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MÉTODOS E MODELOS DE IDENTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS.
Radeo Sousa Silva, Osmar Siena
(Universidade Federal de Rondônia - UNIR)
Resumo: O termo competências ganhou múltiplas definições ao longo do tempo, partindo de enfoques em indivíduos, evoluindo e avançando para a abordagem em empresas, por meio de estudos acerca das competências organizacionais ou essenciais. Este artigo tem por objetivo analisar a produção científica que aborda, descreve ou discute formas, procedimentos e métodos de identificação de competências organizacionais. O estudo foi realizado a partir de uma abordagem quantitativa e qualitativa, caracterizando-se como uma pesquisa documental, fundamentada na técnica de análise de conteúdo, abordando o período de 2008 a 2012. Para a realização desta pesquisa foram utilizadas as bases de dados do Portal Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Portal Domínio Público do Ministério da Educação (MEC). O total da produção identificada como pertencente ao campo das competências organizacionais ou essenciais foi de 269 obras (população). Desse total, as obras que abordavam discussões ou descreviam metodologias de identificação de competências essenciais em organizações somaram 30 produções (amostra), formada por 16 artigos científicos e 14 dissertações e teses, entre trabalhos escritos na língua portuguesa e língua inglesa. A análise da produção científica apontou que não há, reconhecidamente, um modelo ou método consolidado de identificação, mapeamento ou avaliação de competências organizacionais. Parte dos pesquisadores elaboraram suas próprias formas e modelos de identificação. Conceitualmente, a definição de competências organizacionais aparenta não ser, ainda, unificada e nítida.
Palavras-chaves: Competências; Competências organizacionais; Produção científica
ISSN 1984-9354
X CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 08 e 09 de agosto de 2014
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1 INTRODUÇÃO
Na sociedade atual, indivíduos competentes ou com competência notória acerca de
determinada área geralmente são vistos como tendo traços comportamentais relacionados com
desempenho ou performance superior em relação aos demais (DOS SANTOS; FERREIRA,
2010).
Segundo Mickletwait e Woodridge (1994 apud AGBADA, 2013), Peter Drucker foi um
dos pioneiros no uso do conceito de competência quando se referia às mudanças relativas à
transição do antigo proletariado industrial para os trabalhadores do conhecimento, ou seja,
trabalhadores de alto desempenho.
A aplicação desse conceito relacionado aos trabalhadores evoluiu e avançou também para
uso em organizações, enfatizando-as a partir de recursos e processos essenciais e diferenciadores
da concorrência (BARNEY, 1996).
A publicação do artigo seminal The Core Competence of the Corporation, de Prahalad e
Hamel (1990), contribuiu de forma decisiva para discussões sobre o significado e a identificação
de competências essenciais em organizações.
Diversos estudos, a partir de então, foram realizados no intuito de identificar as
competências essenciais ou, ainda, as competências organizacionais em empresas de diferentes
segmentos de atuação (TAMPOE, 1994; KING; FOWLER; ZEITHAML, 2002; MILLS et al.,
2002 ).
A análise desses estudos tem evidenciado que pesquisadores possuem formas e técnicas
distintas de identificação das competências essenciais indicando, assim, que não há um método ou
procedimento reconhecidamente aceito como eficaz e amplamente utilizado.
Isto posto, este artigo tem por objetivo analisar a produção científica que aborda, descreve
ou discute formas, procedimentos e métodos de identificação de competências essenciais em
organizações.
Foi investigada a produção científica das bases de dados contidas no Portal de Periódicos
da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Portal Domínio
Público do Ministério da Educação (MEC).
Este artigo está organizado em 5 (cinco) seções contando com esta introdução. Na seção
seguinte são discutidos os conceitos e as abordagens sobre competências organizacionais. Na
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terceira seção, são expostos os procedimentos metodológicos adotados nesta pesquisa. A
apresentação e discussão dos resultados compõem a quarta seção. Na quinta seção, são expressas
as principais conclusões.
2 COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS COMO DIFERENCIAIS PARA AS
ORGANIZAÇÕES
A utilização do termo competência, bem como a noção de sua aplicabilidade na sociedade
não é nova. Segundo Maciel e Nogueira (2008), a raiz desse termo se encontra na Idade Média,
mais especificamente relacionada à capacidade de julgar questões jurídicas. Ao longo do tempo, o
termo “competências” ganhou múltiplas definições que refletem a variada história e evolução do
conceito (YAGHOUBI; TAJMOHAMMADI, 2011).
