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    MINERAO E MEIOAMBIENTE

    Welitom R. Borges

    Braslia, 2010

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    MINERAO umapalavra que deriva dolatim medieval -mineralis - relativo amina e a minerais.

    Da ao de cavar minas criou-se o verbo "minar" nosculo XVI e, em conseqncia da prtica de seescavar fossos em torno das fortalezas, durante asbatalhas, com a finalidade de faz-las ruir, adotou-se

    a palavra "mina" para designar explosivos militares.

    A associao das duas atividades deu origem aotermo minerao, visto que a escavao das minas

    se faz freqentemente com o auxlio de explosivos.

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    De acordo com amitologia grega,PROMETEU roubou ofogo dos deuses eentregou-o aos homens,dando-lhes assim a chavepara a metalurgia e para acivilizao; como castigopor tal crime, foiacorrentado a uma rochapara que uma guia lhe

    devorasse o fgado [1].

    Prometeu, Tit da mitologia grega, filho do Tit Jpetoe de sia (filha de Oceano) e irmo de Atlas, Epimeteu eMincio. Prometeu significa "previdente" em grego.Foi quem roubou o fogo divino de Zeus para o dar aosHomens, que assim puderam evoluir e distinguirem-sedos outros animais. Tambm dada a Prometeu acriao dos homens. Como castigo Zeus ordenou queVulcano o acorrentasse a um rochedo no cimo do monteCucaso, onde todos os dias uma guia (ou abutre) iacomer-lhe o fgado, que, sendo Prometeu imortal,voltava a regenerar. A durao desta punio era paraser de 30.000 anos.

    FONTE:http://pt.wikipedia.org/wiki/Prometeu_(mitologia)

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Tit%C3%A3_%28mitologia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_gregahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tit%C3%A3http://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%A1petohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=%C3%81sia_%28mitologia%29&action=edithttp://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%28mitologia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Atlas_%28mitologia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Epimeteuhttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Min%C3%A9cio&action=edithttp://pt.wikipedia.org/wiki/Zeushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Zeushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vulcano_%28mitologia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1ucasohttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81guiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Abutrehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Abutrehttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81guiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1ucasohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vulcano_%28mitologia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Zeushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Zeushttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Min%C3%A9cio&action=edithttp://pt.wikipedia.org/wiki/Epimeteuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Atlas_%28mitologia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_%28mitologia%29http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=%C3%81sia_%28mitologia%29&action=edithttp://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%A1petohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tit%C3%A3http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_gregahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_gregahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_gregahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tit%C3%A3_%28mitologia%29
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    Os gregos mostravam destemodo que o domnio dosmetais a capacidade detransformar a matria confere aos homens talpoder que ameaa asupremacia divina.

    Basta olhar para acivilizao que erguemos.Tudo que temos fruto do

    trabalho realizado sobre amatria prima extrada daterra [1].

    [1] BEI, 2004. Minerais ao Alcance de Todos. Coleo Entenda e Aprenda. Editora Bei. So

    Paulo, SP, 141 pp.

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    O processo de apropriao de bens minerais para ouso humano antigo[1].

    [1] A mina mais antiga conhecida no registro arqueolgico a "caverna do leo" na Sua. Neste

    local, com idade de 43.000 anos (datao carbono), humanos mineravam hematita, mineral quecontm ferro, o qual eles presumvelmente moiam para produzir o pigmento vermelho ocre [1].

    Os nossos antepassadosutilizavam pigmentosminerais para expressar o

    seu cotidiano em paredes derocha, lascavam pedras paraa confeco de objetosperfurantes, e ornamentos

    (IDADE DA PEDRALASCADA).

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    No Brasil, as pinturas rupestres mais antigas chegama quase 12.000 anos de idade e foram encontradas naregio de So Raimundo Nonato PI.So desenhos de animais,pessoas, plantas e objetos,muitas vezes retratandocenas da vida cotidiana oueventos cerimoniais.

