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Pavimentação
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14.03 - Pavimentao
Caractersticas
dos materiais
Estradas de Portugal, S.A.
Caderno de Encargos Tipo Obra
Fevereiro.2009
Caderno de Encargos Tipo Obra
Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 2 / 120
Fevereiro.2009
ndice
14.03 - Pavimentao - Caractersticas dos materiais ....................................... 7
14.03.0 - Materiais constituintes das misturas no ligadas, misturas betuminosas, misturas tratadas com ligantes hidrulicos e beto hidrulico..................................................................................................................... 7
14.03.1 - Materiais para camadas no ligadas ....................................................31
14.03.1.1 - Camada de sub-base .................................................................................31
14.03.1.2 - Camada de base ........................................................................................31
14.03.1.3 - Camada de regularizao..........................................................................31
14.03.1.4 - Camada de regularizao, no enchimento de bermas ............................31
14.03.1.5 - Camada de desgaste em camadas traficadas no revestidas................32
14.03.2 - Materiais para camadas de misturas betuminosas a quente ..........37
14.03.2.1 - Camada de base ........................................................................................41
14.03.2.2 - Camada de ligao ....................................................................................45
14.03.2.3 Camada de regularizao .........................................................................48
14.03.2.4 - Camada de desgaste .................................................................................51
14.03.3 - Materiais para camadas de misturas betuminosas a frio ................57
14.03.3.1- Camada de base .........................................................................................59
14.03.3.2 Camada de ligao ...................................................................................59
14.03.3.3 Camada de regularizao .........................................................................59
14.03.4 Materiais para tratamentos superficiais..............................................63
Caderno de Encargos Tipo Obra
Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 3 / 120
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14.03.4.1 Na plataforma ............................................................................................65
14.03.4.1.2 Em slurry seal ........................................................................................65
14.03.4.1.3 Em revestimento superficial .................................................................65
14.03.5 - Materiais para Camadas de misturas tratadas com ligantes hidrulicos..................................................................................................................71
14.03.5.1 - Camada de sub-base .................................................................................71
14.03.5.2 - Camada de base ........................................................................................72
14.03.5.3 - Camada de regularizao no enchimento de bermas .............................72
14.03.6 - Materiais para camadas de beto hidrulico ......................................80
14.03.6.1 Camada de sub-base ................................................................................83
14.03.6.2 Camada de base........................................................................................83
14.03.6.3 Camada de regularizao, no enchimento de bermas ...........................83
14.03.6.4 - Camada de desgaste .................................................................................83
14.03.7 - Trabalhos especficos dos pavimentos rgidos .................................88
14.03.7.1 - Acabamento da superfcie ........................................................................88
14.03.7.2 - Vares de ao em juntas ...........................................................................88
14.03.7.3 - Execuo de juntas ...................................................................................88
14.03.7.3.1 - Por serragem...........................................................................................88
14.03.7.3.2 - Utilizando outras tcnicas......................................................................88
14.03.7.4 - Selagem de juntas .....................................................................................88
14.03.7.5 - Separao entre a laje da camada de desgaste e a base........................89
Caderno de Encargos Tipo Obra
Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 4 / 120
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14.03.7.6 - Aplicao de produto filmognico de cura ..............................................89
14.03.7.7 - Beto poroso na interface entre a laje e a berma ....................................89
14.03.7.8 - Beto poroso na interface entre a laje e a berma, incluindo dreno .......89
14.03.7.9 - Camada drenante em berma com 0,10 m de espessura .........................89
14.03.7.10 - Impermeabilizao da fundao da berma ............................................89
14.03.7.1 - Acabamento da superfcie ........................................................................89
14.03.7.2 - Vares de ao em juntas ...........................................................................90
14.03.7.3 - Execuo de juntas ...................................................................................91
14.03.7.4 - Selagem de juntas .....................................................................................92
14.03.7.5 - Separao entre a laje da camada de desgaste e a base........................93
14.03.7.6 - Aplicao de produto filmognico de cura ..............................................93
14.03.7.7 - Beto poroso na interface entre a laje e a berma ....................................94
14.03.7.8 - Beto poroso na interface entre a laje e a berma, incluindo berma.......94
14.03.7.9 - Camada drenante em berma com 0,10 m de espessura .........................94
14.03.7.10 - Impermeabilizao da fundao da berma ............................................95
14.03.7.11 - Vigas de ancoragem em pavimento de beto armado contnuo ..........95
14.03.8 - Regas betuminosas de impregnao, colagem ou cura ..................95
14.03.8.1 - Rega de impregnao betuminosa...........................................................95
14.03.8.2 - Rega de colagem .......................................................................................95
14.03.8.3 - Rega de cura ..............................................................................................95
Caderno de Encargos Tipo Obra
Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 5 / 120
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14.03.9 - Trabalhos especiais de pavimentao.................................................95
14.03.9.1 - Fresagem de camadas de pavimentos existentes remoo e transporte a vazadouro dos produtos escavados ou reutilizao, conforme definido em projecto ...................................................................................................96
14.03.9.2 - Saneamentos em pavimentos existentes, incluindo escavao, remoo e transporte a vazadouro dos produtos escavados, eventual indemnizao por depsito e o preenchimento de acordo com o definido em projecto ........................................................................................................................96
14.03.9.3 - Escarificao/demolio e recompactao de pavimentos existentes, de acordo com a espessura definida em projecto .................................96
14.03.9.4 - Enchimento em agregado britado de granulometria extensa, para regularizao e/ou reperfilamento de pavimentos existentes..................................96
14.03.9.5 - Selagem e/ou elemento retardador da propagao de fissuras em pavimentos ..................................................................................................................96
14.03.9.6 - Reposio de pavimentos, designadamente em zonas de abertura de valas para instalao de redes de servios pblicos ou outros .......................102
14.03.9.7 - Pavimentao de passeios, separadores ou ilhas direccionais, incluindo fundao....................................................................................................102
14.03.9.8 - Remoo de pavimentos existentes, incluindo fundao e lancis, carga, transporte e colocao em vazadouro dos produtos sobrantes e eventual indemnizao por depsito .......................................................................103
14.03.9.9 - Enchimento e regularizao de bermas em solos seleccionados .......103
14.03.9.10 - Ranhuragem transversal para melhoramento das condies de drenagem superficial, com profundidade mdia de 1 a 3 cm e 0,8 cm de largura. .......................................................................................................................103
Caderno de Encargos Tipo Obra
Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 6 / 120
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14.03.10 Misturas recicladas .............................................................................104
14.03.10.1 Mistura reciclada in situ a frio, na espessura definida no projecto: .....................................................................................................................104
14.03.10.1.1 Mistura reciclada in situ com cimento ..........................................104
14.03.10.1.2 Mistura reciclada in situ com emulso .........................................104
14.03.10.2 Mistura reciclada a quente em central.................................................104
14.03.10.3 Mistura reciclada semi-quente em central ..........................................104
Caderno de Encargos Tipo Obra
Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 7 / 120
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14.03 - Pavimentao - Caractersticas dos materiais
14.03.0 - Materiais constituintes das misturas no ligadas, misturas betuminosas, misturas tratadas com ligantes hidrulicos e beto hidrulico
Nas rubricas que abrangem requisitos relativos aos diferentes materiais so especificadas as propriedades requeridas, os valores limite associados, os respectivos mtodos de ensaio descritos nas diferentes normas e documentos aplicveis.
1. Solos
Os solos aqui referidos so materiais a utilizar em camadas no ligadas e a tratar com ligantes hidrulicos (cimento e cal).
Os solos a utilizar devero estar isentos de matria orgnica, de materiais expansivos e de quaisquer outros produtos prejudiciais que possam afectar a ligao com o ligante e influenciar os tempos de presa e o desenvolvimento da resistncia da mistura.
Os solos a empregar nas misturas tratadas com ligantes hidrulicos (usualmente designadas por solo-cimento ou solo-cal) devero obedecer aos requisitos definidos nas Normas Europeias:
EN 14227-10 Hydraulically bound mixtures Specifications Part 10: Soil treated by cement;
EN 14227-11 Hydraulically bound mixtures Specifications Part 11: Soil treated by lime.
Os requisitos exigidos aos solos para as diferentes aplicaes so indicados nos Quadros 14.03.1a e 14.03.5b.
2. Agregados
De acordo com as definies constantes das Normas Europeias, agregado o material granular utilizado na construo e pode ser natural, artificial ou reciclado. Um agregado natural um agregado de origem mineral que foi sujeito apenas a processamento
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Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 8 / 120
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mecnico. O agregado artificial um agregado de origem mineral resultante de um processamento industrial compreendendo modificaes trmicas ou outras. Um agregado reciclado um agregado resultante do processamento de materiais inorgnicos anteriormente utilizados na construo.
2.1 Agregados naturais
Os agregados naturais a aplicar nos diversos tipos de misturas, devem apresentar-se homogneos e no devem conter matria orgnica ou quaisquer substncias estranhas, tais como madeira, vidro e plstico que afectem as misturas. Devem ser pouco susceptveis meteorizao e apresentarem-se sos ou pouco alterados (de acordo com os critrios propostos pela Sociedade Internacional de Mecnica das Rochas - ISRM).
Para todas as aplicaes deve ser efectuado um exame petrogrfico dos agregados para classificao geral, de acordo com a NP EN 932-3 Descrio petrogrfica simplificada. As Normas Europeias que definem os requisitos aplicveis aos agregados so:
NP EN 12620 Agregados para beto; NP EN 13043 Agregados para misturas betuminosas e tratamentos superficiais
para estradas, aeroportos e outras reas de circulao; NP EN 13242 Agregados para materiais no ligados ou tratados com ligantes
hidrulicos utilizados em trabalhos de engenharia civil e na construo rodoviria;
NP EN 13285 Misturas no ligadas. Especificaes.
Os requisitos exigidos aos agregados para as diferentes aplicaes so indicados nos Quadros 14.03.1b, 14.03.2c, 14.03.2f, 14.03.2i, 14.03.2m, 14.03.3a, 14.03.4a, 14.03.5d, 14.03.5e, 14.03.6b.
