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    MITOLOGIA

    DOS POVOS ANTIGOS

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    ZIXAR L[ QXhWCURS SHEL YVRYTCURSO DE HEBRAICO

    MORH: Pr. SANDRO G. G. NOGUEIRADiretor Geral

    Pastor da Igreja Batista Vida Abundante em Santa Maria DF.Mestrado em Teologia pela fatespSo Paulo.

    Juiz Arbitral pelo TJAEM - Tribunal de Justia Arbitral e Mediao dos Estados Brasileiros.Telogo e Professor na FATADEB - Faculdade Teolgica da Assemblia de Deus de Braslia.

    Professor na FAETEB - Faculdade de Educao Teolgica de Braslia.Professor na FATEN - Faculdade Teolgica Nacional de Luzinia - GO.Professor no STEMM - Seminrio Teolgico Evanglico de Misses Mundiais.Registrado no CFT - Conselho Federal de Telogos do Brasil - N 000.083/061.

    Registrado no COPEV - DF - Conselho de Pastores Evanglicos do Distrito Federal.Registrado na ORMIBAN -DF - Ordem dos Ministros Batistas do Distrito Federal.

    Registrado na C.B.NConveno Batista Nacional - DFRegistrado no CFECHDF - Conselho Federal Evanglico de Capelania Hospitalar do DF.

    Membro da Academia Nacional de Doutores, Mestres e Telogos do Brasil.Contatos

    WWW.ULPAN.COM.BRE-mail: [email protected]

    Fone: (61) 30452188 ou (61) 96221288 / 86220402

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    O termo mitologia pode referir-se tanto ao estudo de mitos, ou a um conjunto demitos.[1]Por exemplo, mitologia comparada o estudo das conexes entre os mitos dediferentes culturas,[2]ao passo que mitologia grega o conjunto de mitos originrios daGrcia Antiga. O termo "mito" frequentemente utilizado coloquialmente para sereferir a uma histria falsa,[3][4]mas o uso acadmico do termo no denota geralmente

    um julgamento quanto verdade ou falsidade.[4][5]

    No estudo de folclore, um mito uma narrativa sagrada que explica como o mundo e a humanidade veio a ser da formaque atualmente.[5][6][7]Muitos estudiosos em outros campos usar o termo "mito" deforma um pouco diferente.[7][8][9]Em um sentido muito amplo, a palavra pode se referira qualquer histria tradicional.[10]

    Os mitos so, geralmente, histrias baseadas em tradies e lendas feitas para explicar ouniverso, a criao do mundo, fenmenos naturais e qualquer outra coisa a queexplicaes simples no so atribuveis. Mas nem todos os mitos tm esse propsitoexplicativo. Em comum, a maioria dos mitos envolvem uma fora sobrenatural ou umadivindade, mas alguns so apenas lendas passadas oralmente de gerao em gerao.

    Figuras mitolgicas so proeminentes na maioria das religies e a maior parte dasmitologias esto atadas a pelo menos uma religio. Alguns usam a palavra mito emitologia para desacreditar as histrias de uma ou mais religies.

    O termo freqentemente associado s descries de religies fundadas por sociedadeantigas como mitologia romana, mitologia grega, mitologia egpcia e mitologia nrdica,que foram quase extintas. No entanto, importante ter em mente que enquanto algunsvem os pantees nrdicos e clticos como meras fbulas outros os tm como religio(verNeopaganismo).

    Pessoas de muitas religies tomam como ofensa a caracterizao de sua f como umconjunto de mitos, pois isso afirmar que a religio em si uma mentira. Mesmo assim,muitas pessoas concordam que cada religio tem um grupo de mitos os quaisdesenvolveram-se somados s escrituras.

    Um exemplo cotidiano ocorre nos pases cuja maioria populacional segue religies deorigem judaico-crists, como o Brasil ou Mxico. Quando um seguidor de outra religioque no a crist refere-se ao cristianismo como sendo um conjunto de mitos, seusseguidores sentem-se ofendidos.

    Caractersticas tpicas

    Os personagens principais nos mitos so geralmente deuses ou herissobrenaturais.[11][12][13]Como histrias sagradas, os mitos so muitas vezes endossados

    pelos governantes e sacerdotes e intimamente ligados religio.[11]Na sociedade emque divulgado, um mito geralmente considerado como um relato verdadeiro de um

    passado remoto.[11][12][14][15]Na verdade, muitas sociedades tm duas categorias denarrativas tradicionais: "histrias verdadeiras" ou mitos, e as "histrias falsas" oufbulas.[16]Mitos geralmente esto ambientados em uma poca antiga, quando o mundoainda no tinha atingido sua forma atual,[11] e explicam como o mundo atingiu suaforma atual[5][6][7][17]e como os costumes, instituies e tabus foram estabelecidos.[11][17]

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-0http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-0http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-0http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Mitologia_comparada&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-Littleton.2C_p._32-1http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-Littleton.2C_p._32-1http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-Littleton.2C_p._32-1http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_gregahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia_Antigahttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Coloquialismo&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-2http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-2http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-2http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-eliademythtruth-3http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-eliademythtruth-3http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-eliademythtruth-3http://pt.wikipedia.org/wiki/Folclorehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-dundesintro-4http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-dundesintro-4http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-madness-6http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-madness-6http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-madness-6http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-madness-6http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-8http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-8http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-9http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-9http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-9http://pt.wikipedia.org/wiki/Sobrenaturalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Divindadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_romanahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_gregahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_eg%C3%ADpciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_n%C3%B3rdicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Neopaganismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A9http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Livros_sagradoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9xicohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-12http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-12http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-eliademyth-13http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-eliademyth-13http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-15http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-15http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-15http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-dundesintro-4http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-dundesintro-4http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-madness-6http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-madness-6http://pt.wikipedia.org/wiki/Costumehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tabuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Costumehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-madness-6http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-madness-6http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-dundesintro-4http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-dundesintro-4http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-15http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-eliademyth-13http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-eliademyth-13http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-12http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-mythnature-10http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9xicohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Livros_sagradoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A9http://pt.wikipedia.org/wiki/Neopaganismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_n%C3%B3rdicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_eg%C3%ADpciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_gregahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_romanahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Divindadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sobrenaturalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-9http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-8http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-madness-6http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-madness-6http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-madness-6http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-dundesintro-4http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-dundesintro-4http://pt.wikipedia.org/wiki/Folclorehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-eliademythtruth-3http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-eliademythtruth-3http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-2http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-2http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Coloquialismo&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia_Antigahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_gregahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-Littleton.2C_p._32-1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Mitologia_comparada&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia#cite_note-0
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    Religio e mitologia

    Alguns usam os termos mito e mitologia para ilustrar histrias de uma ou mais religiescomo algo falso ou duvidoso. Enquanto quase todos os dicionrios incluem essadefinio, mito nem sempre significa que uma histria falsa, tampouco verdadeira. O

    termo constantemente utilizado nesse sentido de descrever religies criadas pelassociedades antigas, cujos ritos esto quase extintos. Muitas pessoas no consideram ashistrias sobre a origem e acontecidos, como contadores de mitos; eles vem seus textossagrados como possuindo verdades religiosas, inspiradas divinamente, mas norepassadas em linguagens humanas. Outros separam suas crenas de histrias similaresde outras culturas e se referem a estas como histria. Essas pessoas se opem ao uso da

    palavra mito para descrever suas crenas.

    Para o propsito desse artigo a palavra mitologia usada para se referir a histrias, que,enquanto podem ou no serem factuais, revelam verdades fundamentais e pensamentossobre a natureza humana, atravs do frequente uso de arqutipos. Tambm necessrio

    frisar que as histrias discutidas expressam pontos de vista e crenas de um pas, umperodo no tempo, cultura e/ou religio a qual lhes deu luz. Uma pessoa pode falar demitologia Judaica, mitologia Crist ou mesmo mitologia Islmica, onde cada umadescreve os elementos mticos nessas religies sem se referir veracidade sobre a suahistria.

    Mitologia moderna

    Muitos fatos e personagens de jogos so inspirados em mitologias. Jogos de RPG comoFinal Fantasy recebem muitas criaturas provenientes de mitologias.

    Sries de televiso e de livros como Star Trek e Harry Potter, por exemplo, tmaspectos mitolgicos marcantes que algumas vezes desenvolvem-se em sistemasfilosficos profundos e intrincados. Essas sries no so mitologia, mas contm temasmticos que, para alguns, atendem s mesmas necessidades psicolgicas. Um timoexemplo so as obrasO SilmarillioneO Senhor dos Anisde J.R.R. Tolkien, bem comoa srie de filmes Star Wars (Guerra nas Estrelas) de George Lucas. Outra srie Supernatural, que ressalta muitos pontos da cultura espalhadas pelo mundo, ja que seutilizam de muitos recursos, como as de algumas culturas que ja se extinguiram. O jogo

    Age of Mythologytambm trata do assunto.

    As leis de direitos autorais, no entanto, limitam os autores independentes de estender emum ciclo das histrias modernas. Alguns crticos acreditam que o fato de os principaispersonagens dos ciclos das histrias modernas no estarem no domnio pblico previneesses ciclos de emprestarem vrios aspectos essenciais das mitologias. O "Fan fiction"atenua esse problema.

    Fico, porm, no atinge o nvel de mitologia enquanto as pessoas no acreditam queaquilo realmente aconteceu. Por exemplo, alguns acreditam que as histrias de CliveBarker, como "Candyman", foram baseadas em fatos reais. O mesmo pode ser dito daBruxa de Blaire muitas outras histrias.

