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Microeletrônica Aula 16 Prof. Fernando Massa Fernandes (Prof. Germano Maioli Penello) http://www.lee.eng.uerj.br/~germano/Microeletronica_2016-2.html Sala 5017 E [email protected] https://www.fermassa.com/Microeletronica.php

Microeletrônica - fermassa.com 16 VF 2018(1).pdf · Descargas eletrostáticas não são um grande problema em regiões ... Download no site da MOSIS ... é um método simples de

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Microeletrônica

Aula 16

Prof. Fernando Massa Fernandes

(Prof. Germano Maioli Penello)

http://www.lee.eng.uerj.br/~germano/Microeletronica_2016-2.html

Sala 5017 E

[email protected]

https://www.fermassa.com/Microeletronica.php

Proteção de descarga eletrostática

Uma grande preocupação na tecnologia CMOS é a proteção dos finos óxidos de porta (GOX) de descargas eletrostáticas.

Descargas eletrostáticas não são um grande problema em regiões úmidas, mas são um enorme problema em regiões secas.

Se, ao segurar um circuito com as mãos, houver uma descarga eletrostática nos terminais, o GOX pode se danificar.

Revisão

Proteção de descarga eletrostática

Circuito de proteção

Se o sinal aplicado está entre VDD e 0V, nenhum dos dois diodos conduzem. Esta adição de componentes não altera o funcionamento normal do circuito.

Se o sinal for maior que VDD + 0.5V ou menor que Terra - 0.5V, os diodos conduzem e fornecem um curto para que a tensão no GOX não seja excessiva.

Revisão

Leiaute dos diodos de proteção

Diodo D1 é construído com a junção pn feita entre o substrato-p (anodo) e o n+ (catodo)D1

O substrato é conectado ao terra e a camada n+ é conectada ao bonding pad.

Conexão do substrato e o n+ devem estar o mais próximo possível para minimizar a resitência em série com o diodo

Maximizar o tamanho do diodo reduz a resistência do diodo e aumenta a capacidade de conduzir corrente, mas aumenta a capacitância de depleção.

v

Revisão

Leiaute dos diodos de proteção

Diodo D1 é construído com a junção pn feita entre o substrato-p (anodo) e o n+ (catodo)D1

O substrato é conectado ao terra e a camada n+ é conectada ao bonding pad.

Conexão do substrato e o n+ devem estar o mais próximo possível para minimizar a resitência em série do diodo

Maximizar o tamanho do diodo reduz a resistência do diodo e aumenta a capacidade de conduzir corrente, mas aumenta a capacitância de depleção.

Revisão

Leiaute dos diodos de proteção

Diodo D2 é construído com a junção pn feita entre o poço-n (catodo) e o p+ (anodo)

D2

A região p+ é conectada ao bonding pad e o poço-n é conectada ao VDD.

Conexão do poço-n e o p+ devem estar o mais próximo possível para minimizar a resitência em série.

Maximizar o tamanho do diodo reduz a resistência do diodo e aumenta a capacidade de conduzir corrente, mas aumenta a capacitância de depleção.

Revisão

Diodos de proteçãoMais realista

Conexões próximas para minimizar a resitência em série parasítica

As áreas dos diodos são grandes

Erro na figura! O pad sempre é feito do último metal! A figura desenhou o pad com metal1

É uma boa prática pegar os pads diretamente com o fabricante CMOS.Download no site da MOSIS

Revisão

Diodos de proteção

Conexões próximas para minimizar a resitência em série parasítica

Erro na figura! O pad sempre é feito do último metal! A figura desenhou o pad com metal1

É uma boa prática pegar os pads diretamente com o fabricante CMOS.

As áreas dos diodos são grandes

Revisão

Packaging - Encapsulamento

O encapsulamento é a etapa final que vai conectar o bonding pad e, consequentemente o circuito CMOS, ao mundo exterior.

Revisão

Chip UERJ – 2015/02Revisão

Resistores, capacitores e MOSFETs

11

Já vimos todas as camadas (máscaras) responsáveis pelo processamento de dispositivos.

Neste momento, veremos em mais detalhes os leiautes de resistores, capacitores e MOSFETs.

Cap. 5 Revisão

Resistores

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Os valores dos resistores e capacitores em um processo CMOS são dependentes da temperatura e da tensão (~10-6/oC).

Coeficiente de temperatura

Coeficiente de temperatura de primeira ordem

TCR1 também varia com a temperatura!

