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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA Modelos Matemáticos para Estimação dos Parâmetros da Cinética de Degradação Ruminal de Coprodutos Protéicos Ubiara Henrique Gomes Teixeira. Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Zootecnia. Área de concentração: Zootecnia. Sinop, Mato Grosso Março de 2014

Modelos Matemáticos para Estimação dos Parâmetros da ... · Agradecer a Ligia que mesmo fazendo o curso de mestrado em outra instituição sempre se ... pela amizade e ajuda na

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

Modelos Matemáticos para Estimação dos Parâmetros da

Cinética de Degradação Ruminal de Coprodutos Protéicos

Ubiara Henrique Gomes Teixeira.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação

em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso,

Campus Universitário de Sinop, como parte das exigências

para a obtenção do título de Mestre em Zootecnia.

Área de concentração: Zootecnia.

Sinop, Mato Grosso

Março de 2014

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UBIARA HENRIQUE GOMES TEIXEIRA

Modelos Matemáticos para Estimação dos Parâmetros da

Cinética de Degradação Ruminal de Coprodutos Protéicos

Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação

em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso,

Campus Universitário de Sinop, como parte das exigências

para a obtenção do título de Mestre em Zootecnia.

Área de concentração: Zootecnia.

Orientador: Prof. Dr. Douglas dos Santos Pina.

Sinop, Mato Grosso

Março de 2014

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Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou

eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.

FICHA CATALOGRÁFICA

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, porque sem ele não estaríamos aqui hoje.

Ao meu pai Ubiara, minha mãe Agringola, meu irmão Eduardo, que mesmo longe sempre

estiveram ao meu lado me incentivando e apoiando, minhas tias Tita e Marina, e meu tio Devanil,

meus primos, Jhol, Laís, Luana, pelo amor e apoio durante esse período.

À Universidade Federal de Mato Grosso/Campus Sinop, pela oportunidade de realização do

curso de mestrado.

Agradecer ao Prof. Dr. Douglas dos Santos Pina, pela paciência e por ter participado na

realização deste curso de mestrado como meu orientador acreditando e me incentivando, orientando e

auxiliando no conhecimento científico e profissional e pela confiança que ele teve durante esse

período de convívio.

A todos os professores do Programa de Pós Graduação em Zootecnia pelos valiosos

ensinamentos.

Agradecer a Ligia que mesmo fazendo o curso de mestrado em outra instituição sempre se

mostrou preocupada comigo e também me incentivando a concluir este curso.

Agradecer aos amigos Diego (Di) e Leonardo (Lau) que me acompanharam desde o inicio do

curso, pelo companheirismo e ajuda que recebi deles. Aos meus amigos de moradia Lucão (Galo

Cego), Kaio (Zoio) e Edeon (Jão) que me ajudaram quando cheguei aqui em Sinop, e depois

arrumaram um lugar pra morar com eles.

Agradecer ao meu amigo Tiago (Pato Branco) pela amizade e ajuda na execução desse

projeto, aos amigos Alvair (Vavá) e Fagner (Fafinho) que sempre que precisei de ajuda eles estiveram

prontos pra ajudar. A todos que já me deram carona e me ajudaram de alguma forma, obrigado.

vi

BIOGRAFIA

Em agosto de 2006 ingressou no curso de Zootecnia na Universidade do Estado de Mato

Grosso (UNEMAT) Campus Universitário de Pontes e Lacerda – MT, em setembro de 2011 concluiu

o curso obtendo o titulo de Bacharel em Zootecnia.

Em março de 2012 ingressou no curso de mestrado em Zootecnia na Universidade Federal de

Mato Grosso (UFMT)/Sinop – MT, no dia 13 de março de 2014 apresentou sua dissertação como

norma do programa de pós-graduação para obtenção do titulo de Mestre em Zootecnia.

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RESUMO

TEIXEIRA, Ubiara Henrique Gomes Teixeira. Dissertação de Mestrado (Zootecnia),

Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop, março de 2014, 50 f

Modelos Matemáticos para Estimação dos Parâmetros da Cinética de Degradação

Ruminal de Coprodutos Protéicos.Orientador: Prof. Dr. Douglas dos Santos Pina.

Coorientadores: Prof. Dr. Eduardo Henrique Beitori Kilng de Moraes e Prof. Dr. Dalton

Henrique Pereira.

RESUMO: Objetivou-se avaliar os parâmetros da cinética de degradação ruminal dos

coprodutos protéicos da produção de biocombustível Grãos Secos de Destilaria com Solúveis

(GSDS) de milho (GSDSM) de sorgo (GSDSS), Farelo de Soja (FS) e Torta de Algodão

(TA). bem como, avaliar diferentes modelos matemáticos para caracterizarem o perfil de

degradação ruminal destes concentrados protéicos. O experimento foi realizado na

Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) campus de Sinop. Para estimativa dos

parâmetros da cinética de degradação in situ da MS e PB dos alimentos estudados, foi

realizado o ajuste de 5 diferentes modelos matemáticos não-lineares: Exponencial, Van

Milgen, Logístico, Gompertz e Richards. Para avaliação in situ foram utilizados quatro

alimentos, GSDSM, GSDSS, FS e TA. Amostras dos alimentos, foram incubadas no rúmem

nos tempos 0, 2, 4, 6 12, 16, 24, 36, 48 e 72 horas. Nos resíduos de incubação foram

determinados os teores de MS e PB, e sua degradabilidade efetiva. De acordo com a

ponderação de Akaike (Wi) o modelo de Richards apresenta 71,29; 74,63; 95,45 e 49,64 % de

chance de ser o modelo mais adequado, para caracterizar a cinética de degradação in situ da

MS do GSDSM, GSDSS, FS e TA, respectivamente. Seguindo a ponderação Wi o modelo de

Gompertz apresenta 23,78; 39,05; 63,86 e 66,49 % de chance de ser o modelo mais adequado

para caracterizar a degradação da PB do GSDSM, GSDSS, FS e TA.

Palavras chave: Cinética de degradação, degradabilidade efetiva, modelos matemáticos.

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ABSTRACT

TEIXEIRA, Ubiara Henrique Gomes Teixeira. Dissertação de Mestrado (Zootecnia),

Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Sinop, março de 2013, 50 f.

Mathematical Models for Parameter Estimation of Ruminal Degradation Kinetic of

Protein Byproducts.Adviser: Prof. Dr. Douglas dos Santos Pina. Co-adivisers: Prof. Dr.

Eduardo Henrique Beitori Kilng de Moraes e Dalton Henrique Pereira.

ABSTRACT: The objective of this study was to evaluate the parameters of ruminal

degradation kinetics of byproducts from biofuel production, as well as, evaluate different

mathematical models to characterize the profile of ruminal degradation of these protein

concentrates. The experiment was conducted at the Universidade Federal do Mato Grosso

(UFMT) campus de Sinop, where the byproducts of chemical and qualitative analyzes were

performed at the Laboratory of Animal Nutrition and Forage. To estimate the parameters of

the kinetics of in situ degradation of DM and CP of the foods studied, the adjustment of 5

different nonlinear mathematical models was performed: Exponencial, Van Milgen,

Logístico, Gompertz and Richards, by iterative Marquardt, inserted in the PROC NLIN of

SAS. To evaluate in situ four foods were used, two of Dried Distillery Grains with Solubles

(DDGS) corn (DDGSC) sorghum (DDGSS), Soybean meal (SM) and cottonseed meal (CM).

In situ incubation procedure two crossbred, were cannulated in the rumen, with average

weight 250 kg, aged 20 to 24 months. Samples of food (DDGSC, DDGSS, SM and CM),

were incubated in the rumen in times 0, 2, 4, 6 12, 16, 24, 36, 48 and 72 hours. In incubation

residues were determined for DM and CP, in order to estimate the proportion of these

fractions disappearance of food in their incubation times. The models proposed by Richards

and Gompertz were the best suited for characterizing the parameters of ruminal degradation

kinetics of byproducts from ethanol production.

Keywords: Kinetics of degradation, effective degradability, mathematical models.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO GERAL ...................................................................................................1

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..........................................................................................3

2.1 Grãos Secos de Destilaria com Solúveis – GSDS ........................................................3

2.3 Métodos in situ de avaliação de alimentos ..................................................................7

3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 12

CAPÍTULO 1 ...................................................................................................................... 17

1 Introdução .................................................................................................................... 17

2 Materiais e Métodos ..................................................................................................... 18

3 Resultados e Discussão ................................................................................................. 21

4 Conclusão ..................................................................................................................... 38

5 Referências ................................................................................................................... 39

1

1 INTRODUÇÃO GERAL

A industrialização de produtos agrícolas pode resultar em coprodutos com potencial de

uso na alimentação de animais ruminantes, que dependendo de sua origem e forma de

obtenção pode apresentar valores desequilibrados de nutrientes em sua composição

química.No entanto, é de interesse comum à obtenção de informações sobre o aproveitamento

ruminal destes materiais, principalmente quando se trata da fração nitrogenada e da matéria

orgânica (Pereira et al., 2000).

