignani (2012) descreve que a metodologia da problematização se apoia

nas teorias de Paulo Freire, José Carlos Libâneo, Demerval Saviani entre outros,

que se fundamentam nas concepções histórico-sociais da Educação, visando a uma

educação transformadora da sociedade.

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Em Gemignani (2012), a Metodologia da Problematização, segundo o Arco de

Charles Maguerez, o facilitador, ou seja, o professor deverá conduzir os estudantes

a observar a realidade, discutir em pequenos grupos os conhecimentos prévios

sobre a situação, propor uma reflexão e uma análise que conduzam à identificação

dos pontos-chave do problema, teorizar, gerar hipóteses sobre as causas para a

resolução do problema e aplicá-las à realidade.

Esses princípios são norteados pelo método da problematização, com base

no Arco de Maguerez (Figura3) e na aprendizagem baseada em problemas.

Figura 3 - Arco de Maguerez

Fonte: Gemignani (2012)

Em Prado et. al. (2012, p.2), há uma referência a se destacar sobre a Metodologia

da Problematização:

Utilizada em situações nas quais os temas estejam relacionados com a vida em sociedade, tendo como referência o Método do Arco de Charles Maguerez, apresentado pela primeira vez por Bordenave e Pereira, em 1982.Trata-se de um caminho metodológico capaz de orientar a prática pedagógica de um educador preocupado com o desenvolvimento de seus alunos e com sua autonomia intelectual, visando o pensamento crítico e criativo, além da preparação para uma atuação política. (PRADO et. al.,2012, p.2).

Segundo Moran (2013), vivemos um momento diferenciado do ponto de vista

do ensinar e aprender. Aprendemos de várias formas, sozinhos, por intercâmbios,

em grupos, no mundo digital, etc. Para ele, essa liberdade de tempo e de espaço em

processos de aprendizagem configura um novo cenário educacional onde várias

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situações de aprendizagem são possíveis com a ajuda das Metodologias Ativas -

MAs ou Metodologias Inovadoras - MIs.

Acredita-se no potencial das Metodologias Ativas, mesmo quando o professor

utiliza metodologias comuns com o suporte tecnológico de vídeos, hipertextos,

textos, blogs, etc., partindo do pressuposto de que essas metodologias são

fundamentais para o processo de iniciação dos principais atores, os alunos e

professores. Entretanto, observando o comportamento da maioria desses atores

diante das tentativas de mudanças utilizando duas das metodologias ativas,

pensamos que ainda falta muito para que o professor, em especial, compreenda e

utilize adequadamente os desafios de inovar na sua ação docente.

Para Moran (2013), as metodologias precisam acompanhar os objetivos

pretendidos. Os alunos deverão se tornar proativos, e assim, adotarmos

metodologias para que se envolvam em atividades cada vez mais complexas,

tomem decisões e avaliem os resultados, sempre com intuito de melhorar sua

criatividade, independência e iniciativa.

2.3.1.3 Ensino híbrido

O ensino híbrido, ou blended learning, é uma das tendências da Educação do

século XXI, que promove uma integração entre o ensino presencial e propostas de

ensino online visando a personalização do ensino.

Podemos descrever sobre a personalização do ensino híbrido, onde os

ensinos on-line e presencial se complementam, onde as modalidades ao longo do

caminho de aprendizagem de cada aluno dentro de um curso ou de uma matéria

estão interligadas para proporcionar uma experiência integrada de aprendizagem, de

forma que o aluno possa, de alguma forma, controlar ritmo, espaço e tempo e esteja

no centro do processo.O método alterna momentos em que o aluno, em ambiente

virtual, estuda sozinho, e em outros momentos estuda em grupo, interagindo com

seus colegas e professor.

Podemos citar Moran (2015, p.24), onde descreve claramente sobre ensino

híbrido:

Na educação acontecem vários tipos de blended: de saberes e valores, quando integramos várias áreas de conhecimento (no modelo disciplinar ou não); blended de metodologias, com desafios, atividades, projetos, games, grupais e individuais, colaborativos e personalizados.

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Também falamos de tecnologias blended, que integram as atividades da sala de aula com as digitais, as presenciais com as virtuais. Blended também pode ser um currículo mais flexível, que planeje o que é básico e fundamental para todos e que permita, ao mesmo tempo, caminhos personalizados para atender às necessidades de cada aluno. Blended também é a articulação de processos mais formais de ensino e aprendizagem com os informais, de educação aberta e em rede. (MORAN, 2015, p.24).

Bacich, Neto e Trevisani (2015, p.43), descrevem ensino híbrido norteando

aos que buscam a integração entre o híbrido e a qualidade no ensino:

...a expressão ensino híbrido está enraizada em uma ideia de educação híbrida, em que não existe uma forma única de aprender e na qual a aprendizagem é um processo contínuo, que ocorre de diferentes formas, em diferentes espaços. É possível, portanto, encontrar diferentes definições para ensino híbrido na literatura. Todas elas apresentam, deforma geral, a convergência de dois modelos de aprendizagem: o modelo presencial, em que o processo ocorre em sala de aula, como vem sendo realizado há tempos, e o modelo on-line, que utiliza as tecnologias digitais para promover o ensino. Podemos considerar que esses dois ambientes de aprendizagem, a sala de aula tradicional e o espaço virtual, tornam-se gradativamente complementares. Isso ocorre porque, além do uso de variadas tecnologias digitais, o indivíduo interage com o grupo, intensificando a troca de experiências que ocorre em um ambiente físico, a escola. O papel desempenhado pelo professor e pelos alunos sofre alterações em relação à proposta de ensino considerado tradicional, e as configurações das aulas favorecem momentos de interação, colaboração e envolvimento com as tecnologias digitais. O ensino híbrido configura-se como uma combinação metodológica que impacta na ação no professor em situações de ensino e na ação dos estudantes em situações de aprendizagem. (BACICH, NETO E TREVISANI, 2015, p.43).

Existem várias formas ou recursos de se praticar o ensino híbrido, como

exemplo, a rotação, onde a sala é dividida em várias estações com atividades

diferentes, que se complementam e pelo menos uma delas faz uso de plataforma

digital. E, a cada aula, os alunos deverão passar pelas estações, completando a

aprendizagem de um determinado conteúdo, sempre protagonizando e buscando o

conhecimento. O professor terá seu papel determinado, não será mais a fonte de

informação e conhecimento, e sim o mentor ou orientador, que guia a aprendizagem

dos alunos.

Bacich, Neto e Trevisani (2015), descrevem modalidades de ensino híbrido, e

seus formatos de aplicação, onde os professores modificam a forma de ensinar por

meio de estações ou aula invertida, apresentando aos alunos o mesmo conteúdo, de

forma passiva. Quando os estudantes personalizam a sua aprendizagem, participam

ativamente, dirigindo seu processo e escolhendo uma forma de aprender melhor.

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Podemos destacar como proposta de ensino híbrido, a sala de aula invertida,

onde os alunos têm acesso previamente aos conteúdos que serão abordados por

meio de recursos tecnológicos, como plataformas virtuais de aprendizagem. Nesse

modelo, de acordo com os autores, o conteúdo teórico é estudado no local de

preferência do aluno, no formato on-line, e o espaço da sala de aula é utilizado para

discussões, resolução de atividades, entre outras propostas.

A proposta do ensino híbrido, para mudança e adaptação é extremamente

positiva e eficaz, para tornar com inovação e qualidade os processos de ensino e

aprendizagem, assim, de acordo com Bacich, Neto e Trevisani (2015, p. 47):

O que era feito em classe (explicação do conteúdo) agora é feito em casa, e o que era feito em casa (aplicação, atividades sobre o conteúdo) agora é feito em sala de aula. Esse modelo é valorizado como a porta de entrada para o ensino híbrido, e há um estímulo para que o professor não acredite que essa seja a única forma de aplicação de um modelo híbrido de ensino, a qual pode ser aprimorada. Podemos considerar esse modelo, envolvendo a descoberta e a experimentação como proposta inicial para os estudantes, ou seja, oferecer possibilidades de interação com o fenômeno antes do estudo da teoria (que pode acontecer em vídeos, leituras, etc.). (BACICH, NETO E TREVISANI, 2015, p. 47).

Por último, mas não menos importante, para otimização do planejamento

pedagógico, de acordo com os mesmos autores, estudos têm mostrado que os

estudantes constroem sua visão sobre o mundo, de forma a ativar seus

conhecimentos prévios e integrar as novas informações com as estruturas cognitivas

existentes para que possam refletir sobre os conteúdos ensinados, indicando que os

alunos desenvolvem habilidades, pensamento crítico e compreendem melhor os

conceitos.

Para melhor entendimento sobre o ensino híbrido, finalizamos com uma

representação (Figura 4) sobre o formato desta metodologia.

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Figura 4 - Ensino Híbrido - Traduzido e adaptado de “A Flipped Classroom Primer”

Fonte: http://etale.org/main/2013/02/21/a-flipped-classroom-primer/ Acesso em: 20, ago. 2017.

2.3.1.4 Simulação

Santos e Leite (2010), descrevem, que nos últimos quarenta anos, a

simulação está ganhando força na educação. Relatam que, primeiramente, essa

prática baseou-se na experiência desenvolvida pelas indústrias militares.

Costa et. al., (2015), refere a simulação como uma estratégia de ensino na

qual se permite que as pessoas experimentem a representação de um evento real

com o propósito de praticar, aprender, avaliar ou entender estas situações.

Enquanto ferramenta de ensino é fundamentada na metodologia ativa,

Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL). Sendo definida como uma

metodologia que reproduz situações reais permitindo ao aluno um papel ativo na

aquisição dos conceitos necessários para a compreensão e resolução do problema,

enquanto que o professor adota uma postura de condutor ou facilitador.

Pazin e Scarpelini (2007) definem simulação como uma técnica de ensino que

se fundamenta em princípios do ensino baseado em tarefas e se utiliza da

reprodução parcial ou total destas tarefas em um modelo artificial, conceituado como

simulador. Sua aplicação é relacionada, em geral, às atividades práticas que

envolvam habilidades manuais ou decisões. Diversos estímulos, incluindo aspectos

éticos e incentivos para formas mais elaboradas de avaliação, têm fomentado o

desenvolvimento da simulação na área médica.

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Uma das vantagens da metodologia de ensino, baseada na Simulação

Realística, é a possibilidade de integrar os currículos, interdisciplinaridade entre as

diversas habilitações, pois, o cenário controlado recria uma situação possível da

realidade no mundo do trabalho. Segundo Costa et. al. (2013), existe uma

“tendência de integração de currículos, possibilitando, com isso, a formação de

profissionais capazes de perceber o ser humano integralmente, e não dividido em

partes, capacitando os discentes à aprendizagem em todos os segmentos do ser

humano, quais sejam o físico, o emocional e social”.

É importante descrever, segundo Fonseca et. al. (2012) que a Simulação

Realística se diferencia das aulas em laboratórios de técnicas (Laboratório de

Técnica Dietética ou Laboratório de Enfermagem), que permite o desenvolvimento

de habilidades procedimentais, portanto, valer-se apenas deste formato de ensino

para concluir a formação do aluno, não garante que o aluno alcançou plenamente as

competências de aprendizagem, além do mais, não diminui a ansiedade e

insegurança de alunos, pois não insere o aprendizado do aluno em um contexto

próximo à realidade, apenas replica técnicas sequenciadas sem análises críticas.

A Simulação Realística permite vivenciar a teoria (aprendida em sala de aula)

associada às técnicas desenvolvidas em laboratório, em um cenário simulado que

se aproxima de um contexto real de determinado problema, ela reproduz situações

reais permitindo ao aluno um papel ativo na aquisição dos conceitos necessários

para a compreensão e resolução do problema, enquanto o professor adota uma

postura apenas de condutor. Nesse processo, o educando torna-se o produtor do

seu próprio processo de ensino-aprendizagem, passando a construir e controlar sua

própria educação (COSTA et. al., 2013).

