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MÓDULO 1 PARTE II CAPÍTULO VI - CARACTERÍSTICAS E TRANSFORMAÇÕES DAS ESTRUTURAS PRODUTIVAS DIFERENTES FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO: CAPITALISMO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01. Um relatório da ONG britânica Oxfam divulgado nesta segunda-feira mostra que o patrimônio das 85 pessoas mais ricas do mundo equivale às posses de metade da população mundial. Segundo o documento chamado Working for the Few ("Trabalhando Para Poucos", em tradução livre), as 85 pessoas mais ricas do mundo têm um patrimônio de US$ 1,7 trilhão, o que equivale ao patrimônio de 3,5 bilhões de pessoas, as mais pobres do mundo. O relatório ainda afirma que a riqueza do 1% das pessoas mais ricas do mundo equivale a um total de US$ 110 trilhões, 65 vezes a riqueza total da metade mais pobre da população mundial. A Oxfam observou em seu relatório que, nos últimos 25 anos, a riqueza ficou cada vez mais concentrada nas mãos de poucos. "É chocante que no século 21 metade da população do mundo - 3,5 bilhões de pessoas - não tenha mais do que a minúscula elite cujos números podem caber confortavelmente em um ônibus de dois andares", afirmou Winnie Byanyima, diretora- executiva da Oxfam. BBC Brasil. 20 jan. 2014. Adaptado. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/01/140120_riqueza_relatorio_oxfa m_fn.shtml?ocid=socialflow_facebook_brasil> Acesso em 21 jan. 2014. Segundo a teoria marxista, qual é a origem da desigualdade social? (A) Advêm da luta de classes. (B) Da superioridade de uma classe social sobre outra. (C) Da má distribuição de renda entre os trabalhadores. (D) Da ineficiência das políticas governamentais em nível global. (E) Do domínio do capital financeiro no mundo globalizado. 02. O homem, entre os séculos XIX e XX, começou a viajar de trem, ouvir música em sua casa, falar por telefone, mandar mensagens por telégrafos a outros países, ver cinema, escutar rádio, tirar fotografias. Mudanças muito maiores do que assistimos na passagem do século XX para o XXI. Muda muito mais a vida de uma pessoa começar a ouvir música em sua casa do que passar do disco vinil ao cd. É uma mudança mais radical falar ao telefone do que passar do telefone tradicional para o celular. Adaptado de SADER, Emir. Século XX: Uma Biografia não Autorizada. Para o autor

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MÓDULO 1

PARTE II

CAPÍTULO VI - CARACTERÍSTICAS E TRANSFORMAÇÕES DAS ESTRUTURAS PRODUTIVAS – DIFERENTES

FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO: CAPITALISMO

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

01. Um relatório da ONG britânica Oxfam divulgado nesta segunda-feira mostra que o patrimônio das 85 pessoas mais ricas do mundo equivale às posses de metade da população mundial. Segundo o documento chamado Working for the Few ("Trabalhando Para Poucos", em tradução livre), as 85 pessoas mais ricas do mundo têm um patrimônio de US$ 1,7 trilhão, o que equivale ao patrimônio de 3,5 bilhões de pessoas, as mais pobres do mundo. O relatório ainda afirma que a riqueza do 1% das pessoas mais ricas do mundo equivale a um total de US$ 110 trilhões, 65 vezes a riqueza total da metade mais pobre da população mundial. A Oxfam observou em seu relatório que, nos últimos 25 anos, a riqueza ficou cada vez mais concentrada nas mãos de poucos. "É chocante que no século 21 metade da população do mundo - 3,5 bilhões de pessoas - não tenha mais do que a minúscula elite cujos números podem caber confortavelmente em um ônibus de dois andares", afirmou Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam. BBC Brasil. 20 jan. 2014. Adaptado. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/01/140120_riqueza_relatorio_oxfam_fn.shtml?ocid=socialflow_facebook_brasil> Acesso em 21 jan. 2014. Segundo a teoria marxista, qual é a origem da desigualdade social?

(A) Advêm da luta de classes. (B) Da superioridade de uma classe social sobre outra. (C) Da má distribuição de renda entre os trabalhadores. (D) Da ineficiência das políticas governamentais em nível global. (E) Do domínio do capital financeiro no mundo globalizado.

02. O homem, entre os séculos XIX e XX, começou a viajar de trem, ouvir música em sua casa, falar por telefone, mandar mensagens por telégrafos a outros países, ver cinema, escutar rádio, tirar fotografias. Mudanças muito maiores do que assistimos na passagem do século XX para o XXI. Muda muito mais a vida de uma pessoa começar a ouvir música em sua casa do que passar do disco vinil ao cd. É uma mudança mais radical falar ao telefone do que passar do telefone tradicional para o celular.

Adaptado de SADER, Emir. Século XX: Uma Biografia não Autorizada.

Para o autor

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(A) a verdadeira evolução tecnológica teve início no final do século XX, com a invenção do telefone. (B) as mudanças do século XIX para o XX foram mais radicais do que as que acontecem hoje em dia. (C) as mudanças de hoje representam um atraso porque trazem poucos benefícios para as pessoas. (D) o mundo mudou muito pouco desde o século XIX, pois as pessoas continuam a viver como antigamente. (E) os avanços tecnológicos é uma realidade sem volta, trazendo as mesmas consequências em qualquer época. 03. Desdobramento da expansão comercial e marítima dos tempos modernos, a colonização significava a produção de mercadorias para a Europa, naquelas áreas descobertas em que as atividades econômicas dos povos "primitivos" não ofereciam a possibilidade de se engajarem em relações mercantis vantajosas aos caminhos do desenvolvimento capitalista europeu. Assim, passava-se da simples comercialização de produtos já encontrados em produção organizada, para a produção de mercadorias para o comércio.

NOVAIS, Fernando. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial, p.73.

Nesse texto, o autor descreve: (A) a integração de áreas do território americano ao mercado europeu, a partir do século XVI. (B) as relações econômicas entre a Europa Ocidental e a Europa do Leste, no século XVI, quando prevaleceu o capitalismo comercial. (C) as diferenças entre a colonização da América e a da África. (D) a organização, na Ásia, do Antigo Sistema Colonial. (E) a incorporação dos povos indígenas ao capitalismo europeu.

04. (UEPB-adaptada) Um produto trouxe a seguinte etiqueta ilustrada abaixo:

O apelo panfletário demonstra:

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(A) A força adquirida pelos grupos ambientalistas, ao exigirem que todos os produtos sejam fabricados de forma a preservar o meio ambiente.

(B) A tomada de consciência ambiental pela população, sobretudo nas camadas mais jovens, a qual prioriza apenas o consumo de bens cuja produção seja ecologicamente correta.

(C) A exigência dos governos para que toda forma de produção e consumo seja ecologicamente sustentável, garantindo, assim, a saúde do planeta.

(D) A apropriação capitalista do discurso sobre as questões ambientais (utilizando-se das atuais preocupações ecológicas) para ampliar seus lucros.

(E) a conscientização da população quanto ao consumo, para que possamos comprar produtos ecologicamente sustentável, sem prejudicar o planeta.

05. (ENEM-PPL) Ninguém vive sem ocupar espaço, sem respirar, sem alimentar-se, sem ter um teto para abrigar-se e, na Modernidade, sem o que se incorporou na vida cotidiana: luz, telefone, televisão, rádio, refrigeração dos alimentos etc. A humanidade não vive sem ocupar espaço, sem utilizar-se cada vez mais intensamente das riquezas naturais que são apropriadas privadamente.

RODRIGUES, A. M. Desenvolvimento sustentável: dos conflitos de classes para os conflitos de gerações. In: SILVA. J. B. et al. (Orgs.). Panorama da geografia brasileira. São Paulo: Annablume, 2006 (fragmento).

O texto defende que duas mudanças provocadas pela ação humana na Modernidade são o(a)

(A) alteração no modo de vida das comunidades e a delimitação dos problemas ambientais em escala local.

(B) surgimento de novas formas de apropriação dos territórios e a utilização pública dos recursos naturais.

(C) incorporação de novas tecnologias no processo produtivo e a aceleração dos problemas ambientais.

(D) aumento do consumo de bens e mercadorias e a utilização de mão de obra nas unidades produtivas.

(E) esgotamento das reservas naturais e a desaceleração da produção de bens de consumo humano.

06. (CEFET-MG) Nos Estados Unidos, o endividamento médio das famílias cresceu algo em torno de 22% nos últimos oito anos – tempos de uma prosperidade que parecia não ter precedente. A soma total das aquisições com cartões de crédito não ressarcidas cresceu 15%. E a dívida, talvez ainda mais perigosa, dos estudantes universitários, futura elite política, econômica e espiritual da nação, dobrou de tamanho.

BAUMAN, Zygmunt. Vida a crédito. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

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O texto apresenta uma realidade vivenciada pelas sociedades ocidentais na atual etapa do capitalismo globalizado. Nesse contexto, a probabilidade de ocorrência de crises socioeconômicas tem-se ampliado devido a(o) (A) restrição dos empréstimos à população de maior poder aquisitivo que amplia as

desigualdades sociais. (B) esgotamento do modelo consumista que inviabiliza o aumento da produção nos

países desenvolvidos. (C) esvaziamento do papel normatizador do Estado que desloca sua atuação para o setor

produtivo. (D) enfraquecimento das agências bancárias que financiam as políticas públicas nos

países centrais. (E) utilização do capital especulativo que fragiliza a economia interna de regiões em

desenvolvimento. 07. (UERJ-adaptada)

A distribuição espacial da produção técnico-científica entre os países, parcialmente apresentada no mapa, é um dos fatores que explicam as desigualdades socioeconômicas entre as nações. Pela importância do mercado consumidor norte-americano, quase todos os produtos ou tecnologias relevantes desenvolvidos no mundo são registrados nesse país. Um resultado dessa espacialidade diferenciada é a formação de um grande fluxo financeiro internacional para as empresas dos países desenvolvidos. Esse fluxo está mais adequadamente associado a: (A) pagamentos de licenças (B) capitais para especulação (C) compensações de impostos (D) investimentos em infra-estrutura (E) isenção fiscal

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08. “No passado, a fumaça das chaminés servia para distinguir os países desenvolvidos dos países subdesenvolvidos.”

(MAGNOLI & ARAÚJO, 2004, p.126).

Até a década de 1930, eram considerados países desenvolvidos aqueles cuja economia estivesse fundamentada na produção industrial e países subdesenvolvidos aqueles em que a economia estivesse assentada na agricultura ou exploração mineral. Atualmente, com algumas exceções, no panorama global, funciona como importante critério para separar os países desenvolvidos dos subdesenvolvidos o (A) elevado nível de urbanização. (B) predomínio do Setor Terciário na absorção da população ativa. (C) predomínio das exportações sobre as importações no comércio mundial. (D) controle sobre o conhecimento e sobre as tecnologias de ponta. (E) controle de matérias-primas pesadas e o uso intensivo de energia.

09. (IFCE-adaptada) O subdesenvolvimento é uma realidade do sistema capitalista que atinge a maior parte dos países do mundo. Dentre as suas características, destacam-se: (A) dependência econômica e alto endividamento externo e interno. (B) predominância do setor secundário na ocupação da PEA na grande maioria de países. (C) pequenas desigualdades sociais e concentração de renda. (D) baixo nível de instrução e alta qualificação da maioria da população. (E) alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e alta esperança de vida ao nascer. 10. “ A soberania do Estado com relação aos movimentos de mercadorias e de capital é entregue de bom grado ao mercado global. A competição internacional é tida como algo saudável, já que melhora a eficiência e a produtividade, reduz os preços e, dessa maneira, controla as tendências inflacionárias. Os Estados devem por conseguinte empenhar-se coletivamente para a redução e a negociação de barreiras ao movimento do capital por suas fronteiras e para a abertura dos mercados) tanto para mercadorias como para o capital) às trocas globais.”

(Texto extraído do livro o neoliberalismo história e implicações. Harvey, D. Edições Loyola. 2005.)

Sobre o texto acima, considera-se que

(A) Trata-se da política keynesiana, muito em voga nos anos 90 na América Latina, principalmente, no Brasil.