    Pinturas sobrepostas em paredo rochoso.Parque Nacional da Serra da Capivara. Toca doBoqueiro da Pedra Furada, PI. Acervo:Zanettini/Documento. Foto: Erika Gonzlez(http://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htm)

    http://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htmhttp://www.itaucultural.org.br/arqueologia/pt/oq_arqueologia/arte00.htm
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    A partir de 6000 a 1000 a.C.o homem comeou a fazeruso dos metais (IDADEDOS METAIS). O cobre, oouro e a prata foram osprimeiros minerais a atrair aateno do homem, poisalm de serem encontradoscomo substncias simplesna superfcie da Terra, somaleveis e fceis detrabalhar [1].

    [1] BEI, 2004. Minerais ao Alcance de Todos. Coleo Entenda e Aprenda. Editora Bei. So

    Paulo, SP, 141 pp.

    IDADE DO COBRE(6000 a.C.)

    IDADE DO BRONZE(4000 a.C.)

    IDADE DO FERRO(1000 a.C.)

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    De um modo geral, os mtodos de mineraoassemelhavam-se em todo o mundo: os mineraisencontrados nos leitos dos rios ou na superfcie dosolo eram recolhidos manualmente; os maisentranhados na terraeram retirados cominstrumentos de ponta,martelos ou cunhas,conforme fossem maisou menos resistentes extrao .

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    No sculo XIII, o aventureiro italiano MARCO POLOtrouxe da China a PLVORA, que representou umgrande avano para a minerao no Ocidente.

    No alvorecer da era moderna, movidos pela nsia deacumular metais preciosos, os europeus lanaram-se conquista de novos mundos e multiplicaram nas

    colnias as minas, de onde tiravam ou sonhavamtirar ouro, prata e pedras preciosas.

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    A criao de ferramentas mais resistentes para uso naagricultura, construes e guerras incentivaram ohomem na melhoria de tcnicas de minerao emetalurgia.Entretanto, a utilizaode mo de obra

    escrava sempre foi umdos fatores que auxiliouna evoluo daatividade mineraria. Umexemplo disto foi aescravizao dos povosindgenas pelosespanhis paraexplotao de ouro e

    prata nas Amricas.Charge mostrando a explorao dos antigos povos americanospelos espanhis.[http://nowscape.com/atheism/pope_95/pope_gold_cartoon.jpg

    Ns damos DEUS a eles, e eles nos do OURO

    http://nowscape.com/atheism/pope_95/pope_gold_cartoon.jpghttp://nowscape.com/atheism/pope_95/pope_gold_cartoon.jpg
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    Com o incio da REVOLUO INDUSTRIAL, naEuropa, o CARVO passou a ser a substnciamineral mais importante, pois o mesmo se tornoucombustvel essencial para movimentar asmquinas a vapor.

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    As minas de carvoeuropias do sculoXIX tornaram-sesmbolo da exploraodesumana da mo deobra e das tenses quepermeiam as relaes

    de trabalho.

    Frias e midas

    Lotados de mineiros

    Galerias muito baixas

    Mulheres, crianas eanimais puxavam osvagonetes

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    Por favor madame. Estou

    tentando calcular o que menoscaro... Funerais ou padres de

    segurana!

    Seria melhor voltarmos para os

    negcios, companheiro!

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    No Brasil, alm dosvestgiosarqueolgicos, osprimeiros registros deminerao iniciam-seaps a descoberta,em 1590, da primeirajazida de ouro,prximo ao Pico doJaragu, Capitaniade So Vicente, nasproximidades da atualcidade de So Paulo.

    Cava antiga de ouro do Morro Doce, fotografada em

    1981 (Foto Celso Dal R Carneiro)

    Mesma cava de ouro, em foto de abril de 1996, maisameaada pela expanso urbana (Foto Celso Dal R

    Carneiro)

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    Ao longo dos primeiros dois sculos aps odescobrimento, as buscas aos metais preciosos poucorenderam.

    No entanto, a esperana de encontrar minerais de

    valor no havia se dissipado totalmente. Em 1603,Portugal baixou as Ordenaes Filipinas (PrimeiroRegimento de Terras Minerais do Brasil), cdigo deminas do qual pretendia organizar, disciplinar e

    estimular a minerao na colnia.