2.2 Agregados reciclados Com o objectivo de contribuir para uma construo sustentvel e pelo facto de Portugal estar a implementar politicas dirigidas gesto dos resduos de construo e demolio,
Caderno de Encargos Tipo Obra
Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 9 / 120
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Decreto-lei n. 46/2008, urge a necessidade de definir os requisitos exigidos para a aplicao destes agregados em camadas de base e sub-base no ligadas de pavimentos rodovirios. Os agregados reciclados includos no presente Caderno de Encargos restringem-se aos resduos de construo e demolio (RCD), catalogados no captulo 17 da Lista Europeia de Resduos, LER (Portaria n. 209/2004), a aplicar nas camadas granulares no ligadas. Tais agregados caracterizam-se por uma composio muito diversificada devido sua origem (construo, reabilitao, demolio) e s prticas locais de construo. obrigatria uma apropriada triagem e seleco de modo a valorizar-se os resduos e torn-los agregados de qualidade. Na sua composio deve ser evitada a presena de materiais prejudiciais para o meio ambiente ou que afectem o desempenho das obras. A suspeita de presena alcatro em resduos de misturas betuminosas deve ser objecto de ensaios especficos com vista sua despistagem.
Para as aplicaes previstas neste caderno de encargos, os agregados reciclados devem ser identificados relacionando-os com a proporo de cada um dos tipos de constituintes dos agregados grossos, que deve ser determinada de acordo com o estabelecido na norma EN 933-11 Tests for geometrical properties of aggregates. Part11- Classification test for the constitents of coarser recycled aggregate. Para efeitos de utilizao em camadas no ligadas de pavimentos rodovirios, os agregados reciclados so classificados em trs categorias: AGER1, AGER2 e AGER3 e por uma classe: B ou C, em funo da sua composio.
No quadro 14.03.0-2a apresenta-se a classificao dos agregados reciclados:
Quadro 14.03.0-2a Classificao dos agregados reciclados de acordo com a natureza dos
constituintes da fraco grosseira
Categoria dos constituintes (EN 13242 + A1) Classe
RC +RU+RG Rg Rb Ra FL X
B 90% 5% 10% 5% 5% 1%
C 50% 5% 10% 5% 5% 1%
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Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 10 / 120
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CONSTITUINTES (EN 933-11): RC beto, produtos de beto e argamassas; RU agregados no ligados, pedra natural, agregados tratados com ligantes hidrulicos; RA - materiais betuminosos; RB elementos de alvenaria de materiais argilosos (tijolo, ladrilhos, telhas, etc.), elementos de alvenaria de silicatos de clcio e beto celular no flutuante; RG vidro; FL material flutuante em volume; X Outros materiais coersivos (por ex. solos argilosos), plsticos, borrachas, metais (ferrosos e no ferrosos) e matrias no flutuantes e estuque.
A identificao dos agregados reciclados feita atravs da indicao do produtor, do local de produo, das siglas da classe e categoria a que pertence e da granulometria (d/D), sendo possvel incluir outras informaes suplementares.
As Referncias Normativas que definem os requisitos aplicveis aos agregados so:
EN 933-11 Tests for geometrical properties of aggregates. Part 11: Classification test for the constituents of coarse recycled aggregate;
EN 12457-4 Characterisation of waste. Leaching - Compliance test for leaching of granular waste materials and sludges. Part4: One stage batch test at a liquid to solid ratio of 10 l/kg for materials with high solid content and with particle size below 10mm (without or with size reduction);
EN 13242 + A1 Aggregates for unbound and hydraulically bound materials for use in civil engineering work and road construction;
NP EN 933-1 Ensaios das propriedades geomtricas dos agregados Parte 1: Anlise granulomtrica. Mtodo de peneirao.
NP EN 933-5 Ensaios das propriedades geomtricas dos agregados Parte 5: Determinao da percentagem de superfcies esmagadas e partidas nos agregados grossos;
NP EN 933-9 Ensaios das propriedades geomtricas dos agregados Parte 9: Determinao do teor de finos Ensaio do azul de metileno;
NP EN1097-1 Ensaios das propriedades mecnicas e fsicas dos agregados. Parte 1: Determinao da resistncia ao desgaste (micro-Deval);
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Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 11 / 120
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NP EN1097-2 Ensaios das propriedades mecnicas e fsicas dos agregados. Parte 2: Mtodos para a determinao da resistncia fragmentao
NP EN 1744-1 Ensaios para a determinao das propriedades mecnicas qumicas dos agregados. Parte 1: Anlise qumica.
NP EN 13285 Misturas no ligadas. Especificaes;
LNEC E 471 Guia para a utilizao de agregados reciclados em betes de ligantes hidrulicos;
LNEC E 472 - Guia para a reciclagem de misturas betuminosas em central; LNEC E 474 - Guia para a utilizao de materiais reciclados provenientes de
resduos de construo e demolio em aterro e em camada de leito de infra-estruturas de transporte.
Os requisitos exigidos aos agregados reciclados para as aplicaes previstas neste Caderno de Encargos so indicados no Quadro 14.03.1b.
2.2.1 Campo de aplicao
Os agregados reciclados de granulometria extensa do tipo AGER1, AGER2 ou AGER3 sero utilizados em camadas de sub-base e de base de pavimentos, de acordo com os campos de aplicao definidos no quadro 14.03.0-2b:
Quadro 14.03.0-2b: Campos de aplicao dos agregados reciclados Categoria AGER1 AGER2 AGER3
Natureza dos constituintes C B C B B
Aplicao em camada de sub-base - TMDp 50 150 150 300 300
Aplicao em camada de base - TMDp NR 150 150 1 50 300
Legenda:
TMDp Trfego Mdio Dirio de Pesados por Via
NR - No Recomendado.
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Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 12 / 120
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3. Fler
A designao fler atribuda a todo o agregado cuja maior parte passa no peneiro de 0,063 mm e que pode ser adicionado aos materiais de construo para lhes conferir certas propriedades.
Os fleres utilizados no fabrico de misturas betuminosas a quente e de beto hidrulico para camadas de desgaste devero cumprir os requisitos especficos deste caderno de encargos e que so apresentados no Quadro 14.03.0-3a e no Quadro 14.03.0-3b e de igual modo estar em conformidade com os requisitos gerais das normas NP EN 13043 - Agregados para misturas betuminosas e tratamentos superficiais para estradas, aeroportos e outras reas de circulao e NP EN 12620 - Agregados para beto. Nas restantes aplicaes em que seja necessria a utilizao de fler devero tambm ser cumpridas as especificaes apresentadas neste item, em tudo o que for aplicvel.
O fler pode resultar do processo de fabrico da mistura betuminosa, por recuperao dos finos por meio de sistemas adequados fler recuperado ou ser produzido em separado numa instalao industrial segundo um processo controlado fler comercial. Os dois tipos de fleres devero ser de origem mineral. O fler recuperado pode ser de qualquer natureza petrogrfica, pois depender da natureza petrogrfica do agregado utilizado para o fabrico da mistura betuminosa. O fler comercial dever ser de natureza calcria, cimento do tipo Portland, cal hidrulica ou cinzas volantes.
O fornecimento do fler comercial ou do fler recuperado que entre no circuito comercial dever ser acompanhado da ficha tcnica do produto, com a respectiva marcao CE. Nos Quadros 14.03.0-3a e 14.03.0-3b apresentam-se as propriedades que as fichas tcnicas referentes aos fleres a incluir em misturas betuminosas e em beto hidrulico devero apresentar, definidas de acordo com as normas de produto NP EN 13043 e NP EN 12620.
Para todas as misturas betuminosas sempre que o fler recuperado no satisfaa os requisitos do Quadro 14.03.0-3b, nomeadamente os vazios do fler seco compactado (Rigden) dever ser adicionada a quantidade de fler comercial necessria para que a composio fler recuperado/fler comercial satisfaa os requisitos pretendidos.
Caderno de Encargos Tipo Obra
Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 13 / 120
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Para o fabrico de beto hidrulico exige-se que o fler seja comercial e de natureza calcria.
Dada a importncia das caractersticas do fler, aps a sua aprovao, no poder o Adjudicatrio proceder sua alterao sem prvio acordo da Fiscalizao. Caso haja acordo da Fiscalizao, a alterao implica necessariamente novos estudos de composio das misturas afectadas pela eventual mudana que devero ser de novo submetidas a aprovao.
Quadro 14.03.0-3a - Requisitos granulomtricos para o fler
Percentagem acumulada do material passado
Dimenso dos peneiros (mm) Norma de ensaio
Limites inferiores e superiores para resultados
individuais
Amplitude mxima da granulometria declarada
pelo produtor (a)
2 100
0,125 85 - 100 10
0,063
EN 933-11
70 - 100 10
(a) Ver norma NP EN 13043, seco 5.2.1
Quadro 14.03.0-3b - Requisitos qumicos e fsicos para o fler Utilizaes
Requisitos/Propriedades Norma de ensaio Unidade
Fleres para misturas betuminosas e tratamentos superficiais com ligantes
betuminosos NP EN 13043
Fleres para beto NP EN 12620
Especificidades da utilizao
Poder ser fler recuperado ou fler comercial sendo que este
ltimo dever ser constitudo por p de calcrio ou cimento Portland
Fler comercial constitudo por p de calcrio
Generalidades Deve apresentar-se seco e isento de torres provenientes de agregao de partculas e de substncias prejudiciais.
Massa volmica das partculas NP EN 1097-7 Mg/m3 Valor declarado
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Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 14 / 120
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Continuao do Quadro 14.03.0-3b - Requisitos qumicos e fsicos para o fler Teor em gua EN 1097-5 % em
massa 1 NR
Vazios do fler seco compactado (Rigden) EN 1097-4 % 28/38 NA
Perda ao fogo das cinzas volantes EN1744-1 seco 17
% em massa
Amplitude valores declarados pelo produtor 6
Massa volmica das partculas do fler comercial
NP EN 1097-7 Mg/m
3
Amplitude valores declarados pelo produtor 0,2
Massa volmica aparente em querosene NP EN 1097-3 anexo B
Mg/m3 Amplitude valores declarados pelo produtor entre 0,5 e 0,9
Ensaio Blaine EN 196-6 m2/kg Amplitude valores declarados pelo produtor 140
NR
Qualidade dos finos - valor de azul metileno NP EN 933-9 g/kg MBF10 MB 2
Teor de cloretos NP EN 1744-1
seco 7 % NR 0,03 % (1)
Sulfatos solveis em cido NP EN 1744-1
seco 12 % em massa
NR AS0,2 (determinado apenas se S> 0,08 %)
Enxofre total NP EN 1744-1
seco 11
% em massa
NR S 1% em massa; na presena de pirrotite: 0,1% S
Constituintes que alteram o tempo de presa e a resistncia do beto - presena de matria orgnica
NP EN 1744-1
seco 15.1 NR
Cor da soluo mais clara que a de referncia (2)
Constituintes que afectam a estabilidade volumtrica das escrias de alto-forno arrefecidas ao ar - para fler de escria de alto-forno - desintegrao do silicato biclcio
EN 1744-1 seco 19.1
Constituintes que afectam a estabilidade volumtrica das escrias de alto-forno arrefecidas ao ar - para fler de escria de alto-forno - desintegrao do ferro
EN 1744-1 seco 19.2
Sem desintegrao
(1) - O teor de cloretos deve ser somado aos dos outros constituintes do beto de forma a que se verifique o estipulado na seco 5.2.7 da NP EN 206-1 (2) - O requisito para esta propriedade considera-se ainda satisfeito se a cor da soluo obtida segundo a seco 15.2 da NP EN 1744-1 for mais clara que a cor de referncia B (Tabela 2, seco 15.2.6 da NP EN 1744-1)
4. Ligantes betuminosos
No mbito do presente volume relativo pavimentao, Ligante Betuminoso um material adesivo contendo betume que pode estar sob a forma de no modificado, modificado ou emulsionado.
