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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE CAMPUS DE SAPUCAIA DO SUL CURSO SUPERIOR DE TÉCNOLOGIA EM FABRICAÇÃO MECÂNICA João Renato Menezes Martins IMPLEMENTAÇÃO DA FERRAMENTA MANUTENÇÃO AUTÔNOMA: ESTUDO DE CASO INDUSTRIA DE TABACO Sapucaia do Sul 2015

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE

CAMPUS DE SAPUCAIA DO SUL

CURSO SUPERIOR DE TÉCNOLOGIA EM FABRICAÇÃO MECÂNICA

João Renato Menezes Martins

IMPLEMENTAÇÃO DA FERRAMENTA MANUTENÇÃO AUTÔNOMA:

ESTUDO DE CASO INDUSTRIA DE TABACO

Sapucaia do Sul

2015

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João Renato Menezes Martins

Orientador: Prof. Carlos Alexandre Wurzel

IMPLEMENTAÇÃO DA FERRAMENTA MANUTENÇÃO AUTÔNOMA:

ESTUDO DE CASO INDÚSTRIA DE TABACO

Trabalho de conclusão de curso de

Técnologia em Fabricação

Mecânica Instituto Federal Sul-

Rio-Grandense Campos de

Sapucaia do Sul sob orientação do

Professor Carlos Alexandre

Wurzel.

Sapucaia do Sul

2015

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RESUMO

A Manutenção Autônoma (M.A) consiste em desenvolver operadores a

pensar como donos do equipamento, o sentimento de ter cuidado em relação

a este e obter habilidade em identificar falhas iniciais. Ela desenvolve o seu

conhecimento na execução de pequenas tarefas, ajustes e regulagens. A

Manutenção Autônoma é uma ferramenta, que desenvolve na equipe a

capacidade de uma análise critica e proporciona recursos para buscar a

solução de cada falha no equipamento ou processo, alterando todo o modo de

encarar os problemas. A manutenção autônoma é conduzida pelo setor de

produção ou pelo setor de manutenção, gerando uma melhor eficiência nos

equipamentos, através da redução nos tempos de paradas por falhas e

mantendo o processo de acordo com padrões estabelecidos, antecipando-se

aos problemas potenciais. O projeto tem como objetivo evidenciar os

benefícios da Manutenção Autônoma em uma célula de produção. Este

trabalho de conclusão de curso descreve o desenvolvimento e prática da M.A

em uma célula de produção do gênero alimentício e com intuito de reduzir

paradas de máquina, quebras nos equipamentos, por consequência estragos

de matéria prima e melhor desempenho da célula (Eficiência). Após 4 meses

da implementação da Manutenção Autônoma, os resultados foram

significativos:

A eficiência aumentou em 20,6 pontos percentuais.

O MTBF (média de tempo de máquina produzindo entre paradas) aumentou de 2,33 para 9,93.

O número de paradas dia do equipamento passou de 163 para 56.

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ABSTRACT

The Autonomous Maintenance (MA) is to develop operators to think as

owners, the feelings of take care of them and gain ability to identify early

failures. This developed their knowledge of performing small tasks, settings

and adjustments. The Autonomous Maintenance is a tool that develops the

team‟s ability of a critical analysis and provides resources to find solutions of

each equipment failure or process, changing the whole way of looking at

problems. The autonomous maintenance is conducted by the manufacturing

sector or the service sector, creating better efficiency of the equipment by

reducing the stops times for failures and keeping the process according to the

established standards, anticipating potential problems. The project aims to

highlight the benefits of autonomous maintenance in a production cell. This

course conclusion work describes the development and practice of MA in a

production cell of foodstuff and in order to reduce machine downtime, breaks

in equipment damage as a result of raw material and better cell performance

(efficiency). After four months of implementation of the Autonomous

Maintenance, the results were surprising:

• The efficiency has increased of 20.6 percentage points.

• The MTBF (mean machine time between stops producing) increased from

2.33 to 9.93.

• The number of day equipment stops went from 163 to 56.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 8

2 OBJETIVOS GERAIS ...................................................................................................... 10

2.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS ...................................................................................... 10

3 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 12

3.1 Hitórico do MTP (Manutenção Produtiva Total) ...................................................... 16

4 METODOLOGIA ............................................................................................................. 20

4.1 COLETA DE DADO ..................................................................................................... 20

4.2 NATUREZA DA PESQUISA ....................................................................................... 21

4.3 ABORDAGEM .............................................................................................................. 21

4.4 PONTO DE VISTA DOS OBJETIVOS ...................................................................... 22

4.5 PONTO DE VISTA DOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS ................................... 22

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO. .................................................................................... 24

5.1 DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE MANUTENÇÃO AUTÔNOMA ...... 24

5.1.1 GESTÃO DE DEFEITOS (Etiquetas de Anomálias) ......................................... 29

5.1.2 LIL (Limpeza, Inspeção e Lubrificação). ............................................................. 31

5.1.3 Padrão Visual (PD). ................................................................................................ 33