    Desiludida, a coroaportuguesa passou ainvestir na agricultura,

    especialmente na cana-de-acar.

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    Em 1608, foi promulgado o Segundo Regimento deTerras Minerais do Brasil, que estendia a ndios eestrangeiros o direito sobre minas porventuraencontradas.

    Na virada do sculo XVII para o XVIII, foi encontradoouro em Minas Gerais, iniciava-se assim o CICLO DO

    OURO no Brasil.

    Foi a maior festa

    em Portugalquando elessouberam da

    notcia

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    Calcula-se que s de Portugal tenham vindo cerca de450 mil pessoas durante o sculo XVIII.

    A exploso demogrfica levou a regio do ouro aocaos e, por ironia, fome (pela aridez das terras e

    pelos acessos precrios.Surgiu a figura do tropeiro, comerciante paulista ouportugus que, carregando mantimentos no lombo demulas, abastecia as vilas mineiras (preos elevados epagos em ouro em p).

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    A primeira providncia da Coroa portuguesa diante daabundncia do ouro encontrado em Minas foi criarestratgias que lhe permitissem um controle rgido daproduo.

    O ouro encontrado deveria ser encaminhado scasas de fundio, onde era pesado e fundido aps a

    separao do QUINTO (a parte da Coroa).

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    A descoberta e a minerao de ouro em MGprovocaram violentos conflitos de interesses.

    Paulistas x Emboabas (estrangeiros na lngua tupi)GUERRA DOS EMBOABAS (1709)

    1720 Revolta dos colonos de Vila Rica

    (devido a cobrana do quinto)1789 Inconfidncia Mineira

    (devido ao aumento da quantidadede ouro exigido pela coroa

    portuguesa). Instituio daDERRAMA (permitia o confiscodos bens de quem estivesse emdvida com o fisco

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    Alm do ouro houve a descoberta de diamantes(depsitos aluvionares) em Diamantina MG,novamente havendo cobrana de taxas elevadas efiscalizao da produo pela Coroa Portuguesa.

    Aps a desvinculaocolonial com Portugal,empresas de minerao

    foram criadas eestabelecidas no pas,iniciando assim o cicloda MINERAO

    brasileira.

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    COMPANHIAS INGLESAS

    1824 Imperial Brazilian MiningAssociation, com

    sede em Londres para lavrar ouro em Congo Soco MG.

    Entre 1824 a 1834 St. John Del Rey Mining co.,estabelecida em Morro Velho, Nova Lima MG.

    SERVIO GEOLGICO1907 Presidente Afonso Penna cria o SERVIOGEOLGICO E MINERALGICO DO BRASIL.

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    DIREITO MINERRIO BRASILEIRO

    Regime Regaliano (Perodo Colonial) jazidaspertenciam a Coroa Portuguesa.

    Regime Dominial (Durante o Imprio) jazidas

    pertenciam Nao.Regime de Acesso (Repblica Constituio

    de 1891) jazidas e minas pertenciam aoproprietrio do solo.

    Regime res nullius (Repblica Cdigo deMinas de 1934) em que jazidas e minas aningum pertencem. Detm-nas que asexplora legalmente. Vigente at hoje.

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    Hoje, a produo mineral interage com uma srie deatividades de interesse pblico. Ela afeta o meioambiente, a balana comercial, o desenvolvimentoregional, as receitas fiscais, entre outros setores. Deladependem atividades vitais a qualidade de vida.

    Ela abastece indstrias

    estratgicas como ametalrgica, e defertilizantes. Comunidadesinteiras surgem e vivem

    em reas remotas aoredor de minas.

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    Modernamente, a minerao uma atividade cara ecomplexa. Tem incio com a localizao de jazidasminerais, o que se faz por mero acaso oucientificamente.

