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Modelo de controlo t de fund Disserta Professor Dou Profess Presidente: Pro Orientador: Professo Vogal: E técnico da qualidade e do risco d dações para máquinas industriais Rafael Godinho Pires ação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Civil Orientadores utor Nuno Gonçalo Cordeiro Marques de Alm sor Doutor Luís Manuel Coelho Guerreiro Júri ofessor Doutor João Pedro Ramôa Ribeiro Cor or Doutor Nuno Gonçalo Cordeiro Marques d Engenheiro Luís Manuel Antunes da Costa Outubro 2015 de engenharia meida rreia de Almeida

Modelo de controlo técnico da qualidade e do risco de ... · iii Resumo O estilo de vida actual e o rápido avanço tecnológico dependem não só de mentes brilhantes, mas também

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Modelo de controlo técnico

de fundações para máquinas

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Professor Doutor Professor Doutor

Presidente: Professor Doutor João Pedro Ramôa Ribeiro CorreiaOrientador: Professor Doutor

Vogal: Engenheiro Luís Manuel Antunes da

ontrolo técnico da qualidade e do risco de engenharia

fundações para máquinas industriais

Rafael Godinho Pires

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia Civil

Orientadores

Professor Doutor Nuno Gonçalo Cordeiro Marques de AlmeidaProfessor Doutor Luís Manuel Coelho Guerreiro

Júri

Professor Doutor João Pedro Ramôa Ribeiro CorreiaProfessor Doutor Nuno Gonçalo Cordeiro Marques de Almeida

Engenheiro Luís Manuel Antunes da Costa

Outubro 2015

de engenharia

Nuno Gonçalo Cordeiro Marques de Almeida

Professor Doutor João Pedro Ramôa Ribeiro Correia Nuno Gonçalo Cordeiro Marques de Almeida

ii

iii

Resumo

O estilo de vida actual e o rápido avanço tecnológico dependem não só de mentes brilhantes, mas também

de milhões de máquinas rotativas, formando uma extensa lista de equipamentos que tornam possíveis as

experiências que vivemos diariamente. As máquinas industriais devem ser tratadas como um problema de

engenharia, embora este seja um assunto algo negligenciado pelo tecido fabril do nosso país, com

consequências nos custos que não são desejáveis pela indústria.

Do ponto de vista da engenharia, a harmonia entre as diferentes especialidades, da mecânica e da

construção, permitiu alcançar o nível de desenvolvimento actual. Mas a competitividade dos mercados e

das economias de escala conduz à procura contínua de aumento de produtividade e retorno económico. É

nestes dois últimos aspectos que surge a necessidade de aplicar sistemas de gestão e ferramentas, como o

controlo técnico da qualidade, ponderando o risco de engenharia associado, com o intuito de assegurar a

verificação dos requisitos técnicos da qualidade e do risco de engenharia associados ao funcionamento das

máquinas rotativas.

A presente dissertação visa contribuir para a promoção do controlo da qualidade e do risco de engenharia

de fundações de máquinas industriais, tendo em vista um maior desempenho e tempo de vida útil dos

equipamentos, criando valor através da qualidade e do desenvolvimento tecnológico e da gestão do risco

técnico relacionado com fundações de máquinas industriais rotativas.

Palavras-chave:

Máquinas industriais, industria, controlo técnico, controlo da qualidade, riscos de engenharia, fundações de

máquinas industriais

iv

Abstract

Our modern life and the level of technologic development is supported by industrial machinery which

allows the commodity we experience nowadays. Industrial machine foundations are a common engineering

challenge and it’s been neglected by the mainly manufacturing companies in Portugal, with high costs not

desirable for the competitive industries in case risks are not well addressed.

The different specialties of construction and mechanics allows the achievement of the actual state of

development, but the market competitiveness and scale economies drive the continuous search for

productivity and its pay back. Regarding these two last aspects there is the need to implement management

systems and technical control tools to verify and certify the quality of the construction.

This research attempts to improve machine foundation system performance and a model was developed to

assess and verify technical control measures for the construction of industrial machines foundations. It aims

to promote performance and its longevity as well as the quality of the built systems. Moreover it prevents

associated technical risks.

The aim of this research is to evaluate and improve performance of construction of foundations for heavy

industrial machinery in what concerns its durability and robustness. Additionally, it includes the

development of a model and an application guideline for technical control, during the conception and

construction of industrial machines foundations.

Keywords:

Industrial machines, industry, technical control, quality control, engineering risks, foundations for industrial

machinery

v

Índice Introdução .................................................................................................................................... 1

1.1 Identificação e âmbito ............................................................................................................... 1

1.2 Enquadramento e justificação ................................................................................................... 1

1.3 Objectivos da dissertação .......................................................................................................... 3

1.4 Metodologia e organização da dissertação ............................................................................... 4

2. Revisão dos conhecimentos ................................................................................................. 5

2.1 Principal enquadramento regulamentar, normativo e técnico ................................................. 5

2.2 Princípios de projecto para fundações com solicitações dinâmicas .......................................... 7

2.3 Máquinas industriais ................................................................................................................ 10

2.4 Fundações para máquinas industriais ..................................................................................... 11

2.5 Sistemas de apoio .................................................................................................................... 15

3. Modelo de controlo da qualidade e do risco de engenharia ................................................ 17

3.1 Enquadramento do modelo ..................................................................................................... 17

3.2 Princípios do modelo ................................................................................................................ 17

3.3 Destinatários do modelo .......................................................................................................... 20

3.4 Estrutura do modelo ................................................................................................................ 21

3.5 Implementação do modelo ...................................................................................................... 25

4. Diagnóstico de fundações para máquinas industriais .......................................................... 27

4.1 Revisão do projecto .................................................................................................................. 27

4.2 Inspecções ................................................................................................................................ 33

5. Concepção de fundações para máquinas industriais ........................................................... 39

5.1 Informação geral ...................................................................................................................... 40

5.2 Acções ...................................................................................................................................... 41

5.3 Pormenores construtivos ......................................................................................................... 55

6. Execução e recepção de fundações para máquinas industriais ............................................ 63

6.1 Demolição e escavação ............................................................................................................ 64

6.2 Melhoria de solos ..................................................................................................................... 64

6.3 Pormenores construtivos ......................................................................................................... 65

6.4 Recepção da fundação ............................................................................................................. 71

7. Desenvolvimento e aplicação dos relatórios-tipo a dois casos de estudo............................. 73

7.1 Caso de estudo 1 ...................................................................................................................... 73

7.2 Caso de estudo 2 ...................................................................................................................... 76

vi

8. Conclusões ........................................................................................................................ 81

9. Bibliografia ....................................................................................................................... 83

10. Anexos .............................................................................................................................. 85

Anexo I – Relatório de Diagnóstico de Fundações para Máquinas Industriais ................................ 87

Anexo II – Relatório de Concepção de Fundações para Máquinas Industriais ................................. 89

Anexo III – Relatório de Execução de Fundações para Máquinas Industriais .................................. 91

Anexo IV – Relatório de Fecho de Obra ........................................................................................ 93

Anexo V – Relatórios dos casos de estudo .................................................................................... 95

Anexo V a) – Relatório de diagnóstico: Caso de estudo 1 .............................................................. 95

Anexo V b) – Relatórios de execução: Caso de estudo 2 ................................................................ 95

vii

Lista de figuras Figura 1 - Exemplo do efeito de ressonância ............................................................................................................ 9 Figura 2 – Graus de liberdade de um bloco de fundação ......................................................................................... 9 Figura 3 - Tipos de fundação para máquinas industriais (ACI 351.3R) ................................................................... 13 Figura 4 - Esquema de isolamento para vibrações criadas pelas máquinas .......................................................... 14 Figura 5 - Esquema de isolamento para vibrações vindas do exterior ................................................................... 14 Figura 6 - Rotura devido a forças expansivas no betão ......................................................................................... 34 Figura 7 - Apoios fixos, simplesmente apoiados e pormenor da junta elástica em torno do bloco de fundação .. 34 Figura 8 - Exemplo dos suportes de ligação à fundação ........................................................................................ 35 Figura 9 - Rotura total da fundação ....................................................................................................................... 35 Figura 10 – Exemplo do local de medição (ISO 1940:2003) ................................................................................... 37 Figura 11 - Processo clássico de optimização ......................................................................................................... 40 Figura 12 - Processo clássico de optimização ......................................................................................................... 41 Figura 13 – Modelo simplificado de análise ao Estado Limite de Serviço (adaptado de Bhatia et al., 2008) ........ 44 Figura 14 - Curva de ressonância para os deslocamentos ..................................................................................... 47 Figura 15 - Curva de ressonância para as acelerações ........................................................................................... 47 Figura 16 – Curvas de transmissão de forças ao exterior ....................................................................................... 47 Figura 17 - Gráfico de severidade da vibração (ACI351.3R) ................................................................................... 48 Figura 18 - Limites de segurança para pessoas e máquinas (Richart, 1962) ......................................................... 49 Figura 19 - Limites de velocidade da vibração (ISO 10816) .................................................................................... 50 Figura 20 – Limites de frequência de ressonância para as diferentes partes do corpo humano na direcção

anatomicamente longitudinal (ISO 2631) .............................................................................................................. 52 Figura 21 - Esquema de esforços nas ligações ao bloco de fundação (Guerreiro, 2003) ....................................... 53 Figura 22 - Efeito das acções térmicas na estrutura das máquinas ....................................................................... 53 Figura 23 - Esquema de acoplamento .................................................................................................................... 54 Figura 24 - Exemplo de bloco sem e com estrutura de suporte ............................................................................. 56 Figura 25 - Modelo conceptual de um bloco de ..................................................................................................... 56 Figura 26 - Modelo de bloco isolado (Bathia et al., 2008) ..................................................................................... 56 Figura 27 - Mecanismo típico das máquinas alternativas ...................................................................................... 57 Figura 28 - Isoladores pneumáticos ....................................................................................................................... 58 Figura 29 – Isoladores com molas e amortecedores .............................................................................................. 58 Figura 30 - Exemplo da localização das juntas de dilatação (API 686) .................................................................. 60 Figura 31 - Exemplo recomendado de instalação dos sistemas de suporte (adaptado de API 686) ...................... 62 Figura 32 - Exemplo de aplicação do grout ............................................................................................................ 66 Figura 33 - Exemplo de aplicação do grout em sistemas com o topo fechado (Precision grouting guide – Weber)

................................................................................................................................................................................ 66 Figura 34 - Varões roscado prontos para serem betonados juntamente com o suporte (Alphatec) ..................... 68

viii

Figura 35 – Estado final dos suportes (Alphatec) ................................................................................................... 68 Figura 36 - Exemplo tipo de um varão roscado com manga de protecção ............................................................ 68 Figura 37 - Bases de nivelação recomendadas (API 686) ....................................................................................... 69 Figura 38 - Nivelamento transversal dos barramentos .......................................................................................... 70 Figura 39 - Nivelamento longitudinal dos barramentos ........................................................................................ 70 Figura 40 - Sistema de fundação e pré-existências no local ................................................................................... 73 Figura 41 - Pormenor da rotura da fundação ........................................................................................................ 75 Figura 42 - Fase inicial de instalação da máquina ................................................................................................. 76 Figura 43 - Peça desenhada fornecida pelo fabricante .......................................................................................... 77 Figura 44 - Exemplo de informação sobre as cargas estáticas............................................................................... 78

ix

Lista de tabelas

Tabela 1 – Normas e documentos aplicáveis no controlo técnico de fundações para máquinas industriais ........... 5 Tabela 2 - Classificação das máquinas segundo o tipo de movimento (ACI 351.3R) ............................................. 10 Tabela 3 - Classificação das máquinas segundo a velocidade de funcionamento (ACI 351.3R) ............................ 10 Tabela 4 - Classificação das máquinas (ISO 10816) ............................................................................................... 11 Tabela 5 - Tipos de fundação adequadas face às características do movimento (ACI 351.3R) .............................. 14 Tabela 6 - Sistemas de apoio para máquinas e blocos de fundação ...................................................................... 15 Tabela 7 - Partes interessadas e as suas preocupações ......................................................................................... 20 Tabela 8 - Estrutura do modelo .............................................................................................................................. 22 Tabela 9 – Critérios de definição do risco técnico para as diferentes fases de projecto ........................................ 24 Tabela 10 – Critérios para os factores de agravamento do grau de risco técnico ................................................. 25 Tabela 11 - Factores dos quais depende a solução de engenharia (ACI 351.3R) ................................................... 40 Tabela 12 – Cargas para o dimensionamento das fundações ................................................................................ 43 Tabela 13 - Efeitos das acções que afectam a manutenção dos atributos da concepção ..................................... 43 Tabela 14 – Deslocamento máximo admissível para máquina rotativas ............................................................... 51 Tabela 15 - Deslocamento máximo admissível para máquinas alternativas ......................................................... 51 Tabela 16 – Fenómenos que provocam inoperacionalidade das máquinas ........................................................... 55

1

Introdução No presente capítulo, apresenta-se o âmbito da dissertação, o seu enquadramento, a justificação pela escolha

do tema, os objectivos que se pretendem atingir, a metodologia utilizada, a organização da dissertação e os

conceitos desenvolvidos.

1.1 Identificação e âmbito

A presente dissertação tem o título de “Controlo da qualidade e do risco de engenharia de fundações para

máquinas industriais” e enquadra-se nas áreas de engenharia civil, gestão da construção, gestão do risco,

controlo da qualidade e gestão de fábricas.

O presente estudo pretende ser uma análise segundo a perspectiva do controlo técnico, da melhoria da

qualidade e da partilha de riscos de engenharia. Aplica-se exclusivamente a fundações em bloco, ou conjuntos

de blocos, para máquinas industriais, abrangendo as seguintes fases do ciclo de vida destes sistemas

construtivos: Diagnóstico, Concepção, Execução e Recepção da obra.

O trabalho que se realizou tenta traçar os aspectos fundamentais desta temática e oferecer um contributo

eminentemente prático, que permita ao leitor uma acessível compreensão da problemática e uma orientação

para a sua aplicação.

1.2 Enquadramento e justificação

Após a revolução industrial, no séc. XVIII, os equipamentos de produção foram desenvolvidos tecnologicamente

principalmente para aumentar a produtividade e reduzir os custos de produção. Ao longo do tempo, foram

desenvolvidas e optimizadas as soluções de engenharia para fundar e fixar os mais diversos sistemas e

equipamentos, mas, nem sempre, foram bem executadas ou sequer foi avaliada a sua importância como parte

integrante dos equipamentos. Tal facto, conduziu ao aparecimento de inúmeros problemas relacionados com as

fundações das máquinas, como por exemplo vibrações excessivas, desgastes exagerados dos componentes ou

falta de estabilidade das máquinas, nem sempre fáceis de resolver, que implicam longos períodos de tempos de

inoperação e elevados custos de reparação e inactividade.

A utilização destes equipamentos tem elevados custos de manutenção e inactividade, o que obriga a saber tirar,

de forma racional, o máximo partido do seu potencial e rendimento. Neste contexto, surgem os conceitos de

gestão, manutenção, organização, planeamento e controlo dos aspectos relacionados com os sistemas de

fundação, de forma a garantir que se cumpram os requisitos mínimos e a função para os quais foram

desenhados e, desta forma, garantir a conformidade dos atributos técnicos.

No subsector das fundações de máquinas industriais, existe uma série de especificidades técnicas de elevada

complexidade que são desprezadas pela grande maioria dos intervenientes decisores, em especial na indústria

metalomecânica. Como consequência, surgem problemas de ordem técnica e económica, a maioria dos quais

sem clara atribuição de responsabilidades, que podem ser reduzidos e até evitados com a aplicação do conceito

2

e das técnicas de controlo técnico durante as fases do ciclo de vida das fundações, ou seja, desde a sua

concepção até ao fim da vida útil.

A necessidade de aplicar técnicas de controlo técnico surge como forma de garantir a qualidade do produto

construído e materializa-se com a aplicação controlo da qualidade e do risco de engenharia ao longo das fases

de evolução do projecto. A necessidade de controlo técnico e do risco justifica-se pelo facto dos principais

processos industriais envolverem rotação e choque, bem como pela necessidade de garantir parâmetros de

desempenho e requisitos de funcionamento para o sistema máquina-fundação que se pretende construir. Estes

processos e conceitos visam determinar e garantir a melhor solução para o problema de engenharia,

ponderando os riscos associados na fase de concepção, execução e exploração, assim como o grau de qualidade

que se pretende atingir para os diferentes parâmetros e factores da fundação, da máquina, dos equipamentos

vizinhos, do ambiente e dos trabalhadores.

É fundamental garantir que o projecto e a construção das fundações sejam devidamente controlados, já que as

fundações são as peças principais de transferência de cargas e dissipação de energia. A sua correcta concepção

e execução promove o perfeito funcionamento e a estabilidade dos equipamentos.

Efectivamente, num projecto de fundação para máquinas industriais, a precisão das máquinas é o aspecto final

a garantir. A fundação é o elemento-chave para garantir os parâmetros de estabilidade, eficácia e eficiência dos

equipamentos que funda, a qualidade dos produtos finais e as condições de saúde e higiene dos trabalhadores.

É necessário tomar acções, desde a concepção até à recepção da obra pelo cliente, para assegurar e atestar o

cumprimento dos requisitos mínimos para os quais foi projectada. Aplicando este controlo, surge a

possibilidade de oferecer uma garantia do produto construído, trazendo valor acrescentado e maior retorno

económico para todas as partes interessadas.

A presente dissertação foi desenvolvida em ambiente empresarial, onde o contacto com o mercado revelou que

a indústria metalomecânica tem sofrido pressões de diversas entidades, governos e público em geral, para a

verificação da conformidade com as normas de qualidade, segurança, saúde e protecção ambiental. Estas

políticas levam a que se adoptem e implementem sistemas de gestão e de controlo, que se desenvolvam novas

técnicas, modelos, procedimentos e sistemas específicos que proporcionem uma melhoria da eficiência e do

desempenho.

A indústria metalomecânica portuguesa é reconhecida internacionalmente pela sua elevada qualidade e forte

know-how da mão-de-obra. Em Portugal, existem todo o tipo de fábricas, desde as tecnologicamente mais

avançadas até garagens, onde se fabricam peças de menor valor económico. Ambas têm necessidades e

critérios de produção que diferem entre si, mas partilham o objectivo de garantir a satisfação dos clientes e

produzir com qualidade.

A saúde, higiene e satisfação dos trabalhadores com as condições de trabalho são, cada vez mais, aspectos a

valorizar, fortemente influenciados pelos sistemas estruturais das fábricas. Na União Europeia, a doença

ocupacional mais comum é a perda da acuidade auditiva. Os dados indicam que 20% dos trabalhadores

3

europeus trabalham em locais com excesso de ruído e que cerca de 7% sofre de perda da acuidade auditiva

(Eurostat, 2004). Na sua origem está o excesso de ruído, por transmissão aérea e percussão, no local de

trabalho, consequência das vibrações excessivas dos equipamentos e da má dissipação de energia dos sistemas

de fundação que originam efeitos biológicos nos ocupantes dos edifícios.

O interesse pelo tema nasce da motivação em melhorar a gestão, reduzir os custos da não-qualidade e

potenciar a criação de melhores condições de trabalho, pois só assim podemos produzir riqueza com melhor

qualidade de vida.

1.3 Objectivos da dissertação

Os objectivos da dissertação são vários. O objectivo principal é contribuir para a criação de um modelo de

controlo técnico para fundações em bloco, ou conjuntos de blocos, para máquinas industriais, que abranja

todas as fases do ciclo de vida, seja de fácil entendimento e contribua para melhorar a qualidade e a gestão dos

riscos da engenharia relacionados com este tipo de fundações.

Com o desenvolvimento desta dissertação, pretende-se identificar, definir e salvaguardar os interesses das

diferentes partes interessadas, de forma a gerir e melhorar a partilha do risco associado às diferentes relações,

actividades e decisões, bem como melhorar o desempenho das máquinas, identificar e explicitar os contributos

e benefícios da aplicação das técnicas de controlo técnico, proteger e melhorar o ambiente ocupacional dos

trabalhadores e incentivar a avaliação e a garantia da conformidade.

Pretende-se aumentar o estado do conhecimento sobre o tema, promover a eficácia e eficiência das fábricas, a

qualidade dos produtos da construção, melhorar a gestão e planeamento das obras e organizações com

redução dos custos de manutenção e inactividade das máquinas, dos custos não-qualidade da construção e de

produção, o consumo de energia e o número de avarias.

O presente estudo não pretende proceder a uma análise exaustiva da realidade das fundações para máquinas

industriais sob o ângulo do dimensionamento, mas sim, traçar os aspectos fundamentais e boas práticas

relacionadas com as fundações de máquinas industriais. Pretende oferecer ao leitor um contributo

eminentemente prático sobre os aspectos relacionados com as diferentes fases de projecto e uma acessível

compreensão da problemática e do contributo positivo da aplicação do modelo desenvolvido, pelo seu

conteúdo e forma. Ou seja, pretende-se propor um modelo de controlo que seja de fácil aplicação pelas equipas

responsáveis pela gestão, concepção, execução e supervisão da obra, que alerte para determinadas situações e

pormenores e que apoie a tomada de decisões com um risco conhecido e facilmente interpretável, com o

objectivo de garantir a qualidade do produto que se pretende construir.

Com todo o exposto, os objectivos visam responder às necessidades da cultura industrial e da comunidade em

geral, de forma útil e prática.

4

1.4 Metodologia e organização da dissertação

O estudo sobre o tema envolveu as seguintes actividades, cujos resultados estão descritos nos capítulos de

seguida assinalados:

- Capítulo 2: Pesquisa e revisão de bibliografia sobre o tema, incluindo livros técnicos, catálogos de produto e artigos científicos. Análise dos aspectos normativos aplicáveis, revisão do estado da arte, modelação do problema e determinação das soluções aplicáveis;

- Capítulo 3: Estudo da temática nas suas diferentes fases, identificação dos aspectos comuns e das particularidades deste tipo de obra (equipamentos e materiais). Identificação e análise das motivações das diferentes partes interessadas, concepção do modelo, definição dos atributos, identificação de requisitos, identificação dos riscos e o desenvolvimento do modelo;

- Capítulo 4, 5 e 6: Desenvolvimento dos relatórios relacionados com as diferentes fases do projecto, Diagnóstico, Concepção, Execução e dos aspectos importantes do acto de Recepção da obra de fundações para máquinas industriais. Para cada fase, define-se o problema de engenharia, métodos e técnicas aplicáveis, riscos associados às decisões e factores (mecânicos e biológicos) a preservar. Apresentam-se ainda recomendações, regras de boas práticas para as actividades e operações de controlo, assim como algumas recomendações para mitigar os problemas relacionados com vibrações;

- Capítulo 8: Caso de estudo que envolve a aplicação de uma proposta de modelo de controlo técnico de fundações para máquinas industriais a dois casos e fases distintas, nomeadamente na fase de diagnóstico e execução;

- Capítulo 9: Conclusão da dissertação, incluindo um resumo dos contributos conseguidos com a mesma e uma proposta de desenvolvimentos futuros.

5

2. Revisão dos conhecimentos O presente capítulo apresenta o enquadramento técnico e normativo aplicável às actividades de controlo

técnico de fundações para máquinas industriais (capítulo 2.1), os princípios de projecto (capítulo 2.2), assim

como a descrição e a classificação dos tipos de máquinas industriais (capítulo 2.3), dos tipos de fundações

(capítulo 2.4) e dos sistemas de apoio existentes (capítulo 2.5).

2.1 Principal enquadramento regulamentar, normativo e técnico

A pesquisa pela temática do controlo da qualidade e do risco de engenharia permitiu identificar um conjunto

principal de documentos que serve de suporte ao desenvolvimento da presente dissertação e que se encontram

listados na tabela 1.

Tabela 1 – Normas e documentos aplicáveis no controlo técnico de fundações para máquinas industriais

Referências

Fases

Diag

nóst

ico

Conc

epçã

o

Exec

ução

Rece

pção

Docu

men

tos

regu

lam

enta

res Directiva 2006/42/CE – Directiva do parlamento europeu relativa às

máquinas � �

Portaria 701-H/2008 - Instruções para a elaboração de projectos de obras � �

NP EN 1992:2010 – Eurocódigo 2 – Projecto de estruturas de betão � � �

NP EN 1993-1-8:2010 - Eurocódigo 3 – Projecto de estruturas de aço �

Norm

as in

tern

acio

nais

ISO 10816:2005– Avaliação da vibração da máquina pela medição de partes não rotativas � � �

ISO 2631:1978 – Guia para avaliação da exposição humana a vibrações ao corpo inteiro � �

ISO 1940:2003 – Vibração mecânica – Requisitos para a qualidade do equilíbrio de rotores em estado rígido constante � �

API RP 686:1996 – Práticas recomendadas para a instalação de maquinaria e projecto da instalação � � � �

ACI 351.3R-04 – Fundações para equipamentos dinâmicos � �

ISO 9001:2008 – Requisitos para sistemas da gestão da qualidade � � � �

ISO 13823:2008 – Princípios gerais de durabilidade para projecto de estruturas � � �

ISO 31000:2009 – Gestão do risco � � � �

Livro

s e d

ocum

ento

s téc

nico

s Foundations for industrial machines (Bhatia, 2008) �

Foundation Vibration Isolation Methods (Jain & Soni, 2007) �

Getting the most from your machines and foundations (Goldsbro, 2011) � � �

Machinery grouts – grout properties required and grout evaluation (Goldsbro, 2014) � �

Handbook of Machine Foundations (Srinivasulu & Vaidyanathan, 1976) � � � �

Basic Design Requirements for structures subjected to dynamic actions (Porto, Mendonça & Carvalho, 2012) �

6

Em Portugal, não há nenhuma norma de aplicação obrigatória para a realização de fundações para máquinas

industriais. Contudo, existem eurocódigos estruturais, a Directiva 2006/42/CE para máquinas da União Europeia

e alguns documentos normativos que abordam o tema que constituem um conjunto de referências relacionadas

com máquinas, explicitando os aspectos e requisitos relacionados com todo o tipo de máquinas industriais e o

efeito das vibrações nas estruturas.

A Portaria701-H/2008 define os tipos de obras, o conteúdo obrigatório no projecto de execução de obras e dá

uma série de instruções para a elaboração de projectos de obras.

Os eurocódigos apresentados (Eurocódigo 2 – Projecto de estruturas de betão e Eurocódigo 3 – Projecto de

estruturas de aço) servem de base às verificações de dimensionamento e de pormenores construtivos a aplicar

nos blocos de fundação para máquinas industriais.

A ISO 10816 foca o seu contexto na avaliação das vibrações pela medição dos parâmetros da vibração

(amplitude do deslocamento e aceleração) em determinadas partes não rotativas e descreve o desempenho das

máquinas industriais. Serve de base à análise de vibrações de partes não rotativas e demonstra ser uma boa

ferramenta de diagnóstico. A norma recomenda uma série de medições e configurações para avaliar o estado

de equilíbrio das máquinas e define uma série de procedimentos para adquirir dados fidedignos sobre as

vibrações produzidas.

A ISO 2631 é um guia para a exposição do corpo humano às vibrações, define os factores humanos a preservar,

os factores físicos da vibração para determinar a resposta humana e os seus efeitos biológicos, assim como os

limites de exposição a vibrações.

A norma ISO 1940 refere-se aos requisitos e verificações do equilíbrio para rotores em estado rígido constante,

ou seja, refere-se ao estado de equilíbrio de rotores que accionam os diferentes mecanismos móveis das

máquinas.

A API RP 686 apresenta um documento com práticas recomendadas para a construção, execução e instalação

de maquinaria industrial. Foca aspectos relacionados com a concepção dos sistemas, técnicas construtivas e

materiais, assim como aspectos relacionados com ligações, alinhamento, equilíbrio e a preparação do local para

a recepção dos equipamentos. Este documento serve de principal guia ao modelo desenvolvido. Apresenta

recomendações para o bom desempenho e qualidade para as diferentes actividades de concepção, execução,

instalação, planeamento e fiscalização deste tipo de obras de engenharia.

A norma ACI 351.3R aborda a problemática de fundações para equipamentos sujeitos a carregamentos

dinâmicos. É um documento mais abrangente que os restantes no que toca aos aspectos de concepção,

dimensionamento e construção deste tipo de estruturas. Apresenta os critérios de dimensionamento,

geotécnicos, de vibração e de precisão para o funcionamento das máquinas, assim como as características dos

sistemas de fundação, modelos e métodos de análise.

7

No desenvolvimento da dissertação e do respectivo modelo, assumiu-se como basilar a aplicação de normativas

relacionadas com a implementação da gestão da qualidade e do risco, aplicando os princípios e conceitos, em

especial, as normas ISO 9001 e ISO 31000. A aplicação destes conceitos beneficia as organizações, contudo “as

normas da família ISO 9000 (incluindo, em particular, a norma ISO 10006) contribuem, de facto, para a melhoria

dos procedimentos internos das várias organizações do sector (bem como dos procedimentos internos nos

próprios empreendimentos de construção)” Almeida et al. (2012). Desta forma, os procedimentos e as

actividades são desenvolvidos como mecanismos que demonstram a determinação de uma maior probabilidade

de que os produtos ou serviços possam adquirir características que lhes confiram uma “elevada qualidade”.

Nesta dissertação, procurou-se recorrer a referenciais utilizados por empresas especialistas neste tipo de obra.

A norma ISO 13823 especifica uma série de procedimentos e verificações para as acções que causam

degradação dos materiais e condições ambientais, relacionadas com a durabilidade das estruturas. Os seus

conceitos aplicam-se em todas as fases propostas pelo modelo pela necessidade de garantir que os atributos

relacionados com o desempenho são tidos em conta na definição dos estados de serviço das máquinas.

Os restantes livros e documentos técnicos apresentados na Tabela 1 abordam vários temas relacionados com as

diferentes fases de construção de máquinas industriais, desde a concepção até à instalação dos mais diversos

equipamentos. Estes são alguns exemplos onde se encontram recomendações, pormenores, modelos

estruturais e modelos de cálculo que apoiam o desenvolvimento do modelo proposto nesta dissertação.

Existem outras fontes técnicas que são descritas nos capítulos 3 a 7 do presente documento. Estes capítulos

exploram a aplicação de normas e princípios da qualidade, aliando-os com os conceitos de controlo técnico e

atestação da conformidade durante as fases do ciclo de vida das fundações.

A actividade de controlo técnico insere-se na área da engenharia civil e tem o intuito de verificar, garantir e

atestar a adequabilidade e boa execução dos sistemas construtivos.

No âmbito da presente dissertação, pretende-se desenvolver competências específicas para controlar

tecnicamente as fundações das máquinas industriais e reportar os resultados desse controlo.

2.2 Princípios de projecto para fundações com solicitações dinâmicas

No início do séc. XX, “os projectos de fundações para máquinas industriais eram elaborados apenas recorrendo

a análises estáticas de cargas permanentes com uma parcela estática equivalente a uma carga 3 a 5 vezes a

massa da máquina, vibrando vertical e aleatoriamente” (Nawrotzki, Uzunoglu, & Gunter, 2008). Até aos dias de

hoje, esta regra demonstra bons resultados para o pré-dimensionamento dos sistemas que, posteriormente, é

optimizado recorrendo a análises dinâmicas com modelos computacionais mais desenvolvidos.

O problema das fundações de máquinas é um problema da dinâmica e reside essencialmente na definição da

resposta do sistema às solicitações dinâmicas criadas pelo funcionamento dos diferentes tipos de máquinas. A

resposta do sistema de fundação depende das características geométricas da fundação, do solo, das

características do funcionamento da máquina e dos materiais que se utilizam na formulação da solução de

8

engenharia. Concretamente, o problema da fundação consiste em determinar a resposta aos impulsos, ou seja,

as máquinas transmitem acelerações à estrutura que as suporta e esta responde aos impulsos consoante as

suas características de rigidez, características estas que se pretendem determinar e dimensionar num projecto

de fundações para máquinas industriais.

A determinação da frequência própria dos sistemas é o principal aspecto a considerar no dimensionamento, e

depende da massa, da rigidez e do amortecimento, sendo este último parâmetro proporcional à velocidade. O

principal aspecto físico a reter é que a frequência própria da fundação apresenta uma relação de

proporcionalidade directa com a rigidez do sistema, e de proporcionalidade inversa com a sua massa, criando

problemas de dimensionamento, concepção e construção nos sistemas. Os problemas residem, essencialmente,

na dificuldade de garantir os deslocamentos e as acelerações admissíveis para os sistemas máquina-fundação,

assim como a estabilidade ao longo do seu tempo de vida útil.

Para resolver o problema existem diferentes soluções estruturais que têm o objectivo comum de transmitir

todas as solicitações da máquina para o solo, isolar de interferências vindas do exterior e garantir as condições

ideais de estabilidade, operação e segurança ocupacional.

Como é sabido, os solos têm características diferentes consoante a sua constituição e morfologia. Neste

sentido, nascem diferentes soluções de engenharia para fundar os diferentes tipos de máquinas em diferentes

tipos de solos, com o objectivo de dissipar a energia necessária de forma a minimizar o estado de tensão do

solo.

Por outro lado, é necessário contemplar a fundação como parte integrante da estrutura, onde o ambiente, os

sistemas de apoio, as acções ambientais e o próprio funcionamento da máquina interferem no seu

dimensionamento, constituindo, desta forma, o sistema máquina-fundação.

Os sistemas de fundação transmitem ao solo esforços dinâmicos e estáticos gerados pelo funcionamento e peso

dos equipamentos, assim como os da própria fundação. Os esforços dinâmicos, resultantes do funcionamento

das máquinas, têm um valor absoluto relativamente baixo comparativamente com os esforços estáticos, mas o

seu carácter repetitivo e as frequências das vibrações geradas amplificam esses esforços e deslocamentos –

ressonância, que é a propensão do sistema máquina-fundação oscilar em máxima amplitude para a sua

frequência natural. O funcionamento das máquinas introduz uma força externa, periódica e contínua (força

excitadora) no sistema de fundação que, dependendo da sua frequência, pode gerar vibrações de grande

amplitude e conduzir à ocorrência de ressonância.