Os coprodutos da produção de etanol a partir do milho são identificados na literatura

internacional como grãos secos destilados com solúveis GSDS

(drieddistillersgrainswithsolubles - DDGS) que são obtidos após a fermentação do amido

pelas leveduras e enzimas selecionadas para produzir o etanol e o dióxido de carbono

(Fastingeret al., 2006). Estes coprodutos possuem concentração de proteína, lipídeo e fibra

aproximadamente três vezes mais que a do milho. A proteína aumenta de 10 para 30 %, o

lipídio entre de 4 para 12 %, o FDN de 12 para 36 %, e o fósforo (P) de 0,3 a 0,9 %), devido

ao fato do amido ser convertido em etanol durante a fermentação (Spiehset al., 2002).

Considerando-se a importância da produção de biocombustíveis e as políticas

governamentais brasileiras que encorajam sua produção, espera-se aumento do total

produzido bem como, o uso de novas fontes renováveis de combustíveis(IPEA. 2010). Muitas

pesquisas foram conduzidas durante os últimos anos (Cao et al., 2009; Gilbery et al., 2006,

Kleinschmit et al., 2007; Li et al., 2012; Maxin et al., 2013; Segers et al., 2012) para avaliar a

concentração nutricional, digestibilidade, valor alimentar e propriedades associadas aos

GSDS. Entretanto, o etanol produzido, como na América do Norte ou Europa, pode ser

produzido a partir de vários cereais como milho, sorgo, trigo, caracterizando uma

variabilidade na composição química do coproduto, por isto tem sido recomendado analisar a

2

composição do GSDS antes de seu fornecimento na alimentação animal, quando adquirido de

um novo fornecedor (Stein &Shurson, 2009).

A técnica in situ de avaliação de alimentos é uma ferramenta que pode ser utilizada

para avaliar a qualidade dos alimentos e prover informações sobre a cinética do processo de

degradação que ocorre no rúmen. O uso da técnica in situ possui a vantagem de permitir uma

rápida estimativa da taxa e extensão da degradação ruminal dos alimentos sem a necessidade

de procedimentos sofisticados ou complicados (Ørskovet al., 1980). A técnica para estimar a

fermentação ruminal através da incubação de pequenas amostras de alimentos dentro do

rúmen foi primeiramente usada por Quin et al.(1938).

Contudo, foi depois da introdução de ferramentas matemáticas capazes de transformar

os dados de taxas de desaparecimento ruminal em valores denominados de degradabilidade

efetiva (Ørskov&McDonald, 1979) que o método passou a ser difundido (Hvelplund

&Weisbjerg, 2000).O método in situ é amplamente utilizado em pesquisas para determinação

de estimativas da degradabilidaderuminal dos alimentos, sendo adotado em vários países

(Schwabet al., 2003), como também pelo NRC (2001).

Desta forma, objetivou-se com este estudo avaliar os parâmetros da cinética de

degradação ruminal dos coprodutos protéicos da produção de biocombustível a partir dos

cereais milho e sorgo além do farelo de soja e torta algodão bem como, avaliar diferentes

modelos matemáticos para caracterizarem o perfil de degradação ruminal destes concentrados

protéicos.

O presente trabalho foi formatado seguindo as normas da Revista Pesquisa

Agropecuária Brasileira.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Grãos Secos de Destilaria com Solúveis – GSDS

O etanol é obtido por diferentes tecnologias no processamento de moagem, a moagem

do grão de milho inteiro (método convencional) ou de uma fração (método de fracionamento).

Assim, no processo de moagem convencional, todo o conteúdo do grão (componentes

fermentáveis e não fermentáveis) é submetido à fermentação, enquanto que no processo de

moagem fracionada, os grãos de milho estão fisicamente separados (fibra, gérmen e

endosperma) e as porções não fermentáveis do grão, fibra e gérmen, não são submetidas ao

processo de fermentação (Singh et al., 2005; Wang et al., 2005; Khullar et al., 2009). A fração

não fermentada é convertida em um coproduto denominado grãos secos de destilaria com

solúveis (GSDS)(Belyea et al., 2010).

Cerca de dois terços do milho é constituído por amido, o qual é o componente que é

fermentado em etanol. Os nutrientes restantes são recuperados na vinhaça, onde a água é

removida para produzir GSDS (Banco et al., 2000). Portanto, a quantidade de proteína,

extrato etéreo (EE), fibra e minerais aumentam cerca de três vezes quando comparado com o

milho in natura. A proteína aumenta de 10 para 30%, oEE entre de 4 para 12%, a fibra

insolúvel em detergente neutro (FDN) de 12 para 36%, e o fósforo (P) de 0,3 a 0,9% da

matéria seca do GSDS, sendo muito utilizado principalmente para alimentação de bovinos de

corte em terminação (Spiehs et al., 2002). Porém, a composição química e valor nutricional

do GSDS variam de acordo com tipo de grão (Nuez-Ortíne & Yu, 2009) e processo de

moagem (Robinson et al., 2008).

As proporções de amilopectina e amilose podem variar entre os híbridos de milho e

podem afetar a eficiência de fermentação, reduzindo a produção de etanol quando a proporção

4

de amilose aumenta, além do fato de que o rendimento do etanol pode variar cerca de 23 %

entre as variedades de milhos híbridos, presumivelmente devido a diferenças na composição

do amido (Singh & Graeber, 2005; Sharma et al., 2007).

A secagem é a última etapa de processamento para obtenção dos GSDS, onde as

condições do secador podem influenciar significativamente a qualidade da proteína do GSDS

(Swietkiewicz & Koreleski, 2008; Young, 2008). Quando GSDS passa pelo processo de

secagem, pode ocorrer superaquecimento, já que em usinas de etanol a temperatura de

secagem pode variar de 127 a 621oC, fazendo com que ocorra reação de Maylard que é

prejudicial para qualidade do produto. Em tais casos, alguns dos hidratos de carbono e

proteínas do GSDS podem tornar-se quimicamente ligados, formando um produto indigestível

para o animal. Esse tipo de reação química, associada a dano térmico, está condicionado à

obtenção de um GSDS mais escuro, assim um coproduto com a coloração mais clara em geral

é preferível (Hoffman & Baker, 2011).

Dentre outras fontes de variação, a mais comum é com relação ao tamanho das

partículas de milho moído, a qual pode afetar a disponibilidade de amido, a taxa de

fermentação e a separação da vinhaça, sendo estes efeitos interativos e impactantes na

identificação e controle da variação de fluxos de processamento e em última análise, da

composição do GSDS (Belyea et al., 2010).

Comparado com o milho, o GSDS tem teores mais elevados de cálcio, fósforo, e

enxofre, de modo que, dependendo do nível de inclusão do GSDS na dieta pode-se atender a

exigência de fósforo do animal, reduzindo a necessidade de suplementação via mistura

mineral (Tjardes & Wright, 2002). O GSDS também pode conter mais enxofre que o milho,

agregando quantidades significativas de enxofre na dieta (Berger &Good, 2007). O Ácido

sulfúrico pode ser utilizado para manutenção do pH durante a fermentação para produção do

etanol, contudo, sua adição no processo pode aumentar o teor de enxofre dos GSDS. O

5

consumo de quantidades excessivas de enxofre (mais do que 0,4 % de enxofre % matéria seca

da dieta) pode levar ao desenvolvimento de quadros de polioencephalomalacia (Erickson et

al., 2005). Uma possibilidade para contornar este problema é a adição de Tiamina nas dietas,

com a finalidade de reduzir o risco desta doença, porém o nível de inclusão adequado e a

eficácia do tratamento não são comprovados. Adicionalmente, a concentração excessiva de

enxofre interfere na capacidade do animal absorver cobre (Hoffman & Baker, 2011).

A composição química dos GSDS pode ser muito variável (Belyea et al., 1989, 2004;

Shurson et al., 2001), o que torna sua utilização na formulação de dietas dependente de uma

caracterização química prévia, pois as informações obtidas de tabelas podem não ser

confiáveis, dependendo do nível de precisão e acurácia desejado na formulação. A

composição químico-bromatologica dos GSDS obtidos em diferentes usinas podem ser

observadasna Tabela 1.

Tabela 1. Comparação da variação na composição da fibra insolúvel em detergente ácido

(FDA g/ kg de MS) extrato etéreo (EE g/ kg de MS) e proteína bruta (PB g/ kg de

MS) de diferentes destilarias de etanol

Planta

Shurson et al. (2001)

Planta

Belyea et al. (2010)

FDA EE PB FDA EE PB

Média CV Média CV Média CV Média CV Média CV Média CV

1 142 8,0 102 10,5 308 10,2 1 242 4,0 112 19,1 313 9,7

2 181 7,5 107 6,1 309 10,2 2 236 3,2 118 7,4 324 8,1

3 148 51,2 112 5,0 301 7,7 3 232 2,8 109 8,0 309 7,6

4 138 Na 114 5,5 314 2,1 4 230 5,9 120 8,7 322 7,1

5 160 4,9 117 7,4 290 3,3 5 243 4,3 119 14,1 323 7,2

6 158 8,4 102 9,1 307 6,8 6 245 2,8 115 11,2 326 7,2

7 163 54,2 114 7,0 287 5,7 7 241 5,6 121 8,6 322 5,5

8 185 10,1 108 4,4 316 4,9 8 244 2,8 108 18,6 323 5,5

9 154 11,2 107 5,9 287 4,1 9 222 5,1 115 17,7 323 7,9

10 171 6,6 108 5,5 295 3,3 - - - - - - -

Média 162 28,4 109 7,8 302 6,4

237 4,3 115 17,7 320 7,7 CV = coeficiente de variação, na = não avaliado.

