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MODELO DE RELATÓRIO FINAL DE PROJETO
Organização: Instituto Giramundo Mutuando
Projeto: Gigante Guarani: Gigante Guarani: inclusão social, recuperação de
nascentes e manejo agroecológico em corredores da Mata Atlântica de
Cuesta e Baixada Serrana, sobre áreas de recarga do Sistema Aqüífero
Guarani.
Início do projeto: 8 de agosto de 2013
Finalização do projeto: 8 de Abril de 2015
1. Descreva a área de cobertura do projeto (estado, município, regiões
e/ou bairros onde o projeto atuou). Indique e justifique se a área
efetiva for diferente da inicialmente prevista.
A área do projeto, dentro da área estimada de atuação (Botucatu, Pardinho e
Anhembi), agregamos, ainda, Itatinga (microbacias do Rio Novo e Ribeirão
dos Veados), reforçando as ações, inicialmente, nas microbacias
hidrográficas do Rio Pardo, no Estado de São Paulo, em bairros rurais de
pequenas, médias e grandes propriedades. Houve, portanto, ampliação da
atuação para além da Bacia Hidrográfica do Rio Tietê.
2. Descreva os objetivos gerais e específicos do projeto e os objetivos
efetivamente alcançados.
Após um ano de tentativa de captação e recursos no site BVSA, foram
captados e utilizados cerca de 30% dos recursos estimados inicialmente,
dessa forma, não foi possível se comprometer com todas as atividades
relacionadas a cada objetivo específico inicialmente propostos. Outro aspecto
importante, quando se analisam seus objetivos propostos e alcançados, este
projeto cumpriu a sua promessa de contrapartida, já que foi executado em
apoio a duas ações do Instituto Giramundo Mutuando dentro do Programa
Gigante Guarani, ambas realizadas em parceria com o Instituto Itapoty, a
Fundação do Instituto de Biociências da UNESP de Botucatu e o Fundo
Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO. Sendo assim, as ações
realizadas e descritas na coluna da direita abaixo, correspondem as ações
nas quais do projeto da BVSA foram fundamentais. Basicamente, os recursos
da BVSA forneceram a infraestrutura de transporte e um apoio técnico e
administrativo às ações do Gigante Guarani na Região.
Objetivos Previstos Objetivos Alcançados
Divulgar o Projeto e gerar
compromissos para o controle
social do mesmo
- Houve a divulgação, inicialmente, do Projeto na Câmara Municipal de Botucatu e participação ativa da prefeitura municipal de Itatinga e Botucatu na implementação das ações de mobilização do projeto, especialmente em Itatinga-SP; - No decorrer do período, novas instituições e municípios estão começando a aderir mais ativamente ao Projeto, como as prefeituras de Itatinga e Anhembi, além de Botucatu. Reuniões foram realizadas no sentido de somar esforços ao Projeto; - A comissão de seguimento foi acoplada aos trabalhos do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental Perímetro Botucatu, onde são feitos repasses e articulações em Prol do Projeto. - 1 oficina de apresentação e elaboração do Plano de Trabalho do projeto com beneficiários e parceiros - 1 oficina de apresentação e elaboração do Plano de Trabalho do projeto com beneficiários e parceiros -Foram realizadas 9 reuniões e 38 visitas de mobilização nos bairros rurais e localidades Anhumas, Bocaína, Vale do Aracatu, Santo Antônio de Sorocaba, Piapara dentro dos municípios de Botucatu e Anhembi.
Realizar análise sócio-ambiental da paisagem e da compreensão dos atores sociais sobre a problemática ambiental na área de abrangência
- Realizado diagnóstico inicial na Bacia do Alambari e os diagnósticos por imagens no município de Itatinga; - Realizadas visitas a propriedades para estabelecimento para compromissos de adequação ambiental em Itatinga; - Realizado diagnóstico das bacias de Itatinga em adição a Bacia do Alambari e finalizado diagnósticos por imagens e checagem em campo no município de Itatinga, com o estabelecimento de compromissos
de criação de um banco de áreas prioritárias para recuperação e conservação; - Reiniciado processo de mobilização do Projeto Gigante Guarani nos municípios de Botucatu e Anhembi, uma vez liberados os recursos do FEHIDRO. - 95 Proprietários mobilizados - Somente em Botucatu, foram feitos diagnósticos sócio ambientais em 40 propriedades familiares nos bairros rurais e localidades de Anhumas, Bocaína, Vale do Aracatu, Santo Antônio de Sorocaba, Piapara dentro dos municípios de Botucatu e Anhembi.
