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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EDUARDA BALTHAZAR SOARES MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS VOLTA REDONDA 2011

MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

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trabalho de conclusão de curso

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Page 1: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

1

FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

EDUARDA BALTHAZAR SOARES

MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

VOLTA REDONDA

2011

Page 2: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

Monografia apresentada ao curso de Design

do UniFOA como requisito à obtenção do

título de Bacharel em Design

Aluna: Eduarda Balthazar Soares

Orientador: Prof. Mestre: Moacyr Ennes

Amorim

VOLTA REDONDA

2011

Page 3: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

3

FOLHA DE APROVAÇÃO

Aluna:

Eduarda Balthazar Soares

Título:

Mini Estúdio Portátil para fotógrafos profissionais

Orientador:

Prof. Mestre Moacyr Ennes Amorim

Banca Examinadora:

_______________________________________

Prof.:

_______________________________________

Prof.:

_______________________________________

Prof.:

Page 4: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

4

DEDICATÓRIA

“O design é o procedimento direto de

analisar, criar e desenvolver produtos

para a sua fabricação em série. O seu

fim é obter formas, cuja aceitação

esteja garantida antes que se tenha

feito qualquer importante emprego de

capital e que possam ser fabricadas

por um preço que permita uma

distribuição vasta e lucros razoáveis.”

Van Doren

Page 5: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

5

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais Adilson e Cecília, pelo

apoio e patrocínio para mais essa etapa da

minha vida, à minha irmã Ellen pela paciência e

compreensão na minha ausência. À Ludimila

pela ajuda e companhia em todos os momentos.

À todos os amigos que não estão aqui citados,

mas que contribuíram de alguma forma.

Page 6: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

6

RESUMO

O presente trabalho visa estudar e criar um estúdio fotográfico portátil que

facilite a vida de usuários fotógrafos profissionais, exigentes com tecnologia e

qualidade, fácil de transportar e montar, com o menor risco de acidentes possível

devido ao peso do equipamento, com a possibilidade de ser usado em vários locais

e que atenda também às demandas do mercado brasileiro, ainda despreparado para

atender a crescente tecnológica e com um custo acessível.

Palavras chave: Estúdio, Fotografia, Tecnologia, Design de Produto;

Page 7: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

7

ABSTRACT

The present work aims to study and create a portable photo studio that

make life easier for users to professional photographers, with strict technology and

quality, easy to transport and assemble at the lowest possible risk of accidents due to

the weight of equipment, with the possibility of being used in multiple locations and

that also meets the demands of the Brazilian market, still unprepared to meet the

growing technological and cost-effectively.

Keywords: Studio, Photography, Technology, Product Design.

Page 8: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................. 14

2. JUSTIFICATIVA ............................................................................... 16

2.1 Quanto à importância do projeto: .................................................. 16

2.2 Quanto à oportunidade: ................................................................ 16

2.3 Quanto à viabilidade: .................................................................... 17

3. Objetivo ........................................................................................... 18

3.1 Objetivos operacionais ................................................................. 18

3.2 Objetivos específicos .................................................................... 18

4. Método e Técnicas a serem utilizados ......................................... 19

4.1 Funções do produto ...................................................................... 20

4.2 Requisitos do produto ................................................................... 21

5. Problematização ............................................................................. 23

6. Levantamento e Análise de Dados ............................................... 27

6.1 Origem da Fotografia .................................................................... 27

6.2 Fotografia Publicitária ................................................................... 28

6.3 Fotografia digital ........................................................................... 29

6.4 Relação Fotógrafo X Agência ....................................................... 30

6.5 Usuários........................................................................................ 31

6.6 Ambiente ....................................................................................... 33

6.6.1 Quanto ao ambiente físico ....................................................... 33

6.6.2 Quanto ao ambiente social ...................................................... 34

6.6.3 Análise ..................................................................................... 34

7. Similares ......................................................................................... 36

7.1 Ficha de Similares ........................................................................ 36

7.1.1 Similares Diretos ...................................................................... 37

Page 9: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

9

7.1.2 Similares Indiretos ................................................................... 39

7.2 Análise Estrutural .......................................................................... 41

7.3 . Análise das Funções .................................................................. 43

8. Técnicos, Materiais e Processos .................................................. 44

8.1 Materiais prováveis ....................................................................... 44

8.1.1 Polímeros ................................................................................. 44

8.2 Plásticos Aplicáveis ...................................................................... 46

8.2.1 Poliestireno .............................................................................. 46

8.2.2 ABS/SAN ................................................................................. 48

8.2.3 Acrílico ..................................................................................... 49

8.2.4 Policarbonato ........................................................................... 50

8.2.5 Metais ...................................................................................... 50

8.2.6 Aço inoxidável .......................................................................... 52

8.2.7 Cobre (Cu) ............................................................................... 52

8.2.8 Ligas de cobre ......................................................................... 53

8.2.9 Bronze ...................................................................................... 53

8.2.10 Latões ..................................................................................... 54

8.2.11 Alumínio ................................................................................. 55

8.2.12 LED ........................................................................................ 56

8.3 Análise do capítulo ....................................................................... 57

9. Ergonômicos .................................................................................. 59

9.1 Análise da Tarefa .......................................................................... 59

9.2 Dimensionamento Estático, Dinâmico e Funcional ....................... 60

9.2.1 Problema .................................................................................. 60

9.3 As mãos e o design de equipamentos ............................................ 63

9.4 Esquemas antropométricos ............................................................ 66

9.5 Análise ............................................................................................ 66

9.5.1 Quanto aos aspectos formais funcionais ................................. 60

9.5.2 Quanto aos aspectos de uso ................................................... 67

Page 10: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

10

10. Síntese ............................................................................................ 68

11. Geração de Alternativas ................................................................ 75

12. Seleção da Alternativa ................................................................... 71

13. Detalhamento Técnico ................................................................... 73

14. Referências Bibliográficas ............................................................ 75

Page 11: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

11

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Avanço da Tecnologia ................................................................ 23

Figura 2 Foto Publicitária .......................................................................... 24

Figura 3 Exemplo de símbolo substituindo palavras ................................ 24

Figura 4 Fotógrafo e seus equipamentos ................................................. 25

Figura 5 Equipamentos fotográficos ......................................................... 25

Figura 6 Vista da janela da casa de Niépce. ............................................ 27

Figura 7 Polímeros ................................................................................... 46

Figura 8 Polímeros e suas formas ............................................................ 46

Figura 9 Poliestireno ................................................................................. 47

Figura 10 Chapas de Poliestireno ............................................................ 47

Figura 11 Capacetes feitos de ABS .......................................................... 48

Figura 12 Chapas de Acrílico ................................................................... 49

Figura 13 Policarbonato ........................................................................... 50

Figura 14 Vários tipos de Metais .............................................................. 51

Figura 15 Aço Inoxidável .......................................................................... 52

Figura 16 Cobre........................................................................................ 53

Figura 17 Bronze ...................................................................................... 54

Figura 18 Latões....................................................................................... 55

Figura 19 Alumínio ................................................................................... 56

Figura 20 LED .......................................................................................... 57

Figura 21 Anatomia da mão .................................................................... 64

Figura 22 Amostra de “pega” .................................................................... 65

Figura 23 Esquema antropométrico 1 ...................................................... 65

Figura 24 Esquema antropométrico 2 ...................................................... 65

Figura 25 – Fotografando um produto ...................................................... 67

Figura 26 – Fotografando um produto sem a mesa de apoio ................... 67

Figura 27 – Detalhamento do movimento ................................................. 68

Figura 28 Geração de Alternativas 1 (croqui) ........................................... 70

Figura 29 Geração de Alternativas 2 (croqui) ........................................... 70

Figura 30 Geração de Alternativas 3 (croqui) ........................................... 70

Figura 31 Desenho final ........................................................................... 71

Figura 32 Tabela de Seleção de Critérios ................................................ 72

Page 12: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

12

Figura 33 Vistas ortogonais fechado ........................................................ 73

Figura 34 Vistas ortogonais aberto ........................................................... 74

Page 13: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

13

LISTA DE TABELA

Tabela 1 ................................................................................................... 37

Tabela 2 ................................................................................................... 37

Tabela 3 ................................................................................................... 38

Tabela 4 ................................................................................................... 38

Tabela 5 ................................................................................................... 39

Tabela 6 ................................................................................................... 39

Tabela 7 ................................................................................................... 40

Tabela 8 ................................................................................................... 40

Tabela 9 ................................................................................................... 41

Tabela 10 ................................................................................................. 41

Tabela 11 ................................................................................................. 42

Tabela 12 ................................................................................................. 42

Page 14: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

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1. INTRODUÇÃO

A população brasileira vem se desenvolvendo tecnologicamente de forma

rápida, por isso a sociedade se depara com um tipo de demanda por serviços e

produtos diferenciados, de onde nasce a necessidade do desenvolvimento de

produtos específicos para atender a essa tecnologia avançada. Estas pessoas

apresentam um avanço gradativo da necessidade de produtos que se adaptem ao

seu tipo de profissão e atendam a demanda de trabalhos que são feitos.

O design do produto é fundamentado nos princípios do design universal,

proporcionando aos futuros utilizadores a mobilidade e a qualidade que esse público

exige, aliado à tecnologia avançada sem a necessidade de adaptações.

As imagens estão em todo lugar. Os símbolos substituíram as palavras e,

do século XIX até aqui, tornaram-se verdadeiras válvulas de escape da sociedade.

Em todo e qualquer local público, há uma imagem, uma fotografia, querendo dizer

algo – mesmo nos países que, por alguma razão, têm uma circulação de imagens

limitada e/ou censurada.

O presente trabalho visa estudar e criar um produto que facilite a vida de

usuários fotógrafos profissionais, exigentes com tecnologia e qualidade, fácil de

transportar e montar, com o menor risco de acidentes possível devido ao peso do

equipamento, com a possibilidade de ser usado em vários locais e que atenda

também às demandas do mercado brasileiro, ainda despreparado para atender a

crescente tecnológica e com um custo acessível.

Na primeira parte do desenvolvimento do trabalho, será abordada a

origem da fotografia e os recursos utilizados há mais de 170 anos, que evoluíram

nos meios de comunicação visual, revolucionando em termos tecnológicos, além do

advento da fotografia digital, através de elementos fotossensíveis que captam as

imagens através de impulsos elétricos e a presença de luz em todos esses

processos. Ainda neste capítulo, será destacada a fotografia digital como um novo

meio de comunicação, com a necessidade de fazer uma integração com as demais

habilitações que a profissão de designer executa, sempre ligados à evolução

tecnológica dos produtos lançados no mercado, bem como nos adaptarmos aos

processos e meios de comunicação mercadológicos.