Fonte: Adaptado de Belyea et al.(2010).

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A partir das informações da Tabela 1 é possível observar que os valores de FDA são

mais discrepantes em relação aos valores de proteína e extrato etéreo, contudo, grande parte

da variação se encontra entre as plantas de processamento de cereais para obtenção do GSDS.

Apesar de um grande número de fatores influenciarem na composição final do GSDS, o

mesmo possui um elevado potencial de utilização na alimentação animal. Devido a sua

concentração elevada em determinados componentes nutritivos, permitindo a sua utilização,

em substituição ao Farelo de Soja, como fonte de proteína em dietas para vacas leiteiras ou

bovinos de corte (Sasikala - Appukuttan et al., 2008; Franke et al., 2009; Meyer et al., 2010).

O conhecimento das características metabólicas e dos teores de proteína e energia dos

GSDS é necessário para a exploração efetiva dos mesmos na nutrição animal. Quando se

utiliza o GSDS como ingrediente em dietas de animais ruminantes, a atenção deve ser focada

principalmente sobre a qualidade da proteína bruta, tais como: degradabilidade in situ da PB,

proporção e digestibilidade intestinal da fração de proteína não degradada no rúmen(PNDR)

(Chrenková et al., 2012).

O elevado teor da proteína não degradada no rúmem(PNDR) do GSDS é importante

para alimentação de animais ruminantes, devido a seu potencial efeito na utilização da

proteína dietética e na produtividade animal. Estimativas precisas do teor PNDR poderiam,

desta forma, melhorar a formulação de dietas (Li et al., 2012).Assim, o elevado conteúdo de

PNDR é uma característica importante do GSDS, por causa do potencial para aumentar a

quantidade de aminoácidos essenciais no pool de aminoácidos metabolizável (Li et al., 2012).

O GSDS é o principal coproduto da produção de etanol a partir de cereais, sendo

utilizado de forma eficiente por animais ruminantes (Klopfenstein et al., 2008). Portanto, a

utilização do GSDS pode ser uma alternativa economicamente viável para a alimentação

animal nas regiões em que seu custo de aquisição seja menor quando comparado com

alimentos padrões.

7

2.3 Métodos in situ de avaliação de alimentos

Nos estudos da digestibilidade e do valor nutritivo dos alimentos para animais

ruminantes, os resultados obtidos in vivo sempre foram mais realísticos que os métodos

disponíveis em laboratório, em que se tenta reproduzir os processos naturais do rúmen

(Ørskov, 1980). No entanto, os estudos in vivo são limitados pela necessidade de se ter um

número representativo de animais, animais homogêneos, além da necessidade de uma grande

quantidade de alimentos que permita ser utilizado durante o tempo de adaptação e o período

experimental. Portanto, além de ser uma técnica trabalhosa, onerosa, demorada, é

praticamente inviável para ser utilizada em avaliações com grande número de

alimentos.Apesar da técnica in vivo consistir na forma mais acurada para avaliar o valor

nutricional dos alimentos ou dietas, técnicas alternativas as avaliações in vivo, tais como: in

situ e in vitro têm sido desenvolvidas visando sobrepor as dificuldades encontradas nos

experimentos in vivo.

A técnica para estimar a fermentação ruminal através da incubação de pequenas

amostras de alimentos dentro do rúmen foi primeiramente usada por Quin et al. (1938).

Contudo, somente com a introdução de ferramentas matemáticas capazes de transformar os

dados de taxas de desaparecimento ruminal em valores denominados de degradabilidade

efetiva (Ørskov &McDonald, 1979) é que o método passou a ser difundido (Hvelplund

&Weisbjerg, 2000). Hoje, o método in situ é o mais amplamente utilizado em pesquisas para

determinação de estimativas da degradabilidaderuminal da proteína, sendo adotado em vários

países (Schwabet al., 2003), como também pelo NRC (2001).

O procedimento in situ consiste em colocar amostras de um alimento dentro de sacos

de náilon, com tamanho de poros definido (40 – 60 µm), e a imersão destes no rúmen de

8

animais canulados (bovinos, ovinos ou caprinos). Os poros devem ser pequenos o bastante

para impedir a perda de partículas e grande o bastante para permitir o acesso dos

microrganismos ao material. Devido à pequena quantidade de amostra incubada, estas não

interferem na fermentação ruminal, e admite-se que as condições no interior dos sacos são

semelhantes às ruminais. As amostras são removidas em intervalos de tempos variados e a

proteína bruta(PB) é quantificada no material não degradado (Broderick &Cochran, 2000).

Pelo menos três frações (A, B e C) da PB podem ser determinadas. Assume-se que

fração A é completamente degradada no rúmen e consiste da fração que passa pelos poros

durante o processo de lavagem com água (± 39ºC). Incluídos nessa fração estão os compostos

nitrogenados não protéicos (NNP), a proteína rapidamente solubilizada e a proteína contida

nas pequenas partículas do alimento. A fração B é a proteína insolúvel potencialmente

degradável associada com as partículas de maior tamanho. Ou seja, a porcentagem da PB

inicial que desaparece da amostra durante o tempo de exposição ruminal. Por último, assume-

se que fração C não é degradada no rúmen, independentemente do tempo de exposição da

amostra ao ambiente ruminal (Vanzantet al., 1998).

A degradabilidade efetiva (DE) dos alimentos é determinada utilizando-se o modelo de

Ørskov&McDonald (1979), por intermédio da seguinte equação: DE = A + B [Kd/(Kd +

Kp)], onde as frações A e B e a taxa de digestão (kd) são estimadas através da

degradabilidade potencial Dg (t) = A + B x (1 – e kd*t

), onde kd é a taxa de digestão da fração

B, kp é a taxa de passagem da fração B e t é o tempo de incubação. A proteína degradada no

rúmem (PDR) pode ser calculada como: PDR = A + B [Kd/(Kd + Kp)] e a PNDR = PB –

PDR ou PNDR = C + B [Kp/(Kd + Kp)].

Alguns ajustes têm sido feitos no modelo original de Ørskov &McDonald (1979),

sendo que McDonald (1981) introduziu um valor de lag time ao modelo, a fim de aumentar a

precisão na determinação da degradabilidade efetiva. O lag time é definido como o tempo no

9

qual a derivada da equação para o conjunto de dados iguala-se à verdadeira fração

potencialmente degradável no tempo zero (Mertens, 1993). Assim, as novas equações seriam:

Dg (t) = A + B x [1 – e – kd*(t-lag)

] e DE = A +[B.Kd.e– Kp*lag

/(Kd + Kp)]. Segundo Petit et al.

(1995) a adição do lag time no modelo tem pouco efeito na degradabilidade efetiva. Contudo,

os valores das frações A e B e do Kd são um pouco diferentes com a utilização ou não do lag

time no modelo.

O desaparecimento ruminal da PB é uma função das taxas de digestão e passagem.

Dessa forma, o Kp deve ser medido ou estimado através de equações. O NRC (2001) propõe

três equações para estimar as taxas de passagem, sendo, para volumosos úmidos Kpvu= 3,054

+ 0,614X1 (1); para volumosos secos Kpvs= 3,362 + 0,479X1 - 0,007X2 – 0,017X3 (2) e para

concentrados Kpc= 2,904+1,375X1 – 0,020X2 (3), onde X1= consumo de matéria seca (MS)

(% do peso vivo); X2 = % de concentrado na dieta (em MS) e X3= % de FDN do alimento

(em MS). De forma análoga ao NRC (2001), Seoet al. (2006) propuseram três equações para

estimar o Kpf para forragem = (2,365 + 0.0214IFpPC + 0,0734ICpPC + 0,069FDMI)/100;

Kpc para concentrado = (1,169 + 0,1375IFpPC + 0,1721ICpPC)/100 e Kpl para a fração

líquida = (4,524 + 0,0223IFpPC + 0,2046ICpPC + 0,344IF)/100, onde Kp é a taxa de

passagem (h−1

), IFpPC a ingestão de matéria seca de forragem como proporção do peso

corporal (g/kg), ICpPC a ingestão de matéria seca de concentrado como proporção do peso

corporal (g/kg) e IF é a ingestão de matéria seca de forragem (kg).

A partir dessas equações, que a ingestão de matéria seca (NRC, 2001) e de

componentes específicos das dietas, como concentrado e forragens (Seoet al.,2006) são

importantes fatores afetando a taxa de passagem e, consequentemente, o conteúdo de PDR e

PNDR dos alimentos. Mas, devido à complexidade de se modelar alguns fatores que

exercerem efeito sobre a taxa de passagem (tamanho, densidade e taxa de hidratação de

partículas) os modelos de predição da kp ainda não contemplam esses fatores.

10

Segundo Broderick &Cochran (2000), apesar da grande amplitude de utilização do

método in situ para determinação da degradabilidaderuminal da PB, existe ainda uma grande

variação nos resultados obtidos em diferentes laboratórios, onde, as principais fontes de

variação são: dieta basal, tipo de amostras e animal, replicação, condições de incubação e

técnica de lavagem. Dessa forma, a padronização da técnica é de suma importância para

permitir uma avaliação adequada dos alimentos e uma comparação dos resultados obtidos.