    A mitologia sobrevive no mundo moderno atravs de lendas urbanas, mitologiacientfica e muitas outras maneiras.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Sagradohttp://pt.wikipedia.org/wiki/RPGhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Final_Fantasyhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Star_Trekhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Star_Trekhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Harry_Potterhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Harry_Potterhttp://pt.wikipedia.org/wiki/O_Silmarillionhttp://pt.wikipedia.org/wiki/O_Silmarillionhttp://pt.wikipedia.org/wiki/O_Silmarillionhttp://pt.wikipedia.org/wiki/O_Senhor_dos_An%C3%A9ishttp://pt.wikipedia.org/wiki/O_Senhor_dos_An%C3%A9ishttp://pt.wikipedia.org/wiki/O_Senhor_dos_An%C3%A9ishttp://pt.wikipedia.org/wiki/J.R.R._Tolkienhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Star_Warshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Star_Warshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Star_Warshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Star_Warshttp://pt.wikipedia.org/wiki/George_Lucashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Supernatural_%28s%C3%A9rie%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Supernatural_%28s%C3%A9rie%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Age_of_Mythologyhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Age_of_Mythologyhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Clive_Barkerhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Clive_Barkerhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Candymanhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bruxa_de_Blairhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lenda_urbanahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lenda_urbanahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bruxa_de_Blairhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Candymanhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Clive_Barkerhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Clive_Barkerhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Age_of_Mythologyhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Supernatural_%28s%C3%A9rie%29http://pt.wikipedia.org/wiki/George_Lucashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Star_Warshttp://pt.wikipedia.org/wiki/J.R.R._Tolkienhttp://pt.wikipedia.org/wiki/O_Senhor_dos_An%C3%A9ishttp://pt.wikipedia.org/wiki/O_Silmarillionhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Harry_Potterhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Star_Trekhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Final_Fantasyhttp://pt.wikipedia.org/wiki/RPGhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sagrado
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    O anime e a srie de mangs, Cavaleiros do Zodaco (Saint Seiya no original), porexemplo, considerada a que mais se baseia nas histrias das mitologias antigas(tirando Senhor dos Anis), como a Mitologia Grega,Nrdica, Egpcia, e diversasoutras. A histria no uma mitologia; ela conta a histria das mitologias tradicionais,onde guerreiros representam constelaes e tm como objetivo enfrentar os deuses que

    se opuserem a Atena (deusa grega da sabedoria). Vrios personagens e monstrosmitolgicos como o Orfeu e o Crbero esto presentes no nosso cotidiano. E tambm oanime e mang Naruto, em algumas partes aborda, isto , trata de temas da mitologia

    japonesa, Susano'o (deus do mar), Amaterasu (deusa do sol) e Tsukuyomi (o deus dalua), que no mang, so tipos de Hijutsus do cl Uchiha. A histria tambm no umamitologia.

    Mitologia Semita

    semita, ou antiga religio semita, abrange a religio politesta que os

    povos semitas praticavam. Suas origens esto interligados com a mitologiamesopotmica. Como semitas em si um categrico, prazo em bruto, os limitesdefinitivos do termo semtico antigo religio so tambm apenas aproximados.

    Estas tradies, e os seus pantees, esto divididos em categorias regionais: as religiescananias do Levante, a religio assrio-babilnicos fortemente influenciada pela

    tradio sumria, e pr-islmica politesmo rabe.

    Um tema de particular interesse a possvel transio de semita politesmo em nossoentendimento contemporneo de Abrao monotesmo por meio do deus El, uma palavra

    para deus em hebraico e cognato ao Isl s Deus.

    Mitologia Sumria

    Os sumrios eram adeptos de uma religio politesta caracterizada por deuses edeusas antropomrficos representando foras ou presenas no mundo material, noo

    esta bastante presente na posterior Mitologia Grega. Os deuses originalmente criaram

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Animehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mang%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Cavaleiros_do_Zod%C3%ADacohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_Gregahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_N%C3%B3rdicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_Eg%C3%ADpciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Constela%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Deuseshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Atenahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Orfeuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rberohttp://cronicasdoskane.files.wordpress.com/2011/06/babilonia.pnghttp://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rberohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Orfeuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Atenahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Deuseshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Constela%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_Eg%C3%ADpciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_N%C3%B3rdicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_Gregahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cavaleiros_do_Zod%C3%ADacohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mang%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Anime
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    humanos como servos para si mesmos, mas os libertaram quando se tornaram difceisdemais de se lidar.

    Muitas histrias na religio sumria aparecem homlogas a histrias em outras religiesdo Oriente Mdio. Por exemplo, a idia bblica da criao do homem, bem como odilvio de No, esto intimamente ligados aos contos sumrios. Os deuses e deusas daSumria tm representaes similares nas religies dos Acdios, Cananitas e outros. Damesma forma, um nmero de histrias relacionadas a divindades tm paralelos gregos;

    por exemplo, a descida de Inanna ao submundo est impressionantemente ligadaao mito de Persfone.

    O universo surgiu quando Nammu, um abismo sem forma, enrolou-se em si mesmonum ato de auto-procriao, gerando An, deus do cu,Antu (Ki), deusa da Terra e Zuri,

    deus do equilibro entre as dimenses.

    A unio de An e Ki produziu Enlil, senhor dos ventos, que eventualmente tornou-selder do panteo dos deuses. Aps o banimento de Enlil de Dilmun (a morada dosdeuses) por violentar Ninlil, a deusa teve um filho, Nanna, o deus da lua (mais tardechamado de Sin (ou Sinnu). Zuri revoltado com o acontecimento, criou uma dimensoabaixo da terra, uma dimenso neutra. Da unio posterior entre Sine Ningalnasceram Inanna (deusa do amor e da guerra) e Utu (deus do sol, depoischamado de Shamash). Tambm durante o banimento de Enlil, o deus tornou-se pai detrs divindades do submundo junto a Zuri e Ninlil. O mais famoso foi Nergal.

    Nammu tambm teve um filho, chamado Enki, deus do abismo aqutico ou Absu. Enkicontrolava tambm os Me, decretos sagrados que governavam coisas bsicas como afsica, e complexas como a ordem social e a lei.

    Mitologia Egpcia

    O princpio do universo a formao nica de Deus, que no se fez do nada, e sim,autocriou seus aspectos. Os aspectos de Deus, como dito anteriormente, chamam-seneteru (no singular: neter no masculino e netert no feminino). Tudo vem a incio de umlquido infinito csmico chamado Nun (Nu ou Ny), este o ser subjetivo. Quando esselquido se autocria e torna-se real, Atum, o ser objetivo. Essa passagem semelhante a

    passagem de inconsciente para consciente do ser humano. Atum criou uma massa nica

    http://cronicasdoskane.files.wordpress.com/2011/06/nammu.jpg
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    universal, que deu origem h uma exploso, porm pr-planejada. Atum tambm tem opoder de tornar-se a si mesmo, que segundo os antigos egpcios, algo muitocomplicado para um humano, seria uma obra divina. Mas isto o princpio da Terra.A orao para a transformao de Atum, a seguinte:

    Salutamos a vs, Atum!Salutamos a vs, aquele que torna a si mesmo!Vs sois em vosso nome o altssimo!Vs tornais em vosso nome Khepri, aquele que se torna si mesmo!

    Khepri, um nome dado ao primeiro neter da Terra, R, o que outra forma de Atum.Para criar a Terra, R deu origem ao Sol da manh, enquanto o Sol da tarde era Atum.Cuspiu Chu e Tefnut, que deram origem a ar e a umidade. A seguir outro texto deobra divina:

    Fui anterior aos dois anteriores que criei, pois tinha prioridade sobre os dois

    anteriores que criei.Visto que meu nome anterior ao deles, porque criei-os antes dos dois anteriores.

    Os prximos neteru a serem gerados eram Geb e Nut, que criaram os dois ambientes daTerra: o cu e a terra ( plana ). Estes tambm deram origem aos quatro neteru da vida:Osris, sis, Seth e Nftis. Osris criou a vida no alm e todo o processo de jornada at ocu. sis responsvel por todos os seres vivos. Seth representa os opostos, mastambm coisas ms, como dio e caos. Nftis representa o deserto, a orientao, e o atode morte. A histria desses quatro neteru a origem do prximo a ser gerado.

    Lembrando que as prximas histrias so semelhantes aos humanos porque essesneteru eram de espcies bem prximas aos humanos. Existem milhares de verses, no

    geral a histria a seguinte: Osris era o neter que criou o ciclo de vida e morte, porisso governava a terra. Seth, movido a inveja, resolveu armar uma forma de mat-lo.

    Ento, de forma incerta, provavelmente mostrando outra inteno, o trancafiou em umcaixo e jogou no Nilo para se perder e ningum nunca achar. Nftis percebeu isso eavisou sis, quando comearam a procurar e encontraram um caixo, e recuperaramOsris. Seth como era uma forma do mal, esquartejou a forma material de Osris em 40

    pedaos e espalhou-os por todo o deserto e no Nilo. sis, depois de muito tempo,conseguiu encontrar todos eles, exceto o pnis, que foi devorado por trs peixes. Ento,Osris uniu-se a sis e gerou um filho, a primeira ideia de imaculada concepo, ela

    ficou conhecida com Virgem sis. O filho era Hrus, o herdeiro que ento lutou

    contra Seth, perdendo um olho na batalha, mas consegui venc-lo. Esse olho ficouconhecido como Olho de Hrus, que foi reconhecido como smbolo de proteopelos egpcios. A seguir uma orao relacionada a isso:

    benevolente sisque protegeu o seu irmo Osris,que procurou por ele incansavelmente,que atravessou o pas enlutada,e nunca descansou antes de t-lo encontrado.

    Ela, que lhe proporcionou sombra com suas asase lhe deu ar com suas penas,

    que se alegrou e levou o seu irmo para casa.Ela, que reviveu o que, para o deseperanado, estava morto,

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    que recebeu a sua semente e concebeu um herdeiro,e que o alimentou na solido,enquanto ningum sabia quem era

    Hrus tambm era conhecido como o salvador da humanidade. Depois disso, Seth se

    tornou um neter menor. Tambm h histrias dizendo que Hrus encarnou na terra emostrou ensinamentos humanidade. Ele seria guiado pela estrela Sirius e presenteadoem seu nascimento por trs reis, que seriam representados pelas Trs Marias. Tambm

    fez milagres na terra, como andar sobre as guas do Nilo. Em outra verso, teriaressuscitado um homem chamado El-Azar-Us. Foi morto pelo fara ( por inveja deste )e tambm teria ressuscitado alguns dias depois. Fora da terra, teria se casado com

    Hator.