Será dado enfoque aos estúdios fotográficos e seus equipamentos

tecnológicos, fazendo uma ligação com a arte e, principalmente, com a imagem. Por

Page 15: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

15

conseguinte, serão feitas algumas considerações gerais sobre fotografia de produto,

a que adquiriu um caráter comercial, influenciando decisivamente em áreas como

publicidade, propaganda e foto-jornalismo.

Na segunda parte do trabalho, serão apresentados os processos de

pesquisa e análise metodológica, onde se anunciam os passos que foram

indispensáveis para por em prática a teoria.

Na terceira e última etapa, apresentam-se os processos da criação do

produto em si, em que as técnicas de produção serão aplicadas no desenvolvimento

do equipamento. Pretende-se chegar aos resultados apresentados durante todo o

trabalho de pesquisa com um produto montado e pronto para entrar no mercado.

Page 16: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

16

2. JUSTIFICATIVA

2.1 Quanto à importância do projeto:

A fotografia exerce hoje uma primazia quase absoluta na ilustração da

propaganda brasileira e de outros países, sobretudo, na qualidade de foto

publicitária, na qual existem importantes níveis de aprendizado. Logo a fotografia

ganhou criatividade, atitude, beleza, glamour, sensibilidade, composição, maior

fluidez e espontaneidade.

A fotografia editorial publicitária atrai a curiosidade e prende o público

consumidor, prometendo a realização de desejos latentes à fotografia, de tal modo

que é assim que a mídia estimula a comunicação e a reflexão, sendo, muitas vezes,

mais agressiva e realista que outras formas de expressão usadas atualmente.

Com o desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação, cada vez

mais o indivíduo tem a possibilidade de ampliar seu conhecimento nas mais diversas

áreas e de expressar livremente o seu saber, a sua cultura, atingindo um potencial

infinito.

O fotógrafo em si, seja na busca pela perfeição de uma fotografia

amadora ou pela qualidade de seu trabalho fotográfico profissional tem a

necessidade de cada vez mais acompanhar o desenvolvimento tecnológico dos

produtos eletrônicos e aparelhagem.

2.2 Quanto à oportunidade:

Um dos fatores bem conhecidos sobre o processo de desenvolvimento de

produto é que o grau de incerteza no início deste processo é bem elevado,

diminuindo com o tempo, mas é justamente no início que se seleciona a maior

quantidade de soluções construtivas. As decisões entre alternativas no início do ciclo

de desenvolvimento são responsáveis por 85% do custo do produto final. O custo de

modificação aumenta ao longo do ciclo de desenvolvimento, pois a cada mudança,

um número maior de decisões já tomadas pode ser invalidado.

Assim, é por si só um desafio gerenciar as incertezas envolvidas num

processo de desenvolvimento de produto, onde as decisões de maior impacto têm

Page 17: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

17

que ser tomadas no momento em que existe um maior número de alternativas e

grau de incerteza. Soma-se a isto:

- o fato deste processo se basear num ciclo projetar – construir – testar

que geram atividades necessariamente interativas;

- de ser uma atividade essencialmente multidisciplinar (trazendo fortes

barreiras culturais sobre a integração);

- a existência de uma quantidade grande de ferramentas, sistemas,

metodologias, soluções, etc., desenvolvidas por profissionais/empresas de

diferentes áreas, as quais não "conversam" entre si;

- e a existência de diversas parciais sobre o processo de desenvolvimento

do produto.

2.3 Quanto à viabilidade:

No Brasil, o aumento da população será na ordem de cinco vezes, entre

1950 e 2025. Assim, no ano de 2025, o Brasil será a sexta população de

profissionais em fotografia do mundo, o que demonstra uma crescente demanda de

recursos para atender essa população. Esses números mostram que a sociedade

brasileira terá que enfrentar novo desafio dos complexos problemas que envolvem o

referente a espaço, economia com recursos e necessidade de novas tecnologias.

O estúdio fixo, atualmente é um local de muita despesa para o fotógrafo,

pois concentram vários fatores, como aluguel, gasto de energia, aparência, espaços

reduzidos que dificultam a movimentação e montagem de aparelhos, muitos objetos

salientes, entre outros. É necessário observar que o fotógrafo, necessita para fazer

um trabalho de qualidade de não somente a experiência e o conhecimento adquirido

ao longo dos anos, mas também da aparelhagem correta que vai auxiliá-lo na

criação da foto.

Page 18: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

18

3. OBJETIVO

3.1 Objetivos operacionais

Pesquisar sobre a história da fotografia, seus equipamentos e

especificamente sobre a fotografia de produto. Pesquisar sobre a ergonomia e as

aplicações que terão no produto a ser desenvolvido. Falar um pouco sobre os

materiais que poderão ser usados no projeto final.

3.2 Objetivos específicos

Desenvolver um Mini Estúdio Fotográfico Portátil para fotógrafos

profissionais, propiciando melhor qualidade de equipamento, superação das

dificuldades em usá-los e diminuindo o risco de acidentes lombares.

O mini estúdio fotográfico deve ter um desenho que facilite o uso, seja

portátil, diminua o risco de acidentes no seu transporte, seja durável, resistente,

bonito e barato, entre outros, para ser usado por fotógrafos profissionais. O mini

estúdio será focado na produção de fotos de produtos, as chamadas fotos still. O

equipamento vai contar com luminárias, diferentes tipos de fundo infinito, apoio para

produtos, mala rígida para transporte, tomadas, extensões e tripé.

Page 19: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

19

4. MÉTODO E TÉCNICAS A SEREM UTILIZADOS

O presente trabalho possui como estudo três principais vertentes:

conceituar o produto, Mini Estúdio Fotográfico Portátil, apresentando como surgiu a

idéia e as variáveis que o projeto engloba. Dentro desta conceituação também se

incluem os níveis de cada pontuação (básico, intermediário e avançado),

apresentando o resultado de sua aplicação através de um estudo de caso com

produtos similares, pesquisa com os usuários, desempenho versus práticas e

desenvolvimento do produto. Com base na aplicação prática no desenvolvimento do

produto, propõe-se como outro método o questionário de utilização, com foco no

produto, para aprimoramento da ferramenta e refinamento dos dados. O

detalhamento visa atender de forma mais detalhada as variáveis que influenciam no

Desenvolvimento do Produto, criando métricas para que ele também seja enxuto, e

desta forma, agregue mais valor ao produto, reduzindo tempo e custo do projeto a

ser desenvolvido por meio da eliminação dos desperdícios e da otimização dos

recursos humanos e físicos.

Para Yin (2001)1, um estudo de caso é uma investigação empírica que

trata de um fenômeno contemporâneo dentro do seu contexto de vida real, em que

múltiplas fontes de evidência são usadas. O trabalho utiliza o método descritivo,

para que se possa desenvolver uma correlação entre a teoria apresentada e a real

aplicação do produto como uma ferramenta que agrega valor ao trabalho e

proporciona maior conforto e usabilidade aos usuários.

De acordo com Munari (1998)2, o processo metodológico tem como

objetivo atingir o melhor resultado com o menor esforço. O autor afirma que o

método de projeto não é absoluto nem definitivo, podendo ser modificado caso ele

encontre outros valores objetivos que melhorem o processo.

Sobre o assunto Baxter (2003)3 diz que o desenvolvimento de um novo

produto é uma tarefa complexa e arriscada. Muitos obtêm sucesso enquanto outros

o fracasso. Diversos fatores determinam a diferença entre esses dois momentos.

Certamente a orientação para o mercado é um dos mais importantes e criteriosos

processos desse planejamento, visando obter produtos com diferenciação em

1 YIN, 2001, p.61

2 MUNARI, Bruno, 1998, p.30

3 BAXTER, Mike, 2003, p.46

Page 20: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

20

relação aos seus concorrentes e apresentar características valorizadas pelo

consumidor.

O segredo de uma inovação bem sucedida é o estabelecimento de metas

e o gerenciamento dos riscos. Baxter (2003)4 declara que ao lançar um novo produto

no mercado, devem-se estabelecer metas, verificar se satisfaz aos objetivos

propostos, se é bem aceito pelos consumidores e se o projeto pode ser fabricado a

um custo aceitável, considerando a vida útil no mercado. Os métodos de inovação

devem considerar todos esses fatores e minimizar os riscos de fracasso do novo

produto.

A metodologia foi criada baseando-se nos conceitos dos autores Bruno

Munari e Mike Baxter para o projeto de produtos. A fim de coletar informações

precisas e dados relevantes foi realizada a fundamentação teórica.

A pesquisa bibliográfica refere-se ao histórico da Fotografia, para a

compreensão dessa evolução, analisa o público-alvo e o mercado tecnológico

específco para Foto, localiza o que há no estado do design, tecnologia e materiais

que envolvem o desenvolvimento de um Mini Estúdio Portátil. De acordo com o

formato adotado para o método, os indicadores a serem medidos dentro de cada

uma das variáveis estão divididos entre indicadores de prática gerenciais e

operacionais e indicadores das performances obtidas. O primeiro grupo de

indicadores citado está relacionado com ferramentas, técnicas gerenciais e

tecnologias introduzidas no sistema produtivo; enquanto que a desempenho é o

resultado mensurável das práticas obtidas. Ao longo do trabalho serão detalhados e

explicados através de um estudo de caso para sua utilização.

4.1 Funções do produto

Tomando-se, como base, Bomfim, (apud MORAES, 1983)5, a atuação do

designer de produto tem como objetivo principal propiciar que o produto atenda às

funções que lhe são próprias.

As funções se referem às necessidades e se manifestam potencialmente

através da interação entre produto e sujeito. O produto, analisado do ponto de vista

do designer, é uma estrutura resultante da combinação de fatores manipuláveis

4 BAXTER, Mike, 2004, p.23

5 BOMFIM, apud MORAES, 1983, p.2

Page 21: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

21

(forma, material dimensões, superfície, cor, arranjo físico), que é portadora em

potencial de um conjunto de funções. As funções, de um modo mais geral, se

classificam, de acordo com Mukarovsky, (apud MORAES, 1983)6 em: função prática,

função estética e função simbólica.

Por função prática, compreende-se o produto desde o seu nível objetivo:

um meio de transporte para transportar deve-se locomover, passando-se para o seu

processo de utilização, isto é, a interação sujeito/produto (nível fisiológico), e

chegando-se à função simbólica a qual está no nível psicológico, sociológico e

pedagógico do usuário.

No nível objetivo do produto, são fundamentais as interações com as

engenharias (mecânica, elétrica, eletrônica, química). Nos níveis fisiológicos e

psicológicos, é imprescindível o aporte da Ergonomia.

De um modo mais detalhado, um produto apresenta diversas funções e

requisitos os quais apresentam interfaces com diversas áreas de conhecimento.