Por isso algumas condições para a avaliação da degradabilidaderuminalda PB são sugeridas

por Broderick &Cochran (2000) para padronizar o processo (Tabela 2).

Dentre os principais problemas encontrados na utilização do método in situ para a

avaliação da degradação da proteína em forragens, ressalta-se a elevada proporção de material

solúvel em água contido nas forragens, o que a técnica erroneamente considera degradável

(Calsamigliaet al., 2000).

Tabela 2. Recomendações para experimentos in situ

Itens Recomendações

Dieta basal Relação volumoso/concentrado 70:30

Nível de alimentação Mantença ou voluntário

Material dos sacos Poliéster ou Náilon

Tamanho de poros 40 – 60 µm

Relação amostra / área de superfície 10 – 15 mg/ cm2

Peso da amostra (sacos medindo10 x 15 cm) 4,5 g

Moagem (concentrado, volumoso) 2 mm

Espécie animal Bovino, ovino, etc.

Número de animais 2

Número de dias 2 – 3

Número de sacos 2-3

Posição dos sacos no rúmen Saco ventral com movimento livre

Ordem de entrada / remoção Entrada seqüencial e remoção conjunta

Tempos de incubação 0, 2, 4, 8, 16, 24 e 48 h (72 p/ forragem)

Correção para contaminação microbiana Sim, para volumosos com baixo teor protéico Adaptada de Broderick &Cochran (2000) e Vanzantet al., (1998).

Tentativas têm sido feitas para considerar como erros as perdas de partículas e o

escape de proteína solúvel (Hvelplund &Weisbjerg, 2000). Quando as amostras são moídas,

as pequenas partículas produzidas podem escapar através dos poros durante o processo de

11

incubação, sem que nenhuma degradação tenha ocorrido, consideradas erroneamente como

degradadas. A extensão da perda de pequenas partículas pode ser estimada pela diferença

entre a perda de partículas dos sacos (P) quando estes são lavados e a solubilidade medida em

papel de filtro (SOL), que é determinada pela pesagem de 0,5 g de amostra em copo,

adicionando-se 40 mL de água e deixando em solução durante 1 hora à temperatura ambiente.

Depois, o material é filtrado em papel de filtro e o N é determinado, onde o valor de N solúvel

em água determinado por diferença (Hvelplund&Weisbjerg, 2000). Assumindo que as

partículas perdidas têm uma mesma taxa de degradação das remanescentes, a correção pode

ser efetuada: acor = a – P; bcor = b + [b / (1 – (P + Sol))]; ccor =c.

De acordo com a equação utilizada para estimar a degradabilidade efetiva, a proteína

solúvel é totalmente degradada no rúmen. Mas, para alimentos com alta proporção de proteína

solúvel, como silagens, a degradabilidade dessa fração é semelhante às demais. A taxa de

passagem da fase fluída é mais alta (12– 15%.h-1

), comparada com a taxa para partículas,

significando que a taxa de degradação para essa fração deve ser extremamente elevada ou

ocorreria um escape dessa fração, acarretando em valores superestimados da DE da PB

(Hvelplund&Weisbjerg, 2000). Para a estimação adequada da DE da PB em alimentos que

contenham uma elevada proporção da fração A, é necessário que essa seja ponderada em

relação às suas taxas de passagem e digestão, como: DE = A [KdA/(KdA + Kpfluído)] + B

[Kd/(Kd + Kp)]. Porém, tal correção torna-se difícil devido à necessidade de estimativas para

as taxas de digestão da fração A.

12

3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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17

CAPÍTULO 1

1 Introdução

Os coprodutos da produção de etanol a partir do milho são referenciados na literatura

internacional como grãos secos destilados com solúveis ou GSDS

(drieddistillersgrainswithsolubles - DDGS) que são obtidos após a fermentação do amido

pelas leveduras e enzimas selecionadas para produzir o etanol (Fastingeret al., 2006). Estes

coprodutos possuem concentração de proteína, lipídeo e fibra aproximadamente três vezes

maior que a do milho. A proteína aumenta de 10 para 30%, o lipídio entre de 4 para 12%, a

FDN de 12 para 36%, e o fósforo (P) de 0,3 a 0,9%), devido ao fato de a maior parte do

amido ser convertida em etanol durante a fermentação (Spiehset al., 2002).

Considerando-se a importância da produção de biocombustíveis e as políticas

governamentais brasileiras que incentivam sua produção, espera-se aumento do total

produzido bem como, o uso de novas fontes renováveis de combustíveis (IPEA, 2010).

Muitas pesquisas foram conduzidas durante os últimos anos (Cao et al., 2009; Gilbery et al.,

2006, Kleinschmit et al., 2007; Li et al., 2012; Maxin et al., 2013; Segers et al., 2012) para

avaliar a concentração nutricional, digestibilidade, valor alimentar e propriedades associadas

aos GSDS. Contudo, as mesmas têm sido conduzidas na América do Norte ou Europa.

A técnica in situ de avaliação de alimentos é uma ferramenta que pode ser utilizada

para avaliar a qualidade dos alimentos e prover informações sobre a cinética do processo de

degradação que ocorre no rúmen. O uso da técnica in situ possui a vantagem de permitir uma

rápida estimativa da taxa e extensão da degradação ruminal dos alimentos sem a necessidade

de procedimentos sofisticados ou complicados (Ørskovet al., 1980). O método in situ é

amplamente utilizado em pesquisas para determinação de estimativas da

18

degradabilidaderuminal dos alimentos através do ajuste de modelos matemáticos não lineares,

sendo este, adotado em vários países (Schwabet al., 2003), como também pelo NRC (2001).

Desta forma, objetivou-se com este estudo avaliar os parâmetros da cinética de

degradação ruminal dos coprodutos protéicos da produção de biocombustível a partir dos

cereais milho e sorgo além do farelo de soja e torta algodão bem como, avaliar diferentes

modelos matemáticos para caracterizarem o perfil de degradação ruminal destes concentrados

protéicos.

2 Materiais e Métodos

O experimento foi realizado na Universidade Federal do Mato Grosso

(UFMT)campusdeSinop, onde as análises químico-bromatológicas dos coprodutos

agroindustriais foram realizados no Laboratório de Nutrição Animal e Forragicultura.

Para avaliação in situforamutilizados Grãos Secos de Destilaria com Solúveis

(GSDS)de milho (GSDSM) e de sorgo (GSDSS), além dofarelo de soja (FS) e torta de

algodão (TA). Os alimentos foram desintegrados a 2 mm de diâmetro, em moinho de facas

(Marconi, modelo MA 680)e depois foram armazenados em frascos de plásticos e mantidos

em freezer a temperatura de -5ºC. As amostras destinadas a caracterização químico-

bromatologicasforamdesintegradas em moinho de facas, adaptado com peneira de 1 mm de

diâmetro. Estas, então, foram submetidas à determinação do teor dematéria seca (MS),

matéria mineral (MM), matéria orgânica (MO), fibra insolúvel em detergente neutro corrigida

para proteína (FDNcp),proteínabruta (PB), extrato etéreo (EE) e carboidrato não fibroso

(CNF)seguindo a metódo daAOAC (1990).

Os procedimentos de incubaçãoin situ das amostrasforam realizadosnoSetor de

Metabolismo Animal do Programa de Pós-graduação em Zootecnia da UFMT - Sinop. Para

19

isto, foramutilizados dois bovinosmestiços, canulados no rúmen, com peso médio 250 kg e

idade média de 20meses. Os animais foram alimentados duas vezes ao dia (07:00 e 17:00

horas) sendo fornecido silagem de milho como volumoso exclusivo, milho moído e farelo de

soja como concentrado mantendo uma relação volumoso concentrado de 70:30 (com base na

MS da dieta).A alimentação foi fornecida em quantidades suficiente para que se obtivesse

aproximadamente 10% de sobras no cocho. Água e mistura mineral comercial (Matsuda ®

Fós 805)foram administradas ad libitum.

Amostras dos quatro alimentos (GSDSM, GSDSS, FS e TA) foram alocadas em sacos

de náilon (R1020 – ANKOM) com porosidade de 50 micras com tamanho de 10x20cm e

relação média de 20mgde amostra por cm2de área superficial dos sacos. Inicialmente, os sacos

de náilon foram aquecidos a 65oC em estufa de ventilação forçada por 24 horas e então

alocados em dessecador e depois pesados. Posteriormente, os sacos foram preenchidoscom

seis gramas de amostras dosquatro coprodutos, utilizando duas amostras de cada alimento por

animal e tempo de incubação. As amostras foram incubadas no rúmem, de forma seqüencial,

com a finalidade de serem retiradas conjuntamente no final do período de incubação, sendo

utilizados os tempos 0, 2, 4, 6, 12, 16, 24, 36, 48 e 72 horas, gerando um total de 72 amostras

por animal.

