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OLIBERAL BELÉM, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE JUNHO DE 2016 4 PODER OPINIÃO O País está enfermo, às voltas com graves crises de natureza econômica, política e ética. Sem dúvida, é preciso que as enfermidades sejam tratadas como estão sendo e tenhamos a coragem de administrar os remédios amargos para quando for necessário.” Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal, sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato TRAGÉDIA Ribeirinhos de Barcarena ainda cobram promessas M oradores ribeirinhos de Barcarena, atingidos pelo naufrágio do navio Haidar no porto de Vila do Conde, com cinco mil bois a bordo, em 6 de outubro do ano passado, organizam no- vos protestos esta semana, com o fechamento da rodovia que dá acesso ao porto, para cobrar do hoje ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, o cumprimento de promessas feitas em Barcare- na por ocasião da tragédia. Em vídeo fartamente di- vulgado em Barcarena, Hel- der promete à população pre- judicada a entrega de 10 mil cestas básicas e o pagamento de um salário mínimo para cada família atingida, mas até hoje, quase nove meses depois, ninguém recebeu um centavo sequer. Algumas comunidades impactadas pela tragédia re- clamam também que não re- ceberam sequer um quilo de arroz das milhares de cestas básicas prometidas pelo en- tão ministro dos Portos. Os moradores estão cobrando transparência na distribui- ção das cestas e o pagamen- to de uma salário mínimo anunciado por Helder com pompa em sua passagem por Barcarena. A Companhia Docas do Pará (CDP) se exime de qual- quer responsabilidade sobre o pagamento de salário pro- metido por Helder Barbalho às famílias, alegando que a culpa pelo atraso da liberação do dinheiro é do Ministério Público Federal, que até hoje não teria entregue a lista com a relação das famílias atingi- das pela tragédia não apenas em Barcarena, mas também no município de Abaetetuba. Como ainda não providen- ciou a retirada das carcaças dos bois dos porões do navio Haidar e não tem recursos disponíveis a CDP tem se recusado a receber repre- sentantes das associações de moradores para discutir o pagamento das indeniza- ções prometidas por Helder Barbalho. FRAUDES – Vem aí uma nova fase da operação Histórias de Pescador, da Polícia Federal, atrás dos tubarões que fraudam o cadastro nacional de pescadores para roubar no seguro-defeso. A expectativa é de fisgar alguns peixes graúdos. AVANÇO – O presidente do PSDB do Pará, senador Flexa Ribeiro, trabalha com a perspectiva de o partido e seus aliados da base de apoio ao governador Simão Jatene, elegerem mais de cem prefeitos nas eleições de outubro. CRIANÇA – O prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) conquistou o Prêmio Prefeito Amigo da Criança (PPAC) da Fundação Abrinq, o mesmo que o ex-prefeito Edmilson Rodrigues ganhou em seu tempo. Além do premio para Zenaldo, a Abrinq contemplou Belém com os selos “Reconhecimento Pleno” e “Boas Práticas”, entregues durante a cerimônia na Câmara dos Deputados, em Brasília. AVANÇO – Em Abaetetuba, o pré-candidato do PPS à Prefeitura, Pedro Henrique, já contabiliza seis partidos em sua coligação. ASSESSOR - Candidato do honestíssimo Jader Barbalho à Prefeitura de Belém, pelo PMDB, o ex-reitor da Universidade Federal do Pará, Carlos Maneschy, requereu esta semana através do memorando 228/2016, encaminhado por Maria Lucia Ohana, secretária-geral do gabinete do reitor, à pró-reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas, Edilziete Eduardo Pinheiro de Aragão, sua lotação como Assessor do Gabinete CD3 na própria UFPA. Um pequeno reforço no orçamento para a difícil campanha eleitoral que terá pela frente. ESCONDE – Aliás, Jader Barbalho se ausentou (ou foi ausentado) do lançamento da pré-candidatura de Carlos Maneschi na quinta-feira. A ordem na campanha é manter Jader à distância do candidato, escondidinho. Sua altíssima rejeição puxa para baixo. ABUSO – Helder Barbalho descumpriu mais uma vez esta semana o decreto da presidente afastada Dilma Rousseff que proíbe os ministros de Estado de utilizarem jatinhos da FAB em deslocamentos para seus Estados de origem. O filho de Jader usa descaradamente a máquina federal em sua campanha eleitoral extemporânea pelo interior do Pará. SÉRIE B – Paysandu, mantendo o ritmo pós-Dado, caminha célere para na Série A. CRITICA – "O dever da imprensa não pode ser cerceado de maneira nenhuma.” Carmen Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal, criticando juízes do Paraná que processam jornalistas que revelaram salários da cúpula do Poder Judiciário. CONSTATAÇÃO - Ex- cunhado não é parente... CONTRA – A turma do quanto pior, melhor, liderada pelos Barbalho, é a favor do aumento das passagens e contra ônibus de graça no mês de julho. Pará ganha novas unidades de conservação O governador Simão Jatene (PSDB) criou esta semana, sem estardalhaço, novas unidades de conservação no Estado. São duas Reservas de Desenvol- vimento Sustentável (RDS) e dois Refúgios de Vida Silvestre (RVS), que protegem os ambien- tes naturais, a vida silvestre e populações ribeirinhas. Duas delas, a RVS Tabuleiro do Em- baubal e a RDS Vitória de Sou- zel, estão na área de influência da usina de Belo Monte. No último dia 17 foram pu- blicados os decretos que criam a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Vitória de Souzel e o Refúgio de Vida Silvestre Ta- buleiro do Embaubal, no muni- cípio de senador José Porfírio, e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Campo das Man- gabas e o Refúgio de Vida Sil- vestre Padre Sérgio Tonetto, no município de Maracanã. Havia seis anos que o governo esta- dual não criava nenhuma nova Unidade de Conservação. A estratégia de conservação utilizada foi a combinação das categorias e sua disposição territorial – uma Reserva de Vida Silvestre mais central, unidade de proteção integral, circundada em grande parte por uma Reserva de Desenvol- vimento Sustentável, unidade de uso sustentável destinada a salvaguardar o modo de vida de populações tradicionais. Todas as unidades de con- servação criadas pelo governo do Pará se destacam pela rica biodiversidade e há muito tem- po - em alguns casos, desde a década de 1970 - se discutia a necessidade de criar Ucs na re- gião do Tabuleiro do Embaubal para a proteção dos ambientes naturais, da vida silvestre e do modo de vida das populações ribeirinhas. Entrevista O arqueólogo Marcos Pereira Magalhães, coordenador do Projeto Arqueológico Carajás (Paca), do Museu Emilio Goeldi, financiado pela mineradora Vale, lançou esta semana o livro "Ama- zônia Antropogênica", que detalha como viviam os primeiros habitan- tes da Amazônia, no sul do Pará. Nessa entrevista, exclusiva, Maga- lhães fala sobre as descobertas do longo trabalho de campo realizado na Serra dos Carajás, nas regiões sul e sudeste do Pará. "Mais de 60% das florestas conhecidas na Amazônia são de origem humana" POR DENTRO - Professor: re- sumidamente o que conta o livro "Amazônia Antropogênica"? MARCOS MAGALHÃES - Insere Ca- rajás na arqueologia da Amazônia através de uma proposta teórica com hipóteses testadas em cam- po. Essa teoria propõe, filosófica e cientificamente, a divisão histórica da ocupação humana da Amazônia antes da conquista em dois longo períodos: o da Cultura Tropical iniciada desde 11.000 anos atrás, representada por populações nômades que viviam da caça, da coleta, da pesca e da seleção e manejo de diversas planta. Com o tempo, foram ca- pazes de iniciar a domesticação de algumas espécies e, inclusive, mais tarde, no cultivo delas. Este período, que durou aproximada- mente 6.000 anos, foi sucedido pelo o da Cultura Neotropical. Assim, cerca de 5.000 anos atrás as populações amazônicas evolu- íram para sociedades sedentárias que faziam uso sistemático do cultivo de plantas domesticadas e do manejo de grandes extensões de florestas. Elas constituíram culturas social e politicamente complexas e seu processo civi- lizador só chegou ao fim com a colonização europeia. O grande legado da Cultura Neotropical foi o manejo de grandes extensões de florestas, as tornando verda- deiros artefatos sociais, repletas de plantas para as mais diversas atividades. Por conta disto, possivelmente, mais de 60% das florestas conhecidas na Amazônia são de origem humana. POR DENTRO - Qual a impor- tância dos sítios arqueológicos de Carajás para a história da arqueo- logia na Amazônia? MAGALHÃES - Os sítios arqueoló- gicos de Carajás, especialmente os mais antigos, reúnem evidên- cias de que o homem - desde a sua chegada na região e de modo cada vez mais crescente -, usava recursos