Referem ainda, Santos e Leite (2010), para a aprendizagem ser mantida e

produzida deve-se considerar que ela ocorra em um ambiente realista. A simulação

específica à área da saúde é uma tentativa de reproduzir os aspectos essenciais de

um cenário clínico para que, quando um cenário semelhante ocorrer em um contexto

clínico real, a situação poder ser gerenciada facilmente e com êxito. A simulação

enquanto um método de treinamento seguro é cada vez mais utilizada para a

formação de profissionais de saúde em todas as disciplinas. O aprendizado que

ocorre nos laboratórios clínicos e de habilidades pode ser de alta qualidade, porque

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os alunos têm tempo e vontade para cometer erros e aprender com eles em um

ambiente seguro e simulado.

Para Sanino (2012), o uso da simulação realística na educação dos

profissionais de saúde permite aos alunos praticar as habilidades necessárias em

um ambiente que permite erros e crescimento profissional, sem arriscar a segurança

do paciente. Assim, os alunos aprimoram suas habilidades clínicas sem perigo de

prejudicar o paciente durante o processo de aprendizagem onde o conhecimento é

construído a partir de situações programadas, representativas da realidade da

prática profissional, simuladas por protótipos, pacientes atores em ambiente

protegido e controlado.

É um método útil para avaliar desempenhos e habilidades, pois permite

controle de fatores externos, padronização dos problemas apresentados pelos

pacientes e feedback positivo para os alunos, aumentando o autoconhecimento e a

confiança destes, uma reflexão positiva sobre esta metodologia educacional, em

SANINO (2012).

O termo "simulação" está empregado em diversas possibilidades no contexto

ensino e aprendizagem, porém, para cada tecnologia aplicada, há uma

nomenclatura específica.

De acordo com Scalabrini et. al. (2017), o termo fidelidade está ligado

tecnologia aplicada ao simulador, como, robôs que respiram, de alta fidelidade e

promovem maior veracidade. Outros com poucos recursos são considerados de

média ou baixa fidelidade, com recursos mais limitados ou ausentes.

Os mesmos autores ressaltam que para o bom desenvolvimento da

simulação, não dependem somente de recursos tecnológicos, porém, se a

metodologia envolver a construção adequada do cenário, capacidade docente e um

debriefing com qualidade, o objetivo da simulação será alcançado.

A simulação na aprendizagem se perpetua pela capacidade de oferecer

experiências de todo o processo educativo e proporcionar aos alunos oportunidades

para: repetição; análise crítica; identificação dos erros e acertos. Da mesma forma

que avalia e gerencia, flexibilidade, conhecimento, interatividade, habilidades,

planejamento, comunicação, trabalho em equipe, e processo decisório.

Na saúde, para Scalabrini et. al. (2017), a simulação é utilizada para variáveis

objetivos de ensino e aprendizagem, integrando tecnologias, competências,

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habilidades e trabalho em equipe, não limitando ao desenvolvimento de habilidades

técnicas e conceitos, porém, para promover a resolução de problemas, incentivarem

o raciocínio crítico em ambiente seguro, beneficiando o aluno a fim de preservar a

ética do paciente e a profissão.

Ao se pensar nos objetivos da simulação, os mesmos deverão estar bem

definidos, com metas claras e informações coerentes aos alunos; favorecer o

aprendizado, a avaliação, a investigação e a integração do sistema de saúde;

proporcionar ferramentas para fortalecer o aprendizado e atualização.

O cenário da simulação estão os elementos necessários para que a ação

aconteça, podendo ser modificado em tamanho e complexidade, conforme os

objetivos propostos. O cenário inclui: a preparação dos participantes, o briefing, e

descrição das informações do paciente que será utilizado no caso simulado e os

objetivos dos propostos. O cenário é preparado por todos os envolvidos,

previamente de para reproduzir a forma mais fidedigna da realidade clínica.

Normalmente, orienta-se um teste antes, para evitar intercorrências. O ideal é que a

simulação seja gravada, para que o filme faça parte da fase do debriefing.

Os atores simuladores ou manequins simuladores devem ser tratados com

respeito, como se fossem pacientes. As situações simuladas em laboratório deverão

ser usadas como uma ferramenta de aprendizagem e nenhuma discussão, sobre as

ações dos colegas, deverá ser discutida fora do ambiente.

Após o debriefing, o estudante deverá preencher um formulário de avaliação,

elaborado pelo professor orientador, para dar oportunidade de refletir sobre a

situação e fornecer uma crítica construtiva para reforçar mais a simulação.

Meakim et. al., (2013), descrevem Briefing ou Prebriefing como orientações

aos participantes antecedendo a simulação, de forma a prepará-los para o

desenvolvimento da experiência da simulação. O objetivo do briefing é esclarecer os

participantes sobre o cenário, incluindo o uso dos equipamentos, desenvolvimento,

manequins, os papéis, tempo da cena e a situação do paciente, um momento para

se contextualizar toda a simulação.

O debriefing ou avaliação da simulação representa o pilar de sustentação da

aprendizagem na prática simulada, a última parte da atividade dos alunos,

compreendendo a revisão, reflexão e esclarecimento referente as atividades, após a

execução do cenário, todos participam, em que se descreve sucintamente o cenário,

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abordam-se os pontos fortes e as fragilidades ocorridas, com proposição de

melhorias no plano de trabalho individual ou em equipe.

Fonseca et. al., (2014), descrevem sobre debriefing:

Este momento é propício às colocações dos alunos, recordando os aspectos teóricos e práticos, abordados em sala de aula e laboratório de técnicas, correlacionando o problema proposto (estudado) com a realidade encenada naquele momento. Levantar as falhas e os acertos sobre a simulação realizada e sugerindo melhorias de conduta, em seguida, aprofundar o estudo com outros recursos, como vídeos, textos, exercícios e testes, sistematizando o ensino. (FONSECA et. al., 2014, p.27).

Dessa forma a utilização da metodologia de simulação realística, envolve o

estudante como precursor de seu aprendizado, possibilitando e estimulando a

aproximação com o tema e com os seus pares. Proporciona ao professor o papel de

facilitador, em busca da compreensão dos pontos abordados, e a realizar sínteses

ao final das simulações, e correlacionar os conteúdos teóricos abordados.

2.4 O MOODLE COMO APOIO AO ENSINO APRENDIZAGEM

O Moodle - Modular Object Oriented Distance Learning, "é um ambiente de

aprendizagem a distância que foi desenvolvido pelo australiano Martin Dougiamas

em 1999”. (DOUGIAMAS; TAYLOR; 2009 p.384).

O advento das Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDIC),

em especial a internet, tem alterado de forma significativa os espaços de ensinar e

de aprender, favorecendo a criação de ambientes educacionais mais flexíveis que

podem ser acessados a qualquer tempo e de diversos lugares para a realização de

atividades colaborativas. Facilitando o acesso a conteúdo e bibliotecas virtuais e o

compartilhamento de informações, proporcionando novos ritmos e dimensões aos

processos de ensino e de aprendizagem.

O uso das TDIC nos processos de ensino e de aprendizagem exige o

planejamento e a organização de recursos e atividades de forma a tornar o estudo

mais flexível, despertando nos estudantes interesse pela aprendizagem. Isso implica

um desafio aos docentes no sentido de melhorar suas habilidades tecnológicas para

que possam explorar cada vez mais o potencial educacional das TDIC (BARIN,

MÜLLER e ELLENSOHN, 2012).

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O AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) escolhido para a produção do

curso para formação docente desta pesquisa foi o Moodle, por oferecer a

possibilidade de interação permanente e construção colaborativa. As ferramentas

disponíveis no Moodle promovem a troca e a interação necessárias para um

trabalho pedagógico efetivo. Além disso, a possibilidade de uma aprendizagem

significativa.

A discussão acerca das potencialidades dos ambientes virtuais de

aprendizagem nas modalidades, presencial e semipresencial tem ampliado

consideravelmente nos últimos anos. A utilização de um Ambiente Virtual de

Aprendizagem (AVA) permite a construção coletiva do conhecimento pelas

oportunidades de partilha, comunicação, interação e promoção da autonomia que

oferece.

Santos e Okada (2003) colaboram com essa perspectiva ao afirmar que um

ambiente virtual é um espaço fecundo de significações onde ocorrem processos de

interatividade entre sujeitos e objetos, potencializando assim, a construção de

conhecimentos e a aprendizagem.

As tecnologias digitais, utilizadas nos ambientes educacionais da modalidade

a distância, especialmente os Ambientes Virtuais de Aprendizagem, abrem um leque

de aplicações ao contexto educacional presencial, que podem favorecer os

processos de ensino e de aprendizagem nas diversas áreas do conhecimento.

Nesse sentido, esse estudo lança mão das possibilidades do uso pedagógico do

AVA Moodle como suporte ao ensino presencial.

Modular Object Oriented Distance Learning – Moodle – é um sistema modular

de ensino à distância orientado a objetos que refere à maneira como o sistema foi

construído. Um paradigma de análise, projeto e programação de sistemas de

software baseado na composição e interação entre diversas unidades de software

chamadas de objetos. (NAKAMURA; 2009; p.25).

Com esse autor, para nós, realiza-se uma primeira idéia do Moodle como um

sistema para criar ambientes virtuais voltados à aprendizagem e gerenciamento de

cursos destinados a auxiliar educadores na implantação de cursos virtuais. Refere

ainda que, trata-se de um Sistema de Gerenciamento de Aprendizagem em trabalho

colaborativo (SGA), um programa criado para facilitar a implantação de cursos em

ensino à distância.

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Vale a ressalva de que, o Moodle pode ser instalado em diversos ambientes

como MS-Windows, Linux e Unix, que, em colaboração com usuários, adaptam a

plataforma para diferentes necessidades.

Dentro deste debate, é interessante observar o que alguns autores, da

educação construtivista, como Martin Dougiamas (2009), vem produzindo como

reflexão sobre o tema da abordagem pedagógica construtivista e colaborativa neste

momento de mudança.

Martin Dougiamas (2009) aponta algumas questões interessantes ao afirmar

que a plataforma virtual Moodle foi concebida para valorizar a aprendizagem em

grupo e a interação entre aluno-professor e aluno-aluno, que ele entende que um

ambiente virtual com características construtivistas, permite uma aprendizagem

significativa centrada no aluno, identificando suas limitações e potencialidades.

Assim, podemos afirmar que a utilização desta modalidade de ensino, com

ferramentas de comunicação possibilita o compartilhamento de produções e

conhecimentos.

Além disso, este processo pode nos revelar, que a utilização desta estratégia

de ensino favorece ao aluno atuar diretamente na sua aprendizagem, analisando,

investigando, colaborando e compartilhando. Vale, neste sentido, destacar que o

conhecimento pode ser construído baseando-se no conhecimento prévio.

Sem dúvida, a proposta do programa é favorecer e permitir que todos possam

expressar-se, promovendo e construindo novas ideias. Aliás, este tem sido um tema

bem discutido no Ensino à Distância (EaD), que permite atividades assíncronas,

aquelas que não acontecem sincronizadas ou simultaneamente, para todos os

alunos ou mesmo entre aluno e professor. Este, inclusive, é um argumento positivo

do EaD, pois permite que o aluno tenha flexibilidade e decida sobre o ritmo e

intensidade de suas atividades durante o curso.