Betume um material praticamente no voltil, adesivo e impermevel gua, derivado do petrleo bruto, ou presente no asfalto, que completamente ou quase todo solvel em tolueno e muito viscoso e quase slido temperatura ambiente.
Os ligantes betuminosos abrangem os seguintes tipos:
Betumes de pavimentao
Caderno de Encargos Tipo Obra
Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 15 / 120
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Betumes modificados
Betumes duros
Betumes especiais modificados com borracha reciclada de pneus (bb) Emulses betuminosas
O fornecimento do ligante dever ser acompanhado da ficha tcnica do produto, relativa
ao lote de fabrico. As propriedades que devem constar na referida ficha tcnica so
indicadas nos Quadros 14.03.0-4a, 14.03.0-4b, 14.03.0-4c, 14.03.0-4d, 14.03.0-4e,
14.03.0-4g, 14.03.0-4h, 14.03.0-4i, definidos de acordo com as normas aplicveis.
Qualquer proposta de alterao pelo Adjudicatrio ao tipo de betume definido em Projecto de Execuo, deve ser devidamente justificada e submetida aprovao da Fiscalizao.
4.1 Betumes de pavimentao
Os betumes de pavimentao, obtidos por processos de refinao do petrleo bruto,
devem cumprir os requisitos da Norma Europeia EN 12591 Bitumen and bituminous
binders Specifications for paving grade bitumens, a qual especifica as propriedades e
os respectivos mtodos de ensaio adequados para a caracterizao deste tipo de
betumes.
O Projecto de Execuo Volume relativo Pavimentao deve definir o tipo de betume em funo da mistura betuminosa a utilizar no pavimento, enquadrados na EN
12591.
No presente caso so considerados os betumes de pavimentao 35/50 e 50/70
aplicveis a todas as misturas betuminosas.
O Quadro 14.03.0-4a especifica os requisitos dos betumes de pavimentao.
Caderno de Encargos Tipo Obra
Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 16 / 120
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Quadro 14.03.0-4a - Requisitos/Propriedades dos betumes de pavimentao
35/50 50/70
Requisitos Propriedades Referncia normativa Unidade
Aplicvel a todas as misturas
betuminosas, preferencialmente na rede principal
Aplicvel a todas as misturas betuminosas
Consistncia a temperatura
de servio intermdia Penetrao a 25 C EN 1426 0,1 mm 35 - 50 50 - 70
Consistncia temperatura
de servio elevada
Temperatura de
amolecimento EN 1427 C 50 - 58 46 - 54
Variao de massa, mxima EN 12607-1 % 0,5
ou Penetrao retida, 25C
EN 12607-1 Anexo A % 53
Durabilidade, Resistncia ao envelhecimento, (RTFOT) a 163 C (RTFOT):
ou Aumento da Temp. de
amolecimento EN 12607-1 C 8 9
Ponto de inflamao EN ISO
2592 C 240 230
Ponto de fragilidade
de Fraass EN 12593 C -5 -8
Viscosidade
Cinemtica (135) EN 12595 mm2/s 370 295
Teor em parafinas EN 12591 % (m/m) 2,2
Outros Requisitos
Solubilidade EN 12592 % 99,0
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4.2 Betumes modificados
As caractersticas deste betume devem estar de acordo com a Norma Europeia EN 14023 Bitumen and bituminous binders Framework Specification for polymer modified bitumens. O betume modificado um betume cujas propriedades reolgicas foram modificadas durante o fabrico pela utilizao de um ou mais agentes qumicos. No presente caso so considerados os seguintes betumes modificados: PMB 10/40, PMB 25/55, PMB 45/80 e PMB 65/105 a empregar, pelo menos, em misturas betuminosas drenantes, e em misturas betuminosas rugosas, devendo o projecto indicar o tipo de betume a utilizar.
As especificaes a respeitar para estes tipos de betumes modificados so as do Quadro 14.03.0-4b.
Quadro 14.03.0-4b - Requisitos/Propriedades dos betumes modificados
Requisitos Propriedades Referncia normativa Unid. PMB 10/40 PMB 25/55 PMB 45/80 PMB 65/105
Consistncia a temperatura de servio intermdia
Penetrao a 25 C EN 1426 0,1 mm
Classe 2 (10 - 40)
Classe 3 (25 - 55)
Classe 4 (45 - 80)
Classe 6 (65 -105)
Consistncia temperatura de servio elevada
Temperatura de amolecimento EN 1427 C
Classe 5 ( 65)
Classe 7 ( 55)
Classe 2 ( 80)
Coeso Fora de
ductilidade (traco baixa
velocidade) EN 13589 EN 13703 J/cm
2 -
Classe 3 ( 2) (5C)
Classe 2 ( 3) (5C) Classe 6
( 2) (10C) -
Variao de massa, mxima
EN 12607-1 EN 12607-3 %
Classe 2 ( 0,3)
Penetrao, 25C, 1/10 mm EN 1426 0,1 mm
Classe 7 ( 60)
Durabilidade, Resistncia ao envelhecimento, (RTFOT) a 163 C (RTFOT):
Aumento da Temp. de amolecimento EN 1427 C
Classe 2 ( 8)
Temperatura de inflamao EN ISO 2592 C
Classe 3 ( 235)
Ponto de fragilidade de
Fraass EN 12593 C Classe 3
( -5) Classe 5 ( -10) Outros Requisitos
Recuperao elstica a 25C EN 13398 %
Classe 3 ( 70)
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Continuao do Quadro 14.03.0-4b Requisitos/Propriedades dos betumes modificados
Requisitos Propriedades Referncia normativa Unid. PMB 10/40 PMB 25/55 PMB 45/80 PMB 65/105
EN 13399 Estabilidade ao armazenamento,
(diferena de temp. de
amolecimento) EN 1427
C Classe 2
( 5)
EN 13399
Estabilidade ao armazenamento,
(diferena na penetrao)
EN 1426
0,1 mm Classe 2
( 9)
4.3 Betumes duros
As caractersticas do betume devero estar de acordo com a Norma Europeia EN 13924 Bitumes and bituminous binders, Specifications for hard paving grade bitumens. O betume duro de pavimentao utilizado no fabrico de misturas betuminosas de alto mdulo.
As especificaes a respeitar para estes tipos de betumes duros so as do Quadro 14.03.0-4c.
Quadro 14.03.0-4c Requisitos/Propriedades dos betumes duros
10/20
Requisitos/Propriedades Referncia normativa Unidade Classe Aplicvel s
misturas betuminosas de
alto mdulo
Consistncia temperatura de servio intermdia Penetrao a 25 C
(a) EN 1426 0,1 mm 3 10 a 20
Temperatura de amolecimento (b) EN 1427 C 4 60 a 76
(b)
Consistncia temperatura de servio elevada
Viscosidade dinmica a 60 EN 12596 Pa.s 0 NR
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Continuao do Quadro 14.03.0-4c Requisitos/Propriedades dos betumes duros
10/20
Requisitos/Propriedades Referncia normativa Unidade Classe Aplicvel s
misturas betuminosas de
alto mdulo
Variao de massa EN 12607-1 ou 3 % 0,5
Penetrao retida EN 1426 % 55
Aumento da Temperatura de amolecimento
EN 1427 C 10
Durabilidade (Resistncia ao envelhecimento a 163 C, EN 12607-1) (c)
ndice de penetrao antes do ensaio (i.e. no betume original)
Clculo de IP
(ver Anexo A da Norma) -
2
de -1,5 a +0,7
Viscosidade cinemtica a 135 C EN 12595 mm
2/s 3 700
Ponto de fragilidade de Fraass EN 12593 C 1 TBR
Ponto de inflamao EN ISO 2592 C 3 245
Outras Propriedades (d)
Solubilidade EN 12592 % 2 99,0
NR - Sem Requisitos.
TBR - Nvel ou intervalo A Reportar pelo fornecedor, esta classe no dever ser utilizada para efeitos de marcao regulamentar.
(a) - Os graus so designados pelo intervalo de penetrao nominal a 25 C. (b) - Uma gama de temperaturas de amolecimento reduzida, de 5 C, em torno de um valor intermdio, dever ser declarada pelo fornecedor; a gama total dever situar-se dentro da gama indicada nas tabelas.
(c) - Apenas se utilizar o RTFOT para efeitos de arbitragem. (d) - Estas propriedades adicionais no so parte das caractersticas essenciais mandatadas mas tm sido consideradas teis na especificao de betumes para pavimentao de grau duro em alguns casos.
4.4 Betumes especiais modificados com borracha reciclada de pneus (BB)
O ligante betuminoso modificado com borracha reciclada de pneus usados (BB) poder ser utilizado no fabrico de misturas betuminosas abertas, rugosas, constituindo interface anti-fissuras, ou argamassas betuminosas com betumes modificados.
Os betumes modificados com borracha reciclada de pneus podem ser de trs tipos: baixa viscosidade, mdia viscosidade e alta viscosidade.
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4.4.1 Betumes de baixa e mdia viscosidade
BBB Betume de baixa viscosidade modificado com granulado de borracha (inferior a 8% em relao massa total do ligante);
BBM Betume de mdia viscosidade modificado com granulado de borracha (8 a 15 % em relao massa total de ligante);
Os betumes especiais, modificados com borracha reciclada de pneus de baixa e mdia percentagem de granulado de borracha (respectivamente, menor que 8% e de 8 a 15 % em relao massa total de ligante) so estveis ao armazenamento e so geralmente produzidos em fbrica prpria.
O sistema de armazenagem dos betumes modificados com borracha estveis ao armazenamento deve estar provido dos meios necessrios para garantir a sua estabilidade e o fornecimento do material na obra deve ser acompanhado de certificados de origem e ficha tcnica, bem como do boletim de ensaios que caracterize o lote de fabrico.