5.1.4 OPL (Lição de um Ponto). ..................................................................................... 37

5.1.5 Ferramenta de Solução de Problemas A3. ........................................................ 38

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS OU CONCLUSÕES ....................................................... 42

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 PRINCIPAIS PARADAS DO MÓDULO M1G.......................................................................13

FIGURA 1 OS PILARES DO TPM ........................................................................................................ 14

FIGURA 2 PRINCÍPIO BÁSICO DA MANUTENÇÃO AUTÔNOMA ..................................................... 15

FIGURA 3 CRONOGRAM DE IMPLANTAÇÃO DO M A ...................................................................... 16

FIGURA 4 PILAR DO MA NO TEMPLO DO TPM ................................................................................ 17

FIGURA 5 FALHAS OCULTAS EM EQUIPAMENTOS. ....................................................................... 19

FIGURA 6 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DA M.A. ................................................................... 20

FIGURA 7 ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DA MANUTENÇÃO AUTONOMA. ...................................... 25

FIGURA 8. SETE CLASSES DE POSSÍVEIS CAUSAS DE FALHAS ................................................. 27

FIGURA 9 IDENTIFICAÇÃO DE ANOMALIAS ENCONTRADAS NO DIA “D”..................................... 28

FIGURA 10 DIA "D" DO MA .................................................................................................................. 29

FIGURA 11 ETIQUETA DE ANOMALIAS ............................................................................................. 30

FIGURA 12 EXECUÇÃO DO LIL .......................................................................................................... 31

FIGURA 13 CHECK LIST LIL ................................................................................................................ 32

FIGURA 14 SEÇÃO DO EQUIPAMENTO LIL ...................................................................................... 33

FIGURA 15 IMAGEM PADRÃO VISUAL NO EQUIPAMENTO ............................................................ 34

FIGURA 16 ROTA DO PADRÃO VISUAL NO EQUIPAMENTO .......................................................... 35

FIGURA 17 CHECK LIST PADRÃO VISUAL ....................................................................................... 36

FIGURA 18 CHECK LIST PADRÃO VISUAL ....................................................................................... 37

FIGURA 19 LIÇÃO DE UM PONTO...................................................................................................... 38

FIGURA 20 GRÁFICO PRINCIPAIS PARADAS POR OCORRÊNCIAS .............................................. 39

FIGURA 21 A3 DA PRINCIPAL PARADA POR OCORRÊNCIA .......................................................... 40

FIGURA 22 RESULTADOS DO A3....................................................................................................... 41

FIGURA 23 HISTÓRICO DE PERFORMANCE DA CÉLULA .............................................................. 42

FIGURA 24 RESULTADOS DE PERFORMANCE DO PROJETO DE MANUTENÇÃO AUTÔNOMA 44

FIGURA 25 RESULTADOS DE MTBF DO PROJETO MANUTENÇÃO AUTÔNOMA ........................ 45

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LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

MA – Manutenção Autônoma.

CIL – Limpeza, Inspeção e Lubrificação.

CL – Linha de Centro.

OPL – Lição de um ponto.

MTBF – Tempo médio entre paradas.

LIL – Limpeza, Inspeção e Lubrificação.

A3 – Ferramenta de analise de problemas

% – Percentual

MTBF – Tempo médio entre falhas (Tempo médio do equipamento em

produção, até que ocorra uma parada do equipamento).

OEE – Indicador de produção (% Eficiência X % Qualidade(Produtos bons) X

Disponibilidade (Tempo dedicado para produção).

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1 INTRODUÇÃO

A Manutenção Autônoma vem como uma ferramenta fundamental na

redução de desperdício no processo produtivo, além de alavancar os

resultados de produtividade. Esta visão apenas pode ser alcançada com o

desenvolvimento da capacidade de cada indivíduo e de toda a equipe. Além

disso, a Manutenção Autônoma consiste em desenvolver nos operadores o

sentimento de propriedade e zelo pelos equipamentos e a habilidade de

inspecionar e detectar problemas em sua fase incipiente, e até realizar

pequenos reparos, ajustes e regulagens. A ferramenta visa à capacitação dos

operadores, com a finalidade de torná-los aptos a promover no seu ambiente

de trabalho mudanças que garantam altos níveis de produtividade. Segundo

Alan Kardec e Haroldo Ribeiro (2008), os objetivos da Manutenção Autônoma

são, treinar operadores para detectar falhas, disciplinar operador a seguirem

os procedimentos operacionais. A aplicação dos princípios básicos da

Manutenção Autônoma visão principalmente à eliminação de perdas em todo

processo produtivo. Assim, os objetivos gerais que a Manutenção Autônoma

apresenta é a capacitação das pessoas no sentido de desenvolver as suas

competências técnicas e estimular o trabalho autônomo e o

autodesenvolvimento; diminuição das falhas nos equipamentos, e do tempo

de pequenas paradas, eliminar ou diminuir os produtos com defeitos e os

acidentes, e principalmente elevar a produtividade. (Alan Kardec, 2002). A

operação e a manutenção nos processos produtivos se destacam entre os

fatores mais importantes de segurança e competitividade. As organizações

produtivas que apresentam alto grau de competitividade em sua área de

atuação habilitam a corporação para a concorrência em qualquer mercado

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internacional. Para que o alcance e superação das metas estabelecidas pela