O Moodle dispõe de um conjunto de ferramentas tais como fóruns, diários,

chats, questionários etc., que podem ser selecionadas pelos professores de acordo

com seus objetivos pedagógicos, com uma gama de instrumentos que viabilizam a

interação online, além de publicarem materiais de quaisquer tipos de arquivos,

dentre outras funcionalidades.

Como vimos até agora, a metodologia de ensino utilizando a plataforma

colabora com o processo ensino-aprendizagem. Com isto, talvez, fique mais claro

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detalhar o funcionamento do Moodle para facilitar a compreensão da plataforma,

baseado em Nakamura (2009). Devemos compreender que os principais usuários

dessa plataforma são: administrador o professor e principalmente o aluno.

A utilização de ambientes virtuais de ensino e aprendizagem (AVEA), no

Ensino a Distância favorece a aprendizagem individual e coletiva, por meio de

tecnologias avançadas, possibilitando a comunicação em diferentes espaços e

necessidades.

A terminologia Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), também conhecida

como Learning Management System (LMS) ou Sistema de Gerenciamento do

Aprendizado, que segundo SILVA (2013; P.18):

São softwares que, disponibilizados na internet, agregam ferramentas para a criação, tutoria e gestão de atividades, que normalmente se apresentam na forma de cursos. Sendo constituídos a partir do uso de diferentes mídias e linguagens, a intenção é proporcionar não só a disponibilização de conteúdo, mas principalmente plena interatividade e interação entre pessoas e grupos, viabilizando, por consequência, a construção do conhecimento. (SILVA, 2013, p.18).

Silva (2013) refere ainda que, nos dias atuais existem muitos ambientes

virtuais de aprendizagem, gratuitos e de qualidade, como Aulanet, Claroline,

Dokeos, Moodle, Ilias e Sakai.

Dentre esses o Moodle é o software de código aberto que tem se apresentado

com maior aceitação. “Desde sua criação em 2001, já foram identificadas milhares

de instituições que o utilizam para atender a diferentes tipos de público e

necessidades” (SILVA, 2013, p.18).

A referência de código aberto no Moodle significa que é software gratuito,

acrônico, em desenvolvimento diariamente, permitindo ao usuário infinitas

possibilidades, para quem oferece um curso ou quem realiza o curso. Dessa forma,

compreende-se que a Plataforma Moodle possui uma grande vantagem, por ser

customizável.

O software tem o objetivo de usar a tecnologia para possibilitar a construção

do conhecimento, na interação entre aluno e objeto, o conhecimento é construído

diretamente na mente do estudante que o busca.

Foi realizado um estudo preliminar, com base na observação e análise das

ferramentas da Plataforma Moodle, um ambiente virtual de ensino e aprendizagem

(AVEA), que se popularizou, por suas características como flexibilidade, facilidade

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de manuseio e por ser um software livre e de código aberto. É importante enfatizar

que o Moodle, apresenta uma interface que contribui para a aprendizagem, para a

construção ativa e integração de conceitos. Além disso, oferece oportunidades para

reflexão e construção coletiva e individual.

O Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA) permite propor tarefas

que estimulem o professor a mobilizar seus conhecimentos, pressupondo uma

pedagogia cooperativa, para a construção da aprendizagem. Essa metodologia de

ensino tem sido constantemente empregada como suporte para a Educação a

Distância (EaD).

O uso de ambientes virtuais de aprendizagem, pela complexidade das redes

tecnológicas, pode ser entendido como cibercultura, uma educação das tecnologias

de informação e comunicação. Portanto, a investigação sobre ambientes virtuais de

aprendizagem exige do pesquisador um caminhar complexo, em busca de

atualização constante.

As contribuições de conteúdos teóricos, forneceram suporte para análise dos

aspectos das Metodologias Ativas de aprendizagem, históricos da EaD, e a

aprendizagem, por meio do AVEA, com ênfase no Moodle. A partir do levantamento

bibliográfico utilizado, relacionados a prática docente, visando a compreensão,

aplicabilidade e o processo ensino aprendizagem; será idealizado e elaborado

proposta de um Curso de formação na Plataforma Moodle, sobre as Metodologias

Ativas de Aprendizagem, com uma abordagem sobre as simulações realísticas, com

intuito de auxiliar o docente na programação e aplicação do conteúdo proposto.

Neste sentido, todos os usuários dos Moodle são controlados por nome de

usuário e senha, através de formulário de cadastro que solicita informações

completas que podem ser editadas a qualquer tempo. Cada usuário é identificado

genericamente no Moodle como “participante”, e pode ser classificado de acordo

com Nakamura (2009) em:

a) Administrador: tem acesso total a todas as funcionalidades e configurações

do servidor Moodle. Na prática, tem acesso total, em todas as áreas de todos os

cursos.

b) Course Creator: o autor do curso, que tem autoridade e acesso a todas as

suas funcionalidades.

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c) Teacher ou Professor: é aqueles a quem compete ministrar o curso, incluir

materiais, prestar assessoria aos estudantes, desenvolver e alterar atividades, além

de avaliar o desempenho dos alunos.

d) Non-Editing Teacher ou Tutor: o professor poderá ser classificado como

“tutor”, com atuação restrita – um tutor de tempo parcial NÃO pode alterar

atividades, embora possa ensinar e avaliar os alunos.

e) Aluno ou Usuário: tem acesso ao conteúdo e às atividades, pode interagir

com o professor e outros alunos, mas não pode alterar as informações e atividades

do curso.

f) Convidado (Guest): é o usuário de menor privilégio. Pode acessar o

conteúdo, mas não pode incluir textos, nem realizar qualquer alteração ou interação

no ambiente.

Vale assinalar que, a administração do aluno a plataforma permite a gestão

de vários modos como o acesso, pelo professor, às informações sobre os alunos de

sua disciplina; formação de grupos de alunos; aplicação de diversas escalas para

classificar os alunos; monitoramento e registro aos acessos dos usuários (incluindo

medida de tempo de conexão); verificar a atividade de todos os participantes do

curso; agendar atividades que são informadas a todos os alunos; gerir o sistema de

notas a partir de critério de classificações nos fóruns, trabalhos, diários,

questionários, lições e oficinas; upload de arquivos, pelos alunos e professores, que

são parte do curso.

O Moodle é bastante completo, tanto nos critérios de avaliação a serem

definidos (escalas, notas, conceitos) e administração (diário de classe e controle de

atividades) quanto nas atividades (questionários, tarefas e demais atividades).

Possui também ferramentas específicas para a avaliação do próprio curso,

colaborando para o seu melhor desenvolvimento.

Quase todas as informações do Moodle são obtidas mediante navegação por

hiperlinks, o que faz a operação ser bastante simplificada e, de certa forma, intuitiva.

Por exemplo: para ver a lista de participantes, basta clicar no hiperlink equivalente.

Para se obter mais informação sobre um deles, basta clicar sobre o nome do

participante do qual se deseja maiores detalhes. Neste ponto, caso o usuário desejar

enviar uma mensagem, surge um botão específico “Enviar Mensagem”, que permite

essa ação.

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O desdobramento desta ação é uma função importante do Moodle a criação

de grupos entre os participantes de um determinado curso, particularmente útil

quando trabalhamos com muitos alunos, além disso, podemos destacar o fórum,

uma das possibilidades de interação entre os usuários, ferramenta que permite a

discussão de assuntos relacionados, trocas de informações entre os participantes

possibilitando a interdisciplinaridade.

À frente, tentaremos mostrar as demais opções encontradas na plataforma,

com suas especificidades, tais como: orientações gerais, módulos informativos,

calendário, atividade recente, recurso (link a arquivo, página de texto simples,

página HTML, arquivos e páginas web, diretório, rótulos, atividades, bases de dados,

chats, escolha), glossários, laboratório de avaliação, lições, pesquisa de avaliação,

colles, questionário, tarefas, wiki, relatórios, gerenciador de arquivo, inclusão de

dados, formatação de texto, formulários, rádio Button, CheckBox, Drop-Down e o

Text AREA. Vejamos no texto adiante.

Conforme Teodoro e Rocha (2007), criar um curso utilizando o Moodle como

plataforma de ensino à distância pode ser uma tarefa simplificada caso sigamos as

seguintes orientações sobre os recursos do mesmo:

Orientações Gerais: Para maior eficiência, devem-se orientar os usuários a

sempre pesquisarem o assunto que se pretende discutir com os colegas nos fóruns

existentes. Isso é feito por meio de palavras-chave, no mecanismo “Buscar nos

Fóruns” que está disponível na plataforma.

Módulos Informativos: Na interface existem módulos úteis que podem ser

configurados pelo criador do curso para auxiliar o fluxo de informações com os

alunos.

Calendário: Está relacionado com os próximos eventos agendados no curso.

Há quatro tipos de eventos que podem ser configurados:

a) Eventos Globais: agendados pelo Administrador, de interesse a todos os

usuários do ambiente em questão. São visíveis a todos os usuários matriculados em

cursos em que o módulo Calendário esteja ativado;

b) Eventos de Grupos: direcionados a turmas específicas, e pode-se

estabelecer eventos diferenciados para cada grupo;

c) Eventos do Curso: agendados pelo professor do curso e que se referem a

todos os seus participantes;

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d) Eventos do Usuário: compromisso relacionado apenas ao usuário

específico, agendado pelo professor. Este recurso pode ser utilizado para marcar

data de avaliações, provas, entrega de trabalhos ou ainda encontros, avisos de

eventos e outros compromissos relacionados ao desenvolvimento das atividades

dos alunos.

A caixa “Próximos Eventos” traz a informação sobre o próximo evento

agendado no calendário e permite, inclusive, a inclusão de um novo compromisso.

Atividade Recente: traz todas as atividades incluídas pelo professor desde a

última vez que o usuário acessou o curso, com o objetivo de mantê-lo atualizado e

atende para as novidades e compromissos. As informações incluem novas

mensagens, novos usuários, diários de classe, atividades e materiais postados pelo

professor. É altamente recomendável ativar esse recurso, pois facilita muito o

acompanhamento de cursos pelo usuário. No entanto, em cursos muito extensos ou

com atividade intensa, pode tornar mais lenta a visualização da página.

Recursos: Os recursos disponíveis estão relacionados a criação de conteúdo

dentro do próprio ambiente. Identificados por um Nome (título do recurso) e por um

sumário, que é uma breve descrição do recurso a ser utilizado. Vamos conhecê-los

um pouco mais a seguir.

Link a arquivo ou Site: Recurso para o professor queira utilizar um material

existente na Web ou em arquivos dentro da plataforma.

Página de texto simples: Página composta por título, sumário e o texto

propriamente dito, porém, o corpo do texto não poderá conter figuras ou qualquer

formatação de texto.

Página HTML: recurso de página Web, uma forma de criar um documento de

texto, à semelhança da página de texto simples, é permitida que o corpo do texto

contenha figuras e receba formatação (fonte em negrito, itálico, alinhamento,

marcadores, recuos, hyperlinks etc.), facilitando o desenvolvimento de uma página

web completa, especialmente quando você utiliza o editor de HTML.

Arquivos e páginas web: permite a criação de um link para qualquer página

web ou outro tipo de arquivo na Internet ou que tenha sido enviado para a área de

arquivos do curso, tais como vídeos, podcastings ou arquivos em Power Point.

Neste recurso, páginas web normais são simplesmente mostradas como elas são,

enquanto arquivos de multimídia são trabalhados de forma mais inteligente e podem

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ser integrados na web. Por exemplo: arquivos MP3 serão apresentados utilizando

um dispositivo de reprodução integrado, assim como arquivos de filmes e animações

em Flash, entre outras opções.

Diretório: também denominado página, o professor disponibiliza aos seus

usuários vários arquivos para visualização. Assim, poderá compartilhar informações

de seu interesse com todos os alunos. Ao acessar o diretório criado, este último

poderá escolher os arquivos que deseja visualizar e salvá-los em seu computador.

