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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE, UNICENTRO - PR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA – PPGA
MESTRADO
DOENÇAS FOLIARES E PODRIDÃO DE GRÃOS COM USO DE FUNGICIDA EM
HIBRIDOS DE MILHO E ASSOCIAÇÃO À EXPRESSÃO DE ENZIMAS NO GRÃO
EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS
DISSERTAÇÃO
ELIZANDRO RICARDO KLUGE
GUARAPUAVA - PR
2016
ELIZANDRO RICARDO KLUGE
DOENÇAS FOLIARES E PODRIDÃO DE GRÃOS COM USO DE FUNGICIDA EM
HIBRIDOS DE MILHO E ASSOCIAÇÃO À EXPRESSÃO DE ENZIMAS NO GRÃO
EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual do Centro-Oeste, como parte das
exigências do Programa de Pós-Graduação em
Agronomia, área de concentração em
Produção Vegetal, para obtenção do título de
mestre.
Prof. Dr. Marcelo Cruz Mendes - UNICENTRO
Orientador
Prof. Dr. Marcos Ventura Faria - UNICENTRO
Co-orientador
GUARAPUAVA - PR
2016
Catalogação na Publicação
Biblioteca Central da Unicentro, Campus Cedeteg
Kluge, Elizandro Ricardo K66d Doenças foliares e podridão de grãos com uso de fungicida em híbridos
de milho e associação à expressão de enzimas no grão em diferentes espaçamentos / Elizandro Ricardo Kluge. – – Guarapuava, 2016.
xi, 113 f. : il. ; 28 cm Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual do Centro-Oeste,
Programa de Pós-Graduação em Agronomia, área de concentração em Produção Vegetal, 2016
Orientador: Marcelo Cruz Mendes Coorientador: Marcos Ventura Faria Banca examinadora: Marcelo Cruz Mendes, Leandro Alvarenga Santos, Heloísa Oliveira dos Santos
Bibliografia 1. Agronomia. 2. Produção vegetal. 3. Controle químico. 4. Doenças
fúngicas. 5. Enzimas. 6. Grão ardido. 7. Zea mays. I. Título. II. Programa de Pós-Graduação em Agronomia.
CDD 633.17
AGRADECIMENTOS
Ao nosso senhor Deus, que nos protege de todos os perigos e nos ajuda em todas as
dificuldades, dando-nos coragem e perseverança, pela vida e faz com que sempre seguimos os
melhores caminhos.
Agradeço de forma especial ao professor orientador Marcelo Cruz Mendes, muito
obrigado, pelo conteúdo acadêmico repassado em aulas, campo e conversas, sugestões,
correções, dicas, conhecimentos e principalmente pela amizade.
A minha esposa FABIÉLI, pela compreensão e paciência, durante essa etapa do
mestrado e em especial pela nossa filha MARIA CLARA.
Ao meu pai ELIMO KLUGE, meu irmão gêmeo EVANDRO, minhas irmãs EDINI,
DEISE e VANISE, e toda família, que me apoiaram desde o início de uma forma ou outra,
fortificando-me com palavras de consolo nas horas difíceis, não me deixando desistir perante
os obstáculos e usufruindo juntos em momentos bons, durante toda vida acadêmica.
Em especial ao meu amigo-irmão FÁBIO CECCON pelo incentivo a iniciar na vida
acadêmica no curso de Agronomia, apoiando nas dificuldades desde o início, durante a
graduação, mestrado e mantendo sempre a amizade intacta.
A todos os professores do Programa de Pós Graduação em Agronomia da
UNICENTRO que foram indispensáveis para o meu crescimento profissional e intelectual.
A professora Heloísa, da UFLA, que nos deu total apoio na realização das avaliações
das enzimas, correções e na banca.
A todos os colegas e amigos de mestrado.
A todos os membros do grupo núcleo de plantio direto da UNICENTRO.
A Empresa COOPERATIVA AGRÁRIA AGROINDUSTRIAL, pela realização deste
trabalho, ao Coordenador da Assistência Técnica Engº Agrº. Leandro Bren e ao grupo de
cooperados pelo apoio e confiança. E à todos colegas da empresa que, direta ou indiretamente,
contribuíram de alguma forma para realização deste trabalho.
SUMÁRIO
Lista de Figuras ......................................................................................................................... i
Lista de Tabelas ........................................................................................................................ ii
Resumo ..................................................................................................................................... iii
Abstract .................................................................................................................................... iv
1.Introdução .............................................................................................................................. 1
2. Objetivos ................................................................................................................................ 3
2.1. Geral .................................................................................................................................... 3
2.2. Específicos ........................................................................................................................... 3
3. Referencial Teórico............................................................................................................... 4
3.1. A importância da produção do milho. ................................................................................. 4
3.2. Principais doenças foliares e do complexo de grãos ardidos............................................... 6
3.2.1. Ferrugem comum (Puccinia sorghi)............................................................................... 10
3.2.2. Mancha de Diplodia (Stenocarpella macrospora) ......................................................... 11
3.3. Práticas de manejo na cultura do milho ............................................................................. 14
3.3.1. Escolha do genótipo com base na sanidade foliar e do grão .......................................... 14
3.3.2. Manejo de fungicidas na cultura do milho ..................................................................... 15
3.3.3. Espaçamento entre plantas.............................................................................................. 18
3.3.4. Quantificação de clorofila .............................................................................................. 22
3.4. Função das enzimas na planta e no grão............................................................................ 24
3.4.1. Catalase (CAT) ............................................................................................................... 27
3.4.2. Álcool desidrogenase (ADH) ......................................................................................... 31
3.4.3. Malato desidrogenase (MDH) ....................................................................................... 33
3.4.4. Lipoxigenase (LOX) ...................................................................................................... 34
4. Material e Métodos ............................................................................................................. 39
4.1. Local do experimento ........................................................................................................ 39
4.2. Delineamento e material experimental .............................................................................. 39
4.3. Características avaliadas .................................................................................................... 41
4.3.1 Quantificação de Clorofila............................................................................................... 41
4.3.2 Avaliação de Doenças ..................................................................................................... 42
4.4. Características agronômicas avaliadas .............................................................................. 43
4.4.1. Porcentagem de grãos ardidos ........................................................................................ 43
4.4.2. Peso de mil grãos ............................................................................................................ 43
4.4.3. Produtividade de grãos ................................................................................................... 43
4.5. Análises eletroforéticas das enzimas catalase (CAT), álcool desidrogenase (ADH), malato
desidrogenase (MDH) e enzima lipoxigenase (LOX). ............................................................. 44
4.7. Análises estatísticas ........................................................................................................... 44
5. Resultados e Discussão ....................................................................................................... 46
5.2 Efeitos do fungicida nas doenças foliares avaliadas ........................................................... 51
5.2.1. AACPD da mancha foliar de diplodia (S. macrospora) ................................................. 52
5.2.2. AACPF da ferrugem comum (P. sorghi)........................................................................ 55
5.3 Características agronômicas avaliadas ............................................................................... 59
5.3.1 Porcentagem de grãos ardidos ......................................................................................... 59
5.3.2 Peso de mil grãos ............................................................................................................. 65
5.3.3 Produtividade de grãos .................................................................................................... 67
5.4 Contrastes ........................................................................................................................... 73
5.5 Expressão da enzima catalase (CAT) ................................................................................. 75
5.6 Expressão da enzima álcool desidrogenase (ADH) ............................................................ 79
5.7 Expressão da enzima malato desidrogenase (MDH) .......................................................... 82
5.8 Expressão da enzima lipoxigenase (LOX) ......................................................................... 85
6. Conclusões ........................................................................................................................... 91
7. Considerações Finais .......................................................................................................... 92
7. Referências Bibliográficas ................................................................................................. 95
i
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Escala diagramática para a avaliação das doenças foliares do milho proposta pela
Agroceres (1996). ..................................................................................................................... 42
Figura 2 - Dados de precipitação pluviométrica (mm) e temperatura por decêndio, no
município de Guarapuava - PR, Campus CEDETEG (ambiente 1) no período de outubro a
abril na safra agrícola 2013/2014. (Estação meteorológica Campus CEDETEG). .................. 46
Figura 3 - Dados de precipitação pluviométrica (mm) e temperatura por decêndio, no
município de Guarapuava - PR, fazenda Três Campões (ambiente 2) no período de outubro a
abril na safra agrícola 2013/2014. (Estação meteorológica Fazenda Três Capões). ................ 47
Figura 4 - Padrão eletroforético da enzima catalase (CAT) em híbridos de milho,
considerados tolerantes e susceptíveis ao agente causal de grãos ardidos, produzidas no
ambiente 1, no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
.................................................................................................................................................. 76
Figura 5 - Padrão eletroforético da enzima catalase (CAT) em híbridos de milho,
considerados tolerantes e susceptíveis ao agente causal de grãos ardidos, produzidas no
ambiente 2, no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
.................................................................................................................................................. 78
Figura 6 - Padrão eletroforético da álcool desidrogenase (ADH) em híbridos de milho,
considerados tolerantes e susceptíveis ao agente causal de grãos ardidos, produzidas no
ambiente 1, no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
.................................................................................................................................................. 80
Figura 7 - Padrão eletroforético da álcool desidrogenase (ADH) em híbridos de milho,
considerados tolerantes e susceptíveis ao agente causal de grãos ardidos, produzidas no
ambiente 2, no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
.................................................................................................................................................. 81
Figura 8 - Padrão eletroforético da malato desidrogenase (MDH) em híbridos de milho,
considerados tolerantes e susceptíveis ao agente causal de grãos ardidos, produzidas no
ambiente 1, no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
.................................................................................................................................................. 83
Figura 9 - Padrão enzimático de grãosde milho obtidos para os diferentes híbridos,
considerados tolerantes e susceptíveis ao agente causal de grãos ardidos e tratamentos com
fungicida (T-testemunha, V8-oito folhas expandidas e VT-pendoamento), produzidas no
ambiente 2, no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO, 2016.
.................................................................................................................................................. 85
Figura 10 - Padrão eletroforético da lipoxigenase em híbridos de milho, considerados
tolerantes e susceptíveis aos fungos causadores de grãos ardidos, produzidas no ambiente 1,
no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016. ............... 86
Figura 11 - Padrão eletroforético da lipoxigenase em híbridos de milho, considerados
tolerantes e susceptíveis aos fungos causadores de grãos ardidos, produzidas no ambiente 2,
no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016. ............... 88
ii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Características agronômicas dos híbridos a serem utilizados no experimento*. ... 40
Tabela 2 - Resumo da análise de variância conjunta para o teor de clorofila total (μg 8 cm-2
),
utilizando o equipamento ClorofiLog....................................................................................... 48
Tabela 3 - Resultados médios para o teor de clorofila total (CLOR T) obtidos para os
diferentes híbridos e tratamentos com fungicida (T-testemunha, V8-oito folhas expandidas e
VT-pendoamento), em dois ambientes no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola
2013/14. UNICENTRO. 2016. ................................................................................................. 49
Tabela 4 - Resumo da análise de variância conjunta para área abaixo da curva de progresso
da mancha foliar de diplodia (AACPD) e para área abaixo da curva de progresso da ferrugem
comum (AACPF). ..................................................................................................................... 51
Tabela 5 - Médias da área abaixo da curva de progresso da mancha foliar de diplodia
(S.macrospora) (AACPD) obtidos para os diferentes híbridos e tratamentos com fungicida (T-
testemunha, V8-oito folhas expandidas e VT- pendoamento), em dois ambientes no município
de Guarapuava- PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016. .................................... 52
Tabela 6 - Médias da área abaixo da curva de progresso da ferrrugem comum (Puccinia
sorghi) (AACPF) obtidos para os diferentes híbridos e tratamentos com fungicida (T-
testemunha, V8-oito folhas expandidas e VT-pendoamento), em dois ambientes no município
de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016. ..................................... 56
Tabela 7 - Resumo da análise de variância conjunta para incidência de grãos ardidos (GA),
peso de mil grãos (P1000) e produtividade de grãos (PROD). ................................................ 59
Tabela 8 - Resultados médios para grãos ardidos, valores em %, obtidos para os diferentes
híbridose tratamentos com fungicida (T-testemunha, V8-oito folhas expandidas e VT-
pendoamento), em dois ambientes no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola
2013/14. UNICENTRO. 2016. ................................................................................................. 60
Tabela 9 - Resultados médios para peso de mil grãos, valores em gramas, obtidos para os
diferentes híbridos e tratamentos com fungicida (T-testemunha, V8-oito folhas expandidas e
VT-pendoamento), em dois ambientes no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola
2013/14. UNICENTRO. 2016. ................................................................................................. 65
Tabela 10 - Resultados médios para produtividade de grãos, valores em kg/ha, obtidos para
os diferentes híbridos e tratamentos com fungicida (T-testemunha, V8-oito folhas expandidas
e VT-pendoamento), em dois ambientes no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola
2013/14. UNICENTRO. 2016. ................................................................................................. 68
Tabela 11 - Probabilidade de significância dos contrastes para clorofila total (CLOR T),
mancha foliar de diplodia (Stenocarpella macrospora) (AACPD), ferrrugem comum
(Puccinia sorghi) (AACPF), grãos ardidos (G.A.), peso de mil grãos (P1000) e produtividade
de grãos (PROD), obtidos para os diferentes híbridos e tratamentos com fungicida (T-
testemunha, V8-oito folhas expandidas e VT-pendoamento), em dois ambientes no município
de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016. ..................................... 73
iii
RESUMO
Elizandro Ricardo Kluge. Doenças foliares e podridão de grãos com uso de fungicida em
hibridos de milho e associação à expressão de enzimas no grão em diferentes espaçamentos.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de fungicidas sobre a incidência de
doenças foliares em híbridos comerciais de milho e a relação entre grãos ardidos e a
expressãode enzimas no grão em espaçamento normal e reduzido, no município de
Guarapuava - PR. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com
três repetições, em esquema fatorial 3 x 8, totalizando 24 tratamentos. O primeiro fator foi
constituído por três níveis, o primeiro com aplicação de fungicidas via foliar (Trifloxistrobina
150,0 g/L (15,0% m/v) + (Protioconazol) 175,0 g/L (17,5% m/v) na dose de 0,4 L ha-1
em fase
V8-oito folhas expandidas, no segundo utilizou se aplicação na dose de 0,5 L ha-1
em fase VT
- pendoamento,e a testemunha (sem aplicação de fungicida). O segundo fator foi constituído
por oito híbridos de milho, sendo divididos em dois grupos, de acordo com a sua reação aos
fungos causadores do complexo de grão ardido, tolerantes (AG 9045PRO, AG 8041PRO,
DKB 245PRO2 e 2B707PW) e suscetíveis (P 32R48H, DKB 390PRO, P 30F53H e P
30R50H), totalizando 72 parcelas em cada ambiente, na safra agrícola 2013/2014. O primeiro
experimento foi instalado no área experimental da Universidade Estadual do Centro-Oeste -
UNICENTRO, Campus CEDETEG, (espaçamento convencional de 0,70 m entre linhas), o
segundo experimento foi instalado na Fazenda Três Capões, (espaçamento reduzido de 0,45
m), ambos no município de Guarapuava, PR. A parcela experimental era composta de 4 linhas
de 5 m de comprimento, sendo a área útil as 2 linhas centrais. Foram avaliadas as seguintes
características: teor de clorofila total; área abaixo da curva de progresso das doenças foliares
(ferrugem comum e mancha foliar de diplodia); porcentagem de grãos ardidos; peso de mil
grãos; produtividade de grãos e a expressão da enzimas: catalase (CAT); álcool desidrogenase
(ADH); malato desidrogenase (MDH) elipoxigenase (LOX) no grão. Houve redução na área
abaixo da curva de progresso de doença (AACPD) da ferrugem comum e mancha foliar de
diplodia, com o uso de fungicida (Trifloxistrobina + Protioconazol), sendo esta dependente do
híbrido e espaçamento utilizado. A produtividade de grãos, a porcentagem de grãos ardidos,
índice de clorofila total e peso de mil grãos foram influenciadas pelo híbrido e pelo fungicida
utilizado. O Fungicida (Trifloxistrobina + Protioconazol) reduziu a incidência de grãos
ardidos, sendo a redução maior nos híbridos considerados suscetíveis. Existe relação entre
maior expressão da enzima CAT e maior incidência de grãos ardidos, em virtude da
deterioração dos grãos, sendo esta dependente do híbrido avaliado. Há maior expressão das
enzimas (ADH), (MDH) e (LOX) para os híbridos de milho pertencentes ao grupo
considerado tolerante aos fungos causadores de grãos ardidos. A aplicação do fungicida
(Trifloxistrobina + Protioconazol) em duas aplicações, V8 (oito folhas) e VT (pendoamento),
aumentaram a intensidade da enzima LOX, sendo mais evidente no espaçamento reduzido.
Palavras-chave: Controle químico, doenças fúngicas, enzimas, grão ardido, Zea mays.
iv
ABSTRACT
Elizandro Ricardo Kluge. Fungal diseases and rot grain with fungicide use on corn hybrids
and association with the expression of enzymes in the grain at different spacings.
The objective of this study was to evaluate the effect of fungicide application on the incidence
of foliar diseases in commercial corn hybrids and the relationship between damaged grains
and expressão de enzymes in the grain in normal and reduced spacing, in Guarapuava - PR.
The experimental design was a randomized complete block design with three replications in a
factorial 3 x 8, totaling 24 treatments. The first factor is constituted by three levels, with the
first foliar application of fungicides (Trifloxystrobin 150.0 g / l (15.0% w / v) +
(Prothioconazole) 175.0 g / l (17.5% w / v) at a dose of 0.4 L ha-1in V8-eight stage expanded
leaves, the second used if applied at a dose of 0.5 L ha-1 in phase VT - bolting, phenological
scale of Ritchie and Hanway Benson ( 1993), and another control (without fungicide). The
second factor consists of eight corn hybrids were divided into two groups according to their
reaction to causative fungi of burned grain complex tolerant (AG 9045PRO AG 8041PRO,
DKB 245PRO2 and 2B707PW) and susceptible (P 32R48H, DKB 390PRO, P 30F53H and P
30R50H), totaling 72 plots in each environment, in the 2013/2014 harvest. The first
experiment was installed in the experimental area of the Universidade Estadual do Centro
Oeste (UNICENTRO), Campus CEDETEG (conventional spacing of 0.70 m between rows),
the second experiment was conducted on the Três Capões Farm, owned by the Company
MLCV (Santa Maria Group) (reduced spacing 0.45 m), both in Guarapuava, PR. The
experimental plot consisted of 4 rows of 5 m in length, with the floor area of the two central
lines. The following characteristics were assessed: total chlorophyll content; area under the
leaf disease progress curve (common rust and leaf spot Diplodia); percentage of damaged
kernels; thousand kernel weight; grain yield and the expression of the enzymes catalase
(CAT); alcohol dehydrogenase (ADH); malate dehydrogenase (MDH) and lipoxigenase
(LOX) in the grain. There was a reduction in the area under disease progress curve (AUDPC)
of common rust and leaf spot of Diplodia, with the use of fungicide (Trifloxystrobin
Prothioconazole +), which is dependent on the hybrid and spacing used. Grain yield,
percentage of damaged kernels, chlorophyll content and thousand kernel weight were
influenced by the hybrid and the used fungicide. The fungicide (Trifloxystrobin +
Prothioconazole) reduced the incidence of damaged kernels, with the largest reduction in
hybrids considered susceptible. There is a relationship between increased expression of CAT
enzyme and increased incidence of damaged kernels, because of the deterioration of grain,
this being dependent on the hybrids tested. There is increased expression of enzymes (ADH)
(MDH) and (LOX) for corn hybrids belonging to the group considered tolerant to fungi that
cause rot grains. The application of fungicide (Trifloxystrobin + Prothioconazole) in two
applications, V8 (eight sheets) and VT (bolting), increased the intensity of the LOX enzyme,
being more evident in the reduced spacing.
Key words: Chemical control, enzymes, fungal diseases, grain burned, Zea mays.
1
1. INTRODUÇÃO
No Brasil a cultura do milho possui uma ampla abrangência geográfica de cultivo,
desenvolvendo-se nas mais diversas condições edafoclimáticas, sendo desta forma, possível a
utilização de vários híbridos comerciais, os quais apresentam níveis variados de tolerância a
patógenos seja em nível foliar e do grão.
A ocorrência desses patógenos provoca redução na produtividade de grãos e na
qualidade sanitária dos grãos, pois a infecção por esses fungos resulta na paralisação do
processo normal de enchimento de grãos e reduz o peso de espigas. O cultivo do milho em
monocultura e o plantio direto favorecem a sobrevivência, a manutenção e a multiplicação do
inóculo destes fungos (ZAMBOLIM et al., 2000).
Dentre as doenças de grande importância, Juliati & Souza (2005) descrevem as
doenças foliares como a Helmintosporiose (Exserohilum turcicum), ferrugem comum
(Puccinia sorghi), e Cercoporiose (Cercospora zeae-maydis).
Além dessas, Casa (1997) cita as podridões de colmo e de espiga, causadas,
principalmente, pelos fungos Stenocarpella macrospora, Fusarium verticilióides e, F.
graminearum, que afetam o rendimento da cultura e a qualidade dos grãos.
Dessa forma, torna-se cada vez mais importante a correta escolha do material genético
a ser utilizado (MENDES et al., 2012) e nos últimos anos, tem aumentado a discussão sobre
estratégias de manejo que permitam reduzir as doenças de forma sustentável, utilizando a
rotação de cultura, genótipo e principalmente a adoção do controle químico.
Quando tecidos de plantas são danificados por patógenos ou mecanicamente, ocorre
uma degradação sequencial de lipídeos que são produtos primários da reação
daslipoxigenases. Essas enzimas são ativadas e oxidam os ácidos graxos, produzindo uma
determinada concentração de aldeídos ecompostos voláteis que inibem a formação e o
desenvolvimento de fungos em grãos (MENDES et al., 2012). A deterioração é considerada
toda e qualquer mudança degenerativa, após a semente ter atingido sua máxima qualidade.
Também, no processo de deterioração em sementes estão envolvidas enzimas que atuam nos
processos respiratórios, como a ADH e MDH, além das relacionadas à remoção de radicais
livres como a CAT, dentre outras.
Atualmente, a adoção de espaçamento reduzido associado à utilização de híbridos de
milho modernos e não modernos altera a campo o arranjo espacial de plantas de milho, que
pode promover uma mudança no microclima da cultura, de forma positiva, aumentando a
interceptação da radiação fotossinteticamente ativa pelo dossel, pode-se observar também que
2
ocorre aumento da eficiência de absorção de nutrientes e água, exercendo grande influência
sobre o rendimento de grãos da cultura do milho e de forma negativa influenciando na
tolerância dos híbridos as doenças foliares e na eficiência do controle dos princípios ativos de
fungicidas e aplicados de forma preventiva.
A eficiência do controle químico para manejo de grãos ardidos em milho ainda é
motivo de dúvidas quanto à eficiência de produtos, à época e ao número de aplicações, com
tolerância à patógenos de espiga e sua relação com a resistência do híbrido utilizado.
Desta maneira, em virtude de novos híbridos de milho que vem sendo lançados no
mercado a cada ano, com alto potencial produtivo, nota-se a importância do trabalho de
pesquisa para elucidar os resultados obtidos com o uso de fungicida na cultura do milho, sua
associação com a atividade de enzimas específicas e a presença de agentes patogênicos
causadores de podridões de espiga. Entretanto, estudos relacionados à influência de
compostos químicos, à atividade de enzimas em grãos de milho coma resistência de genótipos
associados aos patógenos causadores de grãos ardidos devem ser melhor estudados no Brasil.
3
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de fungicida sobre a
severidade de doenças foliares em híbridos comerciais de milho e a relação entre grãos
ardidos e a expressão de enzimas no grão em espaçamento normal e reduzido, no município
de Guarapuava - PR.
2.2. Específicos
- Avaliar o efeito do fungicida trifloxistrobina e protioconazol, no controle da
ferrugem comum (Puccinia sorghi) e da mancha foliar de diplodia (Stenocarpella
macrospora), por meio da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) na safra
agrícola 2013/14;
- Verificar o efeito do fungicida trifloxistrobina e protioconazol, em híbridos
comerciais de milho em diferentes espaçamentos e seu efeito nas características agronômicas,
na safra agrícola 2013/14;
- Quantificar durante a safra 2013/14 a incidência de grãos ardidos associados à
enzima lipoxigenase na cultura do milho, com espaçamento de semeadura normal frente ao
espaçamento reduzido, na região de Guarapuava/PR;
- Determinar a expressão das enzimas: catalase (CAT); álcool desidrogenase (ADH);
malato desidrogenase (MDH) e lipoxigenase (LOX) no grão com uso de fungicida foliar na
cultura do milho, com diferentes espaçamentos, na região de Guarapuava/PR;
4
2. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. A importância da produção do milho.
O milho (Zea mays L.) é uma das culturas mais importantes e antigas, e é cultivado
nos mais diversos ambientes e climas do planeta (WERLE et al., 2011). Tem sua origem nas
Américas, com plantios em diferentes latitudes, sendo encontrado desde a Rússia até a
Argentina. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial, sendo que, de acordo com os dados
da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a produção total do cereal na safra
2014/15 foi de 80,05 milhões de toneladas em uma área semeada de 15,5 milhões de hectares,
e com uma produtividade média de 5.057 kg ha-1
. Já o Paraná contribuiu com uma produção
de 15,4 milhões de toneladas de grãos, e com uma produtividade média de 6.297 kg ha-1
. De
2010 a 2015 a produção brasileira aumentou 40%, isso representa quase 22 milhões de
toneladas a mais (CONAB, 2015).
Dentre os países que podem suprir a demanda mundial de milho, o Brasil é o único
que tem área disponível, podendo também melhorar seu nível tecnológico (DUARTE et al.,
2011). Em relação ao nível tecnológico, procura se a maior produção e lucratividade. Existe
assim, a necessidade de altos investimentos em perfil e fertilidade de solo, controle de plantas
daninhas, pragas e doenças, utilização de híbridos modernos, máquinas agrícolas de alto
desempenho. Com isso melhorias na semeadura, destribuição da adubação, exatidão nas
pulverizações e regulagem das colhedeiras, são estratégias para a redução das perdas de
colheita.
A produção mundial de milho na safra 2013/2014 foi de aproximadamente 989,2
milhões de toneladas, em 180,06 milhões de hectares, superando a produção da safra
2012/2013 que foi de 849,01 milhões de toneladas (CONAB, 2014). Os principais países
produtores desse grão são os Estados Unidos (36,9%), seguido da China (21,7%) e Brasil
(7,6%). A produção nos EUA para a safra 2014/2015 foi estimada em 365,96 milhões de
toneladas, com produtividade de 10.882 kg ha-1
(USDA, 2014). A produtividade média na
safra 2013/14 foi de 8.143 kg ha-1
, pois, sofreu com uma das maiores secas já registradas, que
atingiu, sobretudo, o Meio Oeste, região onde se concentra o maior volume de milho e soja.
Em função deste acidente climático, a produção norte americana de milho, estimada
inicialmente em 370,0 milhões de toneladas, baixou para 273,8 milhões, provocando uma
forte redução da participação dos Estados Unidos no mercado externo (USDA, 2013).
5
No Brasil a área total cultivada com o milho na safra 2014/2015 foi estimada em 15,23
milhões de hectares, 0,55% menor que na safra anterior, com uma produtividade média de
5.057 kg ha-1
. A redução na área colhida de milho é explicada pelos produtores optarem em
aumentar a área de cultivo de soja. Um dos fatores que interferem significativamente na
produção brasileira é a variação entre as áreas produtoras do grão. Isto estabelece uma
produtividade média muito abaixo do potencial produtivo que a cultura pode alcançar. As
maiores regiões produtoras de milho no Brasil são Centro Oeste, com 42,0%, e Sul com
34,1% da produção nacional, sendo que na região Sul o estado que mais produz milho é o
Paraná (15,2 milhões de toneladas), seguido pelo Rio Grande do Sul (5,4 milhões de
toneladas) (CONAB, 2014). Nos três estados do Sul do Brasil, o milho é o principal insumo
energético das rações usadas na criação de suínos, aves e gado leiteiro (EMATER, 2012). O
país é o segundo maior exportador do cereal, com 20 milhões de toneladas, participação de
17,8 %. Em 2014 o ritmo de exportação foi menos intenso. A maior oferta nacional e mundial
do cereal fez com que o Brasil diminuísse as negociações com alguns importantes parceiros
comerciais. O exemplo é o Japão que importou apenas 1,31 milhões de toneladas do cereal
brasileiro em 2014. Isso representa um valor 65% menor que o efetivado no ano anterior
(SEAB, 2014). Os estados do Mato Grosso, Paraná e Goiás são os maiores produtores,
respectivamente (USDA, 2014).
A região Centro-Sul do Paraná caracteriza-se como uma grande produtora de milho,
com uma característica climática ideal para produção desta cultura, possuindo o segundo
maior índice de produtividades do mundo (MENDES et al., 2011). Nesta região, têm-se
obtido altos rendimentos na produção de milho, relacionados entre outros fatores à sua maior
aptidão climática. A precipitação pluvial nessa região, no período de outubro-março, é em
torno de 1.100 mm, enquanto a temperatura média é de 18,5 °C e altitude de 1120 m (IAPAR,
2008 a,b), com ocorrência semanal de chuvas na primavera-verão.
Portanto, no estado do Paraná a produtividade do milho vem crescendo
gradativamente nos últimos anos. Além dos avanços tecnológicos obtidos, que têm
proporcionado elevação nos rendimentos ao longo do tempo, a concentração da área de
cultivo da primeira safra nas Regiões Centro-Sul e Sudoeste do Estado, de altitudes mais
elevadas e com distribuição de chuvas mais regular, também contribuíram para elevar os
índices de produtividade (SEAB, 2013).
Na safra 2013/14, a produção do Estado do Paraná contribuiu com cerca de 20% do
volume total produzido de milho no país, sendo o segundo maior produtor do cereal. A
produção recorde do Estado foi em 2013, que, somando as duas safras, foram colhidas em
6
torno de 17 milhões de toneladas.
A área cultivada no estado na safra de 2014/2015 para a primeira safra de milho foi de
aproximadamente 542,5 mil hectares, 18,4% a menos de área cultivada comparada com a
safra anterior, com uma produtividade média de 8.645 kg ha-1
e a área cultivada na segunda
safra foi de aproximadamente 1.914,3 mil hectares, com uma produtividade média de 5.632
kg ha-1
. A área cultivada com milho no Paraná, somando as duas safras, ficou em 2.456,8 mil
hectares, com uma produtividade média de 6.297 kg ha-1
, com uma produção, contando as
duas safras, de 15.471,3 mil toneladas (CONAB, 2015).
Do ponto de vista competitivo, a relação dos preços da soja e do milho, que chegaram
a atingir a proporção de 4:1 em outubro de 2014, vem favorecendo o plantio da oleaginosa
por essa vantagem comparativa na safra de verão. Além disso, a consolidação do milho
segunda safra, especialmente nas Regiões Norte, Centro-Oeste e Oeste do Paraná, foi fator
determinante para a redução da área de cultivo do milho na safra verão 2014/2015, que
atingiu apenas 542.919 ha (–19% se comparada à safra anterior), uma das menores áreas de
cultivo já registrada no Paraná. Desde o ano de 1949 não foi observada tão baixa área de
cultivo. Apesar do crescimento da produtividade média (8.630 kg ha-1
e 5% superior à safra
passada), a produção total atingiu apenas 4.671.246 t (–14%) em função da acentuada queda
da área de cultivo (IAPAR, 2015).
3.2. Principais doenças foliares e do complexo de grãos ardidos.
A cultura do milho, por ter uma ampla abrangência geográfica, ocupando diversas
condições edafoclimáticas, acaba ficando sujeita a uma maior exposição aos patógenos
causadores de diversas doenças, formando assim uma interação dinâmica entre patógeno,
hospedeiro e o ambiente de cultivo (BRITO, 2010).