Há, entretanto, duas abordagens mais discutidas e disseminadas acerca do uso do conceito
de competência e de sua aplicação (HARB; ROSSETTO; OLIVEIRA, 2006; YAGHOUBI;
TAJMOHAMMADI, 2011), conforme quadro 1.
Quadro 1 – Abordagens quanto ao conceito de competência.
Competências Individuais Competências Organizacionais
Valores, crenças e emoções Conhecimento Tácito Conhecimento explícito Habilidades Atitudes
Cultura Organizacional Competências individuais Gestão Mudança
Fonte: Elaborado com base em Harb, Rossetto e Oliveira, 2006.
As competências individuais estão relacionadas ao conjunto de conhecimentos, habilidades
e atitudes que as pessoas possuem e aplicam, entre outras atividades, no trabalho. Por outro lado,
as competências organizacionais se relacionam com desempenhos organizacionais destacados e
com a promoção de vantagens e alavancagens competitivas.
Em relação às competências individuais, Le Boterf (2003) e Zarifian (2001) se referem a
elas como a capacidade de uma pessoa ter iniciativa, ser habilidosa quanto ao entendimento e
domínio de situações atípicas ou novas, ter responsabilidade e ser reconhecida por suas atitudes.
Ainda, nesse contexto, para Zarifian (2001), existem cinco tipos distintos de competências, sendo
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elas: competências sobre processo, competências técnicas, competências sobre organização,
competências de serviço e competências sociais.
Em se tratando de competências organizacionais - foco deste trabalho -, a discussão acerca
dos significados e aplicação dos conceitos básicos tem como um dos documentos mais discutidos
o artigo seminal The Core Competence of the Corporation, de Prahalad e Hamel (1990). Nesse
documento, os pesquisadores enfocam como compreender a gestão de grandes organizações, com
negócios aparentemente diferentes e com linhas de produtos diversificados, a partir da abordagem
das competências essenciais dessas empresas.
Nessa discussão, Prahalad e Hamel (1990, p.4) conceituam competências essências como o
“[...] aprendizado coletivo na organização, especialmente como coordenar as diversas habilidades
de produção e integrar múltiplos fluxos de tecnologias.”.
Destacando a abordagem de competências voltadas para as empresas, também tratadas
como competências organizacionais, Prahalad e Hamel (2005) argumentam que, quando se
esclarece o que são competências, a organização inteira compreende como apoiar a vantagem
competitiva e prontamente aloca recursos para a construção de unidades com vínculos
tecnológicos e de produção articulados.
Corroborando com o enfoque de competências relativas às organizações, Barney (1996)
abordou os modelos de análises organizacionais, tomando como base a pesquisa tradicional sobre
pontos fortes e pontos fracos (matriz SWOT), comentando, mais detalhadamente, sobre a teoria
das competências distintivas ou diferenciadoras das empresas. Como característica básica dessa
teoria, tem-se a abordagem sobre a relação entre liderança institucional e competências distintivas
das organizações, fundamentada inicialmente em estudos de Selznick (1957 apud BARNEY,
1996).
A distinção em relação às empresas significa as características peculiares ou
diferenciadoras que levariam determinada organização a se posicionar de forma destacada no
mercado em que atua e compete. Nesse sentido, Nisembaum (2000,p.33) afirma que “[...]
trabalhar as competências essenciais pode proporcionar à organização um diferencial competitivo
e abrir novas portas.”.
Argumentando a respeito das diferenças quanto às competências essenciais em
organizações, Tampoe (1994) ressalta que
[...] os sistemas de gestão, processos de produção ou sistemas de missão crítica como sistemas de reservas aéreas, JIT, ou de técnicas de gestão tais
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como círculos de qualidade e de estratégias de gestão são competências que contribuem para o sucesso da empresa, mas não são competências essenciais porque podem ser imitadas ou adquiridas e não sustentam a preservação de uma organização a longo prazo (TAMPOE, 1994, p.68).
Sendo assim, a devida identificação das competências essenciais das organizações pode
revelar caminhos para novas formas de imaginar negócios com rentabilidade crescente e
sustentável.