R aumenta com a T

Revisão

Resistores

13

Cálculo SPICE (termo quadrático):

No cálculo a mão, consideramos TCR2 = 0

Revisão

Exercício

14

* Normalmente os testes e as caracterizações dos dispositivos são realizadas na temp de 27oC.

→ (ppm) – partes por milhão

Revisão

Resistores

15

A resistência também se altera com a aplicação de tensão. O coeficiente de tensão é dado por VCR:

V é a tensão média aplicada nos terminais do resistor.

Este fenômeno é observado principalmente por causa da largura da região de depleção entre o poço-n e o substrato que altera a resistência de folha.

Revisão

Exercício

16

Bem menor que a variação devido a temperatura!

Revisão

Exemplo

17

Divisor de tensão. Relacionar Vout e Vin

Em função da temperatura:

Independente da temperatura!

Em função da tensão:

Com

e

Dependente da tensão!

→ Tensão média no resistor.

Revisão

Resistores

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Elemento unitário

Vantagens em utilizar uma série de elementos unitários:•Precisão sobre uma alta faixa de temperatura•Evitar erros devido aos cantos da serpentina•Variação da resistência nominal não afeta a tensão num divisor de tensão

Revisão

Resistores

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Guard ring

Todo circuito de precisão está sujeito a ruídos e interferências do substrato (corrente em circuitos adjacentes influenciando os vizinhos)

O guard ring (implantação de p+ entre os circuitos) é um método simples de reduzir o ruído.

•Mantém o potencial de referência na região do circuito.•Protege o circuito da injeção de portadores indesejados vindos do substrato.

Guard ring num resistor

Revisão

Resistores

20

Leiaute interdigitated

O casamento de valores entre os resistores pode ser melhorado com o design abaixo

Variações na atmosfera do processo em diferentes regiões do substrato são minimizadas.

Note que a orientação dos resistores é a mesma (vertical).

Os resistores tem essencialmente os mesmos efeitos parasíticos.

Revisão

Resistores

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Leiaute common-centroid (centro comum)

O casamento de valores entre os resistores pode ser melhorado também com o design abaixo

Variações na atmosfera do processo em diferentes regiões do substrato são minimizadas.Note que a orientação dos resistores é a mesma (vertical).As variações na atmosfera do processo são distribuídas de modo a serem compensadas nos resistores A e B.

Revisão

Resistores

22

Leiaute common-centroid (centro comum) vs. interdigitated

Resistor A teria 16 e B teria 20

Resistor A teria 18 e B teria 18

Melhor casamento entre os resistores!

Revisão

Exercício

23

→ Valor nominal de um resistor (unitário) deve ser 5kΩ.

Revisão

Exercício

24

→ Valor nominal de um resistor (unitário) deve ser 5kΩ.

→ Da esq para dir varia de 5kΩ (posição 1) até 5,07kΩ (posição 8).

→ Qdo deslocado 7 posições varia 0,07kΩ. → Taxa de variação 0,01kΩ/posição.

Revisão

Exercício

25

Revisão

Resistores

26

Leiaute common-centroid (centro comum)

O Leiaute common-centroid melhora o casamento de MOSFETs e capacitores também!

Revisão

Resistores

27

Elementos dummy (falso, postiço)

Difusão desigual devido a variações de concentração de dopantes levaria a um descasamento entre elementos. O elemento dummy não tem função elétrica nenhuma, ele é normalmente aterrado ou ligado ao VDD em vez de ficarem flutuando.

Revisão

Trabalho 2 – Par CMOSRevisão

Até06/07/18

* BSIM3 models for AMI Semiconductor's C5 process** Don't forget the .options scale=300nm if using drawn lengths* and the MOSIS SUBM design rules** 2<Ldrawn<500 10<Wdrawn<10000 Vdd=5V* Note minimum L is 0.6 um while minimum W is 3 um* Change to level=49 when using HSPICE or SmartSpice

