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9/3/2009 1 Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio) – profa. Simone Orlando AULA 3 10/03/09 Narrar é construir uma sucessão de ações de uma história no tempo. Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio) – profa. Simone Orlando Criar um universo narrado que se sobrepõe à realidade (passada), a qual só tem existência através deste universo. Descrever simultaneamente ações e qualificações. Construir tramas por meio de actantes, processos e seqüências.

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Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio) – profa. Simone Orlando

AULA 3 10/03/09

Narrar é construir uma sucessão de ações de umahistória no tempo.

Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio) – profa. Simone Orlando

Criar um universo narrado que se sobrepõe à realidade(passada), a qual só tem existência através desteuniverso.

Descrever simultaneamente ações e qualificações.

Construir tramas por meio de actantes, processos eseqüências.

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O FATO

OS (AS) PERSONAGENS

O AMBIENTE/ ESPAÇO

O TEMPO

O ENREDO

O NARRADOR

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E CORRELATOSE CORRELATOS

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Fonte: PEAD (UFRJ)

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CLÍMAX

DESFECHO

DESENVOLVIMENTO

ABERTURA

É o momento da trama em que o narrador apresenta os personagens, o cenário,

o tempo e as cenas. Utiliza-se de recursos da

descrição para tal.É nesse momento que se

inicia o conflito (a oposição entre duas forças ou dois

personagens).Esse é o momento

de maior intensidade dramática da

narrativa. O conflito fica insustentável,

algo tem de ser feito para que a situação

se resolva.

É o momento em que os fatos (situação) se resolvem no final da narrativa. Pode ou não apresentar a

resolução do conflito.

EXPOSIÇÃO COMPLICAÇÃO RESOLUÇÃO

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HOMEM SUFICIENTE PARA O TRABALHO

Este incidente se passou durante a primeira guerra americana,quando um oficial mandou seus soldados cortarem algumas árvores parafazerem uma ponte. Não havia homens suficientes, e o trabalho progrediamuito lentamente.

Um homem de aparência imponente, que estava passando a cavalo,falou com o oficial responsável quando este dava ordens aossubordinados, mas ele mesmo não fazia nada.

— Você não tem homens suficientes para o trabalho, não é?— Não, senhor. Precisamos de ajuda.— Por que você mesmo não põe máos à obra?—perguntou o homem

no, cavalo.— Eu, senhor? Por quê? Sou um cabo—respondeu o oficial,

aparentemente ofendido com a sugestão.—Ah, é verdade — respondeu o outro calmamente e, descendo do

cavalo, pôs-se a trabalhar com os homens até estar concluído oserviço.

Depois, montou novamente e, enquanto saía, falou para o oficial:—Cabo, da próxima vez que tiver uma tarefa a cumprir e poucos

homens para o serviço, avise ao comandante superior, e eu tornarei a vir.

Este homem era um general.

ABERTURAABERTURA

DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO

CLÍMAXCLÍMAX

DESFECHODESFECHO

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Mulher, rua, multidão, Mulher, rua, multidão, trânsito, ruído, pressa, trânsito, ruído, pressa,

bolsa, perda, grito, polícia. bolsa, perda, grito, polícia.

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João amava Teresa que amava Raimundo

que amava Maria que amava Joaquim

que amava Lili que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,

Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se

e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.

QuadrilhaCarlos Drummond de Andrade

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• Nota

• Notícia

• Matéria Fria (Fait Diver + Feature)

• Entrevista/ Perfil

• Reportagem (interpretativa)

•Editorial

•Artigo

•Ensaio

•Resenha/crítica

•Crônica

Jornalismo Impresso I – Veiga de Almeida (Campus Cabo Frio) – profa. Simone Orlando

Princípios globais da Princípios globais da

narração jornalísticanarração jornalística

Informar mais é narrar melhor.

Na medida em que o jornalista consegue integrar os fatos conhecidos e os atores sociais

em uma trama com sentido, estará servindo mais ao seu público.