De acordo com Pinto (2004), a partir da década de 1990, algumas doenças fúngicas
foliares, pelo aumento da frequência e da severidade com que vêm ocorrendo, têm causado
sensível redução qualitativa e quantitativa na produção de milho. Também de grande
importância quando falamos em doenças são os grãos ardidos e as podridões de colmo, que
necessitam ser mais intensamente pesquisadas devido aos danos que causam direto ou
indiretamente na qualidade e quantidade de grãos colhidos, comprometendo o potencial de
rendimento da cultura.
A ocorrência de doenças vem se tornando mais intensa a cada ano, causando elevados
prejuízos aos produtores, principalmente pelo aumento de cultivo do milho em áreas irrigadas,
7
ausência de rotação de culturas, utilização de cultivares suscetíveis e ampliação das épocas de
cultivo (1ª e 2ª safras), sendo que a falta de rotação de culturas e o plantio de segunda safra
contribuem para o aumento da sobrevivência dos fitopatógenos no campo (COSTA et al.,
2009; OLIVEIRA et al., 2004), resultando numa maior severidade das doenças e permitindo a
ocorrência de outras doenças consideradas secundárias para a cultura (CASA et al., 2006).
As perdas ocorridas por doenças na cultura, principalmente às doenças foliares e a
incidência de grãos ardidos, têm causado ampla discussão sobre formas de manejo que visem
ao desenvolvimento de um programa que permita controlar as doenças de forma sustentável,
principalmente no que diz respeito ao controle químico e genético. Vale ressaltar, que tem
muitos casos em que os conceitos de duração de área foliar sadia em uma planta foram
propostos como melhores indicadores de produção de uma cultura, demonstrando desta
maneira o quanto é importante manter a área foliar livre de doenças (BERGAMIN FILHO et
al., 1995, BRITO et al., 2012).
Quanto às doenças foliares, existe uma grande preocupação por aquelas causadas por
fungos, que causam sérios danos, prejudicando a eficiência das culturas, reduzindo a área
fotossintética e inibindo a translocação de assimilados desde a sua fonte de produção até as
áreas de crescimento e deposição de material de rendimento (GOMES et al., 2011). Trabalhos
de pesquisa vêm mostrando incrementos significativos na produtividade de grãos e redução da
área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), quando realizadas aplicações de
fungicida no milho (HARLAPUR et al., 2009; BRITO et al., 2008). Deve-se ressaltar que a
época de aplicação influencia diretamente na eficiência do controle, como também o uso de
uma ou mais aplicações (MENDES et al., 2008).
Dentre as doenças foliares de grande importância, Juliati & Souza (2005) descrevem a
mancha de phaeosphaeria (Phaeosphaeria maydis), helmintosporiose (Exserohilum turcicum),
ferrugem comum (Puccinia sorghi), e cercoporiose (Cercospora zeae-maydis).
Conforme Reis et al. (2004), as doenças de espiga causadas pelos fungos Fusarium
verticillioides, Fusarium graminearum, Diplodia maydis (Stenocarpella maydis) e Diplodia
macrospora (Stenocarpella macrospora), ocasionam danos que resultam na redução do peso
específico (resulta na paralisação do processo normal de enchimento de grãos e reduz o peso
de espigas), qualidade do grão e presença de toxinas que podem contaminar as rações. Os
danos podem se agravar quando os grãos são mantidos a campo em condições meteorológicas
desfavoráveis. Quando há ocorrência de precipitações pluviais acima da normal durante as
fases de polinização e formação de grãos, normalmente ocorre aumento das podridões de
8
espiga. Com isso há o incremento na percentagem de grãos ardidos e fungos associados aos
grãos.
O cultivo do milho em monocultura e o plantio direto favorecem a sobrevivência, a
manutenção e a multiplicação do inóculo destes fungos (ZAMBOLIM et al., 2000). Dessa
forma, torna-se cada vez mais importante a correta escolha do material genético a ser
utilizado. A resistência à doenças dos atuais híbridos tem sido comprometida, tendo os
mesmos cada vez mais problemas relacionados às doenças, onde estas têm ocorrido cada vez
mais cedo no ciclo da cultura (SILVA; SCHIPANSKI, 2006).
É importante entender que a evolução das doenças do milho está estreitamente
relacionada à evolução do sistema de produção desta cultura do Brasil. Modificações
ocorridas no sistema de produção, que resultaram no aumento da produtividade da cultura,
foram também, responsáveis pelo aumento da incidência e da severidade das doenças. Desse
modo, a expansão da fronteira agrícola, a ampliação das épocas de plantio (safra e safrinha), a
adoção do sistema de plantio direto, o aumento do uso de sistemas de irrigação, a ausência de
rotação de cultura e o uso de materiais suscetíveis têm promovido modificações importantes
na dinâmica populacional dos patógenos, resultando no surgimento, a cada safra, de novos
problemas para a cultura relacionados à ocorrência de doenças, se destacando a cercosporiose,
a ferrugem comum (Puccinia sorghi Schw.), as podridões de colmo e os grãos ardidos
(COSTA et al.,2009).
Segundo Juliatti et al. (2007), a aplicação via foliar de fungicidas triazóis e
estrobirulinas (Piraclostrobin + Epoxiconazole, Azoxystrobin + Ciproconazole e
Azoxystrobin), resultou em menor incidência de grãos ardidos no milho. O uso de
azoxystrobina + cyproconazole, em aplicação foliar no prépendoamento, possibilitou reduzir a
incidência de grãos ardidos em 5,12%, além de aumentar a produtividade em 12%, de
diferentes híbridos cultivados sob alta severidade de doenças, com e sem aplicação de
fungicidas (Brito et al., 2008).
A aplicação de fungicida é eficiente no controle de doenças foliares e proporciona
maiores produtividades de grãos, em média, 12% superiores àquelas em que não se utilizou
fungicida. O uso de fungicida em aplicação foliar possibilita a redução da incidência de grãos
ardidos. Um fator preponderante no desenvolvimento de doenças foliares é o efeito do clima.
O ambiente é um componente importante e relevante na interação patógeno-hospedeiro-
ambiente, podendo inclusive impedir a ocorrência da doença, mesmo na presença de
hospedeiro susceptível e patógeno virulento (JESUS JUNIOR et al., 2003).
9
Em alguns casos, medidas de controle de doenças foliares não são suficientes para o
controle dos patógenos causadores de algumas doenças no milho, principalmente quando as
condições climáticas são favoráveis ao desenvolvimento da doença, podendo haver epidemias
da doença (ROLIM et al., 2007).
Devido á grande diversidade de épocas de semeadura nas regiões produtoras do Brasil,
a cultura permanece no campo durante praticamente o ano todo, o que acarreta uma produção
permanente de inóculo dos mais diversos patógenos que afetam a cultura, causando morte de
plântulas e podridão de sementes, raízes, e doenças que causam redução na área foliar e
diminuição da capacidade fotossintética, podridões de colmo e espiga que comprometem a
qualidade de colmo e grãos (SILVA & SCHIPANSKI, 2006).
A severidade da doença aumenta em condições de alta umidade relativa e temperatura
diurna variando de moderada a alta, bem como em noites frias, com formação de orvalho e,
principalmente, quando a temperatura se eleva logo após dias nublados ou chuvosos. Essas
condições predominam nas regiões com altitudes superiores a 600 m. Em algumas regiões
tem sido observada ser mais severa nos plantios de novembro (SILVA et al., 2001).
Outra forma importante de manejo do milho contra doenças é a escolha da época de
colheita, a qual precisa ser cumprida logo que os mesmos atinjam altos níveis de qualidade. A
antecipação na colheita de milho traz uma série de vantagens para as empresas produtoras de
sementes, pois, além de propiciar maior qualidade, devido à menor exposição a condições
ambientais adversas, permite melhor aproveitamento das áreas de plantio, pela possibilidade
de desocupá-la mais cedo, e possibilita o planejamento dos processos de secagem,
proporcionando melhor aproveitamento da infraestrutura de produção e de processamento
(FARIA et al., 2002).
Duarte et al. (2009) verificaram a interação significativa entre híbridos e fungicida, ou
seja, a reação do genótipo quando da aplicação do fungicida via foliar. Brito et al. (2013)
avaliando a aplicação de fungicida, em relação à severidade das doenças ocorridas, em vários
locais, esses valores foram baixos, sempre menor que dez por cento de área foliar lesionada.
Isso mostra a eficiência do fungicida utilizado para controlar as doenças, permitindo inferir
que, nas parcelas com controle químico das doenças, os híbridos puderam expressar melhor
seu potencial genético para a produção de grãos. Brito et al. (2007) também verificaram que,
nas parcelas com controle químico, a severidade da Cercosporiose foi sempre inferior a 0,5%.
A aplicação de fungicida é eficiente no controle de doenças foliares e proporciona
maiores produtividades de grãos, em média, 12% superiores àquelas em que não se utilizou
fungicida (BRITO et al., 2013).
10
3.2.1. Ferrugem comum (Puccinia sorghi)
Entre as mais diversas doenças que atacam a cultura, considerando as ferrugens do
milho que ocorrem no Brasil, a ferrugem comum (Puccinia sorghi) é a mais antiga e
estudada. Está classificada entre as principais doenças foliares na cultura do milho na região
centro-sul do Paraná, fato este que reflete na maioria das regiões produtoras do Brasil,
podendo causar limitações, tais como danos diretos a planta, por redução da área
fotossintetizadora que pode acarretar redução na produtividade de grãos (VON PINHO et al.,
1999 citado por COSTA, 2008). Esta doença torna-se importante quando surge no início da
cultura, pois debilita a planta, permitindo a ação de outros patógenos importantes como
Diplodia macrosporae, Exserohilum turcicum, e Cercospora zeae-maydis entre outras. Está
amplamente disseminada em todas as regiões onde a cultura esteja presente, sendo atualmente
responsável por grandes danos na produtividade do milho (JULIATTI & SOUZA, 2005).
Essa doença, causada pelo fungo Puccinia sorghi, embora comumente observada em
lavouras de milho, não tem sido relatada em alta severidade, principalmente devido ao bom
nível de resistência das cultivares comerciais de milho, e por limitações de condições
climáticas. Ocorre em qualquer fase de desenvolvimento da planta, e pode ser severa em
plântulas (SABATO e FERNANDES, 2014).
O desenvolvimento do fungo causador da ferrugem comum é favorecido por
temperaturas na faixa de 16 a 23ºC, alta umidade relativa e altitudes superiores a 900 m,
sendo esta amplitude ótima para a germinação dos urediósporos (PINTO et al., 2006).
Devido à característica de dispersão da P. sorghi, pode-se encontrar em um mesmo campo de
produção áreas com alta e baixa severidade de ferrugem, o mesmo podendo ocorrer em
experimentos de avaliação de progênies. Tal comportamento conduz ao fato de que progênies
localizadas mais próximas umas das outras, nos experimentos, tendem a apresentar
comportamentos mais semelhantes do que progênies localizadas a maiores distâncias, o que
caracteriza uma dependência espacial dos resultados (SILVA et al., 2004).
A área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) tem sido uma ferramenta
muito utilizada quando se trata de doenças foliares e utilização de fungicidas, por ser uma boa
forma de avaliação do progresso das doenças, com base nos dados de severidade. Em um
estudo realizado por Brandão (2003) o autor relata que para haver redução da AACPD da
ferrugem comum, deve ser avaliada a resistência do material genético utilizado.
Conforme Zanatta (2013) houve redução na área abaixo da curva de progresso de
doença (AACPD) foliar, ferrugem comum, mancha foliar de diplodia e helmintosporiose com
11
o uso de fungicidas, isolados e em associação, dependente do híbrido e da safra agrícola
avaliada. A aplicação de forma preventiva com fungicida triazol isolado e com fungicida
triazol e estrobirulina em associação reduziram a AACPD ferrugem da folha e da mancha
foliar de diplodia (S. macrospora), sendo o seu resultado dependente do híbrido utilizado e da
safra agrícola.
3.2.2. Mancha de Diplodia (Stenocarpella macrospora)
A mancha-de-macrospora, causada pelo fungo necrotrófico Stenocarpella macrospora
(Earle) Sutton [Sin. Diplodia macrospora Earle], tem se mostrado frequente e importante na
cultura do milho nos últimos anos no Brasil, (CASA et al., 2010). Além de mancha foliar, o
fungo pode causar podridão do colmo, podridão da espiga e grãos ardidos (REIS et al., 2004).
Essa doença é causada pelos fungos Stenocarpella maydis e S. macrospora e se
manifesta na fase de produção da planta. A severidade dessa podridão é favorecida pela
ocorrência de chuvas e por semeadura em alta densidade. Nas folhas, S. macrospora causa
lesões necróticas alongadas, com um ponto de infecção visível, que as distingue das lesões de
Exserohilum turcicum. O controle consiste na rotação de culturas até a mineralização dos
tecidos infectados, utilização de sementes sadias e utilização de cultivares com resistência
genética (SABATO e FERNANDES, 2014).
Em híbridos susceptíveis, pode causar grandes lesões foliares diminuindo a área
fotossintetizante e funcionando como fonte de inóculo para as infecções de colmo e espiga
(Latterell e Rossi, 1983), o que afeta a produtividade e a sanidade do grão (BAMBI et al.,
2011). Apesar de haver relatos que a S. macrospora ocorre em regiões restritas, nos últimos
anos a mancha foliar de diplodia tem ocorrido com frequência na cultura do milho no Brasil,
principalmente devido ao monocultivo em sistema plantio direto e ao aumento da área de
milho safrinha (CASA et al., 2010).
A sobrevivência saprofítica de S. macrospora nos restos culturais infectados de milho
tem tornado a doença frequente devido às extensas áreas semeadas no sistema semeadura
direta e monocultura, pois a palha infectada que permanece na superfície do solo, garante a
sobrevivência e a viabilidade do fungo (CASA et al., 2003).
A disseminação do fungo ocorre via semente infectada, sendo este mecanismo
responsável pela introdução do patógeno em novas áreas de cultivo, (Shurtleff, 1992), ou por
respingo de chuva e/ou pelo vento a curtas distâncias pela remoção e dispersão dos conídios
presentes nos restos culturais (CASA et al., 2004).
12
O fato de S. macrospora infectar exclusivamente plantas de milho, não formar
estrutura de repouso e apresentar conídios dispersados a curtas distâncias, são características
biológicas do patógeno que permitem manejá-lo com a rotação de culturas e o uso de
sementes sadias e/ou tratadas com fungicidas eficientes (CASA et al., 2006).
A incidência e a severidade da mancha de macrospora estão relacionadas com
quantidade de resíduos culturais presentes na superfície do solo. Dessa maneira, o milho
somente deverá voltar a ser cultivado na mesma lavoura quando a densidade de inóculo
estiver abaixo do limiar numérico de infecção, ainda não determinado, ou após a eliminação
completa dos restos culturais. Casa et al. (2003) observaram a viabilidade de S. macrospora e
S. maydis em colmos de milho mantidos na superfície do solo até 320 dias de exposição no
campo. Portanto, a rotação de culturas com espécies vegetais não suscetíveis por período
aproximado de duas safras constitui-se numa estratégia eficiente para o controle de diplodia.
A mancha foliar de diplodia além de infectar as folhas e, em muitas situações,
dilacerar o tecido foliar necrosado, reduzindo a área foliar da planta, torna-se mais grave em
virtude da grande produção de inóculo sobre lesões, que contribui para o aumento do
potencial de inóculo para a infecção do colmo e da espiga. Os esporos produzidos sobre as
lesões podem ser transportados pela água até a bainha foliar onde, posteriormente, germinam
e iniciam a infecção do colmo ou da base da espiga (CASA et al., 2006).
A importância econômica desta doença sempre foi associada aos danos causados pelas
podridões de colmo e espiga, mas nos últimos anos tem aumentado a incidência de lesões
foliares associadas a esse fungo (BRUNELLI et al., 2005).
Flett e Wehner (1991) verificaram que a intensidade da podridão da espiga, causada
por S. maydis, apresentou resposta linear à presença da palha sobre a superfície do solo,
apresentando, em plantio direto maior intensidade de espigas e de grãos infetados quando
comparado com a aração do solo.
A infecção da espiga normalmente é responsável pela ocorrência desses fungos nos
grãos, resultando nos chamados grão ardidos. Os grãos de milho, em termos fitopatológicos,
são classificados como ardidos quando infectados por fungos, ocorrendo descoloração de pelo
menos um quarto da superfície dos grãos. A coloração desses grãos pode variar de marrom-
claro a roxo ou de vermelho claro a vermelho intenso, dependendo do patógeno presente
(PINTO, 2005).
Os grãos de milho podem ser contaminados pelos fungos em duas situações, em pré-
colheita, quando ocorrem podridões de espiga com formação de grãos ardidos, e em pós-
colheita, ocorrendo grãos mofados durante armazenamento e beneficiamento. As perdas na
13
qualidade dos grãos causam desvalorização do produto, com isso, as agroindústrias adotaram
como padrão de qualidade a tolerância máxima de 6% para a ocorrência de grãos ardidos em
lotes comercias de grãos (PINTO, 2007).
Os grãos ardidos constituem um dos principais problemas de qualidade do milho,
devido à possibilidade da presença de micotoxinas, tais como, aflatoxinas (Aspergillus
flavus), fumonisinas (Fusarium moniliforme e F. subglutinans), entre outras. As perdas
qualitativas por grãos ardidos são motivos de desvalorização do produto e uma ameaça à
saúde humana e animal (MENDES, 2009).
Casa (1997), estudando a transmissibilidade dos fungos (Stenocarpella maydis e
Stenocarpella macrospora em sementes de milho, detectou que a semente é fonte de inóculo e
de disseminação destes fungos, contaminando as plântulas e afetando o vigor, sendo
necessário a aplicação de fungicidas nas sementes. Entretanto, somente o fungicida Captan
não foi satisfatório para o controle de Stenocarpella spp., necessitando estar associado a
outros princípios ativos. Constatou-se também que, não só as sementes, mas os restos
culturais são fonte de inóculo destes fungos.
Conforme Santúrio (2003), citado por Brito (2010), grãos de milho com grau de
umidade inferior a 13% não apresentaram condições favoráveis ao desenvolvimento dos
fungos, no entanto em grãos que apresentaram umidade acima de 17%, associados a
temperaturas de 25º a 30ºC, ocorreu alta produção de fungos, e consequentemente de
micotoxinas.
Em relação à produtividade e a porcentagem de grãos ardidos, Mendes (2009) relata
que estas características foram influenciadas pelos genótipos e pelas safras agrícolas, sendo
mais verificada no plantio direto, e que não há associação entre produtividade de grãos e a
porcentagem de grãos ardidos, o que demonstra que as perdas provocadas pela incidência de
grãos ardidos são de caráter quantitativo. Adicionalmente, o mesmo autor relata que para
haver um controle de grãos ardidos devem ser utilizados híbridos resistentes, adubação
equilibrada, rotação de culturas, controle de insetos, transporte rápido e secagem, a fim de
evitar a contaminação de grãos de milho por micotoxinas no campo e nos silos.
De acordo com o Ministério da Agricultura - MAPA (2013) são inexistentes
informações de fungicidas indicados para o controle específico de mancha foliar de diplodia.
Para tanto, trabalhos com controle químico visando o controle dessa doença devemser
explorados, principalmente quantificando a eficácia dos fungicidas em relação aos modos de
ação e a reação de híbridos em diferentes condições de ambiente (BAMPI et al., 2012).
14
Este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar odesempenho de fungicida no
controle de S. macrospora em plantas de híbridos de milho considerados suscetível e
resistente.
3.3. Práticas de manejo na cultura do milho
3.3.1. Escolha do genótipo com base na sanidade foliar e do grão
A escolha de híbridos envolve a análise de vários fatores, em virtude da complexa
interação genótipo/ambiente, que resulta em diferentes respostas na expressão do seu caráter.
Primeiramente é importante considerar qual a finalidade do uso, por exemplo, se o destino for
para grãos, silagem, milho verde ou algum tipo de milho especial, deve-se considerar que
existem cultivares desenvolvidas e adaptadas para cada um desses segmentos, posteriormente,
certificar-se da real adaptação à região, em virtude da diferença de altitude, no que consiste a
estabilidade e reação a doenças de cada híbrido (IAPAR, 2015).
Tem sido disponibilizado ao mercado mais de cem cultivares novas de milho, sendo
que a escolha do genótipo mais adequado a cada situação é o principal fator de acréscimo na
produtividade, que pode ser obtido sem qualquer custo adicional (SILVA et al., 2012).
No posicionamento de cultivares a época de semeadura é fundamental, levando em
consideração a condição climática (temperatura e luminosidade), assim como rotação de
culturas e fertilidade da área, são fatores que podem interferir no potencial produtivo eainda
causar maior incidência de doenças, portanto, o processo de escolha de cultivares é
considerado estratégico no manejo integrado de doenças (IAPAR, 2015).
Na busca por novas cultivares, há sempre uma procura, pelas empresas públicas e
privadas, por genótipos com alto desempenho agronômico. Segundo dados da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na safra 2014/15, foram disponibilizados 478
cultivares de milho (onze a mais do que na safra anterior), sendo 292 cultivares transgênicas e
186 cultivares convencionais. Pela segunda vez, o número de cultivares transgênicas é maior
do que o das cultivares convencionais. As cultivares precoces são dominantes (66,25%),
seguidas pelas hiper e superprecoces (24,37%). As semiprecoces e normais representam
apenas 9,38% das opções de mercado. Dentre as cultivares superprecoces e precoces, há um
predomínio de híbridos simples e triplos (88,46% e 79,71%, respectivamente). Por outro lado,
dentre as cultivares semiprecoces ou de ciclo normal há um predomínio dos híbridos duplos e
15
variedades (63,34%), comparadas com os híbridos simples (26,66%) e híbridos triplos
(10,00%), (EMBRAPA, 2015).
Normalmente, as novas cultivares disponibilizadas no mercado apresentam elevado
potencial genético, além de outras vantagens relativas aos aspectos fitossanitários, físicos e
fisiológicos, capazes de proporcionar altas produtividades. Para isso, uma série de
informações, como o seu comportamento em relação às principais doenças, tipo de híbrido,
ciclo, região de adaptação, cor e textura de grãos, época de semeadura e densidade de plantas
recomendada, é fornecida para que os agricultores possam explorar ao máximo o potencial
genético dessas cultivares (CRUZ et al., 2007).
Conforme Mendes et al. (2012), comparando híbridos considerados resistentes e os
híbridos considerados susceptíveis ao complexo de grãos ardidos, avaliando a produtividade
de grãos e porcentagem de grãos ardidos evidenciou a existência de genótipos com maior
resistência os fungos F. verticilioides, S.maydis e S. macrospora. A produtividade de grãos e
a porcentagem de grãos ardidos foram influenciadas pelo tipo de híbrido, pelas safras
agrícolas e pelas inoculações artificiais, sendo mais pronunciada no sistema de plantio direto.
O mesmo autor constatou que não há associação entre a produtividade de grãos e
porcentagem de grãos ardidos o que evidência que as perdas provocadas pela incidência de
grãos ardidos em milho não são de caráter quantitativo.
O desenvolvimento de cultivares resistentes ou tolerantes é a medida mais efetiva de
controle de doenças foliares do milho e a discriminação de resistência é mais confiável
quando os genótipos são avaliados com base na área abaixo da curva de progresso da doença,
uma vez que inclui várias medições da severidade da doença ao longo do ciclo de produção
(VIEIRA et al., 2009b).
3.3.2. Manejo de fungicidas na cultura do milho
Plantado de Norte a Sul do País, nas mais variadas formas de cultivo, o milho
apresenta-se como uma cultura de grande importância econômica e social, além de um
enorme potencial para o crescimento do setor agrícola, graças ao desenvolvimento de novas
tecnologias que visam sempre o aumento de produtividade (PINAZZA & ALIMANDRO,
1998).
Com a melhoria do sistema produtivo, novas práticas de manejo foram incorporadas à
cultura do milho, como por exemplo, a necessidade de aplicação de fungicidas, em virtude do
aumento de incidências de doenças foliares. De maneira geral existe escassez de informações,
16
no Brasil, referente ao patossistema milho/fungos causadores de doenças foliares, podridões
de grãos e espigas.
Tradicionalmente o manejo das doenças foliares do milho era realizado por meio da
utilização de cultivares resistentes associados a medidas culturais. A partir da severa epidemia
de cercosporiose, que ocorreu no ano de 2000, no estado de Goiás, tem-se verificado um
aumento acentuado da utilização de fungicidas em lavouras comerciais destinadas à produção
de grãos (COSTA et al., 2012).
Nos últimos anos pesquisas realizadas têm demonstrado a eficiência da aplicação de
fungicidas no manejo das doenças foliares e na redução dos danos por elas causadas na
produtividade (CUNHA et al., 2010). Esta realidade não está apenas na pesquisa, no campo
tem se observado o interesse cada vez maior do produtor em fazer aplicações de fungicidas na
lavoura, visando controle adequado das doenças.
Tem sido dada ênfase ao controle de doenças foliares do milho pela aplicação de
fungicidas, o que tem proporcionado a redução dos sintomas e incremento na produtividade
em relação a áreas não tratadas (DUARTE et al., 2009).
Entre os fungicidas disponíveis no mercado brasileiro para o controle de doenças
foliares do milho, os penetrantes móveis pertencentes aos grupos químicos dos triazóis
(inibidores da síntese de esteróis - ISE) e das estrobilurinas (inibidores da respiração
mitocondrial – IQe), são os mais utilizados isoladamente ou em misturas pré-fabricadas. Os
benzimidazóis (inibidores da divisão celular) também são utilizados, porém com menor
escala. Esses fungicidas podem ter ação protetora, curativa e erradicativa na planta, sendo a
ação preventiva realizada no estágio de pré-infecção. Nesse caso o fungicida inibe a
germinação ou impede a penetração do fungo nos tecidos do hospedeiro. A ação curativa tem
efeito pós-infecção e pré-sintoma. A ação erradicativa envolve o efeito dos fungicidas no
estágio pós-sintoma (REIS et al., 2010).
Os fungicidas são compostos químicos de amplo uso no controle de doenças de
plantas, alguns com ação protetora, outros curativos e sistêmicos. Dentro desta classificação
incluem se os indutores de resistência que não agem como fungicidas inibidores do
crescimento micelial e da esporulação. Os referidos compostos apenas induzem os sistemas
de defesa da planta, pela produção de fitoalexinas e compostos fenólicos, que são letais a
diferentes patógenos de plantas (JULIATTI, 2004).
Entre as estrobilurinas tem as sistêmicas, como a azoxystrobina, e as mesostêmicas
(acumulam-se na cutina), que são de liberação lenta para a planta, como a trifloxystrobina.
Quanto ao modo de ação sobre fungos tem-se os fungicidas protetores (cúpricos, estanhados,
17
carbamatos, nitrilas clorotalonil), que atuam de forma inespecífica nas membranas dos
fungos, inibindo a ação protéica e enzimática (JULIATTI, 2001). As estrobilurinas são
conhecidas como fungicidas inibidores de quinona, por terem como único modo bioquímico
de ação, a inibição da respiração mitocondrial atuando no sítio Qo (quinona oxidase)
(PARREIRA et al., 2009).
Os fungicidas do grupo dos triazóis têm ação sistêmica e são inibidores da síntese de
esteróis, impedindo a germinação de esporos e a formação do tubo germinativo, e na
formação do apressório, extremidade da hifa dilatada ou ramificada, que se adere fortemente
ao substrato e da qual pode partir a hifa de penetração (DIAS NETO, 2008; KIRK et al.,
2008).
Atualmente, o uso de fungicidas do grupo dos triazóis e suas associações com
estrobilurinas, em sistemas de produção de média e alta tecnologia, tem sido uma ferramenta
importante na exploração do potencial produtivo de alguns híbridos e tem demonstrado ser
uma prática economicamente viável (DUARTE et al., 2009).
Os fungos atuam de forma deletéria na qualidade dos grãos e são aceitáveis os valores
máximos de 2% de grãos ardidos para a exportação e de 6% para a comercialização no
mercado interno (MENEGAZZO, 2001).
Avaliando o controle de doenças na parte aérea, Alves e Juliatti (2010) realizaram a
avaliação do fungicida fluquinconazole no controle da ferrugem comum e cercosporiose na
cultura do milho em diferentes híbridos, obtendo redução da área abaixo da curva de
progresso da doença (AACPD) para ambas as doenças.
Conforme Pinto (2004), o uso de fungicidas propiconazole, difenoconazole,
azoxystrobin e tebuconazole são eficientes no controle de doenças foliares em milho como no
caso da cercosporiose do milho causada por Cercospora zeae-maydis e garantem
significativamente a produção de grãos.
Resultados obtidos em um experimento envolvendo quatro tratamentos de fungicidas,
sendo um tratamento testemunha, outro triazol isolado, estrobilurina isolada e associação de
triazol e estrobilurina, verificou-se que os quatro tratamentos tiveram diferença significativa
para produtividade entre os tratamentos em que se empregou fungicidas em relação ao
tratamento testemunha, onde os três tratamentos com fungicidas obtiveram incremento para
produção (BORTOLINI e GHELLER, 2012).
A aplicação desses produtos na maioria das vezes é realizada na fase de pré-
pendoamento da cultura do milho. Porém, aplicações em estádios um pouco antes do pré-
pendoamento, como em V10, podem contribuir para inibir a germinação do inóculo inicial
18
dos patógenos e garantir que a cultura esteja protegida e seja bem sucedida na sua produção
(COSTA et al., 2012).
Avaliando o efeito de diferentes fungicidas triazóis e estrobilurinas, isolados e em
associação, no controle de doenças foliares em híbridos comerciais de milho com
espaçamento reduzido em diferentes safras agrícolas, Zanatta (2013), concluiu que houve
redução na área abaixo da curva de progresso de doença (AACPD) foliar, ferrugem comum,
mancha foliar de diplodia e helmintosporiose com o uso de fungicidas, isolados e em
associação, dependente do híbrido e da safra agrícola avaliada. Já para a incidência de grãos
ardidos não houve redução com o uso de fungicidas aplicados de forma preventiva, nos
híbridos de milho avaliados, sendo o seu resultado obtido influenciado pela safra agrícola. As
aplicações preventivas com fungicidas em associação proporcionaram aumento na
produtividade de grãos para os híbridos de milho utilizados, sendo o efeito variável de acordo
com o a safra agrícola.
A utilização de fungicidas foliares na cultura do milho é viável, pois embora em
relação à produtividade média não tenha havido diferenças estatísticas entre os tratamentos
avaliados, pode-se verificar que todos obtiveram um incremento de produtividade em relação
à testemunha (JARDINE et al., 2009).
A utilização da aplicação de fungicida via foliar assegura o potencial genético de
híbridos, fazendo com que as doenças não sejam o limitante na produtividade e na sanidade
dos grãos, ainda conforme Juliatti et al. (2007), as aplicações foliares de fungicidas têm um
grande potencial na redução da severidade de doenças, assegura o potencial produtivo do
híbrido e melhoria da qualidade de grãos a serem recebidos na indústria para processamento,
além da resistência do genótipo.
3.3.3. Espaçamento entre plantas
Um dos fatores que deve ser melhor estudado é a resposta da cultura do milho ao
arranjo das plantas na área. As plantas podem ser distribuídas na área, de várias maneiras,
sendo a variação do espaçamento entre linhas e entre plantas na linha responsável pelos
diferentes arranjos de plantas (RESENDE, 2003).
O milho tem se mostrado responsivo em produtividade quando se aumenta a
população de plantas, principalmente em arranjos com espaçamentos reduzidos (STRIEDER
et al., 2007) e essa prática vem sendo intensificada nas regiões produtoras, contudo os
diferentes híbridos respondem diferentemente às variações no arranjo e na densidade
19
populacional de plantas (DEMETRIO et al., 2008; MENDES et al., 2011), inclusive com
relação à severidade de doenças (SANGOI et. al, 2000), de forma que os trabalhos de
melhoramento devem considerar essa situação.