4.2 Requisitos do produto

A partir do exame da evolução do homem como designer, pode-se

verificar que o produto deve atender a determinados requisitos que constituem as

características que o sistema deve ter para que se atinjam os objetivos pretendidos

e se obtenha como resultado, o melhor desempenho.

A partir de Palmer (1983)7, listam-se os requisitos de um produto:

- Requisito técnico;

- Requisito ergonômico;

- Requisito estético.

Moraes (1993)8 lembra que, enquanto a produção se dava de modo

artesanal, era possível obter formas úteis e funcionais sem excessivos requisitos

teóricos. No entanto, a complexidade tecnológica e a produção em série

impossibilitaram técnica e economicamente, o aperfeiçoamento da funcionalidade do

objeto a partir do uso e de adaptações sucessivas. Assim, é necessário que se

6 MUKAROVSKY, apud MORAES, 1983, p.2

7 PALMER, 1983, p.3

8 MORAES, 1993

Page 22: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

22

conheça a priori os fatores determinantes da melhor adequação do produto ao seu

usuário.

Efetivamente, cabe afirmar que o objeto industrial existe desde o

momento em que foi projetado, desde o instante em que se finaliza o desenho

técnico de fabricação, que dará lugar à realização do modelo-protótipo, a partir do

qual se originará a série perfeitamente igual e idêntica de todas as peças que virão

depois da primeira. “A obra do artista na peça de artesanato se explica ao final da

elaboração, enquanto que a obra do designer na peça industrial se explica no

princípio” (DORFLES, apud MORAES, 1983)9.

Assim, paradoxalmente, a evolução tecnológica enfatizou a necessidade

de otimizar as funções humanas. Depois de contínuos avanços em engenharia,

onde o homem se adaptou, mal ou bem, à máquina, ficou evidente que o fator

humano é primordial.

Em sistemas complexos, onde partes das funções classicamente executadas pelo homem puderam ser substituídas por máquinas, uma incorreta adequação às funções humanas pode invalidar a confiabilidade de todo o sistema. (CRONEY, apud MORAES, 1983)

10

De acordo com Moraes (1993)11, compreende-se o produto como

subsistema de um sistema homem-máquina que possui uma meta explícita, cuja

consecução depende da implementação de determinados requisitos e do

desempenho de funções prescritas. O subsistema máquina/produto, por sua vez,

compõe-se de vários subsubsistemas que devem cumprir requisitos estabelecidos e

executar funções especificadas. Mais ainda, o sistema homem máquina existe num

determinado ambiente, o que implica restrições e constrangimentos.

9 DORFLES, apud MORAES, 1983, p.4

10 CRONEY, apud MORAES, 1983, p.4

11 MORAES, 1993, p.365

Page 23: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

23

5. PROBLEMATIZAÇÃO

A população brasileira vem se desenvolvendo tecnologicamente de forma rápida,

por isso a sociedade se depara com um tipo de demanda por serviços e produtos

diferenciados, de onde nasce à necessidade do desenvolvimento de produtos

específicos para atender a essa tecnologia avançada. Estas pessoas apresentam

um avanço gradativo da necessidade de produtos que se adaptem ao seu tipo de

profissão e atendam a demanda de trabalhos que são feitos.

Figura 1 Avanço da Tecnologia

As imagens estão em todo lugar. Os símbolos substituíram as palavras e,

do século XIX até aqui, tornaram-se verdadeiras válvulas de escape da sociedade.

Em todo e qualquer local público, há uma imagem, uma fotografia, querendo dizer

algo – mesmo nos países que, por alguma razão, têm uma circulação de imagens

limitada e/ou censurada.

Page 24: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

24

Figura 2 Foto Publicitária

Figura 3 Exemplo de símbolo substituindo palavras

Hoje em dia, com a correria das grandes cidades, a falta de tempo para

se fazer as coisas, está fazendo com que o ser humano, não se adapte

corretamente a esse novo estilo de vida. Os produtos presentes atualmente no

mercado não atendem esses usuários, pois não são portáteis, são pesados e difíceis

de montar, além de um custo elevado.

Page 25: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

25

Figura 4 Fotógrafo e seus equipamentos

Figura 5 Equipamentos fotográficos

A criação de um produto conciso e de fácil transporte e manuseio, eficiente e

de baixo custo – conforme os conceitos de design da – uma possível solução para este

tipo de situação. Conforme afirma Norman (2006)12

, é função do designer projetar

soluções inteligentes e viáveis que facilitem o cotidiano das pessoas já que, além de

minimizar o tempo que o fotógrafo desperdiçaria ao transportar todos os equipamentos

na tentativa de conquistar um cliente, proporciona mais oportunidades para o exercício

da profissão e do seu olhar fotográfico.

12

NORMAN, Donald A., 2006, p. 15

Page 26: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

26

A partir deste conceito será desenvolvido um produto que facilite a vida de

usuários fotógrafos profissionais exigentes com tecnologia e qualidade, fácil de

transportar e montar, com o menor risco de acidentes possível devido ao peso do

equipamento, com a possibilidade de ser usado em vários locais e que atenda

também às demandas do mercado brasileiro, ainda despreparado para atender a

crescente tecnológica e com um custo acessível.

Page 27: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

27

6. LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DADOS

6.1 Origem da Fotografia

Desde o surgimento das primeiras técnicas de captura de imagens, que

hoje levam o nome de fotografia, muitos nomes podem ser citados: Joseph Niépce,

Louis-Jacques Daguerre, Josef Petzval, William Henry Fox Talbot, John Herschel,

George Eastman, entre outros.

A primeira fotografia é atribuída a Joseph Niépce, 1826, após utilizar uma

placa de estanho recoberta de betume branco, que, com a presença de luz

endurecia. Após 8 horas de exposição, dava-se forma à primeira fotografia. Este

processo foi chamado de Heliografia, que quer dizer “gravura com a luz solar”

(Cotianet, 2005)13.

Figura 6 Vista da janela da casa de Niépce.

Em 1829, o processo sofreu modificações e Niépce trabalhava com um

sócio. Era Louis-Jacques Daguerre. As placas eram recobertas com estanho, e

escurecia as sombras com vapor de iodo. Niépce Morreu em 1833 e suas obras

ficaram com Daguerre. Foi o princípio da fotografia.

George Eastman, em 1886, ao lançar a Kodak, surgiu com o slogan “Você

aperta o botão, nós fazemos o resto”. Nisso, surgiram câmeras leves, sem a

necessidade do uso de chapas e manipulações complexas.

13

Cotianet, site sobre fotografia, 2005

Page 28: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

28

A evolução da fotografia não parou aí. Surgiram novos equipamentos,

tecnologias e novas descobertas, que enriqueceram o trabalho fotográfico. Hoje

temos uma infinidade de opções. Tipos de lentes entre outros acessórios

indispensáveis no universo dos fotógrafos contemporâneos. Sem se esquecer claro,

da revolução imposta pela digitalização dos equipamentos para fotografia. As

câmeras digitais são o início disto.

Porém, apenas a câmera digital não produz muito. Junto com ela, vêm

novos produtos: scanners, softwares, computadores. Estes equipamentos dão o

suporte para o sucesso do trabalho digital. Tudo isso mostra a evolução constante

no advento tecnológico voltado ao universo fotográfico. Seja nos campos

profissional, como na vida pessoal, no dia-a-dia em geral, os produtos e opções são

os mais variados possíveis.

6.2 Fotografia Publicitária

A fotografia publicitária é uma ferramenta muito utilizada pelas agências e

anunciantes. Com apenas uma imagem, pode-se dizer várias coisas.

Mas, como cita Roland Barthes “A fotografia é um canto alternado de

Olhem, Olhe, Eis aqui”. (BARTHES)14

A fotografia por si só, carrega o seu imperativismo ao momento que nos

deparamos com ela. Ou seja, as fotografias publicitárias estão dispostas por todo o

tipo de material. Uma única imagem pode expressar muitas coisas ao mesmo tempo.

Comovendo, cativando, surpreendendo. Também deve chamar e prender a atenção

das pessoas e buscar depois disso, uma forma imperativa na vida das pessoas,

criando a necessidade do consumo. Para chegar neste nível de convencimento, a

fotografia deve agir em vários pontos com as pessoas, como o subconsciente,

criando desejos e buscando formas de satisfazê-los. Segundo o acervo digital da

Abrafoto (2005) “A fotografia para publicidade é uma encomenda”. Esta encomenda

é feita geralmente por agências ou diretamente por anunciantes. O fotógrafo ou

estúdio fará o papel de prestador de serviços. Ela pode ser utilizada para diversas

áreas na publicidade, bem como para todo o tipo de mídia: seja digital, impressa,

promocional, entre outras.

14

BARTHES, Roland, 1984, p.14

Page 29: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

29

A função principal da fotografia publicitária nada mais é do que vender,

anunciar produtos, serviços. Ou ainda como Piovan “A fotografia publicitária é a mais

comercial entre todas. Visa vender um produto, não mais”. (PIOVAN, 2003)15

A fotografia Publicitária deve atrair os olhos das pessoas para o novo,

moderno, contemporâneo, o que existe de melhor. Ou seja, o produto ou serviço que

está sendo anunciado. Ela deve agir como estimulante para levar o consumidor a

consumir.

Nossos olhos comprovam diariamente pelas ruas da cidade e pela leitura em jornais e revistas que a fotografia refresca, abre o apetite, deixa um aroma no ar, muda comportamentos. Ela induz, seduz, cria necessidades que antes não existiam.( ZUANETTI, 2002)

16

Em suma, a fotografia vende e vende sem parar. Além disso, a fotografia

publicitária ainda consegue atingir outros níveis nas pessoas, como emocionar,

transmitir ideologias, motivar, aliar sentimentos das pessoas, a fim de que, aquela

imagem se torne pessoal a cada um, da sua forma. E claro, o mais importante:

Vender o seu produto.

6.3 Fotografia digital

No cenário atual, onde as novas tecnologias estão a cada dia tomando

mais espaço diante da vida de todos, com o universo da fotografia não poderia ser

diferente. No caso da fotografia digital, que por muitos é vista como a grande

ferramenta para o trabalho do fotógrafo, Charoux (In Revista ABOUT, 2003)17 relata

que “há ainda, inerente a qualquer cenário, entre os recursos estabelecidos e o

advento de novas tecnologias, no caso entre a fotografia digital e analógica”.

A busca pela instantaneidade é saciada com os equipamentos digitais.

Mas, o trabalho torna-se mais complexo, até sua finalização, devido à manipulação

em softwares. Neste advento tecnológico, as opiniões e opções por trabalhar com

cada uma destas tecnologias são as mais variadas. Há sempre os prós e contras de

cada uma.