Conceptualizando o efeito de ressonância, consideremos o sistema máquina-fundação um oscilador harmónico

simples que armazena energia vibracional, sem perdas por atrito. O efeito de ressonância ocorre quando o

sistema está sujeito a uma força excitadora directamente relacionada com a frequência natural do sistema de

fundação, ou seja, uma força externa resultante do funcionamento da máquina aplicada no momento de maior

energia potencial do sistema. Neste caso, a oscilação produzirá grandes amplitudes, como podemos observar na

Figura 1, o que faz com que o solo ideal de fundação tenha propriedades elásticas para acomodar os

deslocamentos e vibrações. Caso nã

deformação em função dos ciclos de carga

num determinado estado de equilíbrio,

Figura

No sistema real existem perdas de energia

amortecimento é pequeno, a frequência de ressonância do sistema é aproximadamente igual

natural do sistema e esta é a principal questão a

De acordo com (Prakash & Puri, 2006)

independentes. Esta é a forma mais

seguida, explorar as actividades de controlo

diagnóstico, concepção e execução.

Um bloco de betão armado apresenta uma rigi

à excitação introduzida pela máquina, surgem momentos e esforços de desequilíbrio que originam translacções

(Px, Py, Pz) e oscilações (Mx, My, Mz), segundo os eixos ordenados

Figura 2

Máquina

Representação do esquema de fundação

9

ão se verifique in situ as características do solo ideal, ocorre o aumento da

o dos ciclos de carga-descarga, pondo em causa a estabilidade, ou seja, a permanência

eterminado estado de equilíbrio, e o funcionamento da máquina, reduzindo a seguran

Figura 1 - Exemplo do efeito de ressonância

energia, o que designamos por amortecimento. Importa saber que

amortecimento é pequeno, a frequência de ressonância do sistema é aproximadamente igual

natural do sistema e esta é a principal questão a evitar no acto de dimensionamento dos sistema

(Prakash & Puri, 2006), um bloco de fundação pode ser analisado com

mais simples de compreender e resolver o problema

explorar as actividades de controlo da qualidade e do risco de engenharia

betão armado apresenta uma rigidez muito superior à do solo que o sustenta. D

máquina, surgem momentos e esforços de desequilíbrio que originam translacções

segundo os eixos ordenados, como apresentado na Figura 2

2 – Graus de liberdade de um bloco de fundação

Vibração produzida pela máquina

Vibração amplificada do sistema de fundação

sticas do solo ideal, ocorre o aumento da

, ou seja, a permanência

quina, reduzindo a segurança ocupacional.

Importa saber que, quando o

amortecimento é pequeno, a frequência de ressonância do sistema é aproximadamente igual à frequência

sistemas de fundação.

com 6 graus de liberdade

lema das fundações e, de

alidade e do risco de engenharia necessárias para o

superior à do solo que o sustenta. Desta forma, devido

máquina, surgem momentos e esforços de desequilíbrio que originam translacções

Figura 2.

Vibração produzida pela máquina

Vibração amplificada do sistema de fundação

10

O desafio do problema de engenharia é o equilíbrio destes esforços e a verificação dos limites de segurança

para os deslocamentos e vibrações definidos para as máquinas.

2.3 Máquinas industriais

As máquinas industriais podem ser classificadas dependendo do tipo de movimento principal de funcionamento

e da velocidade de operação. Podemos ainda ter em consideração que os diferentes tipos de máquinas geram

forças periódicas distintas.

A ACI 351.3R classifica as máquinas segundo o tipo de movimento principal, distinguindo as classes

apresentadas na Tabela 2:

Tabela 2 - Classificação das máquinas segundo o tipo de movimento (ACI 351.3R)

Movimento Exemplo

Rotativo Turbinas, compressores, ventoinhas, centrifugadoras

Alternativo Compressores, Motores de combustão

Impulsivo Prensas, martelos, guilhotinas, pistões

Outros Trituradoras

A ACI 351.3R também classifica as máquinas segundo a velocidade de funcionamento, distinguindo as seguintes classes representadas na Tabela 3.

Tabela 3 - Classificação das máquinas segundo a velocidade de funcionamento (ACI 351.3R)

Velocidade de funcionamento

< 100 rpm Muito baixa

≥100 e ≤ 1500 rpm Baixa

> 1500 e ≤ 3000 rpm Média

> 3000 rpm Alta

A norma correntemente utilizada para as actividades de medição de vibrações em partes não rotativas de

máquinas é a ISO 10816, onde as suas diferentes partes se referem às diferentes classes de máquinas. Esta

norma foi desenvolvida e substitui a ISO 2372. Na Tabela 4, podemos observar a classificação proposta para

todos os tipos de máquinas industriais, onde as classes se distinguem pela forma de funcionamento, potência e

tipo de ligação.

11

Tabela 4 - Classificação das máquinas (ISO 10816)

Classe Elementos Exemplo Potência

I Partes individuais de motores e máquinas, conectadas com a máquina completa em

condições de funcionamento normal Motores eléctricos < 15 kW

II Máquinas de tamanho médio, motores ou máquinas montadas rigidamente

Motores eléctricos, sem fundações especiais > 15 e ≤75 kW

Motores ou máquinas, com fundações especiais < 300 kW

III Máquinas motrizes grandes e outras máquinas grandes com massas rotativas montadas sobre

fundações rígidas e pesadas Geradores, ventiladores n.d.

IV Máquinas motrizes grandes com massas rotativas montadas sobre fundações flexíveis Turbo-geradores n.d.

O tipo de movimento principal das máquinas reconhece-se pelos impulsos característicos que introduzem nas

estruturas. Os esforços e as reacções definem o tipo de análise ao sistema de fundação. Os movimentos

periódicos diferem dos movimentos alternativos na forma como são accionados os mecanismos das máquinas,

consequentemente, são gerados esforços que diferem na forma e na amplitude, conduzindo a necessidades

específicas de equilíbrio e isolamento.

A avaliação do tipo de movimento da máquina indica, preliminarmente, se o sistema de fundação existente ou

projectado (geometria, massa e forma) é adequado para transmitir os esforços gerados para o solo.

2.4 Fundações para máquinas industriais

A solução de engenharia para a fundação depende de vários factores, nomeadamente do tipo de máquina, das

acções estáticas e dinâmicas geradas pela máquina, dos diversos parâmetros de condicionam o projecto, de

limitações físicas de espaço, de limitações nos deslocamentos e acelerações admissíveis e de requisitos de

segurança. Dependendo dos factores descritos, surgem diferentes tipos de fundação para máquinas industriais

possíveis (ver Figura 3):

- Bloco simples de betão armado: para determinadas máquinas é vantajoso que a fixação seja junto ao chão para minimizar a distância entre o ponto de aplicação dos esforços dinâmicos e o centro de gravidade do sistema máquina-fundação. A aplicação desta solução rígida pressupõe a existência de um solo de fundação coeso e firme, que aguente as solicitações dinâmicas impostas pelo funcionamento da máquina;

- Combinação de blocos: o sistema de combinação de blocos é utilizado para fundar diversas máquinas em conjunto ou diversos componentes das máquinas que estejam espaçados entre si. Aplica-se quando os equipamentos acessórios da máquina têm características ou funcionamento rotativo diferente da máquina principal. Imaginemos uma máquina em funcionamento e ao seu lado um gerador ou um extrator de desperdício. Os diferentes tipos de funcionamento dos equipamentos

12

transmitem esforços diferentes à fundação e propagam-se aos equipamentos vizinhos. Então, surge a necessidade de isolar o meio de propagação e criar soluções independentes com respostas diferentes aos impulsos. Existe a possibilidade de isolar os diferentes blocos de fundações, proporcionando uma melhoria da resposta global do sistema que, consequentemente, permite obter um melhor desempenho para cada uma das máquinas. Esta solução apresenta vantagens ao nível do desempenho do sistema, nomeadamente ao minimizar as vibrações causadas pelos diferentes equipamentos e a probabilidade de ocorrência de situações de amplificação da vibração – Ressonância. Contudo, deve ser avaliada a interacção dos diferentes blocos e as interferências que decorrem do funcionamento das diferentes máquinas ou partes da máquina;

- Blocos de inércia: os blocos de inércia são aplicados em máquinas de menor dimensão, e com maior frequência de funcionamento, comparativamente com os blocos da alínea a) e b) da Figura 3. O objectivo principal desta solução consiste em criar uma maior diferença entre a frequência natural da fundação e a frequência de funcionamento da máquina, de forma a evitar a ocorrência de ressonância no sistema;

- Elevadas: as estruturas elevadas são abordadas para contextualizar a sua aplicação face às soluções alvo de estudo, apesar de não ser objetivo nesta dissertação. São geralmente aplicadas em geradores pela necessidade de efectuar muitas ligações de tubagens e de ter muitos equipamentos acessórios junto das máquinas. Neste caso, opta-se por fazer uma estrutura flexível para suportar a máquina, aproveitar o espaço em seu redor e afastar a fonte de vibração e ruído das zonas de trabalho;

- Elevadas com isoladores: os sistemas isoladores podem ser materiais isolantes, como a borracha ou sistemas de mola e amortecedor. Aplicam-se para minimizar as reacções a carregamentos dinâmicos. A escolha do tipo de isolador depende da frequência natural da fundação e da velocidade de operação da máquina, ou seja, das propriedades dinâmicas do sistema. Caso a fundação não dissipe e propague as vibrações e as acções à estrutura, aplicam-se isoladores para controlar a propagação. Uma máquina tanto pode ser emissora, como receptora de vibração. Consoante as diferentes situações, pode ser mais vantajoso isolar a máquina emissora ou a receptora;

- Sobre molas e amortecedores: os sistemas de apoio onde se aplicam sistemas isoladores especiais, como amortecedores e molas, são geralmente sistemas sensíveis a variações térmicas, sistemas muito pesados ou sistemas móveis. O isolamento com molas reduz os esforços nas ligações, diminuindo o risco de ruptura por fadiga devido aos esforços constantes aplicados pelo funcionamento das máquinas. Esta solução tem a principal função de minimizar a transmissão dos esforços dinâmicos gerados pela máquina aos equipamentos acessórios e à fundação.

Figura 3 - Tipos de

Dos parâmetros condicionantes do projecto

conhecer com rigor as características f

Os valores destes parâmetros de projecto

dinâmicas do sistema, como apresentado na

determinação das características da

carregamentos e ligações externas necessárias,

abastecidos e interferências provenientes

demais aspectos de carácter específico da

Na Tabela 5, encontra-se, resumidamente, a relação entre os tipos de movimento e os tipos de fundação

adequada.

a) Bloco

d) Elevada

Estrutur

a de

suporte

Bloco

13

Tipos de fundação para máquinas industriais (ACI 351.3R)

Dos parâmetros condicionantes do projecto, dos quais depende a escolha do tipo de funda

sticas físicas do solo e do funcionamento da máquina que se pretende

Os valores destes parâmetros de projecto constituem a primeira abordagem para a avalia

apresentado na Tabela 5. De seguida, o desenvolvimento do projecto consiste na

determinação das características da velocidade rotativa, das particularidades do projecto

as necessárias, temperaturas de funcionamento dos componentes

provenientes do exterior e das máquinas vizinhas, caso existam,

pectos de carácter específico da máquina, para determinar o tipo de fundação adequada

se, resumidamente, a relação entre os tipos de movimento e os tipos de fundação

b) Combinação de blocos c) Bloco de in

e) Elevada com isoladores f) Sobre molas e amortecedores

Isolador

Blocos

Bloco de inércia

fundação para máquinas industriais (ACI 351.3R)

escolha do tipo de fundação, importa

quina que se pretende fundar.

avaliação das características

o desenvolvimento do projecto consiste na

as particularidades do projecto, tais como, os

temperaturas de funcionamento dos componentes, fluidos

, caso existam, assim como os

o adequada.

se, resumidamente, a relação entre os tipos de movimento e os tipos de fundação

Bloco de inércia

Sobre molas e amortecedores

Sistemas de

isolamento

Estrutura de suporte

Tabela 5 - Tipos de fundação adequadas face às características do movimento (ACI 351.3R)

Tipo de Movimento

Movimento principal

Periódico

Rotação uniforme

Rotação uniforme + movimento rectilíneo

Não-Periódico Impulsivo + choqueImpactos

As Figuras 6 e 7 ilustram o modelo

isoladores consoante a origem da vibração.

ilustrados no mesmo sistema, ou seja, pode ser necessário isolar a máquina do bloco de fundação e este, da

estrutura de suporte. Esta técnica adopt

sistemas ou máquinas sensíveis. O objectivo é limitar os deslocamentos e as acelerações sentidas

pela máquina durante o período de funcionamento.

A revitalização dos sistemas construídos

relacionados com máquinas industriais.

Quando se opta pela revitalização dos sistemas, a

fundação fica limitada ao reforço da estrutura e à

Ou seja, partimos de uma solução com

Figura 4 - Esquema de isolamento para vibrações criadas pelas máquinas

14

Tipos de fundação adequadas face às características do movimento (ACI 351.3R)

Tipo de máquina Frequência de funcionamento

Rotação uniforme

Máquinas rotativas: Geradores, motores eléctricos, turbinas,

Máquinas-ferramenta

>1000 rpm

Rotação uniforme + Máquinas

alternativas: Motores de explosão

Compressores a pistão

0 – 500 rpm

300 – 1000 rpm

choque Máquinas impulsivas: Martelos-pilão

Martelos de forja Qualquer

ilustram o modelo das acções, a transmissão de esforços e o local de aplicação dos sistemas

isoladores consoante a origem da vibração. Salvaguarda-se o facto de poderem ser aplicados ambos os sistemas

ilustrados no mesmo sistema, ou seja, pode ser necessário isolar a máquina do bloco de fundação e este, da

estrutura de suporte. Esta técnica adopta-se quando se pretende um elevado controlo das vibrações em

objectivo é limitar os deslocamentos e as acelerações sentidas

durante o período de funcionamento.

construídos pode ser uma solução válida para a resolução dos problemas

nados com máquinas industriais.

Quando se opta pela revitalização dos sistemas, a resolução do problema e a optimização do sistema máquina

o da estrutura e à aplicação de tecnologias de fixação e isolamento

partimos de uma solução com propriedades e características definidas apriori

Esquema de isolamento para vibrações criadas pelas máquinas

Figura 5 - Esquema de isolamento para vibrações vindas do exterior

Tipos de fundação adequadas face às características do movimento (ACI 351.3R)

Tipo de fundação adequada

Pórticos Blocos maciços + base

de apoio Blocos maciços +

isoladores

Blocos maciços + base de apoio

Blocos com isoladores

Blocos maciços ou vazados +

amortecedores

das acções, a transmissão de esforços e o local de aplicação dos sistemas

se o facto de poderem ser aplicados ambos os sistemas

ilustrados no mesmo sistema, ou seja, pode ser necessário isolar a máquina do bloco de fundação e este, da

se quando se pretende um elevado controlo das vibrações em

objectivo é limitar os deslocamentos e as acelerações sentidas e propagadas

pode ser uma solução válida para a resolução dos problemas

optimização do sistema máquina-

tecnologias de fixação e isolamento da máquina.

e essencialmente com

Esquema de isolamento para vibrações vindas do exterior

15

capacidade apenas para fazer variar as acções e o isolamento da máquina. No caso da execução de um sistema

novo, existe a liberdade para testar diferentes soluções, com diferentes condições estáticas, de fronteira e

dinâmicas, conduzindo a uma solução, naturalmente, optimizada.

A decisão pela revitalização pressupõe o bom estado de conservação e a integridade do bloco de fundação,

assim como a adequabilidade do sistema às solicitações criadas pelas máquinas. Quando não é possível verificar

estes requisitos, a solução reside na demolição e reconstrução da fundação, procedendo à concepção de um

novo sistema máquina-fundação adaptado ao problema.

2.5 Sistemas de apoio

Os sistemas de apoio são os elementos responsáveis pelo suporte da máquina e/ou pelo bloco de fundação.

Estes existem e servem para transmitir as cargas da máquina para o bloco de fundação, ou do bloco para a

estrutura de suporte ou solo. Existem sistemas simplesmente de suporte e outros com características de

amortecimento ou reacções activas, como o caso de alguns sistemas pneumáticos. Consoante o tipo e a função

que se pretende para os apoios da máquina ou para os blocos de fundação, podemos distinguir os seguintes

sistemas, como apresenta a Tabela 6.

Tabela 6 - Sistemas de apoio para máquinas e blocos de fundação

Sistemas de apoio

Rígidos Fixos

Ajustáveis

Flexíveis

Isoladores

Amortecedores e Molas

Pneumáticos

Existem vários fabricantes para os sistemas de apoio. O sistema de apoio adequado deve ser aconselhado pelo

fabricante das máquinas, contudo pode existir a necessidade de aplicar um sistema de apoio diferente do

recomendado devido às condições no local ou requisitos de precisão impostos pelo dono de obra.

Recomenda-se a realização de um projecto de isolamento e a sua análise, devido à elevada especificidade e

potencial efeito positivo na optimização da resposta do sistema máquina-fundação. Os sistemas de apoio têm

diversas formas e configurações possíveis, assim como determinadas funções objectivas, consequentemente

uma influência muito grande no desempenho da solução adoptada.

17

3. Modelo de controlo da qualidade e do risco de engenharia No presente capítulo, apresenta-se o enquadramento do modelo (capítulo 3.1), os princípios que o definem

(capítulo 3.2), a quem se destina (capítulo 3.3), a estrutura do modelo (capítulo 3.4) e a forma de

implementação (capítulo 3.5).

3.1 Enquadramento do modelo

Em contexto empresarial, nem todos os fabricantes de máquinas facultam projectos de fundação para as suas

máquinas, transferindo para os clientes a responsabilidade de conceber uma solução e executá-la tendo em

conta questões técnicas complexas. Nos casos em que os fabricantes fornecem projecto de fundações, colocam-

se muitas vezes questões quanto à exequibilidade no local, sendo regularmente necessário proceder a

alterações ou até aplicar soluções diferentes da solução proposta pelo fabricante. Essas alterações e decisões

implicam a necessidade de controlo e aprovação pelas diferentes partes interessadas e uma apreciação do risco

de engenharia associado, o que também raramente acontece.

Desta forma, as operações de controlo técnico, na fase de diagnóstico, concepção, execução e recepção da obra

vão incidir sobre aspectos que possam atestar a adequabilidade da fundação à utilização e função pretendida,

assim como aferir o risco de engenharia associado ao desempenho da máquina industrial.

Nas actividades de controlo técnico, inserem-se todas as operações de acompanhamento e fiscalização da obra,

verificação do planeamento da obra, auditorias e controlo da qualidade e do risco, para a construção de

fundações para máquinas industriais. O âmbito da aplicação de controlo técnico pretende gerir, controlar

incertezas, erros e omissões que possam surgir durante as diferentes fases de construção e, por outro lado,

promover a qualidade demonstrável da instalação, (Almeida, 2011).

Assim, sugere-se que um modelo, que organize a implementação das actividades de controlo técnico, pode

representar uma redução de custos associados à operação e manutenção durante o tempo de vida útil deste

tipo de máquinas, reduzindo avarias e desgastes nos componentes, entre outros aspectos relevantes

relacionados com os equipamentos. Considera-se que este modelo pode apresentar um contributo positivo

para diversas industrias que dependem do uso intensivo de máquinas.

O modelo deverá proporcionar a aquisição de informação e a tomada de decisões quanto ao risco técnico

relacionado com os sistemas máquina-fundação. Este modelo deverá promover também a adopção de boas

práticas e a tomada de medidas correctivas eventualmente necessárias para assegurar os objectivos dos

sistemas máquina-fundação.

3.2 Princípios do modelo

De seguida, apresenta-se os princípios fundamentais do modelo: melhoria da qualidade, melhoria do

desempenho e gestão do risco técnico das fundações para máquinas industriais.

18

Melhoria da Qualidade

A procura pela melhoria da qualidade deu origem a inovações e soluções de engenharia que pretendem

satisfazer os elevados requisitos das economias de consumo, as expectativas e os requisitos de qualidade e, ao

mesmo tempo, aumentar a competitividade nos mercados com sustentabilidade, de forma a rentabilizar os

investimentos e gerar lucro.

Para a atingir a melhoria da qualidade, as diferentes áreas da construção, mecânica e gestão trabalham em

sinergia com o objectivo de rentabilizar e optimizar os processos de produção, cumprir os padrões de qualidade

exigidos, conciliando os interesses de todas as partes e satisfação dos clientes. A melhoria da qualidade

pressupõe a análise do conhecimento actual para poderem ser tomadas acções de forma constante no tempo.

Este princípio é definido pela melhoria contínua da qualidade que, nos dias de hoje, é um conceito intrínseco

nos sistemas de gestão aplicados na indústria.

Os procedimentos de gestão estratégica desenvolvidos são definidos pelo princípio da melhoria contínua da

qualidade e visam melhorar a qualidade da gestão, do projecto e dos produtos finais, através da constante

monitorização dos processos de forma a sustentar e melhorar as tomadas de decisão. Esta estratégia permite

que quem aplique o modelo seja capaz de identificar o risco técnico associado e de tomar decisões num curto

período de tempo sobre qualquer aspecto técnico, durante os diferentes processos construtivos, comunicativos

e de gestão relacionados com as fundações para máquinas industriais.

Melhoria do desempenho

A elevada eficiência que se pretende atingir nos centros de produção depende não só do bom funcionamento

dos equipamentos, mas, particularmente, da perfeita articulação entre os sistemas.

Uma máquina pode ser ao mesmo tempo fonte e receptor de vibração. As situações de interferência têm

consequências negativas no desempenho dos sistemas máquina-fundação e faz parte das funções da

engenharia civil e da mecânica criar estruturas e sistemas de apoio que previnam o aparecimento e a

propagação das vibrações geradas. Uma fundação adequada e bem projectada tem que criar e manter as

condições de estabilidade, transmitir ao solo os esforços e vibrações sem afectar o ambiente em seu redor,

sendo estes os argumentos do desafio neste tipo de obra.

Do ponto de vista geral da engenharia civil, o projecto da fábrica, a definição do layout e o projecto de fundação

são os aspectos mais importantes para a garantia do desempenho das máquinas. Por outro lado, o perfeito

funcionamento mecânico dos equipamentos e a sua manutenção são outras questões de extrema importância,

da responsabilidade das disciplinas da engenharia mecânica e engenharia de manutenção, dos quais depende a

forma do suporte e fundação.

Desta forma, identifica-se a necessidade de aplicar técnicas e ferramentas de controlo técnico nos aspectos que

afectem directamente o desempenho dos equipamentos, a segurança, a utilização, a durabilidade e a eficiência

dos sistemas máquina-fundação.

19

Gestão do risco técnico

As actividades de controlo foram desenvolvidas para identificar, alertar, analisar e mitigar os perigos e riscos

associados às actividades de concepção e execução dos projectos de fundações para máquinas industriais.

Pretende-se promover a concepção e execução dos projectos com risco conhecido e aceitável, resolver os riscos

na origem, adaptar a solução o mais possível ao problema de engenharia, apresentando considerações e

recomendações para a utilização de materiais, aplicação de técnicas e configurações que apresentem menores

perigos e riscos técnicos de engenharia, dando prioridade à protecção colectiva. quadas

Os perigos entendem-se como todas as situações potencialmente danosas para os bens materiais, a segurança e

a saúde dos trabalhadores.

Os riscos de engenharia são todos os riscos associados às obras civis e à instalação e montagem de máquinas.

Quando se refere o risco técnico, entende-se como o efeito das incertezas técnicas associadas à ocorrência de

danos ou ao não cumprimento dos objectivos definidos em projecto, sejam eles relativos ao planeamento,

gestão de obra, ou outros. As actividades de controlo desenvolvidas pretendem servir de base a uma gestão

eficaz dos riscos directa ou indirectamente relacionados com a boa execução do projecto ou que afectem a

integridade física dos trabalhadores – saúde e segurança.

A definição do risco técnico implica assumir critérios de avaliação e factores de agravamento que determinem

as consequências nos atributos das fundações para máquinas e organizam-se em duas áreas funcionais:

– Critérios associados ao ambiente em que se insere a estrutura, nomeadamente ruídos, vibrações, ambiente

térmico, poeiras e reactividade química dos materiais;

– Critérios operacionais onde constam todas as situações que podem dar origem a danos materiais, acidentes e

lesões e que promovam a facilidade da instalação das máquinas;

Como dito por Almeida (2011), os critérios devem ser desenvolvidos e refinados progressivamente ao longo da

aplicação do controlo técnico. São critérios empíricos, optimizados à medida que se adquire experiência e

prática com a implementação das actividades de avaliação, controlo e tratamento do risco técnico, podendo ser

alterados e refinados ao longo do tempo. São “baseados em normas e regulamentos técnicos ou em resultados

de análises do risco mais ou menos complexas, em opiniões periciais ou em comparações com as “melhores

práticas””.

Os factores de risco associados às fundações de máquinas podem ter diferentes origens. As actividades

presentes resultam de uma análise dos riscos de origem física, química e ergonómica, assim como dos riscos

associados a circulação de pessoas e máquinas, utilização e manuseamento de materiais e químicos e dos riscos

que afectem as condições e a gestão do projecto e execução de fundação.

Com a aplicação dos relatórios, é possível avaliar o risco nas suas diferentes fases, transmitindo com clareza a

prioridade de intervenção com base na avaliação da exposição aos riscos, seguindo os critérios de agravamento

20

definidos e apoiar decisões para agir em conformidade com a resolução dos riscos. Salienta-se que não existem

referências definitivas para avaliar os riscos e os factores de agravamento.

3.3 Destinatários do modelo

Os destinatários do presente modelo são todas as partes interessadas no sucesso da construção e utilização dos

sistemas de fundações para máquinas industriais construídos. Na tabela 9, apresenta-se as diferentes partes

interessadas, as preocupações e os seus objectivos na construção deste tipo de soluções de engenharia.

Tabela 7 - Partes interessadas e as suas preocupações

Partes interessadas Preocupações/Objectivos

Autoridades e Entidades Oficiais que regulam,

licenciam, imitem pareceres

Integração de todas as componentes para a melhoria da qualidade de: - Produtos - Serviços - Sistemas da qualidade - Qualificação - Aspectos legais e aplicação de normas

Dono de obra

- Melhor desempenho dos equipamentos - Melhoria da qualidade dos produtos finais - Menores custos de manutenção - Partilha do risco - Cobertura de riscos - Melhoria do ambiente ocupacional e adaptação às necessidades

Entidades financeiras - Cumprimento dos prazos e do planeamento - Retorno económico

Empreiteiros

- Qualidade da obra garantida por uma entidade independente - Planeamento - Custo - Garantia

Entidades de Fiscalização, Acreditação, Organismos de

Controlo Técnico

- Integração de todas as componentes para a melhoria da qualidade de:

- Produtos - Serviços - Sistemas da qualidade - Qualificação

Seguradoras

- Atribuição de responsabilidades - Gestão do risco - Gestão do tempo - Garantia da qualidade no caso de seguros associados aos

produtos fabricados - Garantia da eficácia no caso de seguros associados aos

equipamentos e manutenção

Com a aplicação do modelo, pretende-se diminuir as preocupações, alcançar os objectivos com um nível de

risco conhecido e contribuir para a resolução de problemas inerentes à má execução das fundações com clara

definição de responsabilidades dos diferentes intervenientes.

21

A salvaguarda do risco técnico é um aspecto relevante para a partilha dos riscos e responsabilidades. Estamos

na presença de sistemas onde a interacção de diferentes produtos da mecânica e da construção trabalham em

conjunto, fundando equipamentos valiosos que têm que cumprir requisitos de funcionamento exigentes. Desta

forma, aplica-se controlo técnico na execução das fundações com o objectivo de que o rendimento máximo do

sistema seja limitado pela máquina em si e não pela fundação. Este é um aspecto muito importante para todas

as partes intervenientes, em especial para as seguradoras, pois a “macro definição das responsabilidades é

claramente definida pela identificação das limitações do sistema” (Almeida, 2011).

Perante as seguradoras, as várias partes interessadas sentem necessidade de garantir e assegurar que, em caso

de falha ou algum acontecimento sair fora do planeamento, as anomalias e danos sejam identificados

precocemente e resolvidos rapidamente, sem provocar consequências económicas, nem perda de confiança dos

parceiros.

Para o sector da construção existem apólices de seguros que protegem uma série de riscos, incluindo seguros

associados à actividade de controlo técnico. Contudo, a contratação da actividade de controlo técnico é uma

decisão voluntária do dono de obra, nem sempre devidamente valorizada. Como consequência, ocorrem muitas

vezes falhas e problemas sem atribuição de responsabilidades, graves despesas económicas não planeadas e

negócios que se perdem por não se apostar na manutenção dos atributos dos sistemas. O modelo proposto

destaca assim as diferentes partes interessadas e facilita a atribuição de responsabilidades no caso de

ocorrerem não-conformidades, problemas ou danos consequentes da má execução dos trabalhos.

O modelo poderá ser utilizado para controlo interno das organizações e sempre que se valorize a sua

implementação, por:

- Entidades externas aos diversos intervenientes na concepção, construção e exploração das fundações

de máquinas industriais com o objectivo de certificar ou atestar a conformidade do projecto ou dos

seus elementos constituintes;

- Entidades legais, financeiras ou seguradoras, sempre que se pretenda esclarecer as responsabilidades

dos intervenientes acima mencionados.

3.4 Estrutura do modelo

O modelo de controlo técnico das fundações de máquinas industriais consubstancia-se num conjunto de

relatórios que dão orientações para a definição do grau de risco técnico associado ao subsistema, tendo em

conta os aspectos abordados nas fases de diagnóstico, concepção e execução (ver Tabela 8).

A simplicidade do modelo exige, da parte de quem aplica e executa, experiência e elevada competência técnica.

22

Tabela 8 - Estrutura do modelo Estrutura do modelo de controlo da qualidade e do risco de engenharia de fundações para

máquinas industriais

Aspectos abordados

Fases Diagnóstico

Capítulo 4 Anexo I

Concepção Capítulo 5 Anexo II

Execução Capítulo 6 Anexo III

Entrega da obra Capítulo 7 Anexo IV

Revisão do projecto � � � Aspectos gerais � � �

Inspecções � � Carregamentos e

solicitações �

Estados limite � Melhoramento de solos � �

Pormenores construtivos � �

Materiais � � � Medições � �

Trabalhos prévios � Ensaios � � �

Entrega da obra �

Para a fase de diagnóstico, o relatório correspondente apresenta e compila uma série de verificações e

actividades de controlo técnico para a análise e avaliação do sistema, das condicionantes no local, do estado

dos diversos elementos. O relatório produzido nesta fase indica o estado o sistema e permite atribuir um grau

de risco técnico para o desenvolvimento do projecto servindo de base às fases seguintes de concepção e

execução.

A fase de concepção compreende a identificação e análise do risco associado às considerações de projecto

assumidas, aos dados base, modelos de cálculo utilizados e das soluções de engenharia escolhidas para a

resolução do problema. No relatório que consta do Anexo II – Relatório de Concepção, sugerem-se várias

actividades e verificações que permitem garantir que a solução é adequada, que verifica as boas práticas

relativas a este tipo de projectos e que permitem averiguar o risco técnico associado a não-conformidades

encontradas de acordo com o desenvolvido na presente dissertação.

Na fase de execução, as actividades de controlo técnico focam-se na boa e correcta execução física dos

sistemas, com o objectivo de assegurar os requisitos especificados nas fases anteriores do projecto, no

cumprimento do projecto e dos regulamentos e normativas de aplicação obrigatória ou voluntária e nas

recomendações e boas práticas específicas para este tipo de obra para mitigar os riscos associados.

Paralelamente à utilização dos relatórios, nos capítulos 4, 5 e 6, constam diversas soluções correntes, as razões

técnicas explicativas e as consequências associadas à mitigação dos riscos, assim como as recomendações

referentes às operações e verificações que constam nos relatórios. Nos relatórios produzidos, as verificações

23

propostas são mais detalhadas e mais abrangentes, sendo que o descrito na tese fornece as ferramentas e

alerta para os pontos críticos relacionados com os diversos aspectos em análise.

Seguidamente, apresenta-se os riscos de engenharia considerados no desenvolvimento do modelo. As

actividades de controlo propostas visam garantir a mitigação e normalização dos riscos associados aos:

- Riscos convencionais:

− Acidentes consequência de erros de projecto, imprecisão e negligência da mão de obra e má

escolha dos materiais;

- Riscos inerentes à execução do projecto:

− Falhas e erros de pormenorização;

− Danos e anomalias por insuficiência estrutural;

− Danos materiais nas instalações, máquinas e equipamentos auxiliares;

− Ocorrência de ressonância;

− Vibrações excessivas;

− Layout e configurações desadequadas às condições de trabalho, operações de instalação,

funcionamento e manutenção;

− Acidentes resultantes da movimentação de máquinas, cargas e pessoas;

− Trabalhos extraordinários;

- Riscos económicos:

− Perdas e danos económicos decorrentes de avarias, manutenção complexa, redução da

eficácia e eficiência das máquinas.

Os critérios de avaliação focam-se na determinação e constatação de ocorrências que expõem os elementos

alvo de controlo aos riscos. Para as diferentes fases a que se destina o presente modelo destacam-se as

seguintes orientações:

- Erros grosseiros e omissões: erros no projecto (incumprimento das normativas, erros de cálculo e

contradições entre os diferentes documentos de projecto) e na construção (incumprimento do

projecto); �

- Condições ambientais: proximidade de zonas que oferecem perigos, ambientes quimicamente

agressivos para o betão e terrenos contaminados; �

- Solo de fundação: terrenos com capacidade resistente reduzida, existência de níveis freáticos,

inclinações elevadas e características estruturais insuficientes;

- Existências contíguas ou próximas: proximidade de obras e redes subterrâneas, existência de obras ou

máquinas na vizinhança que possam induzir impulsos significativos, existência de taludes ou

escavações significativas, redes enterradas e elementos estruturais; - Pré-existências: zonas sobre as quais não se pode intervir, antigas ou com valor histórico, existência de

danos, falta de informações ou incertezas;

24

- Soluções técnicas e materiais não tradicionais: inadequabilidade de soluções e materiais sem

enquadramento normativo ou com comportamento desconhecido. �

Na Tabela 9, resumem-se os principais aspectos para definição do risco técnico nas diferentes fases.