O Quadro 14.03.0-4d especifica os requisitos/propriedades para os BBB a utilizar no fabrico de misturas betuminosas.
O Quadro 14.03.0-4e especifica os requisitos/propriedades para os BBM a utilizar no fabrico de misturas betuminosas.
Quadro 14.03.0-4d - Requisitos/Propriedades dos BBB Valores nominais declarados pelo
fabricante Requisitos/Propriedades
Referncia normativa
Unidade Betume base
35/50 Betume base
50/70
Viscosidade cinemtica, a 135C, mn EN 12595 mm2 /s 370 295
Penetrao, 25C, 100g, 5 s EN 1426 0,1 mm 35 a 50 50 a 70
Temperatura de amolecimento pelo mtodo de anel e bola, mn EN 1427 C 58 53
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Continuao do Quadro 14.03.0-4d - Requisitos/Propriedades dos BBB Valores nominais declarados pelo
fabricante Requisitos/Propriedades
Referncia normativa
Unidade Betume base
35/50 Betume base
50/70
Variao de massa, mx. % + 1,0
Var. penetrao, 25C, 100g, 5s, mn. % 65 60
Var. temp. de amolecimento, mn. C 4 5
Durabilidade, Resistncia ao envelhecimento, (RTFOT) a 163 C (RTFOT):
Var. temp. de amolecimento, mx.
EN 12607-1
C 8 10
Recuperao elstica, a 25C, mn. (modificada, para um alongamento de 20 cm), mn EN 13398 % 10
Diferena no valor na temperatura de amolecimento, mx.
C 5 Estabilidade ao armazenamento
Diferena no valor da penetrao, mx.
EN 13399
0,1 mm 10
Quadro 14.03.0-4e - Requisitos/Propriedades dos BBM Valores nominais declarados
pelo fabricante Requisitos/Propriedades Referncia
normativa Unidade Betume base 35/50
Betume base 50/70
Viscosidade cinemtica, a 135C EN 12595 mm2 /s 310 150
Penetrao, 25C, 1/10 mm EN 1426 0,1 mm 35 a 50 50 a 70
Temperatura de amolecimento pelo mtodo de anel e bola EN 1427 C 65 58
Variao de massa, mx. % + 8,0 + 1,0
Var. penetrao, 25C, 100g, 5s, mn. % 70 65
Var. temp. de amolecimento, mn. C 4C 5C
Durabilidade, Resistncia ao envelhecimento, (RTFOT) a 163 C (RTFOT):
Var. temp. de amolecimento, mx.
EN 12607-1
C + 8C + 10C
Recuperao Elstica, a 25C, mn. (modificada, para um alongamento de 20 cm) EN 13398 % 15 20
Diferena no valor na temperatura de
amolecimento, mx. C 5
Estabilidade ao armazenamento
Diferena no valor da penetrao, mx.
EN 13399
0,1 mm 8 10
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4.4.2 Betumes de alta viscosidade BBA - Betume de alta viscosidade modificado com granulado de borracha
(superior a 18 % em relao massa total de ligante).
Os betumes especiais, modificados com alta percentagem de borracha reciclada de pneus, no so estveis ao armazenamento e so produzidos em obra na altura de fabrico das misturas betuminosas.
Betume base
Para o fabrico do BBA, o betume base a modificar geralmente um betume de classe 35/50 ou 50/70, conforme a Norma Europeia EN 12591, seleccionado em funo das caractersticas exigidas no projecto.
Granulado de borracha
O granulado de borracha a utilizar no fabrico destes betumes obtido a partir da reciclagem de borracha de pneus, 100% vulcanizada, devendo possuir um contedo de borracha natural elevado e possuir as seguintes caractersticas:
Teor em fibra mximo de 0,1% (ASTM D 5603); Teor em ao mximo de 0,3% (ASTM D 5603); Teor em gua mximo de 2% (ASTM D 1864).
Deve ainda ser respeitado o fuso granulomtrico indicado no Quadro 14.03.0-4f.
Quadro 14.03.0-4f Fuso granulomtrico do granulado de borracha
Dimenso nominal das aberturas dos peneiros (mm) EN 933-2
Percentagem acumulada de material que passa (%)
1,18 100
1 98 - 100
0,5 60 - 94
0,25 5 - 25
0,063 0 - 3
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As caractersticas acima referenciadas bem como a curva granulomtrica tpica que caracteriza o lote de fornecimento, devem ser declaradas pelo fornecedor de borracha no certificado da qualidade a entregar com o produto.
Betume modificado com alta percentagem de borracha - BBA
O sistema de fabrico dos betumes modificados com borracha produzidos em obra deve cumprir as especificaes particulares estabelecidas para o fabrico e processo construtivo.
O Quadro 14.03.0-4g especifica os requisitos/propriedades para os BBA a utilizar no fabrico de misturas betuminosas.
Quadro 14.03.0-4g- Requisitos/Propriedades dos BBA Valores nominais declarados
pelo fabricante Requisitos/Propriedades Referncia
normativa Unidade Betume base 35/50
Betume base 50/70
Viscosidade aparente, a 175C (viscosmetro Brookfield com thermosel, haste SC4-27, 20rpm) EN 13302 mPa.s 2500 a 4500
Viscosidade aparente, sada do tanque de reaco, a 175C (viscosmetro Haake) _ Cp 3500 a 5000
Penetrao, 25C, 1/10 mm EN 1426 0,1 mm 15 a 30 20 a 35
Temperatura de amolecimento pelo mtodo de anel e bola EN 1427 C 68 65
Variao de massa, mxima % + 8,0
Var. penetrao, 25C, 100g, 5s, mn. % 60
Durabilidade, Resistncia ao envelhecimento, (RTFOT) a 163 C (RTFOT): Var. temp. de
amolecimento, mx.
EN 12607-1
% 12
Recuperao elstica, a 25C, mn. (modificada, para um alongamento de 10 cm) EN 13398 % 75
4.5 Emulses betuminosas catinicas
As emulses devero estar de acordo com Norma Europeia EN 13808 Bitumen and bituminous binders, Framework for specifying cationic bituminous emulsions, que especifica os requisitos tcnicos e classes de desempenho.
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A designao das emulses traduz-se numa expresso alfanumrica, que indica as caractersticas mais importantes das emulses betuminosas catinicas nomeadamente, a carga das partculas de betume, o teor nominal de betume residual, o tipo de ligante e o valor de rotura.
Refira-se como exemplo uma emulso do tipo C 40 B 3, que corresponde a uma emulso catinica clssica com teor nominal de betume residual 40, da classe de rotura 3.
Existem dois tipos de emulses: as clssicas e as modificadas.
4.5.1 Emulses betuminosas clssicas (Quadro 14.03.0-4h) Para regas de impregnao em bases granulares;
Para regas de colagem;
Em revestimentos superficiais betuminosos;
Em estabilizao de bases;
Na cura de sub-bases e bases tratadas com ligantes hidrulicos;
Em misturas betuminosas.
Quadro 14.03.0-4h - Requisitos/Propriedades das emulses betuminosas clssicas
Regas de impregnao
em bases granulares
(Rotura lenta)
Regas de colagem e
cura de sub-bases e bases tratadas com
ligantes (Rotura rpida)
Revestimentos superficiais
betuminosos (Rotura rpida)
Misturas a frio em ABGE
(Rotura lenta) Misturas
abertas a frio (Rotura mdia) Requisitos
/Propriedades Referncia normativa Unid.
C 40 B 4 (ECI)
C 57 B 3 (ECR-1)
C 66 B 3 (ECR - 3)
C 57 B 6 (ECL - 1h)
C 57 B 4 (ECM - 2)
Resduo de peneirao
EN 1429 % Classe 2
( 0,1)
Viscosidade 2 mm 40
EN 12846 s Classe 3
(15s - 45s)
Classe 4
(35s - 80s) (a)
Classe 3
(15s - 45s)
ndice de rotura EN 13075 - 1 _ Classe 4 Classe 3 Classe 6
Classe 4
(35s - 80s)
Tempo de miscibilidade EN 13075 - 2 s (b) (c) (b) (b) Classe 3 (b)
Rotura com cimento EN 12848 g Classe 3
(a) - A viscosidade no se enquadra na classe de requisitos da EN 13808. (b) - A rotura da emulso ocorre a um tempo inferior ao da adio da totalidade de filer (75 s). (c) - O tempo de miscibilidade no se enquadra em nenhuma das classes de requisitos da EN 13808.
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4.5.2 Emulses betuminosas modificadas (Quadro 14.03.0-4i) Para regas de colagem;
Para microaglomerado betuminoso a frio;
Para revestimentos superficiais e para colagem e impregnao de geotxteis, com vista a constituir interface anti-fissuras.
Quadro 14.03.0-4i - Requisitos/Propriedades das emulses modificadas
Regas de colagem (Rotura rpida)
Microaglomerado betuminoso a frio
(Rotura lenta)
Revestimentos superficiais, colagem
e impregnao de geotxtil c/ vista a constituir interface
anti-fissuras (Rotura rpida)
Requisitos /Propriedades
Referncia normativa Unidade
C 57 BP 4(ECR-1m) C 62 BP 6(ECL-2m) C 60 BP 4 (ECR-3m)
Generalidades - -
O sistema de armazenamento deve estar provido dos meios necessrios para garantir a sua estabilidade e para que no sedimentem as partculas de betume. As emulses a
empregar devem incorporar polmeros adequados por forma a melhorar as suas caractersticas
Resduo de peneirao EN 1429 % Classe 2
Viscosidade 2 mm 40 EN 12846 s Classe 4
ndice de rotura EN 13075 - 1 _ Classe 4 Classe 6 Classe 4
Tempo de miscibilidade EN 13075 - 2 s (a) (b) (a)
Rotura com cimento EN 12848 g Classe 3
(a) - A rotura da emulso ocorre a um tempo inferior ao da adio da totalidade de filer (75 s). (b) - O tempo de miscibilidade no se enquadra em nenhuma das classes de requisitos da EN 13808.
5. Aditivos especiais para misturas betuminosas
Sempre que se mostre necessrio incorporar aditivos especiais para melhorar a adesividade betume-agregado, para regular o tempo de rotura da emulso ou para melhorar a trabalhabilidade de microaglomerados a frio, dever o Adjudicatrio submeter apreciao e aprovao da Fiscalizao as caractersticas tcnicas e o modo de utilizao de tais aditivos.