.MODEL NMOS NMOS ( LEVEL = 8+VERSION = 3.1 TNOM = 27 TOX = 1.39E-8+XJ = 1.5E-7 NCH = 1.7E17 VTH0 = 0.6696061+K1 = 0.8351612 K2 = -0.0839158 K3 = 23.1023856+K3B = -7.6841108 W0 = 1E-8 NLX = 1E-9+DVT0W = 0 DVT1W = 0 DVT2W = 0+DVT0 = 2.9047241 DVT1 = 0.4302695 DVT2 = -0.134857+U0 = 458.439679 UA = 1E-13 UB = 1.485499E-18+UC = 1.629939E-11 VSAT = 1.643993E5 A0 = 0.6103537+AGS = 0.1194608 B0 = 2.674756E-6 B1 = 5E-6+KETA = -2.640681E-3 A1 = 8.219585E-5 A2 = 0.3564792+RDSW = 1.387108E3 PRWG = 0.0299916 PRWB = 0.0363981+WR = 1 WINT = 2.472348E-7 LINT = 3.597605E-8+XL = 0 XW = 0 DWG = -1.287163E-8+DWB = 5.306586E-8 VOFF = 0 NFACTOR = 0.8365585+CIT = 0 CDSC = 2.4E-4 CDSCD = 0+CDSCB = 0 ETA0 = 0.0246738 ETAB = -1.406123E-3+DSUB = 0.2543458 PCLM = 2.5945188 PDIBLC1 = -0.4282336+PDIBLC2 = 2.311743E-3 PDIBLCB = -0.0272914 DROUT = 0.7283566+PSCBE1 = 5.598623E8 PSCBE2 = 5.461645E-5 PVAG = 0+DELTA = 0.01 RSH = 81.8 MOBMOD = 1+PRT = 8.621 UTE = -1 KT1 = -0.2501+KT1L = -2.58E-9 KT2 = 0 UA1 = 5.4E-10+UB1 = -4.8E-19 UC1 = -7.5E-11 AT = 1E5+WL = 0 WLN = 1 WW = 0+WWN = 1 WWL = 0 LL = 0+LLN = 1 LW = 0 LWN = 1+LWL = 0 CAPMOD = 2 XPART = 0.5+CGDO = 2E-10 CGSO = 2E-10 CGBO = 1E-9+CJ = 4.197772E-4 PB = 0.99 MJ = 0.4515044+CJSW = 3.242724E-10 PBSW = 0.1 MJSW = 0.1153991+CJSWG = 1.64E-10 PBSWG = 0.1 MJSWG = 0.1153991+CF = 0 PVTH0 = 0.0585501 PRDSW = 133.285505+PK2 = -0.0299638 WKETA = -0.0248758 LKETA = 1.173187E-3+AF = 1 KF = 0)

*

Conteúdo do arquivo C5_models.txt

Capacitores

30

Processos CMOS podem conter uma segunda camada de polisilício chamada poly2.

Importante para:Capacitores poly-polyMOSFETsDispositivos de portas flutuantes (EPROM, memória FLASH, por exemplo)

Capacitores

31

Processos CMOS podem conter uma segunda camada de polisilício chamada poly2.

Importante para:Capacitores poly-polyMOSFETsDispositivos de portas flutuantes (EPROM, memória FLASH, por exemplo)

Muzaffer A. Siddiqi, Dynamic RAM technology advancements, CRC 2013

Capacitores

32

Espessura entre as camadas poly (tox) é a mesma do GOX.

Leiaute e seção reta

C´ox – capacitância específica (por área)

Capacitores

33

Espessura entre as camadas poly (tox) é a mesma do GOX.

Leiaute e seção reta

C´ox – capacitância por área

Capacitância mínima 100 fF (canal longo) e 10 fF (canal curto)

Capacitores

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Parasíticos

A maior capacitância parasítica é a entre o poly1 e o substrato (bottom plate parasitic –parasítico da placa inferior). Pode chegar a 20% do valor de capacitância desejado entre poly1 e poly2.

Capacitores

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Dependência com tensão e temperatura

Coeficiente de temperatura:

Coeficiente de tensão:

MOSFET

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Já sabemos como criar um MOSFET, a partir de agora veremos os detalhes de como otimizar o leiaute de um MOSFET para reduzir os efeitos parasíticos.

MOSFET

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Difusão lateral

O dopante difunde lateralmente criando um MOSFET de comprimento Leff

MOSFET

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A implantação LDD (lightly doped drain) é feita para minimizar a difusão lateral.Depois da LDD é feita a deposição de um espaçador e só então a dopagem p+ ou n+ é realizada.

MOSFET

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A implantação LDD (lightly doped drain) é feita para minimizar a difusão lateral.Depois da LDD é feita a deposição de um espaçador e só então a dopagem p+ ou n+ é realizada.