(B) Refere-se ao Estado de Bem Estar Social, implementado com sucesso no continente europeu pós segunda guerra mundial.

(C) Trata-se da política mercantilista do capitalismo comercial, que perdura até o século XVIII, principalmente, na Europa.

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(D) Refere-se a teoria neoliberal, que teve uma grande aplicação nas economias da América Latina nos anos 90.

(E) Trata-se do modelo keynesiano, utilizado por governos como Roosevelt nos Estados Unidos e Vargas no Brasil.

11. (UEPA) Desde o início das sociedades modernas, os meios de comunicação contribuíram decisivamente para a construção da subjetividade dos seres humanos. Sempre em sintonia com o surgimento e consolidação das sociedades capitalistas modernas, os meios de comunicação se desenvolveram de forma espantosa. É impossível pensar o mundo contemporâneo, sem levar em conta o papel dos mass media. No que se refere à influência dos meios de comunicação na relação que existe entre campo e cidade, é correto afirmar que: (A) o crescimento da importância dos meios de comunicação no estabelecimento das

relações entre as classes mediadas pelo consumo criou uma sociedade midiática, que aproxima campo e cidade em função dos interesses do mercado.

(B) a realidade do final do século e início do milênio exige cada vez mais que os indivíduos saibam lidar com uma imensa gama de informações que invadem diariamente a sua vida, as quais se restringem à população da cidade, pois são desconhecidas para as do campo.

(C) na sociedade contemporânea o campo e a cidade são regidos por um processo cada vez mais integrado, propiciado pelos avanços tecnológicos, vinculando cidade e campo em um grande mercado, o que tem propiciado a autossuficiência de um em relação ao outro.

(D) os avanços científico e tecnológico intensificaram os fluxos de mobilidade humana, mudando-os em quantidade e qualidade, o que tornou cada vez mais distintas as relações sociais entre o campo e a cidade.

(E) na relação entre o campo e a cidade, a perspectiva de desenvolvimento local põe ênfase na valorização e homogeneização cultural das comunidades, haja vista que a modernização dos meios de comunicação tem garantido a autodeterminação econômica de cada um.

12. (CEFET- MG) Nos Estados Unidos, o endividamento médio das famílias cresceu algo em torno de 22% nos últimos oito anos – tempos de uma prosperidade que parecia não ter precedente. A soma total das aquisições com cartões de crédito não ressarcidas cresceu 15%. E a dívida, talvez ainda mais perigosa, dos estudantes universitários, futura elite política, econômica e espiritual da nação, dobrou de tamanho.

BAUMAN, Zygmunt. Vida a crédito. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

O texto apresenta uma realidade vivenciada pelas sociedades ocidentais na atual etapa do capitalismo globalizado. Nesse contexto, a probabilidade de ocorrência de crises socioeconômicas tem-se ampliado devido a(o) (A) restrição dos empréstimos à população de maior poder aquisitivo que amplia as

desigualdades sociais. (B) esgotamento do modelo consumista que inviabiliza o aumento da produção nos

países desenvolvidos.

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(C) esvaziamento do papel normatizador do Estado que desloca sua atuação para o setor produtivo.

(D) enfraquecimento das agências bancárias que financiam as políticas públicas nos países centrais.

(E) utilização do capital especulativo que fragiliza a economia interna de regiões em desenvolvimento.

13. (UNESP) O processo de mundialização do sistema capitalista sempre esteve apoiado na difusão de políticas econômicas e na constituição de determinadas lógicas geopolíticas e geoeconômicas de organização do espaço mundial. Constituem-se em política econômica e em lógica capitalista de ordenamento do espaço mundial no período atual: (A) o keynesianismo e o colonialismo. (B) o desenvolvimentismo e o neocolonialismo. (C) o neoliberalismo e a globalização. (D) o mercantilismo e a descolonização. (E) o liberalismo e o imperialismo. 14. (UPE) Analise o texto a seguir: Há um modo de pensar a superação da crise a partir da teoria keynesiana, mediante o aumento dos gastos sociais, socializando os custos da reprodução social, numa linha oposta à neoliberal, de privatização de tais custos em termos de previdência, de educação. A socialização de tais custos me parece um bom caminho inicial. A outra peça da teoria keynesiana é o investimento em infraestrutura. Os chineses perderam 30 milhões de empregos entre 2008 e 2009, por conta do colapso das indústrias de exportação. Em 2009, eles tiveram uma perda líquida de só três milhões de empregos, o que significa dizer que eles criaram 27 milhões de empregos em cerca de nove meses. Isso foi resultado de uma opção pela construção de novos edifícios, novas cidades, novas estradas, represas, todo o desenvolvimento de infraestrutura, liberando uma vasta quantidade de dinheiro para os municípios, para que suportassem o desenvolvimento. Essa é uma clássica solução “sinokeynesiana” e me parece que uma coisa semelhante aconteceu no Brasil, por meio do Bolsa-Família e de programas de investimento estatal em infraestrutura.

David Harvey, 2012. Revista do IPEA. Adaptado.

O autor cita a teoria Keynesiana e sua linha oposta, o neoliberalismo. Sobre as diferenças entre essas duas posições teóricas, é CORRETO afirmar que o (A) Keynesianismo é um conjunto de ideias, que propõe a intervenção estatal na vida

econômica, enquanto o neoliberalismo é um sistema econômico, que prega uma participação mínima do Estado na economia.

(B) ideário do neoliberalismo tem como ponto forte o aumento da participação estatal nas políticas públicas, enquanto a ideologia Keynesiana fomenta a liberdade e a competitividade de mercados.

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(C) neoliberalismo estimula os valores da solidariedade social conduzida pelo Estado máximo, enquanto o Keynesianismo faz a defesa de um mercado forte em que a iniciativa privada deve intervir como promotora de privatizações.

(D) ideário do Keynesianismo defende um mercado autorregulador no qual o indivíduo tem mais importância que o Estado, enquanto o neoliberalismo argumenta que quanto maior for a participação do Estado na economia mais a sociedade pode se desenvolver, buscando o bem-estar social.

(E) poder da publicidade na sociedade de consumo para satisfazer a população é um grande aliado da política Keynesiana, enquanto as ideias neoliberais não são favoráveis a soluções de mercado, opondo-se ao corporativismo empresarial.

15. (UEG-adaptada) A atual crise econômica do mundo capitalista eclodida em 2009 nos EUA e na Europa colocou em xeque o crescimento econômico dessas regiões, provocando a queda do PIB em diversos países. A partir de então, a China passou a ser vista como uma das principais possíveis solução para superação dessa crise econômica. Isso se deve ao fato de que esse país (A) apresenta um potencial mercado consumidor em expansão, que pode absorver a

produção industrial dos EUA e da Europa, além de possuir grandes reservas econômicas para investimento que podem injetar recursos na economia de muitos países.

(B) é o principal importador de matéria-prima e produtos manufaturados dos EUA e da Europa, sobretudo minério de ferro e grãos (como o arroz e o milho), o que poderá assegurar a continuidade do crescimento do PIB de vários países.

(C) detém um contingente populacional com mão de obra qualificada que poderá ser enviada aos EUA e à Europa para suprir a demanda do setor produtivo local, ocupando cargos e funções nos diversos setores da economia.

(D) possui um grande parque industrial com mão de obra barata e sem interferência sindical, que poderá permitir que a China se torne o principal fornecedor de produtos industrializados para os EUA e a Europa.

(E) É a principal liderança mundial no que se refere aos avanços tecnológicos no campo industrial, fornecendo grande parte de produtos de alto valor agregado ao mercado internacional, como circuitos eletrônicos, máquinas de alta complexidade e outros.

16. (UEMA) Observe no mapa os maiores deslocamentos da produção de commodities do globo.

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Considerando esses deslocamentos, o oceano que assume, atualmente, o papel comercial das grandes rotas econômicas pelas dinâmicas que nele se aglutinam é (A) o Atlântico, pela sua extensa área e intensa rota comercial, pelo crescimento das

economias da Europa, da África e da América. (B) o Ártico, por fazer parte de acordos econômicos internacionais, alcançando a

Federação Russa, a América e a Península Escandinava. (C) o Antártico, por constituir a base econômica no prolongamento meridional do

oceano Atlântico, influenciando na América e na Ásia. (D) o Índico, por ser receptor dos rios mais importantes para a economia do globo,

influenciada pela ocorrência das monções na Europa e na América. (E) o Pacífico, pelo crescimento das economias da Ásia, especialmente o Japão e a China,

somando-se à economia dos Estados Unidos. 17. (ENEM) Os chineses não atrelam nenhuma condição para efetuar investimentos nos países africanos. Outro ponto interessante é a venda e compra de grandes somas de áreas, posteriormente cercadas. Por se tratar de países instáveis e com governos ainda não consolidados, teme-se que algumas nações da África tornem-se literalmente protetorados.

BRANCOLI, F. China e os novos investimentos na África: neocolonialismo ou mudanças na arquitetura global? Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).

A presença econômica da China em vastas áreas do globo é uma realidade do século XXI. A partir do texto, como é possível caracterizar a relação econômica da China com o continente africano?

(A) Pela presença de órgãos econômicos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, que restringem os investimentos chineses, uma vez que estes não se preocupam com a preservação do meio ambiente.

(B) Pela ação de ONGs (Organizações Não Governamentais) que limitam os investimentos estatais chineses, uma vez que estes se mostram desinteressados em relação aos problemas sociais africanos.

(C) Pela aliança com os capitais e investimentos diretos realizados pelos países ocidentais, promovendo o crescimento econômico de algumas regiões desse continente.

(D) Pela presença cada vez maior de investimentos diretos, o que pode representar uma ameaça à soberania dos países africanos ou manipulação das ações destes governos em favor dos grandes projetos.

(E) Pela presença de um número cada vez maior de diplomatas, o que pode levar à formação de um Mercado Comum Sino-Africano, ameaçando os interesses ocidentais.

18. (UDESC-adaptada) O imperialismo, ou neocolonialismo, como também é conhecido, é constituído por práticas dos Estados Nacionais, que pretendem colocar-se como

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expansores de seus domínios, controlando outras nações supostamente imaginadas como mais frágeis e mesmo até menos civilizadas.

Sobre o imperialismo das últimas décadas do século XIX, pode-se considerar que

(A) os países latino-americanos, no final do século XIX, em sua maioria ainda colônias das metrópoles, também sofreram com o neocolonialismo.

(B) os Estados Unidos foram o Estado mais ostensivo em sua política imperialista no período citado.

(C) as investidas dos países europeus na expansão de seus domínios foram centradas sobretudo na África e Ásia.

(D) Alemanha e Itália, países há muito tempo constituídos como Estados Nacionais, tiveram papel de destaque no imperialismo do final do século XIX.

(E) as políticas imperialistas do século XIX, favoreceram, principalmente, os Estados Unidos, pais que já era à época, a grande potência industrial do planeta.

19. (ENEM) Estamos testemunhando o reverso da tendência histórica da assalariação do trabalho e socialização da produção, que foi característica predominante na era industrial. A nova organização social e econômica baseada nas tecnologias da informação visa a administração descentralizadora, ao trabalho individualizante e aos mercados personalizados. As novas tecnologias da informação possibilitam, ao mesmo tempo, a descentralização das tarefas e sua coordenação em uma rede interativa de comunicação em tempo real, seja entre continentes, seja entre os andares de um mesmo edifício.

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006 (adaptado).

No contexto descrito, as sociedades vivenciam mudanças constantes nas ferramentas de comunicação que afetam os processos produtivos nas empresas. Na esfera do trabalho, tais mudanças tem provocado (A) o aprofundamento dos vínculos dos operários com as linhas de montagem sob a influências dos modelos orientais de gestão. (B) o aumento das formas de teletrabalho como solução de larga escala para o problema do desemprego crônico. (C) o avanço do trabalho flexível e da terceirização como respostas as demandas por inovação e com vistas a mobilidade dos investimentos. (D) a autonomização crescente das máquinas e computadores em substituição ao trabalho dos especialistas técnicos e gestores. (E) o fortalecimento do diálogo entre operários, gerentes, executivos e clientes com a garantia de harmonização das relações de trabalho. 20. O desenvolvimento não é um mecanismo cego que age por si. O padrão de progresso dominante descreve a trajetória da sociedade contemporânea em busca dos fins tidos como desejáveis, fins que os modelos de produção e de consumo expressam. É preciso, portanto, rediscutir os sentidos. Nos marcos do que se entende predominantemente por desenvolvimento, aceita-se rever as quantidades (menos energia, menos água, mais eficiência, mais tecnologia), mas pouco as qualidades: que desenvolvimento, para que e para quem?