    Os templos no Antigo Egito eram entendidos como os locais onde residia a divindade(hut-netjer, casa do deus), que poderia ser acompanhada pela sua famlia e por outrasDivindades, sendo por isso muito diferentes dos modernos edifcios religiosos onde se

    congregam os crentes.Os templos dos perodos mais antigos da histria do AntigoEgito, como o Imprio Antigo e o Imprio Mdio, no chegaram em bom estado at aosdias de hoje, pelo que so as construes do Imprio Novo e da poca ptolomaica que

    permitem o conhecimento da estrutura dos templos. Na estrutura clssica dos templosegpcios podem ser distinguidas trs partes: o ptio, as salas hipstilas e o santurio.entrada de um templo encontravam-se obeliscos e esttuas monumentais, queantecediam o pilone. Nos templos do Imprio Novo comum a existncia de umaavenida de acesso ladeada por esfinges com corpo de leo e cabea de carneiro (que seacreditava protegerem o templo e o deus), na qual desfilava a procisso em dias defesta.Um pilone era uma porta monumental composta por duas torres em forma detrapzio, entre as quais se situava a entrada propriamente dita. Nas paredes do pilonerepresentavam-se as divindades ou muitas vezes a cena clssica na qual se v o fara aatacar os inimigos do Egipto.Passado o pilone existia uma grande ptio (uba), a nicazona acessvel ao pblico, onde a esttua da Divindade era mostrada nos dias de festa. O

    ptio era rodeado por colunas e possua por vezes um altar (aba), onde se efectuavam ossacrifcios.Este ptio precedia uma sala hipstila (ou seja uma sala de colunas), mais oumenos imersa na escurido, que antecedia outros salas onde se guardavam a mesa deoferendas e a barca sagrada. Finalmente, achava-se o santurio do deus (kari). Se osfaros entedessem ampliar um templo construiam-se novas salas, trios e pilones.Ostemplos mais importantes poderiam possuir um lago sagrado, nilmetros, Per AnkhCasas de Vida, armazns e locais para a residncia dos sacerdotes.

    O culto nos Templos: Teoricamente o rei egpcio tinha o dever de realizar a liturgia emcada templo. Uma vez que era fisicamente impossvel para o rei estar presente em todosos templos que existiam no Egito, o soberano nomeava representantes para realizar ascerimnias a Deus. Os reis s visitavam os templos em ocasies especiais associadas afestivais, o que no impede que sejam representados nos templos fazendo oferendas asDivindades. A vida nos templos seguia o curso da vida normal. Antes do nascer do sol,abatiam-se os animais que seriam oferecidos as Divindades. Os sacerdotes purificavam-se com gua e vestidos com trajes brancos entravam em procisso no templo. No ptiodo templo os sacerdotes apresentavam as suas oferendas e queimavam incenso. Umsacerdote dirigia-se ao santurio da Divindade, uma sala especialmente consagrada,

    localizada na parte mais reservada do templo. Aqui o sacerdote acendia um archote eabria o naos, tabernculo onde se guardava a esttua da Divindade. O sacerdote

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    apresentava-se a Divindade e anunciava vir cumprir os seus deveres. Limpava otabernculo, queimava incenso, lavava a esttua e aplicava sobre ela leos, vestia-a,maquilhava-a e colocava-lhe a coroa. Terminado este processo o sacerdote coloca aesttua no naos, abandonando a sala apagando o archote e as pegadas que fez. Ao meio-dia poderia ser feita uma nova cerimnia na qual se oferecia alimentos.

    Sacerdotes: No Antigo Egipto no existiu uma estrutura sacerdotal centralizada; cadaDivindade possua um grupo de homens e mulheres dedicados ao seu culto. O termomais comum para designar um sacerdote em egpcio era hem-netjer, o que significaServo de Deus. No se sabe em que poca da histria egpcia se estruturou o gruposacerdotal. Na poca do Imprio Antigo os sacerdotes no estavam ainda organizadosem corpos fixos como suceder no Imprio Novo. De acordo com os Textos dasPirmides, datados do Imprio Antigo, os reis tinham cinco refeies diariamente, trsno cu e duas na terra; estas ltimas estavam a cargo dos sacerdotes funerrios. Asfontes do Imprio Novo mostram que os sacerdotes estavam organizados em quatrogrupos (em grego: phyles), cada um dos quais trabalhava durante um ms cada trs

    meses. Durante os oito meses que tinham livres, os sacerdotes levavam uma vidacomum inserida na comunidade, junto das suas esposas e filhos. O clero egpcio estavaestruturado de forma hierrquica. O rei era em teoria o lder de todos os cultos egpcios,mas como j foi referido este delegava o seu poder a outro homem devidamente

    preparado por Deus, o Sumo Sacerdote, que na hierarquia era seguido do segundosacerdote, por sua vez seguido do terceiro e quartos sacerdote. O grupo seguinte era odos pais divinos e dos puros. Existiam tambm os sacerdotes leitores, os quecalculavam o momento ideal para realizar um determinada cerimnia atravs daobservao do sol (horlogos) e os que determinavam os dias fastos e nefastos(horscopos). Finalmente, pode distinguir-se um grupo dedicado aos servios demanuteno do templo (imiu-set). As mulheres tambm trabalhavam nos templosseguindo o mesmo regime de rotatividade dos homens. Frequentemente estas mulhereseram esposas dos sacerdotes. As mulheres poderiam ser cantoras (chemait), msicas(hesit) ou danarinas (khebait). Durante o Imprio Antigo e o Imprio Novo muitasmulheres da classe abastada serviram a deusa Hathor. No culto de Amon o cargo maisimportante ocupado por mulheres era o de Adoradora Divina. As mulheres queocuparam este cargo foram filhas ou irms do fara governante.

    Hator

    Hator (em egpcio antigo wt-r, recinto ou casa deHrus), era

    uma deusa dareligio do Egito Antigo que personificava os princpiosdo amor, beleza, msica,maternidade e alegria. Era uma das divindades maisimportantes e populares doEgito Antigo, venerada tanto pela realeza quanto pela

    populao comum, em cujas sepulturas ela descrita como a Senhora do Ocidente,que recebe os mortos naprxima vida. Entre suas outras funes est a de deusada msica, dana, terras estrangeiras e fertilidade, responsvel por auxiliar as mulheresdurante o parto, bem como o de padroeira dos mineiros.

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    O culto a Hator antecede o perodo histrico, e as razes da venerao deusa so,portanto, difceis de serem apontados, embora ela possa ter sido um desenvolvimentodos cultos pr-dinsticos que veneravam a fertilidade e a natureza em geral,representados por vacas. Hator costuma ser representada como uma vaca divina,com chifres sobre sua cabea, entre os quais est um disco solar com um uraeus.Duas penas idnticas tambm costumam ser representadas em seus retratos posteriores,

    bem como um colarmenat. Hator pode ter sido a deusa-vaca que representada desdetempos arcaicos na Paleta de Narmer, e sobre uma urna de pedra que data da PrimeiraDinastia, e que sugere seu papel como deusa celestial e uma possvel relao

    com Hrus que, como deus-sol, faria a sua morada nela.Os antigos egpcios viam a realidade como consistindo de camadas mltiplas, nas quaisas divindades se misturavam por diversos motivos, mantendo atributos e mitosdivergentes, mas que no entanto no eram vistos como contraditrios, e simcomplementares. Numa relao complicada, Hator por vezes me, filha e esposade R e, como sis, por vezes descrita como me de Hrus, e associada a Bast.

    O culto a Osris prometia vida eterna a todos aqueles que fossem julgados moralmentemerecedores. Originalmente os mortos, tanto homens quanto mulheres, tornavam-seOsris aps o julgamento, porm no incio do perodo romano as mulheres mortas

    passaram a ser identificadas com Hator, e os mortos do sexo masculino com Osris.

    Os gregos antigos identificavam Hator com a deusa Afrodite, e os romanos comVnus.

    Hator s representada de maneira contundente a partir da Quarta Dinastia. No perodohistrico, Hator mostrada atravs das imagens de divindades-vaca. Artefatos do

    perodo pr-dinstico que usam o mesmo simbolismo so usadas posteriormente pararepresentar Hator, e os egiptologistas especulam que estas divindades poderiam estarrepresentando uma s, que seria Hator ou uma precursora sua.

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    Uma divindade em forma de vaca aparece no cinto do rei na Paleta de Narmer, que datado perodo pr-dinstico, e esta pode ser Hator ou a deusa Bat (assumindo outra forma),com quem ela associada e que posteriormente suplanta. Por vezes so vistas como amesma deusa, embora tenham diferentes origens e ilustrem diferentes reflexos domesmo conceito divino. A evidncia que apontam para a divindade em questo

    representar Hator, especificamente, baseia-se numa passagem dos Textos das Pirmides,que afirmam que o traje do rei viria de Hator.

    Uma urna de pedra encontrada em Hieracpolis, que data da Primeira Dinastia, tem emsua lateral uma representao da face de uma divindade-vaca, comestrelas emsuas orelhas e chifres, que pode ser relacionada ao papel de Hator, ou Bat, como umadeusa celestial. Outro artefato da Primeira Dinastia mostra uma vaca deitada sobre umagravura de marfim, com a inscrio Hator nos Pntanos.., indicando sua associaocom a vegetao e os pntanos de papiro, mais especificamente. A partir do AntigoImprio ela tambm passou a ser chamada de Dama doSicmoro, em sua funo dedivindade das rvores.

    Hator tinha uma relao complexa com R; em um mito ela era seu olho, e consideradasua filha, porm posteriormente, quando R assume o papel de Hrus em relao monarquia, ela passou a ser considerada a sua me papel que teria absorvido a partirde outra deusa-vaca, Mht wrt (Grande Enchente), que teria sido me de Rnum mito de criao e carregado-o entre seus chifres. Como me, dava a luz a ele todamanha no horizonte oriental, e como esposa o concebia atravs da unio com ele tododia.

    Hator, juntamente com a deusa Nut, era associada com a Via Lctea durante o terceiromilnio a.C., quando, durante o outono e osequincios da primavera, ela se alinhavacom a Terra e a tocava no local onde o sol nascia e se punha. As quatro patas da vacacelestial que representavam Nut ou Hator podem, em alguns relatos, serem vistas comoos pilares sobre os quais o cu repousava, com as estrelas em sua barriga formando aVia Lctea pelo qual a barca solar de R, representando o Sol, navegava.[13] Um nomealternativo de Hator, que perdurou por 3.000 anos, era Mehturt (tambmgrafado Mehurt, Mehet-Weret ou Mehet-uret), que significava grande enchente, efazia referncia a esta associao com a Via Lctea, que era vista como um canal degua que cruzava os cus, por onde navegavam tanto a divindade solar quanto a Lua, oque fazia com que os antigos egpcios a descrevessem como O Nilo no Cu. Por isso,com o nomemehturt, ela era identificada como sendo responsvel pela inundao anual

    do Nilo. Outra consequncia de seu nome que ela era vista como arauto denascimentos iminentes, representando o momento em que o saco amnitico se rompe elibera suas guas, uma indicao de que o nascimento da criana est muito prximo.Outra interpretao da Via Lctea era de que ela seria a serpente primordial, Wadjet,

    protetora do Egito que estava fortemente associada com Hator e outras divindadesprimevas entre os diferentes aspectos da grande deusa-me, incluindo Mut e Naunet.Hator tambm era cultuada como protetora das regies desrticas (ver Serabit el-Khadim).