Realizar Diagnóstico de Agroecossistemas em 20 produtores rurais e eleger 5 unidades de referência
- Treinamento da Equipe do Projeto para Analise de Agroecossistemas; - Em Itatinga, foram realizadas atividades com 56 famílias e assinatura de 20 compromissos de Cadastro Ambiental Rural – CAR, formando um banco de áreas para recuperação, com seus mapas elaborados; - Em Botucatu e Anhembi, foi realizado o Diagnóstico na Microbacia do Alambari junto a 40 diagnósticos e seleção de 20 agricultores para o Cadastro Ambiental Rural – CAR, após o inicio da segunda fasedo Projeto em parceria com a Fundibio. - Foram detalhadas 36 propriedades na microbacia do Rio Novo do município de Itatinga, onde foram obtidas as seguintes características: Área da propriedade, área dos fragmentos florestais (dentro e fora da APP), área da APP e todos os outros usos que não sejam florestas e várzeas; mediante entrevistas com proprietários rurais e visitas executadas as propriedades para diagnóstico ambiental das mesmas. Isso gerou 36 Termos de Adesão ao banco de áreas, assinados; - 36 mapas de propriedades rurais com descrição do uso e ocupação do solo, situação das APPs, situação dos fragmentos florestais e proposta de adequação ambiental; - 1 mapa geral da microbacia do Rio Novo com aplicação dos critérios de priorização das áreas a serem recuperadas, identificação dos principais fragmentos florestais nativos e perímetros das propriedades constantes no banco de áreas. - Realizadas 13 entrevistas com proprietários rurais da microbacia do Rio dos Veados e visitas executadas as propriedades para diagnóstico ambiental das mesmas; -13 Termos de Adesão ao banco de áreas
assinados; - Formação do banco de áreas prioritárias segundo critérios definidos -13 mapas de propriedades rurais com descrição do uso e ocupação do solo, situação das APPs e proposta de adequação ambiental; - 1 mapa geral da microbacia do Rio do Veados com aplicação dos critérios de priorização das áreas a serem recuperadas, identificação dos principais fragmentos florestais nativos e perímetros das propriedades constantes no banco de áreas; 1 mapa com a área prioritária para conservação, subsidio para estabelecimento de um corredor de biodiversidade; -Análise ambiental da microbacia como subsidio para definição de estratégias para estabelecimento do Corredor de Biodiversidade.
Capacitar agricultores e professores de escolas públicas
- Treinamento da Equipe do Projeto e realização de três oficinas de mapas no município de Itatinga – SP; - Planejamento do Curso de Agroecologia.
Avaliar e comunicar o Projeto - Avaliação parcial realizada junto as equipes técnicas e planejamento do Seminário Geral de Avaliação, no momento do encerramento aos projetos de Contrapartida.
Dessa forma, cremos que, apesar da diminuição dos recursos pela
não plena captação, os objetivos foram alcançados e, no caso dos
diagnósticos propostos, houve superação do que foi proposto inicialmente.
3. Descreva os resultados previstos e efetivamente alcançados,
justificando alterações.
Resultados Previstos Resultados Alcançados
Exposição, compromisso e controle social
em torno do Projeto
Há boa articulação e supervisão do Projeto junto ao Conselho Gestor da APA, mas ainda pouco controle social em termos de capacidade de continuidade das ações independentemente do apoio da sociedade civil organizada. Nem o poder público, nem o setor empresarial, viram no projeto um
instrumento de mudanças que são necessárias, porém tardam em acontecer.
Ter uma análise da paisagem e do uso do solos nas microbacias propostas
Os mapas produzidos a partir de fotografias aéreas e imagens por satélite permite perfeitamente diagnosticar o tipo de uso do solo e o déficit de áreas de preservação permanente e reserva legal, mostrando um retrato claro da situação de uso do solo e conservação das bacias trabalhadas. Houve um incremento importante na área geográfica do projeto, para além da bacia do Rio Tietê, contemplando trabalhos nas microbacias do Rio Pardo em Itatinga-SP.
Possuir uma leitura da realidade das propriedades rurais pequenas, médias e grandes em relação ao compromisso do o Cadastro Ambiental Rural (antigo processo de Adequação Ambiental, após mudanças no código florestal)
Os diagnósticos ainda estão sendo feitos e já é possível ter um diagnóstico dos principais problemas e soluções presentes no território em questão. .