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(LEROY, Jean Pierre. Encruzilhadas do Desenvolvimento. O Impacto sobre o meio ambiente. Le Monde Diplomatique Brasil. jul. 2008, p.9.)

A situação apontada no texto remete a problemas no uso dos recursos naturais. Com base no texto, no enunciado e nos conhecimentos sobre o desenvolvimento capitalista,é correto afirmar que

A) O desenvolvimento do capitalismo industrial baseou-se no uso de fontes de energia limpas como principal elemento para a realização da produção.

B) Elementos da natureza, como madeira e minérios, não serviram para estruturar mecanismos coloniais de dominação.

C) No mundo atual, a consciência ecológica e a reciclagem de materiais são suficientes para deter o consumo desenfreado dos recursos naturais.

D) O capitalismo é racional no espaço de cada unidade produtiva e anárquico no plano social, pois o capitalista contempla apenas o seu interesse individual.

E) O capitalismo desenvolveu-se intensamente no século XX, provocando uma distribuição da riqueza entre as nações de forma mais equitativa, característica peculiar do capitalismo.

CAPÍTULO VII - CARACTERÍSTICAS E TRANSFORMAÇÕES DAS ESTRUTURAS PRODUTIVAS – REVOLUÇÃO

INDUSTRIAL: CRIAÇÃO DO SISTEMA DE FÁBRICAS NA EUROPA E TRANSFORMAÇÕES NO PROCESSO DE

PRODUÇÃO

01. Um operário desenrola o arame, outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer uma cabeça de alfinete requerem-se 18 operações distintas (...) Pode-se considerar que cada [operário] produzia 4800 alfinetes diariamente. Se, porém, tivessem trabalhado independentemente um do outro (...) certamente cada um deles não teria conseguido fabricar 20 alfinetes por dia, e talvez nenhum (...)

SMITH, Adam. A Riqueza das Nações.

O texto acima descreve uma nova forma de trabalho que surgia no final do século XVIII,caracterizado como: (A) industrial individual. (B) artesanal individual. (C) manufaturado em série. (D) artesanal em série. (E) manufaturado individual. 02. (ENEM-PPL)

TEXTO I

O aparecimento da máquina movida a vapor foi o nascimento do sistema fabril em grande escala, representando um aumento tremendo na produção, abrindo caminho na direção dos lucros, resultado do aumento da procura. Eram forças abrindo um novo mundo.

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HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1974 (adaptado).

TEXTO II

Os edifícios das fábricas adaptavam-se mal à concentração de numerosa mão de obra, reunida para longos dias de trabalho, numa situação árdua e insalubre. O trabalho nas fábricas destruiu o sistema doméstico de produção. Homens, mulheres e crianças deixavam os lugares onde moravam para trabalhar em diferentes fábricas.

LEITE, M. M. Iniciação à história social contemporânea. São Paulo: Cultrix,1980 (adaptado).

As estratégias empregadas pelos textos para abordar o impacto da Revolução Industrial sobre as sociedades que se industrializavam são, respectivamente,

(A) ressaltar a expansão tecnológica e deter-se no trabalho doméstico.

(B) acentuar as inovações tecnológicas e priorizar as mudanças no mundo do trabalho.

(C) debater as consequências sociais e valorizar a reorganização do trabalho.

(D) indicar os ganhos sociais e realçar as perdas culturais.

(E) minimizar as transformações sociais e criticar os avanços tecnológicos

03. (IFCE) O mundo sempre se apresentou dividido, seja geográfica, econômica ou politicamente. Houve o momento em que o mundo se dividia, basicamente, entre colônias e metrópoles, depois entre países do Primeiro, Segundo e Terceiro mundo, países do norte e países do sul, países ricos e países pobres, países desenvolvidos e países subdesenvolvidos e, de forma mais recente, países desenvolvidos, países em desenvolvimento e países emergentes. Nessa lógica, a divisão internacional do trabalho também passou por variações e, hoje, países como o Brasil, a Argentina e o México, que são industrializados, inserem-se na Nova Divisão Internacional do Trabalho e caracterizam-se por uma (A) industrialização de ponta, onde, além de produtos industrializados, remetem capital

às nações desenvolvidas. (B) produção industrial com bases nacionais e elevado teor tecnológico. (C) produção industrial voltada apenas para o mercado interno, possuindo, no entanto,

uma dependência tecnológica internacional. (D) industrialização com baixo nível tecnológico que não agrega tanto valor aos produtos

exportados. (E) produção industrial dependente de capital e tecnologias nacionais.

04. (UEPB-adaptada) Empresa Global e o fim do made in

“Apesar de ter sua sede empresarial em Portland, nos Estados Unidos, a Nike não pro-duz tênis no país. [...] A Nike vende tênis no mundo todo, mas não tem uma só fábrica nem emprega um só operário. Ela compra os calçados de indústrias instaladas princi-palmente no leste asiático. Essa é uma característica essencial de uma empresa glo-bal: a facilidade de identificar locais onde existam as condições mais atraentes para suas

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operações. [...] a tendência atual das empresas transnacionais é produzir seguin-do um padrão comum nos diversos países. Essa prática tende a colocar um fim à iden-tidade nacional dos produtos, o chamado made in”.

Fonte: Folha de São Paulo (2 Fev. 1997) apud COELHO, Marcos Amorim e TERRA, Lígia. “Geografia o espaço natural e socioeconômico”. 5ª Ed. Reform e atual — São Paulo Moderna, 2005.

As ideias apresentadas no texto revela que uma das características da globalização é a concentração da produção em determinados países.

(A) A tendência do capitalismo é a desconcentração espacial da produção e do consumo, mas a concentração do comando.

(B) Com o advento do modelo flexível de produção, desaparece a divisão internacional do trabalho.

(C) A terceirização na produção surge como uma alternativa de flexibilização das empresas para diminuir sua carga tributária.

(D) O exemplo da Nike é um caso isolado, visto que em outros setores, como o automobilístico, essa estratégia se inviabiliza.

05. Entenda o que é obsolescência programada Conforme usamos um produto, é natural que este sofra desgastes e se torne antigo com o passar do tempo. O que não é natural é que a própria fabricante planeje o envelhecimento de um produto, ou seja, programar quando determinado objeto vai deixar de ser útil e parar de funcionar, apenas para aumentar o consumo. Apesar do avanço tecnológico, que resultou na criação de uma diversidade de materiais disponíveis para produção e consumo, hoje nossos eletrodomésticos são piores, em questão de durabilidade, do que há 50 anos. Os produtos são fáceis de comprar, mas são desenhados para não durar. Por esta razão, o consumidor sofre para dar a eles uma destinação final adequada e ainda se vê obrigado a comprar outro produto. Fonte: <http://www.idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/entenda-o-que-e-obsolescencia-programada>

Acesso em 21 fev. 2013.

A obsolescência programada está vinculada à forma de funcionar do sistema capitalista. Qual dos autores abaixo analisou esse tipo de necessidade econômica? Qual era a grande preocupação desse autor ao analisar esse tipo de fenômeno? (A) Max Weber. (B) Karl Marx. (C) Émile Durkheim. (D) Immanuel Kant. (E) Machado de Assis. 06. Depois de lutar contra a exploração capitalista, os trabalhadores têm agora que lutar contra a falta dela. Do sistema de exploração passiva para uma situação de

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exclusão porque os grandes centros capitalistas precisam cada vez menos do trabalho...

Adaptado de KURZ, R. O Colapso da Modernização. São Paulo: Paz e Terra, 1992.

Ao mencionar, no texto, a situação de exclusão dos trabalhadores, o autor refere-se (A) ao crescimento dos governos socialistas que, tomando para o Estado as empresas privadas, despedem os trabalhadores. (B) ao crescimento de forças sindicais muito mais representativas dos interesses das empresas do que dos direitos dos trabalhadores. (C) à redução da participação da mão-de-obra nas indústrias como resultado da utilização de tecnologias modernas de produção. (D) ao contrato de aumento salarial para uma parte dos trabalhadores em troca da demissão dos operários mais qualificados. (E) ao despreparo da mão de obra, característica marcante nas economias mais atrasadas, como na África. 07. (ENEM) As tecnologias de informação e comunicação (TIC) vieram aprimorar ou substituir meios tradicionais de comunicação e armazenamento de informações, tais como o rádio e a TV analógicos, os livros, os telégrafos, o fax etc. As novas bases tecnológicas são mais poderosas e versáteis, introduziram fortemente a possibilidade de comunicação interativa e estão presentes em todos os meios produtivos da atualidade. As novas TIC vieram acompanhadas da chamada Digital Divide, Digital Gap ou Digital Exclusion, traduzidas para o português como Divisão Digital ou Exclusão Digital, sendo, às vezes, também usados os termos Brecha Digital ou Abismo Digital.

Nesse contexto, a expressão Divisão Digital refere-se a

(A) uma classificação que caracteriza cada uma das áreas nas quais as novas TIC podem ser aplicadas, relacionando os padrões de utilização e exemplificando o uso dessas TIC no mundo moderno.

(B) uma relação das áreas ou subáreas de conhecimento que ainda não foram contempladas com o uso das novas tecnologias digitais, o que caracteriza uma brecha tecnológica que precisa ser minimizada.

(C) uma enorme diferença de desempenho entre os empreendimentos que utilizam as tecnologias digitais e aqueles que permaneceram usando métodos e técnicas analógicas.

(D) um aprofundamento das diferenças sociais já existentes, uma vez que se torna difícil a aquisição de conhecimentos e habilidades fundamentais pelas populações menos favorecidas nos novos meios produtivos.

(E) uma proposta de educação para o uso de novas pedagogias com a finalidade de acompanhar a evolução das mídias e orientar a produção de material pedagógico com apoio de computadores e outras técnicas digitais.

08. O texto trata de um exemplo da atual distribuição espacial das indústrias. (...) Um carro esporte Mazda é desenhado na Califórnia, financiado por Tóquio; o protótipo é criado em Worthing (Inglaterra) e a montagem é feita nos Estados Unidos e no México, usando componentes eletrônicos inventados em Nova Jersey e fabricados no Japão(...).

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ORTIZ, Renato. Mundialização e Cultura. In O trabalho na Economia Global. CARMO, Paulo Sérgio do, Coleção Polêmica. Editora Moderna, 1998.

A principal característica das indústrias, abordada no texto, é (A) a centralização de todos os setores da indústria em áreas de grande disponibilidade de matérias-primas. (B) a dispersão dos setores da indústria para países da América do Sul com grande mercado consumidor. (C) a concentração dos setores da indústria em países ricos, de alta tecnologia e mão-de-obra barata. (D) a descentralização dos setores da indústria como resultado da ampliação dos meios de transporte e comunicação, barateando os custos. (E) da indústria fordista em que descentraliza a produção para ganhar competitividade no mundo globalizado.