Quando se aumenta a população de plantas, há também uma maior exigência por
nutrientes e água e se essa exigência não for suprida, as plantas ficam mais sensíveis à
infecção por patógenos. Porém, antes de reduzir a população de plantas, deve-se analisar o
potencial de rendimento do híbrido (EMYGDIO e TEIXEIRA, 2008; REIS et al., 2004).
No entanto, Molin (2000), estudando o acréscimo na densidade de plantas e redução
do espaçamento entre linhas de semeadura, constatou que é possível aperfeiçoar a eficiência
da interceptação de luz pelo aumento do índice foliar, mesmo nos estádios fenológicos
iniciais, melhorando o aproveitamento de água e nutrientes, reduzindo a competição inter e
intra-específica por esses fatores, e assim aumentando a matéria seca e a produção de grãos.
Resende e Von Pinho (2002), após avaliarem o comportamento de dez cultivares de
milho em três espaçamentos (0,45 m; 0,70 m e 0,90 m), combinados com três populações de
plantas (55.000 plantas.ha-1
; 70.000 plantas. ha-1
e 90.000 plantas. ha-1
), no município de
Lavras-MG, verificaram que o espaçamento de 0,70 m proporcionou um aumento na
produtividade, quando comparado ao espaçamento de 0,90m ao espaçamento de 0,45 m,
sendo que este último espaçamento, combinado com a população de 70.000 plantas. ha-
1proporcionou produção média superior àquelas obtidas na população de 55.000 plantas. ha
-1.
A densidade de plantas necessita ser estudada de maneira detalhada em virtude das
interações que ocorrem entre as plantas de milho e o ambiente, afetando a arquitetura da
planta, alterando padrão de crescimento e desenvolvimento e influenciando na produção de
carboidratos (SANGOI, 2000). Plantas de porte mais baixo podem suportar o plantio em
densidades maiores e os tratos culturais, se bem aplicados, evitam que o microclima criado
com o aumento ou redução na população de plantas favoreça a incidência de doenças
(MASCARENHAS, 2011).
Resultados de pesquisa realizado por Marchão et al. (2005) sob espaçamento reduzido
no milho mostram que o rendimento de grãos é significativamente influenciado pela
densidade de plantas, sendo que as maiores produtividades dos híbridos que foram testados
são alcançadas com densidades acima de 70 mil plantas por hectare. Portanto, dependendo do
híbrido, o uso de espaçamento reduzido entre linhas (0,45 m) é uma prática que garante
aumentos de produtividade via incremento na densidade de plantas.
A interceptação da radiação fotossinteticamente ativa pelo dossel exerce grande
influencia sobre rendimento de grãos da cultura do milho quando outros fatores ambientais
20
são favoráveis (OTTMSN & WELCH, 1989). Uma das formas de se aumentar a interceptação
de radiação e consequentemente, o rendimento de grãos é através da escolha adequada do
arranjo de plantas. A associação entre evolução do arranjo de plantas e aumento da
produtividade de grãos de milho tem sido frequentemente reportada na literatura
(CARDWELL, 1982; RUSSEL, 1991; SANGOI 2000). O arranjo de plantas pode ser
manipulado através de alterações na densidade de plantas, no espaçamento entre linhas, na
distribuição de plantas na linha e na variabilidade entre plantas (emergência desuniforme).
Para obtenção de altos rendimentos de grãos, deve-se maximizar a duração da
interceptação da radiação, utilizar eficientemente a energia interceptada (fotossíntese),
distribuir os novos assimilados na proporção ótima para formação de folhas, colmos, raízes e
de estruturas reprodutivas e manter estes processos com custo mínimo para a planta
(LOOMIS & AMTHOR, 1999). Tais processos são bastante complexos, tornando muito
difícil a maximização simultânea do uso destes fatores.
A influência dos fatores limitantes da produtividade de uma cultura pode ser melhor
compreendida se o potencial máximo de seu rendimento for reconhecido. No entanto, o
ambiente impõe uma série de limitações para que o genótipo expresse o seu potencial,
fazendo com que o rendimento obtido frequentemente seja menor que o potencial esperado. O
potencial de rendimento de uma cultura pode ser definido como o rendimento obtido quando
cultivada em ambiente ao qual está adaptada, com nutrientes e água não limitantes, e com
insetos, doenças, plantas daninhas, excessos hídricos e outros estresses efetivamente
controlados (EVANS, 1993).
Além de fatores genéticos, a produtividade de uma cultura depende das condições de
solo e de clima, particularmente da radiação solar (MELGES et al., 1989). A utilização de luz
é o processo mais importante para a produtividade, porque é através da fotossíntese que a
planta acumula matéria orgânica em seus tecidos. A quantidade de energia convertida e,
portanto a quantidade de massa seca produzida depende da percentagem de absorção e da
eficiência de utilização da energia absorvida. A faixa de comprimento de onda entre 400 e
700 nanômetros da radiação solar constitui a energia radiante fotossinteticamente ativa
(LOOMIS & WILLIAMS, 1963). Ela representa entre 46 e 50% de radiação solar global
(BARNI et al., 1995).
A eficiência de utilização da radiação solar pelas culturas é baixa. Em milho, o arranjo
de plantas constitui-se em prática de manejo importante para potencializar o rendimento de
grãos. Ocorre interação entre diferentes fatores que afetam a produtividade final de uma
cultura. O rendimento de grãos é dependente da fotossíntese e da respiração do dossel. Por
21
sua vez, a fotossíntese do dossel é função da fotossíntese da folha e da interceptação da
radiação solar. Já a interceptação da radiação solar é influenciada pelo índice de área foliar,
ângulo da folha, interceptação de luz por outras partes da planta, distribuição de folhas
(arranjo de folhas na planta e de plantas no campo), características de absorção de luz pela
folha e pela quantidade de radiação incidente. Destes fatores, apenas a quantidade de radiação
solar não é afetada pela escolha do arranjo de plantas (MARCHÃO, 2004).
As alterações no arranjo de plantas deveram-se ao aumento da tolerância do milho a
estresses. A melhor adaptação dos híbridos modernos ao adensamento pode ser atribuída à
modificações genéticas, morfológicas e fisiológicas, tais como os decréscimos no tamanho de
pendão, número de plantas estéreis, taxa de senescência foliar durante o enchimento de grãos,
intervalo entre pendoamento e espigamento, estatura e número de folhas, acamamento de
colmos e raízes e no ângulo de inserção de folhas no colmo, (ARGENTA et al., 2001).
Para que todas estas mudanças sejam bem utilizadas na escolha do arranjo de plantas
de milho que maximize os recursos ambientais, é fundamental que se considere o ciclo da
cultivar, objetivo da lavoura, nível de fertilidade do solo, disponibilidade hídrica, época de
semeadura e o comprimento da estação de crescimento. A combinação dessas variáveis com o
arranjo adequado de plantas contribuirá substancialmente para a melhoria da produtividade da
cultura no sul do Brasil. O aumento no potencial de rendimento de grãos de milho será
possível através de incrementos na tolerância ao estresse e na uniformidade de emergência das
plantas. Isto ocorrerá com maior sucesso, quando houver união de esforços dos pesquisadores
das diferentes áreas de conhecimento, como melhoristas, fisiologistas e geneticistas
moleculares, (ARGENTA et al., 2001).
Em outro trabalho, Argenta (2001), relata que a resposta do rendimento de grãos de
milho à redução do espaçamento entre linhas é influenciada pelo híbrido e pela densidade
das plantas e o aumento do rendimento de grãos de milho decorrente da distribuição mais
uniforme das plantas com redução do espaçamento entre linhas verifica se principalmente em
híbridos de ciclo superprecoce e de baixa estatura.
O milho sofreu um aumento considerável no potencial de rendimento dos grãos nos
últimos tempos, principalmente com o surgimento de genótipos mais produtivos e o
desenvolvimento de híbridos com maior adaptação a elevadas populações de plantas
(SANGOI, 2001).
A escolha adequada da população de plantas pode variar de acordo com o porte da
planta, com os tratos culturais, com a utilização de mecanização, com o genótipo, com a
disponibilidade de água, entre outros (MASCARENHAS, 2011).
22
A associação entre o arranjo/ densidade de plantas e o aumento da produtividade de
grãos de milho tem sido frequentemente reportada na literatura (DUVICK; CASSMAN, 1999;
SANGOI et al., 2000; PEREIRA et al., 2008). Dourado Neto et al. (2003) relatam que em
razão do aumento na interceptação de luz e do melhor aproveitamento da água e nutrientes
disponíveis, acréscimos na produtividade podem ser obtidos pelo aumento da densidade de
semeadura, associado à redução do espaçamento entre linhas.
Na região Centro Sul do Paraná há demanda de pesquisas relacionadas com a
influência do uso de fungicida, como alternativa para manejo de doenças fungicas no milho,
como P. sorghi e S. macrospora sob diferentes espaçamentos, com uso de híbridos comerciais
modernos de milho.
3.3.4. Quantificação de clorofila
Na avaliação da nutrição mineral das plantas, diversos métodos podem ser
empregados, entretanto, há de se considerar a rapidez e segurança dos mesmos. O uso de
medidas indiretas, para determinar a necessidade de um determinado elemento, como o teor
de clorofila na avaliação do estado nutricional das plantas, tem sido muito estudado nos
últimos anos (FONTES, 2001). As clorofilas são pigmentos responsáveis pela conversão da
radiação luminosa em energia, sob a forma de ATP e NADPH, por essa razão, são
estreitamente relacionadas com a eficiência fotossintética das plantas e, consequentemente, ao
seu crescimento e adaptabilidade a diferentes ambientes. Presentes nos vegetais superiores,
sob as formas a e b, as clorofilas são constantemente sintetizadas e destruídas, cujos processos
são influenciados por fatores internos e externos às plantas. Entre os fatores externos, os
nutrientes minerais se destacam, por integrarem a estrutura molecular das plantas, como
também por atuarem em alguma etapa das reações que levam à síntese desses pigmentos
(TAIZ & ZEIGER, 2004).
Modificações nos níveis de luminosidade os quais uma espécie está adaptada podem
condicionar diferentes respostas fisiológicas em suas características bioquímicas, anatômicas
e de crescimento (ATROCH et al., 2001). O aumento da clorofila b em plantas sombreadas
pode ser devido a um aumento da proporção do complexo coletor clorofila a/b proteína, em
relação ao complexo P700 – clorofila a - proteína. Um outro fator importante pode ser o
maior desenvolvimento de “grana” em cloroplastos de folhas de sombra em relação a folhas
de sol, que é onde se encontra o complexo a/b-proteína (MEBRAHTU; HANOVER, 1991).
23
O crescimento e a adaptação da planta a diferentes condições de ambiente relacionam-
se a sua eficiência fotossintética que, por sua vez, está associada, entre outros fatores, aos
teores de clorofila foliar. Diversos fatores externos e internos afetam a biossíntese de
clorofilas, por isso, os seus conteúdos foliares podem variar de maneira significativa. Entre
estes fatores, a luz é essencial a sua biossíntese (WHATLEY; WHATLEY, 1982). A clorofila
está sendo constantemente sintetizada e destruída (foto-oxidação) em presença de luz, porém
sob intensidades luminosas mais elevadas ocorre maior degradação, e o equilíbrio é
estabelecido a uma concentração mais baixa. Portanto, folhas de sombra possuem
concentração maior de clorofila do que as folhas de sol (KRAMER; KOZLOWSKI, 1979).
A planta com alta concentração de clorofila seria capaz de atingir taxas fotossintéticas
mais altas, pelo seu valor potencial de captação de “quanta” na unidade de tempo. Entretanto,
nem sempre esta relação existe, pois a etapa bioquímica da fotossíntese (fase escuro) pode
limitar o processo (PORRA et al., 1989; CHAPPELLE; KIM, 1992).
Segundo Mebrahtu; Hanover (1991) e Kramer; Kozlowski (1979), as folhas desombra
possuem maiores teores de clorofila devidoao aumento do complexo antena.
Conforme Yoshida et al. (1969) com a melhor arquitetura há menor sombreamento,
melhor incidência dos raios solarese uma melhor conversão dessa luz incidente em
fotoassimiliados que posteriormente foram convertidos em matéria orgânica na planta e
amidonos grãos do milho. Ocorrendo uma ideal inserção de luz a planta não necessita
produzir maiores quantidades de clorofila, visto que com a quantidade que já possui esta é
capaz de captar a luz necessária.
Por outro lado, Taiz; Zeiger (2004) e Buchananet et al. (2001) o excesso de luz é um
dos causadores do estresse oxidativo, que é o aumento de fluxo de elétrons na fase
fotoquímica da fotossíntese, com consequente formação de formas reativas deoxigênio.
Segundo os mesmos autores, um dos mecanismos contra o estresse oxidativo é a redução da
biossintese e/ou degradação de clorofila.
Sousa et al. (2010) avaliando clorofila, relata que a aplicação foliar do K2SiO3 (silicato
de potássio) proporcionou incrementos significativos na produtividade do milho, o que pode
ser atribuído ao aumento da atividade fotossintética da planta, como verificado pela redução
dos teores de clorofila a, b etotal e aumento da relação clorofila a/b, sendo que também
utilizou se manejo com fungicida azoxystrobina + cyproconazole.
Argenta et al. (2000b) relataram ser vantajoso o método de leitura de clorofila, uma
vez que pode ser efetuado em poucos minutos, possibilitando rápidos diagnósticos da situação
da lavoura. Além disso, os custos de operação são mínimos, ao contrário de outros testes que
24
exigem a compra sistemática de produtos químicos, já que não há necessidade de envio de
amostras para laboratório, com economia de tempo e dinheiro, e o agricultor pode analisar
quantas amostras for preciso, sem implicar destruição de folhas.
Neste sentido percebe se que há demanda de pesquisas relacionadas com a influência
do uso de fungicida, e avaliação de clorofila, no que diz respeito à sanidade foliar, sob
diferentes espaçamentos, com uso de híbridos comerciais modernos de milho e neste caso, o
estudo deste fungicida, considerado novo no mercado e com recente registro para a cultura do
milho, (Trifloxistrobina + Protioconazol), principalmente o efeito da estrobilurina
(Trifloxistrobina), que pode estar relacionado à sanidade foliar, ainda mais onde foram
utilizadas duas aplicações do mesmo. Alguns autores relatam maiores produtividades quando
comparados os tratamentos que se realizou a aplicação de estrobirulina e testemunha,
comprovando que tais fungicidas apresentam eficiência no controle da doença (DUARTE et
al, 2009; JARDINE & LACA-BUENDIA, 2009; SILVA et al., 2008). A eficiência das
estrobilurinas no controle da mancha branca do milho, por exemplo, tem sido comprovada por
diversos autores. Duarte et al. (2009) relatam que tanto a piraclostobrina quanto a
azoxistrobina, isoladamente ou em misturas com triazóis, em uma ou em duas aplicações,
foram eficientes no controle da mancha branca do milho.
Conforme Costa (2012) notou que os fungicidas do grupo químico das estrobilurinas
constituem o grupo de fungicidas que apresentam maior eficiência no controle da mancha
branca do milho, por exemplo. A utilização de fungicidas é recomendada para os cultivares
que apresentam suscetibilidade à doença. Souza (2005) destaca a eficiência do uso de
estrobirulinas no controle da mancha branca e da cercosporiose em milho, através da mistura
com fungicidas do grupo dos triazóis.
3.4. Função das enzimas na planta e no grão
As enzimas são proteínas com propriedades catalíticas, algumas enzimas consistem
apenas em proteína, mas a maioria delas contém componentes não protéicos adicionais, como
carboidrato, lipídios, metais, fosfatos ou algum outro componente orgânico. As enzimas
apresentam a capacidade de reagir com determinados constituintes das células, denominados
substratos, formando complexos, ou mesmo compostos com ligações covalentes. Em uma
reação enzimática, o substrato combina com a haloenzima, sendo liberado em uma forma
modificada. As enzimas são proteínas sintetizadas nas células de plantas, animais, ou
microrganismos. Vários fatores, além da concentração de substrato e do pH, podem
25
influenciar na velocidade das reações enzimáticas, o efeito da temperatura, atividade da água
e a pressão (FOOD INGREDIENTS BRASIL, 2011).
Existem os ativadores e inibidores de enzimas, ou seja, além da enzima e do substrato,
outras substâncias podem ser necessárias para a completa atividade da enzima. Estas
substâncias são denominadas co fatores, e catalisam a reação de catálise da enzima. São
classificadas em dois grupos: as coenzimas específicas, compostos orgânicos de baixo peso
molecular e estrutura complexa e que participam da reação, em geral transportando
determinados grupos químicos; e os ativadores, em geral íons inorgânicos que levam à
formação do complexo ativado sem participarem da reação. Exemplos de enzimas e suas
funções, a catalase, realizam a quebra do peróxido de hidrogênio e oxigênio em água, sendo
sua aplicação em alimentos na tecnologia de remoção de oxigênio combinado com oxidase de
glucose. A lipoxigenase realiza a oxidação de ácidos graxos não saturados, sua aplicação em
alimentos é na melhora da massa do pão em farinha, por exemplo, (KATCHALSK, 2011).
As plantas estão expostas a estresses bióticos (patógenos, insetos, animais, dentre
outros) e abióticos (seca, frio, excesso de água, salinidade, dentre outros) que podem
prejudicar seu desenvolvimento e consequentemente sua produtividade. Tais alterações
podem ativar os sistemas de defesa direta e indireta, além de possibilitar o desenvolvimento
de tolerância ao agente estressor (SOARES e MACHADO, 2007).
Qualquer agente físico ou químico capaz de estimular resposta de defesa em plantas é
denominado indutor. Os indutores químicos podem ser desde carboidratos, proteínas/enzimas,
glicoproteínas e outras substâncias liberadas pela parede celular vegetal durante a herbivoria
do inseto, assim como substâncias químicas liberadas por patógenos (NURNBERGER, 1999;
SMITH, 1996). Fatores bióticos e abióticos, através de indutores, podem ativar vias de
sinalização como espécies reativas de oxigênio (EROs), fragmentos de parede celular, dentre
outros, que por sua vez irão reconfigurar o metabolismo vegetal, onde tais mudanças
redirecionam os recursos para a tolerância ou a produção de compostos antinutritivos e
tóxicos (DIEKE & HILKER, 2003; KESSLER & BALDWIN, 2002).
Kessler & Baldwin (2002) relataram um tipo de defesa direta contra patógenos que
compreende a resposta hipersensível (HR), eficaz quando a área comprometida é pequena,
que envolve a morte programada de células (apoptose) situadas ao redor da infecção e a
produção de compostos antimicrobianos que impedem a dispersão do patógeno.
Frequentemente a HR é precedida da produção de uma grande variedade de espécies reativas
de oxigênio (ERO’s) como o superóxido (O2-) e o peróxido de hidrogênio (H2O2) (ambos
liberados local e sistemicamente), que podem contribuir com a apoptose.
26
As principais enzimas envolvidas no processo antioxidante vegetal são: oxiredutases
lipoxigenase 3 (por suas várias funções no desenvolvimento vegetal), guaiacol peroxidase,
ascorbato peroxidase e catalase (SOFO et al., 2005; TSCHARNTKE et al., 2001). Essas
enzimas podem agir como compostos antinutritivos ou estar envolvidas em processos de
defesa vegetal, como a lipoxigenase que catalisa a produção de acido jasmônico, a partir do
ácido linoleico, que estimula a expressão de genes de defesa que agem como sinais
secundários para a produção de outros compostos de defesa (FARMER et al., 1992).
O efeito sinalizador ou destrutivo de ERO’s depende de suas concentrações, locais de
produção e interação com compostos relacionados a outros estresses na planta, assim como do
estádio de desenvolvimento da mesma (GECHEV et al., 2006). Existem diversas situações
ambientais capazes de produzir estresse oxidativo, portanto, a produção de ERO’s pode ser
considerada como uma característica universal do estresse (CARRILLO; VALE, 2005). O
efeito destrutivo das ERO’s pode ser minimizado, no entanto, por compostos antioxidantes.
As sementes, em geral são ricas em ácidos graxos essenciais, fibras e compostos
fenólicos, que exercem atividade antioxidante. São substâncias que atuam em baixas
concentrações em substratos oxidáveis inibindo ou retardando significativamente a
lipoperoxidação (HALLIWELL, 1995).
As enzimas participam do processo de germinação, por exemplo, que se inicia por
meio da absorção de água pelas sementes, seguido de uma série de alterações metabólicas,
como ativação enzimática, digestão de materiais de reserva e translocação dos mesmos e
culminam com a retomada do crescimento do eixo embrionário, que resulta na emergência da
radícula (BEWLEY e BLACK, 1994). Khan (1991) ressalta que quando as condições do
tratamento são favoráveis, os processos de mobilização de reservas, ativação e síntese-de-
novo de algumas enzimas, síntese de DNA e RNA são iniciados durante o condicionamente
fisiológico refletindo em beneficios a germinação.
He et al. (1996) estudando a formação de aerênquimas em raízes de milho, encontram
uma relação entre produção de etileno e atividade das enzimas ligadas a degradação de parede
celular, como a celulase. Em termos gerais, a percepção do estresse é seguida pelo sinal de
transdução, que leva à síntese de etileno, produção de celulase, degradação de parede celular
e, finalmente, formação de arerênquimas (HE; DREW; MORGAN, 1994). Há, no entanto,
realção direta entre atividade das enzimas de degradação de parede celular e aparecimento de
aerênquimas.
Souza (2010), concluiu se que alterações nos sistema enzimático e a formação de
extensas áreas de aerênquimas no córtex aliados ao espessamento da endoderme e exoderme,
27
permitiram que as plântulas tolerassem por 168 horas de estresse, mantendo alta taxa de
sobrevivência após serem submetidas à hipoxia. Existe uma estreita relação entre o sistema
antioxidante, atuação de enzimas de parede celular e a formação dos aerênquimas em raízes
de milho Saracura. A elevada atividade da ADH, uma enzima considerada marcadora do
metabolismo anaeróbico, demonstrou que em plântulas C18 o estresse por anaerobiose foi
detectado às 6 horas de encharcamento. Nesse mesmo período enzimas antioxidante como a
CAT também apresentou maior atividade em relação ao controle, atuando na proteção contra
o estresse oxidativo. Em contrapartida, a atividade da ADH demonstrou que plântulas C1
sfreram a influência negativa da anaerobiose às 24 h.
No processo de deterioração em sementes estão envolvidas enzimas que atuam nos
processos respiratórios, como a ADH e MDH, além das relacionadas à remoção de radicais
livres como a superóxido dismutase (SOD) e CAT e ainda aquelas relcionadas à degradação
de materiais de reserva como a isocitrato liase (ICL), dentre outras.
A deterioração é considerada toda e qualquer mudança degenerativa, após a semente
ter atingido sua máxima qualidade. Segundo Moraes (2000), a rapidez com que ocorre a perda
da qualidade das sementes após a maturidade fisiológica é função da espécie, da cultivar e das
condições impostas à semente no campo, após a colheita e durante as operações de
beneficiamento e armazenamento. A deterioração, em muitos casos é imperceptível na fase
inicial, manisfesta se no decorrer do tempo, provocando reflexos negativos no vigor
(GARCIO et al., 2004). A deterioração é um processo que envolve complexas alterações que
interferem no potencial fisiológico da semente. É um processo que inicia se desde a
fertilização do óvulo cuja velocidade é determinada principalmente pela interação entre
genótipo, o teor de água da semente e a temperatura do ambiente (DELOUCHE, 2002).
3.4.1. Catalase (CAT)
A catalase é uma enzima responsável pela remoção do peróxido de hidrogênio
formado durante a fotorespiração. Foram descritas três isoformas de catalase em plantas, onde
mono e dicotiledôneas apresentam três isoformas: CAT1, que é expressa em sementes e
pólen; CAT2, encontrado em tecidos fotossintetizantes e raízes; CAT3, encontradas em
tecidos vasculares e em folhas (BOGUSZEWSKA & ZAGDAŃSKA, 2012). O aumento da
atividade da catalase pode ser relacionada à adaptação, auxiliando na redução dos níveis
tóxicos do peróxido de hidrogênio (KARUPPANAPANDIAN et al., 2011). De acordo com
28
Aebi (1984) a catalase exerce duas funções: a de atividade catalítica decompondo peróxido de
hidrogênio em água e oxigênio ea oxidação de compostos doadores de hidrogênio, como
metanol, etanol, ácido fórmico, fenóis, com o consumo de um mol de peróxido.
O teste da catalase serve para avaliar se o microrganismo produz a enzima catalase.
Esta enzima decompõe o peróxido de hidrogênio (H2O2), uma espécie reativa de oxigênio
comum do metabolismo aeróbico, em água e oxigênio. Uma colônia pura de microrganismo
foi transferida para uma lâmina de vidro. Adicionou se uma gota de peróxido de hidrogênio
10%. A formação de bolhas ou efervescência indica resultado positivo (WINN JUNIOR et al.,
2006).
A catalase é uma enzima (tipo de proteína que acelera reações) produzida pelos
animais, vegetais e bactérias, também pode ser chamada dehidroperoxidase é intracelular, está
ligada ao processo de decomposição do peróxido de hidrogênio (H2O2 = água oxigenada). A
atividade metabólica da célula produz, entre outras substâncias, o peróxido de hidrogênio que
é altamente tóxico para o organismo, daí a grande importância desta enzima que o degrada em
água e gás oxigênio. Nesse processo, o peróxido de hidrogênio, produto gerado pelo
metabolismo celular em organismos expostos ao oxigênio atmosférico, tem de ser
rapidamente convertido numa substância inócua. Assim, a catalase destrói as moléculas de
peróxido de hidrogênio, tornando-a importante para a desintoxicação.
Não houve diferenças nos padrões eletroforéticos para a catalase em sementes
submetidas aos diferentes tratamentos. A catalase é uma enzima capaz de realizar a
desintoxição de (O2 -) e H2O2 (BAILLY et al., 2002; MCDONALD, 1999). O peróxido de
hidrogênio gerado é decomposto principalmente pela catalase, cujas subunidades são
formadas no citoplasma, sendo a síntese completada no peroxissomo. Em outros
compartimentos subcelulares, o peróxido de hidrogênio é removido pelas peroxidases
(MCDONALD, 1999).
As plantas podem reduzir a formação de espécies reativas de oxigênio e minimizar os
danos causados pelo estresse oxidativo, removendo enzimaticamente essas espécies, por meio
de enzimas de varredura como a glutationa redutase (GR), ascorbato peroxidase (APX),
catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) (PRICE e HENDRY, 1991). A atividade da
catalase (EC 1.11.1.6.) foi determinada de acordo com Peixoto et al., (1999) pelo
acompanhamento do decréscimo na absorbância a 240 nm, a 28º C.
Segundo Alfeness e Wiebe (2002), a degradação in vitro do herbicida mesotrione em
MNBA é feita pela oxidação da molécula original pela enzima catalase (a 70ºC por 20
29
minutos). Estes resultados indicam que a enzima catalase pode também, in vivo, ter um papel
importante na rota metabólica de degradação do mesotrione nestes organismos.
CAT é uma enzima presente nas células e de peroxissomas e tem a função de catalisar
a decomposição do hidrogênio peróxidos em oxigênio molecular e água sem a produção de
radicais livres e é, por isso, muito importante na desintoxicação celular (HALLIWELL e
GUTTERIDGE, 1990).
A deterioração durante o armazenamento, especialmente em condições de laboratório
e em um ambiente controlado pode ter induzido a aceleração dos processos oxidativos e
produção de radicais livres. Isso pode ser evidenciado pelo aumento da atividade da enzima
catalase (CAT) no início do armazenamento. Em períodos subsequentes a atividade da enzima
em sementes armazenadas reduziu e pode ser associado com o nível de deterioração, com
menor expressão deste peróxido na remoção das enzimas.
Os resultados obtidos neste estudo coroboram com Corte et al. (2010) e Nakada et al.
(2010), que observou um aumento na peroxidação lipídica com o aumento da deterioração as
sementes. Assim, a atividade reduzida da catalase (CAT) pode deixar as sementes mais
sensíveis aos efeitos dos radicais livres e aumentar a formação de peróxido de células,
fazendo com que as sementes mais sujeitos a perda de viabilidade. Isto pode ser confirmado
pela redução na germinação nos períodos finais de armazenamento, especialmente em
sementes de híbridos, em ambiente de laboratório e em um ambiente controlado (TIMOTEO
et al. 2013).
Conforme Ferreira (2007), avaliando o efeito do bioestimulante Stimulate® e do
fertilizante líquido Cellerate®, via tratamento de sementes, seis meses antes da semeadura e
na pré-semeadura, na qualidade fisiológica das sementes de milho e na produtividade da
cultura, foi observado que por meio padrões eletroforéticos das enzimas catalase (CAT) e
superóxido dismutase (SOD) de sementes tratadas com a maior dose de Cellerate® e
armazenadas por seis meses, ocorreu maior atividade dessas enzimas em relação às das
sementes tratadas na pré-semeadura. Provavelmente os micronutrientes presentes no produto
tenham causado algum efeito fitotóxico às sementes, levando à produção de superóxido,
caracterizada pela maior atividade da enzima superóxido dismutase, desse modo o mecanismo
“scavenger” foi ativado durante a embebição das sementes para “retirar” o peróxido de
hidrogênio produzido. As enzimas capazes de realizarem a desintoxicação de (O2-) e
H2O2são: a superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutamato peroxidase (GP) e
glutamato redutase (GR) (MCDONALD, 1999).
30
Conforme Timoteo (2013), em ambiente controlado, houve uma maior atividade de
CAT do que em ambiente de laboratário e câmara fria. Este aumento pode ter acontecido
devido às condições deste ambiente, 20 ° C e 70% de umidade relativa, que pode ter
contribuído para acelerar a deterioração de sementes. Nas sementes deterioradas houve
atividade ou mesmo a ausência de atividade desta enzima, também observado nas sementes de
híbridos armazenados durante 15 meses em um ambiente controlado. Pois, a CAT remove os
radicais livres, e ocorre a perda da atividade que pode explicar parcialmente o fato destas
sementes envelhecidas acumular mais água oxigenada. Os resultados obtidos neste estudo
reforçam os dados observados por Corte et al. (2010) e Nakada et al. (2010), que observou em
aumento na peroxidação lipídica com o aumento da deterioração das sementes. Assim, a
atividade reduzida da catalase (CAT) pode fazer as sementes ficar mais sensíveis aos efeitos
dos radicais livres e aumentar a formação de peróxido de células, fazendo com que as
sementes ficam mais sensíveis a perda de viabilidade. Isto pode ser confirmado pela a redução
na germinação nos períodos finais de armazenamento.
A catalase é uma enzima tetramérica encontrada nos peroximos, que são organelas
especializadas. Essa enzima tem a função de consumir o peróxido de hidrogênio produzido
em condições estressantes e ainda remover as ERO´s (MALLICK; MOHN, 2000). Crescentes
evidências indicam que ERO´s também funcionam como moléculas sinalizadoras envolvidas
em plantas na regulação do desenvolvimento e respostas de defesa da planta. As plantas
protegem suas células e compartimentos subcelulares dos efeitos citotóxicos das ERO´s com
o auxilio de compostos protetores, como glutationa, ácido ascórbico e carotenóides (Mittler,
2002; Reddy; Chatanya; Vivekanandan, 2004), além de várias enzimas antioxidantes, tais
como a superóxido dismutase (SOD), polifenol oxidase (PPO) e catalase (CAT).
A CAT é uma enzima relacionada à qualidade de sementes, sendo uma enzima
intracelular, encontrada no glioxissoma nos vegetais, com capacidade de transformar formas
reativas de oxigênio em formas inofensivas, bem como a decomposição do peróxido de
hidrogênio (LEHNINGER, 2006).
Albuquerque et al. (2009) relatam diferenças na atividade enzimática da CAT quando
sementes de sucupira preta foram submetidas à embebição, onde foi observada maior
atividade enzimática para o lote B, sendo a mesma reduzida, à medida que as sementes
avançaram no processo de germinação. Nas sementes do lote A, observaram se
comportamento inverso da atividade enzimática, sugerindo se uma recuperação da sua
atividade ao longo da germinação.