Imediatamente após serem retirados do rúmem, os sacos foram imersos em água fria(±

0ºC), e posteriormente lavados, manualmente, em água corrente em temperatura ambiente, até

que esta estivesse límpida. As frações solúveis (tempo zero de incubação) foram determinadas

por meio dos mesmos procedimentos, porém sem incubação ruminal, lavadas somente em

água corrente. Após a lavagem os sacos foram levados à secagem em estufa de ventilação

forçada a uma temperatura de 65oC, por 72 horas (tempo necessário para atingir a constância

de peso), sendo então, levados a um dessecador durante 30 minutos e pesados

posteriormentepara determinação do resíduo de matéria seca (Passini et al., 2004).

20

Nos resíduos de incubação foram determinados os teores de MS e PB, como descrito

anteriormente, de forma a estimar a proporção de desaparecimento destas frações dos

alimentos nos respectivos tempos de incubação.Para estimar os parâmetros da cinética de

degradação ruminal dos coprodutos avaliados foram utilizados cinco diferentes modelos

matemáticos não-lineares: Exponencial, Van Milgen, Logístico, Gompertz eRichards (Tabela

1).

Tabela 1. Modelos matemáticos não lineares avaliados no estudo

Item1 NP

2 Restrições Equações

3

1 3 A, B e kd ≥ 0 Ŷ = A + B*(1-exp-kd*t

)

2 3 A, B e L≥ 0 Ŷ = A + B*[1-(1+L*ti)*exp(-L*ti)

]

3 3 A, B e kd ≥ 0 Ŷ = A + B / [1 + exp(2 – 4*Kd*t)

]

4 3 A, B e kd ≥ 0 Ŷ = A + B*exp- exp(1-kd*t )

5 4 A, B ekd≥ 0 e n ≥ -1 Ŷ = A + (A*B)*[(An + ((B

n- A

n)*exp

(-kd*t))]

(-1/n)

1 – 1 – Exponencial (Ørskov et al., 1980); 2 Van Milgen (Van Milgen et al.,1991); 3 – Logístico (France et al.,

1996); 4 – Gompertz (France et al., 1996).; 5 – Richards (France et al., 1996). 2 - NP = número de parâmetros do modelo. 3 - A = fração solúvel(%), B= fração insolúvel potencialmente degradada (%), KD = taxa fracional de

degradação (h-1), t = tempo de incubação (h), L = taxa fracional conjunta de latência e degradação; KD = L/2; n

= parâmetro sem significado biológico.

A avaliação dos modelos não lineares foi baseada na observação de que os parâmetros

estimados não violassem nenhuma das pressuposições do modelo. Na significância dos

parâmetros estimados em relação à hipótese de nulidade, no número de corridas de sinais do

resíduo, na observação do comportamento entre os valores do resíduo padronizado e os

valores preditos pelo modelo, e no valor da raiz quadrada do quadrado médio do resíduo

(Vieira et al., 2008). Além do critério de ponderação de Akaike (Gonçalves e Fritsche-Neto,

2012) obtido através do PROC MIXED do SAS(SAS Institute, 2005).

Para estimativa dos parâmetros da cinética de degradação in situ da MS e PB dos

alimentos estudados foram realizados os ajustes dos modelos de regressão não-linear, acima

descritos, pelo método iterativo de Marquardt, inserido no procedimento PROC NLIN do

SAS (SAS Institute, 2005).

21

As degradabilidades efetivas foram calculadas utilizando taxas de passagem (Kp) de

0,02; 0,05 e 0,08.h-1

, para baixo, médio e alto consumos, respectivamente, seguindo o modelo

proposto por Ørskov & McDonald (1979):[DE = A + (B *Kd) / (Kd+ Kp)], onde DE é a

degradabilidade efetiva, A é a fração solúvel,expressa em porcentagem (%), B é a fração

insolúvel potencialmente degradada, expressa em porcentagem (%), Kd é a taxa de

degradação da fração insolúvel potencialmente degradada, expresso em porcentagem por hora

(h-1

) e Kp é a taxa fracional de passagem, expresso em porcentagem por hora (h-1

).

3 Resultadose Discussão

A composição química dos GSDS pode ser muito variável (Belyea et al., 1989, 2004;

Shurson et al., 2001), o que torna sua utilização na formulação de dietas dependente de uma

caracterização química prévia, dependendo do nível de precisão e acurácia desejado na

formulação.Portanto, a utilização do GSDS como alternativa economicamente viável para a

alimentação animal nas regiões em que seu custo de aquisição seja compatível quando

comparado com alimentos padrões, depende primeiramente de uma caracterização química e

nutricional do mesmo (Tabela 2).

22

Tabela 2. Composição química dos coprodutos da produção de etanol a partir de cereais,

milho (GSDSM) e sorgo (GSDSM)

Item1 Alimento Média EP

2

Intervalo de Confiança

LI LS

MS GSDSM 90,83 0,2409 89,79 91,86

GSDSS 91,45 0,0817 91,10 91,80

MM GSDSM 2,40 0,1201 2,02 2,78

GSDSS 1,82 0,0365 1,71 1,94

MO GSDSM 97,60 0,1201 97,22 97,98

GSDSS 98,18 0,0365 98,06 98,29

FDNcp GSDSM 50,04 0,4340 48,93 51,16

GSDSS 40,20 0,4496 39,04 41,35

PB GSDSM 32,60 0,2078 31,94 33,26

GSDSS 37,73 0,2013 37,09 38,37

EE GSDSM 6,46 0,0200 6,40 6,53

GSDSS 6,54 0,0540 6,37 6,71

CNF GSDSM 8,49 0,2257 7,77 9,21

GSDSS 13,71 0,1966 13,08 14,33 1 – MS – Matéria Seca, MM – Matéria Mineral, MO – Matéria Orgânica, FDNcp – Fibra insolúvel em

Detergente Neutro corrigida para proteína, PB – Proteína Bruta, EE – Extrato Etéreo, CNF – Carboidrato Não

Fibroso. 2 – EP – Erro Padrão.

Levando em consideração os parâmetros avaliados, o modelo mais adequado para

caracterizar a cinética de degradação in situ da MS do GSDSM, GSDSS, FS e TA foi o

modelo proposto por Richards (France et al., 1996). Esta determinação foi baseada no menor

valor para raiz quadrada do quadrado médio residual, no maior número de corridas de sinal

para o resíduo padronizado e no critério de ponderação de Akaike(Tabela3).

Baseados nos valores de ponderação de Akaike (Wi) o modelo de Richards apresenta

71,29; 74,63; 95,45 e 49,64 % de chance de ser o modelo mais adequado, dentre o conjunto

de modelos avaliados, para caracterizar a cinética de degradação in situ da MS do GSDSM,

GSDSS, FS e TA, respectivamente. Apresentando um menor valor (3,1670; 2,3515; 4,3589;

3,6656 %) para a raiz do quadrado médio do resíduo para o GSDSM, GSDSS, FS e TA,

respectivamente, e um númerode corridas de sinais para o resíduo de 14; 19 e 13 para o

GSDSM, FS e TA, respectivamente, com exceção para o GSDSS, onde o maior valorpar o

número de corridas de sinais (21) foi observado com o modelo de Gomnpertz(Tabela 3).

23

Tabela 3. Parâmetros da cinética de degradaçãoin situ da MS de concentrados protéicos

obtidos com diferentes modelos matemáticos não-lineares

Alimentos Modelos 1 A E.P. B E.P. Kd E.P. Wi

2 RQMR NCS

GSDSM

1 8,68 1,14 75,58 3,44 0,0282 0,0029 2,38 3,4033 13

2 12,86 0,96 60,24 1,70 0,0398 0,0041 11,78 3,3236 14

3 5,14 1,13 65,49 1,93 0,0267 0,0012 0,15 3,6512 10

4 7,63 0,99 65,26 1,80 0,0697 0,0035 14,39 3,2524 14

5 10,50 1,17 70,37 3,01 0,0540 0,0120 71,29 3,1670 14

GSDSS

1 5,72 0,93 59,1 1.50 0.0472 0.0032 0,58 2.6649 10

2 9,79 0,80 51,04 1,15 0,0555 0,0047 0,79 2,6437 17

3 3,10 0,89 56,25 1,28 0,0367 0,0014 0,37 2,6945 17

4 5,32 0,78 55,35 1,14 0,0976 0,0038 23,63 2,4224 21

5 8,07 0,87 61,36 1,12 0,0848 0,0126 74,63 2,3515 17

F. Soja

1 21,09 1,92 77,75 2,21 0,0966 0,0072 2,88 4,7980 15

2 27,03 1,76 69,38 2,05 0,1041 0,0122 0,16 4,9637 15

3 18,33 1,98 77,05 2,38 0,0665 0,0035 0,01 5,1895 15

4 21,18 1,81 75,16 2,14 0,1812 0,0101 1,50 4,8079 16

5 11,77 1,05 85,66 1,92 0,1346 0,0246 95,45 4,3589 19

T. Algodão

1 25,35 1,31 43,14 1,89 0,0542 0,0064 49,64 3,6656 13

2 29,08 1,48 36,76 2,04 0,0609 0,0129 0,17 4,8176 5

3 24,41 1,70 40,33 2,35 0,0403 0,0038 0,06 5,0738 5

4 25,86 1,53 39,98 2,14 0,1064 0,0107 0,50 4,6692 6

5 11,35 1,31 55,81 2,14 0,0542 0,0064 49,64 3,6656 13 1 Modelos – 1 = Exponencial, 2 Van Milgen, 3 = Logístico, 4 = Gompertz e 5 = Richards.