Ativa os princípios da Teoria da Relevância.

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Teoria da relevânciaTeoria da relevância

A Teoria da Relevância propõe que a mente humana procure

obter o máximo de informação com o mínimo de esforço.

Daí, o texto informativo constatar mas não argumentar:

- Pois é axiomático;

- Simplifica na medida do possível;

- Traz o acontecimento para perto do destinatário da

informação;

- Produz uma seleção prévia que considera fatores como

proximidade, atualidade, oportunidade, intensidade ou

abrangência, empatia de personagens e situações etc.

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A notícia, no sentido mais amplo e desde os tempos mais antigos, temsido o modo corrente de transmissão da experiência - isto é, aarticulação simbólica que transporta a consciência do fato a quem nãoo presenciou .

LAGE, Nilson. Ideologia e Técnica da Notícia. Rio de Janeiro: Vozes, 1981.

“Notícia, sabe-se, é o relato (micronarrativo) de um acontecimento factual, ouseja, inscrito na realidade histórica e, logo, suscetível de comprovação.Quanto ao tempo e modo de ocorrência, as notícias classificam-se em “(a)previstas –– aquelas que nos permitem um conhecimento antecipado,anunciado com antecedência; (b) imprevistas –– as de caráter inesperado,como crimes, incidentes, incêndios, etc; (c) mistas –– as que reúnem, numa sóinformação, o previsto e o imprevisto”

Bahia, Juarez. Jornal, história e técnica. Vol. 2. Ática, 1990, p. 38.

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Do ponto de vista da estrutura, a notícia se define, no jornalismomoderno, como o relato de uma série de fatos, a partir do fatomais importante ou interessante; e, de cada fato, a partir doaspecto mais importante ou interessante. (Estrutura da Notícia,

p.17)

Encadeamento feito pelo autor

RELATO JORNALÍSTICO

Encaixa-se dentroda estrutura da narrativa

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Novidade: a notícia deve conter informações novas e não repetir as já

conhecidas.

Proximidade: quanto mais próximo do leitor for o local do evento, mais

interesse a notícia gera, porque implica mais diretamente na vida do

leitor.

Tamanho: ser curta para atrair com mais rapidez para a leitura.

Relevância: a notícia deve ser importante, ou, pelo menos,

significativa. Acontecimentos banais, corriqueiros não interessam, a

priori, o público .

Quatro fatores principais influenciam na qualidade da notícia:

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A notícia, como modelo

principal do texto jornalístico,

apresenta a estrutura

narrativa não com uma

pirâmide natural, em que a

história vai num crescente. Mas como uma “pirâmide

invertida”, em que a

seqüência começa pelo

desfecho da trama.

Quem? – Personagens

Fez o quê? – Ação

Quando – Tempo

Onde – Espaço

Por quê? - Causas

Como – Enredo, modo

Quem? – Personagens

Fez o quê? – Ação

Quando – Tempo

Onde – Espaço

Por quê? - Causas

Como – Enredo, modo

Fechamento da narrativa.Fechamento da narrativa.

Informações

complementares do lead.Informações

complementares do lead.

LEAD

SUBLEAD

FINAL

Informações mais

importantes

Informações mais

importantes

“Em relação ao relato coloquial, o que o lead faz é situar no tempo-espaço e

formalizar, quanto a denominações, os elementos ou notações do fato

relatado. Transforma o que em algum momento foi constatação ou

testemunho em ocorrência, submetida a tratamento formal mais ou menos

padronizado.”

Quanto ao conteúdo, o lide é o relato do fato principal de uma série. Em sua

forma clássica, é uma proposição completa, pois contém:

a) O sujeito, uma locução constituída de um nome, pronome ou sintagma

nominal;

b) O predicado, ou seja, o sintagma verbal, verbo ou locução verbal,

acompanhado ou não de seu complemento, um objeto direto ou indireto.

c) As circunstâncias, ou sintagmas circunstanciais, de tempo, lugar,

modo/ instrumento, causa/ conseqüência.