Como uma das maneiras de identificação de competências essenciais, Prahalad e Hamel
(1990) formularam as seguintes perguntas:
How long could we preserve our competitiveness in this business if we did not control this particular core competence? How central is this core competence to perceived customer benefits? What future opportunities would be foreclosed if we were to lose this particular competence? (PRAHALAD; HAMEL, 1990, p.11).
Outros autores também discutem sobre como identificar ou descobrir competências
organizacionais, como é o caso de King, Fowler e Zeithaml (2002) que sugerem realizar
entrevistas com gerentes de níveis intermediários para que estes construam uma lista de
competências essenciais e relevantes para o segmento em que atuam.
Já Mills et al. (2002) veem as competências como capacidades de coordenação de recursos
e processos e as identificam a partir da abordagem de três dimensões: vantagem competitiva,
sustentabilidade e versatilidade.
Nessa mesma visão, porém em estudos mais recentes, Agha, Alrubaiee e Jamhour (2012)
compreendem e identificam as competências essenciais por meio de estudos sobre três dimensões:
Shared vision, Cooperation and Empowerment.
Barney (1996), sugere a framework VRIO (sigla em inglês para value, rarity, imitability e
organization) para identificar e avaliar o quanto um recurso é essencial para uma organização
visando manter uma vantagem competitiva sustentável a partir da verificação de três
características dos recursos de uma empresa: o quanto é valoroso, raro, difícil de imitar e o quanto
o recurso é explorado pela organização.
Em síntese, a partir da visão de Prahalad e Hamel (1990), são apresentados, no quadro 2,
os principais autores e as respectivas abordagens sobre caracterização e identificação de
competências essenciais em organizações ou competências organizacionais, tidos como base para
esta pesquisa.
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Quadro 2 – Autores e abordagens sobre caracterização e identificação de competências organizacionais.
Autor Abordagem
Agha, Alrubaiee e
Jamhour (2012)
Consideram as competências essenciais a partir de um construto multidimensional consistindo de três dimensões: Visão compartilhada, Cooperação e Empoderamento.
King, Fowler e Zeithaml
(2002)
Enfatiza a relação entre a visão dos gerentes de nível intermediário e o desempenho da organização, como método de identificação e avaliação de competências organizacionais.
Mills et al. (2002) Com base na metodologia arquitetura de competências e recursos, procura avaliar as competências analisando aspectos relativos à vantagem competitiva, sustentabilidade e versatilidade.
Barney (1996)
A partir da aplicação da visão baseada em recursos – VBR e framework VRIO são analisados os recursos e capacidades vistos como elementos raros, de imitação e substituição difícil e custosa no quadro de uma organização particular. Tais elementos, de forma articulada, formam as competências essenciais das empresas.
Fonte: elaborado pelos autores.
A análise dos estudos dos autores mencionados no quadro 2 tem revelado a aplicação, ao
longo dos anos, de formas e técnicas distintas de identificação das competências organizacionais e
indicado que não há um método ou procedimento reconhecidamente aceito como eficaz e
amplamente utilizado pela comunidade de pesquisadores.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa foi realizada a partir de uma abordagem quantitativa e, em seguida, qualitativa,
ambas fundamentada em Creswell (2010).
Com relação aos procedimentos e técnicas de pesquisa, este estudo classifica-se como uma
pesquisa documental (SIENA, 2007).
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Foi investigada a produção científica das bases de dados on-line Portal de Periódicos da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Portal Domínio
Público do Ministério da Educação (MEC), segundo as distinções e especificidades das
ferramentas de buscas de cada base.
A escolha das bases citadas se justifica pela abrangência e relevância que possuem no meio
acadêmico brasileiro, uma vez que é possível acessar documentos científicos, avaliados pelos
pares, produzidos dentro e fora do País.
As expressões pesquisadas nas bases supracitadas foram:
“competências essenciais”; “competências organizacionais”; “core competencies”; e “core competences”.
Assim, foram identificadas as publicações que continham essas expressões nos títulos de
artigos científicos, dissertações e teses. A pesquisa foi realizada durante o mês de junho de 2013.
São apresentados no quadro 3 os critérios de busca utilizados para filtragem de
informações no Portal Domínio Público.
Quadro 3 - Portal Domínio Público (a partir dos campos disponíveis).
CRITÉRIOS DE BUSCA
Campos Selecionados
Dados Inseridos ou Selecionados
Demais Campos
Tipo de mídia Texto Não alterados pelos pesquisadores Título <expressão>
Fonte: elaborado pelos autores.