31
De acordo com Jeng e Sung (1994), quando a semente é envelhecida, ocorre maior
peroxidação dos lipídios e redução da atividade das enzimas removedoras de peróxidos,
sugerindo que a diferença observada entre os lotes está relacionada com o nível de
deterioração. A CAT está envolvida na remoção de peróxido de hidrogênio, formado a partir
da atividade da SOD. Em sementes deterioradas, tem sido observada menor atividade dessa
enzima com menor eficiência dos sistemas removedores de radicais livres. Quando a semente
é envelhecida, ocorre maior peroxidação dos lipídios e redução na atividade das enzimas
removedoras de peróxidos como a CAT.
3.4.2. Álcool desidrogenase (ADH)
A ADH é uma enzima que atua no processo respiratório, removendo substâncias
tóxicas às sementes, como acetaldeído e etanol, que são produzidos quando as células passam
a respirar anaerobicamente (FARIA et al., 2003).
Esse efeito fitotóxico também foi observado nos testes de germinação e de frio, nos
quais foram observados menores valores de germinação e emergência de plântulas, quando o
tratamento foi realizado na pré-semeadura. Durante o armazenamento deve ter ocorrido
degradação de algum componente do produto. Pela análise dos sistemas enzimáticos malato
desidrogenase (MDH) e álcool desidrogenase (ADH), nota se uma redução na atividade da
MDH em sementes tratadas em pré-semeadura com a maior dose de Cellerate®
e ainda, um
aumento da atividade da ADH, o que sugere uma respiração anaeróbica dessas sementes,
provavelmente em função da fitotoxidez causada pelo produto às mesmas.
A enzima ADH é uma enzima envolvida com a qualidade fisiológica, e relacionada
com a respiração anaeróbica, promovendo redução do acetaldeído e etanol (BUCHANAM;
GRUISSEM. JONES, 2005). O acetaldeído acelera a deterioração das sementes (Zhang;
Kirkham, 1994), portanto, com o aumento da ADH, as sementes ficam mais protegidas contra
a ação deletéria desse composto. Padrão semelhante para a atividade da ADH foi encontrado
por Vidigal et al. (2009), em sementes de pimenta, com alta qualidade fisiológica nas quais
foi observada maior atividade da enzima ADH. Baldoni (2013) observou a ocorrência de
maior expressão das enzimas envolvidas na respiração, ADH e MDH em sementes de soja
com alta qualidade fisiológica.
A desestruturação de membranas sempre foi considerada como o primeiro evento
degenerativo de sementes, porém, também é aceita a idéia de que danos moleculares e
bioquímicos ocorram antes dos danos de membrana, sendo as avaliações de atividade
32
enzimáticas mais sensíveis que o teste de condutividade elétrica. Taiz & Zaiger (2004)
afirmam que mais importante que o fornecimento energético por meio da atividade
respiratória exercida pela ADH é a sua capacidade de converter o acetaldeído tóxico em
etanol. Hrazdina et al. (1992) relatam que a presença de acetaldeído causa danos celulares que
induzem à respiração fermentativa que por sua vez produz mais acetaldeído. Assim a
atividade da ADH em tecidos sadios é a de estabilizar esta reação em cadeia.
Comumente estudado sobre a deterioração de sementes, a álcool desidrogenase (ADH)
tem uma ação conhecida sobre o metabolismo anaeróbico das plantas, favorecendo a redução
de acetaldeído a etanol (TAIZ e ZAIGER, 2004). Existe a alta atividade da enzima ADH em
sementes de híbridos, observado em câmara fria, em ambiente de laboratório e em ambiente
controlado. Aumento da atividade da enzima (ADH) em sementes de híbridos de milho
mantidas em condições desfavoráveis de temperatura e umidade relativa aumentou a síntese e
respiração, sendo de fato um processo de deterioração mais avançada. Com a subsequente
produção de etanol, tóxico para as sementes.
Em raízes de milho sob encharcamento, permeabilidade da plasmalema, atividade da
ADH e o conteúdo de produtos da fermentação alcoólica aumentaram com o prolongamento
do encharcamento, com o maior aumento verificado na cultivar suscetível (LIU et al., 1993).
Em dois genótipos, o estresse causado por encharcamento mostrou valores quase duas
vezes maiores na atividade da ADH que quando submetidas à seca. Similarmente aos dados
apresentados por Souza et al.(2000) a atividade da enzima ADH não diferiu
significativamente entre os genótipos, porém, apresentou valores maiores quando submetidos
ao estresse por excesso de água.
Silva (2006), estudando se algumas enzimas durante o desenvolvimento e secagem de
sementes de soja, notou se durante o desenvolvimento e secagem, que várias enzimas atuam
na manutenção da qualidade fisiológica de sementes. Dentre essas se destacam as que estão
envolvidas nos processos respiratórios, como a malato desidrogenase (MDH) e a álcool
desidrogenase (ADH) e as removedoras de radicais livres, como a superóxido desmutase
(SOD) e a catalase (CAT), que são capazes de realizar a desintoxicação de O2- e H2O2.
O mesmo autor, verficou que foi possível observar uma maior atividade respiratória
aeróbica quando as sementes possuíam em torno de 65% de teor de água, com a secagem
induzindo um aumento na atividade da MDH. Nesse mesmo estádio, a atividade da ADH foi
baixa quando comparada à observada em sementes colhidas nos demais estádios. Essa alta
atividade respiratória pode estar relacionada com o metabolismo de desenvolvimento da
semente, já que o ponto de maturidade fisiológica de sementes de soja, segundo Howell et al.
33
(1959) está entre 50% e 60% de teor de água. Outra hipótese está relacionada à alta atividade
respiratória em tecidos lesionados, já que a secagem neste estádio ocasionou os maiores
valores de condutividade e os menores de germinação. Taiz & Zaiger (2004) relataram que a
atividade respiratória em tecidos vegetais é mais intensa em órgãos de reserva em
desenvolvimento, devido à necessidade do maior suprimento energético.
3.4.3. Malato desidrogenase (MDH)
Outra enzima envolvida com a qualidade fisiológica, e diretamente envolvida no
processo de deterioração, é a MDH, que desempenha um papel significativo no ciclo de
Krebs, uma vez que catalisa a conversão do malato a oxaloacetato produzindo NADH, que é
um produto fundamental na produção de ATP e de compostos intermediários essenciais ao
funcionamento das células (TAIZ; ZEIGER, 2004).
Como citado acima a malato desidrogenase (MDH) é uma enzima da rota respiratória
e tem importante função de catálise da reação de malato a oxalato, na última reação do ciclo
de Krebs (SANTOS et al., 2004; TAIZ & ZEIGER, 2004; COUTINHO et al., 2007). Brandão
Júnior et al., (1999) observaram que a atividade da MDH foi a menos afetada pelos
tratamentos de envelhecimento em sementes de milho. Há indícios de que essa maior
estabilidade da enzima também tenha ocorrido durante o processamento e a secagem dos
grãos de café, no trabalho avaliado, onde que a expressao da enzima MDH foi semelhante em
todos os tratamentos de secagem, tanto para os cafés naturais quanto para os cafés
despolpados (FERREIRA et al. 2007).
A enzima MDH é uma enzima responsável por catalisar a reação de malato a
oxalacetato no ciclo de Krebs, e a baixa atividade dessa enzima indica que a rota aeróbica da
respiração foi possivelmente comprometida. Portanto, a rota aeróbica da respiração pode ter
sido comprometida, provavelmente por ter ocorrido uma baixa disponibilidade de oxigêncio
na solução, já que não houve um mecanisimo de aeração na solução ao longo do período de
embebição das sementes durante os tratamentos de condicionamento fisiológico. No
metabolismo anaeróbico, o piruvato, primeiramente produzido na glicólise, é convertido para
acetaldeído pela ação da enzima piruvato descarboxilase e o acetaldeído é, então, reduzido
para etanol pela enzima ADH. Quando a atividade da ADH diminui, a semente fica mais
suscetível à ação deletéria do acetaldeído (Zhang et al., 1994), ou seja, a enzima ADH atua no
metabolismo anaeróbico de plantas reduzindo o acetaldeído a etanol (VANTOAI et al., 1987;
PERTEL, 2001).
34
Observa-se, pela análise dos padrões enzimáticos de sementes do híbrido de milho
revelados para a malato desidrogenase (MDH), uma menor atividade da enzima nas sementes
tratadas com a dose mais alta de Cellerate®, seis meses antes da semeadura, comparado aos
padrões da testemunha e aos das tratadas na pré-semeadura, indicando menor atividade
respiratória nessa condição (FERREIRA et al. 2007). A enzima malato desidrogenase catalisa
a conversão de malato a oxalacetato, tendo uma importante função dentro do ciclo de Krebs,
além de participar do movimento de malato através da membrana mitocondrial e da fixação
de CO2 nas plantas (TAIZ e ZEIGER, 1991). Quando a via aeróbica é comprometida, a via
anaeróbica da respiração é ativada e produtos tóxicos às células como acetaldeído e etanol são
acumulados.
Silva (2009) percebeu se que a atividade da enzima malato desidrogenase (MDH), foi
muito baixa e com isso notou se a presença das bandas bem claras. A enzima MDH catalisa a
conversão de malato à oxalacetato, tendo uma importante função dentro do ciclo de Krebs,
além de participar do movimento de malato através da membrana mitocondrial e da fixação
de CO2 na plantas (TAIZ e ZEIGER, 1991). Desta forma esta enzima está relacionada com a
rota aeróbica da respiração.
Castro (2011), ao estudar a respiração de sementes de milho por meio do teste de
Pettenkofer, observou maior respiração das sementes com alta qualidade e maior expressão
nessas sementes da enzima MDH. Por meio de cálculo estequiométrico se obtém a quantidade
de CO2 liberado pela respiração das sementes. Em consequencia do processo de deterioração
das sementes, ocorre um comprometimento da atividade respiratória dessas. Sendo assim,
sementes de qualidade fisiológica inferior deveriam apresentar bandas com menor
intensidade.
3.4.4. Lipoxigenase (LOX)
As plantas são capazes de responder e resistir ao ataque de patógenos ativando uma
diversidade de estratégias de defesa. A maior parte delas exibe uma estratégia geral onde são
ativadas respostas bioquímicas de maneira coordenada, incluindo a reprogramação do
metabolismo celular, o reforço das barreiras celulares e produção de compostos
antimicrobianos e proteínas que agem diretamente sobre o patógeno. Mas existem também
respostas específicas das plantas a determinados patógenos, onde são ativadas vias de defesa
específicas (SILVA e SILVA, 2005).
Quando tecidos de plantas são danificados por patógenos ou mecanicamente, ocorre
35
uma degradação sequencial de lipídios que são produtos primários da reação das
lipoxigenases. Essas enzimas se ativam e oxidam os ácidos graxos linoléico e linolênico,
produzindo uma determinada concentração de aldeídos e compostos voláteis que inibem a
formação e o desenvolvimento de fungos e as consequentes micotoxinas (KIM et al., 2002;
WRIGHT et al., 2000; ZERINGUE et al., 1996; ZERINGUE e McCORMICK, 1989; 1990).
As lipoxigenases (LOX) catalisam a hidroperoxidação de ácidos graxos
poliinsaturados, formando ácidos graxos hidroperoxidados. Os principais substratos de LOX
em plantas são o ácido linoleico e o linolênico. A caraterística mais importante da LOX na
defensa de plantas é a oxidação do acido linolênico em ácido jasmônico (JA) o qual permite a
ativação da defesa direta de plantas tanto na produção de enzimas oxidativas e inibidores de
proteases. Assim como a defesa indireta, através da produção de compostos orgânicos voláteis
que atraem os inimigos naturais dos insetos pragas (WAR et al., 2011). Inibidores de
proteases podem ser produzidos pela indução do ácido jasmônico (JA), o qual é um ácido
graxo derivativo que é gerado a partir do ácido linoleico pela via octadecanoide das plantas.
Esta rota metabólica é iniciada pelas lipoxigenases (LOX), que são enzimas oxidorredutases
contendo ferro e catalisam a dioxigenação de ácidos graxos insaturados com motivos 1,4-
pentadieno (MACK et al., 1987).
Estudos relatam que dentre 28 espécies de planta, a soja foi a que apresentou a maior
atividade da LOX, e que dentre os estágios de desenvolvimento, as maiores atividades da
LOX foram obtidas em folhas mais jovens (HILDEBRAND et al., 1988; SEKIYA et al.,
1983; ZHUANG et al., 1992).
De acordo com Feussner & Wasternack (1998) a LOX constitui uma família de
isoenzimas que diferem entre si devido às suas características de expressão, substratos de
preferência, parâmetros enzimáticos (como pH) e posicionamento de oxigenação do substrato.
As Lipoxigenases (E.C.1.13.11.12) são enzimas que catalizam a adição de
grupamentos peroxi aos carbonos 13 ou 19 de ácidos linoléicos ou linolênicos. A partir destes
compostos, muitos metabólitos são formados, inclusive derivados de hidroxi ácidos com
papel de regulação no metabolismo de plantas (KOLOMIETS et al., 2000).
Existem várias evidências indicando a participação significante das lipoxigenases
(LOX) e de outros componentes de sua via de síntese nos mecanismos de interação planta-
patógeno (KUHN et al., 1999; WILSON et al., 2001; BOHLMANN et al., 1998; ROYO et al.,
1999).
Nos eventos de injúria da planta, já foi demonstrado que o metil jasmonato e
compostos voláteis do tipo C6, derivados da via das lipoxigenases, atuam como sinais
36
difusores que iniciam a resposta de defesa em plantas (JALLOUL et al., 2002). Outros
produtos da via das LOX são conhecidos como sendo precursores de moléculas com atividade
antimicrobiana e inseticida (BOHLAND et al., 1997). Além disso, existem evidências
mostrando que a resposta hipersensível em plantas é iniciada por lipoxigenases (ROYO et al.,
1999). A reação de hipersensibilidade (HR) em plantas é definida como a morte de células do
hospedeiro, no local ou ao redor do ponto de infecção, após poucas horas de contato com o
patógeno, envolvendo o aumento da expressão de genes de defesa (genes PR) e morte celular
programada, destinado a restringir o desenvolvimento do microorganismo (ZURBRIGGEN et
al., 2010).
As lipoxigenases são isoenzimas que catalisam a incorporação de moléculas de
oxigênio em ácidos graxos poliinsaturados (substratos) que possuem a estrutura cis,cis-1,4-
pentadieno, formando hidroperóxidos que se decompõem em ácidos, aldeídos e cetonas de
cadeia curta. Os ácidos graxos vegetais mais comuns que possuem essa estrutura são os
ácidos linoléico e linolênico. A primeira lipoxigenase descrita na literatura foi reportada
como uma enzima envolvida na oxidação de lipídeos em plantas de soja (ANDRE e HOU,
1932). Este grupo de enzimas é encontrado em animais, sobretudo mamíferos (Kuhn, 2000),
plantas (Feussner e Wasternack, 2002), fungos (Su e Oliw, 1998), alguns organismos
marinhos (Brash, 1999) e constatou-se a presença em alguns micro-organismos (BUSQUETS
et al., 2004; VANCE et al., 2004).
As lipoxigenases são proteínas globulares, solúveis em solução salina e consistem em
uma cadeia polipeptídica simples de massa molecular em torno de 100 kDa (HILDEBRAND;
HYMOWITZ, 1981; AXELROD et al.,1981). São dioxigenases, contendo um mol de ferro
em um grupamento não-heme, por mol de proteína, portanto são denominadas
metaloproteínas (VLIEGENTHRT et al., 1979). O ferro II oxida-se em ferro III, então é
retirado um átomo de hidrogênio da cadeia carbônica do ácido graxo e este átomo de
hidrogênio se oxida a próton. O radical pentadieno ligado à enzima é convertido em um dieno
conjugado que capta o oxigênio. Ocorre então a liberação de hidroperóxido, iniciando assim
uma reação em cadeia (MORETTO; FETT, 1998).
A resistência de genótipos de milho a grãos ardidos está correlacionada também com o
teor de ácidos graxos poliinsaturados, mais exatamente ao ácido linoléico e até mecanismo de
resistência se dá por meio da produção das enzimas LOX (Lipoxigenase), que catalisam a
dioxigenação estereoespecífica de ácidos graxos poliinsaturados contendo o sistema cis, cis
1,4-pentadieno com formação dos respectivos derivados hidroperóxidos, originando, assim,
moléculas reativas com expressões fisiológicas pronunciadas (VICK e ZIMMERMAN, 1983;
37
SANTÚRIO, 2003; e MENDES et al. 2009).
O aumento na atividade de lipoxigenases gera o acréscimo na produção de inibidores
de proteases, devido ao aumento da eficiência catalítica de LOX, levando à conversão dos
hidroperoxidos em acido 12-oxofitodienoico e, posteriormente, à produção de ácido
jasmônico. Foi proposto que este ácido interage com um receptor de membrana, ativando a
expressão de genes para inibidores de proteases (SHIVAJI et al., 2010; FARMER & RYAN,
1992).
Silva e Silva (2005), notaram que a diferença na expressão desta proteína, pode estar
relacionada a maior capacidade do genótipo resistente sobrepor a infecção pelo fungo P.
polysora. Corroborando na hipótese de que as plantas de milho resistente expressam já nas
suas sementes proteínas que as permitam se defender da infecção nos estágios iniciais de
germinação e crescimento, os mais cruciais para sua sobrevivência e boa produção de grãos
(CASELA et al., 2002). Este dado se torna ainda mais marcante diante dos resultados obtidos
por Bohland et al (1997), que mostraram a indução da expressão de uma lipoxigenase de
tamanho molecular similar à encontrada no estudo de Silva e silva (2005), em plantas de trigo
em resposta ao tratamento com o elicitor de um fungo causador da ferrugem do trigo
(Puccinia graminis).
Portanto, conforme Silva e Silva (2005), a lipoxigenase mostrou ser uma proteína de
expressão inicial, com expressão maior em 12 dias após o plantio. A expressão deste gene foi
diminuindo até o final do estágio de formação da semente. Estes dados foram detectados para
os dois genótipos.
A contaminação dos cereais por fungos toxigênicos e produção de micotoxinas nos
mesmos podem dar-se ainda no período pré-colheita, dependendo da espécie de planta
envolvida, fatores geográficos e climáticos e manipulação dos mesmos na colheita, transporte,
secagem, armazenamento e beneficiamento (ANDERSON et al., 1975; FENNELL et al.,
1975; LILLEHOJ, et al., 1976; ORGANISACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD, 1983;
CRUZ, 1995). Zeringue et al. (1996) sugerem que as variações nas concentrações de
aflatoxinas (AFs), encontradas em diferentes híbridos de milho, estejam relacionadas à
concentração de ácido linoleico e da enzima lipoxigenase. A lipoxigenação do ácido linoléico
seria capaz de produzir aldeídos voláteis com cadeias de 6 até 12 carbonos, inibindo ou
impedindo o crescimento de fungos e a formação de AFs.
Vale ressaltar as funções biológicas das lipoxigenases, que estão ligadas à sua
especificidade, à sua localização, ou ao organismo que a contém. Formação de mediadores
biológicos ou de sinais moleculares. Geralmente se caracteriza pela síntese de um
38
hidroperóxido específico a partir de um ácido graxo livre. O produto da lipoxigenase pode
atuar tanto como um intermediário ou como um produto final de uma via metabólica. Em
plantas, lipoxigenases estão envolvidas na biossíntese de ácido jasmônico e aldeídos
responsáveis por sinalizações em mecanismo de defesa (Nemchenko et al., 2006; Quaglia et
al., 2012, Senthilraja et al., 2013), crescimento e desenvolvimento de plantas (Santino et al.,
2003) e maturação do fruto (ZHANG et al., 2006).
A expressão da resistência está frequentemente acompanhada pela ativação das
enzimas fenol-oxidases e polifenoloxidases e pela peroxidação de lipídeos por enzimas como
as lipoxigenases (GOODMAN & NOVACKY, 1994).
Neste sentido, tem sido realizados estudos a respeito da associação de ácidos graxos
de cadeia longa, como o ácido linoléico e linolênico, na biossíntese de compostos regulatórios
que induzem a resistência a fungos. Porém é importante enfatizar que há necessidade de
estudos nos quais sejam associados à presença desses compostos com a expressão de enzimas,
como a lipoxigenases. Esses estudos serão de grande valia para o entendimento da resistência
de híbridos de milho aos fungos causadores de grãos ardidos (MENDES, 2009).
Necessita se de mais estudos relacionados à influência de compostos químicos,
expressão de enzimas específicas em grãos de milho sobre resistência de genótipos associados
aos patogênicos causadores de grãos ardidos. Conforme Mendes (2012), avaliando grupos de
híbridos considerados resistentes e os híbridos considerados susceptíveis ao complexo de
grãos ardidos, notou diferenças nos teores de ácidos graxos linoléico entre os grupos de
híbridos estudados, sendo maiores os valores obtidos no grupo de híbridos considerados
resistente ao complexo “grãos ardidos”. Com base na concentração de frações de proteínas
resistentes ao calor foi possível verificar bandas específicas presentes nos híbridos
considerados resistentes aos fungos causadores do complexo grãos ardido, mais
especificamente de peso molecular de 50 kDa. Os perfis eletroforéticos para a lipoxigenase
revelam uma maior intensidade de bandas para os híbridos resistentes aos fungos causadores
de grãos ardidos em milho.
39
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Local do experimento
Foram instalados dois experimentos, na safra agrícola 2013/14. O primeiro
experimento (ambiente 1), foi instalado no campo experimental, Setor de Ciências Agrárias e
Ambientais do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual do Centro-Oeste -
UNICENTRO, Campus CEDETEG, (espaçamento convencional de 0,70 mentre linhas), no
município de Guarapuava, PR. O local está situado a 1.028 metros dealtitude, a 25º 23' 04.83''
de latitude Sul e 51º 29' 44,32'' de longitude Oeste. Neste local a instalação do experimento
ocorreu no sistema de plantio direto (SPD), em área onde havia a cultura da aveia branca
(Avena sativa) no inverno como cobertura do solo.
O segundo experimento (ambiente 2), foi instalado na Fazenda Três Capões,
(espaçamento reduzido de 0,45 m entre linhas), localizada no município de Guarapuava-PR.
O local possui altitude média de 948 metros, a 25º 26' 57.79'' de latitude Sul, e 51º 38' 29.18''
de longitude oriental Oeste.Este experimento também foi instalado no SPD, em área onde
havia aveia preta (Avena strigosa) no inverno, como cobertura do solo. A topografia da região
é considerada plana, e o clima é classificado como Cfb (subtropical mesotérmico úmido), sem
estação seca definida, com verões frescos e invernos com ocorrência de geadas severas e
frequentes conforme classificação de Köppen, sendoa temperatura média anual de 16,8º C,a
média máxima 36ºC e a mínima, 6,8ºC. A precipitação média anual é de 1500 mm e umidade
relativa de 77,9%. O solo é classificado como Latossolo Bruno Distrófico Típico, textura
muito argilosa (EMBRAPA, 2006).
4.2. Delineamento e material experimental
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com três
repetições, em esquema fatorial 3 x 8, totalizando 24 tratamentos. O primeiro fator foi
constituído por três níveis, o primeiro com aplicação de fungicida via foliar (Trifloxistrobina
150,0 g/L (15,0% m/v) + Protioconazol 175,0 g/L (17,5% m/v) na dose de 0,4 L ha-1
em fase
V8-oito folhas expandidas, no segundo utilizou se aplicação na dose de 0,5 L ha-1
em fase VT
- pendoamento, escala fenológica de Ritchie, Hanway e Benson (1993),e a testemunha (sem
aplicação de fungicida). O segundo fator foi constituído por oito híbridos de milho, sendo
divididos em dois grupos, de acordo com a sua reação aos fungos causadores do complexo de
40
grão ardido, tolerantes (AG 9045PRO, AG 8041PRO, DKB 245PRO2 e 2B707PW) e
suscetíveis (P 32R48H, DKB 390PRO, P 30F53H e P 30R50H), totalizando 72 parcelas em
cada local (ambiente), na safra agrícola 2013/2014, conforme Tabela 1.
Tabela 1- Características agronômicas dos híbridos a serem utilizados no experimento*.
Híbridos B.G.1 Ciclo
2 Empresa Reação GA
3
AG 9045 PRO HS SP Agroceres®-MONSANTO T
AG 8041 PRO HS P Agroceres®-MONSANTO T
DKB 245 PRO 2 HS P Dekalb®-MONSANTO T
2B707 PW HS SP Dow Agrosciences® T
P 30F53H HS P PIONNER-Dupont® S
P 32R48H HS SP PIONNER-Dupont® S
P 30R50H HS P PIONNER-Dupont® S
DKB 390 PRO HS P Dekalb®-MONSANTO S 1B.G. - Base Genética: HS-Híbrido simples.
2P – Super Precoce; P – Precoce.
3Reação dos
híbridos aos fungos causadores do complexo de grão ardido:T - tolerante; S - suscetível.
* Informações fornecidas pelas empresas produtoras de sementes.
Os experimentos foram instalados na primeira quinzena do mês de outubro de 2013 e
as colheitas ocorreram na segunda quinzena do mês de março de 2014, após a maturidade
fisiológica.
No primeiro experimento com espaçamento de 0,70 m entre linhas e comprimento de
5 m, com 4 linhas, somando uma área de 14 m² por parcela. Já no segundo experimento, com
espaçamento de 0,45 m entre linhas e comprimento de 5 m, com 4 linhas, somou uma área de
9 m², mas em ambos os experimentos se utilizou as 2 linhas centrais de cada parcela.
Como adubação de base utilizou se 290 kg ha-1
do adubo de fórmula NPK: 08-28-16.
Para a adubação nitrogenada utilizou se 115 kg de N, sendo realizada em uma única
aplicação, no estádio V5. O manejo quanto ao controle químico de plantas daninhas foi
efetuado com o herbicida Siptran®
pertencente ao grupo químico das atrazinas, classificado
como herbicida seletivo, com aplicação em pré-emergência, e o herbicida Soberan®
,
pertencente ao grupo químico Benzoilciclohexanodiona, classificado como herbicida
sistêmico seletivo, com aplicação em pós-emergência, para o controle de folhas largas anuais
e gramíneas na cultura do milho. O controle de pragas ocorreu conforme recomendações para
cultura do milho (EMBRAPA MILHO E SORGO, 2012).
As aplicações dos fungicidas foram realizadas com auxilio de um pulverizador costal
pressurizado CO2, equipado com quatro pontas, tipo cônico-vazio (0,3) espaçadas a 50 cm,
constituindo um volume de aplicação de 200 L ha-1
e velocidade de deslocamento de 3,6 km
h-1
. As condições climatológicas no momento da aplicação (início e final) foram monitoradas
41
por anemômetro digital, assim como os dados meteorológicos coletados na estação
experimental do IAPAR/UNICENTRO/CEDETEG, localizada aproximadamente a 500 m da
área do primeiro experimento.
4.3. Características avaliadas
Durante o desenvolvimento da cultura foi realizada avaliação de clorofila, em estádio R1,
foram realizadas leituras do teor relativo de clorofila total. Também foi avaliada a severidade
da ferrugem comum (P. sorghi) e mancha foliar de diplodia (S. macrospora), sendo que as
avaliações iniciaram 90 dias após a semeadura, e foram realizadas cinco avaliações, que tiveram
um intervalo de sete dias entre uma avaliação e outra. Posteriormente, foram avaliadas as
características agronômicas: porcentagem de grãos ardidos, peso de mil grãos e produtividade de
grãos. E, ainda foram realizadas avaliações das enzimas lipoxigenase, catalase (CAT), álcool
desidrogenase (ADH) e malato desidrogenase (MDH) em laboratório.
4.3.1 Quantificação de Clorofila
Em estádio após o florescimento foram realizadas leituras do teor relativo de clorofila
total, de acordo com a metodologia descrita por ARGENTA (2003). Na ocasião foi realizada
com o auxilio do determinador de clorofila Clorofilômetro eletrônico da marca ClorofiLog
modelo Falker CFL1030, sendo as leituras realizadas na folha abaixo e oposta à primeira
espiga e efetuadas em 1 a 2 cm da borda da folha e no terço médio da folha, com duas leituras
por folha (uma em cada lado da nervura), foi utilizada sempre a mesma posição central
dafolha, evitando regiões de nervura e danificadas por pragas e patógenos. Amostrou se cinco
plantas escolhidas aleatoriamente nas duas linhas centrais da parcela, onde foram
determinados os teores de clorofila a, b, teor total em μg 8 cm-2
.
Este aparelho mede de maneira óptica, a quantidade de radiação transmitida através
das folhas, em três comprimentos de onda, sendo eles: dois na faixa do vermelho (próximos
aos picos de absorção da clorofila) e um no infravermelho próximo. A combinação destes
valores de transmitâncias nos três diferentes comprimentos de onda gera o Índice de Clorofila
Falker (IFC) que é a unidade de medida em índice adimensional do ClorofiLOG (Falker,
2008), também chamado de SPAD (unidade de medida adimisional) ou teor relativo de
clorofila (SPAD).
42
4.3.2 Avaliação de Doenças
Para avaliar o comportamento dos híbridos em relação à severidade de doenças,
realizaram se cinco avaliações com intervalos de sete dias: a 1ª foi realizada aproximadamente
aos 90 dias após a semeadura, amostrando se seis plantas ao acaso da área útil de cada
parcela. A avaliação da severidade por planta foi realizada com base na escala diagramática
elaborada pela Agroceres (1996), conforme está ilustrado na Figura 1.
Figura 1-Escala diagramática para a avaliação das doenças foliares do milho proposta pela
Agroceres (1996).
A partir da intensidade das doenças obtidas nas avaliações, foi determinado o
progresso da severidade das doenças através do cálculo da área abaixo da curva de progresso
da doença (AACPD), conforme SHANER, G.; FINNEY, R. (1977).
Onde:
Yi: severidade da doença na época da avaliação i=(i=1,...,n)
Yi+1: severidade da doença na época da avaliação
43
Ti: época da avaliação
i: número de dias após a emergência das plântulas
T i+1: época da avaliação i+1
n: número total de avaliações
4.4. Características agronômicas avaliadas
Foram avaliadas as características agronômicas porcentagem de grãos ardidos, peso de
mil grãos e produtividade de grãos.
4.4.1. Porcentagem de grãos ardidos
A incidência de grãos ardidos foi determinada conforme procedimento proposto na
portaria nº 11, de 12/04/96 (BRASIL, 1996). O método consiste na separação visual dos grãos
ardidos dos sadios e na determinação da porcentagem de grãos com sintomas de descoloração
em mais de um quarto da superfície total (PINTO et al., 2007). Os grãos foram primeiramente
homogeneizados para posterior retirada de uma amostra representativa de 250 g de cada
parcela colhida. Os grãos ardidos foram pesados e o peso transformado em porcentagem.
4.4.2. Peso de mil grãos
O peso de 1000 grãos foi determinado por meio da contagem de oito repetições de 100
grãos de cada parcela e posterior pesagem (Brasil, 2009), a média foi multiplicada por dez e
expressa em gramas.
4.4.3. Produtividade de grãos
Como área útil para estimativa da produtividade, tomou se duas linhas centrais,
efetuando a colheita de todas as espigas. A produtividade de grãos foi obtida por meio da
pesagem dos grãos de cada parcela, esses dados obtidos foram transformados em kg.ha-1
, após
a correção da umidade para 13%.
44
4.5. Análises eletroforéticas das enzimas catalase (CAT), álcool desidrogenase
(ADH), malato desidrogenase (MDH) e enzima lipoxigenase (LOX).
As análises eletroforéticas das enzimas foram realizadas no laboratorio central de
sementes, pertencente ao Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras
(UFLA). Para a realização das análises, utilizaram-se amostras de grãos, compostas, oriundas
das três repetições de cada tratamento, sendo as análises dos géis realizadas conforme
ALFENAS (2006).