da floresta. Isto é o con- trário ao que se pensava sobre a Amazônia: que seria indomável, um inferno verde, escassa de re- cursos e inadequada para popula- ções sem agricultura sistemática. Pois bem, os sítios mais antigos de Carajás mostram que o homem superava uma possível escassez natural através da seleção e dis- MARCOS PEREIRA MAGALHÃES, ARQUEÓLOGO persão de espécies úteis concentradas em suas áreas de circulação social e cultural. POR DENTRO - Como viviam os primeiros "amazônidas": eram caçadores/coletores ou já tinham agricultura e criação de animais? MAGALHÃES - Os primei- ros "amazônidas" viviam da caça, da coleta e da pesca. Mas foi através da coleta de plantas que eles começaram a perceber que elas cresciam a partir de sementes e que fruti- ficavam cada ano a partir de determinado nível de crescimento. Como eles levavam as plantas preferidas de um lugar para outro, acabaram por fazer um seleção cultural de espécies, contribuindo firmemente para a distri- buição geográficas delas. Além, é claro, de terem ampliado a distribuição delas através de trocas com povos vindos de outras regiões. Com o tempo a seleção cultural resultou no aprimora- mento de algumas e na domesticação de outras. Isto levou tempo, mas quando foi popularizado eles puderam conhecer as vantagens do cultivo, especialmente em áreas mais adequadas, onde os solos eram naturalmente férteis e não alagáveis. Foi o uso regular de plantas cultivada, por sua vez, que levou as populações pioneiras a um novo pata- mar histórico, o da Cultura Neotropical. Os animais não foram domesticados, mas eram feitos currais em terra e em igarapés onde diversos animais eram confinados, como porcos, tartarugas e al- guns peixes. Essa prática está mais relacionadas às populações da Cultura Ne- otropical, por serem mais sedentárias. O IFPA - Campus Abaetetuba, realizará licitação na modalidade Tomada de Preços nº 01/2016, do tipo Menor preço global, para Contratação de empresa especializada para reformar o 2º pavimento e laje de cobertura do Bloco Pedagógico. Abertura das propostas: 11/07/2016 às 10h00(horário de Brasilia-DF). Edital e seus anexos disponíveis a partir do dia 24/06/2016 no site www.comprasgovernamentais.gov.br. Jaime P. Oliveira Diretor de Administração e Planejamento IFPA - Campus Abaetetuba DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO AVISO DE LICITAÇÃO PARÁ Campus Abaetetuba INSTITUTO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Objeto: Execução dos serviços de manutenção (conservação/recuperação) na Rodovia BR-230/PA; trecho: Divisa TO/PA (início da travessia do Rio Araguaia) – Divisa PA/AM (Igarapé Palmares); LOTE 01: subtrecho: Divisa TO/PA (início travessia Rio Araguaia) – Entroncamento da BR-153(B)/222/PA-150 (Marabá) e segmento: km 0,00 ao km 115,40 e extensão: 115,40 km e LOTE 02: subtrecho: Entroncamento BR-153(B)/222/PA-150 (Marabá) – Rio Cajazeiras; segmento: km 115,40 – km 194,40 (+ 13,90 km de arruamento lateral e duplicado) e extensão: 92,90 km. Entrega das Propostas: a partir do dia 27/06/2016 às 08h no site https://www.comprasgovernamentais.gov.br. Abertura das Propostas: 07/07/2016 às 9h. Maiores Informações: (91) 3250.2633 ou (91) 3250.2650 ou e-mail: [email protected]. Belém – PA, 24 de junho de 2016 Raimundo Guilherme Maciel Corrêa Pregoeiro – PT nº 1.919/DAF/DNIT PREGÃO ELETRÔNICO 223/2016 – MENOR PREÇO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL (Ata de Registro de Preços) Aviso Republicação A UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, com sede nesta cidade à Rua Augusto Correa, nº 1, Campus Universitário Professor José da Silveira Netto, por sua PREGOEIRA, designada pela Portaria do Processo 9391/2016, fará realizar licitação na modalidade PREGÃO ELETRÔNICO SRP nº 30/2016 do tipo MENOR PREÇO POR ITEM, através do Sistema de Registro de Preços, com reabertura no dia 07/07/21016 às 09:30 (Hora de Brasília), destinada a selecionar propostas para AQUISIÇÃO DE MATERIAL DE CONSUMO – SELO, CANECA E PULSEIRA, para atender ao DAIE-PROEX da UFPA pelo período de 12 meses. O EDITAL encontra-se à disposição dos interessados no site www.comprasnet.gov.br. Maiores informações pelo telefone 3201-7459. Eliana Meriam Miranda de Brito Pregoeira portaria 1409/2016 PREGÃO ELETRÔNICO Nº 30/2016 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

