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Normas Específicas para Produção, Comercialização e Utilização de Mudas Propagadas In Vitro 1. Dos Objetivos. Estas normas têm por objetivo complementar as Normas Gerais de Produção, Comercialização e Utilização de Mudas e estabelecer, para todo território nacional, as exigências para a produção de mudas por propagação in vitro, visando garantir a identidade e a qualidade física e fitossanitária. 2. DAS CONCEITUAÇÕES. (Mencionar e definir os itens significativos para essa norma). 1. Entende-se por material genético os propágulos (tubérculos, rizomas, estacas, borbulhas, bulbilhos, bulbos ou mudas) de espécies propagadas obrigatória ou preferencialmente por via vegetativa, obtidos no processo de desenvolvimento de uma cultivar, híbrido ou genótipos promissores que, mantidos pelo melhorista ou empresa responsável ou ainda por quem de direito designado pelos detentores da cultivar ou híbrido, seja representativa das características únicas e diferenciadoras da cultivar ou híbrido, segundo os descritores da espécie; Área de Limpeza. Finalidade: local para a desinfestação do material proveniente do meio externo e também lugar destinado à esterilização dos meios de cultura). (CONCEITUAÇÃO) Sala de Preparo de Meio de Cultura. Finalidade: local adaptado para a confecção e esterilização do meio de cultura. (CONCEITUAÇÃO) Sala de Transferência. Finalidade: local para a operacionalização do processo de repicagem ou subcultivo. (CONCEITUAÇÃO) Sala de Crescimento ou Sala de Incubação. Finalidade: local de crescimento inicial das plântulas. (CONCEITUAÇÃO) Casa de Vegetação. Finalidade: local para aclimatação das mudas ou, quando são comercializadas mudas de raiz nua, pré-aclimatação. (CONCEITUAÇÃO)

Minuta Normas Mudas in Vitro

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Normas Específicas para Produção, Comercialização e Utilização de Mudas Propagadas In Vitro

1. Dos Objetivos.

Estas normas têm por objetivo complementar as Normas Gerais de Produção, Comercialização e Utilização de Mudas e estabelecer, para todo território nacional, as exigências para a produção de mudas por propagação in vitro, visando garantir a identidade e a qualidade física e fitossanitária.

2. DAS CONCEITUAÇÕES.(Mencionar e definir os itens significativos para essa norma).1. Entende-se por material genético os propágulos (tubérculos, rizomas, estacas, borbulhas, bulbilhos, bulbos ou mudas) de espécies propagadas obrigatória ou preferencialmente por via vegetativa, obtidos no processo de desenvolvimento de uma cultivar, híbrido ou genótipos promissores que, mantidos pelo melhorista ou empresa responsável ou ainda por quem de direito designado pelos detentores da cultivar ou híbrido, seja representativa das características únicas e diferenciadoras da cultivar ou híbrido, segundo os descritores da espécie;

Área de Limpeza.Finalidade: local para a desinfestação do material proveniente do meio externo e também lugar destinado à esterilização dos meios de cultura). (CONCEITUAÇÃO)

Sala de Preparo de Meio de Cultura.Finalidade: local adaptado para a confecção e esterilização do meio de cultura. (CONCEITUAÇÃO)

Sala de Transferência.Finalidade: local para a operacionalização do processo de repicagem ou subcultivo.(CONCEITUAÇÃO)

Sala de Crescimento ou Sala de Incubação.Finalidade: local de crescimento inicial das plântulas.(CONCEITUAÇÃO)

Casa de Vegetação.Finalidade: local para aclimatação das mudas ou, quando são comercializadas mudas de raiz nua, pré-aclimatação.(CONCEITUAÇÃO)

3. DOS PRODUTORES.

3.1. Da Inscrição dos Produtores, Das Exigências e Das Obrigações.

A inscrição, as exigências e as obrigações dos produtores de mudas propagadas “in vitro” devem seguir as exigências previstas na Lei 10.711, de 2003, Regulamento aprovado pelo Decreto 5.153, de 2004, e Normas Gerais de Produção, Comercialização e Utilização de Mudas.

4. Da Inscrição da Unidade de Propagação In Vitro ou Biofábrica.

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4.1. Além das exigências previstas nas Normas Gerais de Produção e Comercialização de Mudas, também são requisitos para a inscrição da unidade de propagação in vitro, a observação das seguintes etapas e equipamentos, considerados básicos para o desenvolvimento do processo de produção de mudas por propagação in vitro:

4.1.1. A produção de mudas de alta qualidade fitossanitária deverá ser realizada em unidade de propagação in vitro ou biofábrica.