Tabela 9 – Critérios de definição do risco técnico para as diferentes fases de projecto Erros grosseiros e

omissões Condições ambientais

Solo de fundação Existências Pré-

existências Solução técnica

Diagnóstico � � � � �

Concepção � � � � � �

Execução � � � � � �

A atribuição de um grau de agravamento do risco técnico faz-se avaliando a exposição, dos elementos alvo de

controlo, ao risco podendo ser classificado em 3 classes de agravamento:

− Normal: todos os riscos consideráveis aceitáveis ou que estamos dispostos a assumir;

− Agravado: situações de exposição agravada ao risco de fácil resolução no curto prazo;

− Muito agravado: situações de exposição muito agravada que impliquem alterações de projecto ou

alterações construtivas à solução adoptada e/ou que não garantam o desempenho, durabilidade e

utilização do sistema.

Generalizadamente, o tratamento dos riscos técnicos inerentes podem incluir medidas, tais como “a

modificação de valores das acções, estáticas ou dinâmicas e de outros dados ou hipóteses de base do projecto, a

avaliação e reavaliação do grau do risco técnico inerente, a reformulação parcial ou total do projecto, a

imposição de limitações ou a reprogramação do tipo de ocupação ou da missão a que se destina o sistema e/ou

outras que satisfaçam as partes interessadas na partilha do risco técnico inerente”, (Almeida, 2011).

Na Tabela 10, estão indicados os critérios gerais e meramente indicativos para as diferentes classes de

agravamento dos riscos técnicos apresentados anteriormente. Os critérios de agravamento quantificam as

variações do grau de risco técnico associado e, consequentemente, o risco global associado aos atributos do

sistema.

25

Tabela 10 – Critérios para os factores de agravamento do grau de risco técnico Critérios gerais e indicativos para o agravamento dos riscos

Normal Agravado Muito agravado - Relatório geotécnico

elaborado por uma empresa distinta das diferentes especialidades

- Controlo técnico aplicado por entidades acr editadas e certificadas

- Execução da fundação sobre terrenos sem aterros ou solos melhorados

- Ausência de nível freático - Ausência de condicionalismos - Utilização de materiais

abrangidos por regulamentos e normas técnicas

- Riscos não incluídos nas restantes classes

- Má definição das peças desenhadas

- Desrespeito pelas recomendações do projecto geotécnico

- Execução de técnicas de melhoramento de solos

- Utilização de materiais e técnicas não tradicionais ou desconhecidos

- Utilização de sistemas inovadores

- Execução sobre estruturas pré-existentes

- Modificações ao projeto - Incertezas face à resistência

do betão - Baixa ductilidade dos

elementos - Vãos grandes entre suportes

das máquinas - Utilização de grouts sem

características anti-retráteis - Ausência de estudo sobre as

acções térmicas e reológicas - Presença de solos com

características expansivas - Não cumprimento dos limites

para parâmetros físicos

- Situações agravadas que impliquem a paragem dos trabalhos

- Não verificação dos requisitos - Incumprimento do projecto - Desrespeito pelo projecto

geotécnico - Incumprimento de

regulamentos ou normas obrigatórias

- Falta ou insuficiência de documentação

- Execução de trabalhos por entidades não acreditadas ou pessoal não qualificado

- Terrenos com risco de deslizamento ou nível freático elevado

- Erros de cálculo - Assentamentos elevados - Incorrecta instalação de

sistemas - Diferentes tipologias de

fundação e sistemas de apoio para o mesmo bloco

- Inexistência de juntas de dilatação

- Inadequabilidade de materiais - Não cumprimento dos limites

para parâmetros físicos de forma agravada

3.5 Implementação do modelo

A implementação prática do modelo depende da cultura de boas práticas na execução deste tipo de sistemas e

de uma ferramenta sucinta que auxilie a implementação efectiva dessas boas práticas nos processos de

concepção, construção e exploração das fundações de maquinas industriais. É neste sentido que se apresenta

este modelo, que deve ser aplicado por especialistas conhecedores dos conceitos e aspectos técnicos

relacionados com fundações de máquinas industriais. Pode ser aplicado por parte do dono de obra, equipas de

fiscalização ou auditoria e quaisquer outras partes interessadas na construção que pretendam garantir que

todos os requisitos do projecto são verificados e que não é descurado nenhum aspecto básico relacionado com

os atributos das fundações para máquinas industriais.

A aplicação do modelo permite avaliar os riscos de engenharia associados às fundações para máquinas

industriais e recomenda uma série de verificações com o objectivo de promover a melhoria e a manutenção dos

26

atributos, das máquinas e dos sistemas de fundação, que visam garantir a boa concepção e execução dos

projectos.

As actividades propostas devem ser executadas desde o início da concepção até à recepção da obra pelo cliente,

sempre com o objectivo de promover a conformidade, com a melhor solução possível, de assistir o processo de

planeamento, de escolha dos materiais, de ferramentas e equipamentos, assim como a integração do sistema

com os factores humanos.

O modelo compila uma série de informação específica e pretende ser um auxílio para as diferentes partes

interessadas compreenderem e constatarem sobre o produto construído com uma certeza acrescida.

Os relatórios, em anexo, pretendem criar um suporte às equipas intervenientes e pretendem ser uma

ferramenta de controlo e auditoria para obter dados fidedignos que suportem as tomadas de decisão, de modo

a promover o desempenho das máquinas e a verificação dos atributos definidos.

O risco define-se por comparação, com base na experiência de situações idênticas por parte de quem aplica o

modelo, e por ponderação das consequências das decisões tomadas relativas à solução de engenharia adoptada

ou técnicas aplicadas na construção das fundações. Desta forma, podemos determinar o grau de risco técnico

associado às actividades e verificações propostas, que constam dos relatórios, e, baseado nisso, proceder a

alterações e acções correctivas que visem a mitigação dos riscos e a verificação da conformidade, sem risco ou

com risco reduzido conhecido, dos aspectos e elementos sujeitos a avaliação.

A definição dos critérios de risco técnico engloba as actividades de identificação, análise, avaliação e tratamento

dos riscos associados às actividades de diagnóstico, concepção e execução dos sistemas de fundação que

afectem directamente os atributos do sistema. A identificação do risco técnico de uma determinada estrutura,

sistema ou actividade faz-se identificando os parâmetros técnicos que interferem directamente nos atributos do

sistema que se pretendem valorizar: segurança, utilização e durabilidade.

Os critérios e os resultados do modelo devem ser constantemente analisados e interpretados, de forma

iterativa, até à conclusão de todos os elementos que constam nos relatórios e ser atingido o grau de qualidade e

do risco da engenharia programado.

27

4. Diagnóstico de fundações para máquinas industriais A avaliação do estado de sistemas existentes é a primeira actividade a ser aplicada no processo de revitalização

de máquinas industriais, caso se aplique, e pressupõe a aplicação de actividades que avaliem a estrutura e os

seus componentes. A revitalização do sistema prende-se com a modificação ou reforço do sistema com vista a

aumentar o estado de desempenho do sistema existente. Caso se verifique que a solução não é adequada ou os

custos de revitalização demasiado elevados, deve ser ponderada a demolição dos elementos existentes e

reconstruir um novo sistema adequado ao objectivo que se pretende. A decisão sobre este aspecto, e sobre o

caminho a tomar, baseia-se nos resultados da fase de diagnóstico, onde se procede à avaliação dos aspectos

inerentes ao sistema construído e se compara com os objectivos do problema que se pretende resolver.

No início da fase de diagnóstico, adquirem-se os dados e informação técnica relacionada com o sistema

recorrendo ao relatório que consta do Anexo I – Relatório de Diagnóstico. Os resultados, gerados nesta fase da

aplicação de controlo técnico, constituem os dados de base para a fase de concepção da solução de engenharia

para a fundação.

A fase de diagnóstico engloba as actividades de revisão do projecto (capítulo 4.1) e inspecções para avaliar o

estado e o desempenho do sistema construído (capítulo 4.2).

A revisão do projecto tenta compreender como foi estruturada e dimensionada a fundação e se certos

requisitos foram cumpridos. Os dados são adquiridos na documentação técnica existente sobre o sistema

máquina-fundação.

As inspecções constituem actividades de inspecção visual e ensaios, completando e confirmando a informação

obtida na revisão do projecto.

Todos os sistemas de fundação que se pretendam reabilitar, verificar a adequabilidade ou reparar devem ser

alvo de avaliação técnica e todas as actividades de diagnóstico devem ser alvo de controlo técnico. Como foi

dito anteriormente, em muitos casos, a sua aplicação é imposta por autoridades, seguradoras ou pelo dono de

obra.

4.1 Revisão do projecto

A actividade de revisão do projecto na fase de diagnóstico resume-se à revisão do projecto existente. O

empreiteiro tem a responsabilidade de adquirir toda a informação existente sobre a máquina e a fundação,

assim como, consultar o fabricante dos equipamentos quando inicia a fase de diagnóstico da fundação.

Nos subcapítulos seguintes, desenvolvem-se os elementos a que se destinam as operações de controlo na fase

de diagnóstico. No relatório que consta no Anexo I – Relatório de Diagnóstico, encontram-se definidas as

verificações de controlo técnico propostas.

28

4.1.1 Elementos disponíveis

Os seguintes elementos devem ser fornecidos pelo dono de obra:

- Estudo geotécnico;

- Hipóteses de cálculo;

- Memória de cálculo;

- Peças desenhadas;

- Pormenores construtivos;

- Projecto de Instalações;

- Manuais de instalação, utilização e manutenção da máquina.

A existência destes documentos proporciona o fácil entendimento do sistema construído e serve de base à

avaliação do desempenho do sistema.

Importa conhecer todas as peças escritas ou desenhadas relativas ao sistema de fundação, máquina e ambiente

em que estes se inserem. Os documentos e informação adquirida com as peças existentes constituem o ponto

de partida para as operações de diagnóstico e análise do sistema para a concepção da solução de revitalização.

4.1.2 Elementos construtivos

No Anexo I - Relatório de Diagnóstico, são sugeridas verificações para caracterização dos elementos

construtivos existentes. As verificações permitem identificar falhas ou anomalias correntes e, da mesma forma,

avaliar a sua boa execução e as técnicas aplicadas.

Pretende-se identificar os constituintes estruturais e as técnicas construtivas principais, tais como, elementos

pré-fabricados, pré-existentes, juntas de dilatação, estruturas metálicas e sistemas de isolamento pertencentes

ao sistema máquina-fundação. A constatação sobre o estado de conservação ou características dos elementos

construtivos deve ser feita por atribuição de um grau de risco técnico por comparação com as melhores práticas

ou recomendações adequadas para a boa execução e desempenho do sistema máquina-fundação.

4.1.3 Revisão conceptual

A revisão conceptual do sistema é o acto de rever e compreender a filosofia do projecto, do ponto de vista do

conceito, adequabilidade e desempenho.

No relatório, é verificado se o projecto foi elaborado de acordo com normativas obrigatórias, recomendadas e

boas práticas, se existiu a participação do fabricante na sua execução e se se cumprem as principais regras de

dimensionamento aplicáveis.

As partes interessadas têm a responsabilidade de conhecer e aplicar as normativas específicas para este tipo de

construção. Caso existam situações de excepção, as partes interessadas devem tomar conhecimento, dar o seu

29

parecer e devem requerer a opinião de um especialista sobre o assunto para aferir os riscos identificados com

maior certeza.

Conceptualmente, para compreender o sistema, identificamos que a massa da fundação é a principal

característica que interfere directamente no amortecimento das vibrações geradas pelos equipamentos.

“Correntemente, utiliza-se uma relação de massa da fundação/massa da máquina = 3 para máquinas rotativas e

entre 5 a 10 para máquinas impulsivas” (API 686, 2009). Os choques e impactos que estas máquinas geram

conduzem à necessidade de uma grande massa de fundação para as suportar e amortecer os efeitos dos

carregamentos estáticos e dinâmicos.

Nesta fase, o principal requisito é verificar se a frequência natural da fundação não se encontra na faixa de

frequência de operação da máquina. Este é um dos principais critérios de risco técnico nos sistemas e permite

começar a definir a solução para a revitalização do sistema.

4.1.4 Aspectos de dimensionamento

Na avaliação e dimensionamento estrutural, é necessário verificar e conhecer as hipóteses de cálculo, as

combinações e tipo de acções estimadas e, em especial, o valor para a frequência natural da fundação. Por

comparação com os dados técnicos da máquina, podemos verificar se o dimensionamento satisfaz os atributos

principais e transmite correctamente os esforços ao solo, se proporciona a estabilidade da máquina e garante o

melhor desempenho.

No pré-dimensionamento dos sistemas, aplicam-se regras em função do peso ou potência da máquina, optando

geralmente pela solução que apresentar a maior fundação. Estas regras conduzem a soluções muito estáveis,

mas consequentemente mais dispendiosas. Importa verificar se foi aplicada alguma regra empírica.

No relatório, pretende-se resumir os dados importantes da máquina e da fundação quanto às acções gravíticas

e à teoria de análise do sistema para que a informação seja de fácil acesso.

A existência de várias máquinas no mesmo bloco de fundação deve ser avaliada do ponto de vista de obter o

melhor desempenho dos equipamentos e nos custos associados. Existem determinadas máquinas que devem

ser fundadas no mesmo bloco e outras não. Cabe ao dono de obra a decisão final sobre o layout da fábrica, mas

este deve ser alertado para situações de interferência entre máquinas ou equipamentos sensíveis que estejam

sujeitos a vibrações exageradas.

A questão das vibrações é a principal fonte de problemas no desempenho dos sistemas máquina-fundação e é

importante saber quais foram as combinações de acções consideradas no dimensionamento para proteger o

sistema das vibrações. As combinações de acções são todas as situações de carga possíveis de serem atingidas

durante o período de funcionamento e das quais dependem as características funcionais e dinâmicas da

máquina, como, por exemplo, o número de eixos ou as cargas de manutenção. As diferentes combinações

geram grandes esforços estáticos e dinâmicos que, muitas vezes, ocorrem simultaneamente para várias

máquinas fundadas no mesmo bloco ou conjunto de blocos, criando condições para a transmissão de vibração

30

excepcionais. Tal facto pode implicar alterações ao nível da gestão e planeamento das diversas áreas funcionais

da fábrica ou introduzir novas condições para a revitalização da fundação. Consequentemente, o risco técnico

da obra aumenta devido aos potenciais efeitos das vibrações nas questões da manutenção e integridade dos

sistemas.

No Anexo I - Relatório de Diagnóstico, consta uma parte específica para máquinas alternativas que, devido ao

seu funcionamento, carecem de verificações adicionais.

A teoria de análise de dimensionamento é outro factor relevante a considerar na fase de diagnóstico para

entender a filosofia do projectista. A resposta do solo pode ser analisada segundo diversos métodos, mas cada

um deles conduz a resultados diferentes, mais ou menos conservativos segundo as hipóteses iniciais do

problema. O mesmo se aplica à análise da resposta às vibrações e solicitações do bloco de fundação e dos

sistemas de amortecimento.

4.1.5 Aspectos geotécnicos

A revisão do projecto geotécnico, caso exista, permite avaliar a resposta do solo às solicitações e aferir a

adequabilidade da solução ao terreno existente e ao problema em si. Pode ser necessário executar técnicas de

melhoramento de solos para aumentar a resistência do solo ou melhorar alguma das suas características físicas.

Segundo a API RP 686, o carregamento do solo não deve exceder 75% da sua capacidade máxima, incluindo a

consideração das cargas dinâmicas do sistema, ou seja, recomenda-se uma margem de segurança de 25% ou

superior, para a utilização da capacidade de carga do solo. Esta margem é indicativa, serve para acomodar a

maioria dos esforços gerados pela instalação, manutenção dos sistemas e situações de acidente. A informação

resultante dos ensaios e a informação detalhada do solo em perfil permite compreender a sua morfologia e

definir as soluções possíveis para a revitalização.

Segundo a API RP 686 e outros documentos técnicos referidos na presente dissertação, estipula-se que a

frequência natural da fundação deve diferir em 20%, ou mais, da frequência de funcionamento da máquina para

evitar o efeito de ressonância – amplificação da vibração. Este valor é indicativo de carácter generalista pois os

fabricantes das máquinas podem definir outros para acomodar todos os estados vibratórios possíveis para todas

as gamas de velocidade. Geralmente, quando se procede à analise vibratória do sistema assume-se o estado

vibratório mais condicionante para uma determinada velocidade de funcionamento. Caso a solução de

engenharia não verifique os requisitos, a solução passa por alterar a geometria da fundação e/ou a massa.

Recomenda-se uma avaliação mais pormenorizada, realizando ensaios para diferentes frequências de vibração e

configurações modais para determinar com exatidão a frequência natural da fundação e do sistema máquina-

fundação.

No evento de todas as situações terem sido testadas, ou se existirem interferências com o sistema não

desprezáveis, é recomendável conceber e instalar equipamentos de amortecimento. Esta questão é abordada

no capítulo 5.3.1.

31

4.1.6 Materiais

O empreiteiro tem a responsabilidade de realizar ensaios que atestem a qualidade dos materiais existentes.

Consoante os resultados dos ensaios, podemos chegar à conclusão de revitalizar o bloco existente ou demolir e

reconstruir, como foi referido. É importante verificar o ambiente e a classe de exposição a químicos,

nomeadamente óleos. Devem ser aplicadas medidas para proteger o betão dos elementos que o degradam, o

que pode incluir protecções físicas e aditivos na sua formulação.

Recomenda-se a realização de ensaios ao betão que possam atestar a sua qualidade. Pretende-se verificar se os

materiais utilizados são adequados à exposição ambiental onde se encontram. Importa também perceber o

carácter da exposição, temporário ou permanente.

Os materiais utilizados na execução das juntas de dilatação devem ser os adequados para acomodar os

deslocamentos previstos, inertes quimicamente e o seu estado de conservação deve ser avaliado de forma a

atestar o seu desempenho. Caso contrário, as soluções de isolamento devem ser repensadas ou revitalizadas

com a aplicação de novas juntas.

O mesmo princípio se aplica aos materiais utilizados na execução do bloco de fundação, em especial nos grouts

utilizados na ligação dos sistemas de apoio da máquina ao bloco. Estes materiais estão sujeitos a muitos

requisitos para a sua formulação e propriedades especiais, como por exemplo características anti-retrácteis.

4.1.7 Acções térmicas, reológicas e vento

A consideração de acções térmicas e do comportamento dos materiais, antes dos seus limites de resistência à

deformação, assim como as acções do vento e da neve são factores que expressam uma maior preocupação

pelas verificações de segurança perante os atributos.

Importa saber se o sistema existente foi dimensionado tendo em conta essas acções e limites, se existem, ou

foram aplicadas, medidas de protecção à exposição e se os materiais utilizados são os adequados para

acomodar os deslocamentos previstos.

A definição do risco associado depende directamente do nível de exposição.

4.1.8 Aspectos relacionados com a máquina

Para avaliar o sistema máquina-fundação da perspectiva da máquina, interessa conhecer os parâmetros e as

características físicas e funcionais das máquinas. A solução de engenharia depende e deriva, naturalmente, do

tipo de máquina a fundar e das condições externas, como já foi dito anteriormente.

Na fase de concepção, são apresentados mais parâmetros do que os apresentados na fase de diagnóstico.

Na fase de diagnóstico, pretende-se conhecer as principais características da máquina e as suas especificações

técnicas. A aquisição da informação técnica deve ser fornecida pelo fabricante – Manuais das máquinas.

32

O funcionamento dos equipamentos pode sugerir uma série de avarias e anomalias e deve ser verificado,

aplicando uma série de testes à máquina, se existem avarias ou problemas mecânicos, como por exemplo

desgastes exagerados ou vibrações excessivas na máquina alvo de diagnóstico. Os dados adquiridos devem ser

analisados e verificados quanto à sua relação com os problemas encontrados e possíveis falhas do sistema

estrutural ou interferências causadas pelo funcionamento dos sistemas acessórios da máquina.

4.1.9 Incertezas e recomendações

Na fase de diagnóstico do estado da fundação, devem ser consideradas e ponderadas incertezas associadas aos

parâmetros dos diferentes sistemas que, no seu conjunto, constituem o sistema máquina-fundação e que não

são independentes entre si. São estas:

- Incertezas associadas aos parâmetros da fundação

- Incertezas associadas aos parâmetros da máquina

- Incertezas associadas aos equipamentos de isolamento

Incertezas associadas aos parâmetros da fundação:

- Módulo elástico “k” – a questão de usar, no dimensionamento do betão armado, o módulo elástico

estático ou dinâmico divide alguns autores e regulamentos. A decisão sobre que valor usar fica ao

critério do responsável pelo projecto. No entanto, recomenda-se a utilização do módulo elástico

estático no dimensionamento e análises dinâmicas. Tal deve-se ao facto do “módulo elástico ser

dependente da tensão e da magnitude dos esforços dinâmicos gerados pelo funcionamento, que são

relativamente baixos comparativamente com os estáticos”, (Bhatia & Delhi, 2008);

- Módulo de elasticidade “E” – deve ser feita uma análise para diferentes frequências e diferentes

configurações geométricas, de forma a determinar o valor mais adequado para o módulo elástico.

Um exemplo concreto é o caso de termos máquinas vibratórias assentes sobre solos que podem

liquefazer para determinados valores de vibração.

Incertezas associadas aos parâmetros da máquina:

- Valores fornecidos pelo fabricante – são muitas vezes “amplificados com um coeficiente de segurança

determinado pelos fabricantes, isto reflecte-se em valores muito grandes das forças dinâmicas”,

(Bhatia et al., 2008). Não só tornam o projecto mais caro, como aumentam a sua dificuldade.

33

Incertezas associadas aos equipamentos de isolamento:

- Os valores e características físicas dos sistemas de amortecimento (suportes com molas, telas de

neopreno ou borracha) são definidos pelos fabricantes e, pela mesma razão das incertezas associadas

às máquinas, estes podem ser amplificados. O estado de conservação e exposição ao longo do tempo

introduzem variações do desempenho destes elementos que devem ser consideradas e avaliadas.

Para salvaguardar os atributos e aferir com maior grau de confiança sobre o risco de engenharia, recomenda-se

o ensaio da máquina para determinar as forças dinâmicas e comparar com os valores fornecidos pelo

fabricante.

O efeito de desequilíbrio gerado pelas forças dinâmicas é um fenómeno comum a todas as máquinas e afecta o

grau da qualidade de equilíbrio dos rotores que se manifesta na diminuição da precisão das máquinas e

desgastes exagerados dos componentes.

Para executar as análises de diagnóstico propostas é necessário efectuar inspecções e ensaios que

complementem a revisão do projecto. Esta temática será abordada no capítulo seguinte.

4.2 Inspecções

As actividades de inspecção servem para identificar as anomalias existentes, verificar as técnicas utilizadas para

fundar a máquina, o estado dos elementos, o layout da fundação e identificar os riscos que possam afectar o

projecto.

Cabe ao auditor avaliar o grau de risco técnico da obra e são necessárias inspecções e ensaios que determinem

com elevado grau de confiança, o seu estado mecânico e de conservação, os parâmetros e as características

específicas do sistema. No relatório da fase de diagnóstico, na parte correspondente às “Inspecções”, consta

uma lista de verificações construída especificamente para auxiliar o auditor a avaliar o estado do sistema.

4.2.1 Inspecções visuais

No início da inspecção devem ser efectuadas todas as medições que se considerem necessárias.

Nas inspecções visuais, pretende-se identificar os seguintes aspectos:

- Anomalias no betão

- Anomalias no aço

- Anomalias na estrutura

Deve ser verificado quanto à existência e ao estado de conservação, os seguintes elementos:

- Juntas de dilatação

- Equipamentos de isolamento

- Equipamentos de fixação

- Ligações

Devem ser realizados ensaios dinâmicos para obter a resposta do sistema às solicitações, ensaios que permitam

aferir sobre a integridade do sistema e ensaios pa

No caso de se verificarem anomalias passíveis

como os restantes atributos, recomenda

que determinem e atestem as condições e o

Na Figura 6, podemos observar uma anomalia que

forças geradas durante o funcionamento e pela expansão

Figura

Na Figura 7, podemos observar o pormenor dos apoio

antigo sistema, que existia no local,

demolir e construir um bloco novo, de a

Figura 7 - Apoios fixos, simplesmente apoiados e pormenor da junta elástica em torno do bloco de fundação

34

ser realizados ensaios dinâmicos para obter a resposta do sistema às solicitações, ensaios que permitam

aferir sobre a integridade do sistema e ensaios para determinar o estado de equilíbrio e estabilidade.

s passíveis de colocar em causa a segurança estrutural e ocupacion

recomenda-se a realização de uma inspecção aprofundada e

as condições e o nível de risco associado.

podemos observar uma anomalia que afecta a integridade do bloco de fundação

funcionamento e pela expansão do aço devido à corrosão.

Figura 6 - Rotura devido a forças expansivas no betão

podemos observar o pormenor dos apoios da máquina e da junta de dilatação do bloco de betão.

não era adequado ao novo equipamento, pelo que o dono de obra decidiu

um bloco novo, de acordo com os requisitos do fabricante.

Apoios fixos, simplesmente apoiados e pormenor da junta elástica em torno do bloco de fundação

ser realizados ensaios dinâmicos para obter a resposta do sistema às solicitações, ensaios que permitam

brio e estabilidade.

colocar em causa a segurança estrutural e ocupacional, assim

ção aprofundada e ensaios laboratoriais

afecta a integridade do bloco de fundação originada pelas

da máquina e da junta de dilatação do bloco de betão. O

o dono de obra decidiu

Apoios fixos, simplesmente apoiados e pormenor da junta elástica em torno do bloco de fundação

35

Na Figura 8, apresenta-se outro exemplo com múltiplos pés paralelos ligados directamente ao bloco de

fundação, conforme as recomendações do fabricante. Faz-se notar a aplicação de um grout específico, anti-

retrátil, para fixar os suportes da máquina e os parafusos para alinhar o corpo da máquina.

Figura 8 - Exemplo dos suportes de ligação à fundação

Na Figura 9, apresenta-se uma imagem da consequência do acidente de um dos casos de estudo analisados na

presente dissertação (capítulo 7). O pavimento ruiu durante a movimentação da máquina, consequência da

fraca resistência do solo e do pavimento de fábrica. Os procedimentos errados, mandados executar pelo dono

de obra, conduziram à situação que podemos observar. Os procedimentos foram completamente

desadequados, saltando à vista a baixa resistência do solo arenoso que se encontra no local.

Figura 9 - Rotura total da fundação

36

4.2.2 Ensaios complementares de diagnóstico recomendados

Para avaliar os diferentes parâmetros físicos, químicos e determinar as características do sistema e dos seus

constituintes sugerem-se os seguintes ensaios:

- Ultra-sons

- Esclerómetro

- Magnetómetro

- Teste de carotes

- Análise de vibrações

- Outros

Cabe ao auditor e à equipa que desenvolve o projecto prescrever os ensaios que considerem necessários.

Ultra-sons: as descontinuidades impedem a transmissão de vibrações e todas as outras ondas vibratórias.

Recorrendo ao ensaio com ultra-sons, podemos verificar a existência de descontinuidades no bloco de betão

armado, proceder à análise dos resultados, aferir o grau de risco técnico e definir as medidas necessárias para

resolver o problema.

Esclerómetro: o ensaio com o esclerómetro de Schmidt permite determinar a dureza superficial do betão. Para

tal, mede-se o recuo de uma massa calibrada após o choque com a superfície que se está a analisar, recorrendo

ao esclerómetro. Os fabricantes destes equipamentos de ensaio têm tabelas e ábacos que permitem converter

o resultado obtido para a resistência esperada do betão. Recomenda-se, antes do ensaio, raspar a camada

superficial carbonatada do betão.

Magnetómetro: outra ferramenta de diagnóstico que permite detectar, com precisão, a localização das

armaduras. Alguns equipamentos permitem também determinar o potencial de corrosão. Com este ensaio

podemos verificar e confirmar o projecto de betão armado, o estado das armaduras e o recobrimento.

Ensaio de carotes: este teste permite determinar a resistência do betão através de ensaios à rotura por

compressão das amostras.

Análise de vibrações: recomenda-se que sejam seguidas determinadas normativas específicas para os ensaios

de vibração. Os resultados obtidos devem ser comparados com os valores limite definidos pelo fabricante e com

os que constam nos seguintes documentos: ISO 10816:2005 – Avaliação da vibração de máquinas pela medição

de partes não rotativas e na ISO 2631:1997 – Guia para avaliação da exposição humana a vibrações de corpo

inteiro. A análise de vibrações é uma ferramenta que permite identificar peças estruturais defeituosas, o estado

do funcionamento das máquinas e potenciais riscos, quer para o equipamento quer para os trabalhadores.

Devem ser realizados ensaios vibratórios que verifiquem e atestem o bom desempenho da fundação e do

equipamento para diferentes frequências, ou seja, a análise deve ser realizada para um largo espectro de

velocidades de funcionamento da máquina.

De acordo com Marçal, (2000), “Cada c

produz uma frequência específica e alcança uma amplitude máxima determinada

vibrações é uma das melhores ferramentas para diagnosticar falhas nos sistemas.

Os resultados dos ensaios e das medições devem ser comparados com “Critérios de vibração” (

relativamente às seguintes grandezas

- Amplitude da vibração

- Velocidade da vibração

- Aceleração da vibração

A especificação dos limites, para os critérios apresentados e diferentes tipos de máquina, constitui o objecto das

diferentes partes da norma ISO 10816:2005

constatamos que se avalia a magnitude da vibração, p

pela medição da velocidade e aceleração da vibração

Na Figura 10, podemos ver um exemplo do

ensaio são processados informaticamente e

aferir sobre a precisão do sistema e o grau da qualidade de equilíbrio (ISO 1940:2003

Figura 10

Recomenda-se que o estudo dos critérios humanos e

segundo a ISO 2631:1997. A avaliação

com tabelas que definam as condições de vibratórias da máquina.

Para determinar e avaliar o estado

medições no bloco de fundação e no solo, ou estrutura de suporte.

conseguimos determinar e atestar o grau de isolamento do sistema

objectivos definidos.

A preocupação dos fabricantes com

em tempo real. Com recurso a hardware

37

Cada componente ou deficiência mecânica de uma máquina em funcionamento

produz uma frequência específica e alcança uma amplitude máxima determinada”. Concluí

vibrações é uma das melhores ferramentas para diagnosticar falhas nos sistemas.

medições devem ser comparados com “Critérios de vibração” (

relativamente às seguintes grandezas, como veremos no capítulo 5.2.1:

s critérios apresentados e diferentes tipos de máquina, constitui o objecto das

ISO 10816:2005 (parte 2 a 6). Do estudo das recomendações dadas pela norma,

constatamos que se avalia a magnitude da vibração, pela medição da amplitude, e a variação da magnitude,

pela medição da velocidade e aceleração da vibração.

, podemos ver um exemplo do local de medição na caixa de rolamento. Os dados adquiridos no

ensaio são processados informaticamente e, recorrendo a modelos vibratórios e medições

aferir sobre a precisão do sistema e o grau da qualidade de equilíbrio (ISO 1940:2003).

10 – Exemplo do local de medição (ISO 1940:2003)

que o estudo dos critérios humanos e da exposição do corpo humano a vibraçõ

avaliação do estado vibratório da máquina faz-se por comparação dos resultados

com tabelas que definam as condições de vibratórias da máquina.

Para determinar e avaliar o estado vibratório e de isolamento do sistema, devem ser

o de fundação e no solo, ou estrutura de suporte. Pela análise dos resultados obtidos

conseguimos determinar e atestar o grau de isolamento do sistema, se é adequado e se cumpre com os

questões da vibração conduziu ao desenvolvimento de sistema

hardware e software específico, são monitorizados todos os deslocam

omponente ou deficiência mecânica de uma máquina em funcionamento

oncluímos que a análise de

medições devem ser comparados com “Critérios de vibração” (ISO 10816:2005)

s critérios apresentados e diferentes tipos de máquina, constitui o objecto das

(parte 2 a 6). Do estudo das recomendações dadas pela norma,

ela medição da amplitude, e a variação da magnitude,

Os dados adquiridos no

recorrendo a modelos vibratórios e medições-padrão, podemos

a exposição do corpo humano a vibrações seja efectuado

se por comparação dos resultados

devem ser realizados ensaios e

análise dos resultados obtidos

, se é adequado e se cumpre com os

ao desenvolvimento de sistemas de análise

são monitorizados todos os deslocamentos,

38

velocidades e acelerações da vibração e caso sejam ultrapassados os valores limite, o sistema computacional

gera um alarme e/ou desliga a máquina para evitar danos.

4.2.3 Outras técnicas para detectar falhas em máquinas

Pode ser necessário recorrer a outras técnicas mais expeditas para verificar o alinhamento dos eixos ou da

geometria da máquina, de modo a detectar falhas e anomalias na máquina. Analisam-se os resultados com o

intuito de identificar a origem das falhas e resolver os problemas das interferências na concepção da solução.

De seguida, apresentam-se duas técnicas específicas para detectar falhas em máquinas:

Sistemas de medição laser: esta técnica é utilizada para verificar o alinhamento e alinhar os eixos das máquinas.

Os resultados do ensaio podem sugerir que apenas se verifique desalinhamento dos componentes rotativos e

não estrutural, introduzindo uma consideração muito importante. Esta técnica apresenta-se como uma solução

económica e elevada precisão. O alinhamento dos eixos das máquinas é um aspecto essencial para a verificação

dos limites de vibração.

Sistema de diagnóstico geométrico Ballbar: este sistema é uma ferramenta que mede erros geométricos em

máquinas. “Os erros são medidos através de um “ensaio de interpolação”, no qual a máquina descreve uma

trajetória circular e são medidos os desvios, no raio na trajectória, do movimento” (Service, n.d.). A análise dos

dados consiste na comparação entre a trajectória teórica programada e a trajectória real. Esta técnica permite

identificar erros geométricos, causados pela vibração, programação, folgas, anomalias nos fusos e histerese que

reflete a inércia do sistema ou dos materiais.

Esta técnica apresenta vantagens pela sua rapidez e possibilidade de identificar ao mesmo tempo falhas

mecânicas e electrónicas.