Produção sejam viabilizados, é fundamental, entre outras coisas, que os

recursos e meios de produção estejam disponíveis, em atendimento ao

planejamento operacional realizado, com alto nível de confiabilidade. (Alan

Kardec, 2002). As operações e reparos inadequados são as maiores causas

de falhas/quebras, geralmente conduzidas por falta de capacitação da equipe

de manutenção. Sem uma maior habilidade técnica dos Operadores e

Manutentores (responsáveis pela manutenção), a confiabilidade e

manutenabilidade (facilidade de realização da manutenção) estarão sempre

comprometidas. Por isso, é importante que a equipe de operação saiba

prevenir erros de operação, enquanto o Manutentor previne erros de reparo.

(ALAN KARDEC, 2002)

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2 OBJETIVOS GERAIS

Com o objetivo de minimizar falhas no processo de uma célula de

fabricação numa empresa do gênero alimentício, será implementado um

projeto de estudo de caso de M.A (Manutenção Autônoma) em uma célula de

produção onde a eficiência histórica desta é de 51,7 %.

O objetivo será estudar a aplicabilidade do sistema de manutenção nos

equipamentos. Sendo o M.A um dos pilares do Sistema Toyota de Produção e

podendo ser aplicado na integra ou em etapas, dependendo do processo de

fabricação.

A implementação deste sistema, visa capacitar operadores a realizarem

pequenas intervenções de manutenção, tais como, verificações diárias e

limpezas programadas (LIL). A LIL (Limpeza, inspeção e lubrificação), é

definida de acordo com dados históricos e estatísticos de paradas do

equipamento. Bem como instalar Padrões Visuais (PD), identificação de

pontos a serem monitorados, que irão garantir o ajuste padrão de

determinadas partes do equipamento. A inclusão de fichas de anomalias, que

irão ajudar definir os planos de manutenção, visando reduzir quebras, falhas e

paradas de máquina.

Para atingir este objetivo serão criados manuais para treinamento da

equipe, visando capacitar todos os atores do processo a resolverem

pequenas falhas.

2.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS

Aumentar o MTBF; (Tempo médio entre paradas)

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Aumentar a Eficiência.

Padronização do Trabalho para atividades de rotina.

Identificação e solução de anomalias

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3 JUSTIFICATIVA

Devido à crise econômica no Brasil no ano de 2014 e a perda de

mercado, para o comércio de produtos contrabandeados, a empresa em

questão necessitou rever o processo produtivo. Tornando-o mais competitivo,

aumentando a confiabilidade do processo produtivo. Para atingir este objetivo

é necessário obter um maior OEE (indicador de eficácia global de

equipamentos). Com este indicador é possível verificar o quanto a empresa

está utilizando os recursos disponíveis (máquinas, mão-de-obra e materiais)

na produção.

A grande vantagem desse indicador é que ele desmembra a eficiência

nos três indicadores que a compõe: disponibilidade, desempenho e qualidade.

Verificou-se que as principais perdas estavam no alto número de

paradas, geradas por pequenas falhas. Foi constatado que a equipe

operacional convivia num processo com falhas e equipamentos com muitas

anomalias.

A partir desta constatação, foi gerado um relatório global para identificar

o equipamento que tinha o menor OEE. Entre os três pilares do OEE

(Disponibilidade, Qualidade e Eficiência) foi observado que o maior impacto

estava em relação a eficiência, devido ao auto número de paradas nos

equipamentos. A Figura 1 demonstra os relatórios retirados do sistema MES -

Manufacturing Execution Systems (Sistema de Execução da Manufatura) que

registra instantaneamente as paradas de máquinas em um programa on-line.

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Este programa permite gerar gráficos das paradas, tempo da parada,

frequência de paradas e volume de produção.

Figura 1 Principais paradas do módulo M1G

Após está análise, constatou-se que o principal ponto era tratar o

processo produtivo. Melhorando o desempenho do equipamento e treinando a

equipe operacional, que precisava adotar novos procedimentos e

contramedidas para evitar falhas recorrentes.

Sendo a Manutenção Autônoma um dos pilares do MTP e a M.A visa

especificação de eliminar falhas e dar propriedade do equipamento à equipe

operacional. Então, o que fazer? Manutenção Autônoma, que trata da redução

de desperdícios ganho de produtividade, rapidez na identificação de

problemas, agir preventivamente e o aumento da confiabilidade no

equipamento. A Figura 2 demonstra os pilares do TPM ou MTP,

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demonstrando que a Manutenção Autônoma é um dos pilares do TPM, sendo

está destinada e checar, verificar, analisar, solucionar e propor contramedida

para cada evento falho no processo. (Bakri, Adnan; Rahim, Abdul Rahman

Abdul; Ahmad, Noordin Mohd Yusof Ramli – Boosting Lean Production via

TPM – International congresso on Interdisciplinary Business and Social

Science 2012).