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    Nesta fase faz-se uso de vrios trabalhos tcnicos,

    quais sejam:

    PESQUISA MINERAL

    sondagens

    poos de pesquisa

    trincheiras, etc.

    bem como a eventualaplicao de mtodos

    de prospecogeofsicos e/ougeoqumicos.

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    Todo esse trabalho visa confirmar, com um nvelrazovel de segurana, a existncia do jazimento, seucondicionamento geolgico (extenso, comportamentoestrutural, teores do minrio[1], etc.) e, sobretudo,calcular as reservas do minrio em foco e suaeconomicidade. S depois de qualificado equantificado o minrio e determinada a suaexeqibilidade econmica, que se deve dar incio aatividade de minerao propriamente dita:

    extrao e beneficiamento do minrio

    [1] Minrio Mineral(is) ou rocha de interesse econmico ou, ainda, rocha contendo

    mineral(is) de interesse econmico suscetvel(is) de ser extrado(s) e processadoeconomicamente[http://www.unb.br/ig/glossario/].

    http://www.unb.br/ig/glossario/http://www.unb.br/ig/glossario/http://www.unb.br/ig/glossario/http://www.unb.br/ig/glossario/http://www.unb.br/ig/glossario/http://www.unb.br/ig/glossario/http://www.unb.br/ig/glossario/http://www.unb.br/ig/glossario/
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    O que determina o mtodo de minerao a seradotado na lavra so as peculiaridades do terreno, dajazida e do minrio.

    Na prtica, a atividade mineral pode ser desenvolvida:

    a cu aberto

    subterrnea

    subaqutica

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    BEI, 2004. Minerais ao Alcance de Todos. Coleo Entenda e Aprenda. Editora Bei. So Paulo,SP, 141 pp.

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    Exemplos de Minas a Cu Aberto

    Mina de Ferro em Carajs PA

    Mina de Diamantes em Myrne, Rssia

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    Exemplos de Minas a Cu Aberto

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    Exemplos de Minas a Cu Aberto

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    Exemplos de Minas Subterrneas

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    Exemplos de Minas Subterrneas

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    Exemplos de Minas Subaquticas

    S

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    Exemplos de Minas Subaquticas

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    Alguns bens minerais causam, durante a sua extrao,muito impacto ao meio, tanto fsico, quanto social.

    Aqui o expectador deve fazer uma distino entreminerao e garimpo.

    MINERAO possui uma estrutura fsica e jurdicaorganizada, obedecendo todas as normas estabelecidaspelos rgos fiscalizadores (Ministrio de Minas eEnergia MME, Departamento Nacional de Pesquisa

    Mineral DNPM, Ministrio do Meio Ambiente MMA).

    GARIMPO desorganizado aos olhos dos rgos defiscalizao.

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    Mas como funciona o garimpo?

    Bem genericamente, o garimpo controlado pelo

    dono da terra (fazendeiro ou quem detm o direitomineral), e cada garimpeiro ganha por produo.

    O garimpo mais conhecido

    do mundo foi o de SerraPelada, no municpio deMarab ao sul do Estado doPar. Cerca de 30.000

    pessoas trabalharam narea, retirando por volta de10 toneladas de ouro daTerra.

    Foto:SebastioS

    algado

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    Fotos de Sebastio Salgado

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    A d d i i t d l l fil

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    A grandeza do garimpo serviu at de local para filmagemde clssicos do cinema nacional.

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    Mas como funciona o garimpo?

    Existem garimpos regulamentados e os irregulares

    (clandestinos).

    Garimpo de Diamantes em SerraLeoa, frica.

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    Mas como funciona o garimpo?

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    Mas como funciona o garimpo?

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    Mas como funciona o garimpo?

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    Mas como funciona o garimpo?

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    Mas como funciona o garimpo?

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    Mas como funciona o garimpo?

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    Apesar dos mtodos de extrao mineral serem bemdistintos, o fato que necessitamos deles!

    Se a relao entre o homem e mineral foi estreita,hoje ela crucial.

    Estatsticas mostram queo consumo, per capitadeprodutos de origemmineral varia entre 15 e18 toneladas ao ano nospases desenvolvidos, eentre 8 e 9 toneladas nospases emdesenvolvimento.

