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ESTÁGIO CURRICULAR PSICOLOGIA ESCOLAR (alunos [as} nomes completos sem RA) Relatório apresentado à disciplina Psicologia Escolar do curso de Psicologia sob a orientação da Profa. Ms.Nononono nonono nononononono SÃO BERNARDO DO CAMPO 2009

Modelo de Relatório de Estágio Curricular PEPA - Psicologia Escolar

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ESTÁGIO CURRICULAR 

PSICOLOGIA ESCOLAR 

(alunos [as} nomes completos sem RA)

Relatório apresentado à disciplina PsicologiaEscolar do curso de Psicologia sob a orientaçãoda Profa. Ms.Nononono nonono nononononono

SÃO BERNARDO DO CAMPO2009

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SUMÁRIO

Apresentação (p)

1. Psicologia Escolar: um espaço de atuação entre o conhecimento daPsicologia e o conhecimento da área de Educação

2. Objeto de Estudo da Psicologia Escolar 

3. O processo de intervenção da Psicologia em contextos escolares.

4. Da Dificuldade de Aprendizagem (DA) para o conceito de Produção deFracasso Escolar 

5. Entendendo a escola e seus atores5.1. Caracterização da Escola 5.2. Caracterização dos profissionais da educação5.3. Caracterização dos alunos5.4 – Caracterização da sala de aula observada.

6. A observação participante

7. Desvelando os significados e sentidos (convergentes ou contraditórios)das relações e das práticas educativas da escola

8. Reconstruindo relações que favoreçam as práticas educativas na escola: O processo deintervenção do psicólogo escolar.

8.1 – Enfocando o problema.8.2 – Fundamentação (teórica e metodológica) para a intervenção8.3 - A proposta de intervenção

9. Resultados obtidos 9.1 – As revelações que a intervenção trouxe9.2 – Limites e possibilidades para novas práticas cotidianas na escola

10. Considerações finais

Referências

Anexos

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Apresentação

(Escrever aqui em algumas linhas a que se destina este trabalho e como está organizado;

Informar onde foi realizado o estágio e a série que foi focada em que período ocorreu, ou vemocorrendo, quantas horas semanais)

Linhas norteadoras do Estágio Curricular em Psicologia Escolar

O estágio é entendido como um espaço privilegiado da relação entre teoria e prática naformação do futuro profissional, considerado como um agente de transformação nasdiferentes áreas de sua atuação. Esta atuação é permeada por uma visão de mundo, de ser humano e de sociedade historicamente construída.

Os seres humanos são agentes do seu saber, produtores da história e do conhecimento.

Através da interação entre si e com o mundo, interferem e transformam a si próprios e arealidade em que vivem. O conhecimento é um processo de construção que se dá por meio dainteração entre os seres humanos, destes com o mundo e com conhecimento historicamenteacumulado.

O processo de construção do conhecimento implica no reconhecimento da teoria e da prática como dimensões indissociáveis, por isso, a formação do psicólogo é concebida comoum processo contínuo e dinâmico.

Diretrizes Gerais do Estágio em Psicologia Escolar

As diretrizes a seguir especificadas estão embasadas no Regulamento Geral dosEstágios Curriculares da UNIBAN e fundamentadas na Lei nº 4119/62 – que dispõe sobre osCursos de Formação em Psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo.

O Curso de Psicologia, além da formação básica, oferece uma formação profissionalque se realiza por meio de estágios curriculares obrigatórios e disciplinas teórico-práticasintegradas a esses estágios realizados no Centro de Psicologia Aplicada. Estes devem

 propiciar a integração entre o ensino formal e a prática profissional. Cabe ao Curso dePsicologia planejar, executar, acompanhar e avaliar tais atividades em conformidade com ocurrículo pleno do curso.

Com o intuito de alcançar o que se expõe acima, o estágio tem como objetivos maisamplos: (1) propiciar ao aluno uma participação ativa tanto no campo de estágio como em

supervisão, permitindo-lhe estabelecer relações entre as propostas teórico-metodológicas doCurso de Psicologia com as práticas psicológicas nos locais onde estagia; (2) possibilitar umaformação profissionalizante ampla para atuar em diversas áreas da psicologia,compreendendo-as em sua dimensão ética, política, técnica e social; (3) contribuir para aconsolidação do papel social da universidade, promovendo a produção e aplicação deconhecimentos que respondam às necessidades da comunidade; (4) desenvolver o espíritocrítico e criador do estagiário, frente aos problemas que a realidade apresenta.

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1. Psicologia Escolar: um espaço de atuação entre o conhecimento da Psicologia e oconhecimento da área de Educação (sugestão de título de subtópico)

Escrever aqui o que caracteriza a Psicologia Escolar como uma disciplina ponte. Buscar o

texto da bibliografia do curso e citar a fonte segundo as normas da ABNT.