39

5. Concepção de fundações para máquinas industriais A fase de concepção subdivide-se em 3 grupos e o relatório, que consta no Anexo II – Relatório de Concepção,

contém um conjunto de questões e verificações relacionadas com os seguintes temas:

- Informação geral sobre a máquina e sistema

- Acções, onde se define:

- Estado limite de serviço

- Estado limite último

- Pormenores construtivos sobre:

- Grout

- Sistema de suporte

Os pormenores construtivos relacionados com as actividades gerais de construção, cofragem dos elementos,

colocação do aço no betão armado, betonagem entre outros, a sua boa execução e boas práticas saem fora do

âmbito da presente dissertação devido ao seu carácter generalista. No presente modelo, apenas se

consideraram os pormenores construtivos relacionados com elementos específicos deste tipo de obra, os

sistemas de suporte e os grouts para fixar os mesmos. Estes dois elementos são responsáveis pela transmissão

dos esforços e pelo isolamento do sistema, como foi abordado anteriormente, justificando o seu

desenvolvimento na presente dissertação.

Na fase de concepção, o modelo compila informação específica, recomendações e boas práticas para a

concepção e dimensionamento dos sistemas máquina-fundação.

A fase de concepção visa determinar e dimensionar o sistema mais simples e económico, verificando o

desempenho programado e cabe à equipa responsável pelo projecto adquirir toda a informação disponível e

conceber a solução de engenharia adequada. Os dados base da máquina e as suas características geométricas e

funcionais devem ser fornecidas pelo fabricante e devem incluir os diagramas de esforços actuantes na

fundação.

O Relatório de Concepção (Anexo II) pretende ser um documento de trabalho onde constam as verificações e

operações vocacionadas para a boa concepção da solução de engenharia e foi desenvolvido tento em vista o

auxílio nas seguintes actividades do projecto: (de acordo com as instruções da Portaria701-H/2008 - Diário da República, 2008)

- Desenvolver o modelo de análise da fundação

- Dimensionar a fundação

- Aperfeiçoar e desenvolver os requisitos mínimos exigidos em cada fase do projecto

- Completar e actualizar as especificações de projecto definidas pela fase de diagnóstico

- Ajustar as fases de projecto ao conceito da obra

- Definir com maior rigor as estimativas orçamentais

- Elaborar o projecto de execução da fundação

40

No desenvolvimento do projecto, em especial na fase de concepção, recomenda-se que a equipa adopte uma

filosofia clássica de optimização estrutural. Na Figura 11, podemos observar o processo clássico de optimização

de sistemas.

Cabe à equipa, analisar e interpretar os resultados das análises e simulações feitas, avaliar as combinações de

acções possíveis e iterativamente optimizar o projecto, de modo a torná-lo o mais adequado possível ao

funcionamento da máquina e ao ambiente em que se insere, como podemos ver pela paridade entre os

processos de análise e de optimização que geram constantemente dados optimizados.

Processo de Análise de dados Processo de optimização

Figura 11 - Processo clássico de optimização

5.1 Informação geral

Neste capítulo, apresenta-se um conjunto de verificações relacionadas com a concepção de sistemas máquina-

fundação. Os dados adquiridos pelo relatório na fase de concepção visam auxiliar o auditor, ou quem aplica o

presente modelo, a verificar se está de acordo com as recomendações e boas práticas sobre fundações em

bloco para máquinas industriais.

De acordo com a ACI 351.3R, a solução de engenharia depende dos seguintes factores:

Tabela 11 - Factores dos quais depende a solução de engenharia (ACI 351.3R)

Ambiente e Solo de fundação Máquina Requisitos e Princípios Tipo de solo Tipo Funcionamento

Características do solo Base Operação Topografia Sistema de apoio Manutenção Sismicidade Número de apoios Protecção ambiental

Condições climatéricas Precisão de operação Princípios de gestão Layout de fábrica Características estáticas

Constrangimentos da construção Características dinâmicas

Numa abordagem à concepção do sistema, recomenda-se a utilização dos modelos mais simples possíveis

determinados pela massa, forma e espessura do bloco de betão armado, consoante os critérios de vibração

programados. O conceito é que “as vibrações são absorvidas pelo bloco de fundação que tem um

Input da análise de dados

Algoritmo de análise

Output da análise de dados

Análise de

Sensibilidade

Input de optimização

Algoritmo de optimização

Output de Optimização

comportamento de corpo rígido no material de suporte”

físicas e geométricas devem ser definidas tendo em conta o objectivo da sua execução

transmitir os esforços ao solo garantindo a estabilidade e o desempenho da máquina.

O local da obra e as condições ambientais são outras condicionantes da concepção do projecto

verificar a avaliar correctamente as acções sobre a estrutura

acções térmicas, assim como, o risco de penetração de gelo

Geralmente, as propriedades estáticas e dinâmica

Nalguns casos pode ser favorável c

recorrendo a modelos de corpo rígido para a

Para o estudo do solo é necessário realizar ensaios

fundamentado. No relatório, resumem

ensaios realizados definem a necessidade de conduzir mais ensaios para determinar ou atestar as características

do solo.

Os requisitos estruturais do bloco para fundar máquinas industriais devem ser estudados,

realizadas várias simulações dinâmicas

mostra a Figura 12 – modelo deformável. O principal objectivo será

condições mais desfavoráveis e os esforços transmitidos

Figura

Recomenda-se realizar simulações para condições de carregamento parcial

situações em que as máquinas são retirad

caso de ter várias máquinas fundadas no mesmo bloco ou conjunto de blocos

5.2 Acções

Do ponto de visto do controlo técnico, na fase de concepção, interessa controlar e verificar se a definição

acções, e dos efeitos das acções, estão correctos e adequados ao

muitas lacunas que conduzem a situações de risco durante o tempo de vida útil

41

comportamento de corpo rígido no material de suporte”, (adaptado de Nawrotzki, 2008). A

definidas tendo em conta o objectivo da sua execução - controlar as vibrações e

transmitir os esforços ao solo garantindo a estabilidade e o desempenho da máquina.

O local da obra e as condições ambientais são outras condicionantes da concepção do projecto

verificar a avaliar correctamente as acções sobre a estrutura tendo em conta a exposição à acção do vento e

o risco de penetração de gelo nas juntas do bloco de fundação, caso se aplique.

ades estáticas e dinâmicas do solo são representadas com molas na base do bloco.

Nalguns casos pode ser favorável considerar a interacção na superfície de contacto do bloco

recorrendo a modelos de corpo rígido para a análise da estabilidade e do funcionamento da máquina.

Para o estudo do solo é necessário realizar ensaios e deve ser elaborado um relatório geotécnico devidament

resumem-se as informações básicas sobre o estudo geotécnico

necessidade de conduzir mais ensaios para determinar ou atestar as características

estruturais do bloco para fundar máquinas industriais devem ser estudados,

várias simulações dinâmicas, recorrendo a métodos computacionais de elementos finitos

modelo deformável. O principal objectivo será determinar a resposta do sistema,

e os esforços transmitidos aos suportes.

Figura 12 - Processo clássico de optimização

simulações para condições de carregamento parcial, e total, de forma a

situações em que as máquinas são retiradas individualmente do sítio e quanto estão totalmente carregadas

caso de ter várias máquinas fundadas no mesmo bloco ou conjunto de blocos.

Do ponto de visto do controlo técnico, na fase de concepção, interessa controlar e verificar se a definição

estão correctos e adequados ao problema que se prete

muitas lacunas que conduzem a situações de risco durante o tempo de vida útil das estruturas e

. As suas características

controlar as vibrações e

O local da obra e as condições ambientais são outras condicionantes da concepção do projecto. É necessário

tendo em conta a exposição à acção do vento e

nas juntas do bloco de fundação, caso se aplique.

molas na base do bloco.

cie de contacto do bloco com o solo

análise da estabilidade e do funcionamento da máquina.

e deve ser elaborado um relatório geotécnico devidamente

geotécnico. Os resultados dos

necessidade de conduzir mais ensaios para determinar ou atestar as características

estruturais do bloco para fundar máquinas industriais devem ser estudados, avaliados e devem ser

recorrendo a métodos computacionais de elementos finitos, como

a resposta do sistema, as

e total, de forma a contemplar as

e quanto estão totalmente carregadas, no

Do ponto de visto do controlo técnico, na fase de concepção, interessa controlar e verificar se a definição das

tende resolver. Existem

das estruturas e algumas

42

residem na identificação de todas as acções actuantes, que se manifestam na ocorrência de anomalias e,

consequentemente, em perdas nos atributos.

As acções aplicadas na estrutura têm diferentes origens e características, o que conduz a diferentes

combinações de acções possíveis. Existe ainda a probabilidade de ocorrência de acidentes, sejam eles naturais

ou não, requisitos a cumprir em caso de sismo e cargas temporárias associadas à manutenção dos

equipamentos. Objectivamente, a concepção destes sistemas dever contemplar todas as cargas dinâmicas e

estáticas com origem no funcionamento da máquina, as cargas sísmicas e o efeito do vento e neve, no caso de

instalações ao ar livre e todas as cargas associadas à manutenção e abastecimento da máquina.

Devem ser considerados todos os esforços actuantes nas ligações externas da máquina, como, por exemplo, os

esforços ou impulsos gerados pela passagem dos fluídos nas tubagens durante o abastecimento. A API 686

dedica um capítulo inteiro às questões relacionadas com as ligações e tubagens em máquinas industriais, que se

recomenda como documento de consulta.

A definição de cenários para as acções é o principal método de definir o estado limite de serviço e o estado

limite último de uma estrutura. Nos subcapítulos seguintes, apresentam-se considerações e recomendações

importantes sobre a definição dos estados, combinações de acções e as suas probabilidades de ocorrência com

reflexo directo no risco técnico associado.

5.2.1 Estado Limite de Serviço

A definição do estado limite de serviço tem uma relação directa com o funcionamento das máquinas e o

fabricante deve ser consultado para esclarecer qualquer aspecto técnico. Todas as considerações sobre os

factores apresentados neste capítulo afectam directamente a manutenção dos atributos definidos para a

estrutura.

As acções que condicionam o dimensionamento deste tipo de estruturas, podem ser divididas em 3 grupos, de

acordo com a duração das acções:

- Permanentes

- Serviço

- Acidente

- Sismo

Salvaguarda-se que as acções de acidente só se aplicam na definição do estado limite de serviço no caso de

existirem requisitos para o funcionamento das máquinas, em caso de acidente. No caso de geradores e turbinas,

é comum definir requisitos para situações de acidente no estado limite de serviço pelas graves consequências

que podem advir da paragem das máquinas.

Na Tabela 12, apresenta-se as cargas a considerar no dimensionamento do sistema.

43

Tabela 12 – Cargas para o dimensionamento das fundações Permanentes Serviço Acidente

- Cargas de construção, instalação e manutenção

- Peso próprio - Todas as cargas de serviço - Binários equivalentes dos

mecanismos rotativos1 - Atrito nos eixos de rotação - Cargas devidas às condições

térmicas e reológicas2 - Esforços nas ligações

- Todas as cargas provocadas por massas desequilibradas3

- Cargas devidas a outras máquinas rotativas

- Cargas móveis temporárias

- Aumento do desequilíbrio, em caso de acidente ou avaria4

- Curto-circuito em geradores5

- Dessincronização

- Impulsos, choques, explosões

As cargas devem ser analisadas para várias combinações que testem os efeitos das acções e que afectam os

atributos apresentados na . A não consideração de combinações eleva o risco técnico associado à fase de

concepção. A definição qualitativa do mesmo depende do tipo de sistema de fundação, dos modelos de cálculo

aplicados e da própria definição dos estados limites de serviço e último.

Tabela 13 - Efeitos das acções que afectam a manutenção dos atributos da concepção

Segurança Utilização Durabilidade

Danos Estrutura, pessoas e do meio ambiente

Diminuem o desempenho e segurança do sistema

Conduzem à fadiga dos elementos

Implicam reparações e revitalizações

Deformações estáticas

Causam desconforto das pessoas e afectam os

factores humanos Afectam segurança da

estrutura

Comprometem a eficiência da máquina

Aumenta o risco de ocorrência de avarias e

anomalias

Podem desenvolver anomalias que afectem

a durabilidade

Vibrações

Conforto das pessoas e os factores humanos

Afectam segurança da estrutura

Reduzem a eficiência e a precisão das máquinas

Podem desenvolver anomalias que afectem

a durabilidade

1 Dependem da potência e da velocidade de rotação 2 Os valores máximos para cada suporte devem ser fornecidos pelo fabricante e não devem ser tidos em conta no dimensionamento como uma carga resultante a actuar na fundação mas sim no local exacto de aplicação. 3 Desequilíbrios provocados por massas rotativas com uma excentricidade e frequência transmitem à fundação forças e momentos (Jaime Santos, 2002), estes valores são fornecidos pelo fabricante, caso seja necessário calcular devem seguir as recomendações da ISO 1940:2003. 4 Simplificadamente podemos assumir o valor de 6 x a força de desequilíbrio no estado de serviço (Nawrotzki,2008) 5 Pode ser considerada uma carga estática equivalente – conduz a uma solução mais conservativa – mais informações na DIN 4024 parte 1 – Excitation in dynamic analysis.

44

Nos sistemas constituídos por diversas máquinas, em especial em sistemas onde existe interacção entre

máquinas (abastecimento, movimentação, armazenamento), deve ser elaborado um levantamento exaustivo

das cargas móveis, caso contrário constitui um factor de agravamento do risco técnico e deve ser avaliado pela

equipa de controlo técnico e de projecto.

De acordo com o exposto anteriormente, no relatório, apresentam-se recomendações e verificações sobre os

aspectos de concepção de revisão de projecto e as demais acções de verificação e controlo sobre os

pormenores construtivos e materiais.

De seguida, apresentam-se as razões que justificam os elementos do relatório e da análise do problema.

A definição do estado limite de serviço executa-se ao estabelecer critérios e limites para a ocorrência dos

efeitos das acções na estrutura e tem conta as durações das acções durante o tempo de vida útil. Pretende

garantir a manutenção dos atributos perante os efeitos e consequências das acções na estrutura.

No sentido prático da análise, conclui-se que, ao controlar a frequência natural do sistema de fundação para

valores superiores, ou inferiores, à frequência de funcionamento da máquina, podemos limitar os

deslocamentos aos intervalos limite definidos. A Figura 13 ilustra o método simplificado de análise

recomendado para a concepção do sistema.

Figura 13 – Modelo simplificado de análise ao Estado Limite de Serviço (adaptado de Bhatia et al., 2008)

Solução de engenharia

Aprovado

Frequência

natural

Cargas de serviço

Resposta do

sistema

Máquina

Fundação

Solo

Sistema máquina-fundação

Verificação

dos atributos

Sim

Não

Modificações

45

Recomenda-se a análise elástica linear do problema quando as amplitudes de vibração e as deformações

estáticas são relativamente pequenas e despreza-se a variação de rigidez devido a fissuras ou fendas na análise

dos blocos. Contudo, pode ser mais vantajoso ou, apresentar melhores resultados, a aplicação de outros

modelos, consoante o tipo de máquina. Os modelos de cálculo estrutural podem ser sistemas de viga, laje,

blocos ou combinações destas possibilidades, como apresentado no capítulo 2.4.

Os diferentes componentes das máquinas devem ser analisados como massas aplicadas nos centros de

gravidade correspondentes e devem se considerados os seus momentos de inércia. Isto conduz a soluções mais

económicas.

Recomenda-se a análise em modelos simplificados dos efeitos das ligações rígidas da máquina ao bloco de

fundação. Os esforços nas ligações podem gerar esforços internos desconhecidos na estrutura. Esta análise é

dispensada quando estão previstas ligações flexíveis à máquina.

O solo é o principal elemento que interage com o sistema de fundação e a concepção do projecto de fundação

depende dele. A informação geotécnica deve ser obtida por sondagens realizadas in situ, pelos resultados da

fase de diagnóstico e devem ser determinados os parâmetros descritos no relatório de concepção referentes a

geotecnia.

Em áreas de elevada actividade sísmica, os regulamentos e códigos estruturais fornecem requisitos específicos

de funcionamento e estabilidade para estes sistemas. Por sua vez, o dono de obra pode determinar requisitos

mais exigentes, sejam de acidente ou de funcionamento. A título de exemplo referem-se os equipamentos de

classe de importância IV segundo a NP EN 1998.

Estes requisitos têm que ser obviamente quantificados e determinados para o local, em questão. O fabricante

deve fornecer os valores de aceleração máxima admissíveis. A verificação destes valores resulta por

comparação com os valores resultantes do dimensionamento do sistema. Para as máquinas rotativas, “os

valores máximos de aceleração situam-se na ordem dos 0,4g a 0,8g” (Nawrotzki, 2008). Se forem excedidos

podem causar danos irreversíveis nas máquinas e nos diversos componentes, como danos no rotor ou nos

rolamentos, ruptura das ligações ou colisão entre diferentes partes da máquina.

De acordo com Nawrotzki, (2008) recomenda-se a utilização de um factor de amplificação para determinar a

aceleração na superfície de suporte da máquina através da aceleração do solo. Este factor anda na ordem de 3 a

4, o que leva a concluir que uma aceleração do solo de 0,2 g conduz ao estado limite de serviço da generalidade

das máquinas rotativas.

Como sabemos, em determinados locais do planeta, este valor de aceleração do solo é largamente ultrapassado

em caso de sismo e devem ser aplicadas técnicas de isolamento do bloco para reduzir a frequência natural da

fundação por meio do aumento da massa e da diminuição da rigidez. A escolha do suporte das máquinas tem

uma grande influência neste aspecto e pode ser vantajoso utilizar sistemas de suporte a molas ou pneumáticos.

46

O aumento do factor de segurança, normalmente é insuficiente para garantir o comportamento elástico da

estrutura, surge então a necessidade de assumir no cálculo as exigências de ductilidade. Esta consideração

implica que, em caso de sismo, admitem-se deformações permanentes na estrutura e estas têm que se

avaliadas.

A interacção com o solo e as interferências vibratórias com outras máquinas, conduzem a necessidades

especiais de isolamento, não só em zonas de elevada sismicidade. No capítulo 5.3, referem-se algumas soluções

que melhoram o isolamento das estruturas, o desempenho e a verificação dos critérios e limites definidos. Os

sistemas de isolamento introduzem efeitos nas características da vibração, sendo que o principal objectivo é a

redução das acelerações. Por outro lado, introduz um aumento dos deslocamentos. Estes factores têm que ser

avaliados e quantificados para determinar a solução óptima.

A avaliação do comportamento dinâmico da fundação pode ser feita por comparação entre a frequência natural

da fundação e da frequência de funcionamento da máquina, para determinar iterativamente a solução óptima e

pretende-se, principalmente, evitar o efeito da ressonância – amplificação da vibração, ver Figura 14.

Para cumprir este requisito é necessário garantir um afastamento mínimo entre os valores destas frequências.

Caso não se verifique, o afastamento mínimo recomendado é de pelo menos 20%, o projecto deve ser alterado

de modo a verificar esse afastamento ou então que cumpra as seguintes regras:

- Máquinas de Média e Alta velocidade: frequência da fundação pelo menos 20% < frequência de

funcionamento da máquina;

- Máquinas de Baixa ou Muito baixa velocidade: frequência da fundação +/- 10% frequência de

funcionamento da máquina.

Na fase de concepção, devem ser definidos critérios e limites para as seguintes características da vibração:

- Deslocamento

- Velocidade

- Aceleração

Estes valores são fornecidos pelo fabricante das máquinas e servem de base à concepção da melhor solução

para fundar os mais diversos equipamentos.

Para os sistemas isolados, onde o problema reside na limitação dos deslocamentos da máquina, recorremos à

curva de ressonância dos deslocamentos, Figura 14, para determinar o factor de amplificação. A relação entre o

factor de amplificação (μ) dos deslocamentos e a taxa de frequência (β) é definida pela razão entre a frequência

de excitação (da máquina) e a frequência própria da fundação.

No caso mais comum da necessidade de limitar as acelerações da máquina e das

exterior, utiliza-se a curva de ressonância para a amplifi

determinar o factor de amplificação da aceleração da

Figura 14 - Curva de ressonância para os deslocamentos

Na Figura 16, ilustra-se a transmissão de forças ao ex

carregamento dinâmico transmitido à funda

Figura 16

Pela análise dos gráficos conclui-se que

menor amplificação da vibração, quanto maior for

47

so mais comum da necessidade de limitar as acelerações da máquina e das interferências vindas

se a curva de ressonância para a amplificação da aceleração da vibração

determinar o factor de amplificação da aceleração da vibração.

Curva de ressonância para os deslocamentos

Figura 15 - Curva de ressonância para as acelerações

se a transmissão de forças ao exterior devido às forças produzidas pel

carregamento dinâmico transmitido à fundação deve ser o menor possível.

16 – Curvas de transmissão de forças ao exterior

se que um sistema que sofre oscilação forçada com amortecimento

quanto maior for o grau de amortecimento do sistema

interferências vindas do

eleração da vibração - Figura 15 para

Curva de ressonância para as acelerações

forças produzidas pela máquina. O

ilação forçada com amortecimento tem uma

o grau de amortecimento do sistema, ou seja, um menor

amortecimento está associado a um pico de ressonância mais alto

operação, da frequência natural e do grau de amortecimento do sistema

quanto maior for o grau de amortecimento do sistema

Faz-se notar para o fenómeno de amplificação da vibração

frequência do sistema, ou seja se o sistema de fundação

máquina) de mesma frequência que a

ressonância, onde o seu comportamento

amplifica os deslocamentos, consequentemente as acelerações e as forças transmitidas ao

conduzir à ruptura da estrutura.

Na Figura 17, apresenta-se um gráfico da

estado vibratório do sistema.

Figura 17

6Recomenda-se a consulta dos seguintes documentos e livros:

for Machinery Installation and Installation Design (2ªEd.): API RP 686, USA; American Concrete Institute (200

for Dynamic Equipment: ACI 315.03-04, USA;

Máquinas Rotativas; Srinivasulu & Vaidyanathan (1976).

Foundations for industrial machines, Nova Deli:

48

amortecimento está associado a um pico de ressonância mais alto, função da razão das frequências de

frequência natural e do grau de amortecimento do sistema, isto para β<√2. Sendo que para

quanto maior for o grau de amortecimento do sistema, maior o factor de transmissibilidade das cargas

se notar para o fenómeno de amplificação da vibração6, que ocorre para o valor unitário d

frequência do sistema, ou seja se o sistema de fundação for sujeito a forças externas periódicas

que a frequência natural (sistema de fundação), pode ocorrer o efei

sonância, onde o seu comportamento depende do amortecimento do sistema. O fenómeno de ressonância

amplifica os deslocamentos, consequentemente as acelerações e as forças transmitidas ao

se um gráfico da ACI 351.3R-04 para comparar com os resultados obtidos e avaliar o

17 - Gráfico de severidade da vibração (ACI351.3R)

se a consulta dos seguintes documentos e livros: America Petroleum Institute (2009).

for Machinery Installation and Installation Design (2ªEd.): API RP 686, USA; American Concrete Institute (200

04, USA; Dalbone & Filho (2011). Análise Dinâmica de Fundações Directas para

Srinivasulu & Vaidyanathan (1976). Hand book for machine foundations;

industrial machines, Nova Deli: ISET Journal of earthquake technology

zão das frequências de

2. Sendo que para β>√2,

maior o factor de transmissibilidade das cargas.

que ocorre para o valor unitário da taxa de

periódicas (originadas pela

pode ocorrer o efeito de

O fenómeno de ressonância

amplifica os deslocamentos, consequentemente as acelerações e as forças transmitidas ao exterior, podendo

para comparar com os resultados obtidos e avaliar o

America Petroleum Institute (2009). Recommended Pratice

for Machinery Installation and Installation Design (2ªEd.): API RP 686, USA; American Concrete Institute (2004). Foudations

. Análise Dinâmica de Fundações Directas para

Hand book for machine foundations; Bhatia, K.G. (2008).

Os limites de segurança recomendados para

da frequência de funcionamento da máquina. O ideal será manter os valores da amplitude sempre baixos para

qualquer gama de frequências de funcionamento.

Figura 18

Para classificar o grau de risco técnico referente à vibração da máquina, determina

vibrações causadas pela máquina, em qualquer gama de velocidades, afectam os fac

num estado de risco técnico agravado.

causa a qualidade de produção e a segurança da máquina, então considera

risco.

49

Os limites de segurança recomendados para a amplitude de vibração são apresentados na

da frequência de funcionamento da máquina. O ideal será manter os valores da amplitude sempre baixos para

qualquer gama de frequências de funcionamento.

18 - Limites de segurança para pessoas e máquinas (Richart, 1962)

Para classificar o grau de risco técnico referente à vibração da máquina, determina-se que um sistema onde as

vibrações causadas pela máquina, em qualquer gama de velocidades, afectam os factores humanos, se encontra

num estado de risco técnico agravado. Se alguma característica da vibração afectar directamente, pondo em

causa a qualidade de produção e a segurança da máquina, então considera-se um estado muito agravado do

ão são apresentados na Figura 18, em função

da frequência de funcionamento da máquina. O ideal será manter os valores da amplitude sempre baixos para

se que um sistema onde as

tores humanos, se encontra

vibração afectar directamente, pondo em

se um estado muito agravado do

Na Figura 19, apresentam-se os limites de vibração para as diferentes classes de máquinas, segundo a ISO

10816.

Zona A Zona B Bom funcionamento, sem restrições a longo prazoZona C Zona D

Figura 19

Devem ser realizados ensaios e simulações

pela vibração e a velocidade de vibração

diferentes frequências de funcionamento.

assistir a determinação dos deslocamento

determinação de uma solução mais económica face a assumir os valores de pico para os deslocamentos,

recomenda-se a aplicação da regra da

a ocorrência de um deslocamento de pico é estatisticamente independente, o que é uma assunção válida no

problema. A velocidade da vibração

As análises e simulações dinâmicas para determinar das características da vibração (deslocamento, velocidade e

aceleração) são executadas através da

7 As características da vibração podem ser analisadas em diferentes sistemas de unidades, variáveis físicas e valores máximos para a amplitude. Constam nestes os valores dos deslocamentocomuns são: mil, µm, ips (in/s), mm/s, ft/s², m/s², g, peak (pk), peak to peak (pk

50

se os limites de vibração para as diferentes classes de máquinas, segundo a ISO

Excelentes condições Bom funcionamento, sem restrições a longo prazo

Nível de alerta, Insatisfaz a curto prazo Nível de alarme, causa danos na máquina

19 - Limites de velocidade da vibração7 (ISO 10816)

Devem ser realizados ensaios e simulações complementares para determinar o deslocamento de pico induzido

pela vibração e a velocidade de vibração máxima para diferentes componentes e,

de funcionamento. Os resultados dos ensaios vibratórios, na fase de

s deslocamentos máximos admissíveis. Para o tratamento estatístico dos resultados e

determinação de uma solução mais económica face a assumir os valores de pico para os deslocamentos,

regra da raiz da soma dos quadrados. A aplicação deste procedimento assume que

a ocorrência de um deslocamento de pico é estatisticamente independente, o que é uma assunção válida no

vibração pode ser “estimado a partir da velocidade de pico”, (Nawrotzki, 2008)

As análises e simulações dinâmicas para determinar das características da vibração (deslocamento, velocidade e

executadas através da aplicação de forças virtuais de desequilíbrio nos eixos de rotação.

As características da vibração podem ser analisadas em diferentes sistemas de unidades, variáveis físicas e valores máximos para a amplitude. Constam nestes os valores dos deslocamentos, velocidade e aceleração, sendo que os mais comuns são: mil, µm, ips (in/s), mm/s, ft/s², m/s², g, peak (pk), peak to peak (pk-pk) or rms.

se os limites de vibração para as diferentes classes de máquinas, segundo a ISO

complementares para determinar o deslocamento de pico induzido

respectivamente, para

na fase de diagnóstico, podem

o tratamento estatístico dos resultados e

determinação de uma solução mais económica face a assumir os valores de pico para os deslocamentos,

. A aplicação deste procedimento assume que

a ocorrência de um deslocamento de pico é estatisticamente independente, o que é uma assunção válida no

(Nawrotzki, 2008).

As análises e simulações dinâmicas para determinar das características da vibração (deslocamento, velocidade e

de desequilíbrio nos eixos de rotação. Os

As características da vibração podem ser analisadas em diferentes sistemas de unidades, variáveis físicas e valores s, velocidade e aceleração, sendo que os mais

51

resultados para a máxima força de desequilíbrio devem definir a situação de alarme na máquina no módulo de

comando da máquina.

Na Tabela 13, estão indicados os valores máximos de deslocamento admissíveis para máquinas rotativas

segundo Porto, Mendonça, & Carvalho (2012), de acordo com a classe de velocidade da máquina (ACI 351.3R),

recordar a Tabela 3 8.

Tabela 14 – Deslocamento máximo admissível para máquina rotativas Velocidade da máquina (rpm) Deslocamento máximo admissível (μm)

Muito baixa 80 a 200 Baixa 40 a 80 Média 20 a 40

Alta 5 a 20 Na Tabela 14, estão indicados os valores máximos de deslocamento admissíveis para máquina alternativas.

Tabela 15 - Deslocamento máximo admissível para máquinas alternativas Velocidade da máquina (rpm) Deslocamento máximo admissível (μm)

300 a 1500 20 a 1000 100 a 30 1000

A determinação dos limites apresentados anteriormente depende de frequência de excitação, da potência do

motor e do grau de equilíbrio das peças rotativas. Caso não exista informação do fabricante, recomenda-se que

sejam seguidas as recomendações da ISO 10816:2005 .

Recomenda-se considerar um valor superior aos resultados obtidos para os deslocamentos, para ter em conta o

efeito do desgaste, que ocorre naturalmente, nas peças rotativas da máquina.

As combinações das acções concretizam os diferentes cenários de carga possíveis e devem determinar os

máximos esforços internos para as acções e efeitos que condicionam o dimensionamento e a estabilidade do

sistema de fundação. O dimensionamento do betão armado deve ser desenvolvido para os esforços máximos

obtidos para cada uma das combinações, assim como a verificação da segurança ao estado limite de serviço. Os

valores dos factores de segurança e de ponderação das combinações de acções estáticas e dinâmicas são

geralmente fornecidos pelo fabricante das máquinas e regulamentos estruturais.

8 os valores apresentados são meramente indicativos, podem ser tomados outros dependendo das necessidades, do tipo de máquina ou da especificidade do projecto

Os aspectos e considerações de dimensionamento estrutural visam verificar não só dos atributos definidos para

as máquinas, como também a salvaguarda dos factores humano

do corpo humanos às vibrações. Na Figura 20,

partes do corpo humano que pretendem salvaguardar os seguintes factores:

saúde dos trabalhadores. Os principais factores f

humano são a intensidade, a frequência,

Figura 20 – Limites de frequência de ressonância para as diferentes partes do corpo humanoanatomicamente longitudinal

Geralmente, a garantia da verificação

máquinas, esta é uma abordagem conservativa

frequências muito elevadas. A consideração e aplicação

preservar os factores humanos depende,

de pessoas ou máquinas em seu redor, assim como a sua acessibilidade em períodos de funcionamento

contrário, adoptam-se os valores limite para a máquina.

Outra questão de verificação técnica na fase de concepção

desprezáveis com origem em desvios geométricos

apoio e o centro de gravidade da máquina.

fixação e desequilíbrios se a diferença for superior a

rotativas, estes momentos não contabilizados

condições especiais de torção, flexão ou de

vibrações, anomalias e, consequentemente, falhas mecânicas.

52

Os aspectos e considerações de dimensionamento estrutural visam verificar não só dos atributos definidos para

as máquinas, como também a salvaguarda dos factores humanos. Recomenda-se que se verifique a

Figura 20, apresentam-se os limites de frequência pró

e pretendem salvaguardar os seguintes factores: conforto,

Os principais factores físicos para a avaliação dos efeitos da vibra

ncia, a duração e a direcção da vibração.

frequência de ressonância para as diferentes partes do corpo humanoanatomicamente longitudinal (ISO 2631)

garantia da verificação dos critérios humanos conduz à verificação dos limit

conservativa do problema, salvo excepções de máquinas que operem com

consideração e aplicação dos limites de parâmetros físicos com o intuito de

r os factores humanos depende, por exemplo se a máquina tem ou não operador, se existe circulação

de pessoas ou máquinas em seu redor, assim como a sua acessibilidade em períodos de funcionamento

se os valores limite para a máquina.

técnica na fase de concepção é a identificação, análise e avaliação de esforços não

desvios geométricos, ou na falta de verticalidade, entre o centróide da base de

máquina. Recomenda-se que se considerem os momentos nos elementos

e a diferença for superior a 5% da dimensão que está a analisar

rotativas, estes momentos não contabilizados, amplificam, devido a folgas e com o decorrer do tempo criam

condições especiais de torção, flexão ou de combinação de acções que favorecerem

consequentemente, falhas mecânicas.

Os aspectos e considerações de dimensionamento estrutural visam verificar não só dos atributos definidos para

se que se verifique a exposição

uência própria para as diferentes

eficácia, segurança e a

o dos efeitos da vibração no corpo

frequência de ressonância para as diferentes partes do corpo humano na direcção

verificação dos limites de vibração para as

epções de máquinas que operem com

de parâmetros físicos com o intuito de

o operador, se existe circulação

de pessoas ou máquinas em seu redor, assim como a sua acessibilidade em períodos de funcionamento, caso

, análise e avaliação de esforços não

entre o centróide da base de

se que se considerem os momentos nos elementos de

analisar. Nas máquinas

com o decorrer do tempo criam

favorecerem o aparecimento de

Recomenda-se a verificação de especificações

Do ponto de vista da concepção, interessa

da máquina ao bloco e às tubagens.

No caso das tubagens, importa conhecer os

ligações da máquina à fundação, têm que ser consideradas todas as cargas que criem esforços de corte nas

ligações, como podemos ver na Figura 21.

ligações despreza os esforços temporários do início de funcionamento da máquina

sobrecarga e, como consequência,

relatório, estão contempladas uma série de verificações que permitem aferir o grau de risco técnico associado

às ligações.

Figura 21 - Esquema de esforços nas ligações ao bloco de fundação

Esta consideração afecta directamente a força de aperto necessária para impedir os deslocamentos da máquina

e o dimensionamento dos varões.