São apresentados no quadro 4 os critérios de busca avançada utilizados para filtragem de
informações no Portal Periódicos. Além disso, durante as consultas a esse portal foi possível fazer
uso de aspas (“ ”) para delimitar, em detalhes, a busca requerida.
Quadro 4 - Portal de Periódicos (a partir do link busca avançada).
CRITÉRIOS DE BUSCA
Dados Inseridos ou Selecionados Demais Campos
No título Não alterados pelos pesquisadores Contém
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<expressão>
Fonte: elaborado pelos autores.
Verificados os resultados das buscas descritas nos quadros 3 e 4 foram selecionadas
intencionalmente (CRESWELL, 2010) as produções referentes aos anos de 2008 a 2012, a fim de
investigar a produção científica mais recente pertinente aos últimos cinco anos.
O total de produções científicas apuradas foi de 269 obras. Desse total, as obras que
abordavam discussões ou descreviam metodologias de identificação de competências essenciais
em organizações somaram 30 produções, sendo 16 artigos científicos, 14 dissertações e teses.
Por meio do gráfico 1 é apresentada a distribuição do total da produção científica
pesquisada (população) no período de 2008 a 2012. A publicação das obras relativas à área de
competências essências se manteve equânime, com destaque para o ano de 2009 contendo o maior
número de produções publicadas.
Gráfico 1 – Total de produções apuradas (população).
Fonte: elaborado pelos autores.
A evolução do total da produção científica pesquisada, por tipo de documento, é
representada pelo gráfico 2. A produção de artigos científicos que abordam competências
essenciais, após oscilações no período de 2008 a 2010, permaneceu mais equilibrada nos anos
2011 e 2012, apresentando nesse período média de 49,8 documento/ano.
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Nota-se, ainda, no gráfico 2, a produção de teses e dissertações sobre competências
essenciais. Proporcionalmente, há semelhanças na evolução entre as produções representadas no
gráfico 2, entretanto isso não se confirma para os anos de 2011 e 2012 tendo em vista que não
foram encontradas teses e/ou dissertações publicadas nesses anos especificamente.
Gráfico 2 – Total da produção entre 2008 e 2012.
Fonte: elaborado pelos autores.
O quadro 5 contém as expressões pesquisadas e as respectivas quantidades de produções
científicas filtradas pelos mecanismos de busca das bases de dados investigadas, além de conter
também o quantitativo das produções identificadas como aquelas que abordam, descrevem ou
discutam formas, procedimentos e métodos de identificação de competências essenciais em
organizações.
Quadro 5 – Expressões pesquisadas e respectivas quantidades por tipo de obra.
Tipo de documento competências
essenciais competências
organizacionais core
competencies core
competences Totais
Artigos científicos (população)
2 6 235 6 249
Artigos científicos (amostra)
1 3 10 2 16
Teses e dissertações (população)
- 18 2 - 20
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Teses e dissertações (amostra)
- 13 1 - 14
Fonte: elaborado pelos autores.
Para auxiliar no alcance dos objetivos da pesquisa, foi utilizada a análise de conteúdo,
fundamentada em Bardin (2002), conforme ilustrado na figura 1.
Figura 1 – Procedimentos adotados para análise de conteúdo.
Fonte: Elaborado com base em Bardin, 2002.
Depois de realizada a leitura flutuante nas obras que formam a população da pesquisa foi
possível identificar aquelas que descrevem ou discutem formas, procedimentos e métodos de
identificação de competências essenciais em organizações, delimitando-se, então, a amostra
investigada neste trabalho e representada por tipo de produção no gráfico 3.
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A distribuição da amostra, a qual contém o material textual principal da análise de
conteúdo da pesquisa, é representada pelo gráfico 3. Nesse gráfico, é possível verificar que o ano
de 2009 se destaca com a maior parcela de contribuição científica na amostra sobre identificação
de core competences (11 obras), porém, em 2012, essa contribuição se encontra reduzida,
consideravelmente, apresentando somente um artigo do total. Essa diminuição também é
influenciada pela ausência de dissertações e teses nos anos de 2011 e 2012, conforme descrito na
explanação sobre o gráfico 2. Na busca de explicações para essa ausência, constou-se que, nesse
período, programas de pós-graduação não conseguiram atualizar a produção no Portal Domínio
Público.
Gráfico 3 – Distribuição da amostra no período.
Fonte: elaborado pelos autores.