A = Fração solúvel; B = Fração insolúvel potencialmente degradada; Kd = Taxa de degradação da fração B;

RRQMR = Raiz do quadrado médio do resíduo e NCS = Número de corridas de sinais do resíduo. 2 Ponderação de Akaike em %.

De acordo com o modelo de Richards (France et al., 1996) os valores estimados para

as frações A, B e Kd do GSDSM foram de 10,50; 70,37 % e 0,0540.h-1

, respectivamente, já

para o GSDSS o mesmo modelo estimou os valores 8,07 %; 61,36 % e 0,0848.h-1

para as

frações A, B e Kd, respectivamente. Apesar dos valores das frações A (8,07 %) e B (61,36 %)

do GSDSS se apresentarem menor em relação às mesmas frações do GSDSM o Kd (0,0848.h-

1) do GSDSS mostrou-se superior.

Na literatura existe uma grande variabilidade nos valores das frações A, B e Kd da MS

dos GSDS. Li et al. (2012) apresentaram valores das frações A, B e Kd da MS de 38,5 %,

55,7 % e 0,027.h-1

, respectivamente, porém Maxin et al. (2013) trabalhando com

degrabilidade ruminal da MS do GSDS do milho encontraram valores de 30,7 % para fração

24

A, para fração B 63,5 % e Kd de 0,05.h-1

. Valores elevados para a fração A reportados na

literatura podem ser devido a perdas de partículas durante o processo de incubação.Quando as

amostras são moídas, as pequenas partículas produzidas podem escapar através dos poros

durante o processo de incubação, sem que nenhuma degradação tenha ocorrido, sendo, assim

consideradas, erroneamente, como degradadas(Hvelplund & Weisbjerg, 2000).

O modelo de Richards, o qual foi o que melhor caracterizou o perfil de degradação

ruminal da MS da TA e do FS, estimou frações solúveis semelhantes (11,77 e 11,35 %) para

os alimentos, porém o FS apresentou maior fração do alimento insolúvel potencialmente

degradável (85,66 %) e maior taxa de degradação para esta fração (0,1346.h-1

) em relação aos

parâmetros determinados para a TA (55,81 %; 0,0542.h-1

), respectivamente.Avaliando a

degradabilidaderuminal do FS Goes et al. (2008)encontraram valores de 32,85% para a fração

A, 65,75% para a fração B e para a taxa de degradação 0,0865.h-1

. Valores de 35,64 % e 36,5

% para as frações A e B doFarelo de Algodão foram reportados Beramet al. (2005).

Aqualidade do ajuste do modelo de Richards aos dados de degradação in situ da MS

da TA e do FS e podem ser melhores visualizados nas Figuras 1 e 2, respectivamente.O

comportamento do resíduo padronizado em função dos valores preditos pelo modelo de

Richards apresentaram estrutura dispersa, não evidenciando nenhuma tendência de sub ou

superestimação dos valores de degradação para ambos os alimentos.

A eficiência de ajuste do modelo de Richards aos dados de degradação ruminal da MS

dos FS e TA, pode ser facilmente observada pela relação entre os valores preditos pelo

modelo, delimitados pela linha de tendência e os valores obtidos no ensaio de digestão in situ

(□ e ◊ para o TA e FS, respectivamente). Desta forma, corroborando com os demais

indicadores: menor valor para raiz quadrada do quadrado médio residual e maior número de

corridas de sinal para o resíduo padronizado e maior proporção para a ponderação de Akaike

(Tabela 3).

25

Figura 1. Perfil de degradação in situ da MS da Torta de Algodão caracterizado pelo modelo

Richards (□ degradabilidade mensurada).

Figura 2. Perfil de degradação in situ da MS do Farelo de Soja caracterizado pelo modelo de

Richards(◊ degradabilidade mensurada).

26

O comportamento do resíduo padronizado em função dos valores preditos pelo modelo

de Richards para determinação da cinética de degradação ruminal da MS do GSDSM e

GSDSS apresentou estrutura dispersa, não evidenciando nenhuma tendência de sub ou

superestimação dos valores degradação para ambos os alimentos (Figuras 3 e 4).

A eficiência de ajuste do modelo de Richards aos dados de degração ruminal da MS

dos GSDSM e GSDSS, podem ser visualizadas pela relação entre os valores preditos pelo

modelo, delimitados pela linha de tendência, e os valores obtidos no ensaio de digestão in situ

(Δ e Ο para o GSDSM e GSDSS, respectivamente). Assim, como sugerido pelos demais

indicadores usados para determinar o modelo de Richards como sendo o mais adequado para

caracterização dos parâmetros da cinética de degradação in situ da MS do GSDSM e GSDSS

(Tabela 3).

Figura 3. Perfil de degradação in situ da MS do GSDS de Milho caracterizado pelo modelo de

Richards (Δ degradabilidade mensurada).

27

Figura 4. Perfil de degradação in situ da MS do GSDS de Sorgo caracterizado pelo modelo de

Richards (o degradabilidade mensurada).

As frações A, B, Kd e a degradabilidade efetiva para a MS dos alimentos (GSDSM,

GSDSS, FS e TA) nas taxas de passagem de 0,02, 0,05 e 0,08.h-1

da MS podem ser

observados na Tabela4.

Tabela 4. Parâmetros da cinética de digestão in situ da MS (A, B eKd) e degradabilidade

efetiva da MS nas taxas de passagens 0,02, 0,05 e 0,08.h-1

de diferentes

concentrados protéicos.

Alimentos Modelos A B Kd Degradabilidade Efetiva

0,02 0,05 0,08

GSDSM Richards 10,50 70,37 0,0540 61,85 47,04 38,86

GSDSS Richards 8,07 61,36 0,0848 57,72 46,67 39,64

Farelo de Soja Richards 11,77 85,66 0,1346 86,35 74,23 65,50

Torta de Algodão Richards 12,67 55,81 0,0542 53,44 41,70 35,21 A = Fração solúvel %; B = Fração insolúvel potencialmente degradada %; Kd = Taxa de degradação da fração B

porcentagem por hora (h-1).

A degradabilidade efetiva da MS do GSDSM nas taxas de passagem de 0,05 e 0,08.h-1

foram estimadas como 47,04 e 38,86% respectivamente, valores estes, próximos aos

estimados para o GSDSS que foram 46,67 e 39,64% para as respectivas taxas de passagem.

28

Assim, estes valores se aproximam mais dos valores de degradabilidade efetiva da MS da

Torta de Algodão (41,70 e 35,21%) em relação aos valores de degradabilidade efetiva da MS

do Farelo de Soja (74,23 e 65,50%) para as taxas de passagem de 0,05 e 0,08.h-1

,

respectivamente.

Ao calcular a degradabilidade efetiva da MS do GSDS para as taxas de passagem

0,02; 0,05 e 0,08.h-1

a partir das frações A, B e Kd do trabalho de Cao et al. (2009) é possível

observar que os valores de degradabilidade efetiva de 64,84; 47,58 e 39,29%,para as

respectivas taxas de passagem,são próximos dos valores encontrados para GSDSM (61,85;

47,04 e 38,86%) e para o GSDSS (57,72; 46,67 e 39,64.h-1

) obtidos neste trabalho.

Resultados de degradabilidade efetiva (70,50; 58,03 e 52,56 %) da MS do GSDS para

as taxas de passagem de 0,02; 0,05 e 0,08.h-1

, foram reportado porLi et al.(2012)e de 76,06;

62,45 e 55,12.% por Maxim et al.(2013), os quaisapresentaram valores superiores aos obtidos

no presente estudo, possivelmente devido ao maior valor da fração solúvel A da MS (38,5 e

30,7%) destes em relação aos valores obtidos para esta fração neste estudo (GSDSM =

10,50% e GSDSS = 8,07%).

Em estudo de caracterização química e degradabilidade in situ de GSDS de cevada,

Mustafa et al. (2000) reportaram valores de 21,55 %; 49,75 % e 0,041.h-1

para as frações A, B

e Kd, respectivamente. Ao avaliar os valores dessas frações para calcular a degradabilidade

efetiva nas taxas de passagem de 0,02; 0,05 e 0,08.h-1

foram encontradosvalores de 54,99;

43,96 e 38,41%, respectivamente, muitos semelhantes ao do presente estudo.

No presente trabalho é possível observar que os valores de degradabilidade efetiva da

MS do FS(86,35; 74,23 e 65,50%) forammaiores que os valores encontrados para a TA

(53,44; 41,70 e 35,21%) para as taxas de passagem de 0,02; 0,05 e 0,08.h-1

, respectivamente.

Apesar do FS ter apresentado uma fração A (11,77 %) numericamente inferior que a mesma

fração da TA (12,67 %), a fração B e Kd do FS de 85,66% e 0,1346.h-1

foramsuperioresaos

29

valores obtidos para a TA (55,81% e 0,0542.h-1

). Estes resultados refletem a maior

degradabilidade efetiva da MS do FS em relação a TA.