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    A principal preocupao associada aos minerais e aossistemas de suporte vida relaciona-se com duasquestes bsicas:

    escassez de recursos

    distribuio irregular desses recursos.

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    Os recursos minerais so, indubitavelmente, osexemplos mais claros de recurso natural no-renovvel, visto que aps o consumo no podem serrenovados, ou como salienta Nodari et al. (1987, p.27) MINRIO NO D DUAS SAFRAS.

    Tem-se, portanto, que

    a principalcaracterstica dosrecursos no-renovveis a

    possibilidade deexausto ouesgotamento, isto ,so recursos finitos

    (Nunes, 2003).

    NO EXISTE O RISCO DE ESCASSEZ DE

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    NO EXISTE O RISCO DE ESCASSEZ DE

    OFERTA MINERAL NO MDIO OU LONGOPRAZO

    O que est em jogo

    atualmente e estar nofuturo se o poder decompra de cidados denaes pobres ser ouno compatvel com oseu desejo de atingirpadres de vidamelhores (Suslick, et al.,2005).

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    Hoje somos totalmente dependentes da minerao,principalmente os residentes em grandes centrosurbanos.Alguns exemplos ilustram muito bem isto:

    Uma grande parte da gua

    ingerida diariamente gua mineral provenientede minerao.

    Os nossos alimentosnecessitam, em suamaioria, de adubao dosolo, que feitaprincipalmente com

    minerais.

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    E o nosso telejornal dirio? Nossas novelas? Sotransmitidos pela TV que composta de inmerosprodutos provenientes da minerao.

    No h duvida deque os minerais

    so essenciais aobem estar denossa atualcivilizao, sendo

    componentesfundamentais denosso estilo devida.

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    Depsitos minerais no Brasil

    Depsitos de gemas no Brasil

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    Depsitos de gemas no Brasil

    Depsitos minerais no Brasil

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    p

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    A d f i t d t i i

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    Apesar de fornecer a maior parte da matria primaconsumida diariamente, a Minerao continua mvista pela populao.

    Uma das principaisrazes para a respostanegativa da sociedade,mesmo em pases

    desenvolvidos, o nusrepresentado pelasminas abandonadas(Mackasey, 2000, apud

    Suslick et. al., 2005).

    O d d l i id d i l

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    Os desastres causados pela atividade mineral soreflexos principalmente do inadequado gerenciamentodo passivo ambiental[1].

    [1] O termo passivo ambiental utilizado para denominar custos e responsabilidadescivis geradoras de dispndios referentes s atividades de adequao de um

    empreendimento aos requisitos da legislao ambiental e compensao de danosambientais (Fundao Estadual de Engenharia do Meio Ambiente. 1997)

    Tipo de ImpactoFreqncia

    dosImpactos (%)

    Contaminao da gua da superfcie 70

    Contaminao da gua subterrnea 65

    Contaminao do solo 50

    Impactos sade humana 35

    Prejuzo Flora e Fauna 25Contaminao do ar 20

    Tabela Impactos e freqncias geradas pela minerao e processamentomineral (Suslick et. al., 2005).

    Rompimento de Barragens

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    Rompimento de Barragens

    Rompimento de Barragens

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    Rompimento de Barragens

    Acidificao de drenagens e guas subterrneas

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    Acidificao de drenagens e guas subterrneas

    Poluio Atmosfrica

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    Poluio Atmosfrica

    Mudana da Paisagem

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    Mudana da Paisagem

    Doenas associadas a Minerao

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    Mal de Minamata (Provocado pelo excesso demercrio no organismo).

    Sintomas = dores de cabea, entorpecimento da viso,depresso, perda do controle motor e paralisia muscular.

    Silicose (Provocado pelo excesso de slica nospulmes).

    Sintomas = tosse, produo de escarro e dificuldade respiratriagrave.

    Asbestose (Provocado pelo acmulo de asbestonos pulmes).