As sementes secas foram maceradas manualmente, na presença de antioxidante (PVP)
polivinilpirrolidona e nitrogênio líquido, em cadinhos de porcelana, até a obtenção de um pó
bem fino e armazenadas em deep freezer a -86ºC. Desse material foram pesados 100 mg, para
análise, colocado em eppendorf onde foram adicionados 250 μL de tampão de extração (Tris
HCL 0,2M, pH: 8,0) e 0,1% de β-mercaptaenol, para a extração das isoenzimas álcool
desidrogenase (ADH), malato desidrogenase (MDH), catalase (CAT) e lipoxigenase (LOX).
Estes mantidos em repouso em geladeira por 12 horas e após esse período, os tubos foram
centrifugados a 14000rpm por 30 minutos, a 4°C. A eletroforese em géis de poliacrilamida foi
desenvolvida em sistema descontínuo (7,5% gel separação e 4,5% gel de concentração). O
sistema tampão gel/eletrodo utilizado foi Tris-glicina pH 8,9. Para proceder a corrida
eletroforética, foram aplicados na canaleta do gel 50 mL de cada sobrenadante e a corrida
realizada aos 4ºC a 150V, por 4 horas, com excessão da LOX, pois a corrida eletroforética foi
submetida à voltagem constante de 120 V por aproximadamente oito horas. Ao término da
corrida, os géis foram revelados na presença dos substratos específicos para as determinadas
enzimas (ALFENAS 1998).
4.7. Análises estatísticas
Todos os dados das característicasavaliadas foram submetidos ao teste de
homogeneidade das variâncias pelo teste Harley (RAMALHO et al., 2000). Posteriormente
foram realizadas as análises de variância individual e conjuntasenvolvendo os ambientes de
cultivo, sendo as médias agrupadas pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade, sendo o
programa estatístico utilizado o software SISVAR®
(FERREIRA, 2011).
Para a realização dos contrastes entre as médias, os 8 híbridos foram separados em
dois grupos, um considerado tolerante (T) e outro considerado suscetível (S) ao complexo de
grãos ardidos.
45
Foram realizados cinco contrastes ortogonais (T vs V8, T vs V8+VT, V8 vs V8+VT,
G1 vs G2, AMB1 vs AMB2), visando comparar os híbridos, grupo de híbridos, tratamentos e
ambientes, em relação a clorofila total (CLOR T), mancha foliar de diplodia (Stenocarpella
macrospora) (AACPD), ferrrugem comum (Puccinia sorghi) (AACPF), grãos ardidos (G.A.),
peso de mil grãos (P1000) e produtividade de grãos (PROD), obtidos para os diferentes
híbridos e tratamentos com fungicida (T-testemunha, V8-oito folhas expandidas e VT-
pendoamento), em dois ambientes no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola
2013/14.
46
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
É importante ressaltar que na safra (2013/14), no ambiente 1 – CEDETEG
(espaçamento convencional) houve um índice pluviométrico acumulado de 1008 mm durante
todo o ciclo da cultura, na fase inicial da implantação do experimento, logo após a semeadura,
meses de outubro e novembro, verificou-se bom volume pluviométrico, cujo acúmulo foi de
230 mm, garantindo desta forma bom desenvolvimento inicial da cultura. No período em que
foi realizada a aplicação de fungicidas, e nos meses posteriores até a colheita, foi verificada
ocorrência de chuvas para a região de estudo, com um acumulado de 778 mm.
As precipitações pluviométricas da implantação do experimento no ambiente 1, foram
obtidas na estação meteorológica do Campus CEDETEG e os valores estão expressos na
Figura 2.
Figura 2-Dados de precipitação pluviométrica (mm) e temperatura por decêndio, no
município de Guarapuava - PR, Campus CEDETEG (ambiente 1) no período de outubro a
abril na safra agrícola 2013/2014. (Estação meteorológica Campus CEDETEG).
No ambiente 2 - Fazenda Três Capões, Grupo MLCV (espaçamento reduzido),
localizada também no município de Guarapuava-PR, houve um índice pluviométrico
acumulado de 896 mm durante todo o ciclo da cultura, na fase inicial da implantação, logo
após a semedura, meses de outubro e novembro, verificou-se bom volume pluviométrico, cujo
acúmulo foi de 215 mm, garantindo desta forma bom desenvolvimento inicial da cultura. No
período em que foi realizada a aplicação de fungicidas e nos meses posteriores até a colheita,
47
foi verificada ocorrência de chuvas para a região de estudo, com um acumulado de 681 mm.
As precipitações pluviométricas da implantação do experimento no ambiente 2, foram
obtidas na estação meteorológica da própria fazenda Três Campões, e os valores estão
expressos na Figura 3.
Figura 3- Dados de precipitação pluviométrica (mm) e temperatura por decêndio, no
município de Guarapuava - PR, fazenda Três Campões (ambiente 2) no período de outubro a
abril na safra agrícola 2013/2014. (Estação meteorológica Fazenda Três Capões).
Estes valores de acúmulo pluviométrico auxiliam a obtenção de diferentes resultados
nas avaliações de doenças foliares, sendo que para o surgimento da maioria destas doenças, o
climaexerce papel importante na infecção das plantas e no contexto geral, assim como o
ambiente, sendo que, neste estudo ressalta-se ainda a importância da umidade relativa do ar,
da temperatura e da precipitação, que são fatores preponderantes e diferentes espaçamentos,
podendo proporcionar o aparecimento de doenças foliares e grãos ardidos, na cultura,
principalmente aquelas causadas por fungos.
Neste sentido, vale ressaltar que, estas características são capazes de proporcionar uma
forma de avaliar também, a eficácia de princípio ativo como forma de manejo de doenças
foliares e as que causam grãos ardidos na cultura do milho.
5.1 Quantificação do teor de clorofila total pelo ClorofiLog
De acordo com os resultados da análise de variância conjunta, apresentados na Tabela
48
2, foram observados efeitos significativos (P<0,01) para híbrido e ambiente, para a clorofila
total.
Tabela 2-Resumo da análise de variância conjunta para o teor de clorofila total (μg 8 cm-2
),
utilizando o equipamento ClorofiLog.
Fonte de Variação GL QM
Clorofila Total
HIB (GRUPO) 6 66.61**
FUNGICIDA 2 4.57ns
AMBIENTE 1 666.63**
GRUPO 1 73.43**
REP (AMBIENTE) 4 54.33**
HIB*FUNG 14 6.00ns
HIB* AMBIENTE 7 9.53ns
FUNG* AMBIENTE 2 3.71ns
GRUPO*FUNG 2 2.90ns
GRUPO* AMBIENTE 1 7.62ns
HIB*FUNG* AMBIENTE 14 10.61ns
GRUPO*FUNG* AMBIENTE 2 3.17ns
ERRO 87 6.62
C.V. % 4.34
MÉDIA GERAL 59.24
* P<0,05; ** P<0,01; ns – não significativo pelo teste F.
Na Tabela 3 estão apresentados os teores médios de clorofila total obtidos nos
tratamento com fungicidas para os híbridos avaliados, sendo que no ambiente 1, verificou-se
que houve diferença estatística nos híbridos avaliados, observou se maior índice de clorofila
total (CLOR T) no tratamento T (testemunha-sem uso da aplicação de fungicida), para o
híbrido DKB245PRO2 pertencente ao grupo 1, mas, não difere estatisticamente dos híbridos
P32R48H, DKB390PRO e P30F53H (grupo 2).
No tratamento V8 (Trifloxistrobina + Protioconazol, na dose de 0,4 L ha-1
via
aplicação foliar em fase V8-oito folhas expandidas), observou se o maior índice de clorofila
(total) para o híbrido AG8041PRO (grupo 1), mas, não difere estatisticamente dos híbridos
DKB390PRO e P30F53H (grupo 2). Já no tratamento V8+VT (Trifloxistrobina +
Protioconazol, na dose de 0,4 L ha-1
via aplicação foliar em fase V8-oito folhas expandidas e
outra aplicação na dose de 0,5 L ha-1
em fase VT-pendoamento), observou se o maior índice
de clorofila (total) para o híbrido AG9045PRO (grupo 1), mas, não difere estatisticamente dos
híbridos DKB245PRO2 (grupo 1), P32R48H, DKB390PRO e P30F53H (pertencente ao
grupo 2). As clorofilas são pigmentos responsáveis pela conversão da radiação luminosa em
energia, sob a forma de ATP e NADPH, por essa razão, são estreitamente relacionadas com a
49
eficiência fotossintética das plantas e, consequentemente, ao seu crescimento e
adaptabilidadea diferentes ambientes. Presentes nos vegetais superiores, sob as formas a e b,
as clorofilas são constantemente sintetizadas e destruídas, cujos processos são influenciados
por fatores internos e externos às plantas. Entre os fatores externos, os nutrientes minerais se
destacam, por integrarem a estrutura molecular das plantas, como também por atuarem em
alguma etapa das reações que levam à síntese desses pigmentos (TAIZ & ZEIGER, 2004).
Tabela 3 - Resultados médios para o teor de clorofila total (CLOR T) obtidos para os
diferentes híbridos e tratamentos com fungicida (T-testemunha, V8-oito folhas expandidas e
VT-pendoamento), em dois ambientes no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola
2013/14. UNICENTRO. 2016.
HÍBRIDOS* Ambiente 1* Ambiente 2*
T V8 V8 + VT Média T V8 V8 + VT Média
AG 9045 PRO 52,1 b 55,5 b 57,6 a 55,0 b 61,9 a 59,9 a 62,8 a 61,5 a
DKB 245 PRO2 59,4 a 55,2 b 57,5 a 57,4 a 60,5 a 61,4 a 60,1 b 60,7 b
AG 8041 PRO 56,1 b 57,8 a 55,7 b 56,7 b 61,0 a 62,3 a 62,0 a 61,8 a
2B 707 PW 56,1 b 55,8 b 54,7 b 55,5 b 59,8 a 61,0 a 58,1 b 59,7 b
Grupo 1** 55,9 bA 56,1 aA 56,4 aA 60,8 aA 61,2 aA 60,8 aA
P32R48H 58,7 a 57,8 b 61,2 a 59,3 a 62,8 a 63,3 a 59,9 b 62,0 a
DKB 390 PRO 59,8 a 59,9 a 57,7 a 59,2 b 61,5 a 62,5 a 64,9 a 62,9 a
P30F53H 59,9 a 61,2 a 60,7 a 60,6 a 62,9 a 65,1 a 61,9 a 63,4 a
P30R50H 54,9 b 53,8 b 50,5 c 53,0 c 57,3 a 60,9 a 59,3 b 59,2 b
Grupo 2** 58,4 aA 58,2 aA 57,5 aA 61,1 aA 62,9 aA 61,5 aA
Médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas nas colunas para cada tratamento de fungicida e letras maiúsculas na linha
para os tratamentos com fungicida de cada ambiente não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de agrupamento de
médias Scott-Knott ao nível de probabilidade 5%.
*Ambiente 1- Unicentro - (espaçamento convencional – 0,70 m) e Ambiente 2- Fazenda Três Capões - (espaçamento
reduzido - 0,45 m), ambos no município de Guarapuava, PR.
** Grupo 1: Híbridos considerados tolerantes a grãos ardidos; e Grupo 2: Híbridos considerados suscetíveis a grãos ardidos.
Avaliando se os tratamentos utilizados perante os grupos de híbridos, para índice de
clorofila (total), o grupo 1 e 2, não apresentaram diferença estatística entre os tratamentos.
Quando compara se os grupos de híbridos em cada tratamento, nota se que somente para o
tratamento testemunha, houve diferença estatística, o grupo 2 foi superior ao grupo 1,
apresentando maior índice de clorofila (total) (Tabela 3).
Neste sentido, nota se que há resposta positiva de determinados híbridos e grupo de
híbridos (tolerantes), no incremento de clorofila total, para aplicação de fungicida, estando
relacionado à sanidade foliar e proporcionando o “efeito verde”, podendo estar relacionado a
precocidade dos genótipos considerados sucetiveis.
Sousa et al. (2010) avaliando o teor de clorofila total, utilizando o mesmo
equipamento ClorofiLog, utilizado neste trabalho, realizou manejo com fungicida
(azoxistrobina e ciproconazol) e utilizando a aplicação foliar do K2SiO3 (silicato de potássio),
relata que proporcionou se incrementos significativos na produtividade do milho, o que pode
50
ser atribuído ao aumento da atividade fotossintética da planta, como verificado pela redução
dos teores de clorofila a, b e total e aumento da relação clorofila a/b. Os mesmo autores
relatam ainda que o uso do fungicida (azoxistrobina e ciproconazol) e diferentes doses de
K2SiO3 influenciaram nos teores de clorofila a, b, total (a + b) e relação a/b somente terço
inferior, na massa seca de colmo, na massa de mil grãos e na produtividade. O efeito do
silicato de potássio, portanto, é a combinação do efeito fisiológico, arquitetura e fotossíntese,
com os reflexos em acúmulo de fotoassimilados e maiores produtividades finais.
Neste trabalho, podemos associar a aplicação do fungicida, considerado novo no
mercado e com recente registro para a cultura do milho, (Trifloxistrobina + Protioconazol),
principalmente o efeito da estrobilurina (Trifloxistrobina), que pode estar relacionado à
sanidade foliar, ainda mais onde foram utilizadas duas aplicações do mesmo. Alguns autores
relatam incremento nas produtividades quando utilizou se tratamentos com a aplicação de
estrobirulina e triazol, comprovando que tais fungicidas apresentam eficiência no controle da
doença (DUARTE et al, 2009; JARDINE & LACA-BUENDIA, 2009; SILVA et al., 2008).
A eficiência das estrobilurinas no controle da mancha branca do milho, por exemplo,
tem sido comprovada por diversos autores. Duarte et al. (2009) relatam que tanto a
piraclostobrina quanto a azoxistrobina, isoladamente ou em misturas com triazóis, em uma ou
em duas aplicações, foram eficientes no controle da mancha branca do milho.
No ambiente 2, verificou-se que não houve diferença estatística no tratamento
testemunha e V8, entre os híbridos avaliados. Já no tratamento V8+VT, ocorreu diferença
significativa, observou se o maior índice de clorofila (total) para o híbrido AG9045PRO
(grupo 1), mas, não diferiu estatísticamente dos híbridos, AG8041PRO (grupo 1),
DKB390PRO e P30F53H (pertencentes ao grupo 2).
Neste sentido podemos inferir que o incremento de clorofila total, para aplicação de
fungicida, é influenciado pelo híbrido de milho avaliado. Era esperado pode relacionar à
sanidade foliar e associar também a aplicação deste fungicida (Trifloxistrobina +
Protioconazol), principalmente o efeito da estrobilurina (Trifloxistrobina), o “efeito verde”,
onde foram utilizadas duas aplicações do mesmo fungicida, fato este que não ocorreu.
Portanto, pode se inferir que nos ambientes estudados, que se avaliou a clorofila total
pelo método de clorofilog, houve variação no teor médio de clorofila total em híbridos,
quando utilizado ou não a aplicação do fungicida (Trifloxistrobina + Protioconazol), e esta
variação pode estar relacionado à sanidade foliar.
Neste contexto os princípios ativos do fungicida (Trifloxistrobina + Protioconazol),
garantiro teor de clorofila no tecido, possibilintando ao híbrido aumentar a sua eficiência
51
fotossintética, ainda mais em híbridos com maior sucetibilidade a patógenos de doenças
foliares.
Este fato pode ser melhor evidenciado quando comparados os grupos de híbridos
estudados, conforme a Tabela 3, onde no ambiente 1 (espacamento convencional), houve
diferença entre os grupos de híbridos para o tratamento testemunha, sendo que o grupo 2
apresentou maior teor de clorofila. Mas quando aplicado o fungicida em uma ou duas
aplicações os grupos de híbridos não mais diferiram estatisticamente. Porém, o mesmo fato,
não pode ser evidenciado no ambiente 2 (espaçamento reduzido), onde não houve aumento no
teor de clorofila.
5.2 Efeitos do fungicida nas doenças foliares avaliadas
De acordo com os resultados da análise de variância conjunta, apresentados na Tabela
4, para a AACPD mancha foliar de diplodia (D) foi observado efeitos significativos (P<0,01)
na interação tripla, híbridos x fungicida x ambiente. Para a AACPF ferrugem comum (F), foi
observado efeito significativo (P<0,05) para a interação tripla, grupo de híbridos x fungicida x
ambiente.
Tabela 4- Resumo da análise de variância conjunta para área abaixo da curva de progresso da
mancha foliar de diplodia (AACPD) e para área abaixo da curva de progresso da ferrugem
comum (AACPF).
Fonte de Variação GL QM
AACPD AACPF
HIB (GRUPO) 6 411121.38** 84173.84**
FUNGICIDA 2 2747242.32** 128695.01**
AMBIENTE 1 5977788.65** 2768.60ns
GRUPO 1 178782.39** 266342.87**
REP (AMBIENTE) 4 22216.80ns
7091.47ns
HIB*FUNG 14 79800.82** 21532.16**
HIB* AMBIENTE 7 232892.89** 35115.25**
FUNG* AMBIENTE 2 1432256.86** 46180.36**
GRUPO*FUNG 2 52731.85* 12049.82ns
GRUPO* AMBIENTE 1 96773.87** 3846.17ns
HIB*FUNG* AMBIENTE 14 38654.45** 5939ns
GRUPO*FUNG* AMBIENTE 2 14420.07ns
14931.58*
ERRO 87 13519.50 4623.37
C.V. % 44.09 47.30
MÉDIA GERAL 263.74 143.75
* P<0,05; ** P<0,01; ns – não significativo pelo teste F.
Neste sentido, podemos inferir que para as doenças foliares avaliadasmancha foliar de
52
diplodia (S. macrospora) e ferrugem comum (P. sorghi) houve diferença entre os
tratamentosavaliados com fungicida, sendo estes influenciados pelos híbridos de milho, pelas
condições climáticas do ambiente, pelo fungicida utilizado, aplicado de forma preventiva,
quando as plantas apresentavam oito folhas (V8) e duas aplicações V8 e em fase de
pendoamento (VT).
5.2.1. AACPD da mancha foliar de diplodia (S. macrospora)
Os resultados de AACPD, para a mancha foliar de diplodia (S. macrospora) frente aos
tratamentos avaliados com fungicida obtidos em dois ambientes de cultivo, na safra agrícola
2013/14, encontram-se representadas na Tabela 5.
Tabela 5 - Médias da área abaixo da curva de progresso da mancha foliar de diplodia
(S.macrospora) (AACPD) obtidos para os diferentes híbridos e tratamentos com fungicida (T-
testemunha, V8-oito folhas expandidas e VT-pendoamento), em dois ambientes no município
de Guarapuava- PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
HÍBRIDOS Ambiente 1* Ambiente 2*
T V8 V8 + VT Média T V8 V8 + VT Média
AG 9045 PRO 2042,3 aA 660,3 aB 500,9 aB 1067,8 aA 317,8 aA 73,9 aB 16,9 aB 136,2 aB
DKB 245 PRO2 796,6 cA 223,4 bB 145,8 bB 388,6 cA 146,2 aA 22,1 aA 16,4 aA 61,6 aB
AG 8041 PRO 803,6 cA 237,7 bB 104,9 bB 382,0 cA 101,4 aA 16,4 aA 13,8 aA 43,9 aB
2B 707 PW 582,1 dA 190,5 bB 55,9 bB 276,0 cA 88,8 aA 6,6 aA 11,2 aA 35,6 aB
Grupo 1** 1056,2 aA 327,9 aB 201,8 aC 163,5 aA 29,8 aB 14,6 aB
P32R48H 863,3 cA 342,7 bB 138,8 bC 448,1 bA 165,6 aA 44,0 aA 12,9 aA 74,2 aB
DKB 390 PRO 758,1 cA 118,5 bB 123,8 bB 333,6 cA 91,1 aA 11,4 aA 8,3 aA 36,9 aB
P30F53H 1095,4 bA 359,3 bB 202,6 bB 552,5 bA 91,3 aA 35,2 aA 17,7 aA 48,0 aB
P30R50H 553,3 dA 264,5 bB 55,1 bC 290,9 cA 86,3 aA 39,6 aA 4,6 aA 43,5 aB
Grupo 2** 817,6 bA 271,3 aB 130,1 aC 108,6 aA 32,6 aA 10,9 aA
Médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas nas colunas para cada tratamento de fungicida e letras maiúsculas na linha
para os tratamentos com fungicida e média de cada ambiente não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de agrupamento
de médias Scott-Knott ao nível de probabilidade 5%.
*Ambiente 1- Unicentro - (espaçamento convencional – 0,70 m) e Ambiente 2- Fazenda Três Capões - (espaçamento
reduzido - 0,45 m), ambos no município de Guarapuava, PR.
** Grupo 1: Híbridos considerados tolerantes a grãos ardidos; e Grupo 2: Híbridos considerados suscetíveis a grãos ardidos.
Para o ambiente 1, verificou-se que houve diferença estatística entre tratamentos,
analisando se os híbridos, no tratamento testemunha, para a AACPD, houve maior incidência
de diplodia para o híbrido AG9045PRO, pertencente ao grupo 1, diferindo estatisticamente
dos demais híbridos avaliados, cujo valor da AACPD foi de 2042,3. Ainda avaliando o
tratamento testemunha, nota se que os híbridos 2B707PW (grupo 1) e P30R50H (grupo 2)
apresentaram os melhores resultados para aAACPD, sendo os valores obtidos 582,1 e 553,3
respectivamente (Tabela 5).
Portanto, nota se variação entre híbridos considerados resistentes e tolerantes. Esses
53
dados corroboram com Pascual et al. (2002) avaliando 60 híbridos de milho no estádio de
grão farináceo com inoculação 40 dias após a semeadura, observaram variação entre híbridos,
resistentes a altamente suscetíveis a mancha foliar de diplodia, sendo dois híbridos resistentes,
com severidade foliar entre 1 a 10% e oito híbridos altamente suscetíveis com severidade de
até 100%.
No tratamento V8 e V8+VT, para a AACPD, houve maior incidência de diplodia para
o híbrido AG9045PRO (grupo 1), diferindo estatisticamente dos demais híbridos avaliados,
cujo valor da AACPD foi de 660,3e 500,9 respectivamente.
Vale destacar os dados obtidos para a AACPD nos híbridos de milho avaliados no
tratamento testemunha (sem fungicida), no ambiente 1, onde houve diferença estatística entre
os híbridos, sendo a maior AACPD foi obtida para o híbrido AG 9045 PRO, cujo valor foi de
2042,3 diferindo dos demais híbridos avaliados(Tabela 5).
Quando comparado os tratamentos com fungicida utilizados perante os grupos de
híbridos, no grupo 1 (tolerante), houve diferença significativa entre os tratamentos, para a
AACPD,o tratamento testemunha apresentou o maior valor que foi de 1056,2. Para o
tratamento V8 o valor da AACPD foi de 327,9 e para o tratamento V8+VT, o valor da
AACPD foi de 201,8 (Tabela 5).
E ainda, avaliando-se os tratamentos utilizados perante o grupo 2 (suscetível), houve
diferença significativa entre os tratamentos, para a AACPD, o tratamento testemunha
também apresentou o maior valor, sendo 817,6, este para os tratamentos V8 e V8+VT, o valor
da AACPD foi de 271,3 e130,1, respectivamente (Tabela 5). Bampi et al. (2012) utilizando
fungicidas (estrobilurina+triazol) de forma preventiva notaram que houve redução
significativa da área foliar afetada pela mancha foliar de diplodia quando comparados à
testemunha.
Esses dados evidenciam a importância do uso do fungicida, comprovando a eficiência
quando é usada a mistura de princípios ativos, como a usada neste experimento,
Trifloxistrobina (estrobilurina) e protioconazol (triazol). Entre os fungicidas disponíveis no
mercado brasileiro para o controle de doenças foliares do milho, os penetrantes móveis
pertencentes aos grupos químicos dos triazóis (inibidores da síntese de esteróis - ISE) e das
estrobilurinas (inibidores da respiração mitocondrial – IQe), são os mais utilizados
isoladamente ou em misturas pré-fabricadas. Esses fungicidas podem ter ação protetora,
curativa e erradicativa na planta, sendo a ação preventiva realizada no estágio de pré-infecção.
Nesse caso o fungicida inibe a germinação ou impede a penetração do fungo nos tecidos do
hospedeiro. A ação curativa tem efeito pós-infecção e pré-sintoma. A ação erradicativa
54
envolve o efeito dos fungicidas no estágio pós-sintoma (REIS et al., 2010).
Conforme a Tabela 5 quando comparamos os grupos de híbridos em cada tratamento,
nota se que somente no tratamento testemunha houve diferença estatística entre os grupos de
híbridos avaliados, para a AACPD, onde que o grupo 1 apresentou o maior valor sendo de
1056,2. Portanto, estudos da variabilidade genética de híbridos à reação da mancha foliar de
diplodia são importantes para identificar genótipos mais promissores que podem ser usados
em futuros estudos em programas de melhoramento de milho, buscando minimizar os danos
causados por S. macrospora. No entanto, a identificação de genótipos com menor
suscetibilidade pode ser uma opção imediata para uso em regiões com ocorrência
generalizada da mancha foliar de diplodia (PILETTI et al., 2014).
Para o ambiente 2, verificou-se que não houve diferença estatística entre tratamentos,
analisando se os híbridos, no tratamento testemunha, V8 e V+VT, para a AACPD (Tabela 5).
Avaliando-se os tratamentos utilizados perante os híbridos, no ambiente 2, para a
AACPD, somente para o híbrido AG9045PRO, houve diferença significativa entre os
tratamentos, ocorreu maior incidência de diplodia no tratamento testemunha, apresentando o
maior valor que foi de 2042,3 (Tabela 5).
Avaliando-se os tratamentos utilizados perante os grupos de híbridos, no grupo 1
(tolerante), houve diferença significativa entre os tratamentos, para a AACPD, o tratamento
testemunha apresentou o maior valor que foi de 163,5. Para os tratamentos V8 e V8+VT, o
valor da AACPD foi de 29,8 e 14,6, respectivamente. Mas, quando avalia se os tratamentos
perante o grupo 2 (suscetível), não houve diferença significativa entre os tratamentos, para a
AACPD. E ainda, quando comparamos os grupos de híbridos em cada tratamento, nota se que
não houve diferença estatística para a AACPD (Tabela 5).
Esses dados corroboram com Zanatta et al., (2013) que utilizando o mesmo fungicida
(Trifloxistrobina + Protioconazol), em espacamento reduzido, no município de Guarapuava,
PR, onde comparou duas safras agrícolas e outros tratamentos com funcicida a base de triazol
e estrobirulina, de froma isolada e em associação, a aplicação preventiva (V8 – oito folhas),
notaram que houve reduçao da AACPD da mancha foliar de diplodia (S. macrospora), sendo
o seu resultado dependente do híbrido de milho avaliado e da safra agrícola avaliada.
Trabalhos com uso de fungicida visando o controle químico dessa doença devem ser
explorados, principalmente quantificando a eficácia dos fungicidas em relação aos modos de
ação e a reação de híbridos em diferentes condições de ambiente (BAMPI et al., 2012).
Para os tratamentos com fungicida utilizados nos ambientes 1 e 2, para o tratamento
testemunha, verificou se que houve diferença estatística entre os ambientes, analisando se os
55
híbridos, para a AACPD, ocorreu maior incidência de diplodia para todos os híbridos
avaliados, no ambiente 1. Para o tratamento V8, verificou se que houve diferença estatística
entre os ambientes, analisando se os híbridos, para a AACPD, ocorreu maior incidência de
diplodia para todos os híbridos avaliados no ambiente 1, com excessão dos híbridos
2B707PW e DKB390PRO (Tabela 5). Já para o tratamento V8+VT verificou se que houve
diferença estatística entre os ambientes, analisando se os híbridos para a AACPD ocorreu
maior incidência de diplodia somente para o híbrido AG9045PRO, com valor de 500,9
(Tabela 5).
Considerando as médias de AACPD de todos os tratamentos utilizados nos ambientes
1 e 2, verificou se que houve diferença estatística entre os ambientes, analisando se os
híbridos, ocorreu maior incidência de diplodia para todos os híbridos avaliados, no ambiente
1. Perante o exposto, analisando se a Tabela 5, podemos inferir que no ambiente 1, ocorreu
maior incidência da mancha foliar de diplodia (S. macrospora) (AACPD), comparado com o
ambiente 2, independente do híbrido utilizado, desta maneira pode se afirma que ocorreu em
consequência de maior índice pluviométrico no ambiente 1, no entanto a temperatura média
foi similarnos dois ambientes (Figuras 1 e 2). A S. macrospora se manifesta na fase de
produção da planta. A severidade dessa podridão é favorecida pela ocorrência de chuvas e por
semeadura em alta densidade. Nas folhas, S. macrospora causa lesões necróticas alongadas,
com um ponto de infecção visível, que as distingue das lesões de Exserohilum turcicum. O
controle consiste na rotação de culturas até a mineralização dos tecidos infectados; utilização
de sementes sadias e utilização de cultivares com resistência genética (SABATO e
FERNANDES, 2014).
5.2.2. AACPF da ferrugem comum (P. sorghi)
Os resultados de AACPF, para a ferrugem comum (Puccinia sorghi), frente aos
tratamentos avaliados com fungicida obtidos em dois ambientes de cultivo, na safra agrícola
2013/14, encontram-se representadas na Tabela 6.
Para o ambiente 1, verificou-se que houve diferença estatística entre tratamentos,
analisando se os híbridos, nos tratamentos testemunha, V8 e V8+VT, para a AACPF, houve
maior incidência de ferrugem para o híbrido P32R48H, pertencente ao grupo 2, diferindo
estatisticamente dos demais híbridos avaliados, cujo valor da AACPF foi de 326,7, 469,6 e
418,2 respectivamente (Tabela 6).
56
Tabela 6- Médias da área abaixo da curva de progresso da ferrrugem comum (Puccinia
sorghi) (AACPF) obtidos para os diferentes híbridos e tratamentos com fungicida (T-
testemunha, V8-oito folhas expandidas e VT-pendoamento), em dois ambientes no município
de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
HÍBRIDOS* Ambiente 1* Ambiente 2*
T V8 V8 + VT Média T V8 V8 + VT Média
AG 9045 PRO 121,7 bA 141,9 bA 111,6 bA 124,9 bA 76,4 cA 45,9 bA 45,9 bA 56,1 bB
DKB 245 PRO2 182,9 bA 121,0 bA 104,2 bA 136,0 bA 167,7 cA 70,4 bB 42,5 bB 93,5 bA
AG 8041 PRO 130,5 bA 120,4 bA 81,9 bA 110,9 bA 224,4 cA 129,9 bB 62,4 bB 138,9 bA
2B 707 PW 102,5 bA 57,0 bA 48,3 bA 69,3 bA 118,4 cA 44,6 bA 65,8 bA 76,2 bA
Grupo 1* 134,3 bA 110,1 bA 86,4 bA 146,7 bA 72,7 bB 54,2 aB
P32R48H 326,7 aB 469,6 aA 418,2 aA 404,8 aA 187,8 cA 276,3 aA 225,3 aA 229,8 aB
DKB 390 PRO 180,9 bA 85,7 bA 86,2 bA 117,6 bB 511,5 aA 124,8 bB 61,4 bB 232,6 aA
P30F53H 167,6 bA 130,9 bA 86,6 bA 128,4 bA 366,2 bA 143,7 bB 65,2 bB 191,7 aA
P30R50H 138,1 bA 96,0 bA 45,3 bA 93,1 bA 199,8 cA 64,2 bB 24,1 bB 96,0 bA
Grupo 2* 203,3 aA 195,5 aA 159,0aA 316,3 aA 152,3 aB 94,0aC
Médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas nas colunas para cada tratamento de fungicida e letras maiúsculas na linha
para os tratamentos com fungicida e média de cada ambiente não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de agrupamento
de médias Scott-Knott ao nível de probabilidade 5%.
*Ambiente 1- Unicentro - (espaçamento convencional – 0,70 m) e Ambiente 2- Fazenda Três Capões - (espaçamento
reduzido - 0,45 m), ambos no município de Guarapuava, PR.