    A identidade de Hator como uma vaca, talvez ilustrada como tal na Paleta de Narmer,significava que ela passou a ser identificada com outra deusa-vaca antiga

    da fertilidade, Bat. Os egiptlogos, no entanto, ainda no sabem responder o porqu deBat ter sobrevivido como uma deusa independente por tanto tempo; ela estava, de certa

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    maneira, ligada aoBa, um aspecto da alma, e assim Hator acabou ganhando umaligao com a vida aps a morte. Dizia-se que, com seu carter maternal, Hator recebiaas almas dos mortos noDuat, e lhes fornecia comida e bebida. Tambm era descrita svezes comosenhora da necrpole. A assimilao de Bat, que estava associada ao sistro,um instrumento musical, e tambm lhe trouxe uma associao com a msica. Nesta

    forma posterior, o culto de Hator passou a ser centrado emDendera, no Alto Egito, ondeera conduzido por sacerdotisas e sacerdotes que tambm eram danarinos, cantores eartistas.

    Hator passou a ser associada com o menat, o colar musicalturquesa que frequentementeera usado pelas mulheres. Um hino a Hator diz:

    Tu s a Senhora do Jbilo, a Rainha da Dana, a Senhora da Msica, a Rainhada Harpa, a Senhora da Dana Coral, a Rainha dos Louros, a Senhora da

    Embriaguez Sem Fim.

    Essencialmente, Hator havia se tornado uma deusa da alegria, e como tal era amadaprofundamente pela populao em geral, e reverenciada especialmente pelas mulheres,que aspiravam personificar seu papel multifacetado de me, esposa e amante. Nestacondio, ela conquistou os ttulos de Senhora da Casa do Jbilo eAquela que Preencheo Santurio com Alegria. O culto a Hator era to popular que diversos festivais eramdedicados sua honramais do que qualquer outra divindade egpciae mais crianasrecebiam o seu nome do que qualquer outra divindade. At mesmo o sacerdcio deHator era incomum, na medida em que tanto homens quanto mulheres podiam se tornarseus sacerdotes.

    Como o culto de Hator se desenvolveu a partir dos cultos pr-histricos de adorao vaca, no possvel se afirmar de maneira conclusiva onde sua venerao ocorreu pela

    primeira vez. Dendera, no Alto Egito, era um stio arcaico importante onde ela eracultuada como Senhora de Dendera. Do Imprio Antigo em diante ela passou a sercultuada em Meir e Kusae, com a regio deGiza-Saqqara sendo o seu principal centrode devoo. No incio do primeiro perodo intermedirioDendera parece ter se tornado o

    principal stio de seu culto, onde ela era considerada me e consorte de Hrus deEdfu. Deir el-Bahri, na margem ocidental do Nilo, em Tebas, tambm era um stioimportante de venerao a Hator, desenvolvido a partir de um culto pr-existente vaca.

    Templos (e capelas) dedicadas a Hator):

    Templo de Hator e Maat, em Deir el-Medina, margem ocidental, Luxor. Templo de Hator na ilha de Filas, Assu. Capela de Hator no Templo Morturio de Hatshepsut. Margem ocidental, Luxor.

    O Imprio Mdio foi fundado quando o fara do Alto Egito, Mentuhotep II, assumiu fora o controle do Baixo Egito, que havia se tornado independente durante o PrimeiroPerodo Intermedirio. Esta unificao havia sido conseguida atravs de uma guerra

    brutal, que duraria vinte e oito anos, com muitas vtimas; ao fim dos combates, noentanto, a paz retornou, e o reinado do fara seguinte, Mentuhotep III, foi pacfico, e oEgito retornou novamente prosperidade. Uma narrativa mitolgica (O Livro da Vaca

    Celestial), feita a partir da perspectiva do Baixo Egito, foi desenvolvido neste perodo,abordando a experincia desta longa guerra. Na narrativa, aps a guerra, R, que

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    representava o fara do Alto Egito, no mais era respeitado pelo povo do Baixo Egito,que deixou de obedecer sua autoridade. O mito afirma ento que R se comunicouatravs do terceiro olho (Maat) de Hator, contando a ela que algumas pessoas daquele

    pas planejavam assassin-lo. Hator ficou ento to furiosa com o fato de que as pessoasque ela havia criado poderiam ser to audaciosas a ponto de planejar isto, que se

    transformou em Sekhmet (deusa da guerra do Alto Egito) para destrui-los. Hator, comoSekhmet, se tornou sanguinria, e o banho de sangue foi imenso, pois nada podia par-la. medida que as mortes continuavam, R se deu conta da situao catica na regioe decidiu interromper Sekhmet, sedenta de sangue, derramando grandes quantidadesde cerveja com cor de sangue sobre o solo, para engan-la. Sekhmet ento bebeugrandes quantidades desta cerveja, imaginando ser sangue, que acabou por seembebedar e voltou sua forma pacfica, como Hator.Quando Hrus passou a ser identificado com R, no panteo egpcio, sob o nome deRa-

    Horakhty, a posio de Hator passou a ficar pouco clara, j que em certas versesposteriores do mito ela seria a esposa de R, porm nas verses mais arcaicas ela era ame de Hrus. Diversas tentativas de resolver este problema deram a Ra-Horakhty uma

    nova esposa, Ausaas, para contornar o problema de quem seria a esposa de Ra-Horakhty, e Hator passou a ser identificada apenas como a me do novo deus-sol. Istodeixou, no entanto, em aberto uma questo sobre como Hator poderia ser a sua me, jque isto implicaria que Ra-Horakhty seria um filho de Hator, e no o seu criador. Estasinconsistncias foram desenvolvidas medida que o panteo egpcio foi sendo alterado,ao longo de milhares de anos, e se tornou extremamente complexo; algumas nuncachegaram a ser resolvidas. Em certas regies onde o culto a Toth adquiriu fora, este

    passou a ser identificado como o criador, o que o transformou em pai de Ra-Horakhty;nesta verso Hator, como me de Ra-Horakhty, passou a ser descrita como esposa deThoth. Nesta verso daquela que conhecida como a cosmogonia Ogdade, Ra-Herakhty era representado como uma criana jovem, frequentemente chamadadeNeferhor. Quando era considerada a esposa de Toth, Hator costumava serrepresentada como uma mulher amamentando seu beb. Como Seshat havia sidoconsiderada anteriormente a esposa de Toth, Hator passou a ser descrita com diversasdas caractersticas de Seshat, como a sua associao com registros e sua atuao comotestemunha no julgamento das almas noDuat; estes atributos, juntamente com sua

    posio como deusa de tudo que era bom, fizeram que com que passasse a ser descritacomo (aquela que) expulsa o mal(Nechmetawaj,Nehmet-awai ouNehmetawy, emegpcio).Nechmetawaj tambm pode ser traduzido como(aquele que) recupera bensroubados, e assim, nesta forma, tornou-se a divindade dos bens roubados. Alm doculto a Toth deste perodo, tambm se considerava importante manter a posio de Ra-

    Herakhty (ou seja, R) como auto-criador (atravs das foras primevas da Ogdade).Assim, Hator no podia ser identificada como me de Ra-Herakhty. Seu papel noprocesso da morte, de receber os mortos recm-chegados com comida e bebida fizeramcom que passasse a ser identificada, em determinadas ocasies, com uma esposadeNehebkau, guardio da entrada do mundo inferior e aquele que atava oKa. Aindaassim, nesta forma, ela manteve o nome deNechmetawaj, j que seu aspecto dedivindade que devolvia os bens roubados era to importante para a sociedade que foiconservado como um de seus papis. Bolas votivas de faiana costumam ser associadosa esta divindade, embora o significado preciso desta relao ainda seja desconhecido.

    Na mitologia egpcia Hesat (tambm Hesahet ou Hesaret) era a manifestao terrena de

    Hator, a deusa-vaca divina. Como Hator, tambm era vista como esposa de R.

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    Nesta qualidade de verso terrena da deusa-vaca, dizia-se que o leite era a cerveja deHesat(cujo nome significava leite). Como vaca leiteira, Hesat era considerada a ama-de-leite dos outros deuses, aquela que cria todo o alimento. Assim, era retratada comouma vaca branca que portava uma bandeja de comida sobre seus chifres, com leiteescorrendo de suas tetas.

    Nesta forma terrena tambm era, dualisticamente, a me de Anbis, o deus dos mortosj que, como responsvel por alimentar, ela traz a vida que Anbis, como a morte, seapodera. Como a manifestao terrena de R era o touro Mnvis; os trs, Anbis comoo filho, Mnvis como o pai e Hesat como me, foram identificados como uma tradefamiliar, e cultuados como tal.

    Na mitologia egpcia, Nebethetepet era a manifestao de Hator em Helipolis. Eraassociada com o deus-sol Atum. Seu nome pode ser traduzido comosenhora daoferenda.

    Hator foi venerado em Cana no sculo XI a.C., que poca era governada pelo Egito,na cidade sagrada de Hazor, ou Tel Hazor, que segundo o Antigo Testamento teria sidodestruda por Josu (Livro de Josu, 11:13, 21).

    Um dos principais templos de Hator foi construdo por Seti II nas minasde cobre de Timna, na Seir edomita. Serabit el-Khadim (em rabe:, Serabit al-Khadim ou Serabit el-Khadem) um local no sudoeste na pennsula doSinai, onde havia extensa minerao de turquesa durante aAntiguidade. As escavaesarqueolgicas, realizadas inicialmente porSirFlinders Petrie, revelaram os antigoscampos de minerao e um Templo de Hator que teria existido ali por muito tempo.Os gregos, que se tornaram soberanos do Egito por trezentos anos, antes dadominao romana em 31 a.C., tambm cultuaram Hator e a associavam com sua

    prpria deusa do amor e beleza, Afrodite (como os romanos fizeram com Vnus).

    Mitologia EgpciaHrus

    Hors o deus dos cus, muito embora sua concepo tenha ocorrido aps a morte deOsris. Hrus era filho de Osris.