MINISTÉRIO DOS MINISTÉRIO DA INSTITUTO FEDERAL · cípio de senador José Porfírio, e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Campo das Man-gabas e o Refúgio de Vida Sil-vestre

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Page 1: MINISTÉRIO DOS MINISTÉRIO DA INSTITUTO FEDERAL · cípio de senador José Porfírio, e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Campo das Man-gabas e o Refúgio de Vida Sil-vestre

O LIBERAL BELÉM, SEGUNDA-FEIRA, 27 DE JUNHO DE 20164 PODER

OPINIÃO

O País está enfermo, às

voltas com graves crises de natureza econômica, política e ética. Sem dúvida, é preciso que as enfermidades sejam tratadas como estão sendo e tenhamos a coragem de administrar os remédios amargos para quando for necessário.”

Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal, sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato

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TRAGÉDIA

Ribeirinhos de Barcarena ainda cobram promessas Moradores ribeirinhos

de Barcarena, atingidos pelo naufrágio do navio

Haidar no porto de Vila do Conde, com cinco mil bois a bordo, em 6 de outubro do ano passado, organizam no-vos protestos esta semana, com o fechamento da rodovia que dá acesso ao porto, para cobrar do hoje ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, o cumprimento de promessas feitas em Barcare-na por ocasião da tragédia.

Em vídeo fartamente di-

vulgado em Barcarena, Hel-der promete à população pre-judicada a entrega de 10 mil cestas básicas e o pagamento de um salário mínimo para cada família atingida, mas até hoje, quase nove meses depois, ninguém recebeu um centavo sequer.

Algumas comunidades impactadas pela tragédia re-clamam também que não re-ceberam sequer um quilo de arroz das milhares de cestas básicas prometidas pelo en-tão ministro dos Portos. Os

moradores estão cobrando transparência na distribui-ção das cestas e o pagamen-to de uma salário mínimo anunciado por Helder com pompa em sua passagem por Barcarena.

A Companhia Docas do Pará (CDP) se exime de qual-quer responsabilidade sobre o pagamento de salário pro-metido por Helder Barbalho às famílias, alegando que a culpa pelo atraso da liberação do dinheiro é do Ministério Público Federal, que até hoje

não teria entregue a lista com a relação das famílias atingi-das pela tragédia não apenas em Barcarena, mas também no município de Abaetetuba.