09. As indústrias multinacionais, que invadiram todas as partes do mundo especialmente a partir do final da Segunda Grande Guerra, estão entre os principais responsáveis pela atual interligação dos pólos econômicos do mundo, conhecida como Globalização e pela chamada Revolução Técnico-Científica ou Terceira Revolução Industrial. O sistema “just-in-time” é uma das principais características do atual mercado de consumo, que exige constantes modificações nos produtos e criação de novos modelos. O “just-in-time” trata especificamente:

(A) do controle de qualidade dos produtos desde a produção até a embalagem. (B) da eliminação de estoques, fornecendo a mercadoria no momento e quantidade

certos. (C) da produção de manufaturados em grande escala em sistemas integrados de

fabricação. (D) da racionalização das atividades mineradoras, particularmente nos países

subdesenvolvidos. (E) da produção em massa para o consumo em massa, de acordo com as exigências do

mercado. 10. (ENEM-2014)

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11. (UERJ-adaptada)

As diferenças observadas entre a fábrica fordista e a fábrica pós-fordista são explicadas, principalmente, pela introdução da estratégia de organização produtiva denominada: (A) regulação (B) terceirização

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(C) padronização (D) hierarquização (E) descentralização 12. (ACAFE-adapta) “E comum um telefone celular ir ao lixo com menos de oito meses de uso ou uma impressora nova durar apenas um ano. Em 2005, mais de 100 milhões de telefones celulares foram descartados nos Estados Unidos. Uma CPU de computador, que nos anos 1990 durava até sete anos, hoje dura dois anos. Telefones celulares, computadores, aparelhos de televisão, câmeras fotográficas caem em desuso e são descartados com uma velocidade assustadora. Bem-vindo ao mundo da obsolescência planejada”.

Fonte: Revista Fórum, número 74, setembro de 2013.

A partir da leitura do texto acima, considera-se que (A) O padrão de sociedade citado é a “sociedade de consumo”, que teve seu inicio na

sociedade americana com o “american way of life” e cujo modelo se espalhou pelo mundo, atingindo todos os países.

(B) A mudança dos bens de consumo citados é um processo natural, decorrente do crescimento econômico e do aumento do poder aquisitivo da população.

(C) A obsolescência é planejada pelos próprios consumidores, que detêm o controle do consumo, bem como do padrão de qualidade dos produtos consumidos.

(D) A obsolescência de que fala o texto é o resultado de um modelo de consumo e de crescimento irracional, que leva a não sustentabilidade ambiental.

(E) essa evolução contínua da tecnologia é uma exigência do mercado consumidor, que determina que produtos as empresas vão produzir.

13. (CEFET-MG) O mercado corresponde à demanda por um grupo de produtos próximos entre si. Para uma empresa diversificada, no entanto, a ideia de mercado envolve também outros espaços concorrenciais em que pode atuar, definidos como área de comercialização. A indústria, por seu turno, é definida pelo grupo de empresas voltadas para a produção de mercadorias que são substitutas próximas entre si e, desta forma, fornecidas a um mesmo mercado. KUPFER, D. Economia industrial: fundamentos teóricos e práticos no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002.

(Adaptado).

Nesse contexto, uma das formas para atingir cada vez mais os mercados no espaço geográfico é a formação de (A) cartéis, compostos por companhias que controlamos conglomerados, para

administrarem a estrutura de capital. (B) holdings, constituídos por empresas independentes, de mesmo ramo de atividade,

para estabelecerem preços e divisão de mercado. (C) trustes, configurados pela fusão de companhias numa grande corporação

econômica, para ampliarem o controle da cadeia produtiva. (D) oligopólios, correspondentes a uma empresa única que impõe determinado preço

às mercadorias e serviços por falta de competitividade.

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(E) monopólios, formados por um grupo de firmas que dominam o mercado de um produto, a partir de acordos para aumentar a margem de lucro.

14. (UEA) No contexto da revolução técnico-científica, governantes e empresas de países desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França e Japão, têm estimulado a criação de arranjos territoriais chamados tecnopolos, caracterizados por (A) centros tecnológicos de pesquisa e desenvolvimento que apresentam concentração

de mão de obra qualificada capaz de gerar novos produtos de alta tecnologia que poderão ser absorvidos pelas indústrias.

(B) centros tecnológicos de pesquisa e desenvolvimento instalados em fazendas que utilizam ferramentas tradicionais e mão de obra intensiva para realizar estudos que aumentem a produtividade.

(C) áreas centrais das grandes cidades que apresentam alta concentração de compra e venda de produtos tecnológicos e serviços de manutenção com mão de obra pouco qualificada.

(D) conjuntos empresariais voltados para a prestação de serviços avançados a distância com o emprego de mão de obra barata adaptada ao uso de sistemas de comunicação e informação.

(E) áreas centrais das grandes metrópoles que apresentam elevado dinamismo para a recepção de eventos e congressos especializados em biotecnologia e saúde para soluções de demandas em mercados emergentes.

15. (IFSP) A revolução técnico-científica teve início na segunda metade do século XX com a expansão da tecnologia da informação, tendo por base o desenvolvimento da eletrônica: microeletrônica, computadores e telecomunicações. Pode-se considerar como uma característica importante dessa revolução (A) a expansão das indústrias de base capazes de criar e ampliar a infraestrutura logística

para os novos setores informacionais. (B) o surgimento dos tecnopolos e de centros industriais, os quais têm como base a

produtividade e a competitividade. (C) a recuperação de antigas áreas industriais que empregavam o carvão mineral e

passaram a utilizar o petróleo e o gás natural. (D) a lógica da localização industrial concentrada em oposição à descentralização que

marcou a Segunda Revolução Industrial. (E) a criação de parques e complexos industriais junto às áreas metropolitanas as quais

utilizam fontes de energia renováveis. 16. (ENEM-PPL)

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Cenas do filme Tempos Modernos (Modern Times), EUA,

1936, Direção: Charles Chaplin, Produção: Continental.

A figura representada por Charles Chaplin critica o modelo de produção do início do século XX, nos Estados Unidos da América, que se espalhou por diversos países e setores da economia e teve como resultado

(A) a subordinação do trabalhador à máquina, levando o homem a desenvolver um trabalho repetitivo.

(B) a ampliação da capacidade criativa e da polivalência funcional para cada homem em seu posto de trabalho.

(C) a organização do trabalho que possibilitou ao trabalhador o controle sobre a mecanização do processo de produção.

(D) o rápido declínio do absenteísmo, o grande aumento da produção conjugado com a diminuição das áreas de estoque.

(E) as novas técnicas de produção que provocaram ganhos de produtividade, repassados aos trabalhadores como forma de eliminar as greves.

17. (UFPR-adaptada) A Levi Strauss costumava ter 60 fábricas de jeans nos EUA; hoje essa empresa tem contrato com 16 fornecedoras e não possui nenhuma. É difícil imaginar que as grandes manufaturas de roupas voltem para os EUA – seu trabalho é muito básico. A indústria de eletrodomésticos também transferiu a produção para fora do país, mas há uma certa tendência recente de retorno dessas atividades. A busca dos consumidores por componentes de alta tecnologia em itens de uso diário, como geladeiras e aquecedores de água, deixa a produção mais complicada; isso tornou a produção nos EUA mais atraente, não apenas porque os fabricantes agora têm de proteger a propriedade tecnológica, mas também porque os trabalhadores americanos são mais qualificados, na média, do que sua contraparte chinesa.

(Adaptado de FISHMAN, C. Manufacturing in the US is making a historic comeback. The Atlantic, 15 dez. 2012. Disponível em: <http://www.businessinsider.com/manufacturing-in-the-us-is-making-a-historic-

comeback-2012-12> Acesso em 01 set. 2013.)

Com base no enunciado e nos conhecimentos de geografia econômica, considera-se que o modelo de produção industrial sob o qual se deu o processo de migração industrial dos EUA para países em desenvolvimento foi: (A) volvismo

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(B) toyotismo (C) fordismo (D) Just in time (E) Taylorismo 18. (UERJ-adaptada)

A crítica feita nos quadrinhos se relaciona com uma contradição do capitalismo globalizado, o qual se caracteriza simultaneamente por: (A) elitização do acesso digital – popularização das mídias alternativas (B) requinte dos sistemas produtivos – declínio dos regimes democráticos (C) manipulação dos padrões técnicos – simplificação dos métodos de gestão (D) consumo de produtos sofisticados – exploração da força de trabalho fabril (E) acesso indiscriminado a tecnologia – violência urbana. 19. (UERJ-adaptada)

Associação chinesa pede boicote a mineradoras

O presidente da Associação de Ferro e Aço da China pediu ontem que os importadores licenciados do país boicotem as três grandes empresas de minério de ferro nos próximos dois meses. O pedido é uma clara referência à brasileira Vale e às anglo-australianas BHP Billiton e Rio Tinto, que vêm impondo mudanças nos acordos de compra e venda do minério, determinando preços mais elevados.

Adaptado de O Globo, 03/04/2010

O comportamento adotado pelas três empresas mineradoras, caso seja comprovado, configuraria a seguinte prática econômica:

(A) cartel (B) holding (C) dumping (D) monopólio (E) conglomerado

20. (UESPI-adaptada) A partir da década de 1950, verificou-se uma intensificação no processo de industrialização em diversas regiões do planeta. No caso de países latino-americanos, como, por exemplo, o Brasil, a Argentina e o México, em que se baseou, fundamentalmente, a industrialização? (A) Nos recursos minerais e no crescimento populacional. (B) Na farta mão de obra barata e na baixa taxa de crescimento vegetativo.

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(C) Na internacionalização dos mercados, primeiramente, e nas elevadas taxas de reserva cambial.

(D) Nas diversidades regionais e na renda per capita da população. (E) Na substituição das importações e, posteriormente, na internacionalização dos

mercados.

CAPÍTULO VIII- A GLOBALIZAÇÃO E AS NOVAS TECNOLOGIAS DE TELECOMUNICAÇÃO E SUAS

CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS

01. (ENEM-PPL) Imagine uma festa. São centenas de pessoas aparentemente viajadas, inteligentes, abertas a novas amizades. Você seleciona uma delas e começa um diálogo. Apesar do assunto envolvente, você olha para o lado, perde o foco e dá início a um novo bate-papo.

Trinta segundos depois, outra pessoa desperta a sua atenção. Você repete a mesma ação. Lá pelas tantas você se dá conta de que não lembra o nome de nenhuma das pessoas com quem conversou. A internet é mais ou menos assim, repleta de coisas legais, informações relevantes. São janelas e mais janelas abertas.

Disponível em: http://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 19 fev. 2013 (adaptado).

Refletindo sobre a correlação entre meios de comunicação e vida social, o texto associa a internet a um padrão de sociabilidade que se caracteriza pelo(a)

(A) isolamento das pessoas.

(B) intelectualização dos internautas.

(C) superficialidade das interações.

(D) mercantilização das relações.

(E) massificação dos gostos

02. (ENEM-PPL) O mundo entrou na era do globalismo. Todos estão sendo desafiados pelos dilemas e horizontes que se abrem com a formação da sociedade global. Um processo de amplas proporções envolvendo nações e nacionalidades, regimes políticos e projetos nacionais, grupos e classes sociais, economias e sociedades, culturas e civilizações.

IANNI, O. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1997.

No texto, é feita referência a um momento do desenvolvimento do capitalismo. A expansão do sistema capitalista de produção nesse momento está fundamentada na

(A) difusão de práticas mercantilistas.

(B) propagação dos meios de comunicação.

(C) ampliação dos protecionismos alfandegários.

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(D) manutenção do papel controlador dos Estados.

(E) conservação das partilhas imperialistas europeias.

03. (UEPB-adaptada) Ano passado, a música “Ai Se Eu te Pego” foi a quinta mais vendida no mundo, na loja virtual iTunes, e chegou a ficar em 1º lugar no ranking das mais tocadas em mais de 40 países. “No ano passado, fiz 240 shows em 18 países”, comenta Michel [...]

<http://www. jn.pt/PaginalniciaI/Cultura/Interior/aspx?content_id2791144conquistas-billboard-Iatin-music-awards#image1>

O “rapper” sul-coreano PSY considerou o êxito de “Gangnam Style” tão irreal que se questiona se é verdadeiro e não apenas uma fantasia [...] O vídeo de “Gangnam Style” registra mais de 270 milhões de visualizações na rede de partilha Youtube, um número que aumenta todos os dias.