Considerando a ausência, já mencionada, de dissertações e teses em relação aos anos de
2011 e 2012 não se pôde confirmar se há uma tendência ou não de equilíbrio de quantidade de
produção entre artigos e dissertações e teses.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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A leitura exploratória do conteúdo dos trabalhos componentes da amostra da pesquisa
evidenciou que não há concentração de publicações dos artigos científicos em determinado
periódico ou veículo de publicação. Dos 16 artigos analisados, constatou-se que foram publicados
em revistas distintas.
Quando analisadas as dissertações e teses, sendo 14 ao total, pôde-se averiguar que quase a
totalidade dessas pesquisas foi realizada por instituições oriundas da região sul e sudeste, com
exceção apenas de uma dissertação proveniente do Programa de Mestrado de Administração da
Universidade Federal da Paraíba.
A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande Do Sul e a Universidade Paulista de São
Paulo se destacaram como sendo as instituições que mais contribuíram, em termos quantitativos,
para a pesquisa sobre competências organizacionais, visto que ambas possuem duas produções
cada no período de 2009 a 2010. Com exceção dessas duas universidades, ao se observar a
distribuição das demais instituições em relação às dissertações e teses, verifica-se a configuração
da razão 1:1, ou seja, uma produção para cada instituição.
Ressalta-se, entretanto, que conforme apresentado no gráfico 2, a ausência de teses e/ou
dissertações relativas aos anos de 2011 e 2012 podem não significar exatamente que não houve
produção científica realizada e publicada nesse período, tendo em vista o que já foi destacado no
item anterior.
A exploração da amostra também proporcionou, como um dos resultados, a constatação de
que a teoria de recursos da firma, articulada em conjunto com a teoria de competências essenciais,
foi a abordagem mais utilizada como forma de auxílio à identificação de competências essenciais,
conforme apresentado no gráfico 4.
Gráfico 4 – Abordagens mais utilizadas na identificação de competências organizacionais.
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Fonte: elaborado pelos autores.
Nas obras analisadas da amostra, a teoria de recursos da firma forneceu apoio teórico para
compreensão das capacidades e recursos das organizações estudadas resultando em elementos
indicativos acerca de quais competências organizacionais se tratavam. Quando da utilização dessa
teoria, o autor Barney (1996) e a aplicação da framework VRIO são destaques nas discussões que
compõem os referenciais teóricos das obras pesquisadas.
Em menor frequência no que tange às abordagens, no entanto essencial, confirmou-se o
uso isolado e exclusivo da teoria de competências essenciais, sem a menção ou apoio de outras
teorias que possam cooperar no sentido de descobrir as core competencies. Nesse caso, Prahalad e
Hamel (1990) se destacaram como os autores fundamentais e mais citados.
A aplicação da leitura direcionada na amostra selecionada tornou possível a compreensão
de onze métodos de identificação de competências organizacionais. Esses métodos se basearam e
foram construídos a partir dos conceitos discutidos por autores reconhecidos, claramente citados
na amostra analisada, destacando-se o artigo seminal de Prahalad e Hamel (1990) como referência
básica para abordagens sobre a pesquisa de competências organizacionais.
De acordo com a análise, o método com base em King, Fowler e Zeithaml (2002),
identificado em uma dissertação, possui como característica principal a identificação e a avaliação
de competências organizacionais a partir da visão dos gerentes de níveis intermediários das
organizações.
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Já o método baseado em Fowler et al. (2000), utilizado em um artigo científico, trata as
competências organizacionais a partir de três tipos ou classificações: technological; market
driven; and integration competencies.
Identificado em um artigo científico, o método com base em François e colaboradores
(1999) verifica a presença ou não de competências essenciais especificamente voltadas para
inovação nas indústrias e em que grau essas competências estão implantadas, com vistas à
alavancagem competitiva.
O método baseado em Prahalad e Hamel (2005) e Fleury e Fleury (2001), presente em um
artigo científico, utilizou-se das definições acerca de competências essenciais para serviços
financeiros (PRAHALAD; HAMEL, 2005), articuladas com os processos de desenvolvimento de
competências (FLEURY; FLEURY, 2001) para identificar as competências organizacionais de
duas instituições financeiras públicas.
Aplicado, também, somente em um artigo científico, o método baseado no modelo VRIO e
em Hitt, Ireland, Hoskinsson (2001) articula os preceitos da teoria de recursos da firma e da
framework VRIO (Barney, 1991) em conjunto com capacidades estratégicas entendidas também
como competências (Hitt; Ireland; Hoskinsson, 2001).