4.1.2 A biofábrica deve possuir, no mínimo, os seguintes ambientes: área de recepção e limpeza do material vegetal, área de lavagem de vidraria, sala de preparo de meio de cultura, sala de transferência, sala de crescimento e banheiros;

4.1.3. A biofábrica, quando realiza aclimatação ou pré-aclimatação, deve também possuir,: uma estufa, casa de vegetação ou telado com proteção antiafídica, com bancadas (preferencialmente), com sistema de irrigação, piso revestido (concreto, brita ou similar) e com boa drenagem;

4.1.4. A biofábrica deve apresentar um sistema adequado para descarte de produtos químicos utilizados no processo de produção;

4.1.5 A biofábrica deve apresentar ambientes limpos, preferencialmente com piso liso, de cerâmica e paredes com pintura antimofo, epóxi ou equivalente;

4.1.6. Na biofábrica deve ser mantido um controle eficiente de fungos, bactérias, ácaros e insetos;

4.1.7. O acesso à biofábrica deve ser restrito ao pessoal autorizado;

4.1.8. A entrada de pessoas autorizadas na biofábrica deve ser permitida apenas com vestimenta adequada, sendo indispensável o uso de jaleco, touca e protetor de sapatos;

4.1.9. A sala de preparo de meio de cultura e/ou lavagem deve dispor de bancada, pia, mesa, cadeiras, armários e, pelo menos, os seguintes equipamentos: balança de precisão, destilador de água, reservatório de água destilada, peagâmetro, autoclave ou equipamento equivalente de esterilização, forno microondas ou fogão, bico de Bunsen e geladeira;

4.1.10. A sala de transferência deve dispor dos seguintes equipamentos: capela asséptica ou câmara de fluxo laminar, estereomicroscópio e demais instrumentos e utensílios necessários à manipulação in vitro, além de um sistema de controle de temperatura e de iluminação, visando a qualidade do ambiente de trabalho durante a manipulação do material vegetativo;

4.1.11. A biofábrica deve, preferencialmente, dispor de portas de, no mínimo, 0,90 m de largura por 2,10 m de altura, com sistema automático de fechamento;

4.1.12. A sala de crescimento ou sala de incubação deve dispor de prateleiras com sistema adequado de iluminação, controle de fotoperíodo e temperatura;

5. Da produção de muda propagada in vitro.

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5.1. Do material de origem.

5.1.1. Com relação à cultivar ou variedade a ser propagada in vitro, o material de origem deve ser oriundo de plantas matrizes registradas e na ausência destas, deve-se selecionar plantas produtivas e livres de pragas, com características próprias da cultivar ou variedade para excisão de explantes.

5.1.2. Deve-se proceder indexação para patógenos específicos para as espécies e cultivares que apresentem metodologia.

5.2. Da inscrição de matrizes.

5.2.1. O registro das plantas matrizes e do pomar selecionado, e também a identificação de matrizes, devem cumprir as exigências previstas nas Normas Gerais de Produção, Comercialização e Utilização de Mudas.

5.3. Da Seleção e Coleta de Material Propagativo.

5.3.1. Para produção de mudas por propagação in vitro, os explantes excisados das matrizes selecionadas devem ser desinfestados em condições assépticas.

5.3.2. Todo lote de muda, a ser micropropagado, deve ser iniciado por meio de explantes obtidos de plantas

matrizes cultivadas no campo ou em casas de vegetação, sendo proibida a utilização de material in vitro.

5.4. Do processo de multiplicação.

5.4.1. Deve-se respeitar o limite de subcultivos mencionado em normas específicas e padrões de cada espécie, para manter a percentagem de variantes abaixo do limite estabelecido para cada espécie.

5.4.2. O processo de multiplicação deve ocorrer com a formação de lotes uniformes de mudas.

5.4.3. Os protocolos de multiplicação in vitro serão definidos de acordo com a espécie (exigências

nutricionais, hormonais, térmicas e de fotoperíodo).

5.5. Do processo de aclimatação.

5.5.1. No processo de aclimatação devem ser observados os seguintes requisitos:

a) as mudas enraizadas devem ser aclimatadas ou pré-aclimatadas em estufas, casas de vegetação ou telados, protegidas do contato de afídeos e outros transmissores de viroses;

b) as mudas devem ser transplantadas para a embalagem definitiva e transportadas para a estufa, casa de vegetação ou telado ou, no caso de mudas pré-aclimatadas, colocadas em embalagem apropriada e enviada ao cliente que assim o desejar;

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c) a irrigação das mudas deverá ser realizada com água de boa qualidade.

d) o substrato deve ser livre de pragas e disposto em bandejas, tubetes, sacos plásticos ou vasos de polietileno;

e) a fase de aclimatação ou pré-aclimatação deve ocorrer em condições de alta qualidade fitossanitária, a fim de se evitar a contaminação por pragas;

5.6. Controle de qualidade das mudas produzidas.

5.6.1. No acompanhamento das mudas deve-se descartar mutantes ou mudas com baixo potencial de

desenvolvimento.

5.6.2. Quando o percentual de variantes for maior do que o limite estabelecido para cada espécie, o lote de mudas será eliminado.

6 – Da identificação das mudas micropropagadas.