Rótulos: são textos e imagens incluídas na interface da página principal do

curso, entre meio aos links, atividades e recursos. Pode ser usado para organizar a

página, criar títulos, etc.

Atividades: o Moodle propõe diversas atividades que podem ser incluídas no

curso, que durante a prática, funcionam como ferramentas de trabalho.

Bases de Dados: permite que os alunos submetam diversos arquivos e

preencham campos referentes a uma atividade do curso em diversos formatos.

Chats: É uma atividade que permite a comunicação escrita entre alunos e

professores em tempo real. Deve-se marcar previamente a data e hora do encontro,

como um evento que faz parte do curso. Pode ser usado, por exemplo, na tutoria

dos estudantes em períodos pré-estabelecidos.

Escolha: atividade com perguntas e várias opções de resposta. É útil para

fazer rápidas pesquisas de opinião, estimular uma reflexão ou mesmo para obter a

permissão de uso de dados pessoais dos alunos em pesquisas do professor.

Fóruns: uma importante estratégia dentro do Moodle, alguns fóruns são

automáticos em todos os cursos. Podem ter as seguintes características:

Discussão simples – quando há um único tópico em uma única página.

Normalmente é usado para organizar discussões breves com foco em um tema

preciso.

Fórum geral - é um fórum aberto, onde todos os participantes podem iniciar

um novo tópico de discussão quando quiserem. Cada usuário inicia apenas um novo

tópico de discussão, mas todos podem responder livremente às mensagens, sem

limites de quantidades. Este formato é usado, por exemplo, nas atividades em que

cada participante apresenta um tema a ser discutido e atua como moderador da

discussão.

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Glossários: a ferramenta permite criar um ou mais glossários que podem ser

utilizados para facilitar a compreensão dos textos apresentados aos alunos.

Laboratório de Avaliações: esta atividade permite a avaliação de trabalhos de

outros participantes e a auto-avaliação, além de determinar um número mínimo de

trabalhos que cada membro deverá avaliar.

Lições: refere-se à aula virtual em si, para elaborar a lição, determina-se um

número de páginas para cada aula. Ao final de cada página, existe uma questão a

ser respondida. O estudante só passa para a próxima página se respondê-la

corretamente. Caso a resposta esteja errada, poderá ser reconduzido à página

anterior. A navegação pode ser linear ou complexa, dependendo da didática adotada

pelo professor.

Pesquisas de Avaliação: a plataforma oferece sistemas de avaliação do

curso, com dois tipos de questionários, desenvolvidos para a avaliação de percursos

de aprendizagem online baseados em teorias construtivistas:

Colles (Constructivist On-Line Learning Environment Survey) pesquisa itens

cruciais na avaliação do processo de aprendizagem virtual:

Relevância: qual o nível de importância da aprendizagem para a vida

profissional do participante;

Reflexão crítica: se as atividades têm estimulado os processos de reflexão

crítica;

Interação: em que nível os diálogos on-line são enriquecedores, considerando

o contexto educativo.

Apoio dos tutores e colegas: em que medida as atividades dos tutores e dos

colegas favorecem o desenvolvimento do curso;

Compreensão: se participantes e tutores compreendem bem as atividades

recíprocas.

Questionários: também denominado Quis, é formado perguntas de múltipla

escolha, verdadeiro-falso ou respostas curtas; permitir que o aluno faça várias

tentativas marcadas automaticamente. O professor pode, ainda, escolher se deseja

dar feedback e/ou mostrar as respostas corretas. Há muitas opções e ferramentas, o

que faz o recurso ser bastante flexível. O questionário pode ser formado, também,

por questões que envolvem respostas em texto descritivo ou narrativo.

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Tarefas: estão relacionadas às históricas “lições de casa”. No entanto, não

confundir as atividades, pois a tradução do Moodle para “Lesson” é “lição”, o que

pode gerar uma certa confusão.

Tarefas off-line- enunciado de uma tarefa do curso que não será realizada on-

line ou enviada como arquivo à plataforma. São tarefas entregues ou realizadas na

sala de aula, via fax, por correio tradicional, etc. Os estudantes podem consultar os

resultados da avaliação e os comentários de feedback on-line.

Envio de um arquivo - este tipo de tarefa permite que os participantes enviem

um único arquivo de qualquer tipo como imagem, documento Word, web site zipado,

entre outras.

Um recurso interessante do Moodle é o que envia mensagens de aviso ao

professor. Uma vez habilitado, os professores serão avisados por meio de

mensagens breves, por correio eletrônico, sempre que os estudantes adicionarem

ou atualizarem um documento enviado. Somente os professores que são

autorizados a dar nota a um envio em particular são notificados. Assim, por exemplo,

se o curso usa grupos separados, os professores associados a um grupo particular

não irão receber nenhum aviso sobre estudantes de outros grupos.

Vale assinalar que, pode-se configurar o bloqueio a um “Novo envio de tarefa”

para que apenas um arquivo seja autorizado, evitando que o aluno entregue a

mesma tarefa após a sua avaliação. Por outro lado, pode-se encorajar os alunos a

melhorarem seu desempenho, ou, ainda, quando é previsto um sistema de

sucessivas avaliações, autorizando-os a reenviar a mesma tarefa.

Wiki: É uma ferramenta interativa de construção de uma base de

conhecimento. Trata-se de um sistema que permite a construção de páginas

informativas com hyperlinks entre si. No entanto, não é preciso treinamento em

linguagem alguma para operá-lo.

Atualmente, um dos casos mais bem-sucedidos na internet, é o da Wikipedia.

Todos os usuários podem incluir, modificar ou excluir uma informação. Esta

liberdade faz com que a construção do conhecimento seja colaborativa e

motivadora, uma vez que a contribuição do usuário é prontamente visualizada no

computador. Uma característica marcante é o caráter auto-regulador que é uma das

bases da filosofia Wiki. Embora possa haver mecanismos de controle das

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atualizações, a ideia é que todos sejam responsáveis pela manutenção do Wiki,

criando um sentido de comunidade em torno da ferramenta.

Relatórios: ferramenta que permite visualizar as atividades de um dia

específico ou de todos os dias, de um aluno específico ou de todos os alunos do

curso.

Gerenciador de Arquivos: permite a organização dos arquivos enviados para

o servidor. Pode-se, inclusive, criar pastas, facilitando ainda mais esta tarefa. Entre

os arquivos que podem ser enviados: Power Point (PPT); Word (DOC) ou Adobe

Acrobat (PDF); fotos e imagens (JPG, PNG ou GIF); Arquivos compactados (ZIP);

Vídeos (AVI, MPG, WMV); Áudio (WAV, MP3).

Inclusão de dados: No Moodle, todas as informações são incluídas a partir de

formulários. Embora pareça um pouco “engessado”, esta é a forma de interação

entre usuário e programa utilizada em praticamente todos os arquivos.

Formatação de textos: Em várias situações o usuário terá a necessidade de

incluir informações, utilizando formulários. Nestas situações é possível formatar o

texto, personalizando sua aparência. Muito similar às barras de editores de textos

consagrados, como o Microsoft Word.

Formulários: Os formulários são a principal forma de interação do Moodle com

os seus usuários – tanto os professores, ao incluírem os conteúdos, quanto os

alunos, ao acessarem as informações e interagirem com o programa. Pôr isso, é

importante familiarizar-se com as opções oferecidas pela interface. Essas opções

são as definidas como padrão em todos os sistemas de navegação pela internet.

Radio Button: trata-se da opção mutuamente exclusiva. Quando há uma

questão utilizando o “Radio Button”, ao se escolher uma alternativa como resposta, o

campo anteriormente marcado é desmarcado automaticamente.

CheckBox: é parecido com o Rádio Button, há uma diferença significativa,

nele é possível selecionar mais de uma alternativa como resposta.

Drop-Down: também conhecido como “Lista de Itens”, que podem ser

selecionadas pelo usuário. Visualmente, é criada uma caixa com um valor padrão

comum botão lateral em formato de seta. Ao clicar-se neste botão, é aberta a lista de

itens selecionáveis. Esta lista é aberta para baixo, daí o nome “Drop-Down”. Em

alguns casos, é possível selecionar mais de uma opção como resposta às questões.

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Neste caso, o usuário deverá pressionar a tecla “CTRL” enquanto clica nas opções

que deseja escolher.

Text Area: A caixa de texto abre uma caixa de digitação, onde é possível

incluir textos livremente. Este campo pode ou não conter barras de rolagem

horizontais ou verticais. Muitas vezes, em editores de blogs e até mesmo no Moodle

é possível incluir um código HTML. A possibilidade existe caso haja, acima de uma

caixa de texto, a barra de formatação.

Modo de Edição: Para que sejam criadas as atividades do curso, ou ainda

acrescentados recursos, é preciso entrar no modo de edição, clicando sobre o botão

que fica no canto superior direito da página. A aula virtual, no Moodle é a atividade

“Lição”, já mencionada anteriormente, assim, pretendemos exemplificar como a aula

pode ser ministrada e os recursos associados, para auxiliar como desenvolver seu

material.

Planejamento: uma das questões pouco discutidas na maioria dos livros

relacionados ao ensino à distância é o próprio planejamento da aula. Estas questões

estão relacionadas ao desenvolvimento do Plano de Disciplina e do Plano de Aula.

Se estes dois assuntos são importantes no ensino presencial, sua documentação

torna-se ainda mais relevante no ensino à distância.

Plano de Disciplina: deve ser elaborado antes de iniciar o curso. Comece

identificando o curso, o nome da disciplina e a Carga Horária.

Ementa: Podemos considerar a ementa como uma descrição que resume o

conteúdo conceitual ou procedimental de uma disciplina.

Objetivos: Bloom (1971) cita que estabelecer os objetivos é útil na seleção de

conteúdo a serem apresentados durante o curso e dos métodos de avaliação.

Posteriormente, pode ser utilizado para avaliar o desenvolvimento da disciplina e

seu aprimoramento. Ao apresentar os objetivos gerais e específicos, todos têm uma

noção da abrangência do curso e sobre quais necessidades estarão sendo

atendidas.

O objetivo bem formulado colabora ainda para guiar a seleção e organização de

recursos e dos procedimentos a serem adotadas nas aulas. Para cursos que são

ministrados por vários professores, a definição clara dos objetivos auxilia que todos

tenham um enfoque comum e caminhem na mesma direção ao orientar os alunos.

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Plano de Aula: Sant´Anna (2014) explica que “trata-se de especificar os

comportamentos esperados do aluno e os meios – conteúdos, procedimentos e

recursos – que serão utilizados na sua realização”. Neste sentido, devemos

compreender os recursos e como implementar uma Aula Virtual no Moodle.

A tradução variável do Moodle para o português traz o termo “Lição” que, para

nossa cultura traz em si a ideia de “Lição de casa”, ou atividade que é realizada fora

do ambiente da aula. No entanto, o termo deriva de “Lesson”, ou seja, o conjunto de

atividades e recursos que são a própria exposição do conteúdo e tarefas de ensino e

aprendizagem. A constituição da aula (vamos nos referir desta maneira à lição, para

maior clareza), no Moodle, tem uma constituição interessante. É formada por um

número de páginas determinado pelo professor.

Ao final de cada página de conteúdo, há uma questão (normalmente em

formato múltipla escolha) que deve ser respondida pelo aluno. Ele só progredirá

para as páginas seguintes caso tenha acertado a resposta. Caso não acerte, ele

será conduzido à mesma página em que estava anteriormente.