Empregado em apenas um artigo do ano de 2011, o método DEMATEL (sigla em inglês
para DEcision MAking Trial and Evaluation Laboratory) é baseado em um modelo matemático
que pode ser adaptado para diversos campos de estudos acadêmicos, tais como análise estratégica,
avaliação de competências, análise de soluções entre outros. Originalmente, esse método foi
desenvolvido para investigar sistemas complexos analisando-os estruturalmente a partir de
relações de causa e efeito, contudo sua aplicação também foi estendida para a solução de
problemas envolvendo competências organizacionais, em razão de demonstrar ser uma poderosa
técnica de análise causal de acordo com os autores.
O método de identificação, baseado em Ruas (2005), adotado em uma dissertação, parte da
classificação de dois tipos de competências organizacionais: as competências organizacionais
seletivas - as quais distinguem as organizações dentro de um determinado ambiente competitivo; e
as competências organizacionais básicas - as quais são indispensáveis para a sobrevivência das
organizações em um determinado mercado.
Semelhante aos preceitos da teoria de recursos da firma, o método baseado em Javidan
(1998), e utilizado em uma dissertação, vale-se da identificação de recursos e capacidades
organizacionais como fontes geradoras e indicativas de competências essenciais em organizações.
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Aplicado em um artigo científico e em uma dissertação, ambas do ano de 2010, o método
adaptado com base em Fleury e Fleury (2001) e Zarifian (2001) identifica as competências
organizacionais sob a ótica de quatro aspectos: 1) competências para o negócio; 2) competência
social; 3) competência técnica; e 4) competências de serviço. Para tanto, esse método se apoia no
relacionamento dos aspectos citados com as competências individuais tratadas por Fleury e Fleury
(2001).
Considerado como base para pesquisas que geraram três dissertações (duas do ano 2008 e
uma de 2010), o método de identificação de competências baseado em Mills et al. (2002) também
parte de abordagens sobre recursos utilizados pelas empresas. Para os referidos autores, as
competências refletem o quão bem uma organização exerce suas atividades e, para isso, verifica-as
por meio da perspectiva de seis categorias de recursos: recursos tangíveis; conhecimentos,
habilidades e experiência; recursos processuais e sistemas; recursos culturais; recursos de
networking; e recursos com potencial dinâmico.
Utilizado em três artigos e três dissertações, o método baseado em Prahalad e Hamel
(1990), em conjunto com os preceitos de Barney (1991) e a teoria de recursos da firma, preconiza
os conceitos de core competences, recursos e capacidades das organizações para poder identificar
competências organizacionais que satisfaçam as seguintes condições: agreguem valor aos produtos
comercializados e serviços prestados; sejam raras; difíceis de imitar e sejam fomentadas e
exploradas por toda a organização.
A leitura direcionada da amostra também proporcionou constatar que há autores que
delineiam os procedimentos de identificação de competências, contudo com pouca riqueza de
detalhes.
Nesse sentido, segundo críticas contidas em três artigos científicos publicados no período
de 2008 a 2009, os autores argumentam que, devido à existência de diversas definições
acadêmicas, há vários modelos e procedimentos estratégicos orientados à identificação das
competências organizacionais, contudo, todas as metodologias sofreriam com confusão conceitual
e com a falta de quadro analítico compreensível.
Mais especificamente, as pesquisas sobre identificação, mapeamento ou avaliação de
competências organizacionais seriam acometidas de quatro problemas metodológicos: i) os
métodos, por vezes, são relatados com pouca clareza e de forma incompleta; ii) as competências
como fenômeno a ser explicado são, por vezes, simplesmente postuladas ao invés de
demonstradas a partir de estudos empíricos; iii) estudos empíricos que utilizam como participantes
os próprios colaboradores de empresas investigadas podem, facilmente, ser tendenciosos, tornando
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as conclusões, no mínimo, tendenciosas; e iv) os instrumentos utilizados, raramente, são
publicados ou relatados de forma adequada, tornando difícil avaliar a confiabilidade e a validade
dos procedimentos aplicados.
No intuito de proporcionar uma visão mais global acerca dos métodos identificados, é
apresentada, no quadro 6, a frequência com que os métodos identificados na análise são citados na
amostra explorada.