A utilizao de outros tipos de aditivos, nomeadamente fibras, ficar confinada implementao de eventuais propostas do Adjudicatrio, devidamente justificadas e submetidas aprovao da Fiscalizao, o mesmo sucedendo quando se pretenda a
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introduo, nas misturas, de betumes modificados ou de ligantes com caractersticas especiais sujeitos a segredo industrial por constiturem solues sob patente.
6. Ligantes hidrulicos
6.1 Cimento
De acordo com as Normas Europeias, cimento (designado cimento CEM) um ligante hidrulico, ou seja, um material inorgnico finamente modo que, quando misturado com gua, forma uma pasta que faz presa e endurece devido a reaces e processos de hidratao e que, depois do endurecimento, conserva a sua resistncia mecnica e estabilidade mesmo debaixo de gua. Os cimentos CEM referidos nestas normas so constitudos por diferentes materiais e tm uma composio estatisticamente homognea, que resulta dos processos de produo e de manuseamento do material de qualidade assegurada.
As Normas Europeias que definem os requisitos aplicveis aos cimentos so:
NP EN 197-1 Cimento Parte 1: Composio, especificaes e critrios de conformidade para cimentos correntes;
NP EN 197-2 Cimento Parte 2: Avaliao da conformidade.
A norma NP EN 197-1 agrupa os cimentos em cinco tipos principais:
CEM I Cimento Portland; CEM II - Cimento Portland composto; CEM III Cimento de alto forno; CEM IV Cimento pozolnico; CEM V Cimento composto.
A verificao da conformidade dos cimentos, seguindo as normas aplicveis, deve basear-se no controlo do produto e da sua produo por parte do fabricante, ao qual deve ser exigido a respectiva ficha de produto. Por cada lote (uma cisterna ou
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equivalente) devero ser recolhidas pelo Adjudicatrio duas amostras, devendo uma ser entregue Fiscalizao.
Os cimentos a utilizar em obra devero ostentar obrigatoriamente a Marcao CE, que ter que ser evidenciada pela apresentao dos respectivos documentos comprovativos.
6.2 Cal
A Norma Europeia que define os requisitos aplicveis cal a NP EN 459-1 Cal de construo Parte 1: Definies, especificaes e critrios de conformidade. Segundo a NP EN 459-1, cal um material que abrange qualquer forma fsica e qumica sob a qual pode aparecer o xido de clcio e/ou magnsio (CaO e MgO) e/ou os hidrxidos (Ca(OH)2 e Mg(OH)2).
Esta norma define os diversos tipos de cal:
Cal area;
Cal viva;
Cal hidratada;
Cal clcica;
Cal dolomtica;
Cal dolomtica semi-hidratada;
Cal dolomtica hidratada;
Cal hidrulica natural;
Cal hidrulica.
A verificao da conformidade da cal, seguindo as normas aplicveis, deve basear-se no controlo do produto e da sua produo por parte do fabricante, ao qual deve ser exigido a respectiva ficha de produto.
A cal a utilizar em obra dever ostentar obrigatoriamente a Marcao CE, que ter que ser evidenciada pela apresentao dos respectivos documentos comprovativos
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7. Adies para misturas tratadas com ligantes hidrulicos e beto hidrulico
As adies a considerar nas misturas tratadas com ligantes hidrulicos e beto hidrulico so as previstas na Norma Europeia NP EN 206-1 Beto Parte 1: Especificao, desempenho, produo e conformidade, ou seja, adies inorgnicas do tipo I (adies quase inertes) e do tipo II (adies pozolnicas ou hidrulicas latentes):
Fler calcrio (tipo I); Cinzas volantes (tipo II); Slica de fumo (tipo II).
Segundo a NP EN 206-1, adio um material finamente dividido utilizado no beto com a finalidade de lhe melhorar certas propriedades ou alcanar propriedades especiais.
Um fler um agregado cuja maior parte passa no peneiro 0,063 mm e que pode ser adicionado aos materiais da construo para lhes conferir certas propriedades. A cinza volante um p fino constitudo principalmente por partculas esfricas e vtreas resultante da queima de carvo pulverizado, com propriedades pozolnicas e constituda essencialmente por SiO2 e Al2O3, sendo no mnimo de 25% em massa o teor de SiO2 reactivo. A slica de fumo um p amorfo, extremamente fino, obtido numa electrometalurgia de silcio e respectivas ligas por condensao e filtragem dos fumos.
As Normas Europeias e especificaes que definem os requisitos aplicveis a estas adies so:
NP EN 206-1 Beto Parte 1: Especificao, desempenho, produo e conformidade;
NP EN 450 Cinzas volantes para beto Definies, exigncias e controlo da qualidade;
NP EN 12620 Agregados para beto; Especificao LNEC E 337 Slica de fumo para betes.
A verificao da conformidade das adies, seguindo as normas e especificaes aplicveis, deve basear-se no controlo do produto e da sua produo por parte do fabricante, ao qual deve ser exigido a respectiva ficha de produto.
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Os fleres calcrios a utilizar devero ostentar obrigatoriamente a Marcao CE, que ter que ser evidenciada pela apresentao dos respectivos documentos comprovativos.
8. Adjuvantes para misturas tratadas com ligantes hidrulicos e beto hidrulico
Os adjuvantes a considerar nas misturas tratadas com ligantes hidrulicos e beto hidrulico devem satisfazer a Norma Europeia NP EN 934-2 Adjuvantes para beto Definies, requisitos, conformidade, marcao e rotulagem.
Adjuvante para beto um produto incorporado durante o processo de amassadura do beto, com uma dosagem no superior a 5% em massa da dosagem de cimento do beto, para modificar as propriedades do beto fresco ou endurecido. As Normas Europeias que definem os requisitos aplicveis aos adjuvantes so:
NP EN 206-1 Beto Parte 1: Especificao, desempenho, produo e conformidade;
NP EN 480 Adjuvantes para beto, argamassa e caldas de injeco Mtodos de ensaio (Partes 1, 2, 4, 5, 6, 8 10, 11 e 12);
NP EN 934-2 Adjuvantes para beto, argamassa e caldas de injeco Parte 2: Definies, requisitos, conformidade, marcao e rotulagem;
NP EN 934-6 Adjuvantes para beto, argamassa e caldas de injeco Parte 6: Amostragem, controlo da conformidade e avaliao da conformidade.
A Norma Europeia NP EN 934-2 define os diferentes tipos de adjuvantes para beto:
Plastificante/redutor de gua; Superplastificante/forte redutor de gua; Retentor de gua; Introdutor de ar; Acelerador de presa; Acelerador de endurecimento; Retardador de presa; Hidrfugo; Plastificante/redutor de gua/retardador de presa;
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Superplastificante/forte redutor de gua/retardador de presa; Plastificante/redutor de gua/acelerador de presa.
A verificao da conformidade dos adjuvantes, seguindo as normas aplicveis, deve basear-se no controlo do produto e da sua produo por parte do fabricante, ao qual deve ser exigido a respectiva ficha de produto.
9. gua
9.1 gua para camadas no ligadas e misturas betuminosas
A gua a empregar na execuo de camadas no ligadas e de misturas betuminosas para as aplicaes previstas neste Caderno de Encargos dever ser doce, limpa e no dever conter leos, cidos, matrias orgnicas ou quaisquer outros produtos prejudiciais.
9.2 gua para misturas tratadas com ligantes hidrulicos e beto hidrulico
A gua a empregar nas misturas tratadas com ligantes hidrulicos e beto hidrulico para as aplicaes previstas neste Caderno de Encargos dever ser doce, limpa e no dever conter leos, cidos, matrias orgnicas ou quaisquer outros produtos prejudiciais que possam influenciar os tempos de presa e o desenvolvimento da resistncia da mistura.
A gua a utilizar dever ainda obedecer aos requisitos da Norma Europeia NP EN 1008 gua de amassadura para beto Especificaes para a amostragem, ensaio e avaliao da aptido da gua, incluindo gua recuperada nos processos da indstria de beto, para o fabrico do beto.
A norma NP EN 1008 considera que, em geral, a aptido da gua para o fabrico de beto depende da sua origem, e, define os seguintes tipos:
gua potvel, gua recuperada nos processos da indstria de beto; gua subterrnea; gua superficial natural e gua residual industrial;
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gua do mar e gua salobra; gua residual domstica.
14.03.1 - Materiais para camadas no ligadas
Os materiais para camadas no ligadas incluem solos seleccionados, agregados britados (naturais e reciclados) de granulometria extensa ABGE, agregado fino e material drenante com agregado britado.
No caso dos ABGE, para alm dos requisitos definidos na NP EN 13242 Agregados para materiais ligados ou tratados com ligantes hidrulicos em trabalhos de engenharia civil e na construo rodoviria, devem ser considerados os requisitos definidos na EN 13285 Unbound mixtures Specification.
As misturas no ligadas abrangem as seguintes rubricas:
14.03.1.1 - Camada de sub-base 14.03.1.1.1 - Solos seleccionados 14.03.1.1.2 - Agregado britado de granulometria extensa 14.03.1.1.3 - Agregado reciclado
14.03.1.2 - Camada de base 14.03.1.2.1 - Agregado britado de granulometria extensa 14.03.1.2.2 - Agregado reciclado
14.03.1.3 - Camada de regularizao 14.03.1.3.1 - Areia ou outro agregado fino para assentamento de calada ou blocos de beto
14.03.1.4 - Camada de regularizao, no enchimento de bermas 14.03.1.4.1 - Solos seleccionados 14.03.1.4.2 - Agregado britado de granulometria extensa 14.03.1.4.3 - Material drenante com agregado britado
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14.03.1.5 - Camada de desgaste em camadas traficadas no revestidas 14.03.1.5.1 - Solos seleccionados 14.03.1.5.2 - Agregado britado de granulometria extensa
O Quadro 14.03.1a especifica os requisitos dos solos seleccionados para camadas granulares com caractersticas de sub-base, regularizao no enchimento de bermas e desgaste em camadas traficadas no revestidas.
O Quadro 14.03.1b especifica os requisitos dos agregados, para camadas granulares com caractersticas de sub-base, base, regularizao, regularizao no enchimento de bermas e desgaste em camadas traficadas no revestidas.
O Quadro 14.03.1c especifica as propriedades e requisitos mnimos dos agregados reciclados, para camadas no ligadas com caractersticas de sub-base e base.
O Quadro 14.03.1d especifica os requisitos granulomtricos dos agregados e das misturas no ligadas a aplicar nas camadas de sub-base, base, regularizao, regularizao no enchimento de bermas e desgaste em camadas traficadas no revestidas.