Aumento do nível educacional de técnicos, agricultores e professores de escolas públicas
Há uma dificuldade muito maior de mobilização do que se pensava, à medida que as monoculturas vão avançando nessas microbacias, menos pessoas vão frequentando o campo e menor é a capacidade de mobilização dos proprietários. Proprietários que não vivem diretamente da terra, tem maior dificuldade em se mobilizar para a adequação ambiental.
Ter um processo contínuo de gestão coletiva e comunicação do Programa Gigante Guarani
Com a retomada das inserções de rádio, abre-se novamente a possibilidade de se avançar neste objetivo. Porém, os resultados estão aquém do que se propunha inicialmente. No entanto, importante mencionar que resultados inesperados positivos aconteceram, como é o caso do Projeto do Bairro do Lobo em Itatinga, seguindo as dinâmicas sociais.
O resultado comunicacional do projeto, refletido também na dificuldade
de captação de recursos, está aquém do esperado, por não haver entre as
instituições executoras e os profissionais contratados, pessoas e arranjos
institucionais/parcerias capazes de elevar o nível educomunicacional do
projeto, de forma a permitir que ele tome o vulto que precisa para responder
às enormes expectativas da sociedade e dos seus gestores, se
consideramos o contexto que crise hídrica em que vivemos.
4. Descreva as atividades previstas e efetivamente realizadas,
justificando alterações. Indique também o período de realização das
atividades Se houve atividades previstas, mas não realizadas, liste-as
e explique, em cada caso, por que isso ocorreu.
- Divulgar o Projeto e gerar compromissos para o controle social do mesmo:
- Realizar análise sócio-ambiental da paisagem e da compreensão dos atores
sociais sobre a problemática ambiental na área de abrangência:.
- Realizar Diagnóstico de Agroecossistemas em 20 produtores rurais e eleger
5 unidades de referência:
- Capacitar agricultores e professores de escolas públicas:
- Avaliar e comunicar o Projeto:
Atividades previstas Atividades realizadas Período de realização
5 reuniões de grupo; 2 inserções mensais nas
radios locais
Reuniões de planejamento com a equipe Itapoty e
Giramundo
12/09 a 18/12/2013 e 16/01 a 30/04/2014
Reuniões de planejamento com a equipe Itapoty, Ecotoré
e Giramundo.
2013: 02/08, 03/10, 14/11, 18/12. 2014: 16/01, 20/02, 19/03 e 30/04.
Reuniões de planejamento da equipe I. Giramundo e Ecotoré
serviços Socioambientais.
2013: 10/09, 08/10, 22/10, 24/10, 13/11, 27/11, 04/12, 12/12.
Reuniões de planejamento com a equipe da Casa da Agricultura de Itatinga e
Diretorias de Meio Ambiente e Agropecuária – parceiros locais
16/09 a 17/12/2013 22 de Janeiro de 2014 2013: 05/08, 23/09, 21/11, 13/12. 2014: 22/01, 10/04, 15/05, 17/10, 18/11.
Realização de Contatos telefônicos com proprietários
rurais
10/10 a 20/11/ 2013 15/01 a 25/04/2014
Realização de contatos telefônicos com proprietários
rurais e primeira visita às propriedades.
2013: 11/10, 25/10, 21/11. 2014: 16/01, 07/02, 21/03, 17/04, 16/06,
24/09, 23/10.
Reuniões de planejamento da equipe Ecotoré.
2013: 05/09, 09/09, 11/09, 07/10, 22/10, 24/10, 14/11, 20/11, 28/11, 05/12, 12/12. 2014: 29/01, 13/02, 26/02, 13/03, 27/03, 10/04.
2 reuniões; 2 serviços de geoprocessamento; 1
serviço de compilação das informações existentes; 5 Entrevistas com grupos
focais; 6 visitas técnicas; 1 Oficina de Mapas; 1 Serviço
de Mapeamento do Corredor; 1 Oficina para
elaborar planos educativos
Digitalização dos perímetros delimitados nos mapas impressos nas oficinas
Setembro a Dezembro de 2013 Até fevereiro de 2015.
Preparação de feira de matérias (proprietários e organizações parceiras)
2013: 11/10
Produção de tabela com indicação da localização das áreas.
Edição e impressão de mapas para oficina (tamanho A1)
1/10 a 10/10/2013
Edição e impressão de mapas para oficina (tamanhoA4)
21/10 a 25/10/13
Realizações de Oficinas de mapas.
2013: 11/10, 25/10, 01/11, 12/11.
Oficina: Apresentação das organizações e do projeto, Inscrição para Oficinas, Plenária de perguntas e comentários, Avaliação da oficina
11/10/2013
Relatório sobre as oficinas de mapas.