Figura 1 Os pilares do TPM

Um dos principais benefícios da Manutenção Autônoma é a diminuição

do tempo entre pequenas paradas pelo indicador de MTBF (Mean time

bettween failory), que é a diminuição do “tempo médio entre paradas”. A M.A

também tem como uma das metas eliminar produtos com defeitos e os

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acidentes, tendo em vista que falhas que podem vir a serem fontes geradoras

de acidente. Com o M.A. se implanta proteções e sistemas elétricos de

segurança no equipamento. Em relação à qualidade, a eliminação de falhas e

a manutenção de ajustes básicos no equipamento, evitam defeitos de má

formação do produto. A próxima meta da M.A é elevar a produtividade,

diminuindo o número de pequenas paradas, bem como quebras que

demandam tempo para o conserto.

Em relação à equipe operacional, um dos principais objetivos da

Manutenção Autônoma é dispor o aumento do conhecimento e as habilidades

operacionais em relação ao equipamento. Garantindo maior compreensão dos

valores que agregam ao processo, compreendendo a estrutura e a função de

cada equipamento. Um dos princípios básicos da Manutenção Autônoma é a

de dar propriedade do equipamento a equipe operacional. Demonstrado na

Figura 3.

Figura 2 Princípio básico da Manutenção Autônoma

Montou-se um cronograma para o estudo de caso de Manutenção

Autônoma, conforme a Figura 4.

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Figura 3 Cronogram de implantação do M A

Como demonstrado no cronograma acima o projeto iniciou no dia 16 de

Fevereiro de 2015 tendo seu fim no dia 31 de Maio de 2015, com a

implementação de todas as ferramentas propostas pela Manutenção

Autônoma. Sendo a Célula do M1G, o primeiro piloto da M.A e neste período

de 15 semanas, foi possível obter ótimos resultados e com o objetivo de

garantir o processo de sustentabilidade da M.A e multiplicar a M.A e o

aprendizado para as demais Células do processo produtivo.

3.1 Hitórico do MTP (Manutenção Produtiva Total)

A Manutenção Produtiva Total (MTP) surgiu no Japão por volta de 1971,

através do aperfeiçoamento de técnicas de manutenção preventiva,

manutenção do sistema de produção, prevenção da manutenção e

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engenharia de confiabilidade, visando à falha zero e quebra zero dos

equipamentos, concomitantemente com o defeito zero nos produtos e perda

zero no processo. (Alan Kardec e Haroldo Ribeiro, 2008)

O grande propósito do MTP é obter a máxima eficiência do Sistema

Produtivo por meio da eliminação das Perdas. Construindo um Sistema

Produtivo e Eficaz, contando com a participação de toda a organização da

Empresa, maximizando a utilização dos recursos disponíveis – Pessoas,

Processos e Equipamentos – e minimizar novos investimentos. (Kaizen

Institute, 2013). Dentro do templo da MPT, está um dos pilares que é a

Manutenção Autônoma. Como demonstra a Figura 5.

Figura 4 Pilar do MA no templo do TPM

A (Manutenção Autônoma) segundo informações do polígrafo do 24°

Curso Internacional IMC para Formação de Instrutores de TPM (Total

Performance Management) é um conjunto de atividades realizadas

diariamente pelos operadores nos equipamentos que operam. Incluindo

inspeção, lubrificação, substituição de peças, pequenos reparos, resolução de

problemas, verificação da precisão e assim por diante, visando atingir o

objetivo de “cada um manter em boas condições os equipamentos que opera”

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(Harold Ribeiro, 2000). O conceito representado pela frase “Eu opero, você

conserta”, segundo o qual a divisão de operação só se preocupa com a

produção, enquanto a divisão de manutenção só se encarrega da

manutenção, acabou arraigado nas áreas industriais. Como consequência,

muitos passaram a pensar que as pessoas envolvidas na produção só

deveriam lidar com o trabalho de operação e com a verificação da qualidade

dos produtos ali fabricados, deixando as outras atividades, tais como

manutenção de equipamentos, lubrificação e outros cuidados a cargo dos

técnicos de manutenção.

A Manutenção Autônoma, é direcionada em desenvolver operadores o

sentimento de propriedade e zelo pelos equipamentos e a habilidade de

inspecionar e detectar problemas em sua fase incipiente, e até realizar

pequenos reparos, ajustes e regulagens. (Alan Kardec e Haroldo Ribeiro,

2008)

A Manutenção Autônoma desenvolve a capacidade de observar,

analisar, identificar e solucionar falhas, que até então eram consideradas

como problemas de rotina. A Figura 6 demonstra algumas falhas que ficam

escondidas no equipamento e que a equipe operacional entende como falhas

normais.

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Figura 5 Falhas ocultas em equipamentos.

Na Figura 6 pode ser observado que a ponta do iceberg que está acima

do nível do mar, é considerada como paradas de máquina, quebras, defeitos

etc., decorrentes de anomalias no equipamento que devem ser consertadas,

para evitar falhas. Estas anomalias são deformações, corrosões, desgastes,

temperaturas anormais, vibrações etc., que geram paradas de máquina.

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4 METODOLOGIA

Figura 6 Cronograma de implantação da M.A.