Quadro 14.03.1a: Camadas no ligadas - Requisitos/Propriedades dos solos seleccionados
Camada de sub-base
Camada de regularizao, enchimento
bermas
Camada de desgaste, camadas
traficadas no revestidas Requisitos / Propriedades
Referncia normativa Unidade
Rubrica
14.03.1.1.1
Rubrica
14.03.1.4.1
Rubrica
14.03.1.5.1
Generalidades - - Solos de boa qualidade, isentos de detritos, matria orgnica ou
quaisquer outras substncias nocivas
Dimenso mxima LNEC E 196 mm 75 50 e 2/3 espessura camada
Percentagem material que passa no peneiro n. 200 ASTM, mxima
LNEC E 196 % 15 10 a 20
Limite liquidez, mximo NP 143 % 25 35
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Continuao do Quadro 14.03.1a: Camadas no ligadas - Requisitos/Propriedades dos solos seleccionados
Camada de sub-base
Camada de regularizao, enchimento
bermas
Camada de desgaste, camadas
traficadas no revestidas Requisitos / Propriedades
Referncia normativa Unidade
Rubrica
14.03.1.1.1
Rubrica
14.03.1.4.1
Rubrica
14.03.1.5.1
Limite plasticidade, mximo NP 143 % 6 6 a 10
Valor de equivalente de areia, mnimo
LNEC E 199 % 30
Valor de azul de metileno (material dimenso inferior a 75 m, mximo
AFNOR 18-592 - 1,5
CBR 95 % compactao relativa (Proctor Modificado), mnimo LNEC E198 % 20
Expansibilidade (ensaio CBR), mxima
NF P94-078 % 1,5
NR
NR No Requerido.
Quadro 14.03.1b - Camadas no ligadas - Requisitos/Propriedades dos agregados naturais (NP EN 13242)
Camada de sub-base
Camada de base
Camada de regularizao
Camada de regularizao, enchimento bermas
Camada de desgaste, camadas traficadas
no revestidas
ABGE ABGE Agregado fino, assentamento
calada ABGE
Material drenante, agregado britado
ABGE
Requisitos / Propriedades
Ref normati
va Unid.
rubrica 14.03.1.1.2
rubrica 14.03.1.2.1
rubrica 14.03.1.3.1
rubrica 14.03.1.4.2
rubrica 14.03.1.4.3
rubrica 14.03.1.5.2
Forma do agregado grosso - ndice de achatamento
NP EN 933-3
% FI35 30 (a) NA 30 (a) FI35 30 (a)
Percentagem de partculas esmagadas ou partidas e de partculas totalmente roladas nos agregados grossos
NP EN 933-5
% C90/3 NA C90/3 C90/3
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Continuao do Quadro 14.03.1b - Camadas no ligadas - Requisitos/Propriedades dos agregados naturais (NP EN 13242)
Camada de sub-base
Camada de base
Camada de regularizao
Camada de regularizao, enchimento bermas
Camada de desgaste, camadas traficadas
no revestidas
ABGE ABGE Agregado fino, assentamento
calada ABGE
Material drenante, agregado britado
ABGE
Requisitos / Propriedades
Ref normati
va Unid.
rubrica 14.03.1.1.2
rubrica 14.03.1.2.1
rubrica 14.03.1.3.1
rubrica 14.03.1.4.2
rubrica 14.03.1.4.3
rubrica 14.03.1.5.2
Qualidade dos finos - Valor de equivalente de areia, mnimo e Valor do ensaio de azul de metileno, mximo
NP EN 933-8, NP EN 933-9
%
g/kg
Se a percentagem de passados no peneiro de 0,063 mm for inferior a 3 %
os finos podem ser
considerados no
prejudiciais. Se o teor total
de finos for superior a 3 %, ento SE 40.
Caso SE < 40, ento MB 2,5
Se a percentagem de
passados no peneiro de
0,063 mm for inferior a 3 % os finos podem ser considerados
no prejudiciais. Se o teor total
de finos for superior a 3 %, ento SE 50. Caso SE < 50, ento MB 2,0
Se a percentagem de
passados no peneiro de
0,063 mm for inferior a 3 %,
os finos podem ser
considerados no prejudiciais. Se o teor total
de finos for superior a 3 %, ento SE 40. Caso SE < 40, ento MB 2,5
Se a percentagem de
passados no peneiro de
0,063 mm for inferior a 3 % os finos podem ser considerados
no prejudiciais. Se o teor total
de finos for superior a 3 %, ento SE 40. Caso SE < 40, ento MB 2,5
Se a percentagem de
passados no peneiro de
0,063 mm for inferior a 3 % os finos podem ser considerados
no prejudiciais. Se o teor total
de finos for superior a 3 %, ento SE 60. Caso SE < 60, ento MB 2,0
Se a percentagem de
passados no peneiro de
0,063 mm for inferior a 3 % os finos podem ser considerados
no prejudiciais. Se o teor total
de finos for superior a 3 %, ento SE 50. Caso SE < 50, ento MB 2,0
Resistncia fragmentao do agregado grosso, coeficiente Los Angeles
NP EN 1097-2
% 45 (a) LA40 LA40 45 (a) LA40
Resistncia ao desgaste por atrito do agregado grosso, coeficiente micro-Deval
NP EN 1097-1 % MDE35 MDE25
NA
MDE25 MDE35 MDE25
Massa volmica das partculas
NP EN 1097-6 Mg/m
3
Absoro de gua
NP EN 1097-6 %
A declarar
"Sonnenbrand" do basalto
NP EN 1367-3 e NP EN 1097-2
%
Em caso de dvida, onde existam indcios de
"Sonnenbrand", perda de massa aps a ebulio 1 e
SBLA 8
NA Em caso de dvida, onde existam indcios de
"Sonnenbrand", perda de massa aps a ebulio 1 e SBLA 8
Resistncia ao gelo e ao degelo, valor de absoro de gua como ensaio de triagem e valor do sulfato de magnsio
NP EN 1097-6
e
NP EN 1367-2
%
Se a absoro de gua for superior a WA242, ento o valor do sulfato de magnsio deve estar enquadrado em MS35 (b)
Se a absoro de gua for superior a WA240,5, ento o valor do sulfato de
magnsio deve estar enquadrado
em MS35 (b)
Se a absoro de gua for superior a WA242, ento o valor do sulfato de magnsio deve estar enquadrado
em MS35 (b)
NA - No Aplicvel (a) Como a Norma NP EN 13242 no possui as categorias FI30 e LA45 so indicados os valores requeridos. (b) - Para agregados susceptveis de degradao pela aco do gelo-degelo, expostos a ambientes sujeitos ao gelo e ao degelo, a situaes de humidade elevada ou gua do mar, o ensaio de absoro de gua deve ser utilizado como ensaio de triagem. Se a absoro de gua no for superior ao valor especificado na categoria WA242 ou Wcm0,5, o agregado deve ser considerado como resistente ao gelo-degelo.
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Quadro 14.03.1c - Camadas no ligadas - Requisitos/Propriedades dos agregados reciclados
Camada de sub-base
Camada de base
AGER1 (B ouC)
AGER2 (B ou C)
AGER3 (B)
AGER1 (B ouC)
AGER2 (B ou C)
AGER3 (B)
Requisitos / Propriedades
Ref normativa
rubrica 14.03.1.1.3
rubrica 14.03.1.1.3
rubrica 14.03.1.1.3
rubrica 14.03.1.1.3
rubrica 14.03.1.1.3
rubrica 14.03.1.1.3
Parmetros geomtricos e de natureza
Dimenso NP EN 13285 0/31,5
Sobretamanhos (NP EN 933-1) NP EN 13285 OC75 OC80 OC85 OC75 OC80 OC85
Classe de granulometria (NP EN 933-1)
NP EN 13285 GB GA GB GA
Teor de finos (NP EN 933-1) NP EN 13285
UF9 LF2
UF9 LF2
Qualidade dos finos (NP EN 933-9) (a)
NP EN 13242+A1
MBO7D 1,0 g/kg MBO/D 0,8 g/kg
MB O/D 1,0 g/kg MB O/D 0,8 g/kg
Percentagem de partculas totalmente
esmagadas ou partidas e totalmente
roladas em agregados grossos
(NP EN 933-5)
NP EN 13242+A1 C50/30 C50/10 C90/3 C50/30 C50/10 C90/3
Parmetros de comportamento mecnico Resistncia fragmentao e resistncia ao desgaste (NP EN 1097-2 e NP EN 1097-1)
EN 13242+A1
LA45 e MDE45
ou LA+MDE 85
LA40 e MDE35
ou LA+MDE75
LA40 e MDE35
ou LA+MDE70
LA40 e MDE35
ou LA+MDE85
LA40 e MDE35
ou LA+MDE75
LA40 e MDE35
ou LA+MDE70
Propriedades qumicas Teor de sulfatos solveis em gua (EN 1744-1) (b)
EN 13242 + A1 SS0,7
Libertao de substncias perigosas EN1245-4 Classificao como resduos para deposio em aterro de resduos inertes
(c)
(a) - MBO/D O valor do azul metileno expresso em g/kg segundo a norma de ensaio (NP EN 933-9) multiplicado pela percentagem da fraco passada no peneiro de 2mm. (b) - Para teores de sulfatos superiores a 0.2%, estes agregados devero ser colocados a uma distncia no inferior a 0,50m de elementos estruturais de beto. (c) - A classificao baseia-se apenas nos resultados do ensaio de lixiviao para L/S = 10 l/kg - Seco 2.1.2.1, da Deciso do Conselho 2003/33/CE.