Como ainda não providen-ciou a retirada das carcaças dos bois dos porões do navio Haidar e não tem recursos disponíveis a CDP tem se recusado a receber repre-sentantes das associações de moradores para discutir o pagamento das indeniza-ções prometidas por Helder Barbalho.

FRAUDES – Vem aí uma nova fase da operação Histórias de Pescador, da Polícia Federal, atrás dos tubarões que fraudam o cadastro nacional de pescadores para roubar no seguro-defeso. A expectativa é de fi sgar alguns peixes graúdos.

AVANÇO – O presidente do PSDB do Pará, senador Flexa Ribeiro, trabalha com a perspectiva de o partido e seus aliados da base de apoio ao governador Simão Jatene, elegerem mais de cem prefeitos nas eleições de outubro.

CRIANÇA – O prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) conquistou o Prêmio Prefeito Amigo da Criança (PPAC) da Fundação Abrinq, o mesmo que o ex-prefeito Edmilson Rodrigues ganhou em seu tempo. Além do premio para Zenaldo, a Abrinq contemplou Belém com os selos “Reconhecimento Pleno” e “Boas Práticas”, entregues durante a cerimônia na Câmara dos Deputados, em Brasília.

AVANÇO – Em Abaetetuba, o pré-candidato do PPS à Prefeitura, Pedro Henrique, já contabiliza seis partidos em sua coligação.

ASSESSOR - Candidato do honestíssimo Jader Barbalho à Prefeitura de Belém, pelo PMDB, o ex-reitor da Universidade Federal do Pará, Carlos Maneschy, requereu esta semana através do memorando 228/2016, encaminhado por Maria Lucia Ohana, secretária-geral do gabinete do reitor, à pró-reitora de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas, Edilziete Eduardo Pinheiro de Aragão, sua lotação como Assessor do Gabinete CD3 na própria UFPA. Um pequeno reforço no orçamento para a difícil campanha eleitoral que terá pela frente.

ESCONDE – Aliás, Jader Barbalho se ausentou (ou foi ausentado) do lançamento da pré-candidatura de Carlos Maneschi na quinta-feira. A ordem na campanha é manter Jader à distância do candidato, escondidinho. Sua altíssima rejeição puxa para baixo.

ABUSO – Helder Barbalho descumpriu mais uma vez esta semana o decreto da presidente afastada Dilma Rousseff que proíbe os ministros de Estado de utilizarem jatinhos da FAB em deslocamentos para seus Estados de origem. O fi lho de Jader usa descaradamente a máquina federal em sua campanha eleitoral extemporânea pelo interior do Pará.

SÉRIE B – Paysandu, mantendo o ritmo pós-Dado, caminha célere para na Série A.

CRITICA – "O dever da imprensa não pode ser cerceado de maneira nenhuma.” Carmen Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal, criticando juízes do Paraná que processam jornalistas que revelaram salários da cúpula do Poder Judiciário.

CONSTATAÇÃO - Ex-cunhado não é parente...

CONTRA – A turma do quanto pior, melhor, liderada pelos Barbalho, é a favor do aumento das passagens e contra ônibus de graça no mês de julho.

Pará ganhanovas unidades de conservação

O governador Simão Jatene (PSDB) criou esta semana, sem estardalhaço, novas unidades de conservação no Estado. São duas Reservas de Desenvol-vimento Sustentável (RDS) e dois Refúgios de Vida Silvestre (RVS), que protegem os ambien-tes naturais, a vida silvestre e populações ribeirinhas. Duas delas, a RVS Tabuleiro do Em-baubal e a RDS Vitória de Sou-zel, estão na área de influência da usina de Belo Monte.

No último dia 17 foram pu-blicados os decretos que criam a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Vitória de Souzel e o Refúgio de Vida Silvestre Ta-buleiro do Embaubal, no muni-cípio de senador José Porfírio, e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Campo das Man-gabas e o Refúgio de Vida Sil-vestre Padre Sérgio Tonetto, no município de Maracanã. Havia seis anos que o governo esta-dual não criava nenhuma nova Unidade de Conservação.