Quanto às acções térmicas, introduzem no sistema esforços

ligações da máquina ao bloco, como se ilustra na

térmicas sobre o sistema e a reologia dos materiais

máquina ou devidas à exposição ambiental. O risco técnico associado aumenta caso existam gradientes de

temperatura elevados, independentemente da sua origem. A não consideraçã

de anomalias devido à acumulação de esforços

posicionamento.

Figura 22 - Efeito das acções térmicas na estrutura das máquinas

53

especificações técnicas para os diversos sistemas de abastecimento da máquina.

, interessa identificar, avaliar e considerar as acções introduzidas pela

importa conhecer os esforços produzidos pela passagem dos fluidos.

êm que ser consideradas todas as cargas que criem esforços de corte nas

Figura 21. Deparamo-nos muitas vezes com situações em que o cálculo de

ligações despreza os esforços temporários do início de funcionamento da máquina

sobrecarga e, como consequência, ocorrem deslocamentos e desalinhamentos dos diversos sistemas.

estão contempladas uma série de verificações que permitem aferir o grau de risco técnico associado

Esquema de esforços nas ligações ao bloco de fundação (Guerreiro, 2003)

Esta consideração afecta directamente a força de aperto necessária para impedir os deslocamentos da máquina

introduzem no sistema esforços autoequilibrados e manifestam

como se ilustra na Figura 22. Recomenda-se que sejam avaliadas as acções

e a reologia dos materiais, quer sejam variações com origem no

à exposição ambiental. O risco técnico associado aumenta caso existam gradientes de

independentemente da sua origem. A não consideração deste efeito leva

acumulação de esforços e à perda de eficiência da máquina devido a erros de

Efeito das acções térmicas na estrutura das máquinas

para os diversos sistemas de abastecimento da máquina.

as acções introduzidas pelas ligações

dos fluidos. No cálculo das

êm que ser consideradas todas as cargas que criem esforços de corte nas

nos muitas vezes com situações em que o cálculo de

ligações despreza os esforços temporários do início de funcionamento da máquina – estado de maior

e desalinhamentos dos diversos sistemas. No

estão contempladas uma série de verificações que permitem aferir o grau de risco técnico associado

(Guerreiro, 2003)

Esta consideração afecta directamente a força de aperto necessária para impedir os deslocamentos da máquina

manifestam-se sobretudo nas

sejam avaliadas as acções

com origem no funcionamento da

à exposição ambiental. O risco técnico associado aumenta caso existam gradientes de

efeito leva à ocorrência

e à perda de eficiência da máquina devido a erros de

Efeito das acções térmicas na estrutura das máquinas

Para o início do processo iterativo de op

fundação para máquinas rotativas e alternativas cumpra

pelo menos 3 x massa total da máquina. A

“bloco estiver fundado sobre estacas, este valor pode ser reduzido para 2,5”.

massa do bloco fundação deve ser igual entre

Os eixos rotativos são projectados pelos fabricantes tendo em conta a geo

facto conduz a um conjunto de requisitos adicionais para a concepção da fundação. A rigidez estática do sistema

tem influência no valor da deformação da fundação, assim como os deslocamentos relativos entre as diferentes

partes da máquina. O valor limite para os deslocamentos relativos são definidos pelo fabricante e tem que ser

considerados no dimensionamento e comparados com os valores dos deslocamentos máximos

apresentados anteriormente. É necessário analisar especificamente a deformação

interesse é determinar a diferença da deformação do sistema quando a máquina está em funcionamento, face a

desligada. Desta forma, obtemos os dados (translacções e momentos) para dimensionar com maior segurança

as ligações externas e acoplamentos

No caso dos acoplamentos, ver esquema na

nas cabeças dos rolamentos do acoplamento

9 Nos projectos de fundações para turbinas as “tensões nos rolamentos são condicionantes do projecto

54

processo iterativo de optimização estrutural, a API RP 686 recomenda que

fundação para máquinas rotativas e alternativas cumpram a seguinte regra: a massa do bloco fundação deve ser

assa total da máquina. A ACI 351.3R-04 adopta um valor menos conservativo e refere que

“bloco estiver fundado sobre estacas, este valor pode ser reduzido para 2,5”. No caso de máquinas impulsivas:

deve ser igual entre 5 a 10 vezes a massa total da máquina.

ativos são projectados pelos fabricantes tendo em conta a geometria estrutural das máquinas. E

facto conduz a um conjunto de requisitos adicionais para a concepção da fundação. A rigidez estática do sistema

tem influência no valor da deformação da fundação, assim como os deslocamentos relativos entre as diferentes

te para os deslocamentos relativos são definidos pelo fabricante e tem que ser

considerados no dimensionamento e comparados com os valores dos deslocamentos máximos

apresentados anteriormente. É necessário analisar especificamente a deformação do sistema onde o principal

interesse é determinar a diferença da deformação do sistema quando a máquina está em funcionamento, face a

obtemos os dados (translacções e momentos) para dimensionar com maior segurança

acoplamentos da máquina e verificar a segurança ao ELS9.

, ver esquema na Figura 23, é necessário calcular, com exactidão

acoplamento e a velocidade crítica do eixo.

Figura 23 - Esquema de acoplamento

de fundações para turbinas as “tensões máximas admissíveis nas cabeças dos eixos e a distribuição de tensões nos rolamentos são condicionantes do projecto” (Nawrotzki, 2008).

recomenda que os blocos de

regra: a massa do bloco fundação deve ser

um valor menos conservativo e refere que se o

No caso de máquinas impulsivas: a

metria estrutural das máquinas. Este

facto conduz a um conjunto de requisitos adicionais para a concepção da fundação. A rigidez estática do sistema

tem influência no valor da deformação da fundação, assim como os deslocamentos relativos entre as diferentes

te para os deslocamentos relativos são definidos pelo fabricante e tem que ser

considerados no dimensionamento e comparados com os valores dos deslocamentos máximos admissíveis

do sistema onde o principal

interesse é determinar a diferença da deformação do sistema quando a máquina está em funcionamento, face a

obtemos os dados (translacções e momentos) para dimensionar com maior segurança

com exactidão, a rigidez dinâmica

tensões máximas admissíveis nas cabeças dos eixos e a distribuição de

55

5.2.2 Estado Limite Último

Durante o tempo de vida útil dos equipamentos, podem ocorrer situações temporárias em que as cargas são

superiores ao definido para o ELS e é necessário garantir que a fundação as suporta, nas melhores condições de

equilíbrio e resistência, sem ocorrer a ruptura.

Devem ser consideradas diferentes combinações de acções de acordo com os cenários possíveis e requisitos

impostos pelo dono de obra.

A definição do ELU inclui as seguintes verificações de segurança:

Tabela 16 – Fenómenos que provocam inoperacionalidade das máquinas

Consequências

Derrubamento Perda de equilíbrio da máquina, ou partes desta.

Ruptura Atingir a tensão resistente máxima das secções do sistema estrutural ou nas ligações.

Instabilidade Ocorrência de mecanismos na estrutura ou perdas de estabilidade de conduzam à ruptura

“Atingir alguma das condições definidas para o ELU implica a ocorrência de danos irreversíveis na estrutura “,

(ISO 2394:1998). Os requisitos de estabilidade para o ELS não garantem que a estrutura, e a própria máquina,

não são danificadas em caso de sismo ou acidente. Muitas vezes, os projectistas têm que lidar com requisitos

especiais para situações em que as máquinas têm obrigatoriamente de manter o funcionamento e resistir

estruturalmente a fenómenos gravosos. Ainda assim, não podem ser excluídos danos na estrutura quando

existem exigências de ductilidade em determinados locais do sistema de fundação.

Aplica-se este conceito a todos os tipos de fundações e especialmente a estruturas de fundação elevadas.

5.3 Pormenores construtivos

Relativamente aos pormenores construtivos, recomenda-se que se tenham em consideração boas práticas de

desenho e de representação esquemática dos elementos, identificando claramente as unidades e os materiais.

O bloco de fundação deve ser projectado como um bloco monolítico, conforme apresentado na Figura 24,

construído directamente no solo, numa estrutura de suporte ou então sobre estacas conforme as características

e recomendações geotécnicas.

Figura 24 -

O bloco de fundação deve estar desligado da envolvente

transmissão de vibrações. Na Figura 25,

esteja prevista a utilização de suportes para o bloco de fundação, estes devem ser simplesmente apoiados

caso de suportes com molas, a estrutura

ao efeito de amortecimento das altas frequências das

características físicas representadas para um

rígido.

Uma boa prática na concepção de fundações para máquinas é que o topo do bloco de fundação seja eleva

face ao pavimento da fábrica. Este pormenor protege em caso de acidente

líquidos, e facilita a instalação dos equipamentos

necessários.

No caso das máquinas alternativas instaladas na mesma fundação,

Ao existir o paralelismo do pistão típico destas máquinas

fundação com maior dimensão na

Figura 25 - Modelo conceptual de um bloco defundação (Fabreeka - Foundation isolations solutions)

56

Exemplo de bloco sem e com estrutura de suporte

O bloco de fundação deve estar desligado da envolvente por uma junta de material elástico

Figura 25, é apresentado um modelo conceptual de um bloco de fundação

esteja prevista a utilização de suportes para o bloco de fundação, estes devem ser simplesmente apoiados

estrutura que suporta o bloco, pode ser desprezada na análise dinâmica

ltas frequências das molas. Na Figura 26, podemos ver o modelo

sticas físicas representadas para um bloco isolado simplesmente apoiado em molas com

prática na concepção de fundações para máquinas é que o topo do bloco de fundação seja eleva

Este pormenor protege em caso de acidente, como por exemplo

e facilita a instalação dos equipamentos, criando espaço suficiente para colocar os equipamentos

instaladas na mesma fundação, estas devem ser instaladas

paralelismo do pistão típico destas máquinas – ver Figura 27, o dimensionamento conduz a uma

undação com maior dimensão na direcção do mecanismo para cumprir as verificações necessárias ao

Máquina

Bloco de fundação ou de inércia

Estrutura de suporte

Modelo conceptual de um bloco de Foundation isolations solutions)

Figura 26 - Modelo de blocoisolado (Bathia et al., 2008)

por uma junta de material elástico para diminuir a

é apresentado um modelo conceptual de um bloco de fundação. Caso

esteja prevista a utilização de suportes para o bloco de fundação, estes devem ser simplesmente apoiados. No

desprezada na análise dinâmica devido

podemos ver o modelo com as

bloco isolado simplesmente apoiado em molas com substrato

prática na concepção de fundações para máquinas é que o topo do bloco de fundação seja elevado

por exemplo derrames de

criando espaço suficiente para colocar os equipamentos

ser instaladas paralelamente.

nsionamento conduz a uma

verificações necessárias ao

Isoladores

mecânicos

Bloco de fundação ou de inércia

de bloco (Bathia et al., 2008)

57

derrubamento e ao deslizamento. A fase do impulso do pistão deve ser diferente entre as máquinas para não

conduzir a situações de pico, ou seja, não deve de existir sincronismo no funcionamento das máquinas. Não se

recomenda a instalação de máquinas alternativas em linha. Os assentamentos diferenciais e o carácter

periódico dos esforços, criados pelo conjunto, provocam o desalinhamento das máquinas.

Figura 27 - Mecanismo típico das máquinas alternativas

A existência de máquinas impulsivas na vizinhança, resulta em picos de vibração muito elevados e o carácter

repetitivo pode acentuar os seus efeitos. Tal como para as máquinas alternativas, deve ser alterada a

programação das máquinas, de modo a alterar o sincronismo e determinar o tempo de amortecimento do bloco

que conduz a menores esforços e ocorrência de ressonância.

No caso de existir interferência entre os sistemas devido aos aspectos indicados anteriormente, o grau de risco

técnico aumenta. Contudo, o risco é considerado normal caso sejam tomadas medidas que previnam a

propagação das vibrações.

Uma solução sem juntas de dilatação apresenta vantagens simplificativas da solução técnica e maior economia

face a uma solução com sistemas de suporte, mas esta solução nem sempre é possível pelas dimensões do

bloco ou pelas necessidades de isolamento. Uma solução sem juntas aumenta a preservação do bloco de

fundação, diminui as necessidades de manutenção e conduz a menores deslocamentos relativos entre sistemas.

Recomenda-se a utilização de técnicas de protecção do betão, como, por exemplo, a aplicação de revestimentos

no bloco e área circundante. Geralmente os pavimentos das fábricas são protegidos com uma camada auto-

nivelante de grout ou argamassa especial precisamente para proteger do ataque químico. Se a exposição a

elementos prejudiciais, por exemplo óleos ou derivados do petróleo, for exagerada ou tiver um carácter

frequente, recomenda-se a introdução de aditivos que evitem o ataque químico do betão. Refere-se,

novamente, que construir o bloco de forma a que o topo deste fique superior ao pavimento da fábrica, facilita

as operações de limpeza e evita a acumulação dos óleos em contacto com o betão.

5.3.1 Sistemas de suporte

Neste capítulo são desenvolvidas as técnicas e procedimentos para a concepção dos sistemas de suporte e

fixação para máquinas industriais. De forma geral, apresentam-se soluções e técnicas de concepção que

conduzem à verificação e cumprimento dos requisitos para este tipo de construção. A fabricação e aplicação dos

elementos dos sistemas de suporte devem ser avaliadas e acompanhadas pelo fabricante das máquinas e pelo

Força primária

Forças primárias e

secundárias

Cabeça do cilindro

Cambota Sentido de rotação

Força primária

dono de obra. Podem existir outras formas de conceber os sistemas e recomenda

sempre as recomendações dos fabricantes

Todos os equipamentos devem ser instalados em sistemas d

encontram equipamentos fundados/betonados

suporte facilita as operações de alinhamento da máquina e

Refere-se que todas as soluções podem ter sistemas de apoio com molas e/ou amortecedores na fixação da

máquina ao bloco ou nos apoios do bloco de fundação ao solo ou estrutura rígida, consoante as necessidades

de isolamento. No caso de equipamentos sens

instalação. Caso não seja possível, deve ser avaliada a interferência com o sistema de forma a determinar a

técnica e o tipo de isolamento adequado. Refere

vinda do exterior.

Todos os sistemas devem ser ligados à fundação utilizando

Se os resultados do dimensioname

geométricas ou se existir a possibilidade de interferência entre as máquinas

suportes isolantes ou pneumáticos, nos apoios da máquina ou no b

que os suportes pneumáticos oferecem

tecnologia é adequada caso haja necessidade de ajustar e monitorizar com elevada precisão a fundação durante

a fase de utilização da máquina. Recorrendo

forma numérica, prever as trajectórias e reacções

forma, podemos gerir e controlar a resposta do sistema

eficiente no isolamento das vibraçõe

pneumáticos para blocos de fundação.

vibração transmitidas devido à diminuição da

Figura 28 - Isoladores pneumáticos

58

dono de obra. Podem existir outras formas de conceber os sistemas e recomenda-se que sejam seguidas

sempre as recomendações dos fabricantes.

Todos os equipamentos devem ser instalados em sistemas de suporte e fixação, hoje em dia, raramente se

encontram equipamentos fundados/betonados directamente no bloco de fundação. A instalação de siste

suporte facilita as operações de alinhamento da máquina e de remoção para manutenção

todas as soluções podem ter sistemas de apoio com molas e/ou amortecedores na fixação da

máquina ao bloco ou nos apoios do bloco de fundação ao solo ou estrutura rígida, consoante as necessidades

No caso de equipamentos sensíveis às vibrações, é de considerar a altera

deve ser avaliada a interferência com o sistema de forma a determinar a

técnica e o tipo de isolamento adequado. Refere-se que, neste caso, o problema é isolar a máquina da vibr

Todos os sistemas devem ser ligados à fundação utilizando grouts adequados, como definido no capítulo

dimensionamento conduzirem a soluções dispendiosas ou ex

existir a possibilidade de interferência entre as máquinas, pode ser necessário instalar

suportes isolantes ou pneumáticos, nos apoios da máquina ou no bloco de fundação. Um

oferecem a possibilidade de fazer variar as reacções em função do tempo. Esta

tecnologia é adequada caso haja necessidade de ajustar e monitorizar com elevada precisão a fundação durante

utilização da máquina. Recorrendo a software que analisa os parâmetros da máquina

as trajectórias e reacções e as necessidades de amortecimento em tempo real

podemos gerir e controlar a resposta do sistema e obter um sistema de fundação extremamente

eficiente no isolamento das vibrações. Nas Figuras 28 e 29, podemos observar dois sistem

de fundação. A solução com molas, apresenta a vantagem de reduzir as acelerações da

bração transmitidas devido à diminuição da sua frequência pela sua elevada flexibilidade.

Isoladores pneumáticos

Figura 29 – Isoladores com molas e amortecedores

se que sejam seguidas

, hoje em dia, raramente se

fundação. A instalação de sistemas de

manutenção.

todas as soluções podem ter sistemas de apoio com molas e/ou amortecedores na fixação da

máquina ao bloco ou nos apoios do bloco de fundação ao solo ou estrutura rígida, consoante as necessidades

de considerar a alteração do local de

deve ser avaliada a interferência com o sistema de forma a determinar a

neste caso, o problema é isolar a máquina da vibração

como definido no capítulo 5.3.

conduzirem a soluções dispendiosas ou exageradas nas formas

pode ser necessário instalar

Um aspecto a valorizar é

a possibilidade de fazer variar as reacções em função do tempo. Esta

tecnologia é adequada caso haja necessidade de ajustar e monitorizar com elevada precisão a fundação durante

os parâmetros da máquina, podemos, de

de amortecimento em tempo real. Desta

obter um sistema de fundação extremamente

dois sistemas de suporte

apresenta a vantagem de reduzir as acelerações da

sua frequência pela sua elevada flexibilidade.

Isoladores com molas e amortecedores

59

5.3.2 Aspectos relacionados com os grouts

O grout pode ser um material de base epóxi ou cimentícia. É usado para proporcionar um suporte uniforme aos

sistemas de fixação da máquina e a principal função é transferir as cargas da máquina para o bloco de fundação.

Aplica-se entre os sistemas de fixação e o bloco de fundação.

O empreiteiro tem a responsabilidade de conhecer e adquirir as fichas de segurança, junto dos fabricantes dos

materiais.

Todas as arestas verticais e que fiquem permanentemente expostas devem ter um chanfro > 25mm a 45o.

Recomenda-se que o chanfro seja executado directamente na cofragem porque, depois de curado, o grout é

muito difícil de partir ou cortar. É importante vedar todas as arestas para evitar o derramamento do grout.

O grout epóxi é o nome dado a um material resinoso, geralmente de 3 componentes, resinas epoxídicas, um

catalisador e um agregado. Apresenta uma resistência à compressão 2 a 3 vezes superior à dos grouts

cimentícios e são resistentes ao ataque químico.

O grout cimentício é usado como material de enchimento para situações em que as solicitações vibratórias são

reduzidas, tal como os carregamentos dinâmicos e as temperaturas extremas. Pode ser utilizado como material

de enchimento, para aumentar a massa dos suportes, com melhorias no amortecimento e na da transmissão de

vibrações.

Todos os grouts para aplicar em fundações de máquinas industriais devem ter propriedades anti-retráteis.

A utilização de aditivos superplastificantes deve ser limitada a cavidades onde a profundidade seja superior a 20

mm. A redução da quantidade de agregado do grout não é permitida e a utilização de superplastificantes deve

ser autorizada pelo dono de obra.

Podem ser executadas combinações de camadas cimentícias, epoxídicas, ou combinações das duas para

suportar sistemas com placas de grandes dimensões, devendo ser respeitadas as seguintes condições:

- A primeira camada deve ser de grout epóxi derramado até à cota inferior da placa do sistema de

suporte

- A segunda camada deve ser de grout cimentício derramado até uma cota 50 mm superior à cota da

placa do suporte de fixação

- A camada de topo deve ser de grout epóxi

- A aplicação das camadas sucessivas pressupõe a verificação do tempo de cura, para cada uma delas,

recomendado pelo fabricante

- Não deve ser excedida a espessura máxima das camadas definidas no projecto

Devem ser definidas juntas de dilatação no grout, em blocos de grandes dimensões, com intervalos de 1,5 a 3m.

O material de enchimento da junta deve ser em neopreno e a selagem com material elástico de base epóxi ou

silicone vulcanizada à temperatura ambiente, em especial quando existem gradientes de temperatura

superiores a 30oC. A espessura deve ser entre 12 a 25mm. As juntas devem ser sempre definidas paralelas aos

varões roscados de fixação do suporte e

As juntas de dilatação não devem passar por baixo dos sistemas de suporte.

Figura 30 - Exemplo da localização das juntas de dilatação (

As placas de apoio dos suportes devem ter os cantos arredondados e as arestas quebradas

concentrações de tensões. Esta é uma das principais causas de fendilhação dos blocos na zona dos apoios.

As furações dos sistemas de suporte devem ter uma t

alinhamento das máquinas. Outras recomendações podem ser encontradas juntos dos fabricantes e junto de

quem concebe e fabrica os sistemas

definidas pelos fabricantes das máquinas para a concepção dos sistemas de suporte. Desta forma

garantir que existem as condições necessárias para o perfeito alinhamento das máquinas. A definição do valor e

da forma das tolerâncias nas furações

alternativas dado o seu funcionamento característico e dimensão.

As placas dos sistemas de suporte devem ser concebidas com área suficiente para nivela

fornecidos com parafusos de nivelamento

Não é permitida a existência de parafusos de nivelamento em locais que

pela aplicação de grouts. Os sistemas de suporte devem

Os sistemas de suportes estruturais

fechado, ver Figura 33, devem ser deixados furos de ventilação nos locais mais elevados,

forma a que o ar saia durante a aplicação

Devem ser definidos varões de reforço

na face de contacto entre a fundação e o

dimensão do bloco de grout se estende por dimensões superiores a 450 mm do limite da placa do sistema de

suporte. Os varões de reforço devem ser embebidos

da aplicação do grout.

60

C. A espessura deve ser entre 12 a 25mm. As juntas devem ser sempre definidas paralelas aos

o suporte e perpendiculares à linha central das placas, como

As juntas de dilatação não devem passar por baixo dos sistemas de suporte.

Exemplo da localização das juntas de dilatação (API 686

As placas de apoio dos suportes devem ter os cantos arredondados e as arestas quebradas

ões. Esta é uma das principais causas de fendilhação dos blocos na zona dos apoios.

As furações dos sistemas de suporte devem ter uma tolerância mínima no diâmetro de 3 mm para permitir

das máquinas. Outras recomendações podem ser encontradas juntos dos fabricantes e junto de

quem concebe e fabrica os sistemas de apoio. Devem sempre ser seguidas as recomendações e tolerância

definidas pelos fabricantes das máquinas para a concepção dos sistemas de suporte. Desta forma

garantir que existem as condições necessárias para o perfeito alinhamento das máquinas. A definição do valor e

forma das tolerâncias nas furações dos sistemas de apoio têm especial importância no caso de máquinas

alternativas dado o seu funcionamento característico e dimensão.

As placas dos sistemas de suporte devem ser concebidas com área suficiente para nivela

de nivelamento adequados. A utilização de calços e cunhas não é aconselhada.

ão é permitida a existência de parafusos de nivelamento em locais que fiquem permanentemente inacessí

Os sistemas de suporte devem, única e exclusivamente, ser suportados pelo

da máquina devem ser abertos por baixo. No caso de sistemas com o topo

devem ser deixados furos de ventilação nos locais mais elevados,

durante a aplicação do grout e a permitir o controlo do enchimento.

varões de reforço, pelo menos ϕ6mm, em todo o perímetro para prevenir a delaminação

na face de contacto entre a fundação e o grout. Recomenda-se a aplicação dos varões de reforço

se estende por dimensões superiores a 450 mm do limite da placa do sistema de

Os varões de reforço devem ser embebidos na fundação a uma profundidade superior a 100 mm, antes

C. A espessura deve ser entre 12 a 25mm. As juntas devem ser sempre definidas paralelas aos

ilustra a Figura 30.

API 686)

As placas de apoio dos suportes devem ter os cantos arredondados e as arestas quebradas para evitar

ões. Esta é uma das principais causas de fendilhação dos blocos na zona dos apoios.

âmetro de 3 mm para permitir o

das máquinas. Outras recomendações podem ser encontradas juntos dos fabricantes e junto de

as recomendações e tolerâncias

definidas pelos fabricantes das máquinas para a concepção dos sistemas de suporte. Desta forma, podemos

garantir que existem as condições necessárias para o perfeito alinhamento das máquinas. A definição do valor e

dos sistemas de apoio têm especial importância no caso de máquinas

As placas dos sistemas de suporte devem ser concebidas com área suficiente para nivelar e devem ser

o é aconselhada.

fiquem permanentemente inacessíveis

ser suportados pelo grout.

. No caso de sistemas com o topo

devem ser deixados furos de ventilação nos locais mais elevados, junto aos cantos, de

permitir o controlo do enchimento.

em todo o perímetro para prevenir a delaminação

aplicação dos varões de reforço, quando a

se estende por dimensões superiores a 450 mm do limite da placa do sistema de

a uma profundidade superior a 100 mm, antes

61

As placas de suporte devem ter uma camada de protecção de níquel para proteger contra a corrosão, ou algum

outro tipo de protecção adequada. É necessário ter em atenção a existência de contacto entre diferentes tipos

de metal, que devido à diferença de potencial entre eles pode provocar o aparecimento de corrosão.

Uma solução alternativa à instalação do suporte, e posterior aplicação dos grouts, é a pré-fabricação do

conjunto dos elementos (o suporte e o bloco de grout). Esta técnica é utilizada correntemente na fabricação de

suportes para bombas.

Os blocos pré-fabricados de grout devem ser aplicados, após a cura, directamente em negativos deixados na

estrutura de suporte. As dimensões máximas para pré-fabricação dos blocos são de 1,5m x 3m, sendo que as

dimensões finais definidas em projecto devem ser obtidas pela maquinação do bloco. Dimensões superiores, ou

outras configurações de maior área, recomenda-se que sejam executadas in situ.

A técnica de pré-fabricar os suportes directamente com o bloco de grout apresenta as seguintes vantagens:

- O problema da retracção do grout é eliminado porque o bloco é fabricado com dimensões superiores

às finais.

- A probabilidade de ocorrência de vazios no interior é diminuída devido aos processos controlados de

pré-fabricação

- Não é necessária a existência de orifícios para ventilação nos elementos e placas do suporte de fixação

- Possibilita a aplicação dos suportes e da máquina directamente no local e em conjunto

A aplicação de sistemas pré-fabricados pode requer o enchimento final, no local, com grouts epóxi. O uso de

grouts cimentícios não é recomendado.

Os varões roscados de fixação do sistema ao bloco devem ser instalados, antes do processo de pré-fabricação,

directamente no sistema de suporte. O uso de mangas de protecção é aconselhado para evitar a contaminação

dos filetes da rosca com grout.

Os suportes não devem ser pintados porque a pintura cria uma superfície de aderência reduzida entre o suporte

e o grout. Devem ser seguidas as recomendações do fabricante do grout para a preparação das superfícies.

Na Figura 31, apresenta-se um exemplo de um tipo de suporte com parafusos de nivelamento. Podemos

observar a camada de betão removida e a aplicação das mangas de protecção do varão roscado.

Figura 31 - Exemplo recomendado de instalação dos sistemas de suporte (

Recomenda-se que o aperto nas ligações

máquina ao bloco de fundação, seja na ordem dos 50% a 70% da tensão de cedência

superior, existe uma probabilidade

técnico associado aumenta, caso o aperto sejam inferior

agravamento do risco técnico associado reside na incerteza de garantir a perfeita ligação da máquina, podendo

ocorrer deslocamentos por falta de aperto ou ruptura, como foi dito, n

verificação dos apertos deve ser feita regularmente e deve estar contemplada no plano de manutenção.

½ da espessura da base de fixação

Base do parafuso de nivelamento (a aplicação de

grout é opcional)

62

Exemplo recomendado de instalação dos sistemas de suporte (adaptado de

se que o aperto nas ligações e fixações do sistema, varões ou parafusos, que suportam e

máquina ao bloco de fundação, seja na ordem dos 50% a 70% da tensão de cedência

acrescida de ruptura por esforço axial, ou por corte

caso o aperto sejam inferior, ou superior, ao recomendado

agravamento do risco técnico associado reside na incerteza de garantir a perfeita ligação da máquina, podendo

ocorrer deslocamentos por falta de aperto ou ruptura, como foi dito, no caso de apertos excessivos. A

verificação dos apertos deve ser feita regularmente e deve estar contemplada no plano de manutenção.

Porca Parafusonivelamento

Base

Base do parafuso de aplicação de

é opcional) Camada removida

Manga de protecção do varão roscado

Varão roscado (comprimento mínimo: 10 a

15 vezes o diâmetro do varão)

adaptado de API 686)

que suportam e fixam a

máquina ao bloco de fundação, seja na ordem dos 50% a 70% da tensão de cedência. Caso o aperto seja

ou por corte, das ligações. O risco

ao recomendado. A razão do

agravamento do risco técnico associado reside na incerteza de garantir a perfeita ligação da máquina, podendo

o caso de apertos excessivos. A

verificação dos apertos deve ser feita regularmente e deve estar contemplada no plano de manutenção.

arafuso de nivelamento

Base de fixação

Camada removida de betão

Manga de protecção do varão roscado

Varão roscado (comprimento mínimo: 10 a

15 vezes o diâmetro do varão)

63

6. Execução e recepção de fundações para máquinas industriais A fase de execução põe em prática o definido na fase de concepção com a construção do sistema físico. No

início da fase de execução, recomenda-se a revisão da fase de concepção para identificar potenciais problemas

ou incompatibilidades, sejam elas construtivas ou relativas ao funcionamento particular dos sistemas. A

redundância da revisão dos projectos das fases anteriores implica a revisão por diferentes partes responsáveis.

Tal facto conduz a um maior controlo e maior eficácia na aplicação do controlo da qualidade e do risco de

engenharia.

O presente modelo de controlo técnico, na fase de execução, incide sobre o controlo das seguintes

actividades10:

- Demolição e Escavação

- Melhoramento de solos

- Pormenores construtivos

- Aplicação dos grouts

Estas actividades são desenvolvidas no presente modelo pelas consequências directas na qualidade da boa

execução do projecto. As demais actividades necessárias, como por exemplo, cofragens e betonagem são

analisadas de forma generalizada, referindo apenas as regras e boas práticas relacionadas com este tipo

particular de obra. Recomenda-se que se utilizem outros modelos ou práticas específicas para controlar

tecnicamente as actividades de execução não contempladas nesta dissertação.

As actividades desenvolvidas devem ser vistoriadas continuamente durante o processo de execução. Devem ser

realizados ensaios, sempre que necessário, para atestar e assegurar a boa execução dos diferentes

componentes da estrutura. Da mesma forma, sempre que é verificada alguma não-conformidade, relativamente

ao projecto, à sua execução, materiais, ou técnicas utilizadas, deve ser emitida uma reserva técnica

interrompendo o andamento dos trabalhos. As razões que levam à suspensão dos trabalhos devem ser

imediatamente analisadas e resolvidas, ou mitigados os riscos associados. O levantamento da reserva técnica

implica comprovar que o problema foi solucionado ou determinar que risco é conhecido e reduzido.

10 Podem não ser aplicadas todas as actividades, depende do projecto.

64

6.1 Demolição e escavação

Caso seja necessário proceder à demolição de algum elemento, devem ser executadas as verificações que

constam do Anexo III - Relatório de Execução, cumpridas todas as normas de segurança e higiene aplicáveis aos

trabalhos em questão.

No caso da revitalização de fundações, deve ser verificada a possibilidade de retirar os equipamentos sem

danificar a fundação sempre que possível. Se tal não for possível, devem ser analisadas as consequências e

determinada a resolução do problema focada na minimização dos danos e nos custos de reparação. O dono de

obra, ou os seus representantes, devem ter um papel activo na procura da solução de engenharia na fase de

concepção e na definição das técnicas que se pretendem aplicar na sua execução. O dono de obra deve

concordar com todas as actividades que se realizem no processo de demolição e escavação.

Deve ser definido, no início dos trabalhos, o local do armazenamento dos resíduos, assim como a sua

valorização.

Devem ser definidas distâncias de segurança e dar a conhecer a todos os trabalhadores as implicações da

actividade que se vai iniciar, assim como garantir que todos têm conhecimento das alterações do normal

funcionamento do esquema de acessos aos posto de trabalho ou abastecimento de matérias primas. As saídas

de emergência nunca devem ser afectadas ou impedidas pelos trabalhos em questão.

Devem ser avaliadas as consequências das actividades de demolição e da escavação no funcionamento das

outras máquinas e estruturas. As ferramentas de demolição funcionam, geralmente, por impacto e choque, e

induzem nas estruturas vibrações elevadas. No caso das ferramentas de escavação, são geralmente máquinas

pesadas que podem constituir uma ameaça para as estruturas existentes. Deve ser avaliada a sua interferência

nos equipamentos vizinhos, ou seja, verificar que não ocorre nenhum dano e que as vibrações induzidas se

mantêm dentro dos limites admissíveis para as máquinas afectadas pelos trabalhos de demolição e remoção

dos resíduos. No caso de não se verificar o cumprimento dos limites de vibração, deve ser suspensa a produção

e, se necessário, retirar e deslocar as máquinas para outro local seguro durante a execução das operações.

Se os trabalhos impedirem o normal funcionamento dos equipamentos, o dono de obra deve ser alertado e

deve ser definido um planeamento adequado.

6.2 Melhoria de solos

Na revitalização de sistemas de fundação, é correntemente necessário executar técnicas de melhoria de solos

de forma a optimizar o comportamento estrutural do solo e mecânico do sistema. Todas as actividades e

técnicas aplicadas devem ser alvo de uma análise rigorosa e deve ser estudada a sua interferência com os

sistemas vizinhos.

As fundações, ou blocos, que assentam directamente no solo devem cumprir com todos os requisitos definidos

pela geotecnia.

65

O processo de compactação dos solos deve ser devidamente acompanhado e deve ser executado de acordo

com o definido pela equipa geotécnica. Caso haja dúvidas, ou sempre que se entenda, devem ser realizados

ensaios à resistência do solo. Os ensaios têm que comprovar que o solo tem a resistência mínima especificada

no projecto.