4.1 COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi feita através da escolha da célula de produção que

possui o maior número de máquinas semelhantes e que tinha a maior

proximidade com os padrões recomendados pelos fabricantes. Esta escolha

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se justifica por facilitar a replicação das ações geradas. Após o estudo, os

dados foram coletados de forma eletrônica, através do sistema de

gerenciamento de dados MES - Manufacturing Execution Systems (Sistema

de Execução da Manufatura), que gera informações com histórico sobre as

paradas dos equipamentos. Estas informações podem ser agrupadas em

planilhas e transformadas em gráficos estatísticos, que são estratificados por

frequência e tempo, o que permite analisar as paradas que mais impactavam

no desempenho dos equipamentos e nos indicadores de desempenho como:

MTBF – Meam Time Between Failory (Tempo Médio Entre Falhas) e OEE –

Overal Equipment Efectiveness (Efetividade Global do Equipamento).

4.2 NATUREZA DA PESQUISA

Pesquisa aplicada, porque os resultados encontrados serão utilizados

para gerar ações que se apliquem em outras células idênticas as do ramo

pesquisado e possam ajudar a solucionar problemas existentes nos

processos trazendo ganhos significativos para a empresa.

De acordo com (BARROS e LEHFELD), a „pesquisa aplicada‟ é aquela

em que o pesquisador é movido pela necessidade de conhecer para a

aplicação imediata dos resultados. Contribui para fins práticos, visando à

solução mais ou menos imediata do problema encontrado na realidade.

4.3 ABORDAGEM

Quantitativa, porque foram utilizados mecanismos que representaram

numérica, gráfica, percentual, correlatas, probabilística, etc. mostrando

através dos dados analisados posteriormente a realidade do ambiente antes e

depois das ações tomadas no processo.

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Segundo (CASARIN, 2012), a pesquisa quantitativa, como o próprio

nome indica, tem como objetivo principal quantificar ou mensurar uma ou mais

variáveis estudadas. Para tanto, explora uma metodologia com uso intensivo

de modelos matemáticos e dados estatísticos. Portanto, faz uso de

amostragem sempre que possível.

4.4 PONTO DE VISTA DOS OBJETIVOS

Exploratória, porque foi feita dentro do ambiente produtivo de uma

indústria do gênero tabaco, envolvendo os colaboradores de uma célula de

produção e os resultados históricos foram utilizados para tomada de decisão

de início do projeto.

4.5 PONTO DE VISTA DOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS

Pesquisa-Ação: porque participaram todos os colaboradores envolvidos

no processo, bem como a liderança da fábrica e o os pesquisadores, no qual

estive incluso em todo o processo investigativo, na análise dos dados, na

elaboração do manual da M.A na implementação, comparação e divulgação

dos resultados.

Nesse tipo de pesquisa, os pesquisadores desempenham um papel

ativo no equacionamento dos problemas encontrados. O pesquisador não

permanece só levantando problemas, mas procura desencadear ações e

avaliá-las em conjunto com a população envolvida. (Segundo BARROS e

LEHFELD),

A adoção da Manutenção Autônoma (MA) como filosofia de trabalho em

uma célula de produção de uma empresa de produtos alimentícios. Essa

filosofia que tem como finalidade dar ao operador a apropriação do

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equipamento através do conceito: “Da minha máquina eu cuido”. (Alan Kardec

e Haroldo Ribeiro, 2008)

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.

5.1 DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE MANUTENÇÃO AUTÔNOMA

O projeto iniciou-se pelo treinamento dos facilitadores, e após por um

forte período de divulgação do MA (Manutenção Autônoma) entre os

colaboradores diretamente envolvidos.

Na sequência formou-se um grupo multi funcional, com domínio do

processo, para auxiliar na condução e implementação do programa de

Manutenção Autônoma.

O grupo reuniu-se por três dias consecutivos com o consultor externo

para a criação das diretrizes da M.A que norteará todo o pessoal de produção

para termos um alinhamento padrão dentro da linha de produção e aplicar as

diretrizes na célula.

Após os três dias de reunião e planejamento da implementação, realizou-

se a apresentação do planejamento para a liderança da empresa, onde foram

apresentados as etapas e o cronograma da efetuação da Manutenção

Autônoma na Célula de produção, com a posterior aprovação da liderança

sênior da empresa.

Nesta reunião ficou definido o planejamento e o desenvolvimento de

cada etapa a ser implementada na célula de produção. A figura 6 demonstra a

descrição das etapas para implementação da Manutenção Autônoma.

No segundo momento, todos os operadores e técnicos de manutenção e de

produção receberam o treinamento.

Já na implantação da Manutenção Autônoma, em uma indústria gráfica,

foi necessário realizar treinamentos básicos na área mecânica, para que a

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equipe operacional pude-se identificar falhas no processo. (Tondato, Rogério;

UFRGS-Mestrado-Manutenção Produtiva Total: Estudo de caso na Indústria

Gráfica, POA 2004). Na Figura 7 é demostrado as etapas de implantação da

M.A.