15

PIOVAN, Marco, 2003, p.33 16

ZUANETTI, Rose, 2002, p. 22 e 23 17

CHAROUX, Monica, In Revista ABOUT, 2003, p.25

Page 30: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

30

Segundo Piovan (2003)18 “quando essa nova era chegou, muitos eram os

fotógrafos que acreditavam que ter uma máquina digital bastava”. Ou seja, estas

tecnologias trazem consigo novos profissionais com pouca bagagem, que entram no

mercado com suas câmeras e seus softwares, como o Adobe Photoshop, que não

só promete como realiza grandes trabalhos às vezes muito difíceis de serem obtidos

com equipamentos analógicos. Para se obter resultado satisfatório com estes

softwares é indispensável vasto conhecimento para manipular os arquivos e obter

êxito. A câmera digital por si só, não basta.

Assim como Marcos Kim (2005)19 em seu artigo: “Há 20 anos, fotografar

era a garantia de uma boa renda. Hoje, é preciso ser polivalente”. Ou seja,

fotografar, por mais que seja com equipamento digital, não basta. Ter multifunções é

essencial para se alcançar um lugar de destaque no meio fotográfico. As tarefas de

pós-produção, hoje cabidas aos fotógrafos, são uma novidade para eles. Antes, o

trabalho acabava na edição do cromo. A fotografia digital é uma realidade cada vez

mais concreta e presente. Mas o papel da fotografia analógica não será banido do

cenário do trabalho dos estúdios, assim como com o surgimento da fotografia em

cores, daria fim à fotografia preto e branco.

Muitos são os fotógrafos que ainda preferem captar suas imagens em

equipamentos analógicos. Porém, não podem fugir da apresentação e manipulação

digitais. Ou seja, a tecnologia digital veio pra ficar, de uma forma ou outra todos

acabam nela. Sem os recursos disponibilizados por esta nova era, torna-se muito

difícil ser competitivo no mercado fotográfico. São as mais variadas possibilidades

de transformar uma imagem, incluir um toque ou outro, a fim de complementar o

trabalho do fotógrafo.

6.4 Relação Fotógrafo X Agência

Segundo Charoux (In Revista ABOUT, 2003)20, fotógrafos analisam as

parcerias com agências e anunciantes. Em muitos casos, as agências contribuem

para a elaboração do orçamento. E a partir do momento em que já possuem uma

18

PIOVAN, Marco, 2003, p.160 19

KIM Marcos, 2005 20

CHAROU, In Revista ABOUT, 2003, p.25

Page 31: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

31

relação de parceria com o profissional contratado, o trabalho torna-se mais maleável

para ambos, pois, juntos chegam às soluções para os problemas de seus clientes.

Porém, quando se fala em orçamento e aprovação por parte do

anunciante, as coisas começam a ficar mais difíceis. Um dos grandes problemas é a

falta de conhecimento do anunciante do que acontece e o que é necessário no

estúdio. O briefing, que é o material que orienta o trabalho do fotógrafo, dando as

coordenadas para a realização do trabalho, é entregue para o profissional de

fotografia, cada vez mais complexo. Com muitos detalhes e exigências do

anunciante encarecem a produção. Porém, é difícil conscientizar o anunciante de

tais custos e o trabalho necessário para tal.

Sendo contratado por agências ou diretamente pelo cliente, o trabalho do

fotógrafo deve ser único, ou seja, o esforço dispensado para realizar o trabalho para

qualquer um dos dois deve ser o mesmo. Por mais que, para o cliente, os dados

técnicos não sejam tão importantes, o trabalho deve ter o mesmo resultado do que

se tivesse sido solicitado por alguma agência. Além do mais o custo do trabalho

solicitado para o fotógrafo direto pelo cliente, torna a produção mais barata. Sem

contar nos fotógrafos que, por terem uma câmera digital e uns computadores

providos de softwares de tratamento de imagem entram no mercado. E com clientes

com pouco conhecimento na área fotográfica, acabam por, de certa forma fazer o

mercado concorrer entre si de maneira errônea. Este problema é apontado por

muitos fotógrafos, pois, acabam por fazer com que, o estúdio bem estruturado perca

seu prestígio junto aos clientes.

6.5 Usuários

Fotógrafos são profissionais que se expressam através de registros de

imagens com o auxílio de uma câmera. Pode ser um rosto, uma paisagem, uma

construção, uma cena, um flagrante. Podem ser especializados em jornalismo, moda,

arte, produtos e fotografia científica. É essencial ter sensibilidade, interesse em cultura

geral já que o fotógrafo é a testemunha que conta estória através da imagem. Outra

característica dos fotógrafos é ter senso crítico, curiosidade e estar em constante

atualização.

Não há exigência de escolaridade para fotógrafos, sendo assim uma

profissão de livre-formação. Porém, muitas escolas oferecem cursos Fotografia, que

Page 32: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

32

pode ajudar o profissional a aperfeiçoar suas técnicas e conhecimento. Repórteres

fotográficos são registrados no conselho da categoria como jornalistas. É indispensável

que o fotógrafo saiba usar bem todos os tipos de câmeras, lentes e filtros, escolher o

filme mais adequado para cada tipo de trabalho e conheça os processos de revelação e

cópia.

Há profissionais especializados em moda para jornais, revistas ou anúncios;

em objetos de arte para catálogos e em fotografia científica para ilustrar relatórios de

pesquisa e publicações especializadas. Outros se dedicam à fotografia como meio de

expressão artística, expondo seus trabalhos ou produzindo livros de fotos.

Falar sobre fotografia é, em partes, falar sobre arte. Jonh Hedgecoe (2006)21

,

renomado autor da área fotográfica declara: “Ela provavelmente é a mais acessível e

gratificante de todas as formas de arte.” Isso justifica-se pelo caráter emocional e

criativo da fotografia. Ela pode evidenciar sensações, despertar desejos, registrar fatos

históricos ou detalhar movimentos.

Por outro lado, Fox e Smith (apud LANGFORD et al 2009)22

afirmam que a

“fotografia é, essencialmente, uma combinação de técnica e observação visual”. Para

eles, a técnica é um processo lento, que exige determinação e prática, anterior ao

exercício da criatividade, já que esta é conseqüência da primeira. Fox e Smith (apud

LANGFORD et al 2009)23

reafirmam este pensamento no trecho: “Fotografias

interessantes precisam de idéias por trás delas, bem como de um conteúdo visual forte

e de um faro técnico.”

Para esta pesquisa, é interessante pensar em fotografia como prática

experimental que utiliza a técnica como base para o desenvolvimento criativo na

composição de imagens. Não necessariamente a técnica é anterior à criatividade: elas

podem ser exercitadas igualmente pelo fotógrafo, porém obrigatoriamente juntas.

Especialmente pelo fato de que, por mais que a tecnologia tenha tornado a

fotografia mais fácil e acessível, a câmera e os acessórios que lhe dão apoio são

ferramentas que a tornam possível, mas não são seus únicos determinantes de

qualidade. Uma boa fotografia é obtida pela capacidade do fotógrafo de perceber e

compor o mundo ao seu redor neste espaço restrito. E é justamente esse cunho artístico

que torna a fotografia tão fascinante.

21

HEDGECOE, Jonh Hedgecoe, 2006, p.07 22

Fox e Smith, apud LANGFORD et al 2009, p.12 23

Fox e Smith apud LANGFORD et al 2009, p.12

Page 33: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

33

Muito embora a escolha de aplicar ou não a criatividade em seu trabalho é de

responsabilidade do autor, representa uma conclusão interessante: mesmo para

fotógrafos que encaram a fotografia como um simples registro, conhecer técnicas

criativas e saber como aplicá-las é de grande valia já que a fotografia - como afirma

Langford et al (2009)24

- é uma prática multifacetada.

6.6 Ambiente

As pessoas não trabalham ou exercem suas atividades isoladas do meio

ambiente. O ambiente de realização das atividades pode ter muita influência na

utilização do software e a incompatibilidade do ambiente com o software pode até

resultar na rejeição do produto pelo usuário. A Análise de Ambiente visa uma

caracterização do ambiente onde os usuários, ou potenciais usuários, realizam suas

atividades relacionadas com o produto em consideração.

A análise do ambiente de realização das atividades compreende três

aspectos apresentados a seguir.

6.6.1 Quanto ao ambiente físico

O ambiente físico compreende os espaços onde os usuários realizam

suas atividades. A análise de ambiente físico aborda aspectos como os listados a

seguir. Esses aspectos são importantes e nos interessam na medida em que têm

impacto na utilização do produto em consideração.

- Meio ambiente

Por exemplo, poeira, fungo, líquido ou qualquer elemento nocivo que

dificulte o uso, ou que invalide qualquer parte do equipamento. A temperatura,

umidade, ou outro fator relacionado com o clima pode afetar o bom funcionamento

do produto. A iluminação do ambiente também pode colocar obstáculos à utilização

de certas funcionalidades do equipamento.

- Espaço de trabalho

Por exemplo, pode ser difícil utilizar-se o equipamento em espaços muito

pequenos, ou que não possuam um nivelamento no piso. Pode haver dificuldade das

24

LANGFORD, et al 2009

Page 34: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

34

pessoas em operá-lo ou mesmo deve ser considerada a possibilidade de ocorrência

de furtos em ambientes públicos.

- Disponibilidade de energia elétrica

A energia elétrica é indispensável para o uso do equipamento.

6.6.2 Quanto ao ambiente social

Mas não é só o ambiente físico que precisa ser considerado. Muitas

vezes, dependendo do tipo de produto a ser desenvolvido, o ambiente social e

cultural precisa também ser considerado.

O ambiente social está relacionado a pressões por produtividade, por

precisão ou qualquer outro fator que possa influenciar na utilização do equipamento

a ser desenvolvido. O modo como as pessoas interagem entre si, ou a separação

geográfica das pessoas também são exemplos de fatores sociais que podem ser

relevantes para a utilização do produto. Os seguintes fatores devem ser

considerados.

- Usuário trabalha sob pressão por produção, rapidez, precisão ou

qualquer fator que possa afetar a utilização do produto?

- Recursos disponíveis para ajudar o usuário. Existem manuais ou

pessoas por perto a quem possam recorrer?

Assim, o ambiente físico interfere no ambiente social, por exemplo, se os

profissionais trabalham em casa, se trabalham em cubículos ou em ambientes

compartilhados tudo deve ser considerado.

Um espaço de trabalho com alta concentração de pessoas pode dificultar

a comunicação entre elas. Por outro lado, a presença de companheiros de trabalho

pode favorecer as atividades das pessoas envolvidas.

6.6.3 Análise

Este trabalho buscou pesquisar de maneira teórica como se dá o

comportamento do fotógrafo em ambientes diversos. Com relação aos ambientes

físicos, destacamos a proximidade física do produto, ou seja, manter o produto em

lugar acessível ao profissional exerce grande importância. O produto a ser

Page 35: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

35

desenvolvido, trará grande mobilidade, pois será adaptável a qualquer tipo de

ambiente, seja ele, escritório, bureau, loja do cliente, estúdio, etc.