O fabricante e o dono de obra devem ter conhecimento e reconhecer as equipas geotécnicas que executam a

melhoria do solo e os ensaios. Estas devem ser independentes para evitar influências que afectem a confiança

nos resultados.

6.3 Pormenores construtivos

Os pormenores construtivos neste tipo de obras têm uma relação directa com a qualidade e a manutenção da

qualidade dos sistemas construídos. Muitas técnicas e princípios que se aplicam na construção de edifícios não

são suficientemente conservativos ou adequados no caso das fundações de máquinas. Os sistemas estão

sujeitos a esforços dinâmicos e estáticos consideráveis e é necessário garantir a boa execução dos elementos,

de forma a que não ocorram anomalias durante o tempo de vida útil devido a erros de pormenorização.

Nesta capítulo, analisam-se as particularidades para este tipo de obra nas actividades de betonagem do bloco,

na preparação das superfícies, construção e execução das cofragens para os bloco de grout, instalação dos

sistemas de suporte, assim como das bases de nivelação e a execução das juntas de dilatação.

6.3.1 Betonagem do bloco de fundação e aplicação de grouts

Recomenda-se que o slump máximo para o betão seja de 100mm quando na sua formulação tenha apenas

água. O slump pode ser aumentado até aos 200mm, caso haja necessidade, utilizando aditivos

superplastificantes. Apenas devem ser aplicados grouts com aditivos superplastificantes em locais onde a

geometria assim o exija.

A adição de cinzas volantes é muitas vezes desprezada, mas a sua utilização aumenta a fluidez do betão,

reduzindo a quantidade de água necessária e, consequentemente, o betão adapta-se melhor às zonas de maior

complexidade. A resistência do betão também é superior pelo aumento da compacidade.

Imediatamente após as actividades de betonagem, o betão deve ser protegido contra o frio e calor extremos.

Este aspecto é particularmente importante quando se trata de fundações expostas ao ar livre. Deve ser

protegido contra a secagem rápida e a cura deve ser efectuada conforme definido pela equipa de projecto.

Importa garantir, com elevado grau de certeza, que este processo de betonagem é bem executado e devem ser

evitadas juntas de betonagem. Se houver necessidade, estas devem constar no projecto e, durante as

operações de betonagem, deve ser verificada a sua localização exacta.

Recomenda-se que o bloco de fundação tenha pelo menos 7 dias de cura antes da preparação das superfícies

para a aplicação de grouts.

O grout epóxi, durante o processo de fabrico reage de

durante o processo da mistura para evitar queimaduras.

As superfícies de contacto com o

materiais. Para limpar as superfícies

informação sobre o produto adequado e a forma de limpeza antes da aplicação.

Os trabalhadores devem utilizar o equipamento de protecção e segurança recomendados pelo fabricante no

processo de fabrico e aplicação dos grouts

A aplicação dos grouts deve ser executada vertendo a mistura, como apresentad

Figura 32 - Exemplo de aplicação do (Precision grouting guide –

Verificar previamente se a máquina, caso seja instalada com os suportes, se encontra totalmente livre de

restrições. As ligações devem ser efectuadas após o tempo de cura definido para o

6.3.2 Preparação da superfície do bloco

Não utilizar técnicas de jacto de água a alta pressão ou jacto de arei

utilizado martelo e escopro para retirar uma camada de betão

deve estar definida em projecto e recomenda

A superfície deve ficar irregular e com os agregados expostos.

montagem das cofragens. Caso seja necessário

meteorológicas, calor e frio extremos ou sujidade,

As cofragens utilizadas para o enformar o

do grout para evitar a contaminação das superfícies e

66

durante o processo de fabrico reage de forma exotérmica. É necessário ter cuidados especiais

durante o processo da mistura para evitar queimaduras.

As superfícies de contacto com o grout devem estar secas para garantir uma perfeita aderência entre os

materiais. Para limpar as superfícies, recomenda-se a aplicação de um solvente. O fabricante deve fornecer

informação sobre o produto adequado e a forma de limpeza antes da aplicação.

Os trabalhadores devem utilizar o equipamento de protecção e segurança recomendados pelo fabricante no

grouts.

deve ser executada vertendo a mistura, como apresentado nas Figuras 32 e 33.

Exemplo de aplicação do grout – Weber)

Figura 33 - Exemplo de aplicação do com o topo fechado (Precision grouting guide

Verificar previamente se a máquina, caso seja instalada com os suportes, se encontra totalmente livre de

restrições. As ligações devem ser efectuadas após o tempo de cura definido para o grout.

Preparação da superfície do bloco

água a alta pressão ou jacto de areia na preparação das superfícies. D

utilizado martelo e escopro para retirar uma camada de betão na zona onde se aplicam os

recomenda-se que seja superior a 25 mm.

r e com os agregados expostos. Recomenda-se a limpeza

Caso seja necessário, recomenda-se a protecção da superfície

mos ou sujidade, até ao início da aplicação do grout.

As cofragens utilizadas para o enformar o grout devem ser montadas com um curto intervalo antes da aplicação

a contaminação das superfícies e devem ser fixas ao chão com parafusos.

forma exotérmica. É necessário ter cuidados especiais

devem estar secas para garantir uma perfeita aderência entre os

se a aplicação de um solvente. O fabricante deve fornecer

Os trabalhadores devem utilizar o equipamento de protecção e segurança recomendados pelo fabricante no

o nas Figuras 32 e 33.

xemplo de aplicação do grout em sistemas com o topo fechado (Precision grouting guide – Weber)

Verificar previamente se a máquina, caso seja instalada com os suportes, se encontra totalmente livre de

a na preparação das superfícies. Deve ser

na zona onde se aplicam os grouts. A espessura

se a limpeza antes de iniciar a

se a protecção da superfície das condições

as com um curto intervalo antes da aplicação

devem ser fixas ao chão com parafusos.

67

Durante as actividades de preparação, recomenda-se inspeccionar visualmente a fundação para a existência de

anomalias ou fendilhação do bloco.

6.3.3 Aspectos relacionados com a cofragem

As cofragens, que servem de molde, devem ter as superfícies limpas antes da aplicação da mistura.

Recomenda-se a aplicação de 3 camadas de cera descofrante antes da aplicação do grout. Óleos e ceras líquidas

não são aconselhadas.

Verificar se todas as arestas verticais e permanentemente expostas apresentam um chanfro > 20mm e um

ângulo de 45o. Se não tiver, recomenda-se a sua execução sem prejuízo para o desempenho e integridade

estrutural. Os chanfros devem ser executados directamente no sistema de cofragem.

Todas as arestas do molde devem ser preparadas de modo a garantir a estanquicidade. Caso seja necessário,

recomenda-se a aplicação de uma camada de silicone ou um material de junta adequado ao grout em todas as

arestas interiores da cofragem.

6.3.4 Suportes de fixação

É necessário verificar se os suportes de fixação foram fornecidos com parafusos de nivelamento. Caso não

tenham sido, é necessário aplicar uns adequados, conforme definido em projecto. Como já foi referido, não é

aconselhável nivelar os suportes com cunhas e calços.

Verificar se a tolerância das furações cumpre com o definido em projecto e tem um valor mínimo de 3mm no

diâmetro.

Os pontos de enchimento e ventilação dos suportes devem ser adequados e cumprir com o definido em

projecto. Estes devem ser acessíveis durante todo o processo da aplicação dos grouts.

Recomenda-se que, sempre que possível, os suportes e os varões roscados sejam instalados em conjunto com a

máquina. A vantagem de aplicar esta técnica é a redução do tempo e do risco de ocorrerem erros de posição.

Podemos observar, na Figura 34, um exemplo da instalação dos suportes na sua posição definitiva e o aspecto

final do bloco de grout executado, na Figura 35.

Deve existir um espaço livre por baixo dos varões roscados entre 10 a 15 vezes o diâmetro do varão e este deve

estar definido no projecto.

Figura 34 - Varões roscado prontos para serem betonados juntamente com o suporte (Alphatec)

Antes da aplicação dos suportes no local,

com o projecto. Não devem existir arestas vivas e todos o

Não devem existir parafusos ou porcas de nivelamento por baixo das placas do suporte. O suporte deve ficar

única e exclusivamente apoiado no bloco de

Figura 36 - Exemplo tipo de um varão roscado com manga de protecção

6.3.5 Bases de nivelação

As bases de nivelação devem ser de aço inoxidável

mostra a Figura 37.

68

Varões roscado prontos para serem betonados juntamente com o suporte (Alphatec)

Figura 35 – Estado final dos suportes

aplicação dos suportes no local, é necessário verificar se todas as placas e pormenores est

o devem existir arestas vivas e todos os cantos devem ser arredondados

devem existir parafusos ou porcas de nivelamento por baixo das placas do suporte. O suporte deve ficar

única e exclusivamente apoiado no bloco de grout e devem ser respeitadas as indicações da Figura 36.

Exemplo tipo de um varão roscado com manga de protecção

As bases de nivelação devem ser de aço inoxidável e conforme a configuração definida pela

Porca

2d (1 porca de aperto)

3d (2 porcas de aperto)

Distância ao betão

Porca

Porca

Anilha

d

Manga de protecção

Estado final dos suportes (Alphatec)

verificar se todas as placas e pormenores estão de acordo

s cantos devem ser arredondados.

devem existir parafusos ou porcas de nivelamento por baixo das placas do suporte. O suporte deve ficar

indicações da Figura 36.

Exemplo tipo de um varão roscado com manga de protecção

configuração definida pela API 686, como

Antes da aplicação das bases de nivelação verificar o estado e a integridade dos elementos

Figura 37

As superfícies devem ser limpas e desengorduradas imediatam

ser aplicados produtos solventes minerais. As superfícies não devem ter sinais d

Se for necessário, executa-se a rectificação das peças.

Os parafusos dos sistemas de suporte devem ser lubrificados com

do grout, assim como todos os restantes

As bases, tal como os elementos de suporte, devem ser pr

recomendações para a execução dessas actividades. Recomenda

dos níveis e todas as demais informações apresentadas no parágrafo seguinte.

Recomenda-se a definição de uma placa que sirva de padrão à in

No caso de equipamentos especiais,

das máquinas. A API 686 define uma tolerância de desnível relativo entre 2 pontos medidos na mesma placa de

42 μm no sentido longitudinal e 130 μm no sentido transversal. O desn

686 define o como valor limite 63 μm.

se que o responsável por esta actividade sej

equipamentos de nivelação especiais

69

Antes da aplicação das bases de nivelação verificar o estado e a integridade dos elementos

37 - Bases de nivelação recomendadas (API 686)

As superfícies devem ser limpas e desengorduradas imediatamente antes da aplicação do

minerais. As superfícies não devem ter sinais de corrosão nem irregularidades.

se a rectificação das peças.

de suporte devem ser lubrificados com cera ou massa consistente antes da aplicação

restantes furos devem ser tapados e protegidos.

As bases, tal como os elementos de suporte, devem ser previamente alinhadas e niveladas,

recomendações para a execução dessas actividades. Recomenda-se a verificação prévia do grau de confiança

dos níveis e todas as demais informações apresentadas no parágrafo seguinte.

se a definição de uma placa que sirva de padrão à instalação de todas as outras.

, as bases devem verificar as tolerâncias máximas definidas pelo fabricante

uma tolerância de desnível relativo entre 2 pontos medidos na mesma placa de

entido longitudinal e 130 μm no sentido transversal. O desnível relativo entre placas adjacentes a API

686 define o como valor limite 63 μm. Estes valores são aproximados. Para atingir estas precisões,

se que o responsável por esta actividade seja qualificado e demonstre que o sabe executar. É

especiais, como podemos ver nas Figuras 38 e 39.

Antes da aplicação das bases de nivelação verificar o estado e a integridade dos elementos a instalar.

ente antes da aplicação do grout, não devendo

e corrosão nem irregularidades.

ou massa consistente antes da aplicação

eviamente alinhadas e niveladas, de acordo com as

se a verificação prévia do grau de confiança

stalação de todas as outras.

as bases devem verificar as tolerâncias máximas definidas pelo fabricante

uma tolerância de desnível relativo entre 2 pontos medidos na mesma placa de

ível relativo entre placas adjacentes a API

ara atingir estas precisões, recomenda-

cutar. É necessário utilizar

70

Figura 38 - Nivelamento transversal dos barramentos

Figura 39 - Nivelamento longitudinal dos barramentos

6.3.6 Juntas de dilatação

As juntas de dilatação desempenham um papel fundamental na durabilidade dos sistemas de suporte. Devem

ter uma espessura adequada e definida em projecto.

A execução das juntas em neopreno apresenta uma durabilidade superior, mas também podem ser utilizados

enchimentos de poliestireno. É preciso ter especial atenção na remoção destes materiais utilizando solventes

hidrocarbonatados.

Relativamente à entrega da obra ao cliente pressupõe a execução do projecto de fundação, deixando os

trabalhos prontos para a instalação e o alinhamento da máquina pelas equipas responsáveis por estas

actividades.

A instalação do equipamento no sistema, que o vai fundar, surge no final das operações de construção. Este é

um ponto-chave da actividade de planeamento. No acto da recepção da obra, são entregues todos os relatórios

relativos à obra, que devem estar totalmente completos e devem conter todos os documentos comprovativos

dos ensaios realizados, devem ser realizadas todas as verificações pré-operacionais do sistema construído, o

que inclui verificar as peças desenhadas e se for necessário executar testes que comprovem o desempenho

esperado. Todos os ensaios devem ser realizados na presença do dono de obra.

Todos os varões que se encontram em espera devem estar lubrificados e protegidos. Todos os orifícios ou

canais devem estar desobstruídos e devidamente protegidos contra qualquer ocorrência com protecções

temporárias. Todas as tubagens devem estar identificadas, devidamente protegidas e posicionadas no local

certo para a instalação da máquina.

71

6.4 Recepção da fundação

No acto de recepção, deve ser preenchido o relatório final de obra que consta no Anexo IV da presente

dissertação e é activada a garantia atribuída ao sistema, conforme definido no contracto entre o empreiteiro, o

dono de obra e as restantes partes intervenientes.

No relatório de fecho de obras deve constar uma breve caracterização da obra, descrições sobre o arranque,

gestão da qualidade, gestão económica, gestão do prazo, gestão ambiental, gestão da mão de obra, dos

equipamentos, das actividades de construção, memória técnica e uma parte relativa a indicadores ambientais.

Todos os comentários devem ser elaborados com descrições sucintas.

73

7. Desenvolvimento e aplicação dos relatórios-tipo a dois casos de estudo O presente modelo foi aplicado a dois casos distintos que se apresentam de seguida.

7.1 Caso de estudo 1

No caso de estudo 1, pretende-se testar o modelo e determinar o risco técnico associado a um caso de acidente

que ocorreu na fase de execução da fundação de um centro de maquinação.

Existe uma série de pressupostos importantes que se explicam seguidamente.

O dono de obra contratou mão-de-obra não especializada para executar os blocos de fundação para a máquina

em questão. A solução técnica idealizada e concebida pelo dono de obra foi de abrir quatro caboucos na zona

dos 4 suportes de fixação da máquina, com a condição de gastar o mínimo de dinheiro possível. Determinou-se

então que, em vez de um único bloco de betão armado para suportar a máquina, seriam executados 4

pequenos blocos betonados com a máquina posicionada no lugar definitivo.

A solução construtiva adoptada implicou a demolição de partes do pavimento da fábrica e a escavação dos

caboucos, recorrendo a martelo pneumático e técnicas manuais até 0,6m de profundidade.

Não foram consultados documentos nem peças desenhadas relativamente às pré-existências, nem a estruturas

e infraestruturas presentes na zona da execução da obra. Tal facto constituiu um factor muito agravado do risco

associado à concepção da solução, pois o desconhecimento dos elementos referidos conduziu à situação de

acidente que se está a analisar. No local da escavação, foi encontrado um tubo da rede esgotos, desactivado, e

uma viga do sistema de fundação da fábrica, como podemos ver na Figura 40.

Figura 40 - Sistema de fundação e pré-existências no local

Viga de fundação

pré-existente

Tubo enterrado

desactivado

74

7.1.1 Aplicação do modelo ao caso de estudo 1

O início dos trabalhos de diagnóstico deu-se após a ocorrência de um acidente que ocorreu no momento do

posicionamento da máquina no local definitivo para a executar a betonagem, por rotura do solo, na zona de

atravessamento da tubagem pré-existente.

A aplicação do modelo executou-se elaborando uma vista ao local onde, auxiliado pelo relatório de diagnóstico

que consta do Anexo I da presenta dissertação, se fez o levantamento de todos as verificações propostas com o

objectivo de adquirir informação “isenta” com utilidade para as diferentes partes interessadas.

A aplicação do relatório facilitou claramente a aquisição de dados relativos à situação de acidente, permitindo

aferir antecipadamente a origem e a razão da falha, o que constitui um contributo eminentemente positivo

quer no diagnóstico como na atribuição de responsabilidades pelo sucedido.

7.1.2 Discussão do caso de estudo 1

No presente estudo, a aplicação do modelo não apoiou decisões e apenas serviu para a elaboração do relatório

em contexto académico. Contudo, determina-se que se tivesse sido aplicado em contexto profissional e tivesse

sido consultado o presente modelo na fase de concepção da solução, haveria sinais de alerta que evitariam o

sucedido.

O facto de terem sido executadas escavações sem consultar os projectos das redes da fábrica levou a que se

descobrisse um tubo enterrado no local sobre o qual não se tomou nenhuma atitude, prosseguindo com os

trabalhos. Esta decisão coube ao dono de obra e revela total desconhecimento com as questões estruturais, das

quais resultou a causa do acidente.

Revela-se que não foi cumprida nenhuma regra de boas práticas, nem critérios de dimensionamento para a

concepção e execução da solução de engenharia, constituindo um agravamento do risco associado.

Esta política revelou ser uma estratégia errada, não só pelas consequências do acidente nos atributos de

segurança e da utilização da máquina, como pelo tempo perdido e acréscimo de custos que resultaram da

resolução do problema encontrado.

A solução de instalar primeiro a máquina no local e só depois betonar os blocos de fundação revelou ser um

método rápido de instalação da máquina quando não existem especificações, nem necessidade de instalar

equipamentos especiais de fixação ou isolamento.

75

Figura 41 - Pormenor da rotura da fundação

Após a remoção da máquina do local, ficou decidido entre o dono de obra e o empreiteiro fazer uma nova

escavação com as dimensões exteriores dos caboucos já executados e à mesma profundidade, não havendo

lugar à elaboração de um projecto para a fundação.

A solução adoptada e as técnicas executadas são da única e exclusiva responsabilidade do dono de obra e do

empreiteiro, sendo que os erros grosseiros cometidos são facilmente justificados pela falta de conhecimentos

de quem concebeu e executou a solução construtiva em especial pelo dono de obra, que era o único elemento

decisor e controlador neste evento.

As conclusões da aplicação do modelo e do relatório revelam que existem muitas incertezas relativamente aos

parâmetros físicos e às características do sistema que se executou.

7.1.3 Conclusão sobre o risco de engenharia do caso 1

Constata-se uma série de não-conformidades com um grau de risco agravado e muito agravado como pode ser

consultado no Anexo Va) referente à aplicação do relatório de diagnóstico ao presente caso de estudo.

Encontram-se também, no relatório, os comentários com a fundamentação técnica sobre o risco associado,

assim como as constatações justificativas que se consideradas relevantes.

Recomenda-se a revisão do diagnóstico executado, de forma a diminuir o grau de risco associado à solução que

se pretende construir e recomenda-se a investigação de uma solução alternativa.

76

A solução adoptada apresenta um nível de risco de engenharia muito agravado, existindo uma probabilidade

aumentada de ocorrência de danos, anomalias e problemas técnicos durante a fase de utilização e exploração

da máquina.

7.2 Caso de estudo 2

O caso estudo 2 que se apresenta consiste no controlo sobre as operações de execução de uma fundação, de

acordo com o projecto fornecido pelo fabricante da máquina.

O projecto consiste na execução de uma estrutura de suporte para a máquina e dois blocos, de grandes

dimensões, para as mesas de trabalho da máquina que assentam sobre a mesma estrutura, como podemos ver

na Figura 42.

Figura 42 - Fase inicial de instalação da máquina

Não foram introduzidas alterações ao projecto, tendo sido respeitadas todas as recomendações do fabricante.

Na Figura 43, podemos observar uma peça desenhada, fornecida pelo fabricante onde se encontra

pormenorizada uma das secções da máquina.

Figura

Na Figura 44, apresenta-se alguma

informação é de extrema importância

seu total perfazem aproximadamente 40

77

Figura 43 - Peça desenhada fornecida pelo fabricante

informação sobre as cargas estáticas e os seus pontos de aplicação.

extrema importância especialmente por causa das dimensões e do peso da máquina

imadamente 40 Ton numa área de 88 m2.

os seus pontos de aplicação. Esta

peso da máquina, que no

Figura 44 -

Num local adjacente, existe uma outra máquina igual

deviam ter sido realizados para comprovar que a resistência do solo verificava

acrescido de um maior risco técnico devido ao carácter móvel das cargas

necessidade de verificações adicionais

7.2.1 Aplicação do modelo ao caso de estudo 2

O modelo aplica-se com o objectivo de verificar se o projecto

existem situações imprevistas que possam colocar em causa a execuç

definidos para o tempo de vida útil da máquina

técnico não desprezável, ou agravado,

78

- Exemplo de informação sobre as cargas estáticas

existe uma outra máquina igual, o que dispensou a realização de ensaios ao solo

deviam ter sido realizados para comprovar que a resistência do solo verificava as necessidades

acrescido de um maior risco técnico devido ao carácter móvel das cargas, que por sua vez carece d

necessidade de verificações adicionais.

ao caso de estudo 2

se com o objectivo de verificar se o projecto fornecido é adequado ao local em questão, se

previstas que possam colocar em causa a execução ou afectar negativamente

o tempo de vida útil da máquina, assim como, algum outro aspecto passível de revelar um risco

não desprezável, ou agravado, associado à solução de engenharia.

pensou a realização de ensaios ao solo, contudo

as necessidades. Este aspecto é

, que por sua vez carece da

é adequado ao local em questão, se

afectar negativamente os atributos

algum outro aspecto passível de revelar um risco

79

7.2.2 Discussão do caso de estudo 2

A aplicação do modelo revela que a obra foi bem executada, contudo deveriam ter sido realizados ensaios ao

betão e ao solo apesar da existência de uma máquina igual, como foi referido anteriormente.

O empreiteiro respeitou o caderno de encargos, foram cumpridos todos os requisitos impostos pelo fabricante

e o planeamento foi verificado, não tendo ocorrido atrasos na obra.

7.2.3 Conclusão sobre o risco de engenharia do caso 2

Como foi dito, a solução foi proposta pelo fabricante, sem necessidade de proceder a alterações. Posto isto, não

se verifica um agravamento do grau de risco de engenharia associado à fundação em questão. Existem sim,

algumas situações de risco agravado que se determinam pela escolha dos materiais utilizados. Refere-se, a

título de exemplo, que as bases de fixação são de aço e deveriam ser de aço inoxidável, não foi aplicado

nenhum aditivo ao betão, sendo que a configuração da fundação é propícia a ocorrer contaminação com óleos

de corte e de lubrificação pelas características móveis da máquina.

O planeamento da obra foi cumprido, não se tendo verificado atrasos na obra. Tal facto demonstra que o

empreiteiro cumpriu o estipulado e respeitou o mapa de trabalhos, não incorrendo em nenhuma situação de

agravamento do risco associado à instalação da máquina.

A execução desta obra é determinada por um risco de engenharia normal e a fundação encontra-se conforme as

especificações do fabricante, sendo de esperar que cumpra os requisitos para os quais foi projectada, durante o

tempo de exploração da máquina.

As restantes considerações para a determinação do grau de risco associado podem ser consultadas e verificadas

no Anexo Vb) que consta da presente dissertação, assim como os cometários que determinam e resumem as

verificações efectuadas.

81

8. Conclusões A presente dissertação é desenvolvida e compilada com informação de diferentes fontes com o intuito de obter

a melhor solução de engenharia para fundações de máquinas industriais e apoiar a avaliação do risco de

engenharia associado a essas fundações.

Essa informação é compilada num modelo proposto com o objectivo de promover e garantir a segurança,

utilização e durabilidade dos sistemas de fundação que se pretendem construir, a implementação de acções que

salvaguardam a protecção, a manutenção dos bens e os níveis de segurança da saúde e do ambiente,

reflectindo as necessidades de todos os utilizadores. O modelo apoia a tomada de decisões sobre a concepção e

a execução deste tipo de fundações.

O modelo proposto assenta nos conceitos de controlo técnico, da qualidade e do risco de engenharia, em

actividades de verificação e modelos ou sistemas de gestão. O modelo pode ser aplicado em mercados de

excelência com altos padrões de exigência. As indústrias aeronáutica, electrónica e automóvel são exemplos de

mercados com um enorme potencial. De salientar as áreas da micromaquinação e acabamento de peças, onde a

precisão é o elemento-chave para garantir a qualidade final desejada.

Em contacto empresarial, notou-se que a aplicação do modelo proposto pode simplificar os processos de

trabalho e reduzir o tempo e o custo associado à não-qualidade. A aplicação do modelo aumenta a rapidez na

aquisição de dados base para o projecto, dados sobre o estado e a forma do sistema de fundações, a sua análise

e a obtenção de respostas que possam melhorar a gestão do planeamento e dos recursos nas diferentes fases a

que se propõem e ao longo de todo o processo de construção.

As recomendações e boas práticas apresentadas nesta dissertação facilitam a resolução dos problemas e a sua

investigação, tendo-se verificado uma boa aceitação por parte dos potenciais utilizadores.

A aplicação do conceito de controlo técnico revelou ser de grande utilidade para mercados exigentes e carentes

de competência, inovação e distinção em relação à concorrência.

Da perspetiva financeira, notou-se que a aplicação do modelo proposto tem um custo residual comparado com

o valor da obra e que os benefícios da sua aplicação são eminentemente positivos e valiosos pela redução das

avarias e dos desperdícios.

Verificou-se ainda que o modelo proposto articula-se e integra-se facilmente com outros modelos e planos de

controlo associados à concepção, instalação e manutenção de máquinas industriais, colmatando até lacunas

habitualmente verificadas no momento da instalação deste tipo de máquinas e que estão na origem de

ocorrências com níveis de risco associado agravado ou muito agravado.

O modelo proposto inclui também orientações para avaliar os níveis de risco, sendo que a estratégia de

classificação implica a elevada experiência e conhecimento de quem aplica o modelo.

82

Em suma, o modelo proposto, pretende proteger e salvaguardar os interesses das várias partes intervenientes

na qualidade da instalação de máquinas industriais. Ressalva-se que as soluções e recomendações descritas

nesta dissertação servem como guia. Outras soluções podem ser consideradas e aplicadas com o comum acordo

entre todas as partes interessadas.

O controlo das diversas actividades ao longo da construção do sistema de fundação das máquinas industriais é

assim um factor fundamental para garantir a robustez e a própria aplicação do modelo. Esse controlo pode

basear-se no presente modelo proposto, embora existam questões especificas não abordadas na presente

dissertação.

O modelo proposto deverá assim ser completado e revisto, tendo em conta os requisitos dos diversos tipos de

máquinas industriais.

O modelo deverá também ser adaptado consoante as necessidades e planos de gestão da qualidade das

empresas proprietárias das máquinas. Recomenda-se que antes da aplicação do presente modelo se avalie, com

espírito crítico, as particularidades da obra que se vai iniciar e completar ou adaptar os aspectos especificados,

de forma a corresponder com maior rigor e ao problema que se pretende resolver.

Na presente dissertação, é apresentada a combinação de duas abordagens distintas, uma abordagem pelos

elementos que constituem o sistema máquina-fundação e uma abordagem aos intervenientes na construção

destes sistemas, assentando os seus princípios na melhoria contínua dos resultados obtidos.

As melhorias que se pretendem atingir podem ser promovidas pelo acréscimo de informação específica e a

inclusão da problemática a outros tipos de máquinas industriais e sistemas de fundação, de forma a contemplar

todas as situações relacionadas com as máquinas industriais.

Um contributo de valor seria a associação da presente proposta de modelo de controlo técnico a outros

modelos existentes, potenciando a sua aplicação e a verificação da conformidade de uma forma generalizada.

O desenvolvimento de uma escala quantitativa do risco, calibrada e adaptada à problemática das fundações de

máquinas industriais permita estender o campo de aplicação do modelo, contribuindo positivamente para a

avaliação técnica dos diversos sistemas que se pretendem construir e controlar. Desta forma, entende-se que

aplicar uma metodologia de quantificação é útil para interpretar melhor o risco associado às tomadas de

decisão.

83

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ISO 31000:2009 - Gestão do risco.

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84

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Srinivasulu, P., & Vaidyanathan, C. (1976). Handbook of machine foundations. McGraw-Hill.

85

10. Anexos

Anexo I – Relatório de Diagnóstico de Fundações para Máquinas Industriais

Anexo II – Relatório de Concepção de Fundações para Máquinas Industriais

Anexo III – Relatório de Execução de Fundações para Máquinas Industriais

Anexo IV – Relatório de Fecho de Obra

Anexo V – Relatórios dos casos de estudo

Anexo V a) – Relatório de diagnóstico: Caso de estudo 1

Anexo V b) – Relatórios de execução: Caso de estudo 2

Anexo I – Relatório de Diagnóstico de Fundações para Máquinas Industriais

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 1&

ANEXO&I&(&RELATÓRIO&DE&DIAGNÓSTICO&

Máq

uina

&Ve

r&&capítulo&2.3&–&Tab

elas&2,&3&e&4 IDENTIFICAÇÃO&DO&PROCESSO:&

Nº&Série:&&(Colocar(referência(identificativa(da(máquina)&

Localização:&&(Colocar(referência(de(localização(da(máquina,(pavilhão,(departamento,(sector)(

Rotativa& &&Alternativa& &&&Impulsiva& &&&Outro& &&&

Velocidade&máxima&de&funcionamento:&

Classe&I& & Classe&II& &&&&&Classe&III& &&&&&&Classe&IV &&&

& &

Fund

ação

&Ve

r&&capítulos&2

.4&e&2.5&–&Figuras&2,&3&e&4,&Tab

ela&6(

&&

Tipo&de&fundação&

Bloco&& &&&Combinações&de&blocos&& &&&Bloco&de&inércia&& &&&&Elevada&& &

Não&existe&& &&&

Sistema&de&fixação&e&isolamento&&

Apoios&rígidos&& &&&Apoios&flexíveis&& &&&&

&&&&&&&&&Ajustáveis&& &&&&Fixos&& &

Membranas&elásticas&& &&Molas&& &&&Amortecedores&& &&&

Tipo:

&

&

&

&

&SIM&

&

&

&

&

&NÃO

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 2&

REFERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO(

MUITO

&AG

RAVA

DO(

Revisão&do

&projecto&

Ver&&capítulo&4.1&&

4.1.1&–&Elementos&disponíveis& && & && & &Estudo&geotécnico& && & && & &Hipóteses&de&cálculo& && & && & &Memória&de&cálculo& && & && & &Peças&desenhadas& && & && & &Projecto&de&fundação& && & && & &Projecto&de&instalações& && & && & &Manuais&dos&equipamentos& && & && & &Pormenores&construtivos& && & && & &Comentários:& & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && & & & & &4.1.2&–&Elementos&construtivos& & & & & &Elementos&pré&fabricados& && & && & &Juntas&de&dilatação& && & && & &Estruturas&metálicas& && & && & &Número&de&apoios&da&máquina:& & & & & && & & & & &Sistema&de&isolamento&do&bloco&de&fundação& && & && & &

Bases&de&assentamento&& && & && & &Membranas&de&isolamento&das&paredes&& && & && & &Isoladores&pneumáticos& && & && & &Isoladores&a&mola&e&amortecedores& && & && & &

& & & & & &Estruturas&pré(existentes& & & & & &

Aço& && & && & &Betão& && & && & &Outros&materiais& && & && & &

& & & & & &Ligações&externas& & & & & &

Ar&comprimido& && & && & &Água& && & && & &Óleo& && & && & &Outras&redes& && & && & &

Fluido&abastecido:& & & & & &Comentários:& & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && & & & & &

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 3&

REFERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO(

MUITO

&AG

RAVA

DO(

Revisão&do

&projecto&

Ver&&capítulo&4.1&

4.1.3&–&Revisão&conceptual& & & & & &Foi&seguida&alguma&normativa&referente&a&fundações&de&máquinas&industriais?& && & && & &O&projecto&foi&elaborado&segundo&as&recomendações&do&fabricante&da&máquina?& && & && & &Existe&mais&do&que&uma&máquina&fundada&no&mesmo&bloco&de&fundação?& && & && & &Existem&máquinas&na&vizinhança&que&possam&causa&interferência?& && & && & &O&sistema&verifica&alguma&das&seguintes&regras&de&dimensionamento?& && & && & &

Máquinas&rotativas:&& & & & & &Massa&da&fundação&>&3x&Massa&da&máquina& && & && & &

Máquinas&impulsivas:&& & & & & &Massa&da&fundação&>&5&a&10&x&a&Massa&da&máquina&ou&100&kg/kW& && & && & &

Outras:& & & & & &30kg/kW& && & && & &

Comentários:& & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && & & & & &4.1.4&–&Aspectos&de&dimensionamento& & & & & &Frequência&da&fundação&≠&em&±&20%&da&frequência&de&funcionamento&da&máquina?&& && & && & &Foram&consideradas&combinações&de&acções?& && & && & &Foram&realizadas&análises&dinâmicas?& && & && & &

Documento&comprovativo:& & & & & &Foram&consideradas&todas&as&cargas&no&dimensionamento&do&bloco,&das&ligações&e&fixações&de&ancoragem&da&máquina&à&fundação?&

& & & & &

Encontramnse&definidos&os&limites&e&critérios&de&vibração?& && & && & &Frequência&natural&do&bloco&de&fundação:& & & & & &É&conhecido&o&carregamento&dinâmico&causado&pelo&funcionamento&da&máquina?& && & && & && & & & & &Teoria&de&análise& & & & & &Método&da&mola&linear& && & && & &Método&do&seminespaço&elástico& && & && & &Método&da&função&da&impedância& && & && & && & & & & &4.1.5&–&Aspectos&geotécnicos& & & & & &Carregamento&do&solo&<&75%&capacidade&de&carga?&& && & && & &Foram&realizados&ensaios&geotécnicos&in&situ?&& && & && & &