<http://caras.uol.com.br/canal/revista/post/michel-telo-comemora-suas-conquistas-billboard-latin-music-awards#image1>

Os dois comentários sobre os sucessos mundiais do brasileiro Michel Teló e do sul-coreano Psy expressam as características de mundo cada vez mais veloz na divulgação da informação e momentâneo no consumo de bens, de serviços e informações. Este mundo do virtual, da legitimidade pelo número, no qual tudo se torna efêmero, é explicado pelo fenômeno: (A) Dos nacionalismos que insurgem a partir da derrocada do socialismo, ávidos para

divulgarem seus valores identitários e culturais. (B) Do multiculturalismo, que emerge valorizando as culturas até então marginalizadas. (C) Do neoliberalismo, que possibilita a liberdade individual e estimula a criatividade e o

empreendedorismo pessoal. (D) Da globalização, que é viabilizada por meio da fusão entre ciência, técnica e

informação. (E) Do toyotismo, que freia a massificação fordista através da produção voltada para

nichos de mercados identificados por questões étnicas, religiosas, culturais, de gênero e etárias.

04. Leia a notícia para responder à questão a seguir. Em dia de maior mobilização, protestos levam mais de 1 milhão de pessoas às ruas no Brasil Mais de 1 milhão de pessoas participaram de protestos em várias cidades do Brasil nesta quinta-feira [20.06.2013]. Os protestos ocorreram em várias capitais e centenas de cidades nas cinco regiões do país. Ao todo, 388 cidades tiveram manifestações, incluindo 22 capitais.

(http://noticias.uol.com.br. Adaptado.)

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(UNESP-2014) Ao se espalharem pelo território brasileiro, esses protestos evidenciaram características do espaço geográfico próprias do atual período histórico da globalização. Entre essas características pode-se mencionar (A) uma frágil articulação entre os lugares, resultante do uso corporativo das redes

técnicas de comunicação por grandes empresas, o que inviabilizou a ocorrência de manifestações simultâneas pelo país.

(B) uma estreita articulação entre os lugares, possibilitada pela presença de redes técnicas de comunicação que, por sua vez, viabilizaram a ocorrência de manifestações simultâneas por todo o país, em razão da circulação organizada de informações.

(C) uma frágil articulação entre os lugares, devido a redes técnicas de comunicação e de transporte ainda problemáticas, o que inviabilizou a ocorrência de manifestações simultâneas por todo o país.

(D) um relativo isolamento entre os lugares, devido à ausência de redes técnicas de comunicação, o que inviabilizou a ocorrência de manifestações simultâneas pelo país.

(E) uma estreita articulação entre os lugares, possibilitada pela presença de redes técnicas de transporte que, por sua vez, viabilizaram o deslocamento do mesmo grupo de manifestantes por todo o país em um intervalo curto de tempo.

05. (PROF. LÁZARO BEZERRA) Um dos traços marcantes do atual período histórico é, pois, o papel verdadeiramente despótico da informação. Conforme já vimos, as novas condições técnicas deveriam permitir a ampliação do conhecimento do planeta, dos objetos que o formam, das sociedades que o habitam e dos homens em sua realidade intrínseca. Todavia, nas condições atuais, as técnicas da informação são principalmente utilizadas por um punhado de atores em função de seus objetivos particulares (...) aprofundando assim os processos de criação de desigualdades.

(SANTOS, Milton. “Por uma outra globalização”. Rio de Janeiro: Record, 2000.)

As redes informacionais criadas pela globalização são criticadas pelo autor por elas agirem no sentido de:

(A) reforçar interesses políticos, contrapondo objetivos econômicos. (B) ampliar a acumulação capitalista, difundindo a ideologia dominante. (C) romper com a barreira espaço-tempo, desarticulando a estrutura de governo. (D) favorecer os interesses da grande mídia, criando contradições entre as elites

econômicas. (E) favorecer a difusão da cultura ocidental, em detrimento de outras culturas. 06. (ENEM-2014)

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07. (ENADE-adaptada) Samba do Approach Venha provar meu brunch Saiba que eu tenho approach Na hora do lunch Eu ando de ferryboat Eu tenho savoir-faire Meu temperamento é light Minha casa é hi-tech Toda hora rola um insight Já fui fã do Jethro Tull Hoje me amarro no Slash Minha vida agora é cool Meu passado é que foi trash Fica ligada no link Que eu vou confessar, mylove Depois do décimo drink Só um bom e velho engov Eu tirei o meu greencard E fui pra Miami Beach

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Posso não ser pop star Mas já sou um nouveau riche Eu tenho sex-appeal Saca só meu background Veloz como Damon Hill Tenaz como Fittipaldi Não dispenso um happyend Quero jogar no dreamteam De dia um macho man E de noite uma dragqueen. (Zeca Baleiro)

O Samba do Approach, de autoria do maranhense Zeca Baleiro, ironiza a mania brasileira de ter especial apego a palavras e a modismos estrangeiros. Isso reflete (A) A formação cultural do povo brasileiro, que ao longo de séculos tem recebido

influências estrangeiras, principalmente da Inglaterra. (B) O domínio que o povo brasileiro tem da língua inglesa, retratados em muitos

aspectos da vida cultural brasileira, como na música. (C) A influência do processo de globalização, calcado pela hegemonia dos EUA, que

difundem, das mais variadas formas, a influência de sua língua por outros países. (D) A pobreza cultural do povo brasileiro, refletida num forte apego a palavra e aos

modismos estrangeiros. (E) O desenvolvimento cultural da nação brasileira, que por influência da globalização

mostra sua capacidade de se expressar em vários idiomas, especialmente o inglês.

08. (IFCE) Na atual fase de desenvolvimento do capitalismo, o processo da globalização econômica vem marcando profundamente as sociedades em todas as partes do mundo. Sobre a globalização, leia as proposições abaixo. I. A globalização é uma fase do desenvolvimento capitalista marcada pelo crescimento

do capital financeiro, nunca visto anteriormente. II. A formação dos blocos econômicos são estratégias dos Estados-Nações, para se

protegerem do capital especulativo em virtude das medidas protetivas às suas indústrias de base.

III. A revolução técnico-cientifica é uma característica da globalização, especialmente do setor de transportes e comunicações.

IV. O intenso crescimento de máquinas na produção industrial vem substituindo muitos trabalhadores, especialmente nos países mais industrializados. Essas tecnologias obrigam os trabalhadores a buscarem mais qualificação no enfrentamento do desemprego estrutural implantado por elas.

V. Desigualdades regionais foram acentuadas com a globalização, apesar do surgimento de novos polos econômicos mundiais.

Está(ao) correta(s): (A) somente I, II, III e IV. (B) I, II, III, IV e V. (C) somente I, III, IV e V.

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(D) somente II. (E) somente I e III. 09.

“Enquanto o capital se internacionaliza, (...) VERÍSSIMO, Luis Fernando. A paróquia do mundo. O Estado de S. Paulo 24 de abril de 2002.

Considerando as características do processo de globalização, escolha a alternativa que melhor complementa a frase que explica a figura. (A) (...) aumenta o número de empregos“. (B) (...) alguns países se fecham para os migrantes”. (C) (...) diminui a distância entre ricos e pobres”. (D) (...) os países que mais exportam são os mais pobres”. (E) (...) os países mais ricos absorvem os pobres.

10. A relação entre as tecnologias da informação, e mais precisamente, a internet, com a política é uma questão central para os movimentos sociais contemporâneos. Tal como outros avanços tecnológicos no passado, as tecnologias da informação(TI), servem um duplo propósito: por um lado contribuem para acelerar os movimentos de capitais(sobretudo de capitais financeiros), facilitando uma globalização imperialista. Por outro lado, a internet fornece importantes fontes alternativas de análise, assim como uma forma fácil de comunicação, que pode servir para a mobilização dos movimentos populares.

PETRAS, James. Oposição social na era da internet: militantes “de teclado” e intelectuais públicos. Global Research, 20 nov. 2011. Extraído do site: <http://resistir.info/petras/ petras_20nov11_p.html>.

Acesso em: 3 jun. 2012.

Além desses papéis mencionados no texto, a internet pode contribuir também para (A) que barreiras temporais e espaciais permaneçam inalteradas, visto a mesma ser

dominada e controlada pelos países mais ricos do mundo. (B) a democratização da vida social e política da sociedade à medida que possibilita a

instituição de mecanismos eletrônicos para a efetiva disseminação de informações.

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(C) a globalização do capital financeiro, facilitando os investimentos nos mais diversos pontos do mundo e ao mesmo tempo, isolar os movimentos sociais do planeta.

(D) aprofundar a dominação capitalista dos países ricos sobre os países pobres, proibindo o acesso de suas populações aos avanços tecnológicos em curso.

(E) a desestabilização da economia mundial, visto que o volume de fluxos financeiros que circulam pela rede é de tal monta, que pode em poucos minutos gerar uma crise global.

11. Leia o texto a seguir.

“[...] os valores e interesses predominantes são construídos sem referência ao passado ou ao futuro no panorama intemporal das redes de computadores e da mídia eletrônica, em que todas as expressões ou são instantâneas, ou não apresentam sequência previsível. […] Essa virtualidade é nossa realidade porque está na estrutura desses sistemas simbólicos intemporais desprovidos de lugar cujas categorias construímos e cujas imagens, também por nós evocadas, modelam o comportamento, influenciam a política, acalentam sonhos e provocam pesadelos”.

CASTELLS, Manuel. A era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 1999. v. 3. p. 411; 439.

Nos últimos anos tem crescido de forma acentuada a utilização das redes sociais na internet, principalmente pelos mais jovens. Os protestos agora se difundem globalmente, e abaixo-assinados e petições públicas se reproduzem pelas redes, dando um novo significado ao conceito de cidadania.

Com base no texto e nas informações apresentadas, conclui-se que, com o uso da internet,

(A) as redes sociais têm contribuído para tornar o mundo mais humano e tolerante.

(B) as redes sociais levam as pessoas a tornarem-se mais ativas na luta pela distribuição das riquezas.

(C) os jovens encontram nas redes sociais um instrumento real para transformar a sociedade.

(D) as redes sociais potencializam revoltas e manifestações, mas carecem de organização e limitam-se no tempo.

(E) os questionamentos críticos nas redes sociais têm mudado o comportamento consumista da juventude.

12. Como reflexos das transformações nas políticas de gestão e de organização do trabalho no contexto atual de globalização, tem-se o novo perfil de trabalhador ou da classe social que vive do trabalho e uma reconfiguração no mercado de trabalho. Assim, podemos afirmar corretamente que um dos impactos da atual globalização e da reestruturação produtiva no mundo do trabalho, na virada do século XX para o século XXI, é o (a)

(A) aumento do contingente de trabalhadores fabris.

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(B) redução significativa dos índices de trabalho feminino e infantil. (C) aumento da inclusão de jovens no mercado de trabalho. (D) aumento do número de trabalhadores no setor de serviços. (E) redução do número de trabalhadores no setor informal da economia. 13. Observe a charge a seguir.

Com base na charge e nos conhecimentos sobre as formas de comunicação na sociedade contemporânea, considera-se que (A) A denominada “sociedade de informação” estreita os vínculos diretos entre os

indivíduos e intensifica a coesão e a igualdade social. (B) As novas tecnologias da informação são responsáveis pelo surgimento do modo de

produção pós-moderno ou pós-industrial. (C) As redes sociais não contribuem para a redefinição das fronteiras entre os espaços

público e privado. (D) O Twitter e outras formas de comunicação on-line evidenciam determinado grau

de desenvolvimento das forças produtivas. (E) As mais variadas formas modernas de comunicação como o twitter, são neutras, daí,

seu baixo potencial de influenciar as pessoas. 14. (UERJ-adaptada)

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Um consultor canadense, Michael Markieta, desenvolveu um sistema de visualização das rotas de tráfego aéreo ao redor do globo que recria o mapa-múndi, como mostra a imagem. Atualmente, há 58 mil rotas aéreas cruzando os céus nos cinco continentes. Na imagem revelada por Markieta, não causa surpresa o fato de que os pontos mais densos aparecem em áreas onde muitas rotas seguem o mesmo trajeto e têm como destino as maiores cidades do mundo.

Adaptado de vegakosmonaut.blogspot.com.br, 11/06/2013

Nessa representação das rotas do transporte aéreo comercial, o mapa ilustra a seguinte mudança na geopolítica internacional contemporânea: (A) aculturação de áreas periféricas (B) metropolização de regiões rurais (C) globalização de países desenvolvidos (D) conurbação de aglomerações populacionais (E) aumento das migrações internacionais 15. (UEPB) Observe a charge abaixo.