Nesse trabalho, verificou-se que elementos como a facilidade de efetuar o

transporte, assim como a concessão de benefícios para a mobilidade do profissional

em relação aos clientes, são importantes instrumentos de escolha e aproveitamento

do ambiente. Com essa mobilidade pode-se atender a um público específico,

levando o equipamento ao estabelecimento, não necessitando assim de colocar o

produto do cliente em risco no manuseio e no transporte.

A partir do conceito profissional, não podemos limitar um ambiente

específico, visto que o produto tem como característica o fato de ser portátil. Deverá

ser pequeno e prático para se adaptar a qualquer tipo de ambiente desde a agência

até o espaço do cliente.

Page 36: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

36

7. SIMILARES

A Análise de Produtos Concorrentes ou Similares visa o estudo de

produtos semelhantes ao produto em consideração com o objetivo de:

- coleta de informações para que se possa melhorar o produto em

consideração a partir do conhecimento das fraquezas e pontos fortes de produtos

concorrentes ou similares.

- familiarização com o domínio do problema;

-estudo de características de produtos similares tendo em perspectiva o

software a ser desenvolvido ou analisado (produto em consideração);

- identificação de oportunidades que possam diferenciar o produto;

- utilização do produto similar para se promover avaliações de aspectos

específicos quando essas características não estão ainda disponíveis em um

produto em desenvolvimento ou mesmo quando se considera estender o produto em

consideração com essas características;

- obter-se a visão de um produto semelhante já implementado - pode dar

uma visão mais realista do que a permitida por protótipos.

7.1 Ficha de Similares

Apesar de ainda não existirem estúdios portáteis específicos voltados aos

fotógrafos profissionais disponíveis no mercado nacional, existem alguns que, pelo

seu próprio conceito de usabilidade e facilidade de montagem, acabam por também

contemplá-los.

No presente trabalho serão listados os similares, não somente do tipo

estúdio portátil, mas também os que possuam mecanismos semelhantes ao que se

planeja usar para o produto final a ser desenvolvido.

Page 37: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

37

7.1.1 Similares Diretos

Tabela 1

Tabela 2

Page 38: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

38

Tabela 3

Tabela 4

Page 39: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

39

7.1.2 Similares Indiretos

Tabela 5

Tabela 6

Page 40: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

40

Tabela 7

Tabela 8

Page 41: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

41

7.2 Análise Estrutural

Tabela 9

Tabela 10

Page 42: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

42

Tabela 11

Tabela 12

Page 43: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

43

7.3 . Análise das Funções

- Similares Diretos

01 – Produto bastante completo, com várias opções de troca de

equipamento e iluminação, porém não tem mobilidade para o transporte

02 – Produto todo embutido em uma maleta, facilidade para carregar e

vantagem de case rígida o que acomoda e protege os equipamentos.

03 – Produto com bastante mobilidade para o transporte, é feito de

material leve e impermeável, porém a case não é rígida.

04 – Produto fixo de difícil transporte, porém tem a vantagem de ter a

troca do fundo e a posição das luminárias.

- Similares Indiretos

01 – Cadeira de praia baixa com o mecanismo de abre e fecha feito de

alumínio. Tem a facilidade de transporte, pois é leve e tem fácil montagem.

02 – Cadeira de praia alta com o mecanismo de abre e fecha feito de

alumínio. Tem a facilidade de transporte, pois é leve e tem fácil montagem.

03 – Produto versátil, com facilidade de montagem e vantagem de ser

uma mala que se transforma em uma bancada.

04 – Mala com rodinhas e totalmente vedada, impedindo assim que entre

poeira e fungos nos equipamentos.

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44

8. TÉCNICOS, MATERIAIS E PROCESSOS

8.1 Materiais prováveis

O estudo de polímeros e metais que apresentam características que

combinam com as necessidades do projeto é de suma importância para que se

possa fazer uma boa escolha e ter como resultado um bom produto.

8.1.1 Polímeros

Segundo GORNI et al, 199925 são materiais cujo elemento essencial é

constituído por ligações moleculares orgânicas, que resultam de síntese artificial ou

transformação de produtos naturais.

Abaixo estão listadas características dos polímeros que são mais

importantes para o desenvolvimento deste projeto:

a) Leveza: polímeros são mais leves que metais ou cerâmica.

b) Alta flexibilidade: variável ao longo de faixa bastante ampla, conforme o

tipo de polímero e os aditivos usados na sua formulação.

c) Alta resistência ao impacto, que associada à transparência, permite

substituição do vidro em várias aplicações.

d) Dureza: alguns plásticos resistem de 27 a 250 vezes mais em dureza

que o vidro.

e) Resistência química: todos os plásticos são resistentes à água, ao sal

comum e, no mínimo, a ácidos fracos. A resistência química de alguns plásticos é

excepcional e muito superior à dos metais.

f) Baixa condutividade elétrica: polímeros são altamente indicados em

aplicações onde se requer isolamento elétrico, já que não contêm elétrons livres,

responsáveis pela condução de eletricidade nos metais.

g) Baixa condutividade térmica: cerca de mil vezes menor que a dos

metais. Logo, são altamente recomendados em aplicações que requeiram

isolamento térmico, particularmente na forma de espumas; isto também devido à

ausência de elétrons livres.

25

GORNI, et, al 1999

Page 45: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

45

h) Maior resistência à corrosão: características próprias das ligações

químicas presentes nos plásticos lhes conferem maior resistência à corrosão por

oxigênio ou produtos químicos do que no caso dos metais, o que não quer dizer que

os plásticos sejam completamente invulneráveis ao problema.

i) Porosidade: o espaço entre as macromoléculas é relativamente grande,

conferindo baixa densidade ao polímero.

A matéria prima que dá origem a um polímero é o monômero que forma a

sua cadeia. O monômero, por sua vez, é obtido a partir do petróleo ou gás natural,

que é a rota mais barata. É possível também obter monômeros a partir de madeira,

álcool, carvão e até de CO2, pois todas são matérias-primas ricas em carbono, o

átomo principal que constitui os materiais poliméricos.

Há diversas maneiras de se dividir os polímeros, sendo a classificação

conforme as características mecânicas a mais importante. Essas características

decorrem da configuração específica das moléculas do polímero. Sob este aspecto,

os polímeros podem ser divididos em: termoplásticos, termorrígidos (termo fixos) e

elastômeros (borrachas).

a) Termoplásticos: são os chamados plásticos, constituindo a maior parte

dos polímeros comerciais. A principal característica desses polímeros é poder ser

fundido diversas vezes. Dependendo do tipo do plástico, também podem dissolver-

se em vários solventes, tornando possível sua reciclagem. As propriedades

mecânicas variam conforme o plástico: sob temperatura ambiente, podem ser

maleáveis, rígidos ou mesmo frágeis. A estrutura molecular dos polímeros

termoplásticos consiste de moléculas lineares dispostas na forma de cordões soltos,

mas agregados, como num novelo de lã.

b) Termorrígidos ou termo fixos: são rígidos e frágeis, sendo muito

estáveis a variações de temperatura. Uma vez prontos, não mais se fundem, pois o

aquecimento do polímero acabado a altas temperaturas promove decomposição do

material antes de sua fusão. Logo, sua reciclagem é complicada.

c) Elastômeros (borrachas): classe intermediária entre os termoplásticos e

os termorrígidos. Não são fusíveis e por isso sua reciclagem é complicada, mas

apresentam alta elasticidade. Os elastômeros possuem estrutura molecular similar à

dos termorrígidos, mas com menor número de ligações entre os “cordões”: é como

se fosse uma rede, mas com malhas bem mais largas que os termorrígidos.

Exemplos: pneus, vedações, mangueiras de borracha.

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46

Figura 7 Polímeros

Figura 8 Polímeros e suas formas

8.2 Plásticos Aplicáveis

8.2.1 Poliestireno

Uma das mais antigas resinas sintéticas é um termoplástico que se

caracteriza por sua clareza brilhante, sua dureza, sua facilidade de processamento e

seu baixo custo. Sua colorização é excelente. Como modificações de resina básica

de uso geral, podem ser citados os tipos resistentes à elevada temperatura e os

vários graus de resistência a impactos. Todavia, tanto a clareza quanto o brilho

diminuem nos tipos resistentes a impactos.

Page 47: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

47

Outros polímeros pertencentes à família do estireno são as resinas ABS e

SAN que serão tratadas na seqüência.

O poliestireno é processado por vários métodos, como moldagem por

injeção, por sopro de injeção e extrusão, a conformação térmica, a extrusão de

chapas e perfilados, as moldagens em espumas, as chapas de espumas de injeção

direta e o poliestireno expandido.

O poliestireno resistente ao impacto tem resistência à tração e módulo de

elasticidade inferior ao do poliestireno comum, enquanto que o alongamento pode

melhorar de 10 a 40%. Apresenta menor resistência térmica e às intempéries.

Os poliestirenos de uso geral são aplicados em maçanetas, protetores de

luz, artigos descartáveis e em artigos de embalagens. As formulações resistentes ao

calor são utilizadas em artigos domésticos, peças de máquinas e veículos, gabinetes

para rádio e televisão, etc. Os tipos resistentes a impactos são empregados em

aparelhos domésticos e brinquedos, entre outros.

Figura 9 Poliestireno

Figura 10 Chapas de Poliestireno

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48

8.2.2 ABS/SAN

As resinas ABS são compostos semelhantes à borracha rígida, contendo

butadieno em expansão. Este termoplástico amorfo e de custo médio é duro, rígido e

tenaz, mesmo a baixas temperaturas. É encontrado em vários tipos que apresentam

diferentes níveis de resistência a impactos, ao calor, retardamento de chama e de

capacidade para galvanização.

A maioria das resinas ABS varia de translúcida a opaca, mas também

podem ser produzidas em tipos transparentes, podendo ser pigmentadas com

praticamente todas as cores. Podem ser encontradas em tipos adequados para

moldagens por injeção, extrusão, por sopro, expansível e para conformações a

quente.

Relacionada com a ABS está a SAN (sem o butadieno), que se

caracteriza por excelente resistência química, estabilidade dimensional e facilidade

de processamento. Tais resinas são normalmente processadas em moldagem por

injeção, podendo também ser usada a extrusão e a moldagem por sopro. Os

produtos moldados em resina ABS são aplicáveis em capacetes esportivos de

proteção, cobertura de equipamentos para acabamentos, carcaças de pequenas

utilidades domésticas, equipamentos para telecomunicação, máquinas para

escritório, painéis de instrumentos de veículos, tubos e suas conexões, dispositivos

de segurança domésticos. As resinas ABS cromadas têm substituído metais

fundidos sob pressão em blindagens de hardware e em guarnições para veículos e

fixadores de espelho.