Para configurar a aula, o curso dentro do Moodle deve ser acessado como

administrador ou professor. Em seguida, deve-se ativar o modo de edição, e, na aula

correspondente, acrescentada a atividade “Lição”. As configurações do Ambiente

Virtual Moodle permitem constituí-lo num sistema de gerenciamento de cursos,

desenvolvido na filosofia do código livre, ou seja, tem seu código fonte

disponibilizado gratuitamente, e pode ser adaptado, estendido e personalizado,

permitindo aos educadores e educandos o uso de um conjunto de ferramentas, de

recursos educacionais e de atividades por estes escolhidos.

A diversidade de recursos disponíveis oferecidos pelo Moodle possibilita uma

imensa flexibilidade no momento de planejar as aulas no ambiente virtual de

aprendizagem.

Para o presente estudo, os recursos serão escolhidos com base no perfil da

turma, nos objetivos educacionais pretendidos, para favorecer a disponibilização,

compartilhamento, com ferramentas como o fórum, mensagem, produção de

conteúdo, com ferramentas como o glossário e wiki.

Conforme Silva (2009), o Moodle visa construir um novo saber, através da

participação de todos, como resultado de uma colaboração coletiva e trocas de

informação entre os participantes.

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Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem são opções de acesso à informação,

não para substituir as aulas presenciais, considerados uma solução adequada para

atender alunos de cursos presenciais, à distância e semipresenciais, ampliam o

acesso a um material pedagógico de qualidade e completo, desenvolvidos com o

enfoque pedagógico, ou seja, o aprendizado acontece através da colaboração do

conhecimento. Eles armazenam os conteúdos, os acessos e interações realizadas

durante todo o curso, e permitem que o tutor e/ou professor gerenciem e produzam

o material a ser disponibilizado aos alunos de maneira livre, adequando as

necessidades das instituições e dos usuários, por ser um software livre, pode ser

adaptado às necessidades da instituição.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

Para atingir o objetivo proposto desta dissertação, optou-se por uma revisão

integrativa.

Dessa forma, o presente estudo, baseado em uma diversificada literatura

sobre metodologias, práticas de ensino, processos de ensino e aprendizagem, e

outros temas voltados para o estudo, instigou-se para uma reflexão da importante

ferramenta metodológica capaz de aliar teoria e prática por meio de uma ação que

visa a transformação de uma determinada realidade.

De acordo com Mendes, Silveira e Galvão (2008), a revisão integrativa inclui a

análise de pesquisas relevantes, corroborando para a síntese do conhecimento de

um determinado assunto e indicando lacunas a serem preenchidas com novos

estudos, com diferentes finalidades, como conceituação e revisão de teorias e

métodos.

Este método de pesquisa favorece ao pesquisador a síntese de múltiplos

estudos publicados e possibilita conclusões de uma única área de estudo. As

revisões integrativas são métodos de pesquisa que fornecem os melhores

conhecimentos produzidos sobre um assunto para que sejam avaliados criticamente

por um estudioso no assunto, ou seja, tem a finalidade de sintetizar resultados

obtidos em pesquisas sobre um tema ou questão, de maneira sistemática, ordenada

e abrangente.

Compreende-se ainda em Ercole (2014) que, para elaboração da revisão

integrativa, inicialmente, o pesquisador transita em seis etapas distintas:

identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa;

estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos/amostragem ou

busca na literatura; determina o objetivo específico, formula os questionamentos a

serem respondidos; define as informações a serem extraídas dos estudos

selecionados, procede à categorização dos estudos; avaliação dos estudos

incluídos; interpretação dos resultados; e apresentação da revisão/síntese do

conhecimento.

É importante destacar a necessidade de seguir padrões metodológicos, com

resultados claros, para que o leitor consiga identificar as características verdadeiras

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do estudo, que sejam relevantes e com dados para a implantação de intervenções

eficazes.

Ainda em Ercole (2014), destacamos que a revisão integrativa é um método

utilizado nos pilares da prática baseada em evidências (PBE). Onde os

pesquisadores na área de saúde produzem conhecimento científico para

fundamentar a tomada de decisão sobre a melhor assistência prestada ao cliente e

fortalecer a profissão.

Para a elaboração da revisão integrativa, encontra-se bem definido na

literatura formas de pesquisa e realização, entretanto, diferentes autores adotam

formas distintas com algumas modificações. A escolha do método se deu pela

possibilidade em reunir e sintetizar resultados de estudos publicados sobre a

temática, contribuindo para o aprofundamento da pesquisa, e por ser considerada

uma importante ferramenta da prática baseada em evidências.

A revisão integrativa permite que o leitor reconheça os profissionais que mais

investigam, estudam e analisam determinado assunto, tornando disponível os

achados científicos de opiniões e ideias, descrevendo o conhecimento atual e

promovendo impacto sobre a prática educacional. Este método de pesquisa

proporciona aos profissionais de saúde dados relevantes, em diferentes temas,

lugares e momentos, mantendo-os atualizados e facilitando as mudanças.

A escolha da metodologia para o tratamento dos dados é fundamental para a

pesquisa, adequada ao agrupar os dados dando sentido aos objetivos e hipóteses.

Para a condução desta revisão, definiu-se como questão norteadora: As

práticas pedagógicas de Metodologias Ativas de Aprendizagem poderão contribuir

para a oferta de um ensino competente? Esta revisão foi operacionalizada nas

seguintes etapas: identificação do tema e seleção da questão norteadora da

pesquisa; estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão; identificação dos

estudos; análise e interpretação dos resultados e síntese do conhecimento.

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3.1 AMOSTRAS E CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Na estratégia de busca, utilizaram-se bases de dados eletrônicas Banco de

Teses da CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior,

que é uma fundação vinculada ao Ministério da Educação do Brasil, que atua na

expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu em todos os estados do

país e SciELO – Scientific Electronic Library Online, banco de dados bibliográfico,

biblioteca digital e modelo cooperativo de publicação digital de periódicos científicos

brasileiros de acesso aberto. Assim, além das bases de dados de publicações

científicas indexadas, exploraram-se documentos técnicos.

A busca foi realizada de junho de 2016 a setembro de 2017, para uma

percepção mais completa e profunda da realidade. Foram utilizados para busca dos

artigos, os seguintes descritores: Metodologia Ativa; Educação a Distância;

Simulação. Os critérios de inclusão, somente estudos disponíveis na íntegra; de

forma eletrônica; publicados no período de 2011 a 2017, caracterizados quanto ao

ano de publicação, autoria, título, Qualis, delineamento do estudo e principais

resultados.

Como critério de exclusão definiu-se: artigos repetidos nas bases de dados;

artigos de opinião; de reflexão e editoriais. Os estudos foram avaliados quanto ao

ano, idioma, aplicabilidade do resultado na prática, as intervenções mensuradas e os

resultados encontrados.

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3.2 RESULTADOS

O número de estudos pesquisados, através dos descritores específicos e no período proposto foram cinquenta e cinco (55).

Ao aplicar os critérios de inclusão e exclusão chegou-se à amostra da revisão integrativa proposta, totalizando quinze (15) artigos.

3.2.1 Características das publicações

As 15 publicações que compuseram a amostra final encontram-se listadas no Quadro 1, caracterizadas quanto o ano de

publicação, autoria, título, Qualis, delineamento do estudo e principais resultados.

Quadro 1 - Artigos selecionados para a amostra da Revisão Integrativa

Artigo Ano Autor (es) Título Qualis /Periódico

Delineamento Metodológico

Principais Resultados

A¹ 2011 Ilka Niceia D'Aquino Oliveira Teixeira Jorge Vinicius Cestari Felix

Simulação como Estratégia de Ensino em Enfermagem: Revisão De Literatura

A2 Interface: Comunicação Saúde Educação

Revisão de literatura

Os resultados indicam que a simulação contribui para a aquisição de habilidades psicomotoras e autoconfiança.

A² 2012 Marta Lenise do Prado Manuela Beatriz Velho Daniela Simoni Espíndola Sandra Hilda Sobrinho Vânia Marli Schubert Backes

Arco de Charles Maguerez: Refletindo Estratégias de Metodologia Ativa na Formação de Profissionais de Saúde.

B1 Revista Escola de Enfermagem Anna Nery UFRJ

Relato de experiência, (vivências no seminário, de Mestrado em Enfermagem)

A partir da proposta pedagógica, foi significativa e possibilitou aos alunos/docentes repensar e reconstruir suas próprias práticas pedagógicas.

A³ 2012 Telma Elisa Carraro Marta Lenise do Prado Denise Guerreiro Vieira da Silva Vera Radünz Silvana Silveira Kempfer Luciara Fabiane Sebold

Socialização como Processo Dinâmico de Aprendizagem na Enfermagem. Uma Proposta na Metodologia Ativa.

B1 Investigación y Educación em Enfermería

Pesquisa qualitativa, exploratória, descritiva.

A metodologia ativa socialização passa a ser uma atividade importante, na percepção dos acadêmicos, assumindo caráter de sociabilidade e compartilhamento do conhecimento e, crescimento pessoal e profissional, os erros e acertos deixam de ser objeto

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de preocupação e passam a ser considerados como estratégia de entendimento e aprendizagem. Novas formas de conduzir o processo de ensino e aprendizagem favorecem uma aproximação entre alunos e professores, dinâmico e participativo, contribuindo para a formação de enfermeiros críticos-reflexivos.

A4

2012 Evanira Rodrigues Maia José Ferreira Lima Junior Jamelson dos Santos Pereira Aryanderson de Carvalho Eloi Camilo das Chagas Gomes Marina Maria Fernandes Nobre

Validação de Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem na Promoção da Saúde Alimentar Infantil

B3 Revista de Nutrição PUC Campinas

Estudo de validação de tecnologias educacionais. Revisão de literatura

O emprego de metodologias ativas de ensino-aprendizagem favoreceu o desenvolvimento de competências dos discentes de enfermagem envolvidos na educação e promoção da saúde infantil, possibilitando-lhes uma abordagem eficaz e coerente com o papel de futuros profissionais de saúde.

A5

2013 Eduardo Fernandes Barbosa Dácio Guimarães de Moura

Metodologias Ativas de Aprendizagem na Educação Profissional e Tecnológica.

B4 Boletim Técnico do SENAC

Revisão de literatura

As contribuições das metodologias ativas permitem prever que os alunos que experimentaram situações de aprendizagem significativas Para os discentes, se detectarem deficiência no aprendizado, saberão buscar as respostas. Pode-se criar uma geração de alunos com verdadeiro prazer na busca do conhecimento, com a noção clara de que a função de aprender não termina quando saem da escola, e estarão prontos para conduzir projetos inovadores.

A6

2013 Karla Ferraz dos Anjos Vanessa Cruz Santos Obertal da Silva Almeida Rita Narriman Silva de Oliveira Boery Eduardo Nagib Boery

Percepção de Formandos de Enfermagem sobre Metodologias e Estratégias de Ensino-Aprendizagem.

B2 Revista Enfermagem UFPE on line.

Estudo transversal, de abordagem qualitativa.

Os resultados apontam comprometimento no processo pedagógico e falhas na conduta de alguns professores quanto às metodologias e estratégias de ensino utilizadas para a construção do

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conhecimento de estudantes do curso de enfermagem. Espera-se, que os futuros profissionais de enfermagem, possam atuar de forma humanista e comprometida com as questões sociais.

A7

2014 Saionara Nunes de Oliveira Marta Lenise do Prado Silvana Silveira Kempfer

Utilização da Simulação no Ensino da Enfermagem: Revisão Integrativa.

B1 REME-Revista Mineira de Enfermagem

Revisão integrativa da literatura

Simulação tem como diferencial das outras metodologias de ensino a possibilidade da aprendizagem experiencial, centrada no aluno em ambiente seguro, amparada por uma reflexão, guiada por um professor, em um ambiente apropriado, e objetivos claros de aprendizagem. Limitações: preparo dos professores do ponto de vista pedagógico, por implicar na organização do cenário de aprendizagem, que vai além da simples existência de um simulador; e ao tempo, as pessoas, ao espaço e aos recursos financeiros para sua implementação.