Ela satiriza (A) A política de austeridade imposta pela Comissão Europeia, pelo Fundo Monetário

Internacional e pelo Banco Central Europeu aos países endividados da zona do euro. (B) A proibição das touradas na região da Catalunha, atividade que gera milhares de

empregos e bilhões de euros, num momento em que a Espanha atravessa uma forte crise econômica.

(C) A polêmica e milenar tradição das touradas, que remonta ao império romano e persiste na cultura espanhola, apesar dos protestos dos ativistas contrários a tais espetáculos de crueldade.

(D) A preocupação dos líderes europeus com crise econômica atingindo a Espanha e a Itália, países que estão entre as maiores economias da zona do euro.

(E) A situação de desemprego que atinge a união europeia, com maior ferocidade na Grécia e na Espanha, países que atingem as maiores taxas, com aproximadamente um quarto de suas populações desempregadas.

16. (PUCRJ)

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Com a crise econômica aprofundada em 2008, uma classe de países da Zona do Euro passou a ser chamada de PIIGS. Nesses países: (A) a arrecadação caiu, apesar de o emprego ter aumentado, afetando a manutenção

das políticas de bem estar desenvolvidas há décadas. (B) a pobreza estrutural é muito grande, já que são periferias comunitárias localizadas

no leste do continente. (C) as taxas de desemprego são as mais expressivas do continente, apesar de a

suscetibilidade das economias nacionais ter diminuído. (D) os gastos públicos são excessivos e o endividamento descontrolado, ao ponto de

suas dívidas serem iguais ou superiores a 50% dos seus PIB. (E) os investimentos do bloco econômico continuam sendo fortes, mas houve o

aumento da desconfiança da população nacional devido à corrupção. 17.(PROF. LÁZARO BEZERRA)

19/02/2014 Facebook compra o aplicativo WhatsApp por US$ 16 bilhões Mark Zuckerberg elogiou app que tem 450 milhões de usuários. 'Serviços que atingem a casa do milhar são incrivelmente valiosos', disse "O WhatsApp está no caminho para conectar 1 bilhão de pessoas", afirmou Mark Zuckerberg, presidente-executivo e cofundador do facebook. Talvez seja por isso que a empresa comprou o aplicativo por US$ 16 bilhões, negócio anunciado na noite de quarta-feira (19). Criado em 2009, o WhatsApp se tornou uma máquina de troca de mensagens entre pessoas, que não param de aderir ao aplicativo. Tanto que, com quatro anos de existência, o app possui quase duas vezes mais usuários que o próprio Facebook tinha com a mesma idade.

Do G1, em São Paulo

Esse tipo de transação na atualidade não causa tanto espanto, em meio a um

mundo cada vez mais plugado nas tecnologias de informação que permitem uma comunicação muito rápida e praticamente instantânea., O que e estranho, e o valor de um aplicativo como o Whatsapp ser tão alto, constituindo-se numa transação bilionária.

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Apesar de seus interesses econômicos, essas empresas tem um papel no mundo globalizado de (A) Potencializar seus lucros inserindo propaganda em meio as mensagens, dai,

justificar um valor tão alto pago pelo WhatsApp. (B) Levar mais conectividade ao mundo, entregando serviços de internet importantes de

forma eficiente e acessível. (C) Eliminar os concorrentes mais poderosos, visto ser um mercado altamente

competitivo, dominado uma gama grande de empresas. (D) Unir as empresas nas redes sociais, para fazer uma campanha de conscientização

mundial relativo aos problemas ambientais. (E) Divulgar os benefícios da globalização das tecnologias de informação, permitindo que

milhões de pessoas se comuniquem ao mesmo tempo. 18. (ENEM-PPL) Na União Europeia, buscava-se coordenar políticas domésticas, primeiro no plano do carvão e do aço, e em seguida em várias áreas, inclusive infra-estrutura e políticas sociais. E essa coordenação de ações estatais cresceu de tal maneira, que as políticas sociais e as macropolíticas passaram a ser coordenadas, para, finalmente, a própria política monetária vir a ser também objeto de coordenação com vistas à adoção de uma moeda única. No Mercosul, em vez de haver legislações e instituições comuns e coordenação de políticas domésticas, adotam-se regras claras e confiáveis para garantir o relacionamento econômico entre esses países.

ALBUQUERQUE, J. A. G. Relações internacionais contemporâneas: a ordem mundial depois da Guerra Fria. Petrópolis: Vozes, 2007 (adaptado).

Os aspectos destacados no texto que diferenciam os estágios dos processos de integração da União Europeia e do Mercosul são, respectivamente:

(A) Consolidação da interdependência econômica − aproximação comercial entre os países.

(B) Conjugação de políticas governamentais − enrijecimento do controle migratório.

(C) Criação de inter-relações sociais − articulação de políticas nacionais.

(D) Composição de estratégias de comércio exterior − homogeneização das políticas cambiais.

(E) Reconfiguração de fronteiras internacionais − padronização das tarifas externas.

19. (FGV) No decorrer do século XX, para a organização de projetos de criação de blocos econômicos, foi necessário superar rivalidades históricas. Isto ocorreu na Europa e também na América do Sul, quando o Brasil e a Argentina deixaram de lado as disputas por hegemonia e engendraram um acordo, na década de 1980, que posteriormente originou o Mercosul. Estes exemplos permitem afirmar que: (A) a herança colonial europeia dá maior flexibilidade aos países sul-americanos no

âmbito das relações políticas e econômicas.

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(B) quando o objetivo é reduzir ou eliminar os desníveis econômicos, as diferenças históricas são abandonadas.

(C) as questões de natureza étnico-culturais podem ser relevantes para o estabelecimento de relações comerciais.

(D) no contexto da globalização, as relações entre os Estados e as economias nacionais são modificadas.

(E) as questões geopolíticas se tornam entraves quando os países procuram estabelecer relações multilaterais.

20. (UERJ-adaptada) O comércio externo constitui um dos aspectos mais importantes da economia nacional em tempos de globalização. Observe, por exemplo, o mapa abaixo, que apresenta as importações dos EUA provenientes do continente americano em 2005.

A principal explicação para o elevado valor do intercâmbio de mercadorias dos Estados Unidos com os seus dois principais parceiros no continente americano é a existência de: (A) acordo comercial (B) unidade monetária (C) igualdade tributária (D) infraestrutura integrada (E) política econômica semelhante 21. (UERN-adaptada) Analise atentamente a charge.

Pode-se concluir que ela destaca a crise econômica

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(A) no continente europeu, tendo como destaque a Grécia. (B) mundial, com a Europa resolvendo internamente os seus problemas. (C) europeia, com a Grécia conseguindo se reerguer. (D) que está atingindo todo o mundo, menos a Europa. (E) dos Estados Unidos, que atingiu o mundo. 22. Entre as promessas contidas na ideologia do processo de globalização da economia estava a dispersão da produção do conhecimento na esfera global, expectativa que não se vem concretizando. Nesse cenário, os tecnopolos aparecem como um centro de pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia que conta com mão de obra altamente qualificada. Os impactos desse processo na inserção dos países na economia global deram--se de forma hierarquizada e assimétrica. Mesmo no grupo em que se engendrou a reestruturação produtiva, houve difusão desigual da mudança de paradigma tecnológico e organizacional. O peso da assimetria projetou- se mais fortemente entre os países mais desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento.

BARROS, F. A. F. Concentração técnico-científica: uma tendência em expansão no mundo contemporâneo? Campinas: Inovação Uniemp, v. 3, nº 1, jan./fev. 2007 (adaptado).

Diante das transformações ocorridas, é reconhecido que (A) a inovação tecnológica tem alcançado a cidade e o campo, incorporando a

agricultura, a indústria e os serviços, com maior destaque nos países desenvolvidos. (B) os fluxos de informações, capitais, mercadorias e pessoas têm desacelerado,

obedecendo ao novo modelo fundamentado em capacidade tecnológica. (C) as novas tecnologias se difundem com equidade no espaço geográfico e entre as

populações que as incorporam em seu dia a dia. (D) os tecnopolos, em tempos de globalização, ocupam os antigos centros de

industrialização concentrados em alguns países emergentes. (E) os países subdesenvolvidos tem ganho destaque no atual processo de globalização,

particularmente, nos avanços das tecnologias de ponta, como a telefonia móvel.

CAPÍTULO XIX- CARACTERÍSTICAS E TRANSFORMAÇÕES DAS ESTRUTURAS PRODUTIVAS: PRODUÇÃO E

TRANSFORMAÇÃO DOS ESPAÇOS AGRÁRIOS. MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA E ESTRUTURAS AGRÁRIAS

TRADICIONAIS 01. Uma das principais dificuldades que alguns países periféricos ou semi-periféricos, como o Brasil, encontram no mercado mundial de produtos agrícolas é (A) a concessão de subsídios agrícolas que países como os Estados Unidos e os da União

Europeia cedem aos seus respectivos produtores. (B) a política anti-protecionista que os países desenvolvidos adotam em relação à

importação desses produtos. (C) o alto custo de produção de todos os seus produtos agrícolas em relação aos custos

desses produtos nos países desenvolvidos. (D) o reduzido interesse de mercados fortes como o asiático, que apresenta baixa

importação desses produtos. (E) a baixa produtividade agrícola apresentada por esses países, não sendo suficiente

para que haja excedente para ser exportado.

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02. (UEPA-) Após a revolução verde, houve significativas mudanças socioespaciais no espaço rural mundial. Como repercussão das mudanças ocorridas nas nações subdesenvolvidas, verifica-se que

(A) intensificou a relação campo-cidade, devido aos avanços nos transportes e telecomunicações, o que permitiu a circulação da população rural em direção à cidade, sem que tal mobilidade acompanhasse a mobilidade social.

(B) a configuração do espaço rural sofreu reduzidas mudanças, devido à concentração das tecnologias na cidade e ao baixo incentivo dos governos para novos investimentos no campo, fazendo com que a organização sociopolítica e econômica do espaço rural fosse pouco alterada.

(C) o espaço rural passou a se urbanizar pela grande concentração de novas tecnologias, atraindo sobremaneira a população agrária que trouxe valores da cidade, além de garantir a manutenção dos camponeses neste espaço.

(D) as incrementações tecnológicas do espaço rural, após a revolução verde, mostraram-se eficazes na medida em que criaram condições para o surgimento da agricultura orgânica, que estimulou o barateamento da produção.

(E) as transformações do espaço rural como a modernização da agropecuária, repercutiram no barateamento dos alimentos nos países pobres e o encarecimento nos países ricos, reduzindo as desigualdades internacionais entre os dois grupos de países.

03. (UNEB-adaptada) Bilhões de pessoas devem a vida a uma única descoberta, feita há um século. Em 1909, o químico alemão Franz Haber, da Universidade de Karlsruhe, mostrou como transformar o gás nitrogênio — abundante, e não reagente, na atmosfera, porém inacessível para a maioria dos organismos — em amônia, o ingrediente ativo em adubos sintéticos. Vinte anos depois, quando outro cientista alemão, Carl Bosch, desenvolveu um meio para aplicar a ideia de Haber em escala industrial, a capacidade mundial de produzir alimentos disparou. Nas décadas seguintes, novas fábricas converteram tonelada após tonelada de amônia em fertilizante e hoje se considera a solução Haber-Bosch uma das maiores dádivas da história da saúde pública.

(TOWNSEND; HOWARTH, 2010. p. 44).

Com base na análise do texto e nos conhecimentos sobre o uso de fertilizantes na agricultura e suas implicações, pode-se considerar que (A) Um dos pilares da “Revolução Verde” é a utilização dos adubos químicos. (B) O aumento da produtividade agrícola eliminou a fome endêmica na África e no

Sudeste Asiático. (C) O uso excessivo do nitrogênio tem contribuído para o aparecimento de problemas

com as águas subterrâneas, já que os solos reagem bem aos adubos químicos. (D) A utilização do nitrogênio em larga escala é aconselhável porque, melhora a

qualidade do solo, sem prejuízo ao meio ambiente. (E) O aumento da biodiversidade é uma das consequências do uso do nitrogênio,

principalmente nos ecossistemas costeiros.