    Tinha cabea de falco e os olhos representavam o Sol e a Lua. Matou Seth, tanto porvingana pela morte do pai, Osris, como pela disputa do comando do Egito.

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    Aps derrotar Seth, tornou-se o rei dos vivos no Egito. Perdeu um olho lutando comSeth, que foi substitudo por um amuleto de serpente, (que os faras passaram a usar nafrente das coroas), o olho de Hrus, (anteriormente chamado de Olho de R, quesimbolizava o poder real e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas aspocas. Depois da recuperao, Hrus pde organizar novos combates que o levaram

    vitria decisiva sobre Seth.

    O olho que Hrus feriu (o olho esquerdo) o olho da Lua, o outro o olho do Sol. Esta uma explicao dos egpcios para as fases da lua, que seria o olho ferido de Hrus.

    Alguns detalhes do personagem foram alterados ou mesclados com outros personagensao longo das vrias dinastias, seitas e religies egpcias. Por exemplo, quando Heru(Hrus) se funde com R O Deus Sol, ele se torna Ra-Horakhty. O olho de Horusegpcio tornou-se um importante smbolo de poder chamado de Wedjat, que alm de

    proporcionar poder afastava o mau-olhado, pois segundo os egpcios os olhos eram osespelhos da alma.

    De acordo com uma lenda difundida no Antigo Egito, Hrus foi concebido por Isis,quando Osris, que era seu pai, j estava morto. A lenda sugere quea fecundao ocorreu quando Isis, na forma de um pssaro, pousou sobre a mmia doesposo, que estava deitado em um sof.

    Uma estela datada de 1400 a.C. (hoje guardada no Museu do Louvre), contemeste hino sobre o tema:

    Oh benevolente sisque protegeu o seu irmo Osiris,que procurou por ele incansavelmente,que atravessou o pas enlutada,e nunca descansou antes de t-lo encontrado.

    Ela, que lhe proporcionou sombra com suas asase lhe deu ar com suas penas,que se alegrou e levou o seu irmo para casa.

    Ela, que reviveu o que, para o deseperanado, estava morto,que recebeu a sua semente e concebeu um herdeiro,e que o alimentou na solido,enquanto ningum sabia quem era

    Hrus segunda pessoa da Trade egpcia, composta por Osris, o pai, Hrus, o filhoe sis, a me.

    Alguns autores sugerem que a histria de Jesus pode ter sido baseada em vrias outrashistrias de deuses mais antigos, principalmente, Hrus. Em sua mos Hrus carregaas chaves da vida da morte e da fertilidade.

    O filme de Bill Maher,Religulous, expe a ideia de que a histria do mito de Jesus uma cpia da histria de Hrus.

    Nftis uma divindade da mitologia egpcia. Representava as terras ridas e secas dodeserto e a morte.

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    Ela ajudou sis a recolher os pedaos de Osris quando Seth o destruiu.

    O seu nome significa Senhora da Casa ou Senhora do Castelo, entende-secomocasa o lugar onde Hrus vive.

    Por oposio a sua irm, cujo culto era celebrado em diversos templos, Nftis no eravenerada de forma isolada, privando-se assim de uma existncia autnoma, fato que

    justificava a sua constante apario ao lado de sis. A sua associao ao Culto dosMortos aflorou do mito osrico, no decorrer do qual a sua presena incontornvel.

    Representada como uma mulher com cabea de cobra ou uma serpente com cabea demulher,uma cobra ou um escorpio com cabea de mulher ou um simples escorpio.Namaioria das vezes era como uma mulher com asas e o seu nome em hierglifo nacabea.

    Nftis e sis so incumbidas de velar pelo morto. Por conseguinte, Nftis erarepresentada na cabeceira dos sarcfagos reais do Imprio Novo, enquantoque sissurgia aos ps dos sarcfagos, da mesma forma vrias vezes eram evocadas emcenas de julgamentos dos mortos.

    As duas deusas e irms so efgies do barco que transportaria o defunto na sua

    derradeira viagem at o paraso. Deste modo, e juntamente com Selkis e Neit,oferecem a sua proteo aos vasos canpicos, onde as vsceras do falecido eramconservadas.

    Nftis a quarta filha de Nut e Geb. Irm de Osris, sis, Seth e Hrus. Nftis casou-secomSeth, seu irmo. Nftis teve relaes com seu marido e dessa unio, nasceu Anbis,deus dos funerais.

    Seth, com inveja do irmo, por ele ser o Fara, destruiu Osris, partindo seu corpo empedaos.

    sis e Nftis que tambm no tolerava a conduta de Seth, embora este fosse seumaridorecuperaram todos os fragmentos do cadver, exceo do seu pnis, que fora

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    comido por um peixe, mas que sis refez, com magia. Em seguida, sis organizou umaviglia fnebre, na qual suspirou ao cadver reconstitudo do marido: Eu sou a tua irm

    bem amada. No te afastes de mim, clamo por ti! No ouves a minha voz? Venho ao teuencontro e, de ti, nada me separar! Durante horas, sis e Nftis, com seus corpos

    purificados, inteiramente depiladas, com perucas perfumadas e bocas purificadas

    por natro, pronunciaram encantamentos numa cmara funerria, impregnada porincenso.

    Mitologia EgpciaSet

    Set (ou Seth) o deus egpcio da violncia e da desordem, da traio, do cime, dainveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes. Seth era encarnao do espritodo mal e irmo de Osris, o deus que trouxe a civilizao para o Egito. Seth era tambmo deus da tempestade no Alto Egito. Era marido e irmo de Nftis. descrito que Sethteria rasgado o ventre de sua me Nut com as prprias garras para nascer. Eleoriginalmente auxiliava R em sua eterna luta contra a serpente Apep na barca lunar, e

    nesse sentido Seth era originalmente visto como um deus bom.

    Algumas verses contam que na verdade ele foi trado por Nftis com Osris, da seuassassinato. O maior defensor dos oprimidos e injustiados, tinha fama de violento e

    perigoso, uma verdadeira ameaa. Conta-se que Set ficou com inveja de Osris e

    trabalhou incessantemente para destru-lo (verses contam que Nftis, esposa de Seth,fora seduzida por Osris, o que seria uma ressalva. Anbis teria sido concebido destarelao). Auxiliado por 72 conspiradores, Seth convidou Osris para um banquete. No

    decurso do banquete, Seth apresentou uma magnfica caixa-sarcfago (atade) queprometeu entregar a quem nela coubesse. Os convidados tentaram ganhar a caixa, mas

    ningum cabia nesta, dado que Seth a tinha preparado para as medidas de Osris.Convidado por Seth, Osris entra na caixa. ento que os conspiradores, sits, servos do

    proprio Seth trancam-na e atiram-na para o rio Nilo. A corrente do rio arrasta a caixa ato mar Mediterrneo, acabando por atingir Biblos (Fencia). sis, desesperada com o

    sucedido, parte procura do marido, procurando obter todo o tipo de informaes dosque encontra pelo caminho. Chegada a Biblos sis descobre que a caixa ficou

    inscrustrada numa rvore que tinha entretanto sido cortada para fazer uma coluna no

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    palcio real. Com a ajuda da rainha, sis corta a coluna e consegue regressar ao Egitocom o corpo do amado, que esconde numa plantao de papiros.

    Contudo, Seth encontrou a caixa e furioso decide esquartejar em 14 pedaos o corpo,que espalha por todo o Egito; segundo alguns textos do perodo ptolomaico, teriam sido

    16 ou 42 partes. Quanto ao significado destes nmeros, deve-se referir que o 14 onmero de dias que decorre entre a lua cheia e a lua nova e o 42 era o nmero deprovncias (ou nomos) em que o Egito se encontrava dividido.

    Suas aces fizeram com que a maioria dos outros deuses se voltassem contra ele, masSeth achava que seu poder era inatacvel. Hrus, filho de sis e Osris, conseguiu matarSeth, que acabou identificado como um deus do mal. Em algumas verses, Hrus castraSeth ao invs de mat-lo.

    Seth intimamente associado a vrios animais,como cachorro, crocodilo, porco, asno e escorpio. Sua

    aparncia orelhuda e nariguda era provavelmente um agregado de vrios animais, emvez de representar somente um. Ele tambm representado como um hipoptamo,considerado pelos egpcios como uma criatura destrutiva e perigosa. H tambm a

    possibilidade de possuir o rosto de um aardvark. Nos quadrinhos da MarvelComics (principalmente de Conan, o brbaro), Seth descrito erroneamente como umagrande serpente. Na verdade a grande serpente era uma referencia a Apep, inimigade R, e esta ironicamente era combatida por Seth. (na maioria das verses Seth perde aorelha na luta contra Hrus e este perdeu o olho, porm deus Toth decidiu parar com ocombate devolvendo a orelha de Seth e o olho de Hrus e dizem que Seth viver pelaeternidade planejando conseguir a ex-coroa de Osres hoje com Hrus).

    Seth o deus do caos, tambm do deserto e das terras estrangeiras. No Livro dosMortos, Seth chamado O Senhor dos Cus do Norte e considerado responsvel

    pelas tempestades e a mudana de tempo. A histria do longo conflito entre Seth eHrus vista por alguns como uma representao de uma grande batalha entre cultos noEgito cujo culto vencedor pode ter transformado o deus do culto inimigo em deus domal. Seth , na verdade, a representao do supremo sacrifcio em prol da justia.

    Mitologia Egpciasis

    sis (em egpcio: Auset) foi uma deusa da mitologia egpcia, cuja adorao se estendeu

    por todas as partes do mundo greco-romano. Foi cultuada como modelo da me e daesposa ideais, protetora da natureza e da magia. Era a amigados escravos,pescadores, artesos, oprimidos, assim como a que escutava as preces dosopulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. sis a deusa da maternidade eda fertilidade.