A8

2015 Carla Regina de Souza Teixeira Marta Cristiane A. Pereira Luciana Kusumota Vanessa Pirani Gaioso Carolina Lima de Mello Emília Campos de Carvalho.

Avaliação dos Estudantes de Enfermagem sobre a Aprendizagem com a Simulação Clínica.

A² Revista Brasileira de Enfermagem

Estudo descritivo exploratório

A simulação clínica seguida do debriefing favorece a compreensão da relação entre ação e resultados alcançados na aprendizagem.

A9

2016 Raphael Raniere de Oliveira Costa Soraya Maria de Medeiros Allyne Fortes Vitor, Ana Luisa Brandão C. Lira José Carlos Amado Martins Marília Souto de Araújo

Tipos e Finalidades da Simulação no Ensino de Graduação em Enfermagem: Revisão Integrativa da Literatura.

B2 Revista Baiana de Enfermagem

Revisão integrativa da literatura

Os tipos e as finalidades da simulação em enfermagem identificados sinalizam a diversidade e abrangência da simulação enquanto estratégia de ensino aprendizagem na formação de enfermeiros.

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A10

2016 Raphael Raniere de Oliveira Costa, Soraya Maria de Medeiros José Carlos Amado Martins Rejane Maria Paiva de Menezes Marília Souto de Araújo

O Uso da Simulação no Contexto da Educação e Formação em Saúde e Enfermagem: Uma Reflexão Acadêmica.

B3 Espaço para a Saúde - Revista de Saúde Pública do Paraná

Estudo teórico reflexivo. Revisão narrativa da literatura

Uma reflexão sobre a prática formativa em saúde a partir de uma perspectiva autônoma. Metodologias ativas, possibilidade para construção de novas formas de operar a formação em saúde no Ensino Superior, e como um instrumento de superação dos modelos tradicionais de ensino. Experiências em situações reais e simuladas, os resultados pontuam a ideia de ressignificação da aprendizagem e dos mecanismos de articulação e construção de novos saberes.

A11

2016 Marlla Rúbya Ferreira Paiva José Reginaldo Feijão Parente Israel Rocha Brandão Ana Helena Bomfim Queiroz

Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem: Revisão Integrativa

B4 Revista SANARE

Revisão integrativa

Benefícios: desenvolvimento da autonomia do aluno, rompimento com o modelo tradicional, trabalho em equipe, a integração entre teoria e prática, desenvolvimento de uma visão crítica da realidade e o favorecimento de uma avaliação formativa. Desafios: mudança sistema tradicional; abordar conhecimentos essenciais esperados e a dificuldade de articulação com os profissionais do campo necessários em algumas modalidades de operacionalização. MAA podem ocorrer em cenários de educação, com múltiplas formas de aplicação e benefícios.

A12

2016 Adriana Ferreira da Silva Ana Maria de Araujo Aline Mirema Ferreira Vitorio

Uso da Simulação Realística no Ensino de Enfermagem em Comunicação Efetiva: Formando um Cuidado Seguro

A2 Revista Rede de Cuidados em Saúde Universidade Unigranrio

Estudo descritivo, do tipo relato de experiência.

O uso da simulação realística no ensino de enfermagem, na temática de comunicação, vem para salientar e contribuir para a formação do enfermeiro, que deverá estar preparado não somente para lhe dar com questões humanas, mas também

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com questões tecnológicas, jurídicas, entre outras. Isso facilitará a propagação de um cuidado seguro, tanto para a equipe, quanto para o paciente.

A13

2016 Paula Christine Aguiar de Almeida Suhellen Isméria Vasques de Sousa Érika Barbosa Leila Chevitarese

A Visão dos Acadêmicos de Enfermagem Aplicando a Entrevista Psiquiátrica na Simulação Realística

B4 Revista Rede de Cuidados em Saúde Universidade Unigranrio

Pesquisa exploratória, roteiro de coleta de dados pré-estabelecido, revisão bibliográfica

Os autores concluíram que o anseio dos acadêmicos antes da simulação realística foi suprido na teoria; observou-se o aumento do medo diante do paciente psiquiátrico; importância do campo de estágio para a prática da Enfermagem Psiquiátrica.

A14

2016 Adriana Avanzi Marques Pinto Maria José Sanches Marin Silvia Franco da Rocha Tonhom Maria de Lourdes da Silva Marques Ferreira

Métodos de Ensino na Graduação em Enfermagem: Uma Revisão Integrativa da Literatura

A1 Atas CIAIQ2016 Investigação Qualitativa Em Educação.

Revisão integrativa da literatura.

Revelam como fragilidade, o hábito de estudantes e professores estarem acostumados aos métodos tradicionais. Há indicativos de que é preciso mudança da postura de ambos.

A15

2017 Renata Paula Fabri, Alessandra Mazzo José Carlos Amado Martins Ariadne da Silva Fonseca César Eduardo Pedersoli Fernanda Berchelli G. Miranda Laís Fumincelli Rui Carlos Negrão Baptista

Construção de um Roteiro Teórico-Prático para Simulação Clínica

A1 Revista Escola de Enfermagem da USP.

Estudo qualitativo de elaboração do roteiro teórico prático em atividade clínica simulada.

As orientações do roteiro teórico-prático para construção de cenário simulado representam uma importante contribuição para o processo de ensino-aprendizagem do aluno, uma vez que direcionam resultados esperados e clarificam objetivos definidos.

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3.3 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Nota-se que a distribuição cronológica dos estudos se dá entre os anos de

2011 e 2017, com um número significativo de publicações no ano de 2016. No que

tange a metodologia adotada dos estudos incluídos, verifica-se que nove (60%) se

referem à revisão de literatura; quatro (26,6%) estudos qualitativos; dois (13,3%)

estudo descritivo, tipo relato de experiência.

As investigações incluídas foram conduzidas predominantemente com a

utilização da técnica de simulação realística uma das metodologias ativas de

aprendizagem de maior predominância nesta amostra. Em relação ao Qualis das

revistas, sendo A2, B1 e B4 com maior número de publicações (três estudos em

cada categoria).

A grande maioria das publicações selecionadas se refere a artigos científicos,

exceto um boletim técnico. No Quadro 1, as principais informações extraídas dos

estudos incluídos na revisão foram apresentadas. Entretanto, todas as referências

selecionadas contribuem para o entendimento do objeto de estudo da revisão. Os

resultados serão discutidos a seguir em duas vertentes, a prática docente e as

possibilidades para o aprendizado.

No que se refere à prática docente, a contribuição dos artigos relacionados,

foram considerados significativos, com diferentes abordagens e resultados.

Para a prática docente, destacamos os seguintes resultados: possibilidades

para os docentes reconstruírem suas práticas pedagógicas; aproximação entre

docentes e discentes; processo dinâmico e participativo; comprometimento no

processo pedagógico; favorecimento entre a ação e resultados alcançados na

aprendizagem; diversidade e abrangência estratégica na formação; uma prática

formativa com perspectiva autônoma; possibilidade de superação nos métodos

tradicionais; a simulação contribuindo para aquisição de competências e habilidades,

refletindo em melhor desempenho; ressignificação da aprendizagem, dos

mecanismos de articulação e construção de novos saberes; contribuição para uma

formação próxima das necessidades exigidas pela sociedade atual; rompimento com

o modelo tradicional; integração entre teoria e prática; favorecimento de uma

avaliação formativa; desenvolvimento da autonomia do aluno; cenários de educação,

com múltiplas formas de aplicação e benefícios; abordagem nas questões humanas,

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tecnológicas e jurídicas; proporciona um cuidado seguro, para a equipe e o paciente;

as orientações do roteiro teórico-prático; construção de cenário simulado,

representam uma importante contribuição, direcionam resultados esperados e

clarificam objetivos definidos.

Ainda com referência à prática docente, alguns desafios foram citados pelos

autores, como: abordagem de conhecimentos essenciais esperados; dificuldades de

articulação com os profissionais do campo, necessários em algumas modalidades

de operacionalização; o método aponta fragilidade, de docentes e discentes, em

romper os métodos tradicionais; há indicativos de necessidade de mudança da

postura de docentes e discentes; apontamentos de falta do comprometimento

docente, no processo pedagógico, possivelmente por ineficácia na utilização das

metodologias ativas.

Referente às possibilidades para o aprendizado, os autores destacam:

contribuição para a aquisição de competências e habilidades psicomotoras e

autoconfiança; desenvolvimento da autonomia discente, com visão crítica da

realidade; o trabalho em equipe; superação pelos discentes, no que se refere dos

anseios frente às simulações; abordagens eficazes e coerentes para o

enfrentamento profissional; favorecimento de uma nova geração profissional, em

busca de conhecimentos e projetos inovadores.

No que se refere aos discentes, analisando a revisão, concluiu-se que, a

prática da simulação despertou, inicialmente, sentimentos como ansiedade e medo,

semelhantes ao primeiro contato com pacientes reais. No entanto, no decorrer da

cena os estudantes se sentiram mais confortáveis e tranquilos, onde a vivência os

remeteu para a reflexão, interação e a aprendizagem.

Dessa forma, acredita-se na revisão realizada que, as práticas pedagógicas

são estruturadas a partir de elementos diversificados, construindo-se e

reconstruindo-se sempre. Atualmente, pensar pedagogicamente, no ensino da

saúde, e em especial da enfermagem, presume-se ações complexas e dinâmicas,

um processo contínuo fundamentado no conhecimento e na experiência, que, não

se limita ao conteúdo que está nos livros, mas, na relação entre teoria e prática.

Ao refletir sobre os benefícios da prática simulada, buscou-se tecer as

possibilidades para crescimento profissional, embora ainda existam lacunas no

ensino que poderão ser resgatadas. O ensino com prática simulada tem grande

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potencial para o desenvolvimento de competências e habilidades de práticas,

favorecendo os pensamentos críticos e reflexivos, representado por uma vivência

autêntica que promove a reflexão, a interação e a aprendizagem.

Neste sentido, pesquisas evidenciam a importância do estudo e da

aplicabilidade do docente em inserir as metodologias ativas de aprendizagem no seu

cotidiano pedagógico, culminando em disseminação de uma prática eficaz para o

aprendizado. No entanto, mesmo que estudos enfatizem a estratégia para um

aprendizado eficiente, ainda precisamos percorrer um longo caminho para

aprimoramento das práticas pedagógicas.

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69

4 O PRODUTO EDUCACIONAL

Como produto desse estudo, fundamenta-se na proposta, de capacitar e

orientar docentes o ensino de Enfermagem no Nível Técnico e Graduação por meio

de ambiente virtual de ensino e aprendizagem (AVEA), um curso de na modalidade

EAD. Pretende-se colaborar com o aprimoramento de conhecimentos para os

Docentes.

A utilização de ambientes virtuais de ensino e aprendizagem, no Ensino a

Distância favorece a aprendizagem individual e coletiva, por meio de tecnologias

avançadas, possibilitando a comunicação em diferentes espaços e necessidades, no

que se refere a presença física e temporal, pressupondo uma pedagogia

cooperativa, para a construção da aprendizagem, estimulando o professor a

mobilizar seus conhecimentos.

O curso, na sobre as Metodologias Ativas de Aprendizagem, com abordagem

sobre as simulações realísticas, com principal objetivo de orientar os professores

sobre a prática de ensino, e estimular a atuação docente em criar estratégias de

mediação pedagógica que favoreçam o aprendizado do aluno.