Valores de degradabilidade efetiva da MS do FS de 90,29; 83,01 e 77,25% foram

reportados por Morgulis et al. (1997), os quais são superiores aos valores de degradabilidade

efetiva (86,35; 74,23 e 65,50%) encontrados no presente estudo para as taxas de passagem

0,02; 0,05 e 0,08h-1

, respectivamente.Ao avaliar os dados de Cabral et al. (2005) das frações

A (32,55%), B (67,45%) e Kd (0,1144.h-1

) para calcular a degradabilidade efetiva da MS do

FS, é possível observar resultadosde 89,96; 79,49 e 72,24% também, ligeiramente, superiores

aos resultados de degradabilidade efetiva da MS do FS do presente trabalho. Os resultados

apresentados por estes autores também são superiores aos resultados apresentados por

Carvalho et al. (2009), de 73,25; 57,22 e 48,88%, Fortaleza et al. (2009), de 81,11; 67,35 e

57,45% e Goes et al. (2011), de65,07; 52,61 e 47,97% de degradabilidade ruminal da MS nas

taxas de passagem de 0,02; 0,05 e 0,08.h-1

.

Os resultados de degradabilidade efetiva da MS da TA (56,86; 47,79 e 42,77%)

observados neste estudo estão próximos aos valores encontrados por Souza et al. (2000) que

apresentaram valores de degradabilidade efetiva da MS do Farelo de Algodão de 64,94; 52,39

e 46,30% para as taxas de passagens de 0,02; 0,05 e 0,08.h-1

, respectivamente.Garcia et al.

(2003) trabalhando com degradabilidade in situ de concentrados protéicos, ao avaliar o Farelo

de Algodão reportou valores de 61,12; 51,91 e 46,63% também próximos aos encontrados

para a TA neste estudo.

Avaliando a cinética de degradação rumial do Farelo de Algodão Oliveira et al. (2005)

apresentaram valores semelhantes (50,21; 39,88 e 34,32%)aos encontrados no presente

estudo, para as taxas de passagem de 0,02; 0,05 e 0,08.h-1

, respectivamente.Corroborando

com os valores de 64,1; 49,3 e 42,8% reportados por Moreira et al. (2003) e de 56,07; 49,71 e

45,42% reportados por Cunha et al. (1998).

30

Baseados nos parâmetros avaliados, o modelo mais adequado para caracterizar a

cinética de degradação in situ da PB dos alimentos (GSDSM, GSDSS, FS e TA) avaliados

neste estudo foi o proposto por Gompertz (France et al., 1996). Esta determinação foi baseada

no menor valor para raiz quadrada do quadrado médio residual, maior número de corridas de

sinal para o resíduo padronizado e no critério de ponderação de Akaike, o qual indicou a

probabilidade do modelo de Gompertz ser o mais adequado em relação ao conjunto de

modelos avaliados (Tabela 5). Com exceção ao GSDSM, o modelo de Gompertz foi o mais

adequado para caracterizar o perfil de degradação in situ da proteína bruta dos demais

alimentos.

Tabela 5. Parâmetros da cinética de digestão in situ da PB de concentrados protéicos obtidos

com diferentes modelos matemáticos não-lineares.

Alimentos Modelos A E.P. B E.P. Kd E.P. Wi RQMR NCS

GSDSM

1 10,86 1,52 129,20 10,70 0,0057 0,0058 30,53 5,0157 13

2 13,03 1,33 48,31 5,90 0,0223 0,0038 10,16 5,1601 14

3 6,85 1,44 50,40 5,04 0,0157 0,0021 6,48 5,2320 10

4 8,80 1,32 53,44 7,14 0,0380 0,0070 23,78 5,1167 14

5 6,10 0,52 40,33 4,99 0,0609 0,0333 29,04 3,0053 15

GSDSS

1 9,06 0,79 53,80 16,89 0,0103 0,0046 0,02 2,5988 10

2 10,27 0,61 29,75 1,88 0,0269 0,0027 26,18 2,3130 17

3 6,36 0,68 31,17 1,64 0,0193 0,0015 14,37 2,3777 17

4 7,67 0,63 32,07 2,02 0,0476 0,0047 39,05 2,3105 21

5 4,77 0,38 35,48 4,39 0,0461 0,0255 20,39 2,3570 18

F. Soja

1 18,04 2,93 82,30 3,36 0,0980 0,0105 10,56 7,2908 15

2 24,36 2,55 73,60 2,96 0,1047 0,0084 15,75 7,1709 15

3 15,12 2,74 81,85 3,29 0,0666 0,0045 9,09 7,1694 15

4 18,15 2,66 79,76 3,14 0,1822 0,014 63,86 7,0295 17

5 11,00 1,54 87,35 2,78 0,1616 0,0444 0,75 7,0613 17

T. Algodão

1 28,62 3,63 61,99 3,61 0,1225 0,0184 1,10 7,7647 13

2 38,95 3,16 50,78 3,55 0,1095 0,0150 31,41 8,2246 5

3 33,38 3,66 56,76 4,41 0,0593 0,0072 0,01 9,3614 5

4 34,77 3,29 55,10 3,78 0,1872 0,0245 66,49 8,1107 17

5 14,31 1,63 76,30 2,51 0,1225 0,0184 1,0 7,7647 17 1 Modelos – 1 = Exponencial, 2 Van Milgen, 3 = Logístico, 4 = Gompertz e 5 = Richards.

A = Fração solúvel; B = Fração insolúvel potencialmente degradada; Kd = Taxa de degradação da fração B;

RRQMR = Raiz do quadrado médio do resíduo e NCS = Número de corridas de sinais do resíduo. 2 Ponderação de Akaike em %.

31

O valor para a fração solúvel (A) da PB do GSDSM (8,80 %) e do GSDSS (7,67 %)

não diferiram numericamente. Contudo, podemos observar uma diferença entre os valores da

fração de PB insolúvel potencialmente degradável e sua respectiva taxa de degradação de

53,44 % e 0,0380.h-1

para o GSDSM e de 32,07 % e 0,0476.h-1

para o GSDSS. Assim, o

GSDSM apresentou uma maior fração B, porém com uma menor taxa de degradação em

relação ao GSDSS. Avaliando a degradabilidade in situ do GSDS Maxim et al. (2013) e

Batajoo & Shaver (1998) reportaram valores de 20,5 e 16,6% para a fração A e de 75,8 e

56,1% para a fração B da PB, respectivamente. Valores estes superiores aos resultados

encontrados neste estudo para o GSDSM e GSDSS, já os valores de Kd (0,0400 e 0,0490.h-1

)

desses autores estão próximos aos encontrados neste estudo para o GSDSM e GSDSS.

Quando comparado os valores das frações A, B e Kd dos GSDSM e GSDSS com o

trabalho de Mjoun et al. (2010) é possível observar que os resultados deste autor para as

frações A (18,4%) e B (75,2%) foramsuperiores aos observados para as respectivas frações.

Contudo, o valor de Kd (0,0390.h-1

) encontrado por Mjoun et al. (2010)também é

semelhanteao Kd estimado para o GSDSM e GSDSS (Tabela5).

Valores de 48,6 e 39,2% para fração B da PB do GSDS foram reportados por Li et al.

(2012) e Peter et al. (2000), respectivamente. Estando estes valores próximos aos estimados

para a fração B do GSDSM e do GSDSS, respectivamente. Porém, os resultados da fração A

dos trabalhos acima citados (16,6 e 28,6%, respectivamente) foram superioresaos resultados

encontrados neste estudo para o GSDSM e GSDSS.

Avaliando a degradação ruminal da PB do GSDS, Cao et al. (2009) reportaram valores

de 4,3% e 0,0309.h-1

para a fração A e Kd respectivamente. Asfrações reportadas por estes

autores são inferiores aos valores encontrados para a mesma fração do GSDSM e GSDSS,

contudo o valor de Kd é semelhante ao valor determinado para o GSDSM neste estudo.

Kleinschmit et al. (2007), avaliando degradabilidade in situ do GSDS reportaram valores de

32

16,84% e 73,08% para as frações A e B respectivamente, sendo ambos superiores aos valores

determinados para o GSDSM e GSDSS, porém o valor de Kd (0,0286) reportado por aqueles

autores é inferiorao Kd do GSDSM e do GSDSS encontrados neste trabalho. Assim, podemos

inferir que os parâmetros da cinética de degradação in situ estimados pelo modelo de

Gompertz, para o GSDSM e GSDSS, estão dentro do intervalo de variação reportado na

literatura.

O FS e a TA apresentaram valores para a fração A da PB de 18,15 e 34,77% e para a

fração B, 79,76 e55,10%, respectivamente. Apresentando o FSmenor fração solúvel para PB e

maior fração insolúvel potencialmente degradável em relação a TA (Tabela 5). Porém a taxa

de degradação para a fração Bdo FS de 0,1822.h-1

não diferiu da taxa de degradação da fração

B da TA de0,1872.h-1

(Tabela5).