Quadro 6 – Frequência dos métodos de identificação de competências organizacionais.
Método Identificado Frequência
Baseado em Prahalad e Hamel (1990) Barney (1991) 6
Baseado em Mills et al. (2002) 3
Adaptado pelo pesquisador, com base em Fleury e Fleury (2001) e Zarifian (2001) 2
Baseado em Javidan (1998) 1
Baseado em Ruas (2005) 1
Baseado em King, Fowler e Zeithaml (2002) 1
Baseado em Fowler et al. (2000) 1
Adaptado pelos pesquisadores, com base em François e colaboradores (1999) 1
Baseado em Prahalad e Hamel (2005); e Fleury e Fleury (2001) 1
Baseado no modelo VRIO; e Hitt, Ireland, Hoskinsson (2001) 1
Baseado no método Dematel 1
Total da Amostra 19
Fonte: elaborado pelos autores.
Foram identificadas também as obras que, apesar de discutirem e abordarem métodos de
identificação de competências essenciais em organizações, não se utilizaram de autores
reconhecidos ou quaisquer outras metodologias já aplicadas, caracterizando-se, desta maneira,
como proposições dos próprios autores dos estudos.
A frequência com que essas proposições identificadas na análise dos trabalhos são citadas
é exibida no quadro 7.
Quadro 7 - Trabalhos que não adotaram métodos já sugeridos pela literatura.
Trabalhos Analisados Frequência
Artigos científicos teóricos ou conceituais 7
Estudos empíricos oriundos de teses e dissertações 4
Total da Amostra 11
Fonte: elaborado pelos autores.
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Nesse caso, sete artigos (três referentes a 2009 e quatro referentes a 2011), caracterizados
como conceituais ou teóricos, trazem novas propostas sobre metodologias. Todos os artigos foram
identificados como conceituais em razão de não apresentarem estudos empíricos que
corroborassem seus argumentos.
Em um artigo de 2011, os autores propõem um método para determinar competências
distintivas em pequenas e médias empresas utilizando para isso de métodos matemáticos
característicos de estudos quantitativos.
Em outro artigo, o autor interroga sobre quais são as competências essenciais da nova
organização industrial do século XXI e, para responder tal questão, sugere analisar as
características, anteriores e atuais, das organizações a partir de três perspectivas: tecnológica,
gerencial e organizacional.
Em um terceiro artigo do ano de 2011 é proposto um modelo de análise de clusters
industriais, com o objetivo de verificar as competências essenciais das organizações envolvidas
nos processos de produção e entrega de bens. Nessa busca, os autores partem da discussão sobre
outsourcing e a identificação de competências não-essenciais.
No quarto e último artigo analisado do ano de 2011, os autores apresentam uma framework
para mapear competências essenciais usando, para isso, três passos: 1) determinar a amplitude das
competências por meio de análise conceitual dos documentos empresariais; 2) criar gráficos que
traduzam a amplitude descoberta; e 3) usar os gráficos como base para entrevistas com gestores
empresariais para confirmação dos resultados alcançados e confirmação das competências
descobertas.
Já em relação ao ano de 2009, em um primeiro artigo, pôde-se depreender que o autor
propôs a aplicação de um modelo estratégico para avaliar as competências organizacionais do
setor público por meio da avaliação de dez critérios: 1) Retain knowledge; 2) Increase control and
Independence; 3) Niche market (Uniqueness); 4) Corporate social responsibility (CSR); 5)
Environmental constraints; 6) Corporate objective/Standards; 7) Statutory/Legal duty; 8) Safety
criticality; 9) Profile/Public image; and 10) Capital investment.
O segundo artigo aborda a proposta de estudos sobre outsourcing e gestão do
conhecimento em indústrias farmacêuticas para cooperar na identificação de competências
essenciais e alavancar estratégias de inovação.
O terceiro e último artigo de 2009 também propõe estudos sobre outsourcing e
competências organizacionais. A partir da aplicação do BPO (sigla em inglês que significa
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Processo de Terceirização do Negócio), os autores indicam que se pode distinguir entre processos
essenciais e processos não-essenciais às organizações, cooperando, dessa forma, na identificação
de competências.
Três dissertações (uma referente a 2008 e duas referentes a 2009) e uma tese (referente a
2009) formam outro grupo de produção que adotam metodologias propostas pelos próprios
autores, porém, nesse caso, adotam estudos empíricos visando validar as proposições.