O Curso será desenvolvido para favorecer os docentes dos Cursos de

Enfermagem, de Instituições públicas ou privadas, o desenvolvimento de

competências e habilidades no seu papel educador, através das estratégias de

conteúdos teóricos que poderão servir como subsídios para aperfeiçoamento de

suas aulas.

Para que a capacitação aconteça, idealizamos como público-alvo docentes

dos Cursos de Enfermagem (graduação e nível técnico), que possuam habilidades

para o acesso à plataforma Moodle. Toda a programação do curso e conteúdos

trabalhados serão na plataforma, por ser um software gratuito, de fácil acesso e de

conhecimento de todos que se interessam em cursos EAD.

O Moodle (Modular Object Oriented Distance Learning) é um sistema

gerenciamento para criação de curso online. Também chamados de Ambientes

Virtuais de Aprendizagem (AVA) ou de Learning Management System (LMS), SILVA

(2013).

O Moodle possui uma comunidade que está acessível pelo site

www.moodle.org. Nesse site, temos a possibilidade de participar de fóruns de

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discussão e temos acesso a funcionalidades e instrumentos que estão sendo

desenvolvidos, além de outros instrumentos que nos auxiliam a aprofundar o

conhecimento.

De acordo com Nakamura (2009), o Moodle é um software livre de apoio à

aprendizagem, pode ser instalado em várias plataformas que consigam executar a

linguagem php tais como Unix, Linux, Windows. MAC OS. Como base de dados

podem ser utilizados MySQL, PostgreSQL, Oracle, Access, Interbase ou ODBC.

Está disponível em diversos idiomas, no mundo inteiro.

A plataforma vem sendo utilizada não só como ambiente de suporte à

Educação a Distância, mas também como apoio a cursos presenciais, formação de

grupos de estudo, treinamento de professores.

O Moodle é um Ambiente Virtual de Ensino Aprendizagem (AVEA), oferece

aos professores a possibilidade de criar e conduzir cursos à distância, por meio de

atividades, que exigem ação do aluno, como responder, discutir, etc. Ou recursos,

como materiais para consulta e estudo, organizadas a partir de um plano de ensino.

É distribuído livremente na forma de Open Source (sob a licença de Software Livre

GNU Public License), (NAKAMURA, 2009).

No Moodle, um Curso é a representação de uma classe em sala de aula,

onde professores disponibilizam materiais ou atividades propostas para aquele

curso, podendo ter ou não notas atribuídas, as pessoas relacionadas àquele curso,

com os diversos papéis que desempenham.

No Moodle, os cursos contêm atividades e recursos. Há cerca de 20

diferentes tipos de atividades disponíveis (fóruns, glossários, wikis, tarefas,

questionários, escolhas, bancos de dados, entre outros) e cada uma poderá ser

personalizada. A concepção e desenvolvimento do Moodle são guiados por uma

filosofia pedagógica social construtivista, onde as pessoas ativamente constroem

novos conhecimentos à medida que interagem com seus ambientes.

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4.1 O PLANEJAMENTO DO CURSO

O produto desta dissertação de Mestrado é a construção de um curso sobre

Metodologias Ativas de Aprendizagem, enfatizando as simulações realísticas,

visando colaborar com a importância da capacitação docente em tecer

conhecimentos em um espaço digital. O nosso principal objetivo ao oferecer o curso

é ofertar estratégias eficientes e eficazes no processo ensino aprendizagem, além

de contribuir para docentes do ensino de Enfermagem no Nível Técnico e

Graduação.

Oportunamente, aproveitando os avanços da tecnologia, iremos proporcionar

recursos para ampliar as possibilidades do processo ensino e aprendizagem, onde o

docente através de atividades teóricas e práticas irão romper com a dicotomia dos

saberes, impulsionados pela modernidade.

Os procedimentos essenciais para um sucesso de um curso em Ambiente

Virtual de Ensino Aprendizagem (AVEA) são: analisar as diretrizes contidas no

projeto político-pedagógico do curso em desenvolvimento na plataforma EaD;

pesquisar, separar e analisar materiais didáticos e mídias que serão

disponibilizadas. Todos os conteúdos e materiais disponibilizados e mesagens

provenientes de fóruns são de responsabilidade do professor do curso.

Na plataforma Moodle pode-se compartilhar materiais de estudo, manter

discussões, aplicar testes e avaliações, pesquisas de opinião, coletar e revisar

tarefas e notas. Pode-se estruturar um curso no Moodle nos formatos semanal,

tópicos ou por eventos e acrescentar dois tipos de conteúdo: materiais e atividades.

Os materiais podem ser textos, páginas da web e diretórios.

As atividades são baseadas em ferramentas que estimulam a interação dos

participantes, ou seja, as relações digitais interativas de aprendizagem. Onde serão

socializados os materiais instrucionais e as orientações referentes ao curso. E

também serão postadas as produções individuais dos estudantes, nesse caso os

docentes, além de ofertar possibilidades de comunicação e troca de saberes entre

os envolvidos.

Na plataforma, existem áreas para apresentação de conteúdos em vídeos,

animações, textos, atividades de verificação da aprendizagem, não avaliativas e

avaliativas. Também estão disponíveis espaços para interação síncrona, por meio

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de chats, e interação assíncrona, através dos fóruns de discussão. Tratam de

recursos que permitem a interação da equipe.

Referente ao desenvolvimento do projeto e na produção do curso, a

pesquisadora e mestranda, assumirá as funções de professor/tutor.

O planejamento elaborado será apresentado por meio do Quadro 2 onde

estão contidos os dados do curso e no Quadro 3, a estruturação e cronograma de

atividades previstas.

Quadro 2 - Planejamento do Curso de Metodologias Ativas: A prática da Simulação Realística

Curso: Metodologias Ativas na Enfermagem - A prática da simulação realística.

Docente Responsável: Ana Maria Chavão Brito Lombardi de Souza

Ementa:Apresentação e ambientação na Plataforma Moodle; Definições e discussões sobre Metodologias Ativas; Simulação Realística; Apresentação de artigos sobre o tema. A prática docente - elaborando uma prática de simulação realística.

Competências: Capacidade de desenvolver habilidades e estabelecer relações entre os conhecimentos prévios em simulações. Planejar, organizar, com preparação cognitiva da aula e pela experiência prática advinda das interações em sala de aula.

Ambiente de Aprendizado: Plataforma Moodle

Objetivos: Geral: Proporcionar aos docentes de Enfermagem, Curso no formato EaD, no Ambiente Virtual de Aprendizagem - Plataforma Moodle, sobre as Metodologias Ativas de Aprendizagem - As práticas de Simulações Realísticas. Específico: Capacitar docentes de enfermagem em metodologias ativas de aprendizagem, contribuindo com novas ferramentas tecnológicas e métodos, como instrumento facilitador do processo ensino aprendizagem.

Público alvo: Docentes do Curso de Enfermagem Nível Médio Técnico e Graduação.

Oferta de vagas: 30

Certificação: Capacitação Profissional

Carga horária: 40 horas / 5 semanas

Metodologia de ensino: Curso no formato EaD (totalmente online).

Avaliação: Será considerado aprovado, o docente que cumprir a carga horária do curso, além de: Realizar as atividades propostas - participação nos fóruns, planejamento e desenvolvimento de prática docente; Descrever a simulação realística, relatando a prática; Contextualizar suas atividades; interagir com professor e colegas da turma; Operacionalizar e inserir atividades e vídeo no curso (prática de simulação).

Tutoria: Acompanhamento e desenvolvimento das abordagens e atividades propostas. Interlocução com alunos do curso e operacionalização das orientações sugeridas

Inscrições: http://moodleead.unifoa.edu.br

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4.2 TUTORIAL DO PRODUTO

O produto desta dissertação é a construção de um curso sobre Metodologias

Ativas de Aprendizagem, enfatizando as simulações realísticas, visando colaborar

com a importância da capacitação docente em tecer conhecimentos em um espaço

virtual.

O Curso denominado, Metodologias Ativas na Enfermagem - A prática da

simulação realística. Na modalidade de ensino a distância,plataforma Moodle, com

carga horária de 40 horas.

O Moodle é distribuído livremente na forma de Open Source (sob a licença de

Software Livre GNU Public License), software para produzir disciplinas baseadas na

Internet, e sítios Web, sendo possível disponibilizar online vários recursos e

atividades, como fóruns, glossários, wikis, tarefas, questionários, escolhas, bancos

de dados, etc.

A concepção e desenvolvimento do Moodle são guiados por um ponto de

vista pedagógico construtivista, onde as pessoas ativamente constroem novos

conhecimentos à medida que interagem com seus ambientes.

Para o desenvolvimento do curso foi definido como público-alvo, docentes do

ensino de Enfermagem no Nível Médio Técnico e Graduação e como pré-requisito

acesso a internet, algumas horas na semana.

A administração do curso foi idealizada e será conduzida pela autora da

pesquisa, com o seguinte planejamento: elaboração do projeto pedagógico, com

estrutura do curso (ementa, objetivos, atividades, cronograma e a avaliação).

Para a implantação do curso, na Plataforma Moodle, o Departamento de

Informática do UNIFOA - Centro Universitário de Volta Redonda e Fundação

Oswaldo Aranha, sob a supervisão do Professor Marcelo Passos dos Santos, será o

suporte técnico de Informática, responsável pela instalação, configuração de

software e hardware e configuração de servidores que hospedam o ambiente virtual.

Para o sucesso de um Curso, alguns procedimentos são essenciais, para a

configuração e desenvolvimento do Ambiente Virtual de Aprendizagem, neste caso a

autora da pesquisa, será a Docente responsável pelo projeto pedagógico,

desenvolvimento na plataforma, cronograma, disponibilização dos recursos didáticos

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e mídias, mensagens de fóruns, acompanhamento das atividades avaliativas dos

"alunos" e finalização do curso.

Para se estruturar o curso, alguns itens são obrigatórios: nome do professor

responsável pelo curso, unidade escolar, nome do curso, descrição breve do curso,

cronograma, público alvo; carga horária e quantidade de semanas.

Após criação de um curso, o autor/docente, poderá configurá-lo, da forma que

achar conveniente, bastando, ativar ou desativar a edição do curso (no canto

esquerdo superior de seu curso).

Configurando o curso:

Passo 1: liberação do perfil Criador de Curso, somente será validada após a

submissão da estruturação do Curso.

Passo 2: Inscrever-se como professor no curso criado.

Passos 3 e 4: Configurar o sumário do curso.Estruturar a Aba Ambientação

Utilizando recursos, como rótulo, vídeos, pastas, plano do curso;

Utilizando atividades, como fórum de dúvidas, apresentação ou fórum.

Passo 5: Configurar a 1ª semana do curso.

Utilizando recursos, como rótulo, vídeos e pastas, arquivos para leitura;

Utilizando atividades: fórum de discussão

Passo 6: Configurar a 2ª semana do curso.

Utilizando recursos: páginas, vídeos, arquivos para leitura;

Utilizando atividades: envio de arquivo

Passo 7: Configurar a 3ª semana do curso.

Utilizando recursos: arquivos para leitura;

Utilizando atividades: tarefa online, envio de arquivo

Passo 8: Configurar a 4ª semana do curso.

Utilizando recursos: arquivos para leitura;

Utilizando atividades: tarefa online, envio de arquivo e vídeo; fórum de

debate.

Passo 9: Configurar a 5ª semana do curso. Finalização do curso

Liberação da lista de aprovados;

Liberação da Lista de Professores com pendências.

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No quadro abaixo, está descrito sumariamente o desenvolvimento do curso e

acompanhamento das atividades propostas, é importante que todos os alunos

tenham acesso. Este quadro deverá estar no início da plataforma. O cronograma

disposto em cinco semanas, viabilizando a conclusão do curso.