2. Objeto de Estudo da Psicologia Escolar

Buscar o texto da bibliografia do curso e citar a fonte segundo as normas da ABNT.O texto é o mesmo do item anterior.

3. O processo de intervenção da Psicologia em contextos escolares.

Fazer uma síntese do texto Observação Participante e o que Fazer do Psicólogo Escolar :(que foi dado no 1º semestre) e colocar aqui. NÃO VALE COPIAR O TEXTO. FAÇA

PARÁFRASES. SE PRECISAR COPIAR UM TRECHO PEQUENO, USAR ASPAS ECITAR AUTOR E PÁGINA)

4. Da Dificuldade de Aprendizagem (DA) para o conceito de Produção de FracassoEscolar

(Com base no que estudamos no 1º. semestre adotem uma definição do que seja oprocesso de aprendizagem). A perspectiva mais adotada na área da psicologia daaprendizagem hoje é a de Vygotsky.

Definir a DA com base em Fonseca (1995) fazer a crítica à visão de Fonseca utilizando otrabalho de Patto (1996) visto no 1º. semestre).

5. Entendendo a escola e seus atores

5.1. Caracterização da Escola Façam uma síntese da descrição do Levantamento feito no 1º semestre do perfil da instituiçãoescolar e da comunidade escolar: aspectos físicos, sócio-econômicos e pedagógicos (incluindoProjeto Pedagógico da instituição). Acrescente também uma breve descrição do bairro e doentorno da escola.

5.2. Caracterização dos profissionais da educaçãoDiretor (a), coordenador (a) professores (as) e outros elementos significativos na rede de poder da escola

5.3. Caracterização dos alunos(O Projeto Pedagógico ou Plano de gestão deve ter os elementos do 5.1 ao 5.3, no entantoavaliem para ver ser o documento tem a ver com a realidade que vocês observam nestesaspectos).

5.4 – Caracterização da sala de aula observada. (se for o caso)

6. A observação participante

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(Síntese das observações do cotidiano escolar)

A observação foi realizada ___ todas às _____-feiras, das ___ às ____ horas.

Quadro 1 – Aspectos Relevantes da Observação realizada na Escola .......................................................................................................................................................................

1. dia: / / Síntese da atividade: (retomem os relatórios entregues)

2. dia: Síntese:

3. dia: Síntese:

Completem o quadro de acordo com a atividade realizada

7. Desvelando os significados e sentidos (convergentes ou contraditórios) das relações edas práticas educativas da escola

Aqui vem o diagnóstico; O que a observação revela? Articulem os aspectos mais importantesque vocês colocaram no Quadro 1, tentando entender como o fracasso escolar é produzido.Como cada ator (diretor, coord. prof. aluno, funcionários - se for o caso -, realiza sua função(papel dentro do contexto específico). O que é convergente e o que é divergente, oucontraditório, nas diversas formas do existir da escola.

 Não se esqueçam de que a própria ocorrência de indisciplina e/ou de violência na escola ou

em sala de aula são decorrências do fracasso da escola em ensinar).Lembrem-se também de valorizar os discursos que cada ator do processo tem sobre o outro(pequenos históricos, trechos de entrevistas ou diálogos). Isto revela o conjunto designificados que os indivíduos estabelecem para sua realidade, significados estes expressos

 pela linguagem. Este aspecto permite entender como cada um se representa e como representao outro nos processos interativos que envolvem a educação e que podem concretizar ou nãoaprendizagens (dentro e fora da sala de aula).

8. Reconstruindo relações que favoreçam as práticas educativas na escola: o processo deintervenção do psicólogo escolar.

8.1 – Enfocando o problema.

O que vocês apontaram nos tópicos anteriores permite eleger um aspecto da realidade escolar como o mais relevante ou o prioritário como foco de intervenção. Apontem este aspecto e

 justifiquem a escolha.

8.1 – Fundamentação (teórica e metodológica) para a intervenção

Aqui vocês colocarão (se já fez insira) a síntese do (s) trabalho (s) que dará (darão) a base doconhecimento psicológico para a intervenção). Por exemplo: livros e/ou pesquisas sobrerelação prof-aluno, prof-prof., sobre relações democráticas na escola, sobre auto-estima, sobre

indisciplina/violência, sobre metodologias de ensino, sobre práticas de avaliação e outros.

8.2 A proposta de intervenção

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O que efetivamente vocês farão na intervenção.Onde, como, quando farão (procedimentos). (Se necessário façam um cronograma)

 Não esqueçam de incluir a previsão de como será a devolutiva.