Figura 11 Capacetes feitos de ABS

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49

8.2.3 Acrílico

Possui alta transparência óptica, excelente resistência à exposição ao

tempo, ótimas propriedades elétricas e resistência química razoável. Pode ser

encontrado em cores transparentes e brilhantes, em chapas fundidas ou extrudadas,

em películas e em compostos destinados a moldagens por extrusão e injeção.

Embora os plásticos acrílicos se encontrem entre os mais resistentes

termoplásticos quanto a arranhões e riscos, as operações normais de limpeza e

manutenção das peças podem arranhar ou esmerilhar estes materiais. Encontram-

se chapas ou placas especialmente processadas para resistirem a essas ações e

que apresentam as mesmas propriedades que as chapas normais.

Os materiais resistem à exposição à luz fluorescente sem que venham a

escurecer ou se deteriorar. Contudo, descoram quando expostos à radiação

ultravioleta de elevada densidade.

A chapa de acrílico substitui com igual ou maior transparência o uso do

vidro. É aproximadamente 17 vezes mais resistente a quebras do que este e, nas

raras ocasiões que isto se dá, o acrílico se desfaz em pedaços, pouco afiados,

reduzindo o risco de acidentes sérios. É amplamente usado em portas, janelas, ao

redor de aparelhos de ar condicionado, visores, anúncios luminosos, objetos de

decoração, luminárias, displays, maquetes, esquadros, etc. É possível adicionar-lhes

corantes e produzir um espectro completo de cores transparentes, translúcidas e

opacas.

Figura 12 Chapas de Acrílico

Page 50: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

50

8.2.4 Policarbonato

O Policarbonato é semelhante ao vidro, caracteriza-se por possuir alta

transparência, que pode chegar acima de 90%. Essa transparência é conseguida

graças à sua estrutura amorfa. Dentre todos os termoplásticos, o Policarbonato é o

que possui maior resistência ao impacto, sem qualquer adição, a não ser os

elastômeros.

A mais importante característica das chapas é sua estabilidade em

temperatura e em utilizações difíceis, onde não é possível o uso de outros materiais.

Outra característica é sua elevada dilatação, que é uma variável importante para um

correto dimensionamento das chapas caso sejam contidas em estruturas ou perfis

metálicos, fixas e colocadas, ou acopladas a outros materiais.

Figura 13 Policarbonato

8.2.5 Metais

Cerca de 80% dos elementos químicos existentes são metais -

substâncias geralmente sólidas, boas condutoras de corrente elétrica e calor,

maleáveis (podem ser laminadas) e dúcteis (podem ser reduzidas a fios). A maioria

tem cor prateada ou cinzenta, com exceção do cobre (avermelhado) e do ouro

(amarelo). Seu brilho acentuado é reflexo da luz. Alguns metais são conhecidos

desde a Pré-história, como cobre, estanho e ferro. Puros ou na forma de ligas têm

diversas aplicações. Muitos, como o ferro e o alumínio são abundantes na natureza.

Page 51: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

51

Outros são raríssimos, e deles existem apenas vestígios. A maioria não é

encontrada em estado livre, mas apenas sob a forma de compostos. Alguns metais,

como ouro e platina, não se alteram em contato com o ambiente e esse é um dos

motivos de sua valorização. Outros reagem ao oxigênio presente na água e no ar e

oxidam.

Os plásticos têm limitações, e é importante considerar isto quando se

quer construir uma peça. Neste caso, agentes modificadores podem minimizar estes

problemas com a utilização de reforços que melhoram as suas características. Os

casos a seguir são os quais se é sugerido utilizar o metal:

a) quando se necessita de grande resistência mecânica;

b) quando se necessita de grande dureza;

c) quando se necessitam dimensões muito rígidas- tolerâncias de

centésimos ou milésimos;

d) quando a temperatura constante de trabalho é alta (geralmente os

plásticos se deformam sob estas condições, ou dilatam muito facilmente).

Figura 14 Vários tipos de Metais

Page 52: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

52

8.2.6 Aço inoxidável

Originalmente o aço foi obtido com a fundição do ferro, hoje aço carbono

é o material ferroso mais comum e conhecido que se tem, é muito utilizado na

indústria em geral e na construção civil.

A partir do aço carbono foram obtidas várias ligas resultantes de

experiências bem sucedidas, das quais, em especial, o aço inoxidável. Quando o

cromo foi adicionado ao aço carbono, criou-se um tipo de aço mais protegido contra

a corrosão.

Produtos em aço inoxidável são isentos de toxinas e não soltam resíduos,

podendo então ser utilizados para a preparação, o acondicionamento e a distribuição

de alimentos. Outra característica interessante é que o aço inoxidável não quebra,

sendo assim a melhor relação custo X benefício do mercado e é reciclável, sendo

ecologicamente correto.

Figura 15 Aço Inoxidável

8.2.7 Cobre (Cu)

O cobre é um metal vermelho-marrom, muito dúctil e maleável; sendo,

após a prata, o melhor condutor de calor e de eletricidade. Por isso, uma de suas

Page 53: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

53

principais utilizações é na indústria elétrica. Apresenta ainda excelente

deformabilidade e alta resistência à corrosão: exposto à ação do ar, ele fica, com o

tempo, recoberto de um depósito esverdeado.

O cobre possui resistência mecânica e características de fadiga

satisfatórios, além de boa usinabilidade e cor decorativa. Pode ser facilmente

recoberto por eletrodeposição ou por aplicação de verniz.

Figura 16 Cobre

8.2.8 Ligas de cobre

O cobre forma uma série de ligas muito importantes, que se apresentam

numa vasta gama de variantes com propriedades e características diferentes,

conforme os elementos com os quais o cobre está ligado e de acordo com as

proporções em que se encontram na liga.

8.2.9 Bronze

Entre as ligas de cobre e estanho, só se conhecem com o nome de

bronzes aquelas que possuem um teor de estanho inferior a 32%, dado que as ligas

que contêm uma porcentagem maior deste elemento são extremamente frágeis. Os

bronzes são empregados geralmente no estado fundido, mas também se podem

utilizar sob a forma de peças forjadas e de barras e perfis laminados ou extrudados.

No que diz respeito à sua aplicação, há dois tipos de bronzes:

a) Bronzes maleáveis: teor de estanho inferior a 9%. Sua aplicação

geralmente é em peças estampadas a frio de pequena resistência. Os bronzes

Page 54: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

54

maleáveis foram amplamente utilizados para cunhar moedas e medalhas,

empregando- se também sob a forma de peças fundidas.

b) Bronzes mecânicos: teor de 9 a 25% de estanho são os mais utilizados

na indústria. São mais duros que os anteriores e podem deformar-se a quente.

Utilizam-se para peças fundidas ou forjadas.

Para melhorar as características dos bronzes para determinadas

aplicações, adiciona-se elementos tais como o chumbo, o níquel, o zinco, o alumínio

e o manganês, obtendo-se os chamados bronzes especiais. O chumbo aumenta a

plasticidade do material e diminui o preço da liga. O zinco, o níquel e o silício

melhoram as características de resistência ao desgaste. O silício aumenta, além

disso, a dureza; e o níquel, a resistência à corrosão. O manganês aumenta

consideravelmente a resistência à corrosão.

Figura 17 Bronze

8.2.10 Latões

São ligas de cobre e zinco. Utilizam-se muito, tanto sob a forma de peças

fundidas como sob a forma de perfis laminados, chapas e arame.

Page 55: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

55

A porcentagem máxima de zinco contida nos latões é de 45%, as ligas

com maiores porcentagens são muito frágeis. À medida que o teor de zinco

aumenta, corre também uma diminuição da resistência à corrosão em certos meios

agressivos, levando à “dezinficação”, ou seja, corrosão preferencial do zinco.

Os latões com menos de 36% de zinco são muito plásticos em frio e, por

isso, utilizam-se em barras laminadas, arames e, principalmente, em chapas para

estampagem. Chamam-se latões de primeira categoria e podem adquirir diferentes

características mecânicas mediante recozimento total ou parcial.

Os latões com mais de 36% e menos de 45% de zinco não deformam

facilmente a frio, mas podem ser facilmente trabalhados a quente. Empregam-se sob

a forma de barras laminadas, especialmente para o fabrico de torneiras e pacas

torneadas em tornos automáticos de grande velocidade, aproveitando sua grande

facilidade de corte. Chamam-se latões de segunda categoria. Em geral, sua

porcentagem de zinco é de 40%, e por vezes, lhes são adicionados 2% de chumbo.

Figura 18 Latões

8.2.11 Alumínio

O alumínio é um metal branco brilhante de extrema importância na

indústria. A sua qualidade mais interessante é a densidade muito baixa em

comparação com os outros metais, tendo como conseqüência o fato de as suas ligas

serem também de baixa densidade em comparação com as suas características

Page 56: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

56

mecânicas, que são bastante elevadas. O peso do alumínio é mais ou menos três

vezes menor que o peso do cobre e do latão. Assim, é um metal de grande utilidade

em equipamentos de transporte.

A condutibilidade térmica, inferior somente às da prata, cobre e ouro, o

torna adequado para aplicações em equipamentos destinados a permutar calor. Sua

alta condutibilidade elétrica o torna recomendável em aplicações na indústria

elétrica. Finalmente, o baixo fator de emissão o torna aplicável como isolante

térmico.

Figura 19 Alumínio

8.2.12 LED

Outro produto aplicável no produto é o Light Emitting Diode (Diodo

emissor de luz) – LED. É um componente semicondutor que converte energia

elétrica em luz. Diferentemente da lâmpada incandescente sua luminosidade é fria e

para ser produzida necessita de uma potência muito menor, resultando em um baixo

consumo de energia (consome em torno de 8 vezes menos potência para o mesmo

brilho se comparado a uma lâmpada incandescente), entre outras vantagens pode-

Page 57: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

57

se citar a grande variedade de cores, reduzido tamanho e manutenção, material

mais resistente e a longa durabilidade .

O processo de emissão de luz pela aplicação de uma fonte elétrica de

energia é chamado eletroluminescência. Quando é aplicada uma tensão nos

terminais do led, uma corrente começa a fluir fazendo com que os elétrons cruzem a

barreira de potencial e se recombinem com as lacunas emitindo energia na forma de

luz visível (WIKIPEDIA, 2007)26.

Figura 20 LED

8.3 Análise do capítulo

A partir da análise de um panorama geral do capítulo Daqui podem-se

identificar atributos necessários ao desenvolvimento do produto.