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    Os primeiros registros escritos acerca de sua adorao surgem pouco depois de 2500a.C., durante a V dinastia egpcia. A deusa sis, me de Horus, foi a primeira filhade Geb, o deus da Terra, e de Nut, a deusa do Firmamento, e nasceu no quarto diaintercalar. Durante algum tempo sis e Hator ostentaram a mesma cobertura para acabea. Em mitos posteriores sobre sis, ela teve um irmo, Osris, que veio a tornar-seseu marido, tendo se afirmado que ela havia concebido Horus. sis contribuiu para aressurreio de Osiris quando ele foi assassinado por Seth. As suas habilidades mgicasdevolveram a vida a Osris aps ela ter reunido as diferentes partes do corpo dele quetinham sido despedaadas e espalhadas sobre a Terra por Seth. Este mito veio a tornar-

    se muito importante nas crenas religiosas egpcias.sis tambm foi conhecida como a deusa da simplicidade, protetora dos mortos e deusadas crianas de quem todos os comeos surgiram, e foi a Senhora dos eventosmgicos e da natureza. Em mitos posteriores, os antigos egpcios acreditaram que ascheias anuais do rio Nilo ocorriam por causa das suas lgrimas de tristeza pela morte deseu marido, Osris. Esse evento, da morte de Osris e seu renascimento, foi revividoanualmente em rituais. Consequentemente, a adorao a sis estendeu-se a todas as

    partes do mundo greco-romano, perdurando at supresso do paganismo na Era Crist.

    A pronncia do nome desta deidade uma corruptela do mesmo na lngua grega

    antiga onde se modificou o nome egpcio original pela adio de um -s no finaldevido s normas gramaticais do antigo grego.

    O nome egpcio foi grafado como s.tous.tcom o significado de (Ela de o) Trono. Asuapronncia correta em antigo egpcio incerta, entretanto, uma vez que oantigo sistema de escritausualmente no previa as vogais. Com base em estudosrecentes que nos oferecem aproximaes com base em linguagens contemporneas e naevidncia da lngua copta, a pronncia reconstruida de seu nome *u.sat (O nome deOsiris, Usir ou Wsir tambm se inicia com o glifo para tronos(-s).). O nomesobreviveu nos dialetos coptas comose ousi, assim como em palavras compostassobreviventes em nomes de pessoas posteriormente, como por exemplo Har-si-Ese,

    literalmente Hrus, filho de sis.

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    Por convenincia, Egiptlogos arbitrariamente decidiram pronunciar o seu nome comoee-set. Por vezes tambm podem dizer ee-sa porque o t final em seu nome foium sufixo feminino, que sabido ter sido buscado fala durante as ltimas etapas dalngua egpcia.

    Literalmente, o seu nome significa ela do trono. A sua cobertura original para acabea foi um trono. Como personificao do trono, ela foi uma representaoimportante do poder do fara, assim como o fara foi representado como seu filho, quese sentou no trono que ela forneceu. O seu culto foi popular em todas as partes do Egito,mas os santurios mais importantes eram em Guiz e em Behbeit El-Hagar, no Delta do

    Nilo, no Baixo Egito.

    As origens do seu culto so incertas, mas acredita-se ser oriundo do delta do Nilo.Entretanto, ao contrrio de outras divindades egpcias, no teve desse culto centralizadoem nenhum ponto especfico ao longo da histria da sua adorao. Isto pode ser devido ascenso tardia de seu culto. As primeiras referncias a sis remontam V dinastia

    egpcia, perodo em que so encontradas as primeiras inscries literrias a seu respeito,embora o culto apenas venha a ter tido proeminncia ao final da histria do antigoEgipto, quando se iniciou a absoro dos cultos de muitas outras deusas com centros deculto firmemente estabelecidos. Isto ocorreu quando o culto de Osris se destacou e elateve um papel importante nessa crena. Eventualmente, o seu culto difundiu-se alm dasfronteiras do Egito.

    Durante os sculos de formao do cristianismo, a religio de sis obteve conversos detodas as partes do Imprio Romano. Na prpriapennsula Itlica, a f nesta deusaegpcia era uma fora dominante. Em Pompia, as evidncias arqueolgicas revelamque sis desempenhava um papel importante. Em Roma, templos e obeliscos foramerguidos em sua homenagem. Na Grcia Antiga, os tradicionais centros de cultoem Delos, Delfos e Elusis foram retomados por seguidores de sis, e isto ocorreu nonorte da Grcia e tambm emAtenas. Portos de sis podiam ser encontrados no marArbico e no mar Negro. As inscries mostram que possua seguidores na Glia,naEspanha, na Pannia, na Alemanha, na Arbia Saudita, na sia Menor, em Portugal,na Irlanda e muitos santurios mesmo na Gr-Bretanha. sis representa o amor ,a magiae os misterios da regio.

    A maioria das divindades egpcias surgiu pela primeira vez como cultos muitolocalizados e em toda a sua histria mantiveram os seus centros locais de culto, com a

    maioria das capitais e cidades sendo amplamente conhecidas como lar dessasdivindades. sis foi, em sua origem, uma divindade independente e popular estabelecidaem tempos pr-dinsticos, anteriormente a 3100 a.C., em Sebennytos no delta do Nilo.

    No Egito, existiram trs grandes templos em homenagem a sis:

    em Behbeit el-Hagar, no delta do Nilo, atualmente em runas; em Dendara, no Alto Egito, onde existe um santurio a Hathor parcialmente

    preservado; em Filas.

    Na ilha de Filas, no Alto Nilo, o culto a sis e Osris persistiu at ao sculo VI, ou seja,muito tempo aps a ascenso do Cristianismo e a subseqente supresso do paganismo.

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    O decreto de Teodsio (c. de 380) determinando a destruio de todos os templospagos, no foi aplicada em Filas at ao governo de Justiniano. Essa tolerncia foidevido a um antigo tratado celebrado entre os Blemyes-Nobadae e Diocleciano. Todosos anos, eles visitavam Elefantina e, em determinados perodos levavam a imagem desis rio acima para a terra dos Blemyes para fins divinatrios, devolvendo-a em seguida.

    Justiniano enviou Narses para destruir os santurios, prender os sacerdotes e arrestar asimagens sagradas para Constantinopla. Filas foi o ltimo dos antigos templos egpcios aser fechado.

    Eventualmente templos a sis comeou a se difundir alm das fronteiras do Egito. Emmuitos locais, em especial em Biblos, o seu culto assumiu o lugarda deusa semita Astarte, aparentemente pela semelhana entre os seus nomes eatributos. poca do helenismo, devido aos seus atributos de protetora e me, assimcomo ao seu aspecto luxurioso, adquirido quando ela incorporou alguns dos aspectosde Hathor, ela tornou-se padroeira dos marinheiros, que difundiram o seu culto graasaos navios mercantes que circulavam no mar Mediterrneo.

    Atravs do mundo greco-romano, sis tornou-se um dos mais significativos mistrios, emuitos autores clssicos fazem referncia, em suas obras, aos seus templos, cultos erituais. Templos em sua homenagem foram erguidos na Grcia e em Roma, tendo sidocolocado a descoberto um bem preservado exemplar em Pompia.

    Da mesma forma, a deusa rabe Al-Ozza ou Al-Uzza (em rabe, al ozza),cujo nome semelhante ao de sis, acredita-se que seja uma manifestao sua. Isso,

    porm, entendido apenas com base na semelhana entre os nomes.

    Existem 3 templos feitos para a adorao de isis. Pouca informao chegou at nsacerca dos antigos rituais egpcios. Entretanto claro que os oficiantes de seus cultosforam sacerdotes e sacerdotisas ao longo de sua histria. At ao perodo greco-romano,muitos deles eram curadores e teriam exercido outros poderes especiais, incluindo ainterpretao dos sonhos e a capacidade de controlar o tempo atmosfrico, o que faziamatravs de tranas ou penteados nos cabelos. Esta ltima habilidade era conceituada,uma vez que os antigos egpcios consideravam que os ns tinham poderes mgicos.

    Por causa desta associao entre ns e poder mgico, um smbolo de sis foi o tietou tyet(com o significado de bem-estar/vida), tambm denominado como Lao desis, Fivela de sis ou Sangue de sis. Em muitos aspectos, o tiet se assemelha a

    uma cruz Ankh, exceto que os seus braos apontam para baixo e, quando usado comotal, parece representar a idia de vida eterna ou ressurreio. O significado de Sanguede sis mais obscuro, mas o tiet muitas vezes foi usado como um amuletofunerrio,confeccionado em madeira, pedra ou vidro, na cor vermelha, embora isso possa serapenas uma simples descrio dos materiais utilizados.

    A estrela Spica (Alpha Virginis) e a constelao que modernamente correspondeaproximadamente de Virgo, surge no firmamento acima do horizonte em uma pocado ano associada colheita de trigo e gros e, desse modo, ficou associada a divindadesda fertilidade, como Hathor. sis viria a ser associada a esses astros devido posteriorfuso de seus atributos com os de Hathor.

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    sis tambm assimilou atributos de Sopdet, personificao da estrela Sirius, uma vezque este astro, ascendendo no horizonte um pouco antes da cheia do rio Nilo, foiinterpretado como uma fonte de fertilidade, como Hathor o havia sido tambm. Sopdetmanteve um elemento de identidade distinto: uma vez que Sirius era visivelmente umaestrela, ou seja, no vivia no submundo, o que poderia ter conflitado com a

    representao de sis como esposa de Osris, senhor do submundo.

    Provavelmente devido equiparao com as deusas Afrodite e Vnus, durante o perodogreco-romano, a rosa foi usada em seu culto. A procura de rosas por todo o impriotornou a sua produo em uma importante indstria.

    Na arte, sis foi originalmente retratada como uma mulher com um vestido longo ecoroada com ohierglifo que significava trono. Por vezes foi descrita como portadorade um ltus (Nymphaea caerulea), ou como um sicmoro (Ficus sycomorus). Afara, Hatshepsut, foi retratada em seu tmulo sendo amamentada por um sicmoro quetinha um seio.

    Aps ter assimilado muitos dos papis da deusa Hathor, a cobertura de cabea de sispassa a ser a de Hathor: os cornos de uma vaca, com o disco solar inscrito entre eles. svezes, tambm foi representada como uma vaca, ou uma cabea de vaca. Normalmente,

    porm, era retratada com o seu filho pequeno, Hrus (o fara), com uma coroa eum abutre. Ocasionalmente, foi representada ou como um abutre pairando sobre o corpode Osris, ou com o Osris morto em seu colo enquanto por artes mgicas o trazia devolta vida.

    Na maioria das vezes sis retratada segurando apenas o smbolo Ankh com umpequeno grupo de acompanhantes, mas no perodo final de sua histria, as imagensmostram-na, por vezes, com itens geralmente associados apenas a Hathor:o sistro sagrado e o colar smbolo de fertilidade menat. No The Book of ComingForth By Day sis est representada de p sobre a proa daBarca Solar, com os braosestendidos.