Uma dissertação do ano de 2008 investigou cinco Organizações Não-Governamentais
(ONGs) localizadas na cidade de João Pessoa (PB), a partir de um estudo de caso múltiplo
aplicado com enfoque exploratório-descritivo. Conforme o autor, o estudo teve como objetivo
analisar a compatibilidade entre as competências organizacionais e as competências individuais
dos colaboradores dessas ONGs concluindo que, principalmente, dado aos avanços na forma de
captação e seleção de pessoas pela via das competências essas organizações caminhavam para a
plena compatibilização entre as diferentes competências.
Outra dissertação publicada no ano de 2009 estudou uma empresa metalúrgica localizada
no Estado do Rio Grande do Sul. Foi verificado que a autora aplicou um estudo de caso com
abordagem exploratória, tendo como base da pesquisa uma perspectiva longitudinal, sendo que a
autora pretendeu analisar o desenvolvimento das competências organizacionais na trajetória de
uma empresa do segmento de manufatura. Os resultados da pesquisa apontaram quatro
competências: i) confiabilidade da marca, ii) capacidade técnica, iii) orientação para o cliente e iv)
gestão de equipe.
Ainda referente ao ano de 2009 outra dissertação pesquisou uma instituição pública ligada
ao Poder Judiciário, baseando-se igualmente em um estudo de caso com abordagem exploratória e
também com caráter longitudinal. Nesse caso, o autor analisou, em especial, o processo de
formação e desenvolvimento de competências organizacionais do Tribunal Regional Eleitoral do
Estado do Rio Grande do Sul e apontou, ao final, três principais competências organizacionais da
instituição, sendo elas: i) qualidade e agilidade no atendimento ao público, ii) qualidade na
execução do processo eleitoral, e iii) capacidade de desenvolvimento tecnológico.
Da mesma forma, em 2009 o autor de uma tese investigou duas instituições de ensino
superior, sendo uma particular, localizada na cidade de São Paulo, e outra pública, localizada na
cidade de Brasília. O estudo foi descrito como uma pesquisa qualitativa exploratória realizada por
meio de um estudo de caso múltiplo, o qual utilizou a abordagem de competências para analisar
como as mudanças ocorridas no cenário educacional brasileiro relacionado à educação à distância
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(EAD) afetaram as instituições de educação superior, além de investigar, também, os impactos
advindos da tomada de decisão pela inserção nesse tipo de modalidade de ensino.
Utilizando-se de entrevistas com diversos atores inseridos no contexto da EAD no Brasil e,
em específico, das organizações participantes da pesquisa, o autor elaborou, como resultado da
investigação, um conjunto composto por 13 competências necessárias ao credenciamento e à
oferta sustentável de EAD.
5 CONCLUSÕES
O estudo abordado neste trabalho proporcionou a compreensão acerca da diversidade de
métodos empregados em pesquisas sobre competências organizacionais.
A produção científica coletada e analisada nesta pesquisa apontou que não há um modelo
ou método consolidado ou reconhecidamente eficaz no tocante à identificação de competências
essenciais em organizações.
Provavelmente também em função dessa realidade, parte dos pesquisadores elaboraram
suas próprias formas e modelos de identificação de competências organizacionais de forma
independente.
Depreende-se da pesquisa que, para identificação das competências organizacionais, a
articulação de core competences com outros temas foram úteis no intuito de proporcionar
sustentação teórica aos trabalhos. Nesse sentido, a teoria de recursos da firma se destacou como
principal base. No entanto, o emprego do conceito de outsourcing surge como um novo aliado,
tendo em vista que processos que são terceirizados, geralmente, não são processos essenciais - os
quais, consequentemente, não possuem características próprias de core competences.
Com base nas análises das principais críticas, conceitualmente, a definição de
competências organizacionais aparenta não ser unificada e nítida, sendo provável que, por essa
razão, os procedimentos e métodos para a devida identificação, mapeamento ou avaliação não
tenham, até o momento, alcançado notória eficácia e eficiência de aplicação.
De modo geral, o campo científico das competências organizacionais apresentou baixa
produtividade científica, quando comparado a outras áreas da Administração, fato este que pode
estar sendo influenciado também pela aparente dificuldade quanto ao estabelecimento de quadros
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analíticos claros, os quais proporcionariam, de forma mais assegurada, maior quantidade de
estudos empíricos.
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