Até fevereiro de 2015.
3 Oficinas: Delimitação do perímetro das propriedades, apresentação do novo código florestal e adequação ambiental, Plenária de perguntas e comentários, Avaliação da Oficina
25/10, 1/11 e 12/11/2013
Elaboração do Projeto do Lobo, em consonância com as dinâmicas sociais de Itatinga e com os movimentos do poder público.
Maio a Agosto de 2014
4 reuniões; 40 visitas de diagnóstico; 1 oficina de mapa; 2 oficinas de mulheres e diagnóstico de quintais; e 60 visitas
Visitas às propriedades Anhembí: 2014- 13/08 (3 propriedades); 16/06; 11/08 Botucatu:
técnicas de desenvolvimento e monitoramento agroecológico
2014- 17/12; 30/06; 18/08; 30/07; 17/07; 03/09; 22/07 (2 propriedades); 10/12; 22/09; 21/07 (2 propriedades); 24/09; 14/08; 11/08 (2 propriedades); 15/08 (2 propriedades); 29/06; 20/08; 18/07; 05/09; 25/09; 16/07; 22/08; 16/08 (2 propriedades); 27/09; 26/09; 03/12; 2015- 06/02; 08/02; 11/01; 05/02 (2 propriedades). 2013 - 16/9, 09/10, 24/10, 31/10, 05/11, 11/11 e 18/11. 2014 – 05/02, 08/02, 20/03 e 27/03
Realização de entrevistas com proprietários nas propriedades rurais
2013 - 30/10, 06/11, 17/12, 18/12 e 19/12. 2014 – 30/01, 06/02, 21/03, 08/04, 11/06, 13/08, 24/10 e 15/12.
Elaboração de Termo de Adesão de proprietários ao Banco de Áreas e de mapas de adequação por propriedade rural
Janeiro a abril de 2014 Até fevereiro de 2015.
Delimitação de áreas prioritárias
Fevereiro a maio de 2014 Até fevereiro de 2015.
Produção de tabela com indicação da localização das áreas
Fevereiro a maio de 2014 Até fevereiro de 2015. 15/05/14.
1 Curso de Agroecologia; 2 intercambios
Não foram realizados, até o momento.
Será realizado ao longo de 2015
1 seminário; Projeto Comunicacional via Blog e Rádio; 2 oficinas de continuidade do Projeto
Não foi realizado, até o momento.
Será realizado ao longo de 2015
A oficina de planos educativos, os cursos de agroecologia para
produtores e professores de escolas públicas, vinculados ao projeto Gigante
Guarani, apoiado pela Fundibio e Fehidro, ainda não foi realizados, devido ao
atraso no cronograma físico financeiro do Projeto.
5. Quantos beneficiários foram atingidos?
Beneficiários diretos previstos Beneficiários diretos atingidos
60 famílias
96 famílias
Foram beneficiados, até o momento e de forma direta cerca, cerca de
96 propriedades, sendo 56 em Itatinga e 40 em Botucatu.
Beneficiários indiretos previstos Beneficiários indiretos atingidos
700 famílias de produtores
500 famílias de produtores
O número indireto foi menor devido ao ajuste no quantitativo de
agricultores nas bacias hidrográficas, considerando as propriedades com
menos de 100 hectares e os dados de senso agropecuário de 2006
(IBGE, 2006).
6. Quais foram os acontecimentos e/ou aprendizagens mais
importantes do projeto?
- A dinâmica social na área rural deve ser a base para o desenvolvimento
do trabalho com Meio Ambiente e Agroecologia, sendo o enfoque
estritamente de “microbacia” não necessariamente o mais adequado;
- A comunicação do Projeto deve ser mais um objetivo estratégico e
transversal ao Projeto;
- A capacitação da equipe em relação as mudanças do código florestal
são essenciais, assim como a conexão direta (ação em rede) com o poder
público.
7. Quais foram os principais desafios enfrentados pela organização
durante a implantação do projeto? Quais foram as causas desses
desafios?
- Dificuldade na mobilização dos proprietários: devido ao perfil dos
produtores das bacias trabalhadas, cuja organização social é muito frágil
e individualista, a mobilização para atividades coletivas é muito difícil.
Outra razão é o próprio enfoque de atuação em microbacias, preso às
características ambientais, porém distante das dinâmicas sociais;
- Desconfiança do poder público: o poder público não reconhece a
atuação da sociedade civil organizada vinculada ao meio ambiente,
dificultando o acesso aos dados e cadastros de publico beneficiário;
- Comunicar o projeto: a inexperiência e falta de parcerias estratégicas na
área comunicacional, fez com o alcance da captação de recursos e a
mobilização em torno do projeto deixasse a desejar, podendo ser
melhorado a partir desse momento.