Coloco abaixo algumas possibilidades de ação na escola.Dentre as várias possibilidades de atuação na intervenção destacam-se:

Trabalho com os Alunosa) Análise da situação a partir dos diversos ângulos de visão (do aluno, da família, do

 professor e da escola) construídas no processo de encaminhamento; b) Desconstrução do rótulo de incompetência, que na maioria dos casos acompanha o aluno, priorizando os trabalhos em grupos;c) Remoção dos aspectos que obstacularizam a aprendizagem e desmobilizam as

 possibilidades de desenvolvimento, através de intervenções específicas.

Trabalho com os pais (se for o caso)a) Discussão e reflexão com os mesmos das possíveis origens das dificuldades dos filhos, a

 partir da consideração do papel social da escola; b) Discussão e reflexão com os mesmos acerca do papel que a criança com dificuldades ocupanas relações familiares;c) Identificação de formas possíveis de intervenção da família no contexto escolar, buscandonão só a superação do problema específico como a garantia do direito a uma educação dequalidade para o filho;Trabalho com os professoresa) Valorização do conhecimento que os mesmos possuem sobre o problema apresentado;

 b) Resgate do papel do professor como elemento ativo e dirigente da reflexão e redefinição decaminhos possíveis na resolução das dificuldades apresentadas;c) Desmistificação das explicações “psicologizantes”;d) Reflexão sobre o processo de aprendizagem do aluno, objeto de atenção particular, comvistas a uma posterior reflexão sobre o processo de ensino aprendizagem mais amplo e com oobjetivo de reorganização do mesmo;e) Resgate do conhecimento psicológico como possibilidade de compreensão e modificaçãoda realidade.

9. Resultados obtidos (pensem na época em um nome mais específico para este tópico)

9.1 – As revelações que a intervenção trouxeSíntese do que vocês observaram e coletaram no processo de intervenção. Valorizemnovamente os discursos dos sujeitos envolvidos.

9.2 – Limites e possibilidades para novas práticas cotidianas na escola

O que a intervenção pode possibilitar neste aspecto e quais os limites que aintervenção apresentou.

10. Considerações finais

Coloquem também como foi a devolutiva

Referências

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Coloquem todos os trabalhos (livros, artigos de revistas científicas ou sites científicos) citadosao longo deste relatório.

ANEXOS (Se houver necessidade, coloquem)

O texto abaixo foi entregue em sala de aula. Consultem-no com freqüência. Deixo-o aqui paraquem não o tem. (Não faz parte do modelo de relatório acima)

Observação Participante e o que Fazer do Psicólogo EscolarSubsídios para o Estágio em PEPA

A observação participante permite ao psicólogo escolar, inserido neste contexto, “olhar” parao processo de apropriação de conhecimento dos vários segmentos inseridos no ambienteescolar, o que significa analisar a existência cotidiana da escola como história acumulada,

 buscar, em seu presente, os elementos estatais e civis com os quais a escola se construiu. Ouseja, na observação da escola ele poderá averiguar o que é convergente e o que é divergente,ou contraditório, nas diversas formas do existir da escola.

Assim, o cotidiano escolar passa a ser o espaço privilegiado para a pesquisa e para aintervenção do psicólogo escolar, pois é aí que ocorre o encontro dos diversos segmentosenvolvidos com o dia-a-dia da escola, o que circunscreve o campo para a emergência dascontradições que estão implícitas na relações sociais que ali se desenvolvem.

O cotidiano escolar, enfim, caracteriza-se como um campo de interseção entre sujeitosindividuais que levam seus saberes específicos para a construção da escola. Nesses espaçosincorporam-se e tornam-se significativos numerosos elementos não previstos na realidade, nascategorias tradicionais da realidade escolar. A realidade escolar aparece sempre mediada pelaatividade cotidiana, pela apropriação, elaboração, refuncionalização ou repulsa que os sujeitoslevam a cabo.

A partir do cotidiano escolar e pela observação participante, o psicólogo escolar terá acesso às

representações sociais que medeiam as relações que se travam intra e extra-instituição escolar. As representações sociais (...) são as explicações e as afirmações que os indivíduos dão sobre sua realidade, É como assimilam a estrutura social na qual integram suas experiências,valores, ou seja, é a relação que se estabelece entre o homem e o meio. (Salles, 1990/1991, p.15).

Representação social é, portanto, o conjunto de significados que os indivíduos estabelecem para sua realidade, significados estes expressos pela linguagem. Tal perspectiva nos sugereque o psiquismo humano é produto da sociedade e, concomitantemente, as representaçõessociais são engendradas coletivamente pela sociedade. Nesse sentido, a partir de umaabordagem sócio-cultural. Do psiquismo humano, entendemos que os significados são

 produzidos socialmente, se transformam por intermédio da atividade e do pensamento dosindivíduos e, assim, se individualizam, se subjetivam.