    Sintomas = Os sintomas iniciais so uma dificuldade respiratriadiscreta e a diminuio da capacidade de realizar exerccios. O cncerde pulmo est relacionado em parte ao grau de exposio s fibras deasbesto. No entanto, entre os indivduos com asbestose, o cncer depulmo ocorre quase exclusivamente nos que tambm so tabagistas,sobretudo naqueles que consomem mais de um mao de cigarros pordia.

    Doenas associadas a Minerao

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    Um recurso indispensvel para amenizar os efeitos da

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    Um recurso indispensvel para amenizar os efeitos daminerao a RECICLAGEM.

    bastante bvio que a reciclagem e asustentabilidade seguem caminhos convergentes,garantindo a disponibilidade futura de materiais.

    No resta dvida de que a reciclagem provbenefcios ambientais em termos de poupana de

    energia, emisses reduzidas associadas comeconomia de energia e volumes reduzidos de rejeitos(Suslick et. al., 2005).

    A reciclagem reduz a demanda dos metais primrios e

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    A reciclagem reduz a demanda dos metais primrios erequer quantidade de energia consideravelmentemenor que a utilizada na produo de um metal na

    sua forma primria.

    Por exemplo, as sucatas de alumnio e de ao necessitam

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    respectivamente de 5% a 25% de energia quando comparadas com osseus metais na forma primria.

    Discriminao 1992 1997 2002 2003 2004

    Latas recicladas (bilhes) 0,80 7,34 9,75 9,22 9,4

    Latas recicladas (mil toneladas) 5,1 61,7 121,1 111,9 121,3

    Recursos gerados (milhes de R$) 33 510 850 --1 850

    Empregos gerados --1 --1 150.000 160.000 165.0003

    ndice de latas recicladas (%) 39,4 64 86,5 89 95,7

    ASPECTOS SCIO ECONMICOS DA RECICLAGEM DE ALUMNIOEstimativa do nmero de pontos de compra de sucata de alumnio espalhadas pelo Brasil2 6.000

    Economia de Energia proporcionada pela reciclagem de latas de alumnio em 20042 (GWh/ano) 1.700

    Economia de Energia proporcionada pela reciclagem de latas de alumnio em 20022 (% de toda aenergia gerada no pas) 0,5

    Economia de Bauxita em 20042 (mil toneladas) 600

    Consumo anual mdio per capita brasileiro 20043

    (nmero de latas) 55Consumo anual mdio per capita norte americano2 (nmero de latas) 375

    Total de Sucata de alumnio reciclada no Brasil em 2004 (mil toneladas) 270

    Fontes: ABAL (2005) e ABRALATAS (2005)1 Dados no disponveis; 2 ABAL (2005); 3 ABRALATAS (2005)NOTA: Desde 2001, o Brasil passou a ser o pas que mais recicla latas de alumnio (onde a atividade voluntria). Em 2000, o ndice

    brasileiro alcanou 85% contra 83% do Japo que mantinha a liderana. Atualmente, o mesmo alumnio que sai da fbrica levaaproximadamente 30 dias para voltar ao mercado como matria-prima de uma nova lata.

    Em vrios casos a reciclagem demanda

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    Em vrios casos, a reciclagem demandaquantidades superiores de energia quandocomparadas fabricao a partir da matria-prima

    (alguns dos aos utilizados na construo deplataformas martimas, fabricados para resistirdcadas de intempries e adversidades ocenicas).

    Com isto, se todos os custosforem contabilizados (emisso depoluentes, produo de resduos,

    consumo de energia, etc.), areciclagem pode deixar de seruma soluo ecologicamentevivel.

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    Minerarrochas , antes de tudo, construir este Pas,viabilizar a construo de escolas, hospitais, pontes,viadutos, estradas, saneamento, habitaes e toda

    sorte de elementos que geram conforto, sade edesenvolvimento ao povo. Qualquer entendimentofora disso, ser mera incompreenso sobre suaverdadeira funo social, em desalinho com o realinteresse daNao.

    Carlos Alberto Babo(Coordenador do Frum Empresarial das Indstrias de Areia e Brita)

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    FIM