8. Como foi realizado o monitoramento do projeto? Quais foram os
principais indicadores utilizados?
O projeto foi monitorado por meio de reuniões entre a equipe, os
beneficiários e os colaboradores do Projeto e junto ao Conselho Gestor da
Área de Proteção Ambiental de Botucatu e Região, tendo como base os
seguintes indicadores:
- Número e perfil de participantes nas atividades do Projeto;
- Número e qualidade das parcerias com entidades do poder público, da
sociedade civil e do poder privado;
- Número de hectares vinculado aos trabalhos de mapeamento e ao banco de
áreas;
- Parceria com o poder público na operação do Cadastro Ambiental Rural;
- Diálogo nos conselhos locais sobre o projeto.
9. A organização pretende replicar o projeto? Quando? Onde?
Sim, o projeto, com a presente parceria com a BVSA, foi replicado no
município de Itatinga e, atualmente, reúne as condições objetivas de
continuar sendo desenvolvido nos municípios de Botucatu e Anhembi. A
partir dos processos de monitoramento junto ao Conselho Gestor da APA,
será possível articular para a replicação do Projeto nos 12 municípios que
compõe a APA. Haverá a possibilidade, por meio da política pública de ATER
Agroecologia (Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER), de multiplicar
estes trabalhos em outros 8 municípios da região central do Estado de São
Paulo.
10. O que seria realizado de maneira diferente em um novo projeto a ser
replicado?
- O território de atuação será demarcado em função da dinâmica social dos
territórios e não pela questão microbacia;
- Constituir um Grupo de Trabalho de parceiros para a comunicação do
Projeto;
- Aliar o trabalho de Cadastro Ambiental Rural - CAR aos trabalhos de
Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), com base na Agroecologia;
- Conseguir fontes plurianuais de financiamento do Projeto;
11. A organização avalia que o projeto terá impacto sobre políticas
públicas? Em caso positivo, justifique.
Sim, o impacto é positivo em dois campos da política pública, primeiro
por auxiliar na execução do CAR a partir do novo código florestal e, em
segundo, por abrir caminhos para o desenvolvimento da chamada pública de
ATER Agroecologia, que focará na transição agroecológica de 400 famílias
agricultoras, em 12 municípios.
12. Quais contribuições a parceria com a BVSA trouxe ao projeto e à
organização?
A parceria com a BVSA foi essencial ao projeto, sem ela as ações do
Programa Gigante Guarani não teriam sido desenvolvidas e mesmo
ampliadas no nível territorial, uma vez que os recursos provenientes dessa
parceria foram utilizados para o apoio estrutural de campo ao projeto
(aquisição de veículo de campo) e o apoio administrativo e em recursos
humanos, tão bem vindos ao Projeto.
13. Outros comentários e sugestões.
Gostaríamos de agradecer novamente a parceria com a BVSA, na
esperança que possamos ampliar as ações deste projeto num futuro próximo,
afinal, estamos em tempos onde o volume hídrico no Estado de São Paulo é
o menor já registrado em toda a nossa história, no qual a Grande São Paulo
se encontra à beira de um colapso hídrico e o volume de água na Bacia do
Rio Tietê é tão pequeno que o sistema de hidrovias Paraná-Tietê está parado
por falta de volume de água no sistema, ocasionando um aumento de 3
vezes do valor gasto pelo agronegócio para escoar todo o grão produzido no
Centroeste brasileiro aos portos do País, sendo necessário colocarmos mais
500 mil caminhões nas estradas paulistas até o final de 2014. Assim, em
tempos de crise hídrica e de mudanças climáticas aceleradas, permanece a
esperança de que o Gigante Gurarani, agora de pé, dê passos firmes na
direção da conservação do solo e da água aos paulistas.
Botucatu, 08 de Abril de 2015
Beatriz Stamato
Diretora Geral
ANEXOS
o Fotos Fotos
Foto 1. Oficina de apresentação do projeto.
Foto 2. Oficina de mapas.
Foto 3. Oficina de mapas.
Foto 4. Planejamento ações com parceiros.
Foto 5. Entrevista com proprietário.
Foto 6. Entrevista com proprietário.
Foto 7. APP do Rio Novo – diagnóstico de campo.
Foto 8. Nascente do Rio Novo – diagnóstico de campo.