Estudando a degradabilidadein situ da PB do FS e do Farelo de Algodão, Moreira et

al. (2003) reportou valores de 4,03%, 97,47% e 0,1045.h-1

para as frações A, B e Kd do FS e

de 32,25%, 71,35% e 0,0435.h-1

para as respectivas frações do Farelo de Algodão. Beran et

al.(2005) trabalhando com degradabilidade in situ da PB do FS e Farelo de Algodão

encontraram valores de 43,54 e 54,73 % para as frações A e B do FS e para o Farelo de

Algodão valores de 33,40 e 37,29%, respectivamente. Desta forma, existe significante

variabilidade nos parâmetros da cinética da degradação in situdo Farelo de Soja e da Torta de

Algodão, estando os valores dos parâmetros obtidos pelo modelo de Gompertz dentro desta

faixa de variação. Aqualidade de ajuste do modelo de Gompertz aos dados de degradação in

situ da PB da TA e do FS e podem ser melhor visualizados nas Figuras 5 e 6,

respectivamente.

33

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

-80

-60

-40

-20

0

20

40

60

80

100

120

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Res

íduo

Pad

roni

zad

o

Deg

rad

abil

idad

e d

a P

B

Tempo de Incubação (horas)

Figura 5. Perfil de degradação in situ da PB da Torta de Algodão caracterizado pelo modelo

de Gompertz (□ degradabilidade mensurada).

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

-80

-60

-40

-20

0

20

40

60

80

100

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Res

íduo

Pad

roni

zad

o

Deg

rad

abili

dad

e d

a P

B

Tempo de Incubação (horas)

Figura 6. Perfil de degradação in situ da PB do Farelo de Soja caracterizado pelo modelo de

Gompertz (◊ degradabilidade mensurada).

34

O comportamento do resíduo padronizado em função dos valores preditos pelo modelo

Gompertzapresentou estrutura dispersa, não evidenciando nenhuma tendência de sub ou

superestimação dos valores degradação para ambos os alimentos. A eficiência de ajuste do

modelo de Gompertz aos dados de degradação ruminal da PB do FS e TA, pode ser

facilmente visualizada pela relação entre os valores preditos pelo modelo, delimitados pela

linha de tendência, e os valores obtidos no ensaio de digestão in situ (□ e ◊ para o TA e FS,

respectivamente). Desta forma, corroborando com os demais indicadores: menor valor da raiz

quadrada do quadrado médio residual e maior número de corridas de sinal para o resíduo

padronizado e maior probabilidade para o critério de ponderação de Akaike (Tabela5), para

determinar que o modelo de Gompertz foi o mais adequado para caracterizar o perfil de

degradação in situ da PB destes dois alimentos.

O modelo de Gompertz também foi o mais adequado para caracterizar os parâmetros

da cinética de degradação in situ da PB do GSDSM e do GSDSS. A eficiência do ajuste do

modelo Gompertz aos dados de degradação in situ da PB do GSDSM e GSDSS podem ser

visualizados nas Figuras 7e 8, respectivamente.

O comportamento do resíduo padronizado em função dos valores preditos pelo modelo

de Gompertz para determinação da cinética de degradação ruminal da PB do GSDSM e do

GSDSS apresentou estrutura dispersa, não evidenciando nenhuma tendência de sub ou

superestimação dos valores degradação para ambos os alimentos. A eficiência de ajuste do

modelo de Gompertz aos dados de degradação ruminal da PB dos GSDSM e GSDSS, podem

ser facilmente visualizada pela relação entre os valores preditos pelo modelo, delimitados pela

linha de tendência, e os valores obtidos no ensaio de digestão in situ (Δ e Ο para o GSDSM e

GSDSS, respectivamente).

35

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

5

-70

-60

-50

-40

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

50

60

70

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Res

ídu

o P

adro

niz

ado

Deg

rad

abil

idad

e d

a P

B

Tempo de Incubação (horas)

Figura 7 - Perfil de degradação in situ da PB do GSDS de Milho caracterizado pelo modelo de

Gompertz (Δ degradabilidade mensurada).

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

5

-50

-40

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

50

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Res

ídu

o P

adro

niz

ado

Deg

rad

abil

idad

e d

a M

S

Tempo de Incubação (horas)

Figura 8 - Perfil de degradação in situ da PB do GSDS de Sorgo caracterizado pelo modelo de

Gompertz (o degradabilidade mensurada).

As frações A, B, Kd determinada com omodelo que melhor se ajustouaos dados de

degradação ruminal da PB dos alimentos GSDSM, GSDSS, FS e TA avaliados neste estudo

foram utilizadas para avaliar a degradabilidade efetivados mesmos e seus respectivos teores

36

de proteína degradada no rúmem (PDR) e proteína não degradada no rúmem (PNDR), nas

taxas de passagem de 0,02, 0,05 e 0,08.h-1

(Tabela6).

Tabela 6. Parâmetros da cinética de digestão in situ da PB (A, B, Kd) e degradabilidade

efetiva da proteína degradada no rúmem (PDR) e proteína não degradada no rúmem

(PNDR) nas taxas de passagens 0,02, 0,05e 0,08.h-1

dediferentes concentrados

protéicos.

Degradabilidade Efetiva

Alimentos Modelos A B Kd PDR PNDR

0,02 0,05 0,08 0,02 0,05 0,08

GSDSM Gompertz 8,80 53,44 0,0380 43,81 31,87 26,01 56,19 68,13 73,99

GSDSS Gompertz 7,67 32,07 0,0476 30,25 23,31 19,63 69,75 76,69 80,37

F. Soja Gompertz 18,15 79,76 0,1822 90,02 80,74 73,57 9,98 19,26 26,43

T. Algodão Gompertz 34,77 55,10 0,1872 84,55 78,26 73,37 15,45 21,74 26,63 PDR = Proteína degradada no rúmem e PNDR = Proteína não degradada no rúmem.

A = Fração solúvel (%); B = Fração insolúvel potencialmente degradada (%); Kd = Taxa de degradação da

fração B expresso em porcentagem por hora (h-1).

Teores de PDR para o FS de 86,40; 72,54 e 63,56% e para a TA de 84,55; 78,26 e

73,37% nastaxas de passagem de 0,02; 0,05 e 0,08.h-1, respectivamente, foram obtidos neste

estudo. Valores estes, superiores aos valores de 79,65; 65,37 e 57,88% de PDR para o FS

reportados por Carvalho et al. (2009) e de 70,35; 52,83 e 44,50% reportados por Goes et al.

(2011)nas taxas de passagem de 0,02; 0,05 e 0,08.h-1

, respectivamente.

Avaliando a cinética da degradação ruminal do Farelo de Algodão, Oliveira et al.

(2005) reportaram valores de PDR de 50,21; 39,88 e 34,32%, para as taxas de passagem de

0,02; 0,05 e 0,08.h-1

, respectivamente. Estes valores são inferiores aos valores encontrados

para a TA do presente estudo. Tal observação se deve aos valores das frações A (15,8%), B

(48,2%) e Kd (0,0499.h-1

) encontrados por Oliveira et al. (2005), os quais são inferiores aos

observados no presente estudo.

Analisando os teores de PDR para os grãos secos de destilaria com solúveis, pode-se

observar que o GSDSM apresenta valores de 43,81; 31,87 e 26,01% e o GSDSS de 30,25;

23,31 e 19,63%, para as taxas de passagem de 0,02; 0,05 e 0,08.h-1

, respectivamente. A partir

37

destas observações pode-se definir que ambos os coprodutos da produção de etanol a partir de

cerais, são fontes de PNDR com teores desta fração protéica variando de 56,19 a 73,99 para o

GSDSM e de 69,75 a 80,37% para o GSDSS, quando a taxa de passagem do conteúdo

ruminal variou de 0,02 a 0,08.h-1

.

Teores de de PDR do GSDS de 56,44; 44,37 e 37,91% foram reportados por Batajoo

& Shaver (1998) e de 49,00; 40,46 e 36,96% por Peter et al. (2000) para as taxa de passagem

de 0,02; 0,05 e 0,08.h-1

, respectivamente.Estes valores mostraram-se superiores aos resultados

obtidos neste estudo, possivelmente devido a maior fração solúvel A da PB (16,6 e 28,6%)

destes em relação aos valores para esta fração observados neste estudo (GSDSM = 8,80% e

GSDSS = 7,67%).

O elevado teor da PNDR do GSDS é importante para alimentação de animais

ruminantes, uma vez que a mesma contribui para o total de aminoácidos disponíveis para

abosrção intestinal. Desta forma, estimativas precisas do teor PNDR poderiam melhorar a

formulação de dietas (Li et al., 2012).A partir das informações da Tabela 6, pode-se inferir

que em condições normais de alimentação, com dietas formuladas para obtenção de

desempenhos em torno de 15 a 20 kg de leite e ou 1 kg de ganho médio diário (taxas de

passagende aproxiamdamene 0,05 .h-1

), os coprodutos da produção de etanol a partir de

cerais, GSDSM e GSDSS, possuem em torno de 70 a 75% de sua PB na forma de PNDR.

Diferente das outras duas fontes protéicas avaliadas neste estudo que para as mesmas

condições de alimentação teriam em torno de 20% da sua PB na forma de PNDR (Tabela 6).

38

4 Conclusão

O modelo propostos por Richards mostra-se adequado para caracterizar o perfil de

degradação ruminal da matéria seca do farelo de soja, da torta de algodão e dos coprodutos da

produção de etanol a partir de cerais (milho e sorgo). Contudo, o modelo de Gompertz éo

mais adequado para caracterização do perfil de degradação ruminal da proteína bruta dos

alimentos avaliados neste estudo.

39

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