Os indicadores econômicos mostram um futuro de crescimento em todos

os setores produtivos do Brasil, inclusive o tecnológico. Este é um mercado

dominado quase totalmente por fabricantes internacionais, daí a necessidade de

cria-se vínculos com empresas nacionais, a fim de baratear o custo do produto e

assim diminuir o valor final.

26

WIKIPEDIA, www.wikipedia.com.br

Page 58: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

58

Os maiores compradores de produtos tecnológicos são os usuários e os

distribuidores comerciantes, que induzem o usuário final à compra. Logo, o produto

deve ter de qualidade, tecnologia e preço, já que estas são as qualidades mais

apreciadas por todos.

Como os maiores mercados mundiais são também grandes exportadores,

inclusive o Brasil, deve-se considerar que será um produto voltado para o mercado

nacional, que terá como concorrentes as maiores empresas do cenário mundial e as

do Brasil.

Para isto, o produto deve ter características técnicas ajustadas à

realidade brasileira, onde os sistemas hidráulicos não são tão confiáveis como no

exterior, deve ter um design que participe no processo produtivo desde a concepção

à colocação do produto no mercado, nos moldes estrangeiros.

O produto será fabricado em pequenas ou médias empresas, já que estas

representam quase 80% dos fabricantes nacionais. A terceirização de processos

como fundição e polimento, por exemplo, deverá ser adotada no processo. É

necessário ainda um investimento alto na formação do processo produtivo, para a

compra de máquinas automatizadas, que necessitem de interferência humana

mínima.

Page 59: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

59

9. ERGONÔMICOS

A Ergonomia busca através da aplicação de metodologias de

levantamento de dados minimizar, no caso específico dos fotógrafos, os danos que

têm ocorrido devido aos fatores de peso do equipamento e postura.

9.1 Análise da Tarefa

Durante as observações realizadas nas pesquisas anteriores constatou-

se que até então, além de ter que fabricar sua própria câmara, o fotógrafo ainda

tinha que produzir seus próprios filmes. Utilizava uma chapa de vidro, preparada

com clara de ovo, adesivo então comum, e sobre este, depositava uma solução de

nitrato de prata. As chapas deveriam ser expostas e processadas ainda úmidas,

para não perder sua sensibilidade.

Quando, numa publicação inglesa, tomou conhecimento, da utilização das

"chapas secas", passou a pesquisar novos meios que simplificassem a tarefa de

fotografar. Descobriram-se na técnica da gelatina e brometo de prata, qualidades

necessárias para não só para melhorar o resultado das imagens, mas também para

a sua industrialização.

A tecnologia digital oferece também outras comodidades inexistentes nas

versões que utilizam filmes químicos, como por exemplo: o resultado pode ser

aferido imediatamente e, se insatisfatório, pode, também imediatamente, ser re-

fotografado; o resultado pode ser ajustado, corrigido e retocado eletronicamente;

pode ser ampliado no mesmo instante; permite que seja editado e enviado por

telefone, ou Internet.

O equipamento digital, a princípio, é muito semelhante às câmeras de

vídeo. Antes de fotografar, temos que ajustar o "balanceamento de cor" em função

da fonte luminosa utilizada. Por exemplo, se fotografarmos com luz incandescente e

não efetuarmos o devido ajuste, as imagens se tornarão extremamente amareladas,

com luz diurna, azulada e assim por diante.

Dessa forma, devemos aprender como operar esse novo instrumento, da

mesma forma que a própria fotografia tradicional apresenta suas técnicas distintas.

Page 60: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

60

9.2 Dimensionamento Estático, Dinâmico e Funcional

A Ergonomia é capaz de oferecer ao processo de projeto um enfoque

mais sistemático para a análise, especificação e avaliação dos requisitos de

usabilidade.

Os dados fornecidos por esta ciência podem conferir maiores e melhores

condições ao designer na concepção de interfaces bem sucedidas com o usuário.

Certamente um dos aspectos da atividade humana que deve ser levado

em consideração é a capacidade de o trabalhador estabelecer uma relação

consciente com o processo em curso, antecipando-se à ocorrência de fatos

diversos: determinadas conseqüências e efeitos de ações e decisões tomadas aqui

e agora, fatos que poderão decorrer do funcionamento atual das instalações, que se

manifestam na forma de tendências de evolução de certos parâmetros; ocorrência

de eventos futuros prováveis, isto é decorrentes da confluência de certas tendências

do processo.

9.2.1 Problema

Produtos projetados de forma incorreta, mal dimensionados, sem

considerar as dimensões dos extremos da população e os ângulos posturais de

conforto biomecânico, têm causado desconforto, dores, mal-estar e fisiopatologias

em seus usuários.

Os dados comprovam que dores nas costas é um fato “[...] tão freqüente e

usual, que incapacita, anualmente, milhares de trabalhadores e onera os cofres

públicos em vultosas quantias no subsídio a programas médicos e sociais e que se

atribui tais males a hábitos posturais deficientes e a postura sentada prolongada”

(RASCH, 1989:119).27

Também Imamura et al. (2001)28 afirmam que estudos epidemiológicos

demonstram que cerca de 50% a 90% dos indivíduos adultos apresentam lombalgia

em algum momento de suas vidas. Em países industrializados, a lombalgia é a

principal causa de incapacidade em indivíduos com menos de 45 anos.

27

IMAMURA, S.T. ET al, 2001, p.90 28

RASH, P.J., 1991

Page 61: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

61

Portanto, produtos mal projetados sem considerar os valores

dimensionais dos extremos da população, assim como os ângulos posturais de

conforto biomecânicos incorretos podem causar desconforto/dores aos usuários.

9.3 As mãos e o design de equipamentos manuais

A mão humana é uma das “ferramentas” mais completas, versáteis e

sensíveis que se conhece. Graças à mobilidade dos dedos, e o dedo em oposição

aos demais, pode-se conseguir uma grande variedade de manejos, com variações

de velocidade, precisão e força dos movimentos (IIDA, 2005)29. Por meio da

faculdade tátil e da pressão sensitiva, o homem pode diferenciar, discriminar e

identificar a forma, tamanho, textura, peso e dureza de um objeto.

A habilidade do homem para pegar, segurar, manipular e analisar objetos

alterou sua percepção e seu desenvolvimento. No princípio ele era capaz de

modificar ossos e posteriormente caniços, argilas e metais. Esse processo de

interação íntima e manual com os objetos o conduziu a projetar na escala de seu

uso pessoal e com características próprias de sua imagem.

Em geral, no processo do design há interesse no estudo da manipulação

dos produtos, contudo, tende-se a desprezar outras funções importantes da mão

como órgão sensitivo. Atualmente, há necessidade de se apresentar um design não

convencional, procurando oferecer objetos melhor adaptados ao homem, que façam

uso da alta capacidade sensitiva das mãos. Por isso a compreensão das

características da mão humana - elemento direto na interface homem X ambiente –

sob o foco da ergonomia, faz-se tão necessária.

A usabilidade dos equipamentos, dispositivos e ferramentas manuais

depende de inúmeros fatores, envolvendo com destaque a ergonomia, os aspectos

fisiológicos das mãos dos indivíduos e o próprio design (PASCHOARELLI, 2000) 30.

A antropometria, ciência que estuda as dimensões humanas, é um

importante parâmetro para a adequação dimensional no projeto de equipamentos e

rodutos de interface na relação ergonômica. Seus dados são utilizados considerando

as características físicas individuais, populacionais e os elementos humanos desta

29

IIDA, 2005 30

PASCHOARELLI, 2000

Page 62: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

62

interface, considerando as atividades realizadas (PASCHOARELLI, 2000) 31. Com a

preocupação de se ajustar adequadamente equipamentos manuais estudam- se a

antropometria das mãos.

Alguns estudiosos coletaram dados antropométricos das mãos de

determinados grupos de indivíduos e os organizaram em tabelas de referências

antropométricas. Tais estudos foram realizados para populações de diversos países,

Pheasant (1996) 32 reuniu em uma tabela dados das mãos de adultos ingleses,

divididos em vinte variáveis; IIDA (2005) 33 organizou e apresentou os dados da

norma alemã DIN 33402 (1981) 34; que para o autor é uma das mais completas,

onde estão especificadas sete variáveis somente para as mãos; enquanto Gordon

ET al.(1989) 35 descreveram os dados antropométricos das Forças Armadas Norte

Americana, também organizadas sob sete parâmetros.

No Brasil, segundo Paschoarelli (2000) 36, as referências antropométricas

das mãos são escassas, o que demonstra existir uma lacuna nas pesquisas desta

área de conhecimento. O Laboratório Brasileiro de Desenho Industrial (LBDI, s.d.),

associado à Copersucar, realizou um levantamento da mão de rurícolas brasileiros

com o objetivo de desenvolver equipamentos voltados aos cortadores de cana de

açúcar. Estes dados estão reunidos em trinta e duas variáveis antropométricas.

Observando os dados antropométricos das mãos disponíveis, nota-se que

ainda há muito que se pesquisar nesta vasta área de conhecimento, pois além de

não haver qualquer padronização na divisão dos parâmetros apresentados por cada

tabela, ainda existem poucos estudos antropométricos desenvolvidos

especificamente com a população de indivíduos para a qual serão projetados

determinados equipamentos.

O uso de parâmetros antropométricos das mãos pode ser muito útil para

definir tamanhos e formatos de empunhaduras, no entanto deve-se ter cuidado para

não se aplicar diretamente tais dados nos projetos. Para LIDA (2005) 37, verificações

adicionais se tornam necessárias para promover ajustes à população de usuários

efetivos.

31

PASCHOARELLI, 2000 32

PHEASANT, 1996 33

IIDA, 2005 34

DIN 33402, 1981 35

GORDON, 1989 36

PASCHOARELLI, 2000 37

IIDA, 2005

Page 63: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

63

Na medida do possível, as tabelas antropométricas deveriam ser usadas

apenas como um dimensionamento preliminar do projeto.

9.4 Esquemas antropométricos

As ferramentas são a extensão das mãos, compreendê-las no que se

refere às pegas e às empunhaduras é de fundamental importância para aqueles

profissionais que as projetam.

Existem alguns estudos de autores que trabalharam especificamente com

ferramentas de mão com características de empunhaduras tradicionais. As

pesquisas realizadas têm como fator delimitador da sua evolução as formas de

empunhar e principalmente as aplicações particulares da capacidade das mãos

Cochran et al. (1986) 38 citam algumas pesquisas (PHEASANT e O‟ NEILL, 1975;

AYOUD e LOPRESTI, 1971; DRURBY, 1980; SARAN, 1973; ARMSTRONG et al.,

1981; RILEY, 1980) realizadas a respeito do diâmetro de pegas cilíndricas, do

comprimento das pegas e do formato das empunhaduras que esclarecem alguns

detalhes que devem ser considerados nos projetos de ferramentas manuais. Por

exemplo, em uma série desses estudos percebeu-se que capacidade de rotação é

aumentada quando a empunhadura tem o diâmetro de 2,54 a 5,08 cm, perdendo o

rendimento em diâmetros fora dessa faixa. Para empunhaduras em forma de “T” o

melhor diâmetro encontrado também foi 2,54 cm enquanto que o melhor ângulo para

pega é o de 60°. Numa das pesquisas conclui-se também que para maçanetas

usadas para segurar cargas o comprimento ideal é de 11,5 cm.

