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ESPÉCIES LEVANTADAS NO HORTO MEDICINAL DO CAMPUS 2 DA UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR – UMUARAMA/PR Karina Natally Canzi¹; Juliana Okamoto¹; Orlando Seiko Takemura 2 ; Ezilda Jacomassi 2 ¹Acadêmicas e ²Docentes do Curso de Farmácia da Universidade Paranaense – UNIPAR Introdução: O estudo florístico é um dos estudos iniciais para o conhecimento da flora de determinada área e implica na produção de lista das espécies ali instaladas, sendo de fundamental importância a correta identificação taxonômica dos espécimes e a manutenção de exsicatas em herbário (MARTINS, 1990). A identificação das espécies e sua perpetuação como testemunho são os passos mais importantes para que qualquer investigação possa ser reproduzida (MENTZ; BORDIGNON, 2002). Objetivo: Realizar um levantamento florístico das espécies cultivadas no Horto Medicinal do Campus 2 da Universidade Paranaense-UNIPAR. Metodologia: Inicialmente mapeou-se toda a área do Horto Medicinal, elaborando uma tabela das espécies ali cultivadas. Concomitantemente foram realizadas caminhadas periódicas com o intuito de coletar ramos com estruturas reprodutivas para a elaboração de exsicatas, seguindo as técnicas usuais preconizadas (FIDALGO; BONONI, 1989). O material de testemunho foi acondicionado no Herbário do Horto, sendo posteriormente encaminhado para o Herbário Oficial da UNIPAR (HEUP) localizado em Paranavaí/PR. Resultados: Observou-se a ocorrência de 445 espécies, pertencentes a 99 famílias e 301 gêneros. Destas 67,2% são exóticas e 32,8% nativas. O hábito predominante foi de espécies herbáceas (44,6%) seguida das arbóreas (17,9%), arbustos (16,0%), subarbustos (14,6%) e trepadeiras (6,9%). Em relação a utilização sobressaíram-se as espécies medicinais (41,4%), seguida de ornamentais (31,5%), frutíferas (13,9%), hortaliças (4,5%), condimentares (3,8%), tóxicas (2,7%) e forrageiras (2,2%). As famílias de maior ênfase em número de espécies (91 espécies) foram Asteraceae (8,9%), Lamiaceae (7,2%) e Euphorbiaceae (4,2%). Das espécies levantadas 310 foram herborizadas. Discussão: O Horto foi criado para subsidiar, principalmente as atividades desenvolvidas com plantas medicinais. A predominância de herbáceas, possivelmente está relacionada ao fato deste hábito ser muito comum em plantas medicinais. As espécies exóticas sobressaíram às espécies nativas principalmente devido à

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ESPÉCIES LEVANTADAS NO HORTO MEDICINAL DO CAMPUS 2 DA UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR – UMUARAMA/PR

Karina Natally Canzi¹; Juliana Okamoto¹; Orlando Seiko Takemura2; Ezilda Jacomassi2

¹Acadêmicas e ²Docentes do Curso de Farmácia da Universidade Paranaense – UNIPAR

Introdução: O estudo florístico é um dos estudos iniciais para o conhecimento da flora de determinada área e implica na produção de lista das espécies ali instaladas, sendo de fundamental importância a correta identificação taxonômica dos espécimes e a manutenção de exsicatas em herbário (MARTINS, 1990). A identificação das espécies e sua perpetuação como testemunho são os passos mais importantes para que qualquer investigação possa ser reproduzida (MENTZ; BORDIGNON, 2002).Objetivo: Realizar um levantamento florístico das espécies cultivadas no Horto Medicinal do Campus 2 da Universidade Paranaense-UNIPAR.Metodologia: Inicialmente mapeou-se toda a área do Horto Medicinal, elaborando uma tabela das espécies ali cultivadas. Concomitantemente foram realizadas caminhadas periódicas com o intuito de coletar ramos com estruturas reprodutivas para a elaboração de exsicatas, seguindo as técnicas usuais preconizadas (FIDALGO; BONONI, 1989). O material de testemunho foi acondicionado no Herbário do Horto, sendo posteriormente encaminhado para o Herbário Oficial da UNIPAR (HEUP) localizado em Paranavaí/PR. Resultados: Observou-se a ocorrência de 445 espécies, pertencentes a 99 famílias e 301 gêneros. Destas 67,2% são exóticas e 32,8% nativas. O hábito predominante foi de espécies herbáceas (44,6%) seguida das arbóreas (17,9%), arbustos (16,0%), subarbustos (14,6%) e trepadeiras (6,9%). Em relação a utilização sobressaíram-se as espécies medicinais (41,4%), seguida de ornamentais (31,5%), frutíferas (13,9%), hortaliças (4,5%), condimentares (3,8%), tóxicas (2,7%) e forrageiras (2,2%). As famílias de maior ênfase em número de espécies (91 espécies) foram Asteraceae (8,9%), Lamiaceae (7,2%) e Euphorbiaceae (4,2%). Das espécies levantadas 310 foram herborizadas.Discussão: O Horto foi criado para subsidiar, principalmente as atividades desenvolvidas com plantas medicinais. A predominância de herbáceas, possivelmente está relacionada ao fato deste hábito ser muito comum em plantas medicinais. As espécies exóticas sobressaíram às espécies nativas principalmente devido à introdução de plantas medicinais e ornamentais no país, especialmente durante a sua colonização. Asteraceae, Lamiaceae e Euphorbiaceae representam importantes famílias da flora medicinal (LORENZI; MATOS, 2002), por este motivo são as mais expressivas do Horto.Conclusão: Desta forma, pode-se concluir que o Horto Medicinal apresenta grande diversidade de espécies. Com isto, contribui, significativamente, para o melhor desenvolvimento de trabalhos relacionados com espécies medicinais, além de restabelecer a flora local.Referências Bibliográficas:FIDALGO, O.; BONONI, V. L. R. Técnicas de coleta, preservação e herborização de material botânico. Instituto de Botânica/Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo, 1989. 108p. LORENZI,H.; MATOS, J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, São Paulo: Instituto Plantarum, 2002. 512 p.MARTINS, F.R. Atributos de comunidades vegetais. Quid, Teresina, v.9, n.1/2, p.12-17, 1990.MENTZ, L.A.; BORDIGNON, S.A.L. Nomenclatura botânica, classificação e identificação de plantas medicinais. In: SIMÕES, R.I. et al. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 4.ed. Porto Alegre/Florianópolis: Ed.Universidade/ UFRGS/ Ed. da UFSC, 2002. p.165-182.