Deciso do Conselho 2003/33/CE Parmetros Resduos inertes
Carbono Orgnico Dissolvido, C(mg/kg) 500 Cdmio, Cd (mg/kg) 0,04 Cobre, Cu (mg/kg) 2 Crmio Total, Cr (mg/kg) 0,5 Nquel, Ni(mg/kg) 0,4 Chumbo, Pb (mg/kg) 0,5 Zinco, Zn (mg/kg) 4 Cloretos, Cl (mg/kg) 800 Sulfatos, SO2-4 (mg/l) 1000
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Quadro 14.03.1d: Camadas granulares - Requisitos granulomtricos dos agregados naturais e reciclados (NP EN 13242) e misturas no ligadas (EN 13285)
Camada de sub-base
Camada de base
Camada de regularizao
Camada de regularizao, enchimento bermas
Camada de desgaste, camadas traficadas
no revestidas
ABGE ABGE Agregado fino, assentamento
calada ABGE
Material drenante, agregado britado
ABGE
Requisitos / Propriedades
Referncia normativa Unidade
rubricas 14.03.1.1.2 14.03.1.1.3
rubricas 14.03.1.2.1 14.03.1.2.2
rubrica 14.03.1.3.1
rubrica 14.03.1.4.2
rubrica 14.03.1.4.3
rubrica 14.03.1.5.2
Designao agregado/mistura
NP EN 13242
EN 13285 - Mistura 0/31,5 Agregado fino 0/4
Mistura 0/31,5
Agregado granulometria
extensa, 0/22,4
Mistura 0/31,5
Teor de finos NP EN 13242, NP EN 933-1
NA f10 NA f3 NA
Contedo de finos, mximo UF7 NA UF7 NA UF7
Contedo de finos, mnimo LF2 NA LF2 NA LF2
Sobretamanhos
NP EN 13285,
NP EN 933-1
%
OC80 NA OC80 NA OC80
Curva granulomtrica GB GF85 GB GF80 GB
Dimenso dos peneiros de referncia
NP EN 13242 (GF)
EN 13285 (GB)
-
Fuso granulomtrico - Percentagem acumulada de material passado
40 100 - 100 2D 100 100
31,5 D 80-99 - D 80-99 1,4D 98-100 D 80-99
22,4 - - - D 80-99 -
16 A 63-77 - A 63-77 Ra 42-89 A 63-77
8 B 43-60 2D 100 B 43-60 Ra 11-47 B 43-60
6,3 - - - - -
5,6 - 1,4D 98-100 - - -
4 C 30-52 85-99 C 30-52 Ra 0-20 C 30-52
2 E 23-40 Ra 70-98 E 23-40 Ra 0-5 E 23-40
1 F 14-35 Ra 46-75 F 14-35 - F 14-35
0,5 G 10-30 Ra 20-50 G 10-30 - G 10-30
0,25 - Ra 9-27 - - -
0,125 - Ra 4 -13 - - -
0,063
NP EN 13242 (rubricas
14.03.1.3.1 e 14.03.1.4.3)
EN 13285 (restantes rubricas),
NP EN 933-2
mm
2-7 1-10 2-7 0-3 2-7 D - Abertura do peneiro superior que pode reter material, em milmetros A, B, C, E, F G - Peneiros para a granulometria, de acordo com EN 13285, seco 4.4.1 Ra - Requisito adicional Nota: Os valores apresentados para os agregados reciclados podem ser obtidos com a adio de agregados naturais, tendo em vista a sua correco granulomtrica.
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14.03.2 - Materiais para camadas de misturas betuminosas a quente
1. Materiais Os Quadros 14.03.2b, 14.03.2e, 14.03.2h e 14.03.2l especificam os requisitos granulomtricos dos agregados das misturas betuminosas a quente. Tais requisitos so definidos de acordo com:
as disposies constantes da NP EN 13043, caso se tratem de agregados a utilizar nas camadas de misturas betuminosas a quente (por exemplo, os agregados duros para o AC 14 surf da rubrica 14.03.2.4.5). Nestes casos, os agregados so definidos em termos das suas dimenses, usando as designaes d/D. especificada uma categoria para a granulometria e so cumpridos os requisitos gerais indicados na NP EN 13242 para os peneiros 2D, 1,4D, D, d e d/2, quando aplicvel. Com vista ao melhor enquadramento do produto na respectiva utilizao prevista, so igualmente especificados requisitos adicionais para a percentagem de passados nos peneiros indicados;
as disposies constantes da EN 13108-1 Bituminous mixtures- Material specifications- Part 1: Asphalt concrete, aplicvel a misturas do grupo beto betuminoso. Os fusos granulomtricos tm em considerao os peneiros da Srie Base mais a Srie 2 indicados na NP EN 13043 e so os que melhor se adaptam s misturas produzidas em Portugal. Todos os fusos tm em considerao os seguintes peneiros: 1,4D, D, peneiro caracterstico intermdio, peneiro extra opcional, 2 mm, peneiro caracterstico intermdio, peneiro extra opcional e 0,063 mm;
as disposies constantes da EN 13108-7 Bituminous mixtures- Material specifications- Part 7: Porous asphalt, aplicvel a misturas do grupo beto betuminoso drenante;
a percentagem de material passado numa srie de peneiros de acordo com a NP EN 933-2, quando os requisitos granulomtricos aplicveis mistura no se enquadram em nenhuma das trs Normas acima referidas (por exemplo, as misturas betuminosas com betume modificado com alta percentagem de borracha).
Os Quadros 14.03.2c, 14.03.2f, 14.03.2i e 14.03.2m especificam os requisitos dos agregados para camadas de misturas betuminosas a quente com caractersticas de base, ligao, regularizao, e desgaste, respectivamente. Tais requisitos so definidos
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Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 38 / 120
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de acordo com as disposies constantes na Norma Portuguesa NP EN 13043, aplicvel aos agregados obtidos a partir do processamento de materiais naturais para utilizao em misturas betuminosas. Para alm das exigncias da NP EN 13043, a composio granulomtrica das misturas betuminosas tem que ser obtida, no mnimo, a partir de trs fraces granulomtricas distintas.
O fler deve cumprir os requisitos especificados no item 14.03.0-3.
O ligante deve cumprir os requisitos especificados no item 14.03.0-4.
Os aditivos devem cumprir os requisitos especificados no item 14.03.0-5.
2. Misturas betuminosas
O actual acervo normativo Europeu inclui um conjunto de Normas Europeias que definem requisitos para as misturas betuminosas fabricadas a quente - 8 partes da srie 13108, cujas propriedades so caracterizadas pelos respectivos mtodos de ensaio descritos na srie 12697 (43 partes). As Normas Portuguesas NP EN 13108-20 Misturas betuminosas Especificaes dos materiais - Parte 20:Ensaios de Tipo e NP EN 13108-21 Misturas betuminosas Especificaes dos materiais - Parte 21: Controlo da Produo em Fbrica so parte integrante do sistema de avaliao da conformidade das misturas betuminosas.
O presente Caderno de Encargos abrange as misturas betuminosas fabricadas a quente especificadas nas Normas da srie 13108: EN 13108-1 Bituminous mixtures- Material specifications- Part 1: Asphalt concrete e EN 13108-7 Bituminous mixtures- Material specifications- Part 7: Porous asphalt.
Incluem-se ainda as misturas betuminosas com betume modificado com alta percentagem de borracha, que no se enquadram em nenhuma Norma Europeia da srie EN 13108, aplicando-se-lhes no entanto, as metodologias de ensaio descritas nas Normas Europeias da srie EN 12697.
2.1 Misturas betuminosas do grupo do beto betuminoso1 A Norma Europeia EN 13108-1 especifica os requisitos para as misturas betuminosas do grupo do beto betuminoso, produzidas a quente, e deve ser utilizada em conjunto com as NP EN 13108-20 e NP EN 13108-21.
________________________
1 Misturas com obrigatoriedade de aposio da marcao CE. Aplica-se o sistema 2+ para atestao da conformidade como base para a marcao CE.
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Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 39 / 120
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Esto abrangidas pelo presente Caderno de Encargos um conjunto de misturas betuminosas includas no grupo do beto betuminoso, cujos requisitos se baseiam na abordagem emprica definida na EN 13108-1, em termos de receitas de composio e de requisitos para os materiais constituintes em associao com requisitos adicionais baseados em ensaios relacionados com o desempenho.
O conjunto de misturas betuminosas acima referido est descriminado no Quadro 14.03.2a, o qual inclui a nova designao para as misturas betuminosas de acordo com a EN 13108-1 e uma comparao com a designao adoptada no Caderno de Encargos de 1998.
A nova designao europeia para as misturas betuminosas pode conduzir mesma designao para misturas betuminosas distintas, pelo que foram adicionadas siglas correspondentes ao tipo de mistura em causa.
Inclui-se o seguinte exemplo para a designao do macadame betuminoso, fuso B, a aplicar em camada de base, produzida com um betume de gama de penetrao 35/50 (EN 12591) e com um agregado cuja abertura do peneiro superior igual a 32 mm: AC32 base 35/50 (MB), sendo que as siglas MB so as iniciais da designao da mistura em Portugus (Macadame Betuminoso).
Quadro 14.03.2a Designao das misturas betuminosas
Camada Designao anterior Designao actual
Macadame Betuminoso Fuso B AC 32 base ligante (MB)
Macadame Betuminoso Fuso A AC 20 base ligante (MB) Base
Mistura Betuminosa de Alto Mdulo AC 20 base ligante (MBAM)
Macadame Betuminoso Fuso A AC 20 bin ligante (MB)
Mistura Betuminosa Densa AC 20 bin ligante (MBD)
Mistura Betuminosa de Alto Mdulo AC 16 bin ligante (MBAM)
Beto Betuminoso AC 14 bin ligante (BB) Ligao
Argamassa Betuminosa com betume modificado
AC 4 bin ligante (AB)
Macadame Betuminoso Fuso A AC20 reg ligante (MB) Mistura Betuminosa Densa AC 20 reg ligante (MBD) Beto Betuminoso AC 14 reg ligante (BB) Regularizao
Argamassa Betuminosa com betume modificado
AC 4 reg ligante (AB)
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Volume V: 03 - Pavimentao - Captulo 14.03 Pg. 40 / 120
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2.2 Misturas betuminosas do grupo do beto betuminoso drenante
A Norma Europeia EN 13108-7 Bituminous mixtures- Material specifications- Part 7: Porous asphalt especifica os requisitos para as misturas betuminosas do grupo do beto betuminoso drenante, produzidas a quente, e deve ser utilizada em conjunto com as NP EN 13108-20 e NP EN 13108-21.
Esta Norma especifica o beto betuminoso drenante com base na abordagem emprica definida em termos de receitas de composio e de requisitos para os materiais constituintes em associao com requisitos adicionais baseados em ensaios relacionados com o desempenho.
A EN 13108-7 especifica uma nova designao para o beto betuminoso drenante, a qual inclui, para alm das siglas relativas a este tipo de mistura (PA), a abertura do peneiro superior do agregado na mistura, em mm (D) e a designao do betume utilizado (ligante). semelhana do grupo do beto betuminoso foram acrescentadas siglas referentes s iniciais da designao da mistura em Portugus (Beto Betuminoso drenante). No caso do beto betuminoso drenante especificado no Caderno de Encargos, a nova designao : PA 12,5 ligante (BBd).
Este tipo de mistura destina-se a ser aplicada em camada de desgaste.