A estratégia de conservação utilizada foi a combinação das categorias e sua disposição territorial – uma Reserva de Vida Silvestre mais central, unidade de proteção integral, circundada em grande parte por uma Reserva de Desenvol-vimento Sustentável, unidade de uso sustentável destinada a salvaguardar o modo de vida de populações tradicionais.

Todas as unidades de con-servação criadas pelo governo do Pará se destacam pela rica biodiversidade e há muito tem-po - em alguns casos, desde a década de 1970 - se discutia a necessidade de criar Ucs na re-gião do Tabuleiro do Embaubal para a proteção dos ambientes naturais, da vida silvestre e do modo de vida das populações ribeirinhas.

Entrevista

O arqueólogo Marcos Pereira Magalhães, coordenador do Projeto Arqueológico Carajás

(Paca), do Museu Emilio Goeldi, financiado pela mineradora Vale, lançou esta semana o livro "Ama-zônia Antropogênica", que detalha como viviam os primeiros habitan-tes da Amazônia, no sul do Pará. Nessa entrevista, exclusiva, Maga-lhães fala sobre as descobertas do longo trabalho de campo realizado na Serra dos Carajás, nas regiões sul e sudeste do Pará. "Mais de 60% das florestas conhecidas na Amazônia são de origem humana" POR DENTRO - Professor: re-sumidamente o que conta o livro "Amazônia Antropogênica"?MARCOS MAGALHÃES - Insere Ca-rajás na arqueologia da Amazônia através de uma proposta teórica com hipóteses testadas em cam-po. Essa teoria propõe, filosófica e cientificamente, a divisão histórica da ocupação humana da Amazônia antes da conquista em dois longo períodos: o da Cultura Tropical iniciada desde 11.000 anos atrás, representada por populações nômades que viviam da caça, da coleta, da pesca e da seleção e manejo de diversas planta. Com o tempo, foram ca-pazes de iniciar a domesticação de algumas espécies e, inclusive, mais tarde, no cultivo delas. Este período, que durou aproximada-mente 6.000 anos, foi sucedido

pelo o da Cultura Neotropical. Assim, cerca de 5.000 anos atrás as populações amazônicas evolu-íram para sociedades sedentárias que faziam uso sistemático do cultivo de plantas domesticadas e do manejo de grandes extensões de florestas. Elas constituíram culturas social e politicamente complexas e seu processo civi-lizador só chegou ao fim com a colonização europeia. O grande legado da Cultura Neotropical foi o manejo de grandes extensões de florestas, as tornando verda-deiros artefatos sociais, repletas de plantas para as mais diversas atividades. Por conta disto, possivelmente, mais de 60% das florestas conhecidas na Amazônia são de origem humana. POR DENTRO - Qual a impor-tância dos sítios arqueológicos de Carajás para a história da arqueo-logia na Amazônia?MAGALHÃES - Os sítios arqueoló-gicos de Carajás, especialmente os mais antigos, reúnem evidên-cias de que o homem - desde a sua chegada na região e de modo cada vez mais crescente -, usava recursos da floresta. Isto é o con-trário ao que se pensava sobre a Amazônia: que seria indomável, um inferno verde, escassa de re-cursos e inadequada para popula-ções sem agricultura sistemática. Pois bem, os sítios mais antigos de Carajás mostram que o homem superava uma possível escassez natural através da seleção e dis-

