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Resenha
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANA E SOCIAIS CURSO DE GEOGRAFIA Prof.: Hugo Werler 11/09/2005
RONALDO BENEDITO DOS SANTOS
RESENHA: A HISTÓRIA DO AMBIENTALISMO
MCCORMICK, John. Rumo ao Paraíso: a história do movimento ambientalista. Trad. ROCHA, Marco Antônio Esteves da; AGUIAR, Renato. Rio de Janeiro: Relume-Dumatra, 1992.
John McCormick, em seu livro Rumo ao Paraíso nos remete a história do
ambientalismo mundial, da preocupação a respeito da preservação da natureza e
conseqüentemente da espécie humana. O autor descreve, analisa os ideais dos
fundadores e dirigentes das principais organizações ambientais, assim como o
crescimento, interesse por parte da população em relação a questão ambiental no mundo.
Pela primeira vez a humanidade foi despertada para a verdade onde baseia que a
natureza é finita e que o uso equivocado da biosfera ameaça, em ultima analise, a própria
existência humana.
A mudança mais ampla nas atitudes humanas começou com a era das descobertas
cientificas, quando os sinais de deterioração tornaram-se evidentes para mais pessoas, e
não apenas para uns poucos observadores perspicazes da condição da natureza.
Seu argumento central é o de que o ambientalismo deve ser visto não como uma
serie de movimentos nacionais separados, mas como parte de uma mudança mais ampla
e de prazo mais longo nas atitudes humanas. Somente desse modo o mesmo pode ser
corretamente avaliado e compreendido.
Neste sentido no primeiro capítulo, o autor enfatiza a respeito das raízes do
ambientalismo, por volta dos séculos XIX e XX a Grã-Bretanha e os Estados Unidos se
destacaram nas primeiras discussões sobre a preservação, e conservação da natureza.
Surgem nesse período os primeiros sinais de um movimento internacional, com a
proposta de criação de um organismo internacional de proteção a natureza
No segundo capítulo, McCormick destaca sobre a proteção, conservação e as
Nações Unidas, no período entre 1945 e 1961, onde o pós-guerra (Segunda Guerra
Mundial) fez surgir às primeiras conferências importantes sobre a criação de órgãos
internacionais de conservação da natureza.
No capítulo três, o autor, ressalta alguns fatores que contribuíram para que
houvesse a partir de 1962 e mais tarde em 1970, outra visão sobre os problemas
ambientais, com um novo olhar e politicamente mais alicerçado, esses fatores foram os
efeitos da influência, a era dos testes atômicos, o livro Silent Spring, uma série de
desastres ambientais muito divulgados, avanços nos conhecimentos científicos e a
influência de outros movimentos sociais.
Dessa forma, o Novo Ambientalismo, assim como seus precursores não eram
como um todo organizado e homogêneo, devido a vários organizações distintas. Assim,
esse movimento transformado, ou seja, Novo Ambientalismo, surgido nos Estados Unidos
ganha proporções mundiais, onde ganha destaque o medo do esgotamento dos recursos
e uma nova visão da política mundial.
É importante ressaltar que todo o movimento começou nos países industrializados,
no meio da elite econômica e intelectual, se expandindo para as áreas menos favorecida,
às vezes indo em confronto com outros movimentos sociais de defesa dos direitos civis.
Quanto ao conteúdo da obra destacasse que é de fundamental importância para
uma leitura crítica, principalmente ao brasileiro carente de uma informação rigorosa e
precisa, tendo em vista todo o processo de formação dos movimentos ambientalistas que
desencadearam um novo pensamento na sociedade como um todo.
Portanto devemos ter claro que o desenvolvimento econômico, social e cultural
deve estar aliado às questões ambientais, pois estamos todos ligados intimamente ao
meio natural. A questão política, de mesquinhez eleitoral, deve ser superada, e todos,
desde estudantes, governantes, políticos, empresários, agricultores devem se unir para
lutarmos em prol do meio ambiente.