    A estrela Sept (Sirius) est associada a sis. O surgimento dela no firmamentosignificava o advento de um novo ano, e sis foi igualmente considerada a deusa dorenascimento e da reencarnao, e como protetora dos mortos. O Livro dos Mortosdescreve um ritual especial, para proteger os mortos, que permitia viajar em qualquer

    parte do mundo subterrneo. A maior parte dos ttulos de sis tem relao com o seu

    papel de deusa protetora dos mortos.Quando visto como deificao da esposa do fara em mitos tardios, o proeminente

    papel de sis foi como assistente do fara morto. Desse modo, ela ganhou umaassociao funerria, com o seu nome a aparecer mais de oitenta vezes noschamados Textos das Pirmides, afirmando-se que ela era a me das quatro divindadesque protegiam os vasos canopos, nomeadamente a protetora da divindade do vasodofgado, Imset. Esta associao com a esposa do fara tambm trouxe a ideia de quesis era considerada a esposa de Hrus (outrora visto como seu filho), que era protetor e,

    posteriormente, a deificao do fara. poca do Mdio Imprio, da XI dinastiaegpcia at XV dinastia egpcia, entre 2040 e 1640 a.C., medida que os textos

    funerrios comeam a ser utilizados por maior nmero de membros da sociedade

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    egpcia, alm da famlia real, cresce tambm o seu papel de proteger os nobres e atmesmo os plebeus.

    poca do Novo Imprio, a XVIII, a XIX e a XX dinastias, entre 1570 e 1070 a.C., sisadquiriu proeminncia como a me e protetora do fara. Durante este perodo, ela

    descrita como amamentando o fara e frequentemente assim representada.

    O papel do seu nome e de sua coroa-trono incerto. Alguns dos primeiros egiptlogosacreditaram que ser a me-trono foi a primitiva funo de sis, no entanto, uma correntemais moderna afirma que aspectos desse papel vieram mais tarde, por associao. Emmuitas tribos africanas, o trono conhecido como a me do rei, e esse conceitoenquadra-se bem em ambas as teorias.

    No Imprio Antigo, da III VI dinastia egpcia, entre 2686 a.C. e 2134 a.C., os panteesdas cidades egpcias variaram de regio para regio. Durante a V dinastia, sis pertenceu Enade da cidade deHelipolis. Acreditava-se ento que ela era filha de Nut e Geb, e

    irm de Osris, Nftis e Seth. As duas irms, sis e Nftis, muitas vezes eramrepresentadas nos sarcfagos com grandes asas esticadas, como protetoras contraa maldade. Como deidade funerria, sis foi associada a Osris, senhor do submundo(Duat), e foi considerada sua esposa.

    A mitologia tardia (ultimamente em resultado da substituio de um outro deus dosubmundo,Anbis, quando o culto de Osris ganhou mais importncia) fala-nos donascimento de Anbis. A narrativa descreve que, como Seth negava um filho a Nftis,esta ento disfarou-se como sis, muito mais atraente, para seduzi-lo. O plano falhou,mas Osris passou a achar Nftis muito atraente, pensando que ela era sis.Eles copularam, o que resultou no nascimento de Anbis. Em outra narrativa, Nftisdeliberadamente assumiu a forma de sis, a fim de enganar Osris e assim obter dele a

    paternidade de seu filho. Com medo das represlias de Seth, Nftis persuadiu sis aadoptar Anubis, de modo a que a criana no viesse a ser descoberta e morta. Essanarrativa explica tanto porque Anbis visto como uma divindade do submundo (umavez que se torna filho de Osris), quanto porque no poderia herdar a posio de Osris(uma vez que no era um herdeiro legtimo), preservando posio de Osris comoSenhor do submundo. Deve ser lembrado, no entanto, que este novo mito foi apenasuma criao posterior do culto de Osris que queria retratar Seth em um papel demaldade, como inimigo de Osris.

    Em outro mito de Osris, Seth preparou um banquete para Osris apresentando uma belacaixa e declarando que, quem coubesse perfeitamente nela, poderia ficar com ela comoum presente. Ora, Seth havia medido Osris enquanto este dormia, certificando-se assimque este era o nico a caber perfeitamente na caixa. Aps vrios dos presentes teremtentado encaixar-se nela, chegou a vez de Osris, que a preencheu perfeitamente. Sethento fechou a tampa da caixa, transformando-a num caixo para Osris. Em seguida,Seth afundou a caixa fechada com Osris nas guas do rio Nilo, que a levaram paramuito longe. Assim que soube do ocorrido, sis foi procurar a caixa, para Osris pudesseter um enterro apropriado. Foi encontr-la na longnqua Biblos, cidade na costada Fencia, e trouxe-a de volta ao Egito, ocultando-a em um pntano. Entretanto,naquela noite Seth foi caa, vindo a encontrar a caixa oculta. Enfurecido, Seth

    retalhou o corpo de Osris em catorze pedaos, e os espalhou por todo o Egito, para secertificar de sis jamais poderia encontr-los e dar assim um enterro adequado a

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    Osris. sis e Nftis, sua irm, dedicaram-se ento busca dos pedaos, tendoconseguido encontrar apenas treze. Um peixe havia engolido o ltimo, o pnis, que sisrefez utilizando magia. Desse modo, com todas as partes reunidas do corpo morto deOsris, ela pode conceber Hrus. O nmero de partes do corpo de Osris descrito deforma varivel nas paredes de diversos templos, entre catorze e dezesseis e,

    ocasionalmente, em quarenta e duas, uma para cada nome ou distrito.

    Legenda: sis amamentando Hrus

    Atravs da fuso de seus atributos com os de Hathor, sis tornou-se a me de Hrus,mais do que sua esposa, e isto, quando as crenas acercade Ra absorveram Atum emAtum-Ra, sendo ainda necessrio ter-se em conta que sisintegrou a Enade, como a esposa de Osris. necessrio explicar, entretanto, como que Osris que (como Senhor da Morte) estava morto, pode ser considerado pai deHrus, que no era considerado morto. Este conflito nas narrativas conduziu evoluoda ideia de que Osris mecessitava de ser ressuscitado e posteriormente, versodaLenda de Osris e sis de que o grego Plutarco, no sculo I, em De Iside et Osiride,nos deixou a verso mais extensa atualmente conhecida.

    Legenda: sis com a cobertura de Hator amamentando Hrus

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    Um outro conjunto de mitos tardios detalha as aventuras de sis aps o nascimento dofilho pstumo de Osris, Hrus. Foi dito que sis deu luz Hrua e Khemmis, pensa-se,no delta do rio Nilo. Muitos perigos surgiram para Hrus aps o seu nascimento e sisnavegou com o pequeno Hrus para escapar da ira de Seth, o assassino de seu esposo.Em um instante, sis curou Hrus de uma picada mortal de escorpio, alm de outros

    milagres com relao ao cippi, as placas de Hrus. sis protegeu e promoveu Hrus atque estivesse suficientemente grande e forte para encarar Seth e tornar-se,subsequentemente, fara do Egito.

    Mut, uma divindade primordial chamada me", foi originalmente um ttulo para asguas primordiais do cosmos, a me de quem o universo surgiu. Quando oemparelhamento das divindades comeou, Mut tornou-se uma consorte de Amon, aquem j tinha sido atribuda uma esposa completamente diferente. Aps a autoridade deTebas haver aumentado durante a XVIII dinastia egpcia e ter tornado Amon em umdeus muito mais significativo, o seu culto diminuiu, e Amon foi assimilado a Ra.

    Em consequncia, a consorte de Amon, Mut, at ento descrita como uma coruja me-adotiva que, nessa altura j tinha absorvido os atributos de outras deusas, outras deusas-se, tambm foi assimilada como esposa de R, sis-Hathor como Mut-sis-Nekhbet.

    Na ocasio, a infertilidade de Mut foi levada em considerao, e assim, o nascimento deHrus, que era demasiado importante para ser ignorado, necessitou ser explicadoafirmando-se que sis ficou grvida por magia, quando ela se transformou emum papagaio e voou sobre o corpo morto de Osris.

    Mais tarde, os mitos tornaram-se bastante mais complexos. O consorte de Mut eraAmon, que nessa poca tinha se identificado com Min como Amon-Min (tambmconhecido pelo seu epteto Kamutef). Desde que Mut tornou-se parte de sis, eranatural tentar fazer Amon parte de Osris, marido de sis, mas isso no era facilmenteconcilivel, uma vez que Amon-Min era um deus da fertilidade e Osris era o deus dosmortos. Consequentemente, eles permaneceram considerados em separado, e sis, porvezes, afirmou-se ser amante de Min. Posteriormente, em uma fase em que Amon-Minfoi considerado um aspecto de Ra (Amon-Ra), ele tambm foi considerado umaspecto de Hrus, uma vez que Hrus foi identificado como Ra, e, portanto, filho deHorus e, em raras ocasies, afirmou-se ao contrrio ser Min, evitando a confuso sobreo estatuto de Hrus como marido e filho de sis.

    De modo a ressuscitar Osris com o fim de gerar um filho, Hrus, era necessrio a sis

    aprendermagia (que por muito tempo havia sido um atributo seu, antes do surgimentodo culto a Ra), e ento passou a afirmar-se que sis enganou Ra (Amon-Ra ou Atum-Ra), fazendo com que este fosse picado por uma serpente egpcia para o que apenasela possua a cura -, para que este lhe dissesse o seu nome secreto. Os nomes dasdivindades eram secretos, de domnio apenas dos altos lderes religiosos, uma vez queesse conhecimento permitia invocar o poder da divindade. Que ele fosse usar o seunome secreto para sobreviver implica que a serpente tivesse que ser uma divindademais poderosa do que Ra. Ora, a mais antiga divindade conhecida no Egito foiUadjit, acobra egpcia, cujo culto nunca foi suplantado na antiga religio egpcia. Como umadivindade da mesma regio, teria sido um recurso benevolente para sis. O uso dosnomes secretos tornou-se um elemento central nas prticas mgicas egpcias do perodo

    tardio, e sis invocada muitas vezes para que use o verdadeiro nome de R duranteos rituais. Ao final do perodo histrico do antigo Egito, aps a sua ocupao pelos

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    gregos e pelos romanos, sis tornou-se a mais importante e poderosa divindade dopanteo egpcio por causa de suas habilidades mgicas. A magia um elemento centralem toda a mitologia de sis, possivelmente mais do que para qualquer outra divindadeegpcia.