Continuao do Quadro 14.03.2a Designao das misturas betuminosas
Camada Designao anterior Designao actual
Beto Betuminoso AC 14 surf ligante (BB)
Beto Betuminoso Rugoso AC 14 surf ligante (BBr) Desgaste
(micro) Beto Betuminoso Rugoso AC 10 surf ligante (mBBr) AC designao do produto, cujo termo em ingls Asphalt Concrete; ligante classe a definir ; base referente camada de base, cujo termo em ingls similar base course; bin referente camada de ligao, cujo termo em ingls binder course, de espessura constante; reg referente camada de regularizao, cujo termo em ingls regulating course, de espessura varivel; surf referente camada de desgaste, cujo termo em ingls surface course.
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2.3 Misturas betuminosas com betume modificado com borracha
O fuso granulomtrico definido para estas misturas no se enquadra em nenhuma Norma Europeia da srie EN 13108. Assim, no existe Norma Europeia de produto aplicvel a este tipo de mistura betuminosa. Contudo, aplicam-se as metodologias de ensaio descritas nas Normas Europeias da srie EN 12697.
Este tipo de mistura destina-se a ser aplicada em camadas de desgaste.
3. Tipos de aplicao
As misturas betuminosas indicadas em 2.1, 2.2 e 2.3, so aplicveis em camadas do
pavimento com caractersticas de base, ligao, regularizao e desgaste, consoante o tipo de mistura. Estas camadas abrangem as seguintes rubricas:
14.03.2.1 - Camada de base
14.03.2.2 - Camada de ligao
14.03.2.3 - Camada de regularizao
14.03.2.4 - Camada de desgaste
14.03.2.1 - Camada de base Os materiais para camadas de misturas betuminosas com caractersticas de base abrangem as seguintes rubricas:
14.03.2.1.1 - AC 32 base ligante (MB) 14.03.2.1.2 - AC 20 base ligante (MB) 14.03.2.1.3 - AC 20 base ligante (MBAM)
O Quadro 14.03.2b especifica os requisitos dos fusos granulomtricos para as misturas betuminosas a aplicar em camadas com caractersticas de base.
O Quadro 14.03.2c especifica os requisitos dos agregados para camadas betuminosas com caractersticas de base.
O Quadro 14.03.2d especifica os requisitos da mistura betuminosa para camadas betuminosas com caractersticas de base.
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Quadro 14.03.2b: Camadas de misturas betuminosas a quente Camada de base - Requisitos dos fusos granulomtricos
Camada de base
AC 32 base (MB) AC 20 base (MB) AC20 base (MBAM) Tipo de mistura
rubrica 14.03.2.1.1
rubrica 14.03.2.1.2
rubrica 14.03.2.1.3
Peneiros Srie Base+
Srie 2 Unidade Percentagem acumulada do material passado
40 1,4D 100 - - - -
31,5 D 90 - 100 1,4D 100 1,4D 100
20 (c1) 68 - 93 D 90 - 100 D 90 - 100
16 - - - - - -
14 - - - - - -
12,5 - - (c1) 57 - 86 - -
10 - - - - (c1) 63 - 81
6,3 (o1) 40 - 60 - - - -
4 - - (o1) 34 - 49 (o1) 42 - 57
2 2 26 - 41 2 26 - 41 2 27 - 41
1 - - - - - -
0,5 (c2) 12 - 26 (c2) 12 - 26 (c2) 11 - 23
0,125 (o2) 4 - 14 (o2) 4 - 14 (o2) 7 - 13
0,063
mm
0,063 2 - 7 0,063 2 - 7 0,063 5 - 9
Referncia normativa EN 13108-1 e NP EN 13043
D - abertura do peneiro superior que pode reter material, em milmetros (c1) peneiro caracterstico intermdio, entre D e 2 milmetros (o1) peneiro extra opcional entre D e 2 milmetros (c2) peneiro caracterstico intermdio, entre 2 e 0,063 milmetros (o2) peneiro extra opcional entre 2 e 0,063 milmetros
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Quadro 14.03.2c: Camadas de misturas betuminosas a quente Camada de base - Requisitos/Propriedades dos agregados (NP EN 13043)
Camada de base
Tipo de mistura AC 32 base
(MB) AC 20
base(MB) AC20 base
(MBAM) Requisitos / Propriedades Referncia normativa Unidade rubrica
14.03.2.1.1 rubrica
14.03.2.1.2 rubrica
14.03.2.1.3
3%-10% (a) MBF10 Qualidade dos finos
>10% (b) NP EN 933-9 g/Kg Satisfazer os requisitos aplicveis aos fleres, de
acordo com o especificado no Quadro 14.3.0-3b. Forma do agregado grosso - ndice de achatamento
NP EN 933-3 - FI30
Percentagens de superfcies esmagadas e partidas nos agregados grossos NP EN 933-5 % C100/0
Resistncia fragmentao do agregado grosso, coeficiente Los Angeles
NP EN 1097-2 (seco 5) % LA40
Resistncia ao desgaste por atrito do agregado grosso, coeficiente micro-Deval NP EN 1097-1 % MDE25
Massa volmica das partculas NP EN 1097-6 Mg/m3 A declarar
Absoro de gua NP EN 1097-6 % 2
Baridade NP EN 1097-3 Mg/m3 A declarar
Resistncia ao gelo e ao degelo [valor de absoro de gua (wa) como ensaio de triagem e valor do sulfato de magnsio (MS)] (c)
NP EN 1097-6 NP EN 1367-2 %
Se WA
>2, o valor do sulfato de magnsio deve estar enquadrado em MS35
Resistncia ao choque trmico NP EN 1367-5 NP EN 1097-2
(seco 5) % A declarar
Afinidade dos agregados grossos aos ligantes betuminosos EN 12697-11 _ A declarar
(d)
"Sonnenbrand" do basalto (e) NP EN 1367-3 NP EN 1097-2
(seco 5) % Perda de massa aps a ebulio 1 e SBLA 8
NA - No Aplicvel (a) - Quando a percentagem de passados no peneiro de 0,063 mm no agregado fino, estiver compreendido entre 3% e 10%, em massa, deve ser avaliada a nocividade dos finos da fraco 0/0,125 mm e o valor do ensaio de azul de metileno deve estar enquadrado na categoria MBF10. (b) - Se a percentagem de passados no peneiro de 0,063 mm for superior a 10 % (em massa), os finos devem cumprir os requisitos aplicveis aos fleres, de acordo com o especificado no Quadro 14.03.0-3b. (c) - Para agregados susceptveis de degradao pela aco do gelo-degelo, expostos a ambientes sujeitos ao gelo e ao degelo, a situaes de humidade elevada ou gua do mar, o ensaio de absoro de gua deve ser utilizado como ensaio de triagem. Se a absoro de gua no for superior ao valor especificado na categoria WA242 o agregado deve ser considerado como resistente ao gelo-degelo. Se a absoro de gua for superior a WA242, ento o valor do sulfato de magnsio deve estar enquadrado em MS35. (d) - A utilizao de seixo britado condicionada ao emprego de um aditivo no betume, de modo a garantir a adequada adesividade ao ligante betuminoso. (e) - Em caso de dvida, onde existam indcios de "Sonnenbrand".
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Quadro 14.03.2d: Camadas de misturas betuminosas a quente Camada de base - Requisitos/Propriedades
Camada de base
Tipo de mistura AC 32 base
(MB) AC 20 base
(MB) AC20 base
(MBAM) Requisitos /Propriedades Referncia normativa
Condies especficas de ensaio Unid.
rubrica 14.03.2.1.1
rubrica 14.03.2.1.2
rubrica 14.03.2.1.3
Estabilid.,mx. KN Smax15 (a) SmaxNR Estabilid.,mn. KN Smim7,5 16 (b) Deform., mx. mm F4 F4 Deform., mn. mm F2 F2
Caractersticas Marshall
Quoc. Marshall, mn.
EN 12697-34
Moldagem dos provetes: EN 12697-30 75 pancadas
KN/mm
NA
Qmin2 QminNR
Vazios na mistura de agregados (VMA), mn.
EN 12697-8
EN 12697-8 Calculada com base na
baridade mxima terica (c) - determinada segundo a EN
12697-5, procedimento A, em gua e na baridade (d)
determinada segundo a EN 12697-6, procedimento B, provete saturado com a
superfcie seca
% VMAmin14
Porosidade, Vm EN 12697-8
EN 12697-8 Calculada com base na
baridade mxima terica (c) - determinada segundo a EN 12697-5, procedimento A,
em gua e na baridade (d) determinada segundo a EN 12697-6, procedimento B, provete saturado com a
superfcie seca
% 4-8 (e) Vmin3,0-Vmax6
Vmin2,0-Vmax6
Relao ponderal de filer /ligante _
Estudo de formulao (item 15.03.2) % Item 14.03.0-3
ndice de Resistncia Conservada (IRC) em ensaios de compresso Marshall, mn.
MIL-STD- 620A
Moldagem dos provetes: EN 12697-30 75 pancadas
% NA 80
Taxa de deformao, WTSAIR
mm/10^3 ciclos de
carga
Resistncia Deformao Permanente (wheel-tracking)
Profundidade de rodeira mxima, PRDAIR
EN 12697-22
Equipamento pequeno, procedimento B,
acondicionamento ao ar, temperatura do ensaio 60 C %
Categoria a declarar
% de ligante, mn. _ _ % Bmin4,2 (f) Bmin3,5 (g) Bmin4,0 (g)
Sensibilidade gua, ITSR EN 12697-12
Moldagem dos provetes: EN 12697-30 75 pancadas,
temperatura do ensaio: 15.C
% NA Categoria a declarar
NA No Aplicvel NR No Requerido (a) Para granitides e agregados provenientes de rochas com predominncia de slica na sua composio a estabilidade mxima dever ser 21 kN. (b) - Como a norma EN 13108-1 no possui categoria aplicvel estabilidade mn. exigida para esta mistura, que de 16 KN, foi especificado esse valor. (c) - Calculada para a percentagem ptima de ligante da mistura em estudo. (d) - Para a moldagem dos provetes utilizado o compactador de impacto com 75 pancadas, de acordo com a norma EN 12697-30, temperatura de compactao para a qual, a viscosidade do ligante a empregar na mistura, se situe entre 28030 Cst. (e) - Porosidade de tarolos recolhidos aps a execuo da camada. (f) - Este valor corresponde percentagem mnima de betume a utilizar no trecho experimental que servir para formular a mistura (ver item 15.03.2 na mistura correspondente). (g) - Este valor corresponde menor percentagem de betume a utilizar no fabrico da mistura betuminosa - a considerar para ponto de partida do ensaio Marshall - a partir da qual sero fabricadas mais 4 misturas betuminosas, com cinco percentagens de betume.
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