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LEVI-STRAUSS, Claude. Mito e significado.https://sabotagem.revolt.org. Acesso em mar.2010.
OLIVEIRA, Luiz Antonio de.Geografia – 2010 – 1º ano.
MITO E SIGNIFICADO
Conferências de Massey - 1977
Papel do mito na história humana – descobrir significado para o entendimento humano.
“Mito e significado” - Rádio CBC – 1977:
conversa com Carole Orr Jerome;
organizados para publicação;
problemas e temas relevantes na temática.
Introdução
Claude Levi-Strauss afirma esquecer o que escreve ( vê –se como um instrumento de escrita dos textos – escritos através dele);
Os mitos despertam pensamentos desconhecidos do homem;
Simbolismo da encruzilhada (experiência da probabilidades);
O modo peculiar do investigador / escritor: pensa e abre uma nova perspectiva acerca da Humanidade.
Capítulo I – o encontro do mito e da ciência
Questões:
o regresso o pensamento mítico;
o estruturalismo;
existência de significado no caos.
Capítulo I – o encontro do mito e da ciência
Leitura da “Scientif American”;
Interesse pelos mitos: esforço para reconquistaro que perdemos (sua existência e importância);
Percebe na ciência contemporânea um processode reaproximação / reintegração das “matériasperdidas” ao campo das explicação científica(separação promovida nos séculos XVII e XVIII –afirmação da ciência e afastamento daexperiência dos sentidos)
Capítulo I – o encontro do mito e da ciência
Exemplos:
o significado dos cheiros (química dos cheiros;
discussão das origens das ideias matemáticas (dos gregos ao séc. XIX – argumento da tábula rasa e argumento das ideias inatas à mente);
Investigação da neurofisiologia (a percepção dependente da estrutura do SN – interposição entre intelecto e experiência)
Capítulo I – o encontro do mito e da ciência
Estruturas de percepção elementos invariantes(uma experiência de infância e adolescência):
Geologia: a busca do invariante na diversidade da (s)paisagem (ns);
Desenho de cenários para opera (tentar expressar algo quetambém existe na música).
O Estruturalismo não é algo novo;
os dois modos de ser segundo a ciência:reducionista e estruturalista
Capítulo I – o encontro do mito e da ciência
A busca da racionalidade (ordem) atrás do queparece desordem; exemplo da diversidade dasregras de casamento (o absurdo não é regra). Amitologia aparece por toda parte;
Requisitos para pensar o significado:
ordem (critério limitado)????
Tradução - “*...] significado das palavras em outraspalavras [...+” (p. 15) – isomórficas (o que se pretendeperceber)
Capítulo I – o encontro do mito e da ciência
O divórcio entre entre pensamento e pensamento lógico do concreto (dados dos sentidos). Inversão do rompimento – re-incorporação dos problemas colocados de lado;
A ciência como algo inacabado – haverá sempre um problema
Cap. II – Pensamento “primitivo” e mente “civilizada”
Problemas:
• Escritores que assumem ser inferior (=errado) o pensamento do povo primitivo;
Cap. II – Pensamento “primitivo” e mente “civilizada”
Os povos sem escrita (fator discriminatório escolhido pelo autor);
Interpretação errada dos seus modos de pensar – 2 erros básicos>
1) pensamento de qualidade mais grosseira que a nossa (Ex Malinowiski) – determinado unicamente pelas necessidades básicas da vida (tendência funcionalista);
Tipo de pensamento fundamentalmente diferente do nosso Levi Bruhi) (concepção emocional e afetiva).
Cap. II – Pensamento “primitivo” e mente “civilizada
“Totemisme” e “la pensée Sauvage”:
Capazes de pensamento desinteressado = intelectual (desejo de compreensão do mundo,sua natureza e sua sociedade);
Meios intelectuais para uma compreensão geral do universo / totalidade (ambição de totalidade);
Fracasso do mito conquista importante: a ilusão de que se pode entender o mundo.
Cap. II – Pensamento “primitivo” e mente “civilizada
Constatação: pensadores científicos, usamos pouco poder mental – interesses e necessidades;Usamos mais e menos a capacidade mental que
no passado:menos a percepção sensorial: o exemplo da
visibilidade do planeta vênus (sentidos treinados); nossos conhecimentos acerca dos plantas e animais
(conhecimento do meio e seus recursos).
O uso diminuto da mente se explica em função das culturas.
Cap. II – Pensamento “primitivo” e mente “civilizada
Conclusão: a mente humana tem as mesmas capacidades – as condições do meio diferenciam nas culturas (constituição das diferenças). as diferenças são fecundas – explicam o progresso;
Cultura (ser ela mesma e produzir algo original): convencimento de sua originalidade e sua superioridade (condição de sub-comunicação);
A diversidade cultural como condição da sobrevivência da própria humanidade
Cap. II – Pensamento “primitivo” e mente “civilizada
Mito no Canadá Ocidental: a raia que tentou controlar o vento.O incômodo do vento, sobretudo, dos ventos maus;Lutar contra os ventos.