Documento&comprovativo:& & & & & &Número&de&amostras:& & & & & &Profundidade:&(m)& & & & & &Número&de&golpes&(Ensaio&SPT):& & & & & &Módulo&de&elasticidade&“E”:& & & & & &Módulo&de&compressibilidade&volumétrica&“k”:& & & & & && & & & & &

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 4&

REFERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO(

MUITO

&AG

RAVA

DO(

Revisão&do

&projecto&

Ver&&capítulo&4.1&

Módulo&de&elasticidade&transversal&“Gs”:& & & & & &Módulo&de&Poisson&“ν”:& & & & & &

Existe&informação&detalhada&do&solo&em&perfil?& && & && & &Constituintes&do&solo:& & & & & &Posição&do&nível&freático:&(m)& & & & & &Capacidade&resistente&máxima&do&solo:& & & & & &

Comentários:& & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && & & & & &

4.1.6&–&Materiais& & & & & &Os&materiais&são&adequados&às&condições&do&local?& && & && & &Foram&utilizados&aditivos&na&formulação&do&betão?& && & && & &Foram&tomadas&acções&para&prevenir&o&ataque&químico&do&betão?& && & && & &Comentários:& & & & & &

& & & & & && & & & & && & & & & && & & & & &

4.1.7&–&Acções&térmicas,&reológicas&e&vento& & & & & &Foram&consideradas&as&acções&térmicas&e&reológicas&no&projecto?& && & && & &Distância&máxima&entre&juntas:& & & & & &A&acção&do&vento&é&aplicável?& & & & & &

Altura&de&coroamento&do&equipamento:&(m)& && & && & &Zona&geográfica:&(ver(Quadro(NA.I(B(EN(1991B1B4(2010)& & & & & &Situação&topográfica:&(m)& & & & & &Carga&devida&ao&vento:&(kN/m2)& & & & & &

Foram&aplicadas&medidas&de&protecção&para&as&acções&térmicas?& & & & & &Comentários:& & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && & & & & &4.1.8&–&Aspectos&relacionados&com&a&máquina& & & & & &Velocidade&nominal:&(rpm)& & & & & &Frequência&de&funcionamento:((para(a(gama(de(velocidades(frequentemente(utilizada)& & & & & &Posição&do&centro&de&gravidade:((m)& & & & & &Existe&algum&dos&seguintes&documentos?& && & && & &

Manuais&de&montagem&e&instalação:& & & & & &Manuais&de&desmontagem&e&armazenamento:& & & & & &Especificações&para&o&abastecimento&de&água:&(Pressão(e(temperatura)& & & & & &Especificações&para&o&abastecimento&de&ar&comprimido:& & & & & &

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 5&

REFERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO(

MUITO

&AG

RAVA

DO(

Revisão&do

&projecto&

Ver&&capítulo&4.1& Existem&equipamentos&acessórios?&(se(sim,(especificar(quais)& && & & & &

Verificamnse&avarias&ou&problemas&mecânicos&com&a&máquina?& && & & & &Comentários:& & & & & &

& & & & & && & & & & && & & & & &

Inspecções&

Ver&cap

ítulo&4.2&

4.2.1&–&Inspecções&visuais& & & & & &

Anomalias&no&betão&&& &

&&& &

Descrição:& & & & & &&& & & & & && & & & & &

Anomalias&no&aço&&& &

&&& &

Descrição:& & & & & && & & & & && & & & & &

Anomalias&na&estrutura&&& &

&&& &

Descrição:& & & & & && & & & & && & & & & &

O&estado&de&conservação&dos&seguintes&elementos&é&aceitável&para&o&normal&funcionamento&do&sistema?&

& & & & &

Juntas&de&dilatação& && & & & &Equipamentos&ou&membranas&de&isolamento&& && & & & &Equipamentos&de&fixação& && & & & &Ligações& && & & & &

É&possível&remover&os&diferentes&componentes&sem&danificar&o&bloco&de&fundação?& && & & & &O&fabricante&foi&consultado&ou&participou&nas&actividades&de&diagnóstico?& && & & & &Existe&óleo&ou&outro&contaminante&em&contacto&com&o&bloco&de&fundação?& && & & & &Comentários:& & & & & && & & & & && & & & & && & & & & &4.2.2&–&Ensaios&complementares&de&diagnóstico&recomendados& & & & & &Ultra(sons& && & & & &Observações:& & & & & && & & & & &Esclerométrico& && & & & &Observações:& & & & & && & & & & &Magnetómetro& && & & & &Observações:& & & & & && & & & & &

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 6&

REFERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO(

MUITO

&AG

RAVA

DO(

Inspecções&

Ver&&capítulo&4.2&

Teste&de&carotes& && & & & &Observações& & & & & && & & & & &Ensaios&dinâmicos& && & & & &Observações& & & & & && & & & & &Absorção&de&água& && & & & &Observações& & & & & && & & & & &Outros& && & & & &Observações& & & & & && & & & & && & & & & &

&

Documentos&consultados&ou&relatórios&solicitados&pelo&responsável&de&aplicação&do&controlo&técnico

CONCEITO& DATA&DE&EMISSÃO&

DATA&DE&RESPOSTA&

RESPOSTA&SATISFATÓRIA&

& & & &SIM& NÃO&& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

RESULTADOS&DO&CONTROLO&TÉCNICO Vibração&excessiva& &SIM& NÃO&Origem:&&Mecânica& &&Por&falta&de&equilíbrio& & & && & && & &Rotura&da&fundação& &SIM& NÃO&Tipo:&&&&Total& &&&&Local& &&

& &

Falta&de&estabilidade&da&máquina& &SIM& NÃO&Cargas&transmitidas&ao&terreno&superiores&às&admissíveis&& &SIM& NÃO&& & &O&cálculo&e&dimensionamento&da&fundação&é&aceitável&para&uma&situação&de&risco&não&agravado&

&SIM& NÃO&

& & &

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 7&

CONCLUSÃO&TÉCNICA&DO&RISCO&&Com&base&na&documentação&revista&e&considerando&os&desenhos&de&arquitectura&e&de&estrutura&do&projecto&analisado,&consideranse&a&obra&em&situação&de&risco&técnico:&(definir(tipo(e(nível(de(risco).&&Normal&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& &Agravado&&&&&&&&&&&&&&&& &Muito&Agravado&&&& &&Recomendações/observações/comentários:&&&&&&&&&&&&&&&&&&&

&

Anexo II – Relatório de Concepção de Fundações para Máquinas Industriais

Anexo&II&–&Relatório&de&concepção 1&

ANEXO&II&(&RELATÓRIO&DE&CONCEPÇÃO&

REFER

ÊNCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO!

MUITO&

AGRA

VADO!

Inform

ação

&geral&

Ver&&cap

ítulo&5.1&&

São&conhecidas&todas&as&condições&de&carga&para&os&componentes&da&máquina?& && & & & &

Especificar:& & & & & &

Peso&máximo&admissível&na&mesa:& & & & & &

Peso&dos&diversos&componentes:& & & & & &

Condições&estáticas:& & & & & &

Condições&dinâmicas:& & & & & &

Centro&de&massa&da&máquina:& & & & & &

Centro&de&massa&dos&equipamentos&acessórios:& & & & & &

Centro&de&rotação&da&máquina:& & & & & &

Centros&de&rotação&dos&equipamentos&acessórios:& & & & & &

Verificar:& & & & & &

Layout&da&máquina& && & & & &

Peças&cotadas&da&máquina& && & & & &

Desenhos&técnicos&da&máquina& && & & & &

Desnível&em&relação&ao&pavimento:&(Definir!altura!mínima)& && & & & &

Estão&definidas&especificações&para&os&sistemas&de&apoio&e&fixação&da&máquina& && & & & &

Estão&definidas&especificações&especiais&para&o&abastecimento&da&máquina?& && & & & &

Fluídos:& && & & & &

Pressão:& && & & & &

Temperatura:& && & & & &

Existem&condições&especiais&de&ocorrência&de:& & & & & &

Torção:& && & & & &

Flexão:& && & & & &

Combinação&de&acções:& && & & & &

EncontramWse&definidos&critérios&de&vibração?& && & & & &

É&necessário&considerar&o&efeito&do&vento?& && & & & &

Existe&o&risco&de&penetração&do&gelo?& && & & & &

São&conhecidas&as&localizações&de&todas&as&redes&da&fábrica?&& && & & & &

Houve&intervenção&de&um&gabinente&de&estudos&de&solos?& && & & & &

O&relatório&geotécnico&foi&sujeito&a&revisão?& && & & & &

As&conclusões&estão&devidamente&fundamentadas?& && & & & &

O&estudo&geotécnico&cumpre&a&regulamentação&aplicável?&& && & & & &

São&necessários&ensaios&geotécnicos&complementares?& && & & & &

São&conhecidos&os&seguintes&parâmetros&do&solo?& & & & & &

Módulo&de&elasticidade&“E”& && & & & &

Módulo&de&compressibilidade&volumétrica&“k”& && & & & &

Módulo&de&elasticidade&transversal&“Gs”& && & & & &

Módulo&de&Poisson&“ν”& && & & & &

Posição&do&nível&freático& & & & & &

Anexo&II&–&Relatório&de&concepção 2&

REFER

ÊNCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO!

MUITO&

AGRA

VADO!

Inform

ação

&geral&

Ver&&cap

ítulo&5.1&&

Existe&informação&detalhada&do&solo&em&perfil?& && & & & &

Constituintes&do&solo:& & & & & &

Capacidade&máxima&do&solo:& & & & & &

O&projecto&geotécnico&foi&aprovado&por&um&engenheiro&geotécnico?& & & & & &

Os&parâmetros&e&características&da&máquina&foram&fornecidos&pelo&fabricante?& && & & & &

Existem&equipamentos&acessórios?&&(se!Sim,!especificar!quais)&

&& & & & &

A&solução&de&engenharia&implica&a&alteração&do&layout!da&fábrica?! && & & & &

Existem&equipamentos&móveis&e&fixos&no&mesmo&sistema&máquinaWfundação?& & & & & &

Foi&avaliada&a&exposição&ambiental&a&químicos&e&às&condições&reológicas?& & & & & &

Foram&definidos&aditivos&de&previnam&o&ataque&químico&do&betão?& & & & & &

Sílica&de&fumo&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& & & & & &

Nitrito&de&cálcio&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& & & & & &

Revestimentos&galvanizados& & & & & &

Polímeros& & & & & &

Foram&definidos&aditivos&aceleradores&de&presa&do&betão?& & & & & &

O&aço&cumpre&com&os&regulamentos&aplicáveis&em&Portugal?& & & & & &

Tensão&de&cedência&do&aço&>&435&MPa?& & & & & &

Afastamento&entre&varões&<&300m?& & & & & &

Os&varões&>&ϕ12mm?& & & & & &

Os&elementos&metálicos&respeitam&a&normativa&NP&EN&1993?& & & & & &

Está&previsto&os&parafusos&de&fixação&serem&instalados&com&a&máquina?& & & & & &

O&dimensionamento&dos&parafusos&considera&todas&as&cargas&aplicadas?& & & & & &

O&fabricante&foi&consultado&durante&a&fase&de&concepção&da&solução&de&

engenharia?&

& & & & &

Estão&definidas&exigências&funcionais&em&caso&de&sismo?& & & & & &

Foram&realizadas&análises&dinâmicas?&& & & & & &

É&necessário&aplicar&sistemas&de&isolamento?& & & & & &

Para&controlar&os&deslocamentos?& & & & & &

Para&controlar&as&acelerações?& & & & & &

Existem&equipamentos&móveis&e&fixos&no&mesmo&sistema&máquinaWfundação?& & & & & &

Foram&consideradas&soluções&alternativas&à&solução&proposta?& & & & & &

O&sistema&de&fundação&cumpre&os&limites&definidos&para&o&assentamento?& & & & & &

A&excentricidade&entre&os&centros&de&massa&da&máquina&e&da&fundação&<&5%&da&

distância&entre&estes?&

& & & & &

CumpremWse&as&recomendações&de&cálculo&previstas&na&regulamentação&

aplicável?&

& & & & &

A&frequência&natural&da&fundação&difere&em&pelo&menos&20%&da&frequência&de&

funcionamento&da&máquina?&

& & & & &

A&largura&da&fundação&é&adequada:& & & & & &

Para&evitar&o&derrubamento?& & & & & &

Para&a&instalar&os&suportes&de&fixação?& & & & & &

& & & & & &

Anexo&II&–&Relatório&de&concepção 3&

REFER

ÊNCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO!

MUITO&

AGRA

VADO!

Inform

ação

&geral&

Ver&&cap

ítulo&5.1&

O&projecto&de&betão&armado&foi&elaborado&de&acordo&com&a&regulamentação&

nacional&aplicável?&

&& & & & &

O&projecto&foi&elaborado&de&acordo&com&a&documentação&de&referência?& && & & & &

Todas&as&cargas&são&suportadas&pela&fundação?& && & & & &

Máquinas&impulsivas:&mais&do&que&duas&fundadas&na&mesma&fundação?& && & & & &

Máquinas&alternativas:&mais&do&que&uma&máquina&na&mesma&fundação?& & & & & &

Os&braços&de&accionamento&encontramWse&instalados&paralelamente?& & & & & &

O&carregamento&é&<&75%&da&capacidade&de&carga&do&solo?& & & & & &

São&conhecidas&as&características&e&magnitude&das&cargas&dinâmicas&geradas&pelo&

funcionamento&da&máquina?&

& & & & &

O&préWdimensionamento&verifica&as&seguintes&condições:& & & & & &

Máquinas&rotativas:&& & & & & &

Massa&da&fundação&>&3x&Massa&da&máquina& & & & & &

Máquinas&impulsivas:&& & & & & &

Massa&da&fundação&>&5&a&10&x&a&Massa&da&máquina&ou&100&kg/kW& & & & & &

Outras:& & & & & &

30kg/kW& & & & & &

Estão&especificados&ensaios&especiais?& & & & & &

Betão&& & & & & &

Carga& & & & & &

Vibração& & & & & &

Comentários:& & & & & &

& & & & & &

& & & & & &

& & & & & &

& & & & & &

Acções&

Ver&&cap

ítulo&5.2&

5.2.1&–&Estado&Limite&de&Serviço& & & & & &

Todas&as&cargas&são&suportadas&pela&fundação?& & & & & &

O&carregamento&é&<&75%&da&capacidade&de&carga&do&solo?& & & & & &

São&conhecidas&as&características&e&magnitude&das&cargas&dinâmicas&geradas&pelo&

funcionamento&da&máquina?&

& & & & &

A&fundação&cumpre&os&limites&definidos&para&o&assentamento?& & & & & &

A&excentricidade&entre&os&centros&de&massa&da&máquina&e&da&fundação&<&5%&da&

distância&entre&estes?&

& & & & &

Máquinas&impulsivas:&mais&do&que&duas&fundadas&na&mesma&fundação?& & & & & &

Máquinas&alternativas:&mais&do&que&uma&máquina&na&mesma&fundação?& & & & & &

Os&braços&de&accionamento&encontramWse&instalados&paralelamente?& & & & & &

O&dimensionamento&dos&parafusos&considera&todas&as&cargas&aplicadas?& & & & & &

As&furações&atendem&às&regras&utilizadas&no&cálculo&da&resistência&das&ligações&

aparafusadas?&

& & & & &

Está&definido&o&aperto&do&parafuso?& & & & & &

O&aperto&definido&>50%&e&<70%&da&tensão&de&cedência&do&parafuso?& & & & & &

& & & & & &

Anexo&II&–&Relatório&de&concepção 4&

REFER

ÊNCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO!

MUITO&

AGRA

VADO!

Acções&

Ver&&cap

ítulo&5.2&

5.2.1&–&Estado&Limite&Último& & & & & &

É&válida&a&hipótese&da&rotura&dos&parafusos&se&ocorrer&por&tracção?& & & & & &

As&tensões&resistentes&máximas&das&secções&ou&ligações&verificam&a&segurança&

tendo&em&conta&o&cenário&mais&gravoso&de&carregamento?&

& & & & &

O&equilíbrio&da&solução&de&engenharia&cumpre&os&requisitos&impostos?& & & & & &

A&estabilidade&da&solução&de&engenharia&cumpre&os&requisitos&impostos?& & & & & &

EncontramWse&definidos&requisitos&de&funcionamento&em&caso&de&acidente?& & & & & &

Comentários:& & & & & &

& & & & & &

& & & & & &

& & & & & &

& & & & & &

Porm

enores&construtivo

s&Ver&cap

ítulo&5.3&

5.3.1&–&Sistemas&de&fixação& & & & & &

Está&previsto&o&uso&de&mangas&nos&parafusos?& & & & & &

Comprimento&>&150mm?& & & & & &

Diâmetro&>&2x&o&diâmetro&do&parafuso?& & & & & &

Altura&livre&por&baixo&do&parafuso&>&150mm?& & & & & &

As&furações&têm&um&tolerância&no&diâmetro&de&3&mm?& & & & & &

Classe&dos&parafusos&>&5.6?& & & & & &

É&necessário&fabricar&suportes&de&fixação&para&a&máquina?& & & & & &

& & & & & &

5.3.2&(&Aspectos&relacionados&com&os&grouts& & & & & &

Está&definida&a&aplicação&de&grouts?! & & & & &

São&conhecidas&todas&as&características&físicas&e&mecânicas&necessárias&para&a&

definição&do&grout?&& & & & &

O&esquema&de&fundação&permite&ter&um&espessura&adequada&de&grout?& & & & & &

Existem&locais&específicos&onde&seja&necessário&aplicar&aditivos&plastificantes&à&

formulação&do&grout?&& & & & &

EncontraWse&definida&a&remoção&de&uma&camada&de&betão&para&a&aplicação&do&

grout?&& & & & &

Camada&de&remoção&>&25&mm?& & & & & &

A&técnica&definida&para&a&remoção&do&betão&põe&em&causa&a&integridade&

estrutural&do&bloco?&

& & & & &

Está&definido&em&projecto&um&chanfro&em&todas&as&arestas&verticais&e&

permanentemente&expostas&do&bloco&de&grout?&

& & & & &

Dimensão&do&chanfro&>&25&mm&e&um&ângulo&de&45o?& & & & & &

Está&prevista&a&execução&de&juntas&de&dilatação?& & & & & &

Espessura&das&juntas&>&12&mm&e&<&25mm?& & & & & &

As&juntas&estão&definidas&paralelamente&aos&elementos&de&fixação&ao&bloco?& & & & & &

O&material&de&selagem&da&junta&é&adequado?& & & & & &

Existem&peças&desenhadas&da&solução&técnica&de&fundação?& & & & & &

As&peças&desenhadas&são&claras&e&inequívocas&relativamente&a:& & & & & &

Geometria&da&fundação?& & & & & &

Cotas&do&topo&da&fundação&em&relação&ao&pavimento&da&fábrica?& & & & & &

Anexo&II&–&Relatório&de&concepção 5&

REFER

ÊNCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO!

MUITO&

AGRA

VADO!

Embebimento&da&fundação?& & & & & &

Localização&dos&suportes?& & & & & &

Geometria&e&classe&dos&parafusos?& & & & & &

Tensão&de&cedência&do&aço?& & & & & &

Foram&consideradas&as&cargas&de&movimentação&e&instalação&da&máquina?& & & & & &

O&projecto&está&de&acordo&com&as&recomendações&do&fabricante?& & & & & &

O&projecto&foi&revisto&pelo&fabricante?& & & & & &

O&projecto&foi&aprovado&pelo&fabricante?& & & & & &

Comentários:& & & & & &

& & & & & &

& & & & & &

& & & & & &

& & & & & &

Documentos&consultados&ou&relatórios&solicitados&pelo&responsável&de&aplicação&do&

controlo&técnico CONCEITO& DATA&DE&

EMISSÃO&DATA&DE&RESPOSTA&

RESPOSTA&SATISFATÓRIA&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

RESULTADOS&DO&CONTROLO&TÉCNICO A&solução&de&engenharia&cumpre&com&os&requisitos&impostos&pelo&fabricante?& &SIM& &NÃO&

A&solução&de&engenharia&cumpre&com&os&requisitos&impostos&pelo&dono&de&obra?& &SIM& &NÃO&

O&sistema&de&fundação&encontraWse&completamente&adaptado&e&adequado&à&funcionamento&

esperado&para&a&máquina?&&SIM& &NÃO&

& & &

& & &

& & &

& & &

& & &

Anexo&II&–&Relatório&de&concepção 6&

CONCLUSÃO&TÉCNICA&DO&RISCO&

&Com&base&na&documentação&revista,&considerando&os&desenhos&de&arquitectura&e&de&estrutura&do&projecto&analisado,&consideraWse&a&obra&em&situação&de&risco&técnico:&(definir!tipo!e!nível!de!risco).&&

Normal&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& &

Agravado&&&&&&&&&&&&&&&& &

Muito&Agravado&&&& &

&

Recomendações/observações/comentários:&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

Anexo III – Relatório de Execução de Fundações para Máquinas Industriais

Anexo&III&–&Relatório&de&execução& 1&

ANEXO&III&(&RELATÓRIO&DE&EXECUÇÃO&

REFERÊNCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&

TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO!

MUITO

&AG

RAVA

DO!

Demolição&e&escavação&

Ver&&capítulo&6.1&&

É&necessário&executar&demolições?&& && & && & &&Estão&definidas&e&marcadas&as&zonas&de&segurança?& && & && & &&Os&trabalhadores&estão&informados&dos&trabalhos&que&vão&iniciar?& && & && & &&Os&trabalhadores&têm&conhecimento&das&alterações&aos&acessos?& && & && & &&As&actividades&de&demolição&interferem&com&os&equipamentos&sensíveis?& && & && & &&As&actividades&de&demolição&afectam&o&normal&funcionamento&dos&equipamentos&na&vizinhança?&

&& & && & &&

Os&equipamentos&de&demolição&e&escavação&foi&verificado&e&encontraRse&disponível?&

&& & && & &&

É&necessário&executar&escavações?& && & && & &&Está&definido&um&trajecto&para&os&equipamentos&de&escavação&e&transporte&dos&resíduos?&

&& & && & &&

Os&trabalhadores&directamente&afectos&às&operações&de&escavação&têm&conhecimento&dos&elementos&enterrados?&

&& & && & &&

As&localizações&das&redes&são&conhecidas?& && & && & &&Comentários:& & & & & &

&&&

& & & & & &

Melhoria&de&solos&

Ver&&capítulo&6.2&

Foi&definida&alguma&técnica&de&melhoramento&de&solos?& && & && & &&São&conhecidas&todos&os&processos&de&execução?& && & && & &&O&processo&de&compactação&está&definido&em&projecto?& && & && & &&Estão&previstos&ensaios&de&resistência&ao&solo&melhorado?& && & && & &&Foi&realizado&algum&estudo&ou&análise&para&avaliar&os&deslocamentos&e&alterações&físicas&introduzidas&no&solo?&

&& & && & &&

Foram&consideradas&cargas&móveis&no&projecto&geotécnico?& && & && & &&Existe&documentação&que&comprove&que&o&solo&tem&a&resistência&definida&em&projecto?&

&& & && & &&

Comentários:& & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && &

Anexo&III&–&Relatório&de&execução& 2&

REFERÊNCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&

TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO!

MUITO

&AG

RAVA

DO!

Pormenores&construtivos&

Ver&&capítulo&6.3&&

6.3.1&–&Betonagem&do&bloco&de&fundação&e&aplicação&de&grouts' & & & & &A&betonagem&foi&autorizada&pelo:& & & & & &

Dono&de&obra& && & && & &&Equipas&de&controlo&técnico,&fiscalização& && & && & &&Fabricante& && & && & &&

A&betonagem&é&acompanhada&pela&equipa&de&fiscalização?& && & && & &&A&cota&de&betonagem&foi&atingida?& && & && & &&As&juntas&de&betonagem&cumprem&com&o&definido&em&projecto?& && & && & &&Está&prevista&alguma&técnica&de&cura&especial?& && & && & &&É&necessário&proteger&do&calor&ou&frio&extremos?& && & && & &&Foram&realizados&ensaios&de&conformidade&do&betão?& && & && & &&Está&prevista&a&instalação&de&peças&préRfabricadas?& && & && & &&Estão&definidas&tolerâncias&para&as&peças&préRfabricadas?& && & && & &&Foi&verificada&a&verticalidade&dos&varões&depois&da&betonagem?& && & && & &&O&grout&foi&fabricado&de&acordo&com&as&recomendações&do&fabricante?& && & && & &&A&temperatura&de&aplicação&do&grout&é&a&adequada,&de&acordo&com&o&fabricante?& && & && & &&A&aplicação&do&grout&está&prevista&ser&por&derramamento&da&mistura?& && & && & &&Que&tipo&de&grouts&estão&previstos?& & & & & &Epoxi& && & && & &&Cimentícios& && & && & &&

O&tempo&de&cura&previsto&é&superior&a&72&horas?& && & && & &&É&necessários&controlar&a&temperatura&durante&o&tempo&de&cura?& && & && & &&São&conhecidas&todas&as&fichas&de&segurança&para&os&materiais&a&utilizar?& && & && & &&Os&trabalhadores,&directamente&afectos&à&fabricação&e&aplicação&dos&grouts,&conhecem&todos&os&requisitos&de&segurança&aplicáveis?&

&& & && & &&

Estão&previstos&equipamentos&especiais&para&a&aplicação&dos&grouts?& && & && & &&A&mistura&do&grout!apresenta&uma&reacção&exotérmica?& && & && & &&O&bloco&de&fundação&tem&um&tempo&de&cura&superior&a&7&dias?& && & && & &&O&armazenamento&do&grout&foi&executado&de&forma&adequada?& && & && & &&O&grout&tem&propriedades&antiRretráteis?& && & && & &&Existe&entre&15%&a&25%&de&material&excedente&para&a&mistura&do&grout&no&local?& && & && & &&A&aplicação&foi&executada&correctamente&de&forma&a&preencher&todas&as&cavidades?& && & && & &&O&volume&de&grout!aplicado&corresponde&com&o&volume&teórico&necessário?& && & && & &&Existem&derrames?& && & && & &&6.3.2&–&Preparação&das&superfícies& & & & & &Existe&a&necessidade&de&preparação&de&superfícies?& && & && & &&As&ferramentas&são&adequadas&à&execução&da&camada&de&remoção?& && & && & &&Foi&atingida&a&cota&da&camada&de&remoção&de&betão?& && & && & &&Os&agregados&estão&expostos&e&a&superfície&irregular?& && & && & &&A&superfície&encontraRse&devidamente&limpa&e&ausente&de&poeiras?& && & && & &&VerificaRse&a&integridade&do&bloco&de&fundação?& && & && & &&

Anexo&III&–&Relatório&de&execução& 3&

REFERÊNCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&

TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO!

MUITO

&AG

RAVA

DO!

Pormenores&construtivos&

Ver&&capítulo&6.3&

O&bloco&de&fundação&tem&um&tempo&de&cura&superior&a&7&dias?& && & && & &&Existe&necessidade&de&proteger&as&superfícies&preparadas&antes&do&início&dos&trabalhos?&

&& & && & &&

Comentários:& & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && & & & & &6.3.3&–&Aspectos&relacionados&com&a&cofragem& & & & & &Está&definido&o&valor&do&recobrimento&das&armaduras?& && & && & &&Foi&verificado&o&recobrimento&definido?& && & && & &&O&bloco&de&fundação&é&elevado&face&ao&pavimento&da&fábrica?& && & && & &&Está&definido&um&chanfro&com&dimensão&>&20mm&em&todas&as&arestas&permanentemente&expostas?&

&& & && & &&

O&afastamento&dos&varões&de&aço,&à&face&do&bloco,&é&superior&a&de&pelo&menos&4&diâmetros&ou&150&mm?&

&& & && & &&

Os&moldes&para&a&enformagem&do&grout&encontramRse&fixos&e&limpos?& && & && & &&As&arestas&dos&moldes&foram&seladas&para&evitar&derrames?& && & && & &&Os&aditivos&descofrantes&estão&de&acordo&com&o&recomendado?& && & && & &&Foram&aplicadas&pelo&menos&3&camadas&de&cêra&descofrante?& && & && & &&As&cofragens&foram&tiradas&pelo&menos&3&dias&depois&da&aplicação&do&grout?& && & && & &&Comentários:& & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && & & & & &6.3.4&–&Suportes&de&fixação& & & & & &Está&prevista&a&instalação&dos&varões&roscados&de&fixação&directamente&com&os&suportes?&(Se!não,!executar!as!seguintes!verificações)&&

&& & && & &&

Foi&verificada&a&localização&exacta&dos&varões?& && & && & &&Foi&verificada&a&verticalidade&dos&varões&roscados?& && & && & &&Os&varões&encontramRse&bem&fixos?& && & && & &&Estão&definidos&os&comprimentos&dos&varões?& && & && & &&Os&comprimentos&dos&varões&foram&verificados?& && & && & &&Está&previsto&o&uso&de&mangas&de&protecção&para&os&varões&roscados?& && & && & &&O&interior&das&mangas&foi&protegido&para&evitar&a&contaminação&com&betão?& && & && & &&Existe&pelo&menos&150&mm&de&espaço&livre&por&baixo&dos&varões&roscados?& && & && & &&A&porca&encontraRse&enroscada&pelo&menos&2&filetes&de&rosca&acima&do&fim&do&varão?&

&& & && & &&

O&comprimento&de&espera&dos&varões&foi&cumprido?& && & && & &&O&alinhamento&dos&suportes&mantémRse&após&a&aplicação&dos&grouts?& && & && & &&

Anexo&III&–&Relatório&de&execução& 4&

REFERÊNCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&

TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO!

MUITO

&AG

RAVA

DO!

Pormenores&construtivos&

Ver&&capítulo&6.3&

O&bloco&de&fundação&tem&um&tempo&de&cura&superior&a&7&dias?& && & && & &&Foram&fornecidos&os&parafusos&de&nivelamento&com&os&suportes?& && & && & &&As&furações&verificam&a&tolerância&mínima&de&3mm&no&diâmetro?& && & && & &&Existem&buracos&de&ventilação,&nos&locais&adequados&e&em&número&suficiente?& && & && & &&Todas&as&furações&cumprem&com&o&definido&em&projecto?& && & && & &&Está&prevista&a&instalação&da&máquina&directamente&com&o&sistema&de&suporte?& && & && & &&Os&locais&para&aplicar&e&controlar&o&enchimento&com&grout&são&acessíveis?& && & && & &&Está&previsto&instalar&os&varões&roscados&directamente&com&o&suporte?& && & && & &&Todos&as&furações&que&servem&para&outros&fins&que&não&a&fixação&da&máquina&encontramRse&protegidos?&

&& & && & &&

Existe&algum&tipo&de&parafusos&ou&porcas&por&baixo&dos&sistemas&de&suporte?& && & && & &&Existem&e&estão&identificados&os&locais&para&verter&o&grout?& && & && & &&Comentários:& & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && & & & & &6.3.5&–&Bases&de&nivelação& & & & & &São&de&aço&inoxidável?&(se!não,!responder!à!seguinte)& && & && & &&Têm&alguma&protecção&contra&a&corrosão?&& && & && & &&Apresentam&algum&sinal&de&corrosão?& && & && & &&A&superfície&de&contacto&com&o&grout&foi&desengordurada&e&rectificada?& && & && & &&Os&apoios&dos&parafusos&de&nivelação&são&cónicos?& && & && & &&Os&parafusos&foram&lubrificados?& && & && & &&As&bases&estão&alinhadas&e&dentro&das&tolerâncias&definidas?& && & && & &&Existe&algum&equipamento&especial&a&ser&instalado&nas&bases?&(sensores,!equipamentos!especiais)&

&& & && & &&

Comentários:& & & & & && & & & & && & & & & && & & & & && & & & & &6.3.6&–Juntas&de&dilatação& & & & & &A&espessura&verifica&o&definido&em&projecto?& && & && & &&Está&prevista&a&utilização&de&material&de&enchimento&de&poliestireno?& && & && & &&Espessura&das&juntas&>&12&mm&e&<&25mm?& && & && & &&As&juntas&estão&definidas&paralelamente&aos&elementos&de&fixação&ao&bloco?& && & && & &&O&material&de&selagem&da&junta&é&adequado?& && & && & &&Comentários:& & & & & && & & & & && & & & & && & & & & &

Anexo&III&–&Relatório&de&execução& 5&

Documentos&consultados&ou&relatórios&solicitados&pelo&responsável&de&aplicação&do&

controlo&técnico CONCEITO&

DATA&DE&

EMISSÃO&

DATA&DE&

RESPOSTA&RESPOSTA&SATISFATÓRIA&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

CONCLUSÃO&TÉCNICA&DO&RISCO&

&Com&base&na&documentação&revista,&considerando&os&desenhos&de&arquitectura,&o&planeamento&da&obra&e&as&actividades&inerentes&à&sua&execução&uma&situação&de&risco&técnico:&(definir!tipo!e!nível!de!risco).&&

Normal&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& &

Agravado&&&&&&&&&&&&&&&& &

Muito&Agravado&&&& &

&

Recomendações/observações/comentários:&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

&

Anexo IV – Relatório de Fecho de Obra

!ANEXO!IV!–!FECHO!DE!OBRA!

!Caracterização!da!obra!

Localização:+

Descrição+geral+da+obra:+

+

Natureza+dos+trabalhos:+

+

Valor+final+da+empreitada:+

Data+de+início:+

Prazo+contratual/real:+

Data+de+conclusão+contratual/real:+

Prazo+de+garantia:+

Arranque!da!obra!Descrição+dos+aspectos+relevantes+relacionados+com+o+diagnóstico+e+desenvolvimento+do+processo+concepção+

+

Gestão!da!qualidade!Descrição+dos+principais+aspectos+relativos+à+implementação+do+Sistema+de+Gestão+da+Qualidade+

+

Gestão!económica+Descrição+da+evolução+económica+da+obra,+do+processo+de+medições+e+de+erros+e+omissões+

+

Gestão!do!prazo!Descrição+do+desenvolvimento+e+cumprimento+do+programa+de+trabalhos+

+

+

Gestão!ambiental+Descrição+dos+principais+aspectos+relativos+à+implementação+do+Sistema+de+Gestão+Ambiental,+nomeadamente,+licenças,+contraHordenações,+indicadores+ambientais!!