Figura 7 Etapas de implantação da manutenção Autonoma.

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Posteriormente realizou-se o treinamento de toda a equipe operacional

da Célula de produção (operadores, mecânicos, Técnicos mecânicos,

Técnicos eletrônicos e o setor de treinamento da empresa).

Respeitar todas as etapas e treinamento completo de toda a equipe

operacional, é uma das chaves do sucesso da implementação da Manutenção

Autônoma. (Lewandowski, Marco; Oelker, Stephan – Towards Autonomous

Control in maintenance and spare part logistics – challenges and opportunities

for preacting maintenance concepts – 2nd International Conference on System-

Integrated Intelligence: Challenges for Product and Production Engineering).

Após foi introduzida a filosofia do 5S, fazendo o dia “D” da Manutenção

Autônoma. Neste dia todos os participante do grupo de implementação, que

compõe operadores, mecânicos, Técnicos mecânicos, Técnicos eletrônicos,

setor de treinamento e gerentes, que realizaram uma limpeza profunda nos

equipamentos para mostrar que todos estão engajados no propósito de fazer

dar certo e gerar crença em todos os colaboradores.

Esse dia, foi o ponto de partida para a implementação das outras fases

da Manutenção Autônoma.

Anteriormente realizamos um treinamento para capacitar a equipe a identificar

as sete classes de defeitos. Afim de que todos tivessem capacidade de

identificar falhas potenciais e as classificar nas etiquetas corretas, conforme

demonstra a Figura 8 demonstrando as sete classes de defeitos, bem como

uma imagem ilustrativa para cada um destes.

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Figura 8. Sete classes de possíveis causas de falhas

A Figura 9 demonstra alguns exemplos de anomalias (defeitos)

encontradas nos equipamentos no dia “D”.

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Figura 9 Identificação de anomalias encontradas no dia “D”.

Na Figura 9 parte „A‟ acima, pode-se identificar um ambiente sujo, com

as tubulações e manômetro pneumático sem fixações e cabos elétricos mal

fixados. Neste ambiente podem-se identificar muitas falhas potências que

poderão vir a serem falhas reais.

Na parte „B‟ da Figura 9 podem-se apontar algumas falhas potenciais,

como, cabos elétricos fixos em outra linha de cabos e um conector elétrico

sem uso, o que pode também gerar falhas futuras.

A Figura 10 demonstra os resultados após o dia “D”.

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Figura 10 Dia "D" do MA

5.1.1 GESTÃO DE DEFEITOS (Etiquetas de Anomálias)

No primeiro dia também foi implantado a Gestão de Defeitos, utilizando

as etiquetas de anomalias, onde são registrados todos os defeitos

encontrados. A Figura 11 mostra as três classes de etiquetas para o registro

de anomalias.

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Figura 11 Etiqueta de anomalias

A etiqueta azul para intervenções de curta duração e baixa

complexibilidade.

A etiqueta vermelha para defeitos que ainda não estão afetando a

desempenho do equipamento e requerem ajuda externa seja por

complexidade ou necessidade de programação.

E a etiqueta amarela para intervenções eletrônicas. Em cada etiqueta, é

possível selecionar a classe do defeito, data e o colaborador que preencheu a

etiqueta, bem como o prazo e responsável para a solução do defeito.

Ademais, é preenchido o turno e o equipamento que necessita da resolução

do defeito.

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5.1.2 LIL (Limpeza, Inspeção e Lubrificação).

Após o dia “D” o grupo da implantação definiu junto com a equipe da

célula, os chamados (LIL) Limpeza, Inspeção e Lubrificação ou em Inglês

(CIL) Clean, Inspection and Lubrication (Limpeza, Inspeção e Lubrificação).

Onde um dos objetivos é „LIMPAR PARAR INSPECIONAR‟, tendo neste

momento a oportunidade de identificar falhas, corrigir ou planejar a correção

no momento mais oportuno evitando assim paradas ou quebras no

equipamento. Na figura 12 pode ser observados momentos do dia “D”.

Figura 12 Execução do LIL

A após a definição dos LIL, foi editado um caderno que consta pontos

da máquina que devem ser limpos, inspecionados ou lubrificados diariamente.

Nestes pontos podem ocorrer modificações ou alterações da frequência desta

atividade.

A Figura 13 apresenta um modelo de um LIL, com pontos específicos

para a equipe de produção. (Operador e Mecânico).

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Não necessariamente o LIL do turno seguinte comtemplará os mesmos

pontos. Neste caso específico, os turnos tiveram pontos comuns de LIL entre

eles e pontos específicos com frequências diárias e semanais.

Figura 13 Check list LIL

A Figura 14 demonstra um ponto do equipamento antes e após a criação do caderno

do LIL que irá garantir que o equipamento esteja em condições de produzir com

qualidade e evitando falhas de processo e máquina.

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Figura 14 Seção do Equipamento LIL

5.1.3 Padrão Visual (PD).

A próxima etapa contempla a implantação dos Padrões Visuais (PD) em

determinados pontos dos equipamentos, que definem ranges ou ajustes pré-

definidos pelo fabricante, que será a condição básica para o bom

funcionamento dos equipamentos. A Figura 15 demonstra alguns destes padrões.