MARCOS PEREIRA MAGALHÃES, ARQUEÓLOGO

persão de espécies úteis concentradas em suas áreas de circulação social e cultural. POR DENTRO - Como viviam os primeiros "amazônidas": eram caçadores/coletores ou já tinham agricultura e criação de animais?MAGALHÃES - Os primei-ros "amazônidas" viviam da caça, da coleta e da pesca. Mas foi através da coleta de plantas que eles começaram a perceber que elas cresciam a partir de sementes e que fruti-ficavam cada ano a partir de determinado nível de crescimento. Como eles levavam as plantas preferidas de um lugar para outro, acabaram por fazer um seleção cultural de espécies, contribuindo firmemente para a distri-buição geográficas delas. Além, é claro, de terem ampliado a distribuição delas através de trocas com povos vindos de outras regiões. Com o tempo a seleção cultural resultou no aprimora-mento de algumas e na domesticação de outras. Isto levou tempo, mas quando foi popularizado eles puderam conhecer as vantagens do cultivo, especialmente em áreas mais adequadas, onde os solos eram naturalmente férteis e não alagáveis. Foi o uso regular de plantas cultivada, por sua vez, que levou as populações pioneiras a um novo pata-mar histórico, o da Cultura Neotropical. Os animais não foram domesticados, mas eram feitos currais em terra e em igarapés onde diversos animais eram confinados, como porcos, tartarugas e al-guns peixes. Essa prática está mais relacionadas às populações da Cultura Ne-otropical, por serem mais sedentárias.

O IFPA - Campus Abaetetuba, realizará licitação na modalidade Tomada de Preços nº 01/2016, do tipo Menor preço global, para Contratação de empresa especializada para reformar o 2º pavimento e laje de cobertura do Bloco Pedagógico. Abertura das propostas: 11/07/2016 às 10h00(horário de Brasilia-DF). Edital e seus anexos disponíveis a partir do dia 24/06/2016 no site www.comprasgovernamentais.gov.br.

Jaime P. OliveiraDiretor de Administração e Planejamento

IFPA - Campus Abaetetuba

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO

AVISO DE LICITAÇÃO

PARÁCampus Abaetetuba

INSTITUTO FEDERALMINISTÉRIO DA

EDUCAÇÃO

Objeto: Execução dos serviços de manutenção (conservação/recuperação) na Rodovia BR-230/PA; trecho: Divisa TO/PA (início da travessia do Rio Araguaia) – Divisa PA/AM (Igarapé Palmares); LOTE 01: subtrecho: Divisa TO/PA (início travessia Rio Araguaia) – Entroncamento da BR-153(B)/222/PA-150 (Marabá) e segmento: km 0,00 ao km 115,40 e extensão: 115,40 km e LOTE 02: subtrecho: Entroncamento BR-153(B)/222/PA-150 (Marabá) – Rio Cajazeiras; segmento: km 115,40 – km 194,40 (+ 13,90 km de arruamento lateral e duplicado) e extensão: 92,90 km. Entrega das Propostas: a partir do dia 27/06/2016 às 08h no site https://www.comprasgovernamentais.gov.br. Abertura das Propostas: 07/07/2016 às 9h. Maiores Informações: (91) 3250.2633 ou (91) 3250.2650 ou e-mail: [email protected].

Belém – PA, 24 de junho de 2016 Raimundo Guilherme Maciel Corrêa

Pregoeiro – PT nº 1.919/DAF/DNIT

PREGÃO ELETRÔNICO 223/2016 – MENOR PREÇO

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS

E AVIAÇÃO CIVIL

(Ata de Registro de Preços)Aviso Republicação

A UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, com sede nesta cidade à Rua Augusto Correa, nº 1, Campus Universitário Professor José da Silveira Netto, por sua PREGOEIRA, designada pela Portaria

do Processo 9391/2016, fará realizar licitação na modalidade PREGÃOELETRÔNICO SRP nº 30/2016 do tipo MENOR PREÇO POR ITEM,através do Sistema de Registro de Preços, com reabertura no dia 07/07/21016 às 09:30 (Hora de Brasília), destinada a selecionar propostas para AQUISIÇÃO DE MATERIAL DE CONSUMO – SELO, CANECA E PULSEIRA, para atender ao DAIE-PROEX da UFPA pelo período de 12 meses.

O EDITAL encontra-se à disposição dos interessados no site www.comprasnet.gov.br. Maiores informações pelo telefone 3201-7459.

Eliana Meriam Miranda de BritoPregoeira portaria 1409/2016

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 30/2016

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERALUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

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