Por quê a raia e por quê o vento? - as condição de binariedade (“sim” e “não”); A originalidade do pensamento mítico:
desempenha o papel do pensamento conceitual;Situa o compromisso entre a Humanidade e o
mundo natural.
Cap. II – Pensamento “primitivo” e mente “civilizada
A ciência explica sua própria validade / explicar a validade no pensamento mítico.
III – Lábios rachados e gêmeos – a análise de um mito
“Extirpacion de la idolatria del Peru” (Padre P. J.Arriaga. Lima, 1621):
A convocação pelo sacerdote: nascidos com péspara frente, lábios rachados e gêmeos.
Responsabilizados pelo frio por terem comidosal e pimenta. Ordenação do arrependimento econfissão da culpa/crimes.
Relação dos gêmeos com a desordem temporal– O que os mitógrafos não perguntam?
III – Lábios rachados e gêmeos – a análise de um mito
Por que eram considerados semelhantes? Onde está a chave? –necessidade de comparar com mitos da América do Norte:
Amplitudes das populações pré-colombianas (difusão de crenças e costumes):
Exemplo dos Tupinambas e nativos peruanos – mito da mulher seduzida de forma tortuosa (nascimento dos gêmeos –seres de características antitéticas);
Mesmo mito no Canadá e Estados Unidos (com diferenças importantes):
Kootenay (Motonhas Rochosas) só uma fecundação e nascem gêmeos (sol e lua);
Okaganon (duas irmãs enganadas por dois sujeitos diferentes).
III – Lábios rachados e gêmeos – a análise de um mito
Intencionalidade: gêmeos não serão heróis –pais diferentes, condutas diferentes).
No caso dos Okanagon – após serem enganadas a mais velha visita a avó (cabra e mago). A lebre atrevida – a paulada e a fenda no nariz (lábio leporino) – divisão da lebre.
Teorização da origem dos gêmeos (divisão da fluídos no interior do corpo).
III – Lábios rachados e gêmeos – a análise de um mito
KWAKIUTI (Vancôver): menina leporina e a ogra – rapto de crianças – a menina que foge da cesta (com os pés para frente) / a posição da lebre (nascida da moça):
lábio rachado – gemeidade incipiente ;
III – Lábios rachados e gêmeos – a análise de um mito
por que algumas índias do Canadá (OJBWA e ALGONKIANOS) escolheram a lebre como deidade mais lata? Dieta; agilidade; maior oredaor; peculiaridade anatômica;
gêmeos no ventre da mãe / pés para frente (consequências muito sérias / competição: pessoa competitiva destrói / inverte a ordem das realidades....)
III – Lábios rachados e gêmeos – a análise de um mito
Importante: a deidade intermedeia os poderes de cima e os da Humanidade;
O meio caminho se expressa na lebre (caráter âmbiguo): deidade sábia / palhaço ridículo);
Cap IV – Quando o mito se torna história
problema:
• Há uma ordem própria nas histórias míticas ou elas foram impostas pelos antropólogos?
• Diferença entre a organização conceitual do pensamento mítico e o pensamento histórico?
Cap IV – Quando o mito se torna história
2 problemas - primeiro: teórico – o material publicado (fragmentos X histórias em capítulos –ordem lógica). Qual o significado?
ordem coerente é condição primeira / o desconexo é deteriorização;
O desconexo – estado arcaico e que forma reunidas e postas em ordem por nativos e filósofos (sábios) dos mais diversos povos.
Cap IV – Quando o mito se torna história
2 problemas - segundo: de natureza mais prática. O recolhimento do material mitológico pelos antropólogos (séculos XIX e XX): colaboradores sob a direção dos antropólogos:
Ordenamento das histórias (cosmológicas / cosmogônicas / tradição lendária e história das famílias)
Cap IV – Quando o mito se torna história
Continuidade (desenvolvida) pelos índios com diferentes objetivos: ensinar as crianças e promover reivindicações.
Qual a diferença na forma de recolher os contos (do exterior e do interior para o exterior);
A sorte do Canadá – organização e edição por especialistas indígenas. A história dos clãs publicadas pelos pelos descendentes.
Cap IV – Quando o mito se torna história
Onde acaba a mitologia e onde começa a história?
Lutas entre grupos;
histórias que se repetem: o mesmo tipo de elemento de explicação de vários acontecimentos;
Caráter fechado do mito e caráter aberto da história. Onde se encontram?
Cap. V – Mito e música
Problema:
• Há uma relação entre música e mito?
• A origem na linguagem e suas evoluções em direções diferentes. O que isso quer dizer?
Cap. V – Mito e música
Relação de similaridade e de contiguidade;
Similaridade: a forma de ler o mito: totalidade / grupo de acontecimentos em momentos diferentes da história // Música (orquestra);
Contiguidade: como e porquê acontece. Mito secundarizado na renascença (séc. XVII) –surgimento das novelas e aparecimento dos grandes estilos musicais.