Imagem mais realística da difusão

MOSFET

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Oxide encroachment (invasão do óxido)

Durante o crescimento do óxido, o FOX invade a região ativa e reduz a área do transistor. Para compensar, o leiaute pode ser aumentado antes de fazer a máscara que define a região ativa.

MOSFET

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Capacitância parasítica de depleção de fonte (S) e dreno (D)

Modelo SPICE:

Não confundir capacitância de depleção (polarização reversa) com capacitância de difusão (polarização direta)!

MOSFET

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Resistência parasítica de fonte e dreno

O comprimento da região ativa aumenta a resistência parasítica em série com o MOSFET, determinada pelo número de quadrados na fonte (NRS) e dreno (NSD)

NRS = comprimento da fonte / largura da fonte

Resistência de folha incluída no modelo SPICE como rsh (confira o valor no processo C5)

MOSFET

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Long-length (Comprimento longo)

O comprimento é obtido pela interseção entre o poly e a região ativa (acompanhando o sentido da corrente).

Veremos adiante no curso que o MOSFET de comprimento longo tem uma resistência efetiva de chaveamento mais elevada

O que está faltando neste leiaute para construir um MOSFET real?

MOSFET

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Large-Width (Largura grande)

O que está faltando neste leiaute para construir um MOSFET real?

A largura é obtida pela interseção entre o poly e a região ativa. (perpendicular ao sentido da corrente)

Largura total é a soma das larguras

Conexão em paralelo

MOSFET

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A mesma abordagem pode ser feita para aumentar o comprimento do MOSFET

Conexão em série

Nomenclatura

larguracomprimento

10/2

MOSFET

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Capacitância parasítica

As capacitância parasíticas de depleção dependem da área da região ativa. Neste desenho, a área do S é maior que a do D.

MOSFET

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Capacitância parasítica

Para obter boa resposta a altas frequências, é desejado que a capacitância maior seja aterrada (para NMOS) ou conectada ao VDD (PMOS)

Maior capacitância

NMOS. Área S maior que D

PMOS.Área S maior que D

Menor capacitância

MOSFET

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Capacitância parasítica

Para obter boa resposta a altas frequências, é desejado que a capacitância maior seja aterrada (para NMOS) ou conectada ao VDD (PMOS)

Verifique qual é a maior resistência no caminho de descarga dos capacitores da figura à direita considerando o MOSFET como chave.

Maior capacitância

NMOS. Área S maior que D

PMOS.Área S maior que D

Menor capacitância

MOSFET

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Capacitância parasítica

Para obter boa resposta a altas frequências, é desejado que a capacitância maior seja aterrada (para NMOS) ou conectada ao VDD (PMOS)

A menor capacitância descarrega pelos dois capacitores (maior resistência no caminho de descarga) enquanto a maior capacitância não carrega nem descarrega (conectada ao terra).

Maior capacitância

NMOS. Área S maior que D

PMOS.Área S maior que D

Menor capacitância

MOSFET

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Capacitância parasítica

Dispositivo operando na região de depleção. Não há canal entre o dreno e fonte.

Capacitância de porta depende da extensão da difusão lateral» Sobreposição entre a área do canal e a difusão lateral

Os parâmetros CGDO (gate-drain overlap capacitance) e CGSO são estipulados no modelo SPICE. Confira os valores no modelo do processo C5.

MOSFET

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Capacitância parasítica

Dispositivo operando na região de inversão forte (strong inversion region)

Capacitância de porta não depende da extensão da difusão lateral» Depende da área do canal

Canal formado entre o dreno e a fonte

MOSFET

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Capacitância parasítica de depleção de fonte (S) e dreno (D)

Modelo SPICE:

Não confundir capacitância de depleção (polarização reversa) com capacitância de difusão (polarização direta)!

MOSFET

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Capacitância parasítica

→ Operando na região de depleção a capacitância de porta depende da extensão da difusão lateral

Capacitância parasítica de depleção de fonte (S) e dreno (D) em relação ao corpo (substrato) → Cj,sd

Capacitância parasítica entre terminais

Entre porta (G) e fonte (S) → CgsEntre porta (G) e dreno (D) → Cgd

→ Operando na região de inversão forte a capacitância de porta não depende da extensão da difusão lateral

MOSFET

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Capacitância parasítica

Os modelos do MOSFET devem incluir capacitâncias entre seus terminais e que essas capacitâncias dependem da região de operação do MOSFET.

Imagem SEM

Quantos transistores temos nesta imagem?