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04. (ENEM) Se, por um lado, o ser humano, como animal, é parte integrante da natureza e necessita dela para continuar sobrevivendo, por outro, como ser social, cada dia mais sofistica os mecanismos de extrair da natureza recursos que, ao serem aproveitados, podem alterar de modo profundo a funcionalidade harmônica dos ambientes naturais.

ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2005 (adaptado).

A relação entre a sociedade e a natureza vem sofrendo profundas mudanças em razão do conhecimento técnico. A partir da leitura do texto, identifique a possível consequência do avanço da técnica sobre o meio natural. (A) sociedade aumentou o uso de insumos químicos – agrotóxicos e fertilizantes – e,

assim, os riscos de contaminação. (B) O homem, a partir da evolução técnica, conseguiu explorar a natureza e difundir

harmonia na vida social. (C) As degradações produzidas pela exploração dos recursos naturais são reversíveis, o

que, de certa forma, possibilita a recriação da natureza. (D) O desenvolvimento técnico, dirigido para a recomposição de áreas degradadas,

superou os efeitos negativos da degradação. (E) As mudanças provocadas pelas ações humanas sobre a natureza foram mínimas, uma

vez que os recursos utilizados são de caráter renovável. 05. Na tentativa de contribuir para a sustentabilidade ambiental, hoje está sendo difundida a chamada agricultura orgânica, cuja maior preocupação é não utilizar produtos químicos durante o cultivo. Assinale a opção que apresenta corretamente as características desse tipo de agricultura. (A) Pouca mão de obra, muita tecnologia, cultivos voltados para o mercado interno e

uso de adubos oriundos da compostagem. (B) Muita mão de obra, pouca tecnologia, cultivos voltados para a exportação e uso de

herbicidas. (C) Muita mão de obra, pouca tecnologia, cultivos voltados para o mercado interno e

uso de adubos oriundos da compostagem. (D) Pouca mão de obra, pouca tecnologia, cultivos voltados para exportação e uso de

herbicidas. (E) Muita mão de obra, muita tecnologia, cultivos voltados para a exportação e uso de

adubos inorgânicos. 06. (UCPEL-adaptada) A fome pode ser caracterizada pela falta quantitativa de alimentos para satisfazer o apetite, mas também deve ser considerada pela falta de determinados elementos específicos, tais como proteínas, vitaminas e sais minerais indispensáveis ao funcionamento do organismo humano e à própria vida. Entretanto, o problema da fome no mundo não pode ser considerado apenas pela falta de alimentos, mas também como um problema político.

Com relação a essa temática, pode-se considerar que Analise as seguintes afirmativas e assinale V, quando verdadeira, e F, quando falsa.

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(A) A fome no mundo depende muito mais dos fatores políticos e econômicos como a concentração de renda, por exemplo, do que da existência de condições naturais adversas à agricultura. (B) Os países subdesenvolvidos têm predomínio de população rural e economia baseada na produção de alimentos e de matérias-primas, motivo pelo qual são os maiores produtores e consumidores de alimentos. (C) Apesar de haver uma grande fartura de alimentos na atualidade, o número de famintos também aumentou. Principalmente, naqueles países mais desenvolvidos, pois suas populações são mais vulneráveis as oscilações dos preços dos alimentos. (D) A modernização da agricultura provocou aumento no emprego estrutural e o aumento na produção de bens; em consequência disso, os produtos agrícolas subiram de preço passando a ser mais valorizados que os produtos industrializados. (E) A questão da fome no mundo apesar de ser um problema político, é, essencialmente, uma questão de produtividade agrícola, pois o planeta produz uma quantidade cada vez menor de alimentos, enquanto que a demanda só faz aumentar. 07. (UEMA) Os fragmentos a seguir apresentam a realidade revelada pelo diretor geral da ONU para a alimentação e a agricultura, o brasileiro José Graziano, sobre as questões que envolvem a sustentabilidade nesses aspectos, em entrevista à

Revista ISTO É, por ocasião da Rio+20.

“Hoje não existe escassez de alimentos.” “Entre a produção e o consumo, perde-se anualmente 1,3 bilhões de toneladas de alimentos.” “Ao mesmo tempo em que há 900 milhões de pessoas subnutridas, outras centenas de milhões sofrem de sobrepeso e obesidade.” “Hoje usamos 15 mil litros de água para produzir um quilo de carne.”

GRAZIANO, J. Isto é, São Paulo, n. 2223, jun. 2012.

Esses fragmentos demonstram que, de acordo com o diretor geral da ONU, em relação à sustentabilidade, há necessidade de (A) criar interlocução entre os problemas de segurança alimentar e as questões ambientais, produzindo menor impacto ao ambiente a exemplo do cultivo direto, dos sistemas agroflorestais, do controle biológico de pragas, da irrigação por gotejamento e da redução do desperdício. (B) promover aumento da produção, atendendo às pressões internacionais da revolução verde, de forma a atender a população mundial que deverá ultrapassar a marca dos 9 milhões de pessoas em 2050, considerando as perspectivas atuais desse crescimento. (C) garantir as condições de acesso à alimentação, como a produção agrícola e o grande volume do capital ao pequeno agricultor nos países centrais, onde há maior concentração de renda e menor poder aquisitivo. (D) comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, priorizando a produção de alimentos em níveis suficientes para atender às populações, conforme estabelecem os padrões dos países periféricos, onde há maior poder aquisitivo e produção de maneira sustentável.

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(E) buscar alternativas sustentáveis, substituindo as práticas predatórias, tais como queimadas por métodos menos agressivos, adubagem orgânica e construção de cacimbas, nos países centrais, onde a fome assola pelas condições de insustentabilidade da produção.

08. (UNIMONTES-adaptada) Observe o gráfico.

Folha de São Paulo, 23/2/2012.

Com base no gráfico acima e nos seus conhecimentos sobre a temática,pode-se considerar que. (A) A maior produção mundial de transgênicos ocorre em países da América Latina. (B) Os Estados Unidos vêm, nos últimos anos, reduzindo a produção de transgênicos, perdendo importância nesse mercado (C) O Brasil é o maior produtor de transgênicos do Mercosul. (D) Os países mais populosos são os maiores produtores de transgênicos por necessidade do mercado interno. (E) Os transgênicos são proibidos na Europa, daí, a produção concentrar-se nesses países.

09. (UNIOESTE) Em relação às questões agrícolas mundiais, pode-se considerar que

(A) Na década de 1950, a Revolução Verde foi um evento que atingiu a maior parte dos países no mesmo momento histórico. Ela foi responsável pela manutenção de diversas famílias no campo e não modificou a estrutura fundiária do Brasil e de outros países. (B) A Revolução Verde surgiu após um processo de conscientização global sobre a importância da preservação ambiental, modificando o modo de produção e o uso dos recursos naturais. Nesse contexto está a agricultura orgânica, que não utiliza agrotóxicos. (C) Foi a partir da Revolução Verde que houve um grande crescimento da produção agrícola mundial, pois várias tecnologias foram implementadas, como máquinas, fertilizantes e defensivos. (D) A Revolução Verde trouxe problemas ambientais, como a contaminação das águas, perdas de solo por lixiviação, desmatamento e redução da biodiversidade. São problemas irrelevantes quando se compara com a elevação da produtividade de alimentos.

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(E) A continuidade da Revolução Verde está nos alimentos transgênicos, porém, em virtude da pressão popular e das restrições feitas pelo governo federal, esse modelo de agricultura não vem crescendo no Brasil. 10. (ENEM) A interface clima/sociedade pode ser considerada em termos de ajustamento à extensão e aos modos como as sociedades funcionam em uma relação harmônica com seu clima. O homem e suas sociedades são vulneráveis às variações climáticas. A vulnerabilidade é a medida pela qual a sociedade é suscetível de sofrer por causas climáticas.

AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010 (adaptado).

Considerando o tipo de relação entre ser humano e condição climática apresentado no texto, uma sociedade torna-se mais vulnerável quando (A) concentra suas atividades no setor primário. (B) apresenta estoques elevados de alimentos. (C) possui um sistema de transporte articulado. (D) diversifica a matriz de geração de energia. (E) introduz tecnologias à produção agrícola. 11. (UEPA) O capitalismo, em sua crescente penetração no mundo rural mediante modos de produção que se desenvolvem por meio da demanda de mercado externo (exportações), tem capitalizado cada vez mais a renda da terra. Os efeitos mais marcantes têm sido a geração ou aprofundamento da desigualdade social, evidenciando uma forma de violência, e a diferenciação quanto aos lucros oriundos da exploração da terra. Neste contexto, pode-se considerar que: (A) os pequenos agricultores brasileiros constituem uma exceção no contexto rural do

mundo, pois têm facilidade de inserção no mercado moderno, face às aplicações de políticas públicas que favorecem a aquisição de maquinário e estímulos financeiros que induzem à modernização agrícola e uma nova forma de apropriação do espaço agrícola.

(B) na maioria dos países latino-americanos a modernização da agricultura segue os moldes capitalistas e tende a beneficiar apenas determinados produtos e produtores. Com a modernização ocorre a chamada “industrialização da agricultura”, tornando-a uma atividade nitidamente empresarial, com fortalecimento das cooperativas agrícolas que administram grande parte dessas empresas.

(C) no mundo rural dos países capitalistas tecnologicamente desenvolvidos, o uso de novas técnicas e equipamentos modernos, faz com que o produtor dependa cada vez menos da “generosidade” da natureza, adaptando-a mais facilmente, de acordo com seus interesses. Tal fato aumentou percentualmente a produção agrícola, eliminando desses países a pobreza alimentar, a exemplo de que ocorreu na Índia nos últimos anos.

(D) o processo de capitalização do campo tem provocado gradualmente a mercantilização da vida social no campo, pois, de forma lenta, a autonomia que a agricultura (atividades agrícolas) até então tinha, tem sido levada a atender a uma subordinação de novos interesses, formas de vida e de consumo típicos de áreas urbanas.

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(E) a revolução verde, presente na chamada agricultura modernizada no espaço rural capitalista, modelo baseado no uso intensivo de agrotóxicos e fertilizantes sintéticos na agricultura, tem evitado o aumento da concentração da terra e a exploração da mão de obra no campo.

12. (UEG-adaptada) Um sistema agrário ou agrossistema é um modelo de produção agropecuária em que se observam quais cultivos ou criações são praticados, quais técnicas são utilizadas, o destino da produção, entre outras coisas. Levando-se em conta vários critérios, os sistemas agrários podem se classificar em agrossistemas tradicionais, agrossistemas modernos e agrossistemas alternativos ou orgânicos. Tendo em vista estas considerações, em qual dos agrossistemas se encaixam as plantations e a agricultura de jardinagem?

(A) agrossistemas modernos

(B) agrossistemas tradicionais

(C) agrossistemas supermodernos

(D) agrossistemas alternativos

(E) agrossistemas orgânicos

13. (ENEM) Até o século XVII, as paisagens rurais eram marcadas por atividades rudimentares e de baixa produtividade. A partir da Revolução Industrial, porém, sobretudo com o advento da revolução tecnológica, houve um desenvolvimento contínuo do setor agropecuário. São, portanto, observadas consequências econômicas, sociais e ambientais inter-relacionadas no período posterior à Revolução Industrial, as quais incluem (A) a erradicação da fome no mundo. (B) o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas urbanas. (C) a maior demanda por recursos naturais, entre os quais os recursos energéticos. (D) a menor necessidade de utilização de adubos e corretivos na agricultura. (E) o contínuo aumento da oferta de emprego no setor primário da economia, em face da mecanização. 14. A fome não é somente um grave problema biológico. É fundamentalmente um sério problema político, econômico e social.

Com base no exposto, está correto o que se afirma em:

(A) Na atualidade, a quantidade de alimentos disponíveis, principalmente nos países pobres, é insuficiente para proporcionar a todos uma alimentação adequada.

(B) O modelo agrícola de utilização da terra na América Latina privilegia a agricultura de alimentos para o mercado interno.