    Antes desta alterao tardia na natureza da religio antiga egpcia, a lei de Maat haviaorientado as aes corretas para a maioria dos milhares de anos de religio egpcia, compouca necessidade de magia. Thoth era o deus que recorria magia quando eranecessrio. A deusa que detinha o papel quadruplo de curadora, protetora dos vasoscanopos, protetora do casamento, e senhora da magia anteriormente havia sido Serket.Ela ento foi considerada como atributo de sis, pelo que no de surpreender que sistinha um papel central nos rituais e feitios egpcios, nomeadamente os de proteo ecura. Em muitos feitios, essas atribuies so inteiramente fundidas, mesmo com as deHrus, uma vez que invocaes a sis supostamente envolvem automticamente poderesde Hrus. Na histria do Egito a imagem de um Hrus ferido tornou-se umacaracterstica padro de feitios de sis de cura, em que geralmente se invocam os

    poderes curativos do leite de sis.

    Aps a conquista do Egito por Alexandre o Grande o culto de sis difundiu-se atravsdo mundo greco-romano..[12] No perodo helenstico sis adquiriu uma nova posiocomo deusa dominante no mundo mediterrnico.

    A deusa protetora de Clepatra era sis, e durante o seu reinado acreditou-se que ela eraa reencarnao e incorporao da deusa da sabedoria.

    Em Roma, Tcito registrou que aps o assassinato de Jlio Csar, foi decretada aconstruo de um templo em honra de sis; Augusto suspendeu esta construo, e tentoutrazer os Romanos de volta s antigas divindades, que eram estreitamente associadas figura do Estado. Eventualmente o imperador Calgula abandonou os cuidados deAugusto em favor do que foi descrito como cultos orientais, e foi em seu reinado queo festival de sis foi estabelecido emRoma. De acordo com Flvio Josefo, Calgulavestiu-se como uma mulher e tomou parte nos mistrios que instituiu.

    Vespasiano, assim como Tito, praticaram incubao no Iseum romano. Domiciano fezerguer um outro Iseum juntamente com um Serapeum. Trajano foi representafo diantede sis e de Hrus, presenteando-os com oferendas votivas de vinho em um baixo-relevo em seu arco do triunfo.[13]Adriano decorou a sua villa em Tibur com cenas

    Isacas. Galrio considerou-a sua protetora.

    [14]

    As perspectivas Romanas dos cultos eram sincrticas, vendo nas novas divindadesmeros aspectos locais dos que lhes eram familiares. Para muitos Romanos, a sis egpciaera um aspecto da Cibele Frgia, cujos ritos orgacos estavam h muito implantados emRoma. De fato, ela foi conhecida como sis dos Dez Mil Nomes.

    Entre os nomes da sis Romana, Rainha do Cu destaca-se por sua longa e continuahistria.Herdoto identifica sis com as deusas da agricultura Demter na mitologiagrega e Ceres naromana.

    No perodo tardio, sis tambm teve templos atravs da Europe, Britania, frica e sia.Uma esttua de sis em alabastro, do sculo IIIencontrada em Ohrid, na Repblica da

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    Macednia, est representada no anverso da nota de 10 dinares macednios emitidaem 1996.

    O pr-nome masculino Isidoro (tambm Isidro) significa em Lngua gregaantiga Presente de sis (semelhante a Teodoro, Presente de Deus). O nome,

    comum poca romana, sobreviveu supresso do culto a sis e permanece popular ataos nossos diassendo, entre outros, o nome de diversos santos cristos.

    Alguns eruditos traam paralelos entre a adorao de sis na poca final do ImprioRomano e a adorao Virgem Maria crist. Quando o cristianismo comeou a ganhar

    popularidade, difundindo-se na Europa e em todas as partes do Imprio, os primitivoscristos converteram um relicrio da sis egpcia em um para Maria e de outros modosdeliberadamente tomaram imagens do mundo pago.

    Embora a Virgem Maria no seja idolatrada pelos cristos ( venerada tantopelos Catlicos quanto pelos Ortodoxos), o seu papel, como figura de me compassiva,

    tem paralelos com a figura de sis. O historiador Will Durant observou que osprimitivos Cristos por vezes fizeram os seus cultos diante de esttuas de sisamamentando o filho Hrus, vendo nelas uma outra forma do nobre a antigo mito peloqual a mulher (isto , o princpio feminino) a criadora de todas as coisas, tornando-se

    por fim, a Me de Deus. Hrus, sob este aspecto infantil, foidenominado Harpcrates pelos antigos Gregos.

    Isto fruto da exposio dos primitivos cristos arte egpcia. Uma pesquisa com osvinte principais Egiptlogos, conduzida pelo Dr. W. Ward Gasque, um erudito cristo,revelou que todos os participantes reconheceram que a imagem de sis com o beb

    Hrus influiu na iconografia crist da Virgem e o Menino, mas que no houvenenhuma outra semelhana, como por exemplo, que Hrus tenha nascido deuma virgem, que tenha tido doze seguidores, ou outras.

    A venerao a Maria na Igreja Ortodoxa e mesmo na tradio da Igreja Anglicana frequentemente superestimada. As imagens tradicionais (cones) de Maria ainda so

    populares na Igreja Ortodoxa nos dias de hoje.

    Mitologia EgpciaOsris

    Osris (Ausar em egpcio) era um deus da mitologia egpcia, associado vegetao e a

    vida no Alm. Oriundo de Busris, no Baixo Egipto, Osris foi um dos deuses maispopulares do Antigo Egipto, cujo culto remontava s pocas remotas da histria egpciae que continuou at era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independncia

    poltica.

    http://aulademitologia.wordpress.com/2011/05/30/mitologia-egipcia-osiris/http://aulademitologia.wordpress.com/2011/05/30/mitologia-egipcia-osiris/http://aulademitologia.wordpress.com/2011/05/30/mitologia-egipcia-osiris/http://aulademitologia.files.wordpress.com/2011/05/osc3adris.pnghttp://aulademitologia.wordpress.com/2011/05/30/mitologia-egipcia-osiris/
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    Marido de sis e pai de Hrus, era ele quem julgava os mortos na Sala das DuasVerdades, onde se procedia pesagem do corao ou psicostasia.

    Osris, sem dvida o deus mais conhecido do Antigo Egipto, devido ao grande nmerode templos que lhe foram dedicados por todo o pas; porm, os seus comeos foram os

    de qualquer divindade local,e tambm um deus que julgava a alma dos egpcios se elesiam para o paraso (lugar onde s h fartura).Para os seus primeiros adoradores, Osrisera apenas a encarnao das foras da terra e das plantas. medida que o seu culto sefoi difundindo por todo o espao do Egipto, Osris enriqueceu-se com os atributos dasdivindades que suplantava, at que, por fim substituiu a religio solar. Por outro ladoa mitologia engendrou uma lenda em torno de Osris, que foi recolhida fielmente poralguns escritores gregos, como Plutarco. A dupla imagem que de ambas as fonteschegou at ns deste deus, cuja cabea aparece coberta com a mitra branca, a de umser bondoso que sofre uma morte cruel e que por ela assegura a vida e a felicidadeeterna a todos os seus protegidos, bem como a de uma divindade que encarna aterra egipcia e a sua vegetao, destruda pelo sol e a seca, mas sempre ressurgida pelas

    guas do Nilo.

    Segundo Diodoro Sculo, os primeiros egpcios, logo que surgiram, olharam para o cue ficaram com temor do Universo, e imaginaram dois deuses eternos, o Sol e a Lua,respectivamente Ossis e sis. Osris significa muitos-olhos, um significado apropriado

    para representar os raios do Sol, que vem tudo, tanto a terra quanto o mar. Osmitgrafos gregos, ainda segundo Diodoro Sculo, identificaram Osris com Dionsio ecom a estrela Sirius; Diodoro cita poemas de Eumolpo e Orfeu identificando Dionsiocom a estrela Sirius.Segundo alguns, Orsis era representado com uma capa de estrelas,imitando o cu estrelado.

    Segundo Isaac Newton, Osris um nome grego; eles interpretaram o lamento egpcio 0Sihor, Bou Sihorcomo Osris, Busris. Ele identifica Osris com ofara Sesac ou Sesstris, um grande conquistador, que reinou de 1002 a.C. a 956 a.C.

    O nome Osris deriva do grego que por sua vez deriva da forma sria Usire. Osignificado exacto do nome desconhecido. Entre os vrios significados propostos

    pelos especialistas, encontram-se hipteses como Aquele que ocupa um trono, Paracriar um trono, Lugar/Fora do Olho ou Aquele que copula com sis. Contudo, ainterpretao considerada mais aceitvel a que considera que Osris significa OPoderoso.

    Osris tambm era o chefe dos deuses egpcios.

    Deus cujo culto est atestado desde pocas muito antigas, Osris seria oriundo deBusris (nome que significa Lugar de Osris ou Domnio de Osris) localidade naregio central do Delta do Nilo (Baixo Egipto). Nesta localidade julga-se que Osrissubstituiu um deus local de nome Andjeti, tendo herdado as suas insgnias. Osris eraem Busris apenas um deus da fertilidade, cuja principal funo era garantir uma boacolheita, personificando o ciclo da vegetao e as guas do Nilo.

    No Imprio Antigo Osris adquire a vertente de deus funerrio, sendo o rei defunto

    identificado com ele; o rei vivo era por sua vez identificado com o seu filho, o deusHrus.

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    A partir do fim do Primeiro Perodo Intermedirio e do Imprio Mdio ocorre aquiloque se designa como democratizao da possibilidade de uma vida no Alm, ou seja,esta deixa de estar reservada ao rei para se alargar, primeiro aos altos funcionrios, edepois a toda a populao. Todos os homens, independentemente da sua classe social,desde que cumprissem os ritos funerrios adequados, poderiam unir-se a Osris,

    conquistando a imortalidade.

    A representao mais antiga conhecida de Osris data de 2300 a.C.. A sua representaomais comum correspondia ao de um homem mumificado com uma barba postia, com

    braos que emergem do corpo cruzados sob o peito. As suas mos seguram osceptros hekate nekhakha. Na cabea Osris apresentava a coroa atef, isto , uma coroa

    branca com duas plumas de avestruz. Em algumas representaes poderia terum uraeus (serpente) sob a coroa e uns cornos de carneiro.

    Poderia tambm s