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LEADLEAD

SUBLEADSUBLEAD

FINALFINAL

Quem?

Por quê?/ Como

Fez o quê?

Quando?

Onde?

O mergulhador Homero Higino de SouzaFilho, de 37 anos, consertava ontem umatubulação de petróleo na Bacia deCampos, no Rio de Janeiro, a 293 metrosde profundidade, quando ela explodiu.

O capacete rachou e o mergulhador sofreutraumatismo de tórax. Ainda consciente,ele acionou o equipamento de emergênciapara receber mais ar. Tentou voltar aoelevador, mas não teve forças, caindo nofundo do mar.

Um colega que estava na câmara 20metros acima foi socorrê-lo, mas elemorreu minutos depois. (Revista Veja -09/04/97)

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� Lide (lead) : primeiro parágrafo do texto jornalístico,

contendo as respostas às seis perguntas

consideradas básicas: o que, quem, quando, onde,

como e por que?

� Parte da idéia da pirâmide invertida, ou seja, os fatos

seriam relatados em ordem decrescente de

importância.

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� Objetivo: dar ao leitor as principais informações no

primeiro parágrafo da notícia. Prender a leitura.

� Justificativa: a fórmula permite uma interrupção da

leitura sem prejuízo do principal.

� Vantagem: facilidade no processo de edição e

diagramação.

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TÍTULO

SUBTÍTULO

ENTRETÍTULO

QUEM QUE

QUANDO

ONDE

POR QUE?

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O fazendeiro e piloto de aviões Carlosde Almeida Valente, que mora na cidadede Prateados, no extremo norte do País,apontado pela Polícia Federal como umdos reis do contrabando e transportandoem seus aviões bimotores e turbinadosmais de 70% das mercadoriascontrabandeadas dos Estados Unidos eParaguai para o Brasil, terá seusnegócios financeiros investigados pelaReceita Federal, que fará completadevassa nas suas empresas.

O fazendeiro e piloto de aviões Carlos de

Almeida Valente, apontado pela Polícia Federal

como um dos reis do contrabando, terá seus

negócios investigados pela Receita Federal.

Valente foi acusado de transportar

mercadorias contrabandeadas dos Estados Unidos

e Paraguai para o Brasil, quando um de seusaviões foi apreendido em X, no dia Y.

O fazendeiro, residente em Prateados (W),é dono das empresas de Y, Z e W. A políciagarante que fará completa devassa em todas asempresas.

Carlos de Almeida Valente, X anos,

fazendeiro e piloto de aviões, é apontado pela

Polícia Federal como um dos reis do contrabando

e terá seus negócios investigados pela Receita

Federal.

Valente foi acusado de transportar

mercadorias contrabandeadas dos Estados Unidos

e Paraguai para o Brasil, quando um de seusaviões foi apreendido em X, no dia Y.

O fazendeiro, residente em Prateados (W),é dono das empresas de Y, Z e W. A políciagarante que fará completa devassa em todas asempresas.

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A esperada divulgação, na noite de

sexta-feira, do INPC de janeiro, que,

pela primeira vez em quase 20

meses, voltou a ser utilizado como

parâmetro para a correção de um

agente econômico - no caso, os

salários - e que apresentou uma

variação recorde de 35,48%, veio

confirmar o que já se temia: os níveis

de recomposição dos salários, que

pela fórmula aprovada pelo

Congresso Nacional vão variar de

apenas 1,51% a 7,48%, não são

suficientes sequer para fazer frente à

inflação real de fevereiro.

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A divulgação do INPC de janeiro,nesta sexta-feira, confirmou o quejá se temia. O novo aumentosalarial, aprovado pelo Congresso,não será suficiente para fazerfrente à inflação de fevereiro.