!

Gestão!da!mão!de!obra!Descrição+dos+principais+aspectos+relativos+aos+recursos+de+mão+de+obra+

!

!

Gestão!dos!equipamentos!Descrição+dos+principais+aspectos+relativos+aos+equipamentos+

+

!

Gestão!das!actividades!de!construção!Descrição+dos+processos+construtivos+mais+relevantes+ou+de+maior+interesse.+Incluir+todas+as+situações+anómalas+e+as+soluções+implementadas.!!

!

Memória!técnica!Descrição+dos+métodos+e+impactes+mais+relevantes+dos+materiais+e+tecnologias+implementadas+

Sucessos+e+oportunidades+de+melhoria+

Destaques+de+reutilização+do+conhecimento+produzido!

Considerações!finais!Outros+aspectos+importantes!!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

Indicadores!ambientais!

Resíduos!industriais!produzidos+ Unidades+ Valorização+ Eliminação+

Pneus+! (m3)! HH! HH!

Óleos+usados+! (m3)! HH! HH!

Solventes+! (m3)! HH! HH!

Filtros+de+óleo+e+Gasóleo+! (m3)! HH! HH!

Acumuladores++ (unidades)+ HH+ HH+

Sucata+Ferrosa+e+Não+Ferrosa++ (ton.)+ HH+ HH+

Lamas+com+hidrocarbonetos++ (m3)+ HH+ HH+

Panos+tipo+desperdício+contaminados++ (m3)+ HH+ HH+

Embalagens+contaminadas+com+subst.+perigosas++ (m3)+ HH+ HH+

Solos+contaminados+com+substâncias+perigosas++ (m3)+ HH+ HH+

Betão++ (m3)+ HH+ HH+

Madeira++ (ton.)+ HH+ HH+

Resíduos+de+construção+e+demolição++ (m3)+ HH+ HH+

Lâmpadas+fluorescentes+contendo+mercúrio++ (unidades)+ HH+ HH+

Outros++ (m3)+ HH+ HH+

Resíduos!equiparados!a!urbanos!produzidos+ + Valorização! Eliminação!Óleos+e+gorduras+alimentares+! (m3)+ HH! HH!

Vidro++ (Kg)+ HH+ HH+

Plásticos++ (Kg)+ HH+ HH+

Papel/Cartão++ (Kg)+ HH+ HH+

Indiferenciados++ (Kg)+ HH+ HH+

Lamas+das+fossas+sépticas+ (m3)+ HH+ HH+

+

+

+

Anexo V – Relatórios dos casos de estudo

Anexo V a) – Relatório de diagnóstico: Caso de estudo 1

Anexo V b) – Relatórios de execução: Caso de estudo 2

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 1&

ANEXO&Va)&–&RELATÓRIO&DE&DIAGNÓSTICO:&Caso&de&estudo&1&

Máq

uina

&Ve

r&&capítulo&2.3&–&Tab

elas&2,&3&e&4 IDENTIFICAÇÃO&DO&PROCESSO:&

Nº&Série:&&(Colocar(referência(identificativa(da(máquina)&

Localização:&&(Colocar(referência(de(localização(da(máquina,(pavilhão,(departamento,(sector)(

Rotativa& &&Alternativa& &&&Impulsiva& &&&Outro& &&&

Velocidade&máxima&de&funcionamento:&

Classe&I& & Classe&II& &&&&&Classe&III& &&&&&&Classe&IV &&&

& &

Fund

ação

&Ve

r&&capítulos&2

.4&e&2.5&–&Figuras&2,&3&e&4,&Tab

ela&6(

&&

Tipo&de&fundação&

Bloco&& &&&Combinações&de&blocos&& &&&Bloco&de&inércia&& &&&&Elevada&& &

Não&existe&& &&&

Sistema&de&fixação&e&isolamento&&

Apoios&rígidos&& &&&Apoios&flexíveis&& &&&&

&&&&&&&&&Ajustáveis&& &&&&Fixos&& &

Membranas&elásticas&& &&Molas&& &&&Amortecedores&& &&&

Tipo:

&

&

&

&

&SIM&

&

&

&

&

&NÃO

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 2&

REFERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO(

MUITO

&AG

RAVA

DO(

Revisão&do

&projecto&

Ver&&capítulo&4.1&&

4.1.1&–&Elementos&disponíveis& & & & & &Estudo&geotécnico& && & & & &Hipóteses&de&cálculo& && & & & &Memória&de&cálculo& && & & & &Peças&desenhadas& && & & & &Projecto&de&fundação& && & & & &Projecto&de&instalações& && & & & &Manuais&dos&equipamentos& && & & & &Pormenores&construtivos& && & & & &Comentários:&Não& foi& fornecido&nem&consultado&nenhum&dos& elementos&descritos& o&que& constitui& um& factor& de& risco&muito&agravado.&A&presente&situação&de&acidente&resulta&claramente&do&desconhecimento&dos&elementos&enterrados&no&local.&& & & & & && & & & & &4.1.2&–&Elementos&construtivos& & & & & &Elementos&pré&fabricados& && & & & &Juntas&de&dilatação& && & & & &Estruturas&metálicas& && & & & &Número&de&apoios&da&máquina:&4& & & & & && & & & & &Sistema&de&isolamento&do&bloco&de&fundação& & & & & &

Bases&de&assentamento&& && & & & &Membranas&de&isolamento&das&paredes&& && & & & &Isoladores&pneumáticos& && & & & &Isoladores&com&molas&e&amortecedores& && & & & &

& & & & & &Estruturas&pré^existentes& & & & & &

Aço& && & & & &Betão& && & & & &Outros&materiais& && & & & &

& & & & & &Ligações&externas& & & & & &

Ar&comprimido& && & & & &Água& && & & & &Óleo& && & & & &Outras&redes& && & & & &

Fluido&abastecido:& & & & & &Comentários:& & & & & &Ar&comprimido&fornecido&pela&rede&da&fábrica&com&ponto&de&abastecimento&perto&e&facilmente&acessível.&A&máquina&tem&um&tanque&de&óleo&acessório&de&pequena&dimensão&(<&100&litros),&não&representando&nenhum&inconveniente.&& & & & & && & & & & &

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 3&

REFERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO(

MUITO

&AG

RAVA

DO(

Revisão&do

&projecto&

Ver&&capítulo&4.1&

4.1.3&–&Revisão&conceptual& & & & & &Foi&seguida&alguma&normativa&referente&a&fundações&de&máquinas&industriais?& && & & & &O&projecto&foi&elaborado&segundo&as&recomendações&do&fabricante&da&máquina?& && & & & &Existe&mais&do&que&uma&máquina&fundada&no&mesmo&bloco&de&fundação?& && & & & &Existem&máquinas&na&vizinhança&que&possam&causa&interferência?& && & & & &O&sistema&verifica&alguma&das&seguintes&regras&de&dimensionamento?& && & & & &

Máquinas&rotativas:&& & & & & &Massa&da&fundação&>&3x&Massa&da&máquina& && & & & &

Máquinas&impulsivas:&& & & & & &Massa&da&fundação&>&5&a&10&x&a&Massa&da&máquina&ou&100&kg/kW& && & & & &

Outras:& & & & & &30kg/kW& && & & & &

Comentários:& & & & & &Sistema&de&fundação& inexistente.&Máquina&simplesmente&apoiada&no&pavimento&da&fábrica&–&camada&de&betão&com&10&cm.&Existe&a&possibilidade&da&máquina&em&questão&ser&uma&fonte&de&vibrações&causadoras&da&interferências&com&as&outras&máquinas&na&vizinhança,&assim&como&um&receptor&dada&a&proximidade&a&outras&máquinas&rotativas&que&representam&possíveis&interferências.&Existe& um& risco& muito& agravado& para& a& ocorrência& de& anomalias& resultantes& da& fraca& solução& de& apoio& da&máquina.&Problemas&de&estabilidade,&interferências&e&desgastes&mecânicos&exagerados.&4.1.4&–&Aspectos&de&dimensionamento& & & & & &Frequência&da&fundação&≠&em&±&20%&da&frequência&de&funcionamento&da&máquina?&& && & & & &Foram&consideradas&combinações&de&acções?& && & & & &Foram&realizadas&análises&dinâmicas?& && & & & &

Documento&comprovativo:& & & & & &Foram&consideradas&todas&as&cargas&no&dimensionamento&do&bloco,&das&ligações&e&fixações&de&ancoragem&da&máquina&à&fundação?&

& & & & &

Encontramqse&definidos&os&limites&e&critérios&de&vibração?& && & & & &Frequência&natural&do&bloco&de&fundação:&Inexistente& & & & & &É&conhecido&o&carregamento&dinâmico&causado&pelo&funcionamento&da&máquina?& && & & & && & & & & &Teoria&de&análise& & & & & &Método&da&mola&linear& && & & & &Método&do&semiqespaço&elástico& && & & & &Método&da&função&da&impedância& && & & & && & & & & &4.1.5&–&Aspectos&geotécnicos& & & & & &Carregamento&do&solo&<&75%&capacidade&de&carga?&& && & & & &Foram&realizados&ensaios&geotécnicos&in&situ?&& && & & & &

Documento&comprovativo:& & & & & &Número&de&amostras:& & & & & &Profundidade:&(m)& & & & & &Número&de&golpes&(Ensaio&SPT):& & & & & &Módulo&de&elasticidade&“E”:& & & & & &Módulo&de&compressibilidade&volumétrica&“k”:& & & & & && & & & & &

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 4&

RE

FERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO(

MUITO

&AG

RAVA

DO(

Revisão&do

&projecto&

Ver&&capítulo&4.1&

Módulo&de&elasticidade&transversal&“Gs”:& & & & & &Módulo&de&Poisson&“ν”:& & & & & &

Existe&informação&detalhada&do&solo&em&perfil?& && & & & &Constituintes&do&solo:& & & & & &Posição&do&nível&freático:&(m)& & & & & &Capacidade&resistente&máxima&do&solo:&Estimativa:&>&600kN/m2& & & & & &

Comentários:& & & & & &Recomendaqse&a&realização&de&ensaios&geotécnicos&que&determinem&os&parâmetros&do&solo&apresentados.&Por&consulta&da&carta&geológica&da& região&verificaqse&que&o&solo&é&constituído&por&areias&e&cascalhos&compactos&com&capacidade&resistente&>&600&kN/m2.&

& & & & &

& & & & & && & & & & &4.1.6&–&Materiais& & & & & &Os&materiais&são&adequados&às&condições&do&local?& && & & & &Foram&utilizados&aditivos&na&formulação&do&betão?& && & & & &Foram&tomadas&acções&para&prevenir&o&ataque&químico&do&betão?& && & & & &Comentários:& & & & & &O&betão&não&se&encontra&exposto&a&agentes&químicos&agressivos&e&não&é&sugestivo&o&contacto&com&óleo.&O& risco& associado& à& escolha& dos& materiais& não& apresenta& nenhum& factor& de& agravamento& e& não& pode& ser&associado&ao&acidente&que&ocorreu.&

& & & & & &4.1.7&–&Acções&térmicas,&reológicas&e&vento& & & & & &Foram&consideradas&as&acções&térmicas&e&reológicas&no&projecto?& && & & & &Distância&máxima&entre&juntas:& & & & & &A&acção&do&vento&é&aplicável?& && & & & &

Altura&de&coroamento&do&equipamento:&(m)& & & & & &Zona&geográfica:&(ver(Quadro(NA.I(B(EN(1991B1B4(2010)& & & & & &Situação&topográfica:&(m)& & & & & &Carga&devida&ao&vento:&(kN/m2)& & & & & &

Foram&aplicadas&medidas&de&protecção&para&as&acções&térmicas?& && & & & &Comentários:&A&máquina&encontraqse&num&local&interior,&protegido&das&acções&do&vento&e&da&neve.&&As& acções& térmicas& causadas& por& diferenças& de& temperatura& não& representam& um& factor& de& agravamento& do&risco.&& & & & & && & & & & &4.1.8&–&Aspectos&relacionados&com&a&máquina& & & & & &Velocidade&nominal:&8000&rpm& & & & & &Frequência&de&funcionamento:(Desconhecida& & & & & &Posição&do&centro&de&gravidade:(Desconhecida& & & & & &Existe&algum&dos&seguintes&documentos?& & & & & &

Manuais&de&montagem&e&instalação:& && & & & &Manuais&de&desmontagem&e&armazenamento:& && & & & &Especificações&para&o&abastecimento&de&água:&(Pressão(e(temperatura)& && & & & &Especificações&para&o&abastecimento&de&ar&comprimido:& && & & & &

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 5&

RE

FERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO(

MUITO

&AG

RAVA

DO(

Revisão&do

&projecto&

Ver&&capítulo&4.1& Existem&equipamentos&acessórios?&(se(sim,(especificar(quais)& && & & & &

Verificamqse&avarias&ou&problemas&mecânicos&com&a&máquina?& && & & & &Comentários:& & & & & &Tanque&de&óleo&<&100&litros& & & & & &A& máquina& encontravaqse& em& perfeito& estado& de& funcionamento& préqacidente.& Existe& a& possibilidade& de&ocorrência&de&avarias&ou&problemas&mecânicos&devido&ao&impacto&quando&se&deu&o&acidente.&

Inspecções&

Ver&cap

ítulo&4.2&

4.2.1&–&Inspecções&visuais& & & & & &Anomalias&no&betão& && & & & &

Descrição:& & & & & &&& & & & & && & & & & &Anomalias&no&aço& && & & & &

Descrição:& & & & & && & & & & && & & & & &Anomalias&na&estrutura& && & & & &

Descrição:&Rotura&do&pavimento/elementos&verticais&do&solo&adjacente&aos&caboucos&devido&à&presença&de&um&tubo&enterrado.&

& & & & &

& & & & & &O&estado&de&conservação&dos&seguintes&elementos&é&aceitável&para&um&grau&normal&risco:&

& && & &

Juntas&de&dilatação& && & & & &Equipamentos&ou&membranas&de&isolamento&& && & & & &Equipamentos&de&fixação& && & & & &Ligações& && & & & &

É&possível&remover&os&diferentes&componentes&sem&danificar&o&bloco&de&fundação?& && & & & &O&fabricante&foi&consultado&ou&participou&nas&actividades&de&diagnóstico?& && & & & &Existe&óleo&ou&outro&contaminante&em&contacto&com&o&bloco&de&fundação?& && & & & &Comentários:& & & & & &O& estado&em&que& se& encontra& a&máquina&e&o& solo&não& representam&um&agravamento&do&estado,& por& si& só&de&elevada&gravidade.&&Deveria&ter&sido&seguidas&as&recomendações&do&fabricante&para&a&execução&do&sistema&de&fundação.&Não&foram&afectados&outros&elementos&estruturais&na&proximidade.&4.2.2&–&Ensaios&complementares&de&diagnóstico&recomendados& & & & & &Ultra^sons& && & & & &Observações:& & & & & && & & & & &Esclerométrico& && & & & &Observações:& & & & & && & & & & &Magnetómetro&

Observações:&

&& & & & &

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 6&

REFERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO(

MUITO

&AG

RAVA

DO(

Inspecções&

Ver&&capítulo&4.2&

Teste&de&carotes& && & & & &Observações& & & & & && & & & & &Ensaios&dinâmicos& && & & & &Observações& & & & & && & & & & &Absorção&de&água& && & & & &Observações& & & & & && & & & & &Outros& && & & & &Observações& & & & & &Recomendaqse&a&realização&de&ensaios&geotécnicos& & & & & && & & & & &

&

Documentos&consultados&ou&relatórios&solicitados&pelo&responsável&de&aplicação&do&controlo&técnico

CONCEITO& DATA&DE&EMISSÃO&

DATA&DE&RESPOSTA&

RESPOSTA&SATISFATÓRIA&

& & & &SIM& NÃO&& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

RESULTADOS&DO&CONTROLO&TÉCNICO Vibração&excessiva& &SIM& NÃO&

Origem:&&Mecânica& &&Por&falta&de&equilíbrio& & & && & && & &Rotura&da&fundação& &SIM& NÃO&Tipo:&&&&Total& &&&&Local& &&

& &

Falta&de&estabilidade&da&máquina& &SIM& NÃO&Cargas&transmitidas&ao&terreno&superiores&às&admissíveis&& &SIM& NÃO&& & &O&cálculo&e&dimensionamento&da&fundação&é&aceitável&para&uma&situação&de&risco&não&agravado&

&SIM& NÃO&

& & &

Anexo&I&–&Relatório&de&diagnóstico& 7&

CONCLUSÃO&TÉCNICA&DO&RISCO&&Com&base&na&documentação&revista&e&considerando&os&desenhos&de&arquitectura&e&de&estrutura&do&projecto&analisado,&consideraqse&a&obra&em&situação&de&risco&técnico:&(definir(tipo(e(nível(de(risco).&&

Normal&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& &Agravado&&&&&&&&&&&&&&&& &

Muito&Agravado&&&& &&

Recomendações/observações/comentários:&&

&A&solução&construtiva&definida&pelo&dono&de&obra&revela&ser&fraca&e&não&existem&elementos,&nem&informação,&que&

atestem&a&adequabilidade&da&solução&adoptada.&&

A&solução&executada&não&foi&a&recomendada&pelo&fabricante,&devendo&ser&seguidas&as&suas&recomendações&para&a&resolução&da&presente&ocorrência.&

&O&desconhecimento&das&redes&enterradas&revelou&ser&um&elemento&importante&da&análise&do&risco&no&qual&resultou&o&

acidente&que&se&está&a&avaliar.&&

A&presente&situação&apresenta&um&risco&muito&agravado,&podendo&existir&danos&irreversíveis&nos&equipamentos&mecânicos.&

&Recomenda^se&a&escavação&até&à&profundidade&definida&anteriormente&da&totalidade&da&área&da&máquina&e&posterior&

execução&de&um&bloco&de&fundação&calculado&com&base&nas&características&e&nos&dados&técnicos&de&funcionamento&da&máquina.&Recomenda^se&que&se&isole&o&sistema&que&se&pretende&construir&das&vibrações&vindas&do&exterior&devida&à&

proximidade&de&máquinas&que&podem&causar&interferências.&&

&&

&&

&

&

Anexo&III&–&Relatório&de&execução& 1&

ANEXO&III&(&RELATÓRIO&DE&EXECUÇÃO:&Caso&de&estudo&2&

REFERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO!

MUITO

&AG

RAVA

DO!

Dem

olição

&e&escavação

&Ve

r&&capítulo&6.1&&

É&necessário&executar&demolições?&& && & && & &&Estão&definidas&e&marcadas&as&zonas&de&segurança?& && & && & &&Os&trabalhadores&estão&informados&dos&trabalhos&que&vão&iniciar?& && & && & &&Os&trabalhadores&têm&conhecimento&das&alterações&aos&acessos?& && & && & &&As&actividades&de&demolição&interferem&com&os&equipamentos&sensíveis?& && & && & &&As&actividades&de&demolição&afectam&o&normal&funcionamento&dos&equipamentos&na&vizinhança?&

& & & & &

Os&equipamentos&de&demolição&e&escavação&foram&verificados&e&encontramRse&disponíveis?&

& & & & &

É&necessário&executar&escavações?& && & && & &&Está&definido&um&trajecto&para&os&equipamentos&de&escavação&e&transporte&dos&resíduos?&

& & & & &

Os&trabalhadores&directamente&afectos&às&operações&de&escavação&têm&conhecimento&dos&elementos&enterrados?&

& & & & &

As&localizações&das&redes&são&conhecidas?& && & && & &&Comentários:& & & & & &As& actividades& de& demolição& não& representam& um& factor& de& agravamento& do& risco.& Existe& espaço& e& não& se&encontram&máquinas&na&vizinhança&que&possam&sofrer&algum&dano&decorrente&das&vibrações&introduzidas&pelas&demolições&e&escavações.&A&estrutura&do&pavilhão&industrial&também&não&apresenta&risco&de&ser&afectada&pelos&trabalhos&em&questão.&RecomendaRse& a& suspensão& da& operação& de& uma& máquina& num& pavilhão& adjacente& para& reduzir& o& factor& de&agravamento&do&risco&relacionado&com&as&actividades&que&se&pretendem&iniciar.&

Melho

ria&de

&solos&

Ver&&capítulo&6.2&

Foi&definida&alguma&técnica&de&melhoramento&de&solos?& && & && & &&Estão&definidos&todos&os&processos&de&execução?& && & && & &&O&processo&de&compactação&está&definido&em&projecto?& && & && & &&Estão&previstos&ensaios&de&resistência&ao&solo&melhorado?& && & && & &&Foi&realizado&algum&estudo&ou&análise&para&avaliar&os&deslocamentos&e&alterações&físicas&introduzidas&no&solo?&

&& & && & &&

Foram&consideradas&cargas&móveis&no&projecto&geotécnico?& && & && & &&Existe&documentação&que&comprove&que&o&solo&tem&a&resistência&definida&em&projecto?&

&& & && & &&

Comentários:& & & & & &Não&está&prevista&a&elaboração&de&ensaios&para&atestar&a&resistência&do&solo,&contudo&encontraRse&uma&máquina&igual& instalada& na&mesma& fábrica,& que& foi& alvo& de& ensaios& geotécnicos,& o& que& faz& crer& que& não& se& encontram&factores&de&agravamento&do&risco.&RecomendaRse&o&controlo&e&a&fiscalização&do&processo&de&compactação&do&solo&&

Anexo&III&–&Relatório&de&execução& 2&

REFERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO!

MUITO

&AG

RAVA

DO!

Porm

enores&con

strutivo

s&Ve

r&&capítulo&6.3&&

6.3.1&–&Betonagem&do&bloco&de&fundação&e&aplicação&de&grouts' & & & & &A&betonagem&foi&autorizada&pelo:& & & & & &

Dono&de&obra& && & && & &&Equipas&de&controlo&técnico,&fiscalização& && & && & &&Fabricante& && & && & &&

A&betonagem&é&acompanhada&pela&equipa&de&fiscalização?& && & && & &&A&cota&de&betonagem&foi&atingida?& && & && & &&As&juntas&de&betonagem&cumprem&com&o&definido&em&projecto?& && & && & &&Está&prevista&alguma&técnica&de&cura&especial?& && & && & &&É&necessário&proteger&do&calor&ou&frio&extremos?& && & && & &&Foram&realizados&ensaios&de&conformidade&do&betão?& && & && & &&Está&prevista&a&instalação&de&peças&préRfabricadas?& && & && & &&Estão&definidas&tolerâncias&para&as&peças&préRfabricadas?& && & && & &&

Foi&verificada&a&verticalidade&dos&elementos&depois&da&betonagem?& && & && & &&O&grout&foi&fabricado&de&acordo&com&as&recomendações&do&fabricante?& && & && & &&A&temperatura&de&aplicação&do&grout&é&a&adequada,&de&acordo&com&o&fabricante?& && & && & &&A&aplicação&do&grout&está&prevista&ser&por&derramamento&da&mistura?& && & && & &&Que&tipo&de&grouts&estão&previstos?& & & & & &Epoxi& && & && & &&Cimentícios&&& && & && & &&

O&tempo&de&cura&previsto&é&superior&a&72&horas?& && & && & &&É&necessários&controlar&a&temperatura&durante&o&tempo&de&cura?& && & && & &&São&conhecidas&todas&as&fichas&de&segurança&para&os&materiais&a&utilizar?& && & && & &&Os&trabalhadores,&directamente&afectos&à&fabricação&e&aplicação&dos&grouts,&conhecem&todos&os&requisitos&de&segurança&aplicáveis?&

& & & & &

Estão&previstos&equipamentos&especiais&para&a&aplicação&dos&grouts?& && & && & &&A&mistura&do&grout!apresenta&uma&reacção&exotérmica?& && & && & &&O&grout&tem&propriedades&antiRretráteis?& && & && & &&

O&bloco&de&fundação&tem&um&tempo&de&cura&superior&a&7&dias?& && & && & &&O&armazenamento&do&grout&foi&executado&de&forma&adequada?& && & && & &&Existe&entre&15%&a&25%&de&material&excedente&para&a&mistura&do&grout&no&local?& && & && & &&A&aplicação&foi&executada&correctamente&de&forma&a&preencher&todas&as&cavidades?& && & && & &&O&volume&de&grout!aplicado&corresponde&com&o&volume&teórico&necessário?& && & && & &&Existem&derrames?& && & && & &&Comentários:& & & & & &As& técnicas& encontramRse& definidas& em& projecto,& o& planeamento& e& o& mapa& de& quantidades& foi& cumprido&verificando& as& recomendações& que& constam& no& presente& relatório.& Não& foram& verificados& factores& de&agravamento& do& risco.& As& actividades& de& betonagem,& escolha& dos& materiais& e& a& aplicação& dos& grouts& foram&controladas&e&fiscalizadas.&As& actividades& relacionadas& com& a& betonagem& e& aplicação& dos& grouts& encontramRse& numa& situação& de& risco&normal.&

Anexo&III&–&Relatório&de&execução& 3&

REFERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO!

MUITO

&AG

RAVA

DO!

Porm

enores&con

strutivo

s&Ve

r&&capítulo&6.3&

6.3.2&–&Preparação&das&superfícies& & & & & &Existe&a&necessidade&de&preparação&de&superfícies?& && & && & &&As&ferramentas&são&adequadas&à&execução&da&camada&de&remoção?& && & && & &&

Foi&atingida&a&cota&da&camada&de&remoção&de&betão?& && & && & &&Os&agregados&estão&expostos&e&a&superfície&irregular?& && & && & &&A&superfície&encontraRse&devidamente&limpa&e&ausente&de&poeiras?& && & && & &&VerificaRse&a&integridade&do&bloco&de&fundação?& && & && & &&O&bloco&de&fundação&tem&um&tempo&de&cura&superior&a&7&dias?& && & && & &&Existe&necessidade&de&proteger&as&superfícies&preparadas&antes&do&início&dos&trabalhos?&

&& & && & &&

Comentários:& & & & & &As&superfícies&encontramRse&prontas&para&a&aplicação&do&grout&para&fixar&os&elementos&de&suporte&e&alinhamento&do& corpo& da& máquina.& Não& se& verificam& situações& anómalas& ou& de& agravamento& do& risco& relacionado& com& a&aplicação&dos&grouts.&6.3.3&–&Aspectos&relacionados&com&a&cofragem& & & & & &Está&definido&o&valor&do&recobrimento&das&armaduras?& && & & & &&Foi&verificado&o&recobrimento&definido?& && & && & &&O&bloco&de&fundação&é&elevado&face&ao&pavimento&da&fábrica?& && & && & &&Está&definido&um&chanfro&com&dimensão&>&20mm&em&todas&as&arestas&permanentemente&expostas?&

& & & & &

O&afastamento&dos&varões&de&aço,&à&face&do&bloco,&é&superior&a&de&pelo&menos&4&diâmetros&ou&150&mm?&

& & & & &

Os&moldes&para&a&enformagem&do&grout&encontramRse&fixos&e&limpos?& && & && & &&As&arestas&dos&moldes&foram&seladas&para&evitar&derrames?& && & && & &&Os&aditivos&descofrantes&estão&de&acordo&com&o&recomendado?& && & && & &&Foram&aplicadas&pelo&menos&3&camadas&de&cêra&descofrante?& && & && & &&As&cofragens&foram&tiradas&pelo&menos&3&dias&depois&da&aplicação&do&grout?& & & && & &&Comentários:& & & & & &Foram&verificados&todos&os&aspectos&recomendados&para&a&execução&e&aplicação&das&cofragens&6.3.4&–&Suportes&de&fixação& & & & & &Está&prevista&a&instalação&dos&varões&roscados&de&fixação&directamente&com&os&suportes?&(Se!não,!executar!as!seguintes!verificações)&&

&& & && & &&

Foi&verificada&a&localização&exacta&dos&varões&ou&de&outros&elementos&de&fixação?& && & && & &&Foi&verificada&a&verticalidade&dos&varões&roscados?& && & && & &&Os&varões&ou&elementos&de&fixação&encontramRse&bem&fixos?& && & && & &&Estão&definidos&os&comprimentos&dos&varões?& && & && & &&Os&comprimentos&dos&varões&foram&verificados?& && & && & &&

Está&previsto&o&uso&de&mangas&de&protecção&para&os&varões&roscados?& && & && & &&O&interior&das&mangas&foi&protegido&para&evitar&a&contaminação&com&betão?& && & && & &&

Existe&pelo&menos&150&mm&de&espaço&livre&por&baixo&dos&varões&roscados?& && & && & &&A&porca&encontraRse&enroscada&pelo&menos&2&filetes&de&rosca&acima&do&fim&do&varão?&

& & & & &

Anexo&III&–&Relatório&de&execução& 4&

RE

FERÊ

NCIA&

PROPOSTA&DE&VERIFICAÇÕES&DE&CONTROLO&TÉCNICO&

& & RISCO&TÉCNICO&

SIM& NÃO& NORM

AL&

AGRA

VADO!

MUITO

&AG

RAVA

DO!

Porm

enores&con

strutivo

s&Ve

r&&capítulo&6.3&

O&alinhamento&dos&suportes&mantémRse&após&a&aplicação&dos&grouts?& && & && & &&O&comprimento&de&espera&dos&varões&foi&cumprido?& && & && & &Foram&fornecidos&os&parafusos&de&nivelamento&com&os&suportes?& && & && & &&As&furações&verificam&a&tolerância&mínima&de&3mm&no&diâmetro?& && & && & &&Existem&buracos&de&ventilação,&nos&locais&adequados&e&em&número&suficiente?& && & && & &&Todas&as&furações&cumprem&com&o&definido&em&projecto?& && & && & &&Está&prevista&a&instalação&da&máquina&directamente&com&o&sistema&de&suporte?& && & && & &&Os&locais&para&aplicar&e&controlar&o&enchimento&com&grout&são&acessíveis?& && & && & &&Está&previsto&instalar&os&varões&roscados&directamente&com&o&suporte?& && & && & &&Todos&as&furações&que&servem&para&outros&fins&que&não&a&fixação&da&máquina&encontramRse&protegidos?&

& & & & &

Existe&algum&tipo&de&parafusos&ou&porcas&por&baixo&dos&sistemas&de&suporte?& && & && & &&Existem&e&estão&identificados&os&locais&para&verter&o&grout?& & & && & &&Comentários:& & & & & &A&máquina& assenta& directamente& nos& elementos& de& fixação& que& são& fixos& com! grout& ao& bloco,& não& existindo&varões&roscados&em&espera.&& & & & & &6.3.5&–&Bases&de&nivelação& & & & & &São&de&aço&inoxidável?&(se!não,!responder!à!seguinte)& && & && & &&Têm&alguma&protecção&contra&a&corrosão?&& && & & & &&Apresentam&algum&sinal&de&corrosão?& && & && & &&A&superfície&de&contacto&com&o&grout&foi&desengordurada&e&rectificada?& & & && & &&Os&apoios&dos&parafusos&de&nivelação&são&cónicos?& & & && & &&Os&parafusos&foram&lubrificados?& & & && & &&As&bases&estão&alinhadas&e&dentro&das&tolerâncias&definidas?& & & && & &&Existe&algum&equipamento&especial&a&ser&instalado&nas&bases?&(sensores,!equipamentos!especiais)&

&& & && & &&

Comentários:& & & & & &Não&foi&verificado&o&alinhamento&dos&elementos&de&fixação&contudo,&devido&ao&grande&comprimento&da&máquina&existe&margem&de&manobra& para& ajustar& na& perfeição& o& alinhamento& da&máquina.& Esta& afirmação& revelou& ser&verdadeira& depois& de& se& efectuar& o& alinhamento& da& máquina& na& altura& da& sua& instalação,& verificando& que&qualquer&desalinhamento&existente&não&representou&um&factor&de&agravamento.&6.3.6&–Juntas&de&dilatação& & & & & &Está&prevista&a&execução&de&juntas&de&dilatação?& && & && & &&A&espessura&verifica&o&definido&em&projecto?& & & && & &&Está&prevista&a&utilização&de&material&de&enchimento&de&poliestireno?& && & && & &&Espessura&das&juntas&>&12&mm&e&<&25mm?& && & && & &&As&juntas&estão&definidas&paralelamente&aos&elementos&de&fixação&ao&bloco?& && & && & &&O&material&de&selagem&da&junta&é&adequado?& && & && & &&

Comentários:& & & & & &Não&se&verifica&a&necessidade&de&uma&solução&de&fundação&juntas&de&dilatação.& & & & & &Os&deslocamentos&esperados&são&baixos&e&perfeitamente&acomodados&pela&solução&executada&

Anexo&III&–&Relatório&de&execução& 5&

Documentos&consultados&ou&relatórios&solicitados&pelo&responsável&de&aplicação&do&

controlo&técnico CONCEITO& DATA&DE&

EMISSÃO&DATA&DE&RESPOSTA&

RESPOSTA&SATISFATÓRIA&

& & & &SIM& NÃO&& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

& & & &SIM& NÃO&

CONCLUSÃO&TÉCNICA&DO&RISCO&&Com&base&na&documentação&revista,&considerando&os&desenhos&de&arquitectura,&o&planeamento&da&obra&e&as&actividades&inerentes&à&sua&execução&uma&situação&de&risco&técnico:&(definir!tipo!e!nível!de!risco).&&

Normal&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& &Agravado&&&&&&&&&&&&&&&& &

Muito&Agravado&&&& &&

Recomendações/observações/comentários:&&

Não&se&verificam&critérios&de&agravamento&do&risco&para&a&obra&executada.&O&projecto&foi&cumprido&e&foram&seguidas&as&recomendações&do&fabricante&e&boas&práticas&aplicáveis&a&fundações&de&

máquinas&industriais.&O&planeamento&foi&cumprido&e&atesta(se&que&a&fundação&e&os&elementos&constituintes&se&encontram&num&estado&

normal&de&risco&associado.&&&

Não&são&esperados&danos&ou&anomalias&decorrentes&de&má&execução&do&sistema&de&fundação&no&decorrer&do&tempo&de&vida&útil&da&máquina.&

&&

&

&

&