6.1 – Da identificação das mudas na unidade de propagação in vitro.

6.1.1. Na unidade de propagação in vitro o lote de mudas deve ser identificado com plaqueta afixada nas prateleiras ou conter ficha de acompanhamento, contendo, no mínimo, as seguintes informações:

a) nome da espécie e cultivar;

b) data do início da micropropagação;

c) número de mudas;

d) procedência do material propagativo. (AVALIAR A SUGESTÃO DE RETIRADA DOS ITENS “C” E “D”)

6.1.2. Na casa de vegetação, estufa ou telado, o lote de mudas sob aclimatação ou pré-aclimatação deve ser identificado com placa contendo, no mínimo, as seguintes informações:

a) nome da espécie e da cultivar;

b) nome do porta-enxerto, quando for o caso;

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c) data da semeadura ou plantio do porta-enxerto, quando for o caso;

d) data da enxertia, quando for o caso;

e) número de mudas;

f) procedência do material propagativo;

g) data do início da aclimatação;

h) identificação do lote.

6.2. Da identificação das mudas para a comercialização.

A identificação do material propagado in vitro e da muda deve obedecer ao disposto no item 7.2.2 das Normas Gerais de Produção, Comercialização e Utilização de Mudas.

6.3. Da identificação da unidade de propagação in vitro.

A identificação da unidade de propagação in vitro deve obedecer o disposto no item 7.3 das Normas Gerais de Produção, Comercialização e Utilização de Mudas.

7. Da comercialização.

7.1. Podem ser comercializados explantes – fase 3 (enraizamento) desde que apresentem condições de iniciar a fase 4 (aclimatação).

7.1.1. As condições referidas no item 7.1 serão definidas em normas específicas de cada espécie.

7.1.2. As raízes do explante devem ser isentas de restos de meio de cultura.

7.1.3. Os explantes devem ser embalados à vácuo ou acondicionados em caixas de isopor.

7.2. Ao final do processo de aclimatação serão formados lotes de mudas de acordo com os padrões

estabelecidos para cada espécie.

7.3. No caso de comercialização, serão liberados os lotes ou partes dos lotes de mudas cujo desenvolvimento e vigor atenderem aos padrões estabelecidos para cada espécie.

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7.4. As mudas devem ser liberadas para comercialização de acordo com as normas e os padrões estabelecidos para cada espécie.

8. Da responsabilidade técnica.

A responsabilidade técnica da unidade de propagação in vitro deve obedecer ao disposto no item 9 das Normas Gerais de Produção, Comercialização e Utilização de Mudas.

9. Da certificação.

A certificação do processo de produção da muda propagada in vitro deve obedecer ao disposto nos itens 10 e 11 das Normas Gerais de Produção, Comercialização e Utilização de Mudas.

10. Do padrão.

O padrão da muda propagada in vitro deve obedecer ao disposto no item 11 das Normas Gerais de Produção, Comercialização e Utilização de Mudas.

11. Da vistoria.

11.1. As vistorias obrigatórias, com emissão de Laudo de Vistoria, serão realizadas pelo responsável técnico, conforme cronograma previsto no projeto técnico, e devem ser efetuadas, nas seguintes fases:

a) Fase 1 - estabelecimento in vitro;

b) Fase 2 – multiplicação;

c) Fase 3 – enraizamento;

d) Fase 4 - aclimatação.

11.2. As vistorias da muda micropropagada devem ser efetuadas de acordo com as demais recomendações dispostas no item 13 das Normas Gerais de Produção, Comercialização e Utilização de Mudas.

12. Da amostragem e análise de mudas propagadas in vitro.

A amostragem e a análise de mudas micropropagadas deve obedecer ao disposto no item 14 das Normas Gerais

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de Produção, Comercialização e Utilização de Mudas.

13. Do Termo de Conformidade.

O Termo de Conformidade deve obedecer ao disposto no item 15 das Normas Gerais de Produção, Comercialização e Utilização de Mudas.

14. Da fiscalização da produção.

Além de atender ao disposto no item 17 das Normas Gerais de Produção, Comercialização Utilização de Mudas, na fiscalização da unidade de propagação in vitro recomenda-se que sejam feitas fiscalizações, preferencialmente, nas fases mencionadas no item 11.1 desta norma.

15. DA FISCALIZAÇÃO DO COMÉRCIO.

A fiscalização do comércio de explantes e de mudas micropropagadas deve obedecer ao disposto no item 18 das Normas Gerais de Produção, Comercialização e Utilização de Mudas.

16 – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.

16.1. As mudas produzidas e comercializadas em desacordo com as normas e os padrões estabelecidos, estarão sujeitas às medidas cautelares e penalidades previstas no Regulamento aprovado pelo Decreto nº 5.153, de 23 de julho de 2004.

16.2. As sugestões para alteração destas normas devem ser encaminhadas ao MAPA pela Comissão de Sementes e Mudas - CSM.