** Grupo 1: Híbridos considerados tolerantes a grãos ardidos; e Grupo 2: Híbridos considerados suscetíveis a grãos ardidos.
Trabalhos de pesquisa vêm mostrando incrementos significativos na produtividade de
grãos e redução da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), quando realizadas
aplicações de fungicida no milho (HARLAPUR et al., 2009; BRITO et al., 2008). Deve-se
ressaltar que a época de aplicação influencia diretamente na eficiência do controle, como
também o uso de uma ou mais aplicações (MENDES et al., 2008). Quanto às doenças
foliares, existe uma grande preocupação por aquelas causadas por fungos, que causam sérios
danos, prejudicando a eficiência das culturas, reduzindo a área fotossintética e inibindo a
translocação de assimilados desde a sua fonte de produção até as áreas de crescimento e
deposição de material de rendimento (GOMES et al., 2011).
Para a AACPF no ambiente 1, nos tratamentos utilizados perante os híbridos, houve
diferença significativa entre os tratamentos, para o híbrido P32R48H, ocorreu menor
incidência de ferrugem comum no tratamento testemunha, apresentando o menor valor que foi
de 326,7 (Tabela 6). Avaliando-se os tratamentos utilizados perante os grupos de híbridos, no
grupo 1 e 2, não houve diferença significativa entre os tratamentos, para a AACPF. No
entanto, quando comparamos os grupos de híbridos em cada tratamento, houve diferença
estatística para a AACPF, nota se que em todos os tratamentos, testemunha, V8 e V8+VT, o
grupo 2 (suscetível) apresentou maior incidência de ferrugem, cujo valor da AACPF foi de
203,3, 195,5 e 159,0 respectivamente (Tabela 6).A resistência genética é o método mais
eficiente e econômico de controle das doenças foliares em milho. Contudo, quando aliada a
57
outras práticas como o controle cultural ou químico, fornece maior sustentabilidade à cultura,
(PATERNIANI et al.,2000).
Para o ambiente 2, verificou-se que houve diferença estatística entre tratamentos,
analisando se os híbridos, no tratamento testemunha, para a AACPF, houve maior incidência
de ferrugem para o híbrido DKB390PRO, pertencente ao grupo 2, diferindo estatisticamente
dos demais híbridos avaliados, cujo valor da AACPF foi de 511,5 (Tabela 6). Neste sentido,
Duarte et al. (2009) verificaram a interação significativa entre híbridos e fungicida, ou seja, a
reação do genótipo quando da aplicação do fungicida via foliar. Em muitos casos os danos
causados pelas doenças foliares no milho são considerados indiretos, por meio da redução da
área foliar, deixando a planta debilitada e, com isso, vulnerável à entrada de patógenos
causadores de podridões de colmo e raízes (JARDINE e LACA-BUENDÍA, 2009).
Nos tratamentos V8 e V8+VT, para a AACPF, houve maior incidência de ferrugem
para o híbrido P32R48H, pertencente ao grupo 2, diferindo estatisticamente dos demais
híbridos avaliados, cujo valor da AACPD foi de 276,3e 225,3 respectivamente (Tabela 6). A
aplicação de fungicida é eficiente no controle de doenças foliares e proporciona maiores
produtividades de grãos, em média, 12% superiores àquelas em que não se utilizou fungicida
(BRITO et al., 2013). O mesmo autor avaliando a aplicação de fungicida, em relação à
severidade das doenças ocorridas, em vários locais, esses valores foram baixos, com notas
sempre iguais ou inferiores a três, ou seja, sempre menor que dez por cento de área foliar
lesionada. Isso mostra a eficiência do fungicida (estrobilurina + traizol) utilizado para
controlar as doenças, permitindo inferir que, nas parcelas com controle químico das doenças,
os híbridos puderam expressar melhor seu potencial genético para a produção de grãos.
No ambiente 2 para a AACPF, avaliando-se os tratamentos utilizados perante os
híbridos, houve diferença significativa entre os tratamentos, para os híbridos DKB245PRO2,
AG8041PRO, DKB 390PRO, P30F53H e P30R50H ocorreu maior incidência de ferrugem
comum no tratamento testemunha, apresentando os maiores valores que foram de 167,7,
224,4, 511,5, 366,2 e 199,8, respectivamente (Tabela 6).
Ainda no ambiente 2, na Tabela 6 avaliando-se os tratamentos utilizados perante os
grupos de híbridos, no grupo 1 houve diferença significativa entre os tratamentos, para a
AACPF, o tratamento testemunha apresentou o maior valor que foi de 146,7. Para o
tratamento V8 e V8+VT, o valor da AACPF foi de 72,7 e 54,2, respectivamente (Tabela 6).
Zanatta et al. (2013) utilizando o mesmo fungicida (Trifloxistrobina + Protioconazol), de
forma preventiva (V8 – oito folhas), relatam que houve redução na AACPF, dependente do
híbrido de milho avaliado e da safra agrícola avaliada.
58
Para os grupos de híbridos avaliados com os diferentes tratamento com fungicida, no
grupo 2 houve diferença significativa entre os tratamentos, para a AACPF, o tratamento
testemunha apresentou o maior valor que foi de 316,3. Para o tratamento V8 e V8+VT o valor
da AACPF foi de 152,3 e 94,0, respectivamente (Tabela 6). Portanto, comprovando a
eficiência da mistura de princípios ativos, como a Trifloxistrobina (estrobilurina) +
protioconazol (triazol) para o manejo da ferrugem comum nos híbridos de milho utilizados.
Duarte et al. (2009), relatam que os melhores fungicidas para o controle da ferrugem comum
foram as misturas de triazóis + estrobilurinas e triazol isolado. A aplicação de estrobilurina
isolada, não diferiu estatisticamente da testemunha em uma aplicação preventiva.
Na Tabela 6 quando comparamos os grupos de híbridos em cada tratamento, houve
diferença estatística para a AACPF, nota se que nos tratamentos testemunha e V8, o grupo 2
apresentou maior incidência de ferrugem, cujo valor da AACPF foi de 316,3 e 152,3,
respectivamente. Já no tratamento V8+VT, não houve diferença estatística para a AACPF,
comparando se os grupos de híbridos. O desenvolvimento de cultivares resistentes ou
tolerantes é a medida mais efetiva de controle de doenças foliares do milho e a discriminação
de resistência é mais confiável quando os genótipos são avaliados com base na área abaixo da
curva de progresso da doença, uma vez que inclui várias medições da severidade da doença ao
longo do ciclo de produção (VIEIRA et al., 2009b).
Para os resultados das médias de AACPF dos tratamentos com fungicida, nos
ambientes 1 e 2, verificou se que houve diferença estatística entre os ambientes, analisando se
os híbridos, ocorreu maior incidência de ferrugem comum para os híbridos AG9045PRO e
P32R48H, no ambiente 1, apresentando os maiores valores que foram de 124,9 e 404,8,
respectivamente. Observou-se ainda as médias de AACPF dos tratamentos utilizados nos
ambientes 1 e 2, e verificou se que houve diferença estatística entre os ambientes, analisando
se os híbridos, ocorreu maior incidência de ferrugem comum para o híbrido DKB390PRO, no
ambiente 2, apresentando o maior valor que foi de 232,6 (Tabela 6). O desenvolvimento de
cultivares resistente ou tolerante é a medida mais efetiva de controle de doenças foliares do
milho e a discriminação de resistência é mais confiável quando os genótipos são avaliados
com base na área abaixo da curva de progresso da doença, uma vez que inclui várias medições
da severidade da doença ao longo do ciclo de produção (VIEIRA et al., 2009b).
Perante o exposto, analisando-se a Tabela 6, podemos inferir que no ambiente 1
(espaçamento convencional) e no ambiente 2 (espaçamento reduzido), na incidência da
ferrugem comum (Puccinia sorghi), (AACPF), ocorreu variação, e é dependente do grupo de
híbridos,em ambos ambientes, os híbridos do grupo 2 apresentaram maior incidência de
59
ferrugem, para a (AACPF), mesmo havendo diferentes índices pluviométricos, mas a
temperatura média também foi similar nos dois ambientes (Figuras 1 e 2).
5.3 Características agronômicas avaliadas
De acordo com os resultados da análise de variância conjunta, apresentados na Tabela
7, para a característica grãos ardidos (GA), foi observado efeito significativo (P<0,01) na
interação híbridos x ambiente. Para a característica peso de mil grãos (P1000), foi observado
efeito significativo (P<0,01) para a interação tripla de híbridos x fungicida x ambiente. E para
a característica produtividade de grãos foi observado efeitos significativos (P<0,01) na
interação híbridos x fungicida.
Tabela 7 - Resumo da análise de variância conjunta para incidência de grãos ardidos (GA),
peso de mil grãos (P1000) e produtividade de grãos (PROD).
Fonte de Variação GL QM
GA P1000 PROD
HIB (GRUPO) 6 358.81** 13135.05** 3340959.38**
FUNGICIDA 2 93.13* 1012.73* 460930.11ns
AMBIENTE 1 287.39** 11737.38** 13228835.87**
GRUPO 1 1489.63** 20251.42** 3433917.84ns
REP (AMBIENTE) 4 62.06* 5119.63** 26466907.79**
HIB*FUNG 14 32.73ns
783.52 ** 2912165.79**
HIB* AMBIENTE 7 85.94** 970.25** 985956.74ns
FUNG* AMBIENTE 2 12.42ns
274.91ns
11379.98ns
GRUPO*FUNG 2 6.77ns
1229.68* 1519452.09ns
GRUPO* AMBIENTE 1 256.29** 0.89ns
1848095.23ns
HIB*FUNG* AMBIENTE 14 24.94ns
6888.74** 1633784.31ns
GRUPO*FUNG* AMBIENTE 2 55.88ns
437.79ns
2041436.43ns
ERRO 87 19.19 279.47 951263.13
C.V. % 41.69 4.91 7.56
MÉDIA GERAL 10.5 340.74 12894.36
* P<0,05; ** P<0,01; ns – não significativo pelo teste F.
Com base nos dados obtidos nesta pesquisa, foi possível evidenciar que os híbridos
avaliados foram influenciados pelo tratamento com fungicida utilizado e pelo ambiente de
implantação, sendo que estes tratamentos com fungicida foram aplicados em V8 e V8+VT.
5.3.1 Porcentagem de grãos ardidos
Os resultados referentes à característica agronômica grãos ardidos frente aos
tratamentos avaliados com fungicida obtidos em dois ambientes de cultivo, na safra agrícola
2013/14, encontram-se representadas na Tabela 8.
60
Tabela 8 - Resultados médios para grãos ardidos, valores em %, obtidos para os diferentes
híbridose tratamentos com fungicida (T-testemunha, V8-oito folhas expandidas e VT-
pendoamento), em dois ambientes no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola
2013/14. UNICENTRO. 2016.
Médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas nas colunas para cada tratamento de fungicida e letras maiúsculas na linha
para os tratamentos com fungicida e média de cada ambiente não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de agrupamento
de médias Scott-Knott ao nível de probabilidade 5%.
*Ambiente 1- Unicentro - (espaçamento convencional – 0,70 m) e Ambiente 2- Fazenda Três Capões - (espaçamento
reduzido - 0,45 m), ambos no município de Guarapuava, PR.
** Grupo 1: Híbridos considerados tolerantes a grãos ardidos; e Grupo 2: Híbridos considerados suscetíveis a grãos ardidos.
No ambiente 1 verificou-se que houve diferença estatística entre os híbridos avaliados
dentro de cada tratamento com fungicida, no tratamento testemunha, para a característica
agronômica grãos ardidos, houve maior incidênciapara os híbridos: DKB 390PRO, P32R48H
e P30F53H, todos pertencentes ao grupo 2 (suscetível aos grãos ardidos) (Tabela 8). Para
Brito et al. (2012) o uso de fungicida (azoxistrobina + ciproconazol), na cultura do milho
possibilitou redução na incidência de grãos ardidos.
No tratamento V8, para a característica agronômica grãos ardidos, houve maior
incidência para o híbrido AG9045PRO (grupo 1), mas, não diferindo estatisticamente dos
híbridos DKB 390PRO e P30F53H (pertencentes ao grupo 2). Ainda avaliando o tratamento
V8, nota se que os híbridos AG8041PRO e 2B707PW (pertencentes ao grupo 1) apresentaram
as menores incidência de grãos ardidos. Para o tratamento V8+VT, para a característica
agronômica grãos ardidos, houve maior incidência para os híbridos P32R48H e DKB
390PRO (pertencentes ao grupo 2) (Tabela 8). Segundo Casa et al. (2006), o fungo
Stenocarpella spp. está principalmente associado a grãos ardidos, e pode ser o principal
agente de podridão de grãos na cultura do milho, o que pode ter ocorrido nesta pesquisa.
Avaliando-se os tratamentos utilizados perante os grupos de híbridos, no grupo 1 e 2,
não houve diferença significativa entre os tratamentos, para a característica agronômica grãos
ardidos (Tabela 8). Estes resultados também estão de acordo com os obtidos por Nolasco et
al. (2011), segundo estes autores, a aplicação foliar de diferentes fungicidas do grupo das
HÍBRIDOS Ambiente 1* Ambiente 2*
T V8 V8 + VT Média T V8 V8 + VT Média
AG 9045 PRO 12,1 b 14,6 a 6,6 b 11,1 bA 13,1 a 12,4 a 6,7 b 10,8 aA
DKB 245 PRO2 7,5 b 10,5 b 4,5 b 7,4 cA 10,5 a 6,0 b 4,2 b 6,9 bA
AG 8041 PRO 10,0 b 3,4 c 8,7 b 7,4 cA 8,8 a 6,3 b 5,5 b 6,8 bA
2B 707 PW 3,4 b 3,4 c 4,0 b 3,6 cA 6,5 a 2,9 b 3,6 b 4,3 bA
Grupo 1* 8,3 bA 7,8 bA 6,0 bA 9,7 aA 6,9 bB 5,0 bB
P32R48H 23,0 a 17,1 a 28,0 a 22,7 aA 15,4 a 16,2 a 13,2 a 14,9 aB
DKB 390 PRO 26,6 a 22,6 a 21,7 a 23,6 aA 9,6 a 11,8 a 15,3 a 12,3 bB
P30F53H 17,0 a 12,0 b 8,1 b 12,4 bA 11,7 a 11,9 a 5,7 b 9,8 bA
P30R50H 8,8 b 8,9 b 3,7 b 7,2 cA 4,7 a 11,4 a 4,7 b 7,0 bA
Grupo 2* 18,8 aA 15,2 aA 15,4 aA 10,4 aA 12,8 aA 9,7 aA
61
estrobilurinas, em mistura com triazóis, não reduziram a incidência de grãos ardidos.
No entanto, quando comparamos os grupos de híbridos em cada tratamento, houve
diferença estatísticapara a característica agronômica grãos ardidos, nota se que em todos os
tratamentos com fungicida avaliado (testemunha, V8 e V8+VT), o grupo 2 (suscetível)
apresentou maior incidência degrãos ardidos, no ambiente 1 (espaçamento convencional)
ressaltando a importância do genótipo avaliado (Tabela 8). Vale resgatar a discussão e dados
obtidos nas tabelas 3 e 4, onde houve diferença entre os grupo para a CLOR T e AACPD,
sendo que no ambiente 1, para o tratamento testemunha, o grupo 2 apresentou maior índice de
CLOR T e para a AACPD ocorreu menor incidência de diplodia, comparado com grupo 1.
Fato que não se repetiu para a característica agronômica grãos ardidos, nota se que no
tratamento testemunha, o grupo 2 apresentou maior incidência de grãos ardidos, no ambiente
1, ressaltando a importância do genótipo avaliado (Tabela 8). Juliatti et al. (2007), utilizando
os fungicidas Piraclostrobina+Epoxiconazole em duas aplicações, relatam eficiência dos
produtos na redução da incidência de grãos ardidos.
Para o ambiente 2 verificou-se que no tratamento testemunha, não houve diferença
estatística, analisando se os híbridos, para a característica agronômica grãos ardidos (Tabela
8). Um dos fatores que deve ser melhor estudado é a resposta da cultura do milho ao arranjo
das plantas na área. As plantas podem ser distribuídas na área de várias maneiras, sendo a
variação do espaçamento entre linhas e entre plantas na linha, responsável pelos diferentes
arranjos de plantas (RESENDE, 2003). Essa prática vem sendo intensificada nas regiões
produtoras, contudo os diferentes híbridos respondem diferentemente às variações no arranjo
e na densidade populacional de plantas (Demetrio et al., 2008; Mendes et al., 2011), inclusive
com relação à severidade de doenças (SANGOI et. al, 2000).
No tratamento V8, para a característica agronômica grãos ardidos, houve maior
incidência para o híbrido AG9045PRO (grupo 1), mas, não diferindo estatisticamente dos
híbridos P32R48H, DKB 390PRO, P30F53H e P30R50H (pertencentes ao grupo 2). Nota se
que no híbrido AG9045PRO pertencente ao grupo 1 (tolerante), mesmo com a aplicação foliar
de fungicidas também não apresentou eficiência na redução da incidência de grãos ardidos
(Tabela 8). Estudos realizados por Duarte et al. (2009) corroboram com os resultados deste
estudo, sendo que a aplicação foliar de fungicidas em alguns genótipos de milho não resultou
em controle da incidência de fungos. Lanza (2013) avaliou aplicações de fungicidas
(estrobilurinas+triazóis), em diferentes épocas e número de aplicações, notou que não houve
eficiência na redução da incidência de grãos ardidos, dos fungos fitopatogênicos associados
aos grãos.
62
No tratamento V8+VT, para a característica agronômica grãos ardidos, houve maior
incidência para os híbridos P32R48H e DKB 390PRO (pertencentes ao grupo 2) (Tabela 8).
Esses dados corroboram com Brito et al. (2013), notaram que o uso de fungicida em aplicação
foliar possibilita a redução da incidência de grãos ardidos. Zanatta et al. (2013), que
utilizando o mesmo fungicida (Trifloxistrobina + Protioconazol), em espacamento reduzido,
relatam que não houve redução da incidência de grãos ardidos nos híbridos de milho
avaliados.
Comparados os grupos de híbridos frente aos tratamentos com fungicida, no grupo 1
(tolerante), houve diferença significativa entre os tratamentos, para a característica
agronômica grãos ardidos, onde a maior incidência ocorreu no tratamento testemunha quando
comparado aos tratamentos V8 e V8+VT, ou seja, a aplicação de fungicida reduziu a
incidência de grãos ardido (Tabela 8). Com o espaçamento reduzido é possível criar se
microclima, com o aumento ou redução na população de plantas e que isso favoreça a
incidência de doenças (MASCARENHAS, 2011). Já para o grupo 2 (suscetível), não houve
diferença significativa entre os tratamentos avaliados para a característica agronômica grãos
ardidos (Tabela 8).
No entanto, quando comparamos os grupos de híbridos em cada tratamento, houve
diferença estatísticapara a característica agronômica grãos ardidos, nota se que nos
tratamentos V8 e V8+VT, o grupo 1, apresentou menor incidência de grãos ardidos,
comparado ao grupo 2, já no tratamento testemunha, não houve diferença estatística entre os
grupos de híbridos avaliados (Tabela 8). A aplicação de fungicida é eficiente no controle de
doenças foliares e proporciona maiores produtividades de grãos, em média, 12% superiores
àquelas em que não se utilizou fungicida. O uso de fungicida em aplicação foliar possibilita a
redução da incidência de grãos ardidos. Um fator preponderante no desenvolvimento de
doenças foliares é o efeito do clima. O ambiente é um componente importante e relevante na
interação patógeno-hospedeiro-ambiente, podendo inclusive impedir a ocorrência da doença,
mesmo na presença de hospedeiro susceptível e patógeno virulento (JESUS JUNIOR et al.,
2003).
Quando avaliado o híbrido P30R50H, para a característica agronômica grãos ardidos,
no ambiente 2, observou se comportamento similar ao anterior, ocorreu menor incidência de
grãos ardidos somente no tratamento V8+VT, houve diferença significativa, comparando com
a testemunha, evidenciando resposta a aplicação de fungicida (Trifloxistrobina +
Protioconazol) podendo haver maior suscetibilidade do mesmo em virtude ao espaçamento
reduzido, tendo uma menor resposta aos tratamento fungicos de forma preventiva. Já no
63
ambiente 1, este híbrido apresentou menor incidência de grãos ardidos em todos os
tratamentos, mesmo na testemunha, podendo haver interferência do espaçamento que no
ambiente 1 é maior, ocorrendo menor incidência a grãos ardidos (Tabela 8).
Esta alta severidade de grãos ardidos do grupo 2 (suscetíveis) é extremamente
relacionado a suscetibilidade destes híbridos a doenças do complexo de grãos ardidos. Duarte
et al. (2009), testando fungicidas em milho, relataram que houve redução na incidência de
grãos ardidos em função da aplicação via foliar, de associação de fungicidas (Azoxistrobina +
Ciproconazol).
Outro fator que pode ter contribuído para esse resultado de maior incidência de grãos
ardidos na safra (2013/14), nos híbridos do grupo 2, se deve à um bom volume pluviométrico
na fase do florescimento da cultura, que correspondeu a período de dezembro e janeiro, sendo
meses considerados críticos para ocorrência de grãos ardidos (Figuras 1 e 2). Pinto (2006)
constatou diferença significativa entre cultivares de milho com relação à incidência de grãos
ardidos quando avaliou 28 delas quanto aos fungos Fusarium verticilioides, Penicilum spp. e
Stenocarpella maydis. Em média, houve redução de 2,6% na incidência de grãos ardidos,
quando realizada a aplicação do fungicida. Isso evidencia que o uso de fungicida na cultura do
milho possibilita redução na incidência de grãos ardidos. Esses dados corroboram com os
obtidos por Juliatti et al. (2007), segundo os quais a aplicação de fungicidas traizóis e
estrobilurinas (Piraclostrobina + Epoxiconazole, azoxystrobin + cyproconazole e
Azoxystrobin), por via foliar, resultou em uma menor incidência de grãos ardidos.
Verificou-se ainda, que para a característica agronômica grãos ardidos, houve maior
incidência em quase todos os híbridos de milho do grupo 2, nos dois ambientes avaliados,
com exceção do híbrido P30F53H, sendo que no ambiente 1, nos tratamentos V8 e V8+VT,
houve diferença estatística, ocorreu menor incidência de grãos ardidos, comparando com a
testemunha, evidenciando resposta a aplicação de fungicida Trifloxistrobina (estrobilurina) +
Protioconazol (triazolintionas).
Para o ambiente 2, houve diferença estatísticapara a característica agronômica grãos
ardidos, este mesmo híbrido P30F53H, apresentou menor incidência somente no tratamento
V8+VT, podendo haver maior suscetibilidade do mesmo em virtude ao espaçamento
reduzido, tendo uma menor resposta aos tratamento fungicos de forma preventiva (Tabela 8).
O uso de azoxystrobina + cyproconazole, em aplicação foliar no pré pendoamento,
possibilitou reduzir a incidência de grãos ardidos em 5,12%, além de aumentar a
produtividade em 12,4%, de diferentes híbridos cultivados sob alta severidade de doenças,
com e sem aplicação de fungicidas (BRITO et al., 2008).
64
Perante o exposto, avaliando se os resultados de AACPD, para a mancha foliar de
diplodia (S. macrospora), analisando se a Tabela 5, podemos inferir que no ambiente 1
(espaçamento normal) ocorreu maior incidência da mancha foliar de diplodia, comparado com
o ambiente 2 (espaçamento reduzido), podemos inferir desta maneira que ocorreu em
consequência de maior índice pluviométrico ocorrido no ambiente 1, principalmente nas fazes
de pendoamento até enchimento de grãos. (Figuras 1 e 2). No entanto quando analisa se a
característica agronômica grãos ardidos (Tabela 8), nota se que o mesmo não ocorreu em
relaçãoà incidência desta doença nos grãos, ou seja, a incidência de grãos ardidos foi elevada
e similar nos ambientes 1 e 2. Portanto, neste trabalho nota se que não há relação entre maior
incidência da mancha foliar de diplodia (S. macrospora) (AACPD) e incidência de grãos
ardidos no mesmo ambiente. Esses dados não corroboram com Pinto (2005) e Ramos et al.
(2010), pois, descrevem que a elevada incidência de diplodia está diretamente relcionada à
maior incidência de grãos ardidos.
Para as médias para a característica agronômica grãos ardidos dos tratamentos
utilizados nos ambientes 1 e 2, verificou se que houve diferença estatística entre os ambientes,
analisando se os híbridos, ocorreu maior incidência grãos ardidos para os híbridos P32R48H e
DKB390PRO (ambos pertencentes ao grupo 2), no ambiente 1 (Tabela 8). Sendo assim,
avaliando a característica agronômica grãos ardidos, analisando se a Tabela 8, nota se que a
incidência foi elevada e similar nos ambientes 1 e 2. Comparando com os dados obtidos nas
Figuras 1 e 2, nota se que não houve interferência da pluviosidade e temperatura. No entanto,
verificou-se, que houve maior incidência de grãos ardidos nos híbridos de milho pertencentes
ao grupo 2, nos dois ambientes avaliados, mas, no ambiente 2, nota se resposta positiva
somente com duas aplicações de fungicida Trifloxistrobina (estrobilurina) + Protioconazol
(triazolintionas) (V8 e V8+VT), ou seja, houve interferência do ambiente na incidência de
grãos ardidos, possivelmente o espaçamento reduzido proporcionou condições para
microclima e aumento no ataque do agente causal. Quando se aumenta a população de
plantas, há também uma maior exigência por nutrientes e água e se essa exigência não for
suprida, as plantas ficam mais sensíveis à infecção por patógenos. Porém, antes de reduzir a
população de plantas, deve-se analisar o potencial de rendimento do híbrido (EMYGDIO e
TEIXEIRA, 2008; REIS et al., 2004).
Comparando os dados obtidos nos ambientes 1 e 2,e a característica agronômica grãos
ardidos apresentados na Tabela 8, nota se quenos tratamentos testemunha, V8 e V8+VT, os
híbridos pertencentes ao grupo 1 (considerados tolerantes a grãos ardidos) realmente
apresentaram menor incidência de grãos ardidos, com excessão do tratamento testemunha no
65
ambiente 2, onde que não houve diferença estatistica entre os grupos de híbridos avaliados.
Quando avalia se a Tabela 5, para a área abaixo da curva de progresso da mancha
foliar de diplodia (S.macrospora) (AACPD), para todos os tratamentos utilizados nos
ambientes 1 e 2, verificou se que houve diferença estatística entre os ambientes, analisando se
os híbridos, ocorreu maior incidência de diplodia para todos os híbridos avaliados, no
ambiente 1, independente do híbrido utilizado, desta maneira pode se afirma que ocorreu em
consequência de maior índice pluviométrico no ambiente 1, no entanto a temperatura média
foi similarnos dois ambientes (Figuras 1 e 2). Nota se, portanto, que a alta incidência de
mancha foliar de diplodia que ocorreu para todos os híbridos, não refletiu em maior
incidência de grãos ardidos em todos os híbridos, como abordado anteriormente. Dentre os
fatores que possam estar associados, merece destaque a composição química do grão, mais
especificamente as enzimas presentes nos grãos.
5.3.2 Peso de mil grãos
Os resultados referentes à característica agronômica peso de mil grãos frente aos
tratamentos avaliados com fungicida obtidos em dois ambientes de cultivo, na safra agrícola
2013/14, encontram-se representadas na Tabela 9.
Tabela 9 - Resultados médios para peso de mil grãos, valores em gramas, obtidos para os
diferentes híbridos e tratamentos com fungicida (T-testemunha, V8-oito folhas expandidas e
VT-pendoamento), em dois ambientes no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola
2013/14. UNICENTRO. 2016.
HÍBRIDOS Ambiente 1* Ambiente 2*
T V8 V8 + VT Média T V8 V8 + VT Média
AG 9045 PRO 289 dB 315 bB 368 aA 324 bB 335 bB 369 aA 359 aA 354 bA
DKB 245 PRO2 318 cA 315 bA 343 bA 325 bB 333 bA 353 bA 350 aA 345 bA
AG 8041 PRO 359 aA 366 aA 374 aA 366 aA 356 aA 347 bA 357 aA 354 bA
2B 707 PW 264 dA 274 cA 253 cA 264 cB 298 cA 298 cA 299 bA 299 cA
Grupo 1* 308 bB 318 bB 334 bA
331 bA 342 bA 341 bA
P32R48H 364 aA 355 aA 339 bA 353 aB 380 aA 376 aA 374 aA 377 aA
DKB 390 PRO 334 bA 347 aA 329 bA 337 bA 356 aA 343 bA 356 aA 351 bA
P30F53H 316 cA 326 bA 319 bA 320 bB 336 bA 342 bA 349 aA 342 bA
P30R50H 379 aA 329 bB 387 aA 365 aA 370 aA 383 aA 376 aA 376 aA
Grupo 2* 348 aA 339 aA 344 aA 360 aA 361 aA 364 aA
Médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas nas colunas para cada tratamento de fungicida e letras maiúsculas na linha
para os tratamentos com fungicida e média de cada ambiente não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de agrupamento
de médias Scott-Knott ao nível de probabilidade 5%.
*Ambiente 1- Unicentro - (espaçamento convencional – 0,70 m) e Ambiente 2- Fazenda Três Capões - (espaçamento
reduzido - 0,45 m), ambos no município de Guarapuava, PR.
** Grupo 1: Híbridos considerados tolerantes a grãos ardidos; e Grupo 2: Híbridos considerados suscetíveis a grãos ardidos.
66
Para o ambiente 1 verificou-se que houve diferença estatística entre tratamentos,
analisando se os híbridos, no tratamento testemunha, para a característica agronômica peso de
mil grãos, houve baixo peso de mil grãos para os híbridos AG9045PRO e 2B707PW
(pertencentes ao grupo 1). Para os tratamentos V8 e V8+VT, observou-se que houve diferença
significativa, para a característica agronômica peso de mil grãos, o híbrido 2B707PW (grupo
1) foi o que apresentou o menor resultado (Tabela 9). Zanatta et al. (2013) avaliando
diferentes híbridos, utilizando o mesmo fungicida (Trifloxistrobina + Protioconazol), sendo
triazol isolado e com triazol e estrobirulina em associação de forma preventiva (V8 – oito
folhas), verificou que a característica do genótipo influenciou no peso de mil grãos.
Analisando se os tratamentos utilizados perante os híbridos, no ambiente 1, para a
caraterística peso de mil grãos, para o híbrido AG9045PRO, houve diferença significativa
entre os tratamentos, ocorreu menor peso de mil grãos nos tratamentos testemunha e V8. E
ainda no ambiente 1,para a caraterística peso de mil grãos, para o híbrido P30R50H, houve
diferença significativa entre os tratamentos, ocorreu menor peso de mil grãos no tratamento
V8 (Tabela 9).
Para a característica agronômica peso de mil grãos, analisando se os tratamentos
utilizados perante os grupos de híbridos, no grupo 1, houve diferença significativa entre os
tratamentos, o tratamento testemunha e V8 foram inferiores ao tratamento V8+VT, ocorrendo
menor peso de mil grãos (Tabela 9). Esses dados corroboram em parte com Juliatti et al.
(2010) observaram que todos os tratamentos, com fungicida (estrobilurina+triazol),
proporcionaram um aumento no peso de mil grãos em relação à testemunha, mostrando a
relação direta no controle das doenças com o enchimento de grãos. No entanto, para essa
mesma característica, no mesmo ambiente, o grupo 2, não apresentou diferença estatística
entre os tratamentos (Tabela 9).
Quando comparamos os grupos de híbridos em cada tratamento, houve diferença
estatísticapara a característica agronômica peso de mil grãos, nota se que em todos os
tratamentos avaliados, testemunha, V8 e V8+VT, o grupo 1, apresentou menores valores para
peso de mil grãos, comparado ao grupo 2 (Tabela 9).