(C) A Índia tem procurado solucionar o problema da fome pelo planejamento da agricultura e da criação de gado.

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(D) A fome poderia ser erradicada nos países pobres, não fossem a corrupção e o mal planejamento financeiro, que consomem os recursos financeiros em quantias muito elevadas.

(E) A ampliação das áreas de cultivo nos países pobres poderia ser uma solução, mas não é realizada por questões ambientais.

15. (UERJ)

Multinacionais de alimentos agravam pobreza

Documento da ActionAid, apresentado no Fórum Social Mundial de 2011, revela que um pequeno grupo de empresas domina a maior parte do comércio mundial de itens como trigo, café, chá e bananas. Um terço de todo o alimento processado do planeta está nas mãos de apenas 30 empresas. Outras 5 controlam 75% do comércio internacional de grãos. Do total da produção e da venda de agrotóxicos, também 75% são dominados por 6 companhias, e uma única multinacional, a Monsanto, detém 91% do setor de produção e venda de sementes.

adaptado de www.observatoriosocial.org.br

O texto faz referência ao processo de modernização da agropecuária mundial, com a formação e a expansão de complexos agroindustriais. O texto revela também,

A) A presença das multinacionais na produção de alimentos, inclusive, naqueles países mais pobres do mundo, como o Haiti.

B) A grande concentração de investimentos naqueles produtos denominados de commodities agrícolas, como a banana.

C) O domínio do mercado de alimentos por grandes grupos econômicos, deixando a população mundial a mercê dos interesses desses grupos.

D) A diversidade de produção de alimentos por várias companhias, dando aos consumidores finais a opção de escolher entre inúmeros concorrentes.

E) O interesse de grandes grupos econômicos no mercado de alimentos, pois além de auferirem lucros vultuosos, desempenha um importante papel social.

16. (ENEM)

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De acordo com o relatório “A grande sombra da pecuária” (Livestock‘s Long Shadow), feito pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, o gado é responsável por cerca de 18% do aquecimento global, uma contribuição maior que a do setor de transportes.

Disponível em: www.conpet.gov.br. Acesso em: 22 jun. 2010.

A criação de gado em larga escala contribui para o aquecimento global por meio da emissão de

A) metano durante o processo de digestão. B) óxido nitroso durante o processo de ruminação. C) clorofluorcarbono durante o transporte de carne. D) óxido nitroso durante o processo respiratório. E) dióxido de enxofre durante o consumo de pastagens.

17. (UFSCAR-adaptada) Um agrossistema é um tipo ou modelo de produção agrária em que se observa quais cultivos ou criações são praticados, quais são as técnicas utilizadas, como é a relação da agricultura ou da pecuária com o espaço – tanto em termos de densidade quanto da dimensão e propriedade da terra – e qual é o destino da produção.

A partir desse conceito, qual seria a melhor forma de classificar os agrossistemas?

(A) Agricultura tradicional, moderna e alternativa.

(B) Agricultura mediterrânea, plantations e itinerante. (C) Agricultura irrigada, minifúndios e latifúndios. (D) Agricultura de jardinagem, itinerante e mediterrânea. (E) agricultura alternativa, itinerante e de jardinagem

18. (UFAL-adaptada) A humanidade desenvolveu a agricultura em diferentes momentos e lugares. Considere as características do desenvolvimento agrícola em um determinado país:

A partir da segunda metade do século XIX, a agricultura obteve um grande desenvolvimento que resultou do seu caráter competitivo no plano externo, combinado a diversos fatores internos como a presença de imigrantes, a expansão territorial, os solos férteis e a rápida modernização e mecanização da agricultura. O país é o principal representante da moderna agricultura de excedentes, especializada, especulativa e de mercados.

O texto refere-se à agricultura

(A) dos Estados Unidos.

(B) da Argentina.

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(C) da Rússia.

(D) da Austrália.

(E) da França.

19. (UEPE-adaptada) “É um tipo de sistema agrícola primitivo, adotado historicamente nos ecossistemas de floresta tropical, em que o ser humano derruba trecho da floresta, queimando-o como preparo da terra para o cultivo de subsistência, obtendo durante poucos anos (4 a 6) alimento e, posteriormente, abandonando essa área que se tornou improdutiva. Passa então a ocupar novo trecho de floresta e assim por diante. A área inicial abandonada, onde se estabeleceu vegetação secundária, após cerca de 20 anos, poderá ser novamente utilizada para o cultivo".

Essa é a definição do:

(A) Sistema de "plantation"

(B) Sistema intensivo

(C) Sistema de agricultura de vazante

(D) Sistema de agricultura Itinerante

(E) Sistema de jardinagem

20. (ENEM) Apesar do aumento da produção no campo e da integração entre a indústria e a agricultura, parte da população da América do Sul ainda sofre com a subalimentação, o que gera conflitos pela posse de terra que podem ser verificados em várias áreas e que frequentemente chegam a provocar mortes. Um dos fatores que explica a subalimentação na América do Sul é (A) a baixa inserção de sua agricultura no comércio mundial. (B) a quantidade insuficiente de mão-de-obra para o trabalho agrícola. (C) a presença de estruturas agrárias arcaicas formadas por latifúndios improdutivos. (D) a situação conflituosa vivida no campo, que impede o crescimento da produção agrícola. (E) os sistemas de cultivo mecanizado voltados para o abastecimento do mercado interno. CAPÍTULO X – URBANIZAÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO; VIDA URBANA: REDES E HIERARQUIAS NAS CIDADES, POBREZA E SEGREGAÇÃO ESPACIAL

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

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01.Leia os textos abaixo. TEXTO 1 Uma das principais características das regiões metropolitanas é o crescimento dos tecidos urbanos. Com o crescimento das cidades limítrofes, antigas áreas pertencentes às diversas municipalidades que não eram ocupadas anteriormente passam a compor uma unicidade no tecido metropolitano produzindo assim uma unidade espacial de escala e complexidade distinta da inicial. TEXTO 2 Um sistema integrado de cidades que passa a estabelecer fluxos sociais, econômicos, políticos e culturais. Forma-se, portanto, um sistema de múltiplas espacialidades nas quais as cidades são conectadas por fluxos populacionais, serviços, informações e capitais, constituindo “nós” que entrelaçam as ligações entre esses lugares. Aqueles fluxos seguem uma hierarquização que é sempre comandada por cidades maiores e que disponibilizam, sobretudo, serviços para as outras cidades. Os textos 1 e 2 indicam respectivamente fenômenos relacionados à (A) metropolização e à gentrificação. (B) desconcentração urbana e à periferização. (C) metropolização e à hierarquia urbana. (D) conurbação e à rede urbana. (E) região metropolitana e megacidades. 02. (ENEM)

Nota: O saldo considera apenas as pessoas que se deslocavam para o trabalho e retornavam aos seus municípios diariamente.

BRASIL. IBGE. (adaptado). Atlas do censo demográfico 2010.

O fluxo migratório representado está associado ao processo de

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(A) fuga de áreas degradadas.

(B) inversão da hierarquia urbana.

(C) busca por amenidades ambientais.

(D) conurbação entre municípios contíguos.

(E) desconcentração dos investimentos produtivos.

03. (UERJ-adaptada) Em Nova York, habitação social vive o “boom” das rendas mistas "50-30-20" é um termo quente na cidade norte-americana de Nova York hoje em dia. É também o apelido dos imóveis financiados pela prefeitura que miram a integração das rendas mistas na habitação. Nesse modelo de empreendimento, 50% do total de unidades de cada prédio são ocupadas por famílias de classe média, 30% por moradores de classe média-baixa, e 20% destinam-se à baixa renda. O presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional de Nova York, Marc Jahr, afirma que a instituição já financiou e construiu quase 8 mil apartamentos nesse modelo: “Acreditamos que prédios com rendas mistas e bairros com economias diversas são pilares de comunidades estáveis”.

Adaptado de prefeitura.sp.gov.br.

O Estado é um agente fundamental na produção do espaço, pois suas ações interferem de forma acentuada sobre a dinâmica e a organização das cidades. A principal finalidade de uma política pública como a relatada no texto é: (A) reduzir a segregação espacial (B) elevar a arrecadação municipal (C) favorecer a atividade comercial (D) desconcentrar a população urbana (E) favorecer as relações interpessoais 04. (MACKENZIE) No mundo contemporâneo, tem sido comum a classificação de alguns grandes centros urbanos como “cidades globais” e “megacidades”. De acordo com seus conhecimentos a respeito do tema, assinale a alternativa que aponte corretamente o uso desses termos.

Cidades Globais Megacidades

(A) Destacam-se pela intensidade dos fluxos de capital e informação. Apresentam reduzida conexão com outras cidades do gênero fora de seus continentes, a exemplo da Cidade do México e da cidade do Rio de Janeiro.

Possuem populações a partir de 1 milhão de habitantes, com intensa conexão de informações e negócios com outras similares, estando presentes em todos os continentes, a exemplo de Calcutá e Lagos.

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(B)

Apresentam populações a partir de 10 milhões de habitantes, sendo mais importantes pelo seu peso demográfico do que econômico, a exemplo de São Paulo e Dacca.

Caracterizam-se pela sua conexão aos mais importantes centros econômicos do mundo, embora tenham populações inferiores a 10 milhões de habitantes, como as cidades de Xangai e Cidade do México.

(C)

São muito importantes pela presença da sede de grandes corporações empresariais, com forte conexão a outras similares em outros países, como Paris e Xangai.

Diferenciam-se pelo volume demográfico e nem sempre apresentam importância econômica proporcional, situando-se tanto em países do Norte quanto do Sul, a exemplo de Lagos e Delhi.

(D) Possuem maior importância histórica e cultural do que econômica, sendo por isso referências mundiais, como Londres e Nova Iorque.

Apresentam fluxos econômicos que as tornam as mais importantes nos continentes onde estão situadas, a exemplo da Cidade do México e Paris.

(E) Tornaram-se alvo de estudos comparativos em razão dos fluxos emigratórios que partem delas para outras cidades, como no caso de Paris e Los Angeles.

São referências internacionais para a solução de problemas urbanos de grande magnitude, sobretudo na questão da moradia e da mobilidade urbana, como Lagos e Delhi.

05. (UPE-adaptada) Observe o diagrama e analise os itens a seguir:

Sobre essa questão, pode-se considerar que (A) O crescimento das metrópoles brasileiras teve seu círculo concêntrico organizado a

partir do centro em direção às periferias, fato que agravou, consideravelmente, até os dias atuais, a mobilidade da população.

(B) Em países pobres, as periferias tiveram seus círculos concêntricos organizados territorialmente em grupos comunitários de bairros afastados dos grandes centros e próximos dos polos modais de transporte público.

(C) Somente após a década de 1950, o planejamento urbano das grandes metrópoles brasileiras foi organizado, considerando-se os postos de trabalho situados em locais próximos às moradias dos trabalhadores.

(D) Os núcleos metropolitanos possuem seus círculos concêntricos organizados a partir das periferias para os grandes centros urbanos. Essa dinâmica no espaço geográfico brasileiro dificultou a mobilidade diária da população.

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(E) nas metrópoles dos países subdesenvolvidos, são as periferias que comandam a dinâmica urbana de suas respectivas cidades, portanto, o maior fluxo de comércio na atualidade converge para essas áreas.

06. (FGV) Em média, crianças que vivem em áreas urbanas têm maior probabilidade de sobreviver à fase inicial da vida e à primeira infância, de ter melhores condições de saúde e de contar com maiores oportunidades educacionais do que crianças que vivem em áreas rurais. Frequentemente, esse efeito é considerado ‘vantagem urbana’. No entanto, a escala de desigualdades nas áreas urbanas causa grande preocupação. Algumas vezes, as diferenças entre ricos e pobres em cidades médias e grandes podem ser iguais ou maiores do que aquelas encontradas em áreas rurais.

http://www.unicef.org/brazil/pt/PT-BR_SOWC_2012.pdf

O trecho reproduzido acima foi extraído de um relatório da ONU dedicado a analisar a situação das crianças que vivem em ambientes urbanos. Assinale a alternativa