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Métodos especiais de inquirição de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas Uma iniciativa da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Estado de São Paulo

Métodos especiais de inquirição de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas

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Métodos especiais de inquirição de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas. Uma iniciativa da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Estado de São Paulo. Marcos normativos. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Métodos especiais de inquirição de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas

Métodos especiais de inquirição de crianças e adolescentes

vítimas e testemunhasUma iniciativa da Coordenadoria

da Infância e da Juventude do Estado de São Paulo

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Marcos normativos

• Art. 12 da Convenção sobre os direitos da criança: os Estados partes assegurarão à criança que estiver capacitada a formular seus próprios juízos o direito de expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos relacionados com a criança, levando-se em consideração essas opiniões em função da ide e da maturidade criança

• Oportunidade de ser ouvida em todo processo judicial ou administrativo que afete a mesma

• Resolução 20 de 2005 do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas: diretrizes da Justiça em matérias envolvendo crianças vítimas e testemunhas de crime

• Caráter vinculante dessas normas: art. 5º, § 2º, da Constituição Federal

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Razões para implementação de procedimentos especiais de inquirição de

crianças e adolescentes

• Sujeitas a múltiplas e repetidas inquirições: revitimização• Necessidade de sua inquirição para apuração da verdade

em processos• Necessidade de respeito ao direito à defesa dos acusados,

inclusive de eles inquirirem as crianças se elas forem fonte de prova que possa levar à imposição de pena contra eles

• Particular vulnerabilidade e necessidade de proteção, inclusive diante do modelo adversarial da justiça

• Necessidade de se repensar o lugar das vítimas em geral no sistema

• Necessidade de se repensar o modelo de estruturação da Justiça

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Princípios da Resolução

Direito de proteção contra a dureza do processo

• Suporte, inclusive acompanhamento• Segurança sobre o processo, expectativas, planejamento de

participação• Agilidade do processo• Procedimentos sensíveis a crianças, em salas separadas, por

serviços interdisciplinares, com mudança do ambiente das Cortes, recesso durante as inquirições, designação de inquirições em horários adequados para as crianças

• Limitação do número de inquirições com uso de gravação em vídeo• Permanecer separada do ofensor para evitar exame cruzado• Facilitação do testemunho com o suporte de experts em psicologia• Segurança relacionada com profissionais treinados em reconhecer

e prevenir intimidação

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Implementação

• Necessidade de treinamento em avaliação de crise• Especialização em impacto, conseqüências, efeitos

psicológicos e traumas em crianças vítimas de crimes• Métodos de proteção e apresentação de provas e de

questionamento de crianças• Abordagem interdisciplinar e cooperativa, incluindo

protocolos sobre os diferentes estágios do processo judicial para encorajar cooperação e outras formas de trabalho multidisciplinar

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Iniciativas da Coordenadoria da Infância e da Juventude 1

• Constatação da falta de estatísticas do número de crimes contra a criança e o adolescente, seja na polícia, seja na Justiça

• Apresentação de solicitação à Corregedoria Geral de Justiça para inclusão nas Normas de Serviço de classificador para o distribuidor de processos que tenham crianças e adolescentes como vítimas, independentemente da classificação do crime (hoje só há classificador referente aos crimes previstos no ECA)

Page 7: Métodos especiais de inquirição de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas

Iniciativas da Coordenadoria da Infância e da Juventude 2

• Criação de grupo de trabalho interdisciplinar e interinstitucional, com participação de representantes do MP, Defensoria, Núcleo de Apoio do Setor Técnico, Aasptj-sp, CRP, visando a elaboração de um fluxo de atendimento e garantia de direitos, compreensivo, como base para um futuro protocolo de atendimento que melhor garanta respeito aos direitos de crianças, adolescentes, mas também dos ofensores e dos preceitos éticos dos profissionais envolvidos

• Seleção de Varas que poderiam sediar projeto piloto estadual voltadas à avaliação de implementação do projeto e revisão do modelo organizacional das competências

• Prioridade a varas que cumulem competência criminal e da infância e da juventude, procurando-se melhor articular o eixo de responsabilização com o de proteção a crianças e adolescentes

• Articulação dos magistrados criminais com os da infância e da juventude para melhor garantia de direitos

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Iniciativas da Coordenadoria da Infância e da Juventude 3

• Elaboração de projetos e apresentação a parceiros • Discussão, em reuniões de trabalho, para avaliação da melhor e mais avançada

tecnologia para implementação do projeto• Obtenção de financiamento para aquisição dos equipamentos e para treinamento

dos operadores do direito e técnicos do Judiciário Paulista• Compromisso de manutenção de grupo de monitoramento interinstitucional para

avaliação contínua do projeto• Pretensão de se tornar referência nacional em estratégia de implementação e gestão

de modelos mais adequados de atenção de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas em crimes e da própria organização judiciária

• Submissão de sua experiência para apresentação em seminário internacional que se realizará em maio, em Brasília, numa iniciativa da Sedh/WCF/Abmp

• Elaboração de diretrizes a serem apresentadas ao Conselho Superior da Magistratura para revisão do modelo organizacional de competências criminal e da infância e de especialização ao cabo da avaliação do projeto

• Contribuição para a disseminação da experiência pelas demais Varas do Estado, uma vez consolidada

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A visão da Coordenadoria para o futuro

• Necessidade de se construir um olhar fundado na normativa internacional

• Primazia da garantia do direito de crianças e adolescente sobre percepções meramente institucionais e/ou corporativas

• Abertura à construção interinstitucional e multidisciplinar de procedimentos que melhor garantam direitos

• Abertura para aprimoramento de nossas próprias instituições e papéis institucionais (Justiça, Entidades de atendimento, profissionais)

• Postura de construção coletiva e participativa