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Tendo em vista essas considerações, podemos dizer que, ao tomar o cotidiano escolar comoespaço social de pesquisa/intervenção, o psicólogo escolar terá acesso às mediações que osindivíduos estabelecem para compreender sua realidade – as representações sociais – e, assim,

 poderá desvelar os mecanismos utilizados (individual e coletivamente) na construção de

sentidos para a realidade escolar. Dito de outra forma, o psicólogo escolar poderá desvelar ossignificados (convergentes ou contraditórios) que s agentes sociais envolvidos no processoeducacional – pais, alunos, professores, direção, etc. – atribuem para a relação professor-aluno, par o conhecimento, para o processo ensino/aprendizagem, para o processo deavaliação, etc., além dos significados atribuídos ao próprio trabalho do psicólogo escolar.

Essas considerações nos levam a indicar a observação participante como a metodologia maisadequada para o psicólogo escolar apreender, compreender e intervir no contexto escolar. Por um lado, essa metodologia lhe proporciona aproximação do cotidiano escolar e suasrepresentações sociais, resgatando sua dimensão histórica, sócio-cultural e seus processos. Por outro lado, permite-lhe intervir nesse cotidiano, e nele trabalhar no nível das representações

sociais e propiciar a emergência de novas necessidades para os agentes que ali se“movimentam”.A observação participante se insere no conjunto das metodologias denominadas, no campoeducacional, de “qualitativas” e, freqüentemente, de etnográficas. André (1992) avaliando a

 produção científica que se desenvolveu sob essa abordagem nos últimos dez anos, conclui:

O que se verifica, no entanto, é que a grande maioria envolve dados de campo,  sistematizados em forma de descrições que acrescentam muito pouco ao que se sabe econhece ao nível do senso comum. É a empiria pela empiria. O autor parece satisfazer-secom o fato de coletar uma grande quantidade de dados e parece “esperar” que esses dados

 por si produzam alguma teoria. Mas é evidente que sem um e referencial de apoio queoriente o processo de reconstrução desses dados não há avanço teórico – fica-se naconstatação do óbvio, na mesmice, na reprodução do senso comum (André, 1992, p.31-32)

A proposta que se coloca aqui busca superar tais limitações; ir além do senso comum. Trata-se da tradição etnográfica cuja essência é identificada como documentar a realidade nãodocumentada (Ezpeleta e Rockwell, 1986, p. 15, n.3). Ela se circunscreve, por um lado, pelautilização das categorias empregadas pelas ciências sociais para a compreensão da realidade(como classe social, ideologia, poder, etc.) e, por outro, pela criação de novas categorias quesão construídas/reconstruídas na relação pesquisador x escola, pois

(...) a heterogeneidade e a individualidade do cotidiano exigem outras dimensõesordenadoras. Impõem forçosamente o reconhecimento de sujeitos que incorporam eobjetivam, a seu modo, práticas e saberes dos quais se apropriaram em diferentes momentose contextos de vida, depositários que são de uma história acumulada durante séculos(Ezpeleta & Rockwell, 1986, p. 28).

Por intermédio da observação participante, portanto, o psicólogo escolar poderá reconstruir os processos que ocorrem na vida diária da escola. Essa metodologia lhe permitirá integrar osvários momentos da escola e interpretar sua realidade cotidiana. Como tais processos seexpressam por meio de elementos e situações diferentes que perpassam todos os âmbitos, coma metodologia acima indicada serão desveladas as tramas reais que se efetivam neste contexto

e que se estruturam a partir de pequenas histórias: espaços sociais nos quais se negociam e sereordenam a continuidade das experiências e a atividade escolar. As contradições eincongruências aparentes que se encontram nos mais diversos espaços escolares (salas de

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aula, reuniões, estrutura física da escola, etc.) adquirem sentido como resultado demecanismos diferenciáveis de reprodução e de apropriação, entre outros, e mostram asdiversas formas que a história – social e individual – está presente na vida cotidiana da escola.

A metodologia da observação participante, enfim, possibilita ao psicólogo escolar, inserido nocontexto da escola, “olhar” para as apropriações reais e potenciais que acontecem de baixo para cima: partir dos sujeitos individuais que vivenciam diariamente a instituição. Além disso,ela cria a possibilidade de construir um conhecimento que permite o estabelecimento derelações mais reais com os processos que se dão no interior das escolas.(...) Trabalhar com as pessoas, considerando-as sujeitos históricos de seus próprios processosante e os desafios do cotidiano escolar, permite-nos constatar que não existe uma únicaverdade acerca da realidade escolar, mas diferentes aproximações. Tais aproximações,

 possibilitadas por esse processo interativo (que não é fixo pela própria natureza da história) e pelas condições objetivas que a realidade social nos apresenta, deixa-nos por legado a idéia deque viver e desenvolver-se implica transformações contínuas que se realizam através da

interação dos indivíduos entre si e entre os indivíduos e o meio no qual se inserem (Lima,1990, p.19).