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Figura 15 Imagem Padrão Visual no equipamento

Estes por sua vez garantem o ajuste padrão do equipamento, evitando

ajustes (intervenções) desnecessários no equipamento, devido a um defeito,

que provavelmente tem outra causa raiz.

A Figura 16 apresenta a rota de inspeção do PD diário com os pontos

que devem ser checados diariamente pela equipe operacional do

equipamento, bem como fotos ilustrativas e descrição do ajuste padrão.

Elaborar novos padrões visuais, na medida que as falhas acontecem é a

chave para evitar ajustes fora de medida e sustentar o processo, sendo uma

contramedida para evitar falhas futuras. (Friedrich, Christian; Lechler, Armin;

Verl, Alexander – Autonomous Systems for maintenance tasks – requirements

and design of a control architecture – 2nd International Conference on

System-Integrated Intelligence: Challenges for Product and Produtuion

Engineering).

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Figura 16 Rota do Padrão Visual no equipamento

Na Figura 17observa-se a lista de inspeção do PD que consta na

segunda página do livro do Padrão Visual. Nesta página cada turno, verifica

os pontos de Padrão Visual, que devem estar com ajuste padrão corretos.

Esta página se repete ao longo do mês ou até que se acrescente um novo

item no caderno diário do Padrão Visual.

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Figura 17 Check List Padrão Visual

Caso no momento da inspeção, algum PD, esteja fora do padrão, a

equipe operacional deverá retorná-lo para o padrão e adicionar uma

observação do valor observado. Pois esta informação será tratada na reunião

semanal, que ocorre com a equipe e os facilitadores do MA. Nesta reunião

será discutido PD, LIL, Gestão de defeitos e analisado a evolução das

paradas no equipamento de acordo com as informações enviadas para um

computador onde podemos verificá-las e checar a evolução da quantidade de

paradas.

Para todos os LIL e PD, é criada uma OPL, (One Point Lesson) Lição

de um Ponto para treinar a equipe operacional de como realizar a nova

atividade.

Está inspeção diária do Padrão Visual, obedece a uma rota de inspeção, que

está identificada no equipamento, de acordo com o endereço do caderno e

cada ponto de inspeção, contém adesivos em formato de pés, para que o

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colaborador se posicione neste ponto e inspecione os pontos relativos à está

área do equipamento, como demonstra a Figura 18.

Figura 18 Check List Padrão Visual

5.1.4 OPL (Lição de um Ponto).

A técnica da “Lição de um Ponto” consiste em facilitar a assimilação e a

prática de uma determinada atividade utilizando-se desenhos com descrições

em apenas uma folha de papel. (Alan Kardec e Haroldo Ribeiro, 2002).

A Figura 19 apresenta uma das lições amplantadas..

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Figura 19 Lição de Um Ponto

5.1.5 Ferramenta de Solução de Problemas A3.

A ferramenta A3 padroniza o formato de comunicação, disciplinando

pensamentos precisos em relação ao processo registrando-as em uma folha

no formato A3. Também vale salientar que o A3, preconiza a disciplina dos

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pensamentos independente de uma técnica de escrita particular. Imagine

como você se sentiria, se você quiser reportar informações, mas você poderá

utilizar apenas uma folha para reportar as informações. (James M.Morgan e

Jeffrey K. Liker,2006).

Uma das ações, onde no decorrer do projeto, se obteve ótimos

resultados foi da construção de uma análise, utilizando a ferramenta de

análise A3. Onde foi realizado uma pré-análise das principais paradas do

equipamento e neste resultado, gráfico de Pareto apresentou um destaque

expressivo para as duas principais paradas do equipamento. Decidi-se

analisar e minimizar a segunda principal parada, uma vez que a primeira, é

consequência da segunda. Conforme demonstra a Figura 20.

Figura 20 Gráfico principais paradas por ocorrências

O gráfico acima demonstra a descrição das principais paradas por

frequência da Célula de Produção nos meses de Janeiro, Fevereiro, Março e

Abril do ano de 2015, onde a parada de “MAX CONTROLE FILTROS” se

destacou como a parada principal e com tendência de aumento em número

desta parada. Após está constatação, decidiu-se abrir um A3 (Ferramenta de

análise e solução de problemas).

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Na Figura 21º A3 realizado com a equipe operacional e os facilitadores do

MA.

Figura 21 A3 da principal parada por ocorrência

As etapas de preenchimento do A3 iniciam-se pela descrição do problema,

objetivo e ação de contensão. Após realiza-se o brainstorming para inclusão das

possíveis causas no gráfico Causa / Efeito, cada possível causa deverá ser

verificada no equipamento, para averiguar a causa potencial. Todas as possíveis

causas constatadas se realiza outro gráfico de Causa / Efeito da Causa provável

com as suas sub causas prováveis, que também serão testadas no equipamento.

A Figura 22, apresentam-se os resultados obtidos após uma análise na

reunião semanal da Manutenção Autônoma, utilizando a metodologia do A3.