Para o ambiente 2 verificou-se que houve diferença estatística entre tratamentos,
analisando se os híbridos, para a característica agronômica peso de mil grãos, nos tratamentos
testemunha, V8 e V8+VT, houve baixo peso de mil grãos para o híbrido 2B707PW
(pertencentes ao grupo 1) (Tabela 9). Conforme Reis et al. (2004), as doenças de espiga
causadas pelos fungos Fusarium verticillioides, Fusarium graminearum, Diplodia maydis
(Stenocarpella maydis) e Diplodia macrospora (Stenocarpella macrospora), ocasionam danos
67
que resultam na redução do peso específico (resulta na paralisação do processo normal de
enchimento de grãos e reduz o peso de espigas), qualidade do grão e presença de toxinas que
podem contaminar as rações. Os danos podem se agravar quando os grãos são mantidos a
campo em condições meteorológicas desfavoráveis.
Para a caraterística peso de mil grãos, observou senos tratamentos utilizados perante
os híbridos, no ambiente 2, que houve diferença significativa entre os tratamentos, somente
para o híbrido AG9045PRO, ocorreu menor peso de mil grãos nos tratamentos testemunha
(Tabela 9).
Nota se nos tratamentos utilizados perante os grupos de híbridos, no grupo 1 e 2, que
não houve diferença significativa entre os tratamentos, para a característica agronômica peso
de mil grãos (Tabela 9).
Quando comparamos os grupos de híbridos em cada tratamento, houve diferença
estatísticapara a característica agronômica peso de mil grãos, nota se que em todos os
tratamentos avaliados, testemunha, V8 e V8+VT, o grupo 1 apresentou menores valores para
peso de mil grãos, comparado ao grupo 2 (Tabela 9).
Quando se analisaos tratamentos utilizados nos ambientes 1 e2, verificou se que houve
diferença estatística entre os ambientes, analisando se os híbridos, para a caraterística
agronômica peso de mil grãos,para o híbrido AG9045PRO, no ambiente 1, ocorreu menor
peso de mil grãos nos tratamentos testemunha e V8. Para os híbridos DKB245PRO2 e
P30R50H, no ambiente 1, ocorreu menor peso de mil grãos no tratamento V8. Para o híbrido
2B707PW, no ambiente 1, ocorreu menor peso de mil grãos nos tratamentos testemunha e
V8+VT.Para os híbridos P32R48H e P30F53H, no ambiente 1, ocorreu menor peso de mil
grãos no tratamento V8+VT (Tabela 9).
Observando se médias para a caraterística agronômica peso de mil grãos, dos
tratamentos utilizados nos ambientes 1 e2, verificou se que houve diferença estatística entre
os ambientes, analisando se os híbridos, ocorreu menor peso de mil grãospara os híbridos
AG9045PRO, DKB245PRO2, 2B707PW, P32R48H e P30F53H, no ambiente 1. Desta
maneira podemos inferir que no ambiente 1 houve maior variabilidade nas respostas dos
híbridos perante os tratamentos de fungicidas utilizados (Tabela 9), mesmo havendo
diferentes índices pluviométricos entre os ambientes, mas a temperatura média também foi
similar nos dois ambientes (Figuras 1 e 2).
5.3.3 Produtividade de grãos
68
Os resultados referentes à característica agronômica produtividade de grãos frente aos
tratamentos avaliados com fungicida obtidos em dois ambientes de cultivo, na safra agrícola
2013/14, encontram-se representadas na Tabela 10.
Tabela 10- Resultados médios para produtividade de grãos, valores em kg/ha, obtidos para os
diferentes híbridos e tratamentos com fungicida (T-testemunha, V8-oito folhas expandidas e
VT-pendoamento), em dois ambientes no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola
2013/14. UNICENTRO. 2016.
HÍBRIDOS* Ambiente 1* Ambiente 2*
T V8 V8 + VT Média T V8 V8 + VT Média
AG 9045 PRO 11175 bB 11935 aB 14897 aA 12669 aA
11614 bB 13499 aA 13667 aA 12927 bA
DKB 245 PRO2 12032 bA 12430 aA 12479 bA 12314 aA
12577 bA 12817 aA 12414 aA 12602 bA
AG 8041 PRO 13492aA 12778 aA 12880 bA 13050 aA
13332 aA 12825 aA 12970 aA 13042 bA
2B 707 PW 13164 aA 12258 aA 11082 bB 12168 aB
12600 bA 13539 aA 13304 aA 13148 bA
Grupo 1* 12465 aA 12350 aA 12835 aA
12531 bA 13170 aA 13169 aA
P32R48H 11494 bA 12116 aA 12848 bA 12153 aA
13391 aA 11811 aA 13193 aA 12798 bA
DKB 390 PRO 12405 bA 13090 aA 11791 bA 12429 aA
12990 bA 12799 aA 13095 aA 12962 bA
P30F53H 12686 aA 13765 aA 12307 bA 12919 aB
14279 aA 14202 aA 14754 aA 14441 aA
P30R50H 14007 aA 11876 aB 13204 bA 13029 aA
14485 aA 13381 aA 13202 aA 13689 aA
Grupo 2* 12648 aA 12712 aA 12537 aA
13786 aA 13048 aA 13561 aA
Médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas nas colunas para cada tratamento de fungicida e letras maiúsculas na linha
para os tratamentos com fungicida e média de cada ambiente não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de agrupamento
de médias Scott-Knott ao nível de probabilidade 5%.
*Ambiente 1- Unicentro - (espaçamento convencional – 0,70 m) e Ambiente 2- Fazenda Três Capões - (espaçamento
reduzido - 0,45 m), ambos no município de Guarapuava, PR.
** Grupo 1: Híbridos considerados tolerantes a grãos ardidos; e Grupo 2: Híbridos considerados suscetíveis a grãos ardidos.
Para o ambiente 1 verificou-se que houve diferença estatística entre tratamentos,
analisando se os híbridos, para a característica agronômica produtividade de grãos, no
tratamento testemunha, houve menor produtividade para o híbrido AG9045PRO (grupo 1),
mas, não diferiu estatisticamente dos híbridos DKB245PRO2 (grupo 1), P32R48H e
DKB390PRO (pertencentes ao grupo 2) (Tabela 10). Tem sido dada ênfase ao controle de
doenças foliares do milho pela aplicação de fungicidas, o que tem proporcionado a redução
dos sintomas e incremento na produtividade em relação a áreas não tratadas (DUARTE et al.,
2009). O mesmo autor, trabalhando com ausência e presença de uma aplicação de fungicida
(Azoxystrobin + Ciproconazole) estrobilurina + triazol respectivamente, no estádio fenológico
de pré-pendoamento, houve diferença significativa para a reação dos diferentes híbridos,
mostrando a resposta à tolerância dos materiais à incidência de Stenocarpella macrospora, e
também da influência da aplicação foliar do fungicida, e demonstrando a interação entre
híbridos e fungicida.
Para os tratamentos V8 verificou-se que não houve diferença estatística, analisando se
os híbridos, para a característica agronômica produtividade de grãos. Já para o tratamento
V8+VT, observou-se que houve diferença estatística, analisando se os híbridos, para a
69
característica agronômica produtividade de grãos, o híbrido AG9045PRO (grupo 1), foi o que
apresentou os maiores resultados, o que demonstra alta resposta deste material para aplicação
de fungicida. (Tabela 10). Nos últimos anos pesquisas realizadas têm demonstrado a
eficiência da aplicação de fungicidas no manejo das doenças foliares e na redução dos danos
por elas causadas na produtividade (CUNHA et al., 2010). Jardine et al. (2009) relatam que é
viável a utilização de fungicidas foliares na cultura do milho, pois embora em relação à
produtividade média não tenha havido diferenças estatísticas entre os tratamentos avaliados,
verificou-se que todos obtiveram um incremento de produtividade em relação à testemunha.
Dourado Neto et al. (2003) relatam que em razão do aumento na interceptação de luz e
do melhor aproveitamento da água e nutrientes disponíveis, acréscimos na produtividade
podem ser obtidos pelo aumento da densidade de semeadura, associado à redução do
espaçamento entre linhas.
Resultados de pesquisa realizado por Marchão et al. (2005) sob espaçamento reduzido
no milho mostram que o rendimento de grãos é significativamente influenciado pela
densidade de plantas, sendo que as maiores produtividades dos híbridos que foram testados
são alcançadas com densidades acima de 70 mil plantas por hectare. Portanto, dependendo do
híbrido, o uso de espaçamento reduzido entre linhas (0,45 m) é uma prática que garante
aumentos de produtividade via incremento na densidade de plantas.
Conforme Juliatti et al. (2007), as aplicações foliares de fungicidas têm um grande
potencial na redução da severidade de doenças, assegura o potencial produtivo do híbrido e
melhoria da qualidade de grãos a serem recebidos na indústria para processamento, além da
resistência do genótipo.
Para os tratamentos utilizados perante os híbridos, no ambiente 1, para a característica
agronômica produtividade de grãos, para o híbrido AG9045PRO, houve diferença
significativa entre os tratamentos, para os tratamentos V8+VT, foi o que apresentou o maior
resultado, o que demonstra alta resposta deste material para aplicação de fungicida. Para o
híbrido 2B707PW, houve diferença significativa entre os tratamentos, para os tratamentos T e
V8, foram os que apresentaram os maiores resultados. Para o híbrido P30F53H, houve
diferença significativa entre os tratamentos, para os tratamentos V8 e V8+VT, foram os que
apresentaram os maiores resultados, o que demonstra alta resposta deste híbrido para
aplicação de fungicida. E ainda para o híbrido P30R50H, houve diferença significativa entre
os tratamentos, para os tratamentos T e V8+VT, foram os que apresentaram os maiores
resultados (Tabela 10).
Os grupos de híbridos, grupo 1 e 2, não houve diferença significativa entre os
70
tratamentos com fungicida, para a característica agronômica produtividade de grãos. Quando
comparamos os grupos de híbridos em cada tratamento, testemunha, V8 e V8+VT, não houve
diferença estatísticapara a característica agronômica produtividade grãos. (Tabela 10). Esses
dados não corroboram com Juliatti et al. (2007) a utilização da aplicação de fungicida via
foliar assegura o potencial genético de híbridos, fazendo com que as doenças não sejam o
limitante na produtividade e na sanidade dos grãos.
Para o ambiente 2 verificou-se que houve diferença estatística entre tratamentos,
analisando se os híbridos, para a característica agronômica produtividade de grãos, no
tratamento testemunha, houve menor produtividade para o híbrido AG9045PRO (grupo 1),
mas, não diferiu estatisticamente dos híbridos DKB245PRO2 (grupo 1) e DKB390PRO
(grupo 2). Já para os tratamentos V8 e V+VT verificou-se que não houve diferença estatística,
analisando se os híbridos, para a característica agronômica produtividade de grãos (Tabela
10). Esses dados não corroboram com Strieder et al., (2007), o milho tem se mostrado
responsivo em produtividade quando se aumenta a população de plantas, principalmente em
arranjos com espaçamentos reduzidos. E essa prática vem sendo intensificada nas regiões
produtoras, contudo os diferentes híbridos respondem diferentemente às variações no arranjo
e na densidade populacional de plantas (DEMETRIO et al., 2008; MENDES et al., 2011).
No ambiente 2 comprando os tratamentos com fungicidas, para a característica
agronômica produtividade de grãos, somente para o híbrido AG9045PRO, houve diferença
significativa entre os mesmos, onde que para os tratamentos V8 e V8+VT, foram os que
apresentaram os maiores resultados, o que demonstra alta resposta deste híbrido para
aplicação de fungicida (Tabela 10).
Comparando o grupo 1 e 2, para os tratamentos com fungicida no ambiente 2, houve
diferença significativa entre os tratamentos, para a característica agronômica produtividade de
grãos, sendo que, no tratamento testemunha, houve menor produtividade de grãos para o
grupo 1. Quando avaliou se os tratamentos V8 e V8+VT, não houve diferença estatísticapara
a característica agronômica produtividade grãos (Tabela 10). Argenta (2001), relata que a
resposta do rendimento de grãos de milho à redução do espaçamento entre linhas é
influenciada pelo híbrido e pela densidade das plantas e o aumento do rendimento de grãos de
milho decorrente da distribuição mais uniforme das plantas com redução do espaçamento
entre linhas verifica se principalmente em híbridos de ciclo superprecoce e de baixa estatura.
Com base nos resultados médios para clorofila total, apresentados na Tabela 3, das
médias da área abaixo da curva de progresso da mancha foliar de diplodia (Stenocarpella
macrospora) (AACPD) apresentados na Tabela 5, médias da área abaixo da curva de
71
progresso da ferrrugem comum (Puccinia sorghi) (AACPF) apresentados na Tabela 6,
resultados médios para incidência de grãos ardidos apresentados na Tabela 8, resultados
médios para peso de mil grãos, apresentados na Tabela 9, e resultados médios para
produtividade de grãos, apresentados na Tabela 10, para os dois ambientes obtidos para os
diferentes híbridos, tratamentos com fungicida, estádios de aplicação (V8-oito folhas
expandidas e VT-pendoamento) e diferentes espaçamentos, nota se que os híbridos avaliados
obtiveram respostas diferentes, ou seja, houve variação entre os genótipos para os caracteres
avaliados e tratamentos aplicados, contudo, nota se resposta positiva para aplicação do
fungicida (Trifloxistrobina + Protioconazol). Para isso, uma série de informações, como o
comportamento de cada híbrido em relação às principais doenças, ciclo, região de adaptação,
cor e textura de grãos, época de semeadura e densidade de plantas recomendada, devem ser
divulgados, para que se possa explorar ao máximo o seu potencial genético (CRUZ et al.,
2007).
Para a caraterística agronômica produtividade de grãos, avaliando-se os tratamentos
utilizados nos ambientes 1 e 2, verificou se que houve diferença estatística entre os ambientes,
analisando se os híbridos, para o híbrido 2B707PW, no ambiente 1, ocorreu menor
produtividade para o tratamento V8+VT. Para o híbrido P32R48H, no ambiente 1, ocorreu
menor produtividade para o tratamento testemunha. E, para o híbrido P30F53H, no ambiente
1, menor produtividade para o tratamento testemunha e V8+VT (Tabela 10).
Avaliando-se as médias para a caraterística agronômica produtividade de grãos, dos
tratamentos utilizados nos ambientes 1 e 2, verificou se que houve diferença estatística entre
os ambientes, analisando se os híbridos, ocorreu menor produtividade para os híbridos
2B707PW e P30F53H, no ambiente 1. Desta maneira, podemos inferir que no ambiente 1
houve maior variabilidade nas respostas dos híbridos perante os tratamentos de fungicidas
utilizados (Tabela 10), mesmo havendo diferentes índices pluviométricos entre os ambientes,
mas a temperatura média também foi similar nos dois ambientes (Figuras 1 e 2). Contudo,
avaliando-se a Tabela 5 para as médias de AACPD, de todos tratamentos utilizados nos
ambientes 1 e 2, verificou se que houve diferença estatística entre os ambientes, analisando se
os híbridos, ocorreu maior incidência de diplodia para todos os híbridos avaliados, no
ambiente 1. Sendo assim podemos inferir que a produtividade não foi afetada pela incidência
de diplodia, com excessão dos híbridos 2B707PW e P30F53H. E ainda, avaliando-se as
médias para a característica agronômica grãos ardidos dos tratamentos utilizados nos
ambientes 1 e 2, verificou se que houve diferença estatística entre os ambientes, analisando se
os híbridos, ocorreu maior incidência grãos ardidos para os híbridos P32R48H e
72
DKB390PRO (ambos pertencentes ao grupo 2), no ambiente 1 (Tabela 8). Sendo assim
avaliando se o grupo 1 (tolerantes), no ambiente 1 e 2, para as médias de AACPD, ocorreu
maior incidência de diplodia no ambiente 1 (Tabela 5) e avaliando se o grupo 1 (tolerantes),
no ambiente 1 e 2, para as médias da característica agronômica grãos ardidos, não houve
diferença estatistica entre os ambientes (Tabela 8), pode se inferir que para o grupo de híbrido
considerado tolerantes ao complexo de grãos ardidos, a alta incidência de diplodia na folha
não é transmetida para os grãos. Disponibilizam se ao mercado enumeros novos híbridos de
milho a cada safra, sendo que a escolha do genótipo mais adequado a cada situação é o
principal fator de acréscimo na produtividade (SILVA et al., 2012).
Ainda, avaliando-se os tratamentos utilizados perante os híbridos, no ambiente 1 e 2,
para a característica agronômica produtividade de grãos, destaca se o híbrido AG9045PRO,
houve diferença significativa entre os tratamentos, para os tratamentos V8+VT, foi o que
apresentou o maior resultado no ambiente 1 e no mesmo híbrido para os tratamentos V8 e
V8+VT, foram os que apresentaram os maiores resultados no ambiente 2, o que demonstra
alta resposta deste híbrido para aplicação de fungicida, nos dois ambientes (Tabela 10).
Perante o exposto, pode se inferir que avaliando se a característica agronômica grãos ardidos
nos dois ambientes, apresentados na Tabela 8, e avaliando se a característica agronômica
produtividade de grãos apresentados na Tabela 10, nota se que com o uso do fungicida
Trifloxistrobina (estrobilurina) + Protioconazol (triazolintionas), mesmo em duas aplicações
(V8+VT), os híbridos que apresentam maior porcentagem de grãos ardidos, não são os
mesmos que apresentam a menor produtividade de grãos. Estes dados corroboram com
Mendes et al. (2012) que não houve associação entre a produtividade de grãos e porcentagem
de grãos ardidos o que evidencia que as perdas provocadas pela incidência de grãos ardidos
em milho são de caráter qualitativo e não de caráter quantitativo. Tem sido disponibilizado ao
mercado mais de cem cultivares novas de milho, sendo que a escolha do genótipo mais
adequado a cada situação é o principal fator de acréscimo na produtividade, que pode ser
obtido sem qualquer custo adicional (SILVA et al., 2012).
Ocorre interação entre diferentes fatores que afetam a produtividade final de uma
cultura. O rendimento de grãos é dependente da fotossíntese e da respiração do dossel. Por
sua vez, a fotossíntese do dossel é função da fotossíntese da folha e da interceptação da
radiação solar. Já a interceptação da radiação solar é influenciada pelo índice de área foliar,
ângulo da folha, interceptação de luz por outras partes da planta, distribuição de folhas
(arranjo de folhas na planta e de plantas no campo), características de absorção de luz pela
folha e pela quantidade de radiação incidente. Destes fatores, apenas a quantidade de radiação
73
solar não é afetada pela escolha do arranjo de plantas (MARCHÃO, 2004).
5.4 Contrastes
O emprego de contrastes é uma maneira simples de analisar dados experimentais para
obtenção de resultados referentes a efeitos principais e efeitos de comparação entre grupos de
tratamentos avaliados (NOGUEIRA, 2004).
Para a característica Clorofila Total (CLOR T) considerando os contrastes de médias,
foi significativo somente para os contrastes, grupo 1 e grupo 2 (G1 vs G2) e para ambiente 1 e
ambiente 2 (AMB1 vs AMB2), com mais de 95% de probabilidade (Tabela 11). Vale
destacar que, a estimativa do contraste G1 vs G2 e AMB1 vs AMB2, foi negativa para o G2 e
AMB2, o que significa superioridade numérica dos mesmos.
Tabela 11- Probabilidade de significância dos contrastes para clorofila total (CLOR T),
mancha foliar de diplodia (Stenocarpella macrospora) (AACPD), ferrrugem comum
(Puccinia sorghi) (AACPF), grãos ardidos (G.A.), peso de mil grãos (P1000) e produtividade
de grãos (PROD), obtidos para os diferentes híbridos e tratamentos com fungicida (T-
testemunha, V8-oito folhas expandidas e VT-pendoamento), em dois ambientes no município
de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
CONTRASTES1 CLOR T AACPD AACPF G.A. P1000 PROD
T vs V8 0,29 0,01 0,01 0,03 0,23 0,84
T vs V8 + VT 0,98 0,01 0,01 0,01 0,01 0,51
V8 vs V8 + VT 0,27 0,01 0,01 0,01 0,01 0,41
G1 vs G2 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,09
AMB1 vs AMB2 0,01 0,01 0,42 0,01 0,01 0,01
1T (testemunha); V8 (Trifloxistrobina + Protioconazol, na dose de 0,4 L ha
-1via aplicação foliar em fase V8-oito
folhas expandidas); VT (Trifloxistrobina + Protioconazol, na dose de 0,5 L ha-1
em fase VT-pendoamento); G1
(Grupo 1-tolerantes); G2 (Grupo 2-sucetível); AMB1 (Ambiente 1 - espaçamento convencional); AMB2
(Ambiente 2 – espaçamento reduzido).
Para os contrastes envolvendo a mancha foliar de diplodia (Stenocarpella
macrospora) (AACPD), os seguintes contrastes foram significativos com mais de 95% de
probabilidade, T vs V8, T vs V8 + VT, V8 vs V8 + VT, G1 vs G2 e AMB1 vs AMB2 (Tabela
11). A estimativa do contraste para a AACPD, envolvendo o tratamento T, V8, G1 e AMB1
indicam superioridade numérica dos mesmos, portanto, podemos inferir que houve resposta
positiva a aplicação de fungicida e interferência do grupo de híbridos e ambientes avaliados.
Para os contrastes envolvendo a ferrrugem comum (Puccinia sorghi) (AACPF), os
seguintes contrastes foram significativos com mais de 95% de probabilidade, T vs V8, Tvs V8
74
+ VT; V8 vs V8+VT e G1 vs G2 (Tabela 11).A estimativa do contraste para AACPF,
envolvendo o tratamento T e V8 indicam superioridade numérica dos mesmos. Já para o
contraste G1 vs G2, foi negativa para o G2, o que significa superioridade numérica, ou seja,
ocorreu maior incidência de ferrugem comum.
Para os contrastes envolvendo a característica agronômica grãos ardidos (G.A.), os
seguintes contrastes foram significativos com mais de 95% de probabilidade, T vs V8, T vs
V8 + VT; V8 vs V8+VT; G1 vs G2 e AMB1 vs AMB2 (Tabela 11). A estimativa do contraste
para esta característica avaliada, envolvendo o tratamento T, V8 e AMB1 indicam
superioridade numérica dos mesmos. Já para o contraste G1 vs G2, foi negativa para o G2, o
que significa superioridade numérica ou seja, ocorreu maior incidência de grãos ardidos.
Para os contrastes envolvendo a característica agronômica peso de mil grãos (P1000)
os seguintes contrastes foram significativos com mais de 95% de probabilidade, T vs V8 +
VT; V8 vs V8+VT; G1 vs G2 e AMB1 vs AMB2 (Tabela 11). A estimativa do contraste para
esta característica avaliada, envolvendo o tratamento V8+VT, G2 e AMB2 indicam
superioridade numérica dos mesmos. Portanto, pode se inferir que ocorreu maior P1000,
sendo uma resposta positiva a aplicação de fungicida e interferência do grupo de híbridos e
ambientes avaliados, para o enchimento de grãos.
Para os contrastes envolvendo a característica agronômica produtividade de grãos
(PROD), somente os contrastes G1 vs G2 e AMB1 vs AMB2, foram significativos, com mais
de 95% de probabilidade (Tabela 11). A estimativa do contraste para característica
agronômica produtividade de grãos, envolvendo o AMB2 indicam superioridade numérica do
mesmo.
A significância do contraste entre os tratamentos (T vs V8), para AACPD, AACPF e
porcentagem de grãos ardidos, evidencia a eficiência do uso de fungicida Trifloxistrobina
(estrobilurina) + Protioconazol (triazolintionas) em uma aplicação em fase V8, no controle
aos fungos Puccinia sorghi e S. maydis, agentes causais de doenças foliares e de grãos
ardidos.
A significância dos contrastes entre os tratamentos (T vs V8+VT) e (V8 vs V8+VT),
para AACPD, AACPF e porcentagem de grãos ardidos e peso de mil grãos, evidencia a
eficiência do uso de fungicida Trifloxistrobina (estrobilurina) + Protioconazol
(triazolintionas) em duas aplicações, no controle aos fungos Puccinia sorghi e S. maydis,
agentes causais de doenças foliares e de grãos ardidos, onde pode ter afetado o enchimento de
grãos.
No contraste entre híbridos considerados tolerantes vs os híbridos considerados
75
suscetíveis (G1 vs G2), houve significância para Clorofila total, AACPD, AACPF,
porcentagem de grãos ardidos e a produtividade de grãos, o que evidencia a existência de
genótipos com maior resistência aos fungos S. maydis, agente causal de grãos ardidos, que
prejudicam a qualidade dos grãos. Conforme Mendes et al. (2012), comparando híbridos
considerados resistentes e os híbridos considerados susceptíveis ao complexo de grãos
ardidos, avaliando a produtividade de grãos e porcentagem de grãos ardidos evidenciou a
existência de genótipos com maior resistência os fungos F. verticilioides, S.maydis e S.
macrospora. O mesmo autor constatou que não há associação entre a produtividade de grãos e
porcentagem de grãos ardidos o que evidência que as perdas provocadas pela incidência de
grãos ardidos em milho não são de caráter quantitativo. O desenvolvimento de cultivares
tolerante é a medida mais efetiva de controle de doenças foliares do milho e a discriminação
de resistência é mais confiável quando os genótipos são avaliados com base na área abaixo da
curva de progresso da doença, uma vez que inclui várias medições da severidade da doença ao
longo do ciclo de produção (VIEIRA et al., 2009b).
A significância do contraste entre AMB1 vs AMB2 para Clorofila total, AACPD,
porcentagem de grãos ardidos, peso de mil grãos e a produtividade de grãos, evidencia a
existência de fatores climáticos em diferentes ambientes de cultivo, e ainda a interferência do
espaçamento de semeadura, na ocorrência do fungo S. maydis, agente causal de grãos ardidos,
que prejudicam a qualidade dos grãos. Esses dados corroboram com Zanatta et al., (2013) que
utilizando o mesmo fungicida (Trifloxistrobina + Protioconazol), em espacamento reduzido,
comparou duas safras agrícolas de forma preventiva em estádio V8, notaram que houve
reduçao da AACPD da mancha foliar de diplodia (S. macrospora), sendo o seu resultado
dependente do híbrido de milho avaliado e da safra agrícola avaliada.
É importante enfatizar que o fato de ter havido uma alta significância, mais de 95% de
probabilidade, para os contrastes envolvendo o uso de uma e duas aplicações de fungicida e
uso de híbridos considerados tolerantes ao complexo de grãos ardidos (Stenocarpella
macrospora), justifica a utilização do fungicida na cultura do milho, quando se pretende
avaliar, doenças foliares e qualidade de grãos. Estes resultados já eram esperados, na
expectativa de resposta deste novo fungicida levando em conta seus ingredientes ativos, e
também a resposta dos híbridos selecionados e ambientes escolhidos.
5.5 Expressão da enzima catalase (CAT)
O gel revelado para a enzima catalase (CAT), frente aos tratamentos avaliados com
76
fungicida obtidos no ambiente 1, na safra agrícola 2013/14, encontra se representado na
Figura 4.
Figura 4 - Padrão eletroforético da enzima catalase (CAT) em híbridos de milho,
considerados tolerantes e susceptíveis ao agente causal de grãos ardidos, produzidas no
ambiente 1, no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
Avaliando se a expressão da enzima catalase (CAT), foi possível constata la para
todos os híbridos estudados e todos os tratamentos avaliados no ambiente 1 na safra agrícola
2013/14. No tratamento testemunha foi possível notar maior expressão da enzima CAT, para
os híbridos pertencentes ao grupo considerado suscetíveis aos grãos ardidos, grupo 2. No
grupo 1 ocorreu menor expressão da enzima, neste caso, destacando se os híbridos
AG8041PRO e 2B707PW (Figura 4). Com base nos dados apresentados na Tabela 8, os
híbridos pertencentes ao grupo 1, apresentam menor incidência de grãos ardidos, comparado
com o grupo 2. Sendo assim pode se afirmar que existe relação entre maior expressão da
enzima CAT e maior incidência de grãos ardidos, em virtude da deterioração dos grãos.
Conforme Timoteo (2013), avaliando armazenagem de sementes em diferentes ambientes, em
ambiente controlado, houve uma maior atividade de CAT do que em ambiente de laboratário
e câmara fria. Este aumento pode ter acontecido devido às condições deste ambiente, 20 ° C e
70% de umidade relativa, que pode ter contribuído para acelerar a deterioração de sementes.
77
Nas sementes deterioradas houve atividade ou mesmo a ausência de atividade desta enzima,
também observado nas sementes de híbridos armazenados durante 15 meses em um ambiente
controlado. Pois, a CAT remove os radicais livres, e ocorre a perda da atividade que pode
explicar parcialmente o fato destas sementes envelhecidas acumularem mais água oxigenada.
Os resultados obtidos neste estudo reforçam os dados observados por Corte et al. (2010) e
Nakada et al. (2010), que observou um aumento na peroxidação lipídica com o aumento da
deterioração das sementes. Assim, a atividade reduzida da catalase (CAT) pode fazer as
sementes ficar mais sensíveis aos efeitos dos radicais livres e aumentar a formação de
peróxido de células, fazendo com que as sementes ficam mais sensíveis a perda de
viabilidade. Isto pode ser confirmado pela a redução na germinação nos períodos finais de
armazenamento.
No tratamento V8 notou-se igual expressão da enzima catalase (CAT), para os dois
grupos de híbridos. Porém, para o tratamento V8+VT, o mesmo fato não ocorreu, ou seja, foi
possível notar maior expressão da enzima CAT para os híbridos pertencentes ao grupo
considerado tolerantes aos grãos ardidos, híbridos AG9045PRO, AG8041PRO,
DKB245PRO2, com excessão do híbrido 2B707PW deste mesmo grupo, conforme a Figura
4. Esse aumento na expressão da enzima pode estar relacionado à aplicação do fungicida a
base de Trifloxistrobina + Protioconazol, pode se inferir que uma das possíveis formas de
contribuição do fungicida a rotas de ação do fungicida, quando aplicado em V8 + VT, seja na
ação da enzima. A redução na atividade de CAT pode tornar a semente mais sensível aos
efeitos de O2 e radicais livres sobre ácidos graxos insaturados de membrana e a produção de
produtos de peroxidação de lipídeos secundários (GOMES et al., 2000). As catalases são
enzimas de oxidorredutase, que estão presentes em todas as células de plantas, animais e
microrganismos aeróbicos (SCANDALIOS, 1990). Podem ser encontrados no citoplasma,
mitocôndrios, peroxissomos de folhas, glioxissomos de tecidos (FRUGOLI et al., 1996). São
importantes catalizadoras dos níveis de H2O2 e sua atividade consiste na conversão de H2O2
em H2O e O2.
O gel revelado para a enzima catalase (CAT), frente aos tratamentos avaliados com
fungicida obtidos no ambiente 2, na safra agrícola 2013/14, encontra-se representado na
Figura 5. Foi possível constatar a expressão da enzima catalase (CAT), para todos os híbridos
estudados e todos os tratamentos avaliados no ambiente 2 na safra agrícola 2013/14 (Figura
5). Assim como no ambiente 1, neste caso, no tratamento testemunha também foi possível
notar maior expressão da enzima CAT, para os híbridos pertencentes ao grupo considerado
suscetíveis aos grãos ardidos, grupo 2.
78
No grupo 1, ocorreu menor expressão da enzima, neste caso, destacando se os híbridos
AG9045PRO, AG8041PRO e 2B707PW. Com base nos dados apresentados na Tabela 8, os
híbridos pertencentes ao grupo 1, apresentam menor incidência de grãos ardidos, comparado
com o grupo 2.
Figura 5 - Padrão eletroforético da enzima catalase (CAT) em híbridos de milho,
considerados tolerantes e susceptíveis ao agente causal de grãos ardidos, produzidas no
ambiente 2, no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
Sendo assim pode se afirmar que existe relação entre maior expressão da enzima CAT
e maior incidência de grãos ardidos, em virtude da deterioração dos grãos. De acordo com
Aebi (1984) a catalase exerce duas funções: a de atividade catalítica decompondo peróxido de
hidrogênio em água e oxigênio e a oxidação de compostos doadores de hidrogênio, como
metanol, etanol, ácido fórmico, fenóis, com o consumo de um mol de peróxido.