Quadro 3 - Metodologia/Atividades do Curso/ Carga horária.

Tipo Descrição da Atividade Carga

horária

Atividade online

Ambientação da plataforma Fórum de apresentação e debates e

discussões na plataforma

10h

Atividade Visualização e leitura de textos 10h

Atividade Desenvolver uma prática de simulação com alunos, avaliar, redigir um relato e produzir um

vídeo.

10h

Atividade online

Envio de Arquivo: inserção de atividade (relato da prática de simulação)

5h

Atividade online

Envio de Arquivo: Inserção de vídeo (prática da simulação)

5h

O curso poderá ter diferentes formatos disponíveis, neste curso será em

formato semanal. O formato indica o modo como o conteúdo ficará organizado na

plataforma, onde o aluno terá atividades semanalmente.

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Figura 5 - Tela 1. Formato do curso - semanal

Fonte: http://moodleead.unifoa.edu.br/course/metodologiasativas

Para acesso ao Curso, o aluno devidamente inscrito, fará primeiro acesso por

meio do site: http://moodleead.unifoa.edu.br

Acesso, por meio do link, será diretamente ao curso inscrito.

Login: 1º nome.último nome (exemplo: ana.souza)

Senha: changeme (senha inicial, que deverá ser substituída pelo usuário, no

primeiro acesso).

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Figura 6 - Tela 2. Acesso ao Curso/login.

Fonte: http://moodleead.unifoa.edu.br

Após acesso a plataforma, os alunos poderão proceder suas leituras, salvar

os arquivos, participar dos fóruns, assistirem os vídeos e realizarem as atividades.

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Para divulgação do Curso, a autora idealizou um folder explicativo conforme

Figura 7.

Figura 7 - Tela 3 - Folder de Divulgação do Curso.

Fonte: A autora

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4.3 A ESTRUTURAÇÃO DO CURSO

Quadro 4 - Estruturação do Curso

PERÍODO CH TÓPICOS CONTEÚDOS

1ª SEMANA

10h

Ambientação da plataforma Fórum de

apresentação.

Boas Vindas Ambientação da plataforma Moodle. Apresentação do Plano de Curso.

Fórum de apresentação e expectativas do Curso.

Textos para leitura. Vídeos

Fórum de discussão, e debate.

Vivência Teórico Prática Inovadora no Ensino de Enfermagem.

Simulação no Ensino em Saúde

Vídeo: Dialogando sobre as Metodologias Ativas.

Fórum de Discussão

Analisando as Metodologias Ativas na Formação dos Profissionais de Saúde.

Contribuições da Simulação para o Processo de Ensino Aprendizagem.

Vídeo: Metodologias Ativas, discutindo ações.

2ª SEMANA 10 h Textos para leitura. Vídeos.

Chat Atividade

Metodologias Ativas na Promoção da Formação Crítica do Estudante.

Vídeo: Conhecendo um Centro de Simulação Realística.

Chat: Aquisição de Competências.

Atividade: Construindo o conhecimento.

Metodologias Ativas da teorização à contextualização.

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Uso da Simulação Realística no Ensino de Enfermagem.

PERÍODO CH TÓPICOS CONTEÚDOS

3ª SEMANA 10h Textos para leitura.

Atividade Desenvolver uma prática de simulação com alunos.

Atividade: Prática Docente. Descrever: o seu estudo de caso; os objetivos a serem alcançados pelo seu aluno; os temas a serem estudados; a dinâmica do estudo.

Metodologias Ativas: Do que estamos falando?

Formação de Professores e Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem: Ensinar Para a Compreensão

4ª SEMANA 5h Atividade: Envio de Arquivo Fórum de Debate

Atividade: Elaborar uma Simulação Realística.

Planejar e Organizar: o cenário da técnica ou situação escolhida (uma prática ou estudo de Caso elaborado).

Aplicar a Metodologia da Simulação Realística com a turma de alunos.

Descrever a simulação realística - Relatando a prática.

Envio de arquivo e vídeo da prática realizada

Fórum de Debate.

5ª SEMANA 5h Conclusão do Curso Avaliação final (menções, feedback). Liberação da lista de aprovados; Liberação da Lista de Professores com pendências.

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4.4 VISUALIZANDO O CURSO NO AMBIENTE VIRTUAL MOODLE

Figura 8 - Tela 4 - Login à plataforma

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Figura 9 - Tela 5. Acesso ao Curso

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Figura 10 - Tela 6. Boas Vindas ao curso e Fórum de apresentação e expectativas

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Figura 11 - Tela 7. O Plano do Curso

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Figura 12 - Tela 8. Semana 1 - Definição e Discussão

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Figura 13 - Tela 9. Semana 2 - Construindo o conhecimento

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Figura 14 - Tela 10 - A Prática Docente

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Figura 15 - Tela 11. Semana 4 - A Prática de Simulação Realística

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Figura 16 - Tela 12. Semana 5 - Finalização do Curso

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5 CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO PARA ÁREA DE ENSINO

Ao se idealizar novas propostas pedagógicas, envolvendo docentes da área

da saúde, preocupa-se com o aprendizado, a relevância, o conhecimento adquirido

e as práticas inovadoras. Muito têm se estimulado a inclusão de metodologias de

ensino que permitam impulsionar os novos perfis profissionais, delineados na

qualidade.

No entanto, acredita-se que entre outras atitudes, o docente, será o

profissional interessado em se dedicar a uma capacitação, o que, já o difere dos

demais, que pouco buscam evolução e inovação em sala de aula.

Considera-se que um curso de práticas pedagógicas em metodologias ativas,

para docentes irá proporcionar a superação de desafios e a construção de

conhecimentos novos a partir de experiências prévias do próprio docente.

O engajamento do docente em relação a novas aprendizagens, despertado

pela sua própria escolha e interesse, já é condição essencial para ampliar suas

possibilidades e fortalecer suas ações didático-pedagógicas, reforçando que o uso

de Metodologias Ativas constituir-se-á uma importante referência para sua prática

docente.

Dessa forma acredita-se veementemente que o presente Estudo irá contribuir

para o aprimoramento docente, que, visando melhorar suas condições e práticas

pedagógicas, idealizam estratégias de ensino e aprendizagem, com o objetivo de

motivar seus alunos, para uma constante busca de novas aprendizagens,

informações e à produção do conhecimento.

A idealização do curso de metodologias ativas viabiliza o potencial

pedagógico, quando o professor nessa perspectiva, ganha destaque e relevância

quando comparados aos métodos convencionais, cabendo-lhe aplicar os métodos

inovadores, evidenciando os benefícios pedagógicos.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Iniciamos as considerações finais, destacando que, todo o interesse e

proposta deste trabalho, surgiu a partir da prática docente, em acreditarmos nos

princípios da construção de conhecimentos, no processo ensino aprendizagem, e

que poderá nortear educadores no desenvolvimento de novas metodologias, nos

diferentes níveis e contextos de aprendizagem.

Acredita-se que a partir deste estudo, seja interessante destacar que a

educação na área da saúde, passa cotidianamente por inúmeras mudanças. Com a

substituição do ensino tradicional por novas tendências pedagógicas, com intuito

deformar um profissional crítico e essencialmente incorporado a utilização de

recursos metodológicos inerentes às novas concepções em educação.

Durante o percurso deste trabalho, em leituras e pesquisas, surgiram uma

série de indagações que nos levaram em busca do aprofundamento, baseados nas

questões norteadoras do trabalho. Primeiramente, como as práticas pedagógicas de

Metodologias Ativas de Aprendizagem, poderão contribuir para a oferta de um

ensino competente?

Dessa forma, acredita-se que todo o desenvolvimento desta pesquisa foi ao

encontro do objetivo geral da mesma, que se delineie ou em contribuir para prática

docente do ensino de Enfermagem no Nível Médio Técnico e Graduação, através de

um Curso na modalidade de Educação a Distância, sobre Metodologias Ativas de

Aprendizagem - simulações realísticas, como estratégias eficientes e eficazes no

processo ensino aprendizagem.

O docente precisa dispor no processo educacional do uso de ferramentas

diferentes com o objetivo de incentivar seu aluno a procurar novas formas de pensar

e agir, e construir seu próprio conhecimento. Assim, o ensino e aprendizagem

através das práticas ativas poderão garantir que o aluno realize diferentes atividades

e desenvolva habilidades diversas aprimorando suas práticas acadêmicas.

Após pesquisas realizadas na revisão integrativa deste trabalho, em vários

referenciais bibliográficos, pode-se analisar criticamente, sintetizando múltiplos

estudos, o favoritismo para esta prática pedagógica, denominada metodologias

ativas.

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As Metodologias Ativas baseiam-se em formas de desenvolver o processo de

aprender, utilizando experiências reais ou simuladas, visando às condições de

solucionar, com sucesso, desafios advindos das atividades essenciais da prática

social, em diferentes contextos.

É importante ressaltar que no ensino da saúde, o uso do método da

simulação, favorece o aluno a praticar as habilidades necessárias em um ambiente

que permite erros e crescimento profissional, sem arriscar a segurança do paciente.

Essa pesquisa, evidentemente, não se completa por si só, faz parte de um

projeto maior, de forma empírica, para implantação de mudanças no processo

ensino aprendizagem.

Em outro momento, a autora da pesquisa confronta outra questão norteadora:

Como elaborar um curso na modalidade à distância utilizando o método de

simulação realística?

No confronto com a questão norteadora, podemos refletir que o método ativo

de simulação, incentiva e orienta o processo do aprendizado, motiva e desperta

atenção, e por fim conduz à aprendizagem rápida e eficaz.

Dessa forma, os objetivos específicos foram sendo desenvolvidos ao longo da

pesquisa, em construir um Curso no formato de EaD, na Plataforma Moodle, em

Metodologias Ativas de Aprendizagem, direcionado para simulações realísticas,

como instrumento facilitador do processo ensino aprendizagem e alavancar a prática

docente, com princípios prioritários sobre Metodologias Ativas de Aprendizagem.

Acredita-se que os objetivos construídos, foram serão analisados, expandidos

e atingidos à medida que o curso for idealizado, elaborado e formatado. Para

compreensão da autora, a condução do curso e sua prática serão viabilizadas,

desde que os docentes se aprimorem a cada leitura e prática realizada.

O produto da dissertação é propor aos docentes de Enfermagem, um curso

sobre as metodologias ativas de aprendizagem - as práticas de simulações

realísticas, por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem - Plataforma Moodle.

Baseada nos estudos sobre Ensino a Distância, no método de aulas

invertidas, e acreditando na capacidade dos docentes de Enfermagem, será

gratificante e enriquecedor capacitar através da utilização da ferramenta e

tecnologia, plataforma Moodle.

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Assim, ao final desta pesquisa, pretende-se atender aos objetivos propostos,

tornando o Curso planejado, um instrumento facilitador do processo ensino

aprendizagem. Porém, com uma importante consideração: os Ambientes Virtuais de

Aprendizagem são opções de acesso à informação, considerados uma solução

adequada para atender alunos de cursos presenciais, a distância e semipresenciais,

e não para substituir as aulas presenciais.

Pode-se considerar, que as Metodologias Ativas de Aprendizagem, a

utilização da simulação no processo de ensino aprendizagem é uma potente

estratégia, para o desenvolvimento das competências e habilidades a serem

adquiridas ao longo do Curso.

Para a pesquisadora, o presente trabalho foi capaz de evidenciar que o

método utilizado contribui significativamente para a qualidade do ensino,

desenvolvendo o intercâmbio de experiências e ideias. Constatou-se ainda que, ao

propor um Curso desta envergadura, não tem a pretensão de se mostrar como o

único caminho a ser seguido, porém se espera que seja a oportunidade para a

discussão de novos rumos a serem dados ao ensino.

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