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Figura 22 Resultados do A3

A Figura 22 demonstra a redução da média de paradas dia nos meses de

Janeiro, Fevereiro, Março, Abril e Maio, onde a média de paradas passou de 63

para 15 paradas por dia.

Thomas et all declaram que uma análise bem estruturada e respeitando

todas as etapas do processo investigativo normalmente resulta em uma solução

confiável e com as ferramentas de contramedida como o PD (Padrão Visual), CIL

(Limpeza, Inspeção e Lubrificação) e a Solução de Falhas (Etiqueta de Anomalias),

são os meios para garantir a sustentabilidade dos pontos já analisados.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS OU CONCLUSÕES

Historicamente a célula, onde foi implantada a manutenção autônoma

apresentava muita instabilidade em seu desempenho (Eficiência). Como

demonstra a Figura 23.

Figura 23 Histórico de performance da célula

De acordo com os resultados demonstrado no gráfico acima, optou-se

por está célula para o projeto de implementação da manutenção autônoma,

com o objetivo de melhorar os resultados, pois com um objetivo mensal de

efeiciência de 68%. Sendo que este equipamento nunca obteve este resultado

de eficiência.

Após toda a implementação das etapas do MA, preparação da equipe,

análse de dados e plano de ação, decorrentes do LIL, PD, Gestão de defeitos,

A3 e OPL. Com estas ferramentas a célula evoluiu em performance,

diminuindo o número de paradas. Pois cada uma delas melhoraram o

processo. O LIL, garantindo a limpeza, inspeção e lubrifição dos pontos

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definidos pela equipe de acordo com as paradas analisadas nas reuniões

semanais da equipe. Caso ao inspecionar, algum defeito seja encontrado.

Este gera o preenchimento de uma etiqueta, que será feito o planejamento

adequado para a solução deste defeito. O PD garantindo os ajustes

recomendados pelo fabricante do equipamento. A Gestão de defeitos,

garantindo a confiabilidade do equipamento. A ferramenta A3 com analise e

solução, é utilizada no processo solucionar falhas de causa desconhecida. E

as OPL, Lição de um ponto que treinam (informam) a equipe sobre uma nova

atividade ou como realizar uma atividade de forma segura e com padrões

estipulados pelo fabricante.

Com todas estas mudanças no processo e com a equipe treinada,

conseguiu-se uma evolução nos resultados de desempenho e MTBF que é o

tempo médio entre paradas. Quanto ao MTBF, quanto maior o resultado

significa que o equipamento esta tendo menos paradas e aumentando seu

desempenho.

A Figura 24 mostra o gráfico do resultado da eficiência, antes e após a

implementação da Manutenção Autônoma.

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Figura 24 Resultados de performance do projeto de Manutenção Autônoma

No gráfico acima é possível observar que nos meses de Abril e Maio,

após a implantação da Manutenção Autônoma, se alcançou o objetivo

estipulado para eficiência de 68% e no mês de Maio, obteve-se o melhor

resultado de eficiência, conforme histórico dos resultados desta célula.

No gráfico subsequente, é possível observar os resultados de MTBF, antes e

após a implementação da Manutenção Autônoma.

Singh et all implantado a M.A. em uma indústria química obteve um

aumento de eficiência de 63% para 79% e redução de paradas no

equipamento. Este resultado está próximo ao encontrado neste trabalho. Fato

este que demostra a eficiência do sistema adotado. A Figura 25 demostra o

tempo médio entre paradas (MTBF da sigla em inglês).

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Figura 25 Resultados de MTBF do projeto Manutenção Autônoma

Também, obteve-se a mesma evolução, em relação ao MTBF que foi

obtido na eficiência da célula.

Podemos dizer que a Manutenção Autônoma, trouxe disciplina,

padronização na forma de trabalho, ferramentas de análises e

desenvolvimento das pessoas. Alcançando os melhores resultados e aumento

da confiabilidade nos equipamentos.

Apesar da necessidade de se avaliar os resultados práticos, o

aprendizado com a Manutenção Autônoma é o mais importante, pois o

operador vai descobrindo ao longo do tempo o seu verdadeiro potencial.

Outro ponto importante é que os padrões de referência para limpeza,

lubrificação, inspeção, operação, organização, ordem e asseios devem ser

definidos pelo próprio grupo. Estes pontos de autodomínio são importantes

para o desenvolvimento da autodisciplina visando o autocontrole.

Pode-se concluir que os objetivos, de aumentar o MTBF, aumentarem a

Eficiência, Padronizações de trabalho e atividades de rotina, bem como a

Identificação e solução de anomalias, foram todos alcançados com sucesso.

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O MTBF passou de 2,33 minutos para 9,30 minutos. A eficiência passou

de 53,37% para 72,28% um acréscimo de 18,91 pontos percentuais em

quatro meses de projeto.

Quanto a Padronização do trabalho para atividades de rotina, foram

realizadas diversas padronizações através das ferramentas de Padrão Visual

e da identificação e solução de anomalias, que trouxeram maior estabilidade

no equipamento e por consequência o aumento do MTBF e da Eficiência.

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