No tratamento V8 notou-se igual expressão da enzima (CAT), para os dois grupos de
híbridos. Porém, para o tratamento V8+VT, o mesmo fato não ocorreu, ou seja, foi possível
notar maior expressão da enzima CAT para os híbridos pertencentes ao grupo considerado
tolerantes aos grãos ardidos, híbridos AG9045PRO, AG8041PRO e DKB245PRO2, com
excessão do híbrido 2B707PW deste mesmo grupo, conforme a Figura 5. Esse aumento na
expressão da enzima pode estar relacionado à aplicação do fungicida a base de
Trifloxistrobina + Protioconazol, pode se inferir que uma das possíveis formas de
79
contribuição do fungicida a rotas de ação do fungicida, quando aplicado em V8 + VT, seja na
ação da enzima. A atividade dessa enzima está relacionada com a decomposição de peróxido
de hidrogênio formado pela SOD nas células, funcionando como uma segunda linha de defesa
na célula (MALLICK; MOHN, 2000).
Quando realizamos uma análise, nos ambientes estudados, pode se inferir que no
ambiente 2, ocorreu maior expressão das bandas da enzima CAT. Avaliando se o tratamento
testemunha, no ambiente 2, o grupo 1, ocorreu menor expressão da enzima, destacando se os
híbridos AG9045PRO, AG8041PRO e 2B707PW e no ambiente 1, no grupo 1, ocorreu menor
expressão da enzima, destacando se apenas os híbridos AG8041PRO e 2B707PW,
demostrando desta maneira, que houve interferência do ambiente, que no caso em
espaçamento reduzido, possivelmente criou se um microclima e houve menor expressão da
CAT em maior número de híbridos avaliados.
Pode se inferir ainda, perante o exposto, avaliando se os ambientes 1 e 2, e a
característica agronômica grãos ardidos apresentados na Tabela 8, nota se quenos tratamentos
testemunha, V8 e V8+VT, os híbridos pertencentes ao grupo 1 (considerados tolerantes a
grãos ardidos) realmente apresentaram menor incidência de grãos ardidos, com excessão do
tratamento testemunha no ambiente 2, onde que não houve diferença estatística entre os
grupos de híbridos avaliados, podendo haver influência do espaçamento reduzido neste
ambiente. No entanto, podemos inferir que existe relação entre maior expressão da enzima
CAT e maior incidência de grãos ardidos, em virtude da deterioração dos grãos,
principalmente no tratamento testemunha. Nas Figuras 4 e 5 avaliando se as aplicações do
fungicida (Trifloxistrobina (estrobilurina) + Protioconazol (triazolintionas), nos tratamentos
V8 e V8+VT, nota se que houve variação na expressão da enzima CAT, principalmente, no
tratamentoV8+VT, onde que houve maior expressão nos híbridos pertencentes ao grupo 1,
nos ambientes 1 e 2, com excessão do híbrido 2B707PW, sendo que nesse caso não ocorreu
maior incidência de grãos ardidos, sendo assim, esse aumento na expressão da enzima pode
estar relacionado à aplicação do fungicida a base de Trifloxistrobina + Protioconazol, pode se
inferir que uma das possíveis formas de contribuição do fungicida a rotas de ação do
fungicida, quando aplicado em V8 + VT, seja na ação da enzima.
5.6 Expressão da enzima álcool desidrogenase (ADH)
80
O gel revelado para a enzima álcool desidrogenase (ADH), frente aos tratamentos
avaliados com fungicida obtidos no ambiente 1, na safra agrícola 2013/14, encontra-se
representado na Figura 6.
Figura 6 - Padrão eletroforético da álcool desidrogenase (ADH) em híbridos de milho,
considerados tolerantes e susceptíveis ao agente causal de grãos ardidos, produzidas no
ambiente 1, no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
Na Figura 6 foi possível constatar a expressão da enzima álcool desidrogenase (ADH),
para todos os híbridos estudados e todos os tratamentos avaliados no ambiente 2 na safra
agrícola 2013/14. No tratamento testemunha foi possível notar maior expressão da enzima
(ADH), para os híbridos pertencentes ao grupo considerado tolerantes aos grãos ardidos. Com
base nos dados apresentados na Tabela 8, os híbridos pertencentes ao grupo 1, apresentam
menor incidência de grãos ardidos, comparado com o grupo 2, sendo assim pode se afirmar
que existe relação entre menor incidência de grãos ardidos e maior expressão da enzima
(ADH). Quando a atividade da ADH diminui, a semente fica mais suscetível à ação deletéria
do acetaldeído (Zhang et al., 1994), ou seja, a enzima ADH atua no metabolismo anaeróbico
de plantas reduzindo o acetaldeído a etanol (VANTOAI et al., 1987; PERTEL, 2001).
No tratamento V8 notou se igual expressão da enzima (ADH), para os dois grupos de
híbridos, a aplicação do fungicida a base de Trifloxistrobina + Protioconazol, não alterou a
81
expressão da ADH, com excessão do híbrido AG9045PRO que apresentou maior expressão
da ADH no grupo 1. Para o tratamento V8+VT, foi possível notar maior expressão da
enzima ADH para os híbridos pertencentes ao grupo considerado suscetíveis aos grãos
ardidos, híbridos P30F53H, P32R48H, P30R50H e DKB 390PRO, conforme a Figura 6. Estes
resultados não corroboram com Siqueira et al. (1985), que não detectaram atividade nos
tecidos de folhas de alho para as isoenzimas álcool desidrogenase, esterase e peroxidase.
Esses mesmos autores, contudo, conseguiram obter resultados satisfatórios para essas enzimas
ao utilizarem tecidos da raiz e tecidos da base dos cormilhos. Quando a via aeróbica é
comprometida, a via anaeróbica da respiração é ativada e produtos tóxicos às células, como
acetaldeído e etanol, são acumulados. No metabolismo anaeróbico, o piruvato, primeiramente
produzido na glicólise, é convertido para acetaldeído pela ação da enzima piruvato
descarboxilase e o acetaldeído é, então, reduzido para etanol pela álcool desidrogenase (ADH)
(TAIZ E ZEIGER, 2004).
O gel revelado para a enzima álcool desidrogenase (ADH), frente aos tratamentos
avaliados com fungicida obtidos no ambiente 2, na safra agrícola 2013/14, encontra-se
representado na Figura 7.
Figura 7- Padrão eletroforético da álcool desidrogenase (ADH) em híbridos de milho,
considerados tolerantes e susceptíveis ao agente causal de grãos ardidos, produzidas no
ambiente 2, no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
82
Na Figura 7 foi possível constatar a expressão da enzima álcool desidrogenase (ADH),
para todos os híbridos estudados e todos os tratamentos avaliados no ambiente 2 na safra
agrícola 2013/14. No tratamento testemunha também foi possível notar maior expressão da
enzima (ADH), para os híbridos pertencentes ao grupo considerado tolerantes aos grãos
ardidos. Com base nos dados apresentados na Tabela 8, os híbridos pertencentes ao grupo 1,
apresentam menor incidência de grãos ardidos, comparado com o grupo 2, sendo assim pode
se afirmar que existe relação entre menor incidência de grãos ardidos e maior expressão da
enzima (ADH). A ADH é uma enzima que atua no processo respiratório, removendo
substâncias tóxicas às sementes, como acetaldeído e etanol, que são produzidos quando as
células passam a respirar anaerobicamente (FARIA et al., 2003).
No tratamento V8, notou se igual expressão da enzima (ADH), para os dois grupos de
híbridos, a aplicação do fungicida a base de Trifloxistrobina + Protioconazol, não alterou a
expressão da ADH, conforme a Figura 7.
Já no tratamento V8+VT, foi possível notar maior expressão da enzima (ADH), para
os híbridos pertencentes ao grupo considerado sucestíveis aos grãos ardidos, a aplicação do
fungicida a base de Trifloxistrobina + Protioconazol, possivelmente alterou a expressão da
ADH, conforme a Figura 7. A enzima ADH é uma enzima envolvida com a qualidade
fisiológica, e realcionada com a respiração anaeróbica, promovendo redução do acetaldeído e
etanol (BUCHANAM; GRUISSEM. JONES, 2005). O acetaldeído acelera a deterioração das
sementes (Zhang; Kirkham, 1994), portanto, com o aumento da ADH, as sementes ficam mais
protegidas contra a ação deletéria desse composto. Padrão semelhante para a atividade da
ADH foi encontrado por Vidigal et al. (2009), em sementes de pimenta, com alta qualidade
fisiológica nas quais foi observada maior atividade da enzima ADH. Baldoni (2013) observou
a ocorrência de maior expressão das enzimas envolvidas na respiração, ADH e MDH em
sementes de soja com alta qualidade fisiológica.
5.7 Expressão da enzima malato desidrogenase (MDH)
O gel revelado para a enzima malato desidrogenase (MDH), frente aos tratamentos
avaliados com fungicida obtidos no ambiente 1, na safra agrícola 2013/14, encontra-se
representado na Figura 8. Foi possível constatar a expressão da enzima malato desidrogenase
(MDH), para todos os híbridos estudados e todos os tratamentos avaliados no ambiente 2 na
safra agrícola 2013/14 (Figura 8). Nota se que não houve variação da expressão da MDH em
83
nenhum tratamento e nenhum grupo de híbridos. Mas houve variação entre os ambientes.
Figura 8 - Padrão eletroforético da malato desidrogenase (MDH) em híbridos de milho,
considerados tolerantes e susceptíveis ao agente causal de grãos ardidos, produzidas no
ambiente 1, no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
Abreu et al. (2013) avaliando linhagens de milho quanto a tolerancia a seca, para a
enzima MDH não foi possível observar diferenças significativas nas expressões em sementes
produzidas sob diferentes populações de plantas. Essa enzima esta relacionada à respiração
aeróbica é codificada por cinco locos e é encontrada em grande abundância em diferentes
organelas celulares, nas mitocôndrias e no citoplasma (GOODMAN; STUBER, 1987).
Devido a isso, a alteração na sua expressão só é observada em processo deteriorativo mais
avançados em sementes, sendo assim considerado um marcador ineficiente da qualidade
fisiológica.
Alves et al. (2000) avaliou-se a indução e expressão de rotas morfogênicas in vitro das
espécies Vriesea reitzii e Vriesea friburgensis var. paludosa, testando-se diferentes
combinações e concentrações de fitoreguladores em distintos sistemas de micropropagação,
sendo que no sistema enzimático da MDH foram encontrados quatro locos: o primeiro com
três alelos, o segundo mostrou-se monomórfíco, o terceiro apresentou dois alelos e no quarto
84
loco constatou-se a presença de quatro alelos, ou seja houve variação na expressão da MDH.
Brandão Júnior et al. (1999) observaram que a atividade da MDH foi a menos afetada
pelos tratamentos de envelhecimento em sementes de milho. Há indícios de que essa maior
estabilidade da enzima também tenha ocorrido durante o processamento e a secagem dos
grãos de café, no trabalho avaliado, onde que a expressao da enzima MDH foi semelhante em
todos os tratamentos de secagem, tanto para os cafés naturais quanto para os cafés
despolpados (FERREIRA et al. 2007).
No tratamento V8 notou se igual expressão da MDH, para os dois grupos de híbridos,
a aplicação do fungicida a base de Trifloxistrobina + Protioconazol, não alterou a expressão
da MDH, Figura 8. Para esta enzima não foi possível observar diferenças significativas na
expressão da mesma. Brandão Júnior (1999) também não observou correlação entre atividade
dessa enzima e a qualidade fisiológica das sementes.
Essa diferença pode ser devido ao gene ser expresso ou não em cada órgão ou tecido
da planta. A enzima malato desidrogenase catalisa a conversão de malato a oxalacetato, tendo
uma importante função dentro do ciclo de Krebs, além de participar do movimento de malato
através da membrana mitocondrial e da fixação de CO2 nas plantas (TAIZ e ZEIGER, 2004).
O gel revelado para a enzima malato desidrogenase (MDH), frente aos tratamentos
avaliados com fungicida obtidos no ambiente 2, na safra agrícola 2013/14, encontra-se
representado na Figura 9.
Foi possível constatar a expressão da enzima malato desidrogenase (MDH), para todos
os híbridos estudados e todos os tratamentos avaliados no ambiente 2 na safra agrícola
2013/14 (Figura 9). Nota se que não houve variação da expressão da MDH em nenhum dos
tratamento e nenhum grupo de híbridos. Silva (2009) percebeu se que a atividade da enzima
malato desidrogenase (MDH), foi muito baixa e com isso notou se a presença das bandas bem
claras. A enzima MDH catalisa a conversão de malato à oxalacetato, tendo uma importante
função dentro do ciclo de Krebs, além de participar do movimento de malato através da
membrana mitocondrial e da fixação de CO2 na plantas (TAIZ e ZEIGER, 1991). Desta
forma esta enzima está relacionada com a rota aeróbica da respiração.
No tratamento V8 e V8 + VT notou se também igual expressão da MDH, para os dois
grupos de híbridos, a aplicação do fungicida a base de Trifloxistrobina + Protioconazol, não
alterou a expressão da MDH, Figura 9. Ferreira et al. (2007) observou-se pela análise dos
padrões enzimáticos de sementes do híbrido de milho revelados para a malato desidrogenase
(MDH), uma menor atividade da enzima nas sementes tratadas com a dose mais alta de
Cellerate®, seis meses antes da semeadura, comparado aos padrões da testemunha e aos das
85
tratadas na pré-semeadura, indicando menor atividade respiratória nessa condição.
Figura 9 - Padrão enzimático de grãosde milho obtidos para os diferentes híbridos,
considerados tolerantes e susceptíveis ao agente causal de grãos ardidos e tratamentos com
fungicida (T-testemunha, V8-oito folhas expandidas e VT- pendoamento), produzidas no
ambiente 2, no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO, 2016.
5.8 Expressão da enzima lipoxigenase (LOX)
O gel revelado para a enzima lipoxigenase, frente aos tratamentos avaliados com
fungicida obtidos no ambiente 1, na safra agrícola 2013/14, encontra-se representado na
Figura 10. Foi possível constatar a expressão da LOX para todos os híbridos estudados e
todos os tratamentos avaliados no ambiente 1, na safra agrícola 2013/14. No tratamento
testemunha foi possível notar maior expressão da enzima LOX, para os híbridos pertencentes
ao grupo considerado tolerante aos grãos ardidos (Figura 10).
Com base nos dados apresentados na Tabela 8, os híbridos pertencentes ao grupo 1,
apresentam menor incidência de grãos ardidos, comparado com o grupo 2, vindo a comprovar
os resultados obtidos por Zeringue et al. (1996), ou seja, maior expressão da LOX,
consequentemente menor incidência de grãos ardidos. Os mesmos autores sugerem que
enzima LOX, por meio da lipoxigenação do ácido linoléico seria capaz de produzir aldeídos
86
voláteis com cadeias de 6 até 12 carbonos, inibindo ou impedindo o crescimento de fungos e
inclusive a formação de micotoxinas.
Figura 10 - Padrão eletroforético da lipoxigenase em híbridos de milho, considerados
tolerantes e susceptíveis aos fungos causadores de grãos ardidos, produzidas no ambiente 1,
no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
Estudos têm evidenciado que a resistência de genótipos de milho a grãos ardidos está
correlacionada também com o teor de ácidos graxos poliinsaturados, mais exatamente ao
ácido linoléico e até mecanismo de resistência se dá por meio da produção das enzimas LOX,
que catalisam a dioxigenação estereoespecifica de ácidos graxos poliinsaturados contendo o
sistema cis, cis 1,4-pentadieno com formação dos respectivos derivados hidroperóxidos,
originando, assim, moléculas reativas com atividades fisiológicas pronunciadas (VICK e
ZIMMERMAN, 1983), (SANTÚRIO, 2003) e MENDES et al. (2009).
Silva et al. (2004a) encontraram um isolamento de Bacillus cereus (UFV-101)
promisso como agente de biocontrole de enfermidades do tomateiro. Detectou-se aumento na
atividade de LOX nos extratos foliares, sendo assim, há evidências suficientes para se afirmar
que o aumento de resistência a patógenos em plantas de tomateiro, pode ser explicado por
indução de resistência.
Conforme a Figura 10 no tratamento V8notou se igual expressão da enzima para os
dois grupos de híbridos, a aplicação do fungicida a base de Trifloxistrobina + Protioconazol,
87
não alterou a expressão da LOX.
Porém, para o tratamento V8+VT, o mesmo fato não ocorreu, ou seja, foi possível
notar maior expressão da enzima LOX, para os híbridos pertencentes ao grupo considerado
suscetíveis aos grãos ardidos, híbridos P30F53H, P32R48H, P30R50H e DKB390PRO,
Figura 10.
Com base nos dados apresentados na Tabela 3, os híbridos P32R48H e DKB 390PRO,
estão no grupo que apresentou maior incidência de grãos ardidos, mas, para os híbridos
P30F53H e P30R50H a incidência de grãos ardidos foram comparadas a híbridos
considerados tolerantes. Neste sentido, pode se inferir que uma das possíveis formas de
contribuição do fungicida a rotas de ação do fungicida à base de Trifloxistrobina +
Protioconazol, quando aplicado em V8 + VT, seja na ação da enzima LOX. Estudos
relacionados à influência de compostos químicos, atividade de enzimas específicas em grãos
de milho sobre resistência de genótipos associados aos patogênicos causadores de grãos
ardidos estão sendo realizados, em nível de Brasil.
Vários locos controladores de características quantitativas (QTLs) com ação aditiva
dos genes são associados com a resistência, o que demonstra ser esta resistência do tipo
horizontal ou poligênica (BUBECK et al., 1993). Esses QTLs podem ser determinados pelo
uso de marcadores do tipo RFLPs (Maroof et al., 1996), do tipo microssatélites (JULIATTI et
al., 2009) e SNP (POZAR et al., 2009).
Em pesquisa realizada por Pozar et al. (2009), no Brasil, foram mapeados e
caracterizados QTLs relacionados com a resistência a Cercosporiose, por meio de marcadores
SSR e SNP.
O departamento de agricultura dos Estados Unidos realizou vários experimentos para
comprovar a resistência de algumas variedades de milho, devido aos diferentes níveis de
ácidos graxos de óleo, principalmente ácido linoléico associados a presença da enzima
lipoxigenase (ZERINGUE, 1996).
O gel revelado para a enzima lipoxigenase, frente aos tratamentos avaliados
com fungicida obtidos no ambiente 2, na safra agrícola 2013/14, encontra-se representado na
Figura 11. Foi possível constatar a expressão da LOX para todos os híbridos estudados e
todos os tratamentos avaliados no ambiente 2, na safra agrícola 2013/14. No tratamento
testemunha foi possível notar maior expressão da enzima LOX, para os híbridos pertencentes
ao grupo considerado tolerante aos grãos ardidos, representados na figura 11 por T, quando
comparado com o grupo considerado suscetíveis aos fungos, representados por S, neste
mesmo tratamento. Estes resultados corroboram com Mendes et al. (2012) que avaliando
88
grupos de híbridos considerados resistentes e os híbridos considerados suscetíveis ao
complexo de grãos ardidos, para a enzima LOX, onde os perfis eletroforéticos para a
lipoxigenase revelam uma maior intensidade de bandas para os híbridos resistentes aos fungos
causadores de grãos ardidos em milho.
Figura 11 - Padrão eletroforético da lipoxigenase em híbridos de milho, considerados
tolerantes e susceptíveis aos fungos causadores de grãos ardidos, produzidas no ambiente 2,
no município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO. 2016.
Na Figura 11 no tratamento V8, notou se maior expressão da LOX para os híbridos
pertencentes ao grupo considerado suscetíveis aos grãos ardidos, evidenciando que a
aplicação de fungicida em V8, interferiu na expressão da LOX. Em outra pesquisa foi
constatado que o metil jasmonato e compostos voláteis do tipo C6, derivados da via das
lipoxigenases, atuam como sinais difusores que iniciam a resposta de defesa em plantas
(JALLOUL et al., 2002).
E no tratamento V8+VT, foi possível notar a maior expressão da enzima para os
híbridos pertencentes ao grupo considerado suscetíveis aos grãos ardidos, os híbridos
P30F53H, P32R48H, P30R50H e DKB390PRO, representados na figura 11, por S, quando
comparado com o grupo considerado tolerantes aos fungos, representados por T, apesar de
que mesmo no grupo considerado suscetíveis aos grãos ardidos, nota se uma forte expressão
da LOX.
89
Quando comparado os resultados obtidos na Tabela 8, os híbridos os híbridos
P30F53H e P30R50H reduziram a incidência de grãos ardidos, o fato ocorreu tanto no
espaçamento reduzido, quanto no espacamento convencional. Ou seja, com duas aplicações
do fungicida, podemos inferir que há relação da ação do princípio ativo estudado e a
expressão da LOX. Os produtos da ação da (LOX) contribuem para reações de defesa
inibindo o crescimento do patógeno, induzindo fitoalexinas e participando também na
transdução de sinais (NAMAI et al., 1990).
Sendo assim, podemos afirmar que os híbridos de milho com alta atividade da enzima
lipoxigenase, indicam que estes genótipos possuem maior capacidade de resistirem ao ataque
fúngico no final de ciclo da cultura, com consequente menor produção de grãos ardidos na
colheita. O produto da lipoxigenase pode atuar tanto como um intermediário ou como um
produto final de uma via metabólica. Em plantas, lipoxigenases estão envolvidas na
biossíntese de ácido jasmônico e aldeídos responsáveis por sinalizações em mecanismo de
defesa (NEMCHENKO et al., 2006; QUAGLIA et al., 2012, SENTHILRAJA et al., 2013).
Com base nos resultados médios para clorofila total, apresentados na Tabela 3, das
médias da área abaixo da curva de progresso da mancha foliar de diplodia (Stenocarpella
macrospora) (AACPD) apresentados na Tabela 5, médias da área abaixo da curva de
progresso da ferrrugem comum (Puccinia sorghi) (AACPF) apresentados na Tabela 6,
resultados médios para grãos ardidos apresentados na Tabela 8, resultados médios para peso
de mil grãos, apresentados na Tabela 9, resultados médios para produtividade de grãos,
apresentados na Tabela 10, e resultados do padrão eletroforético de expressão das enzimas
(CAT), (ADH), (MDH) e (LOX), apresentadas nas Figuras 4 a 11, para os dois ambientes
(diferentes espaçamentos), obtidos para os diferentes híbridos, tratamentos com fungicida e
estádios de aplicação (V8-oito folhas expandidas e VT-pendoamento), nota se que os híbridos
avaliados obtiveram respostas diferentes para os caracteres avaliados.
Comparando os dados obtidos nos ambientes 1 e 2, e associados a característica
agronômica grãos ardidos apresentados na Tabela 1, nota se que nos tratamentos testemunha,
V8 e V8+VT, os híbridos pertencentes ao grupo 1 (considerados tolerantes a grãos ardidos)
realmente apresentaram menor incidência de grãos ardidos, com excessão do tratamento
testemunha no ambiente 2, onde que não houve diferença estatistica entre os grupos de
híbridos avaliados, podendo haver influência do espaçamento reduzido neste ambiente.
Contudo, observa se na Figuras 3 e 4, que no tratamento testemunha foi possível notar maior
expressão da enzima LOX, para os híbridos pertencentes ao grupo considerado tolerante aos
grãos ardidos, sendo assim, analisando se os dados apresentados na Tabela 1, onde que os
90
híbridos pertencentes ao grupo 1 apresentam menor incidência de grãos ardidos, comparado
com o grupo 2, podemos inferir que houve relação direta entre menor incidência de grãos
ardidos e maior expressão da enzima lipoxigenase, vindo a comprovar os resultados obtidos
por Zeringue et al. (1996), ou seja, maior expressão da LOX, consequentemente menor
incidência de grãos ardidos. Os mesmos autores sugerem que enzima LOX, por meio da
lipoxigenação do ácido linoléico seria capaz de produzir aldeídos voláteis com cadeias de 6
até 12 carbonos, inibindo ou impedindo o crescimento de fungos e inclusive a formação de
micotoxinas. Sendo assim, esse aumento na expressão da enzima pode estar relacionado à
aplicação do fungicida a base de Trifloxistrobina + Protioconazol, pode se inferir que uma das
possíveis formas de contribuição do fungicida a rotas de ação do fungicida, quando aplicado
em V8 + VT, seja na ação da enzima.
Quando avalia se a Tabela 5, para a área abaixo da curva de progresso da mancha
foliar de diplodia (S.macrospora) (AACPD), para todos os tratamentos utilizados nos
ambientes 1 e 2, verificou se que houve diferença estatística entre os ambientes, analisando se
os híbridos, ocorreu maior incidência de diplodia para todos os híbridos avaliados, no
ambiente 1, independente do híbrido utilizado, desta maneira pode se afirma que ocorreu em
consequência de maior índice pluviométrico no ambiente 1, no entanto a temperatura média
foi similarnos dois ambientes (Figuras 1 e 2). Nota se, portanto, que a alta incidência de
mancha foliar de diplodia que ocorreu para todos os híbridos, não refletiu em maior
incidência de grãos ardidos em todos os híbridos, como abordado anteriormente. Dentre os
fatores que possam estar associados, merece destaque a composição química do grão, mais
especificamente as enzimas presentes no grão. Pode se afirmar desta maneira que esse fato
ocorreu em virtude de maior expressão da enzima LOX, para os híbridos pertencentes ao
grupo considerado tolerante aos grãos ardidos.
Portanto, observou-se resposta positiva para aplicação do fungicida (Trifloxistrobina +
Protioconazol), principalmente no comportamento destes híbridos à incidência de grãos
ardidos e em relação à atividade da enzima lipoxigenase, ficando evidente a necessidade da
continuidade deste estudo, para os caracteres avaliados.
91
6. CONCLUSÕES
Houve redução na área abaixo da curva de progresso de doença (AACPD) da ferrugem
comum e mancha foliar de diplodia, com o uso de fungicida (Trifloxistrobina +
Protioconazol), sendo esta dependente do híbrido e espaçamento utilizado.
A produtividade de grãos, a porcentagem de grãos ardidos, índice de clorofila total e
peso de mil grãos foram influenciadas pelo híbrido e pelo fungicida utilizado.
O fungicida (Trifloxistrobina + Protioconazol) reduziu a incidência de grãos ardidos,
sendo a redução maior nos híbridos considerados suscetíveis.
Existe relação entre maior expressão da enzima CAT e maior incidência de grãos
ardidos, em virtude da deterioração dos grãos, sendo esta dependente do híbrido avaliado.
Há maior expressão das enzimas (ADH), (MDH) e (LOX) para os híbridos de milho
pertencentes ao grupo considerado tolerante aos fungos causadores de grãos ardidos.
A aplicação do fungicida (Trifloxistrobina + Protioconazol) em duas aplicações, V8
(oito folhas) e VT (pendoamento), aumentaram a intensidade da enzima LOX, sendo mais
evidente no espaçamento reduzido.
92
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levando em consideração a importância deste estudo com uso do fungicida
(Trifloxistrobina+Protioconazol) na cultura do milho, para os híbridos abordados, foi possível
evidenciar resultados positivos, no que se refere à diminuição da incidência de doenças
foliares e do complexo de grãos ardidos, mancha foliar de diplodia (Stenocarpella
macrospora).
Estudos de pesquisa abordam o assunto, relatando sobre a incidência desta doença na
folha, e que têm relação direta com a ocorrência de grãos ardidos. Neste estudo há indícios
que a ocorrência de S. macrospora causando grãos ardidos não possui relação direta com a
incidência da doença na folha, podendo estar associado à safra agrícola, ambientes e híbridos
utilizados.
Ficou evidente que dentre os híbridos estudados, se destaca o AG9045PRO,
pertencente ao grupo de híbridos considerado tolerantes aos grãos ardidos, pois, observou se
excelente resposta às aplicações de fungicidas, em ambos os ambientes, com menor
incidência de grãos ardidos, menor incidência de doenças foliares, maiorpeso de mil grãos e
maior produtividade de grãos. É possível inferir que em outra safra agrícola, repetindo se o
trabalho poderá obter se dados mais concretos em relação aos resultados encontrados.
Avaliando se ainda os híbridos, destaca se também o 2B707PW, pertencente ao grupo
1, em relação a menor incidência de grãos ardidos e melhor qualidade de grãos, o que
evidencia resposta positiva à aplicação do fungicida.
Neste contexto, é importante ressaltar os custos do uso do fungicida viafoliar
(Trifloxistrobina 150,0 g/L (15,0% m/v) + (Protioconazol) 175,0 g/L (17,5% m/v), no
estadios V8 e V8+VT, na região de estudo. O preço deste fungicida, na região de Guarapuava,
PR, na safra agrícola 2015/16, se posicionou em torno de R$ 149,85 por litro do produto,
adjuvante R$ 9,83/ha, sendo o custo médio da aplicação terrestre em V8 (R$ 17,33/ha) e
aplicação aérea em VT (R$ 34,00/ha), valores referentes aos praticados junto a cooperativas
na região.Considerando que em V8 utilizou se a dose de 0,4 L ha-1
e em estádio VT utilizou se
a dose de 0,5 L ha-1
, podemos concluir que a aplicação em estádio V8 custa R$ 87,10 e a
aplicação em estádio VT custou R$ 118,75. Agora, considerando que o preço mínimo do
milho chegou além de R$ 36,00 a saca na época da colheita, no mercado do ano de 2016,
podemos realizar comparações de custos junto aos diferentes híbridos estudados, apresentados
na tabela de análise econômica, apresentada abaixo.
93
Tabela de análise econômica para resultados obtidos em diferentes híbridose tratamentos com
fungicida (V8-oito folhas expandidas e VT-pendoamento, comparados com a testemunha), em
dois ambientesno município de Guarapuava-PR, na safra agrícola 2013/14. UNICENTRO.
2016.
Realizando se uma análise individual, do híbrido AG9045PRO, por exemplo, no
ambiente 1, onde houve diferença estatística, com produtividade de 14897 kg.ha-1
no
tratamento V8+VT, comparando com o estádio V8 com 11935 kg.ha-1
obtivemos incremento
de 2962 kg.ha-1
de grãos, ou seja, com os valores apresentados acima, significa uma
lucratividade de R$ 1658,45/ha, e quando comparamos com a testemunha com produtividade
de 11175 kg ha-1
obtivemos incrementode 3722 kg.ha-1
de grãos, significando uma
lucratividade de R$ 2114,45/ha, e ainda comparando se o tratamento V8 com a testemunha,
obtivemos uma diferença de 760 kg ha-1
de grãos, significando uma lucratividade de R$
368,90/ha.
Nota se que a resposta econômica pode variar em relação aos benefícios econômicos,
em virtude das variações de ambientes, solo, clima, híbridos e outros.
Em aspectos gerais, com base nos resultados obtidos para as características avaliadas,
clorofila total, área abaixo da curva de progresso da ferrrugem comum (Puccinia sorghi)
(AACPF), para os dois ambientes obtidos para os diferentes híbridos, tratamentos com
fungicida, estádios de aplicação (V8-oito folhas expandidas e VT-pendoamento) e diferentes
espaçamentos, nota se que os híbridos avaliados obtiveram respostas diferentes, ou seja,
houve variação entre os genótipos para os caracteres avaliados e tratamentos aplicados,
contudo, nota se resposta positiva para aplicação do fungicida para as enzimas avaliadas,
LOX, CAT, ADH e MDH, notaram-se variações nas respostas.
94
Considerando-se que a pesquisa com o fungicida (Trifloxistrobina + Protioconazol),
para o controle das doenças foliares e do complexo de grãos ardidos e ainda relação com a
atividade da enzima lipoxigenase nos grãos da cultura do milho encontra-se no início, sugere-
se quesejam realizadas mais estudos para poder realizar asdevidas recomendações de uso,
para as diferentescondições edafoclimáticas e manejo adotado na cultura do milho na região
do Centro-Oeste do Paraná.
95
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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