Tais pesquisas demonstram que seguindo certos parâmetros para pegas

e empunhaduras o desempenho das ferramentas manuais pode ser aumentado sem

prejudicar o usuário, ao contrário, melhorando suas condições de trabalho e conforto

na execução da tarefa.

Para Dul & Weerdmeester (1993)39 pega é a parte da ferramenta ou

máquina segurada pelas mãos. A forma e a localização da mesma devem

possibilitar uma boa postura para as mãos e braços. O desenho adequado do

38

COCHRAN, 1986 39

DUL & WEERDMEESTER, 1993

Page 64: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

64

manejo tem uma grande influência no desempenho do sistema homem-máquina

(IIDA, 2005) 40.

A câmera fotográfica por ser um artefato que tem suas funções acionadas

exclusivamente pelas mãos, mais precisamente pelas pontas dos dedos, deve ser

estudada à luz dos conhecimentos sobre manejo, pega e empunhadura. Isso ganha

maior importância num momento em que seu tamanho tem sido gradativamente

diminuído em função da tendência à miniaturização dos objetos detentores de alta

tecnologia.

A redução das dimensões do equipamento fotográfico amador tem

causado uma série de dificuldades no seu manejo e conseqüente comprometimento

de sua usabilidade. O que ocorre devido à força de preensão e os estresses pelos

tendões dos músculos flexores dos dedos variarem com o tamanho do objeto a ser

pego. Se um produto é muito pequeno os dedos não podem aplicar força de forma

eficaz, em parte porque os músculos flexores ficam bastante encurtados, perdendo

sua capacidade de produção de tensão contrátil. Esta limitação do desempenho

muscular aplica-se especialmente quando o indivíduo tenta segurar um objeto

pequeno com força ou um cabo de ferramenta com o punho fletido, o que encurta os

músculos flexores dos dedos (CHAFFIN, ANDERSON & MARTIN, 2001) 41.

Figura 21 Anatomia da mão

40

IIDA, 2005 41

CHAFFIN, ANDERSON & MARTIN, 2001

Page 65: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

65

Figura 22 Amostra de “pega”

Figura 23 Esquema antropométrico 1

Figura 24 Esquema antropométrico 2

Page 66: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

66

9.5 Análise

Chegou-se a conclusão de que pelo fato de não existir no mercado atual

um produto voltado para o público em questão, que são os fotógrafos, será projetado

um mini estúdio portátil que atenda a todas as suas necessidades, visando o

conforto e o bem estar do indivíduo.

Moraes (1983)42 lembra que a utilização de manequins antropométricos

de 5º e 95º percentis é mais útil e correto do que o uso de uma única representação

do 50º percentil, ou seja, do „homem médio‟. Ao utilizar os dois extremos 5º e 95º

percentis os quais indicam limites máximos e mínimos de variação, podem-se

prevenir muitos erros grosseiros no projeto de estações de trabalho, equipamentos e

produtos.

A seleção dos dados antropométricos adequados baseia-se na natureza

do problema particular em questão. Se o projeto requer, por exemplo, que o usuário

alcance algo, esteja ele sentado ou de pé, o 5º percentil é o indicado. Tal dado,

relativo ao alcance de braço, demonstra que 95% da população devem ter um

alcance de braço maior. Se o projeto permite acomodar o usuário com menor

alcance de braço, obviamente funcionará igualmente para aqueles com alcances

maiores (MORAES, 1983) 43.

A análise dos dados seguiu o mesmo critério da fase de pesquisa. Foi

feita de acordo com os três aspectos citados anteriormente.

9.5.1 Quanto aos aspectos formais/ funcionais

A maioria dos fotógrafos, não possui um produto próprio para esse tipo de

atividade, normalmente utilizam bancadas com formas simples, com linhas retas e

algumas vezes curvas que tentam criar uma conformação de modo a adaptar melhor

o móvel à forma humana. Isso faz com que o fotógrafo tenha que se adaptar ao

produto criado por ele naquele momento, não tendo nenhum tipo de conforto para

desenvolver o seu trabalho.

42

MORAES, 1983 43

MORAES, 1983

Page 67: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

67

9.5.2 Análise quanto aos aspectos de uso

Todos os fotógrafos têm uma longa jornada de trabalho em sua bancada,

pois a profissão exige o seu empenho ate conseguir uma foto de qualidade, o que

leva a constrangimentos devido ao cansaço e longa permanência na postura

abaixada, além de apresentar ansiedade devido à exigência do cumprimento de

prazos na execução das tarefas.

Figura 25 – Fotografando um produto

Figura 26 – Fotografando um produto sem a mesa de apoio

Page 68: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

68

Figura 27 – Detalhamento do movimento

10. SÍNTESE

A partir dos estudos apresentados, chegou-se a conclusão de que o

produto final será uma maleta portátil composta de uma mesa com fundo infinito e

iluminação de estúdio que é muito utilizada em estúdios fotográficos para capturar

imagens de produtos pequenos e médios. Apesar do conceito de estúdio portátil, o

produto a ser desenvolvido, terá uma grande capacidade de substituir os estúdios

fixos utilizados para esse tipo de foto.

Para o fundo infinito será utilizado placa de poliestireno de 0,5mm de

espessura, porque é mais maleável, o que facilita o transporte e custa mais barato

que outros materiais. Além disso, os dois lados da placa são aproveitáveis, sendo

um lado mais fosco e outro com um pouco de brilho. Adere muito bem a fitas

adesivas, fita crepe, e é fácil de limpar com vários produtos químicos, sem danificar

a superfície, como por exemplo, álcool comum, álcool isopropílico, amoníaco,

removedor, querosene, água e sabão.

Uma placa destas no tamanho 2,00 x 1,00 custa cerca de R$ 28,00, é

fácil de cortar e para isto basta fazer um risco com o estilete e depois a placa quebra

exatamente no lugar que é riscada. Com a sobra pode ser feitos rebatedores de luz,

Page 69: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

69

de vários tamanhos. É fabricada em várias cores, entre elas, branco, preto, cinza

claro que são as mais utilizadas para esse tipo de fotografia.

A maleta e os seus componentes serão fabricados basicamente com

plásticos aplicáveis para a carcaça, termos-moldáveis para o berço interno, onde as

peças serão acomodadas, materiais térmicos, tais como Teflon e Acrílico para as

partes de iluminação e alumínio para as junções e estrutura geral de montagem do

produto.

A inovação tecnológica, utilização de novos materiais, aprimoramento da

qualidade e funcionalidade estão diretamente associados.

Serão adotadas tendências, tais como:

a) diminuição dos custos;

b) substituição de metais não ferrosos pelos materiais termoplásticos;

c) aperfeiçoamento de mecanismos;

d) uso de materiais alternativos para substituição do fundo infinito;

f) funções mecânicas que utilizem o menor esforço do homem;

g) fácil montagem e desmontagem;

h) ocupação de pouco espaço.

11. GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Esta etapa compreendeu as fases de geração e seleção de alternativas,

bem como a construção de mock-ups e avaliação dos mesmos.

Primeiramente foram elaboradas diversas alternativas de mesa, partindo

dos parâmetros projetuais definidos na etapa anterior. Após análise dos desenhos

foram selecionadas algumas alternativas.

Page 70: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

70

Figura 28 Geração de Alternativas 1 (croqui)

Figura 29 Geração de Alternativas 2 (croqui)

Figura 30 Geração de Alternativas 3 (croqui)

Page 71: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

71

12. SELEÇÃO DA ALTERNATIVA

O estudo apontou problemas que deveriam ser reestudados e

modificados para atender à funcionalidade do produto. A falta de estabilidade, o

apoio fixo e a fragilidade do material, não facilitaram a simulação de todos os testes

ergonômicos, nem a adaptação da bandeja lateral, prevista no projeto.

Através da matriz de decisão, foram aplicados pesos de 3 a 5 para cada

critério que o produto deveria apresentar e cada e foram definidas notas para cada

alternativa, tendo sido escolhido o modelo “3” o qual mais se aproximou do projeto

idealizado, com pequenas alterações foi gerado então uma alternativa final da

selecionada.

Figura 31 Desenho final

Page 72: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

72

No que se refere aos itens iluminação e assento:

- indicamos a utilização de luminária existente no mercado, regulável, que

permita ao ourives a escolha daquela que propicie a iluminação adequada em todos

os planos de trabalho e o melhor ajuste para os destros ou canhotos;

- o assento, por sua vez, também disponível em grande variedade no

mercado, não foi alvo do nosso projeto, ficando a critério do usuário a adequação de

um produto regulável (encosto e altura do assento), permitindo o ajuste ao seu

percentil.

Figura 32 Tabela de Seleção de Critérios

Page 73: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

73

13. DETALHAMENTO TÉCNICO

13.1 Desenhos Técnicos

Figura 33 Vistas ortogonais fechado

Page 74: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

74

Figura 34 Vistas ortogonais aberto

Page 75: MINI ESTÚDIO PORTÁTIL PARA FOTÓGRAFOS PROFISSIONAIS

75

14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAFOTO - Associação Brasileira de Fotógrafos, Disponível em:

<http://www.abrafoto.com.br>. Acesso em 10 de maio de 2011.

BARTHES, Roland. A Câmara Clara. 7ª Edição. Editora Nova Fronteira,

Rio de Janeiro – RJ, 1984.

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produtos. São Paulo – SP, Editora Edgard Blücher, 2003.

BOMFIM, Gustavo A. Metodologia para desenvolvimento de projeto. João

Pessoa – PB, Editora Universitária/UFPB, 1995.

CHAROUX, Mônica. Um olhar vendedor no reino das luzes e sombras.

COTIANET – Site sobre FOTOGRAFIA, Disponível em:

<http://www.cotianet.com.br/photo/hist/niepce.htm>. Acesso em 17 de maio de 2011.

IMAMURA, S.T. et al. Lombalgia. Revista Médica. Edição Especial, São

Paulo – SP, 2001.

KIM, Marcos. Photoshop, Fotográfica Digital, Zen Surfismo e Pac-Man,

Disponível em: <http://www.fenixfotografia.com.br/marcos_kim.php>. Acesso em 24

de abril de 2010.

MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. São Paulo – SP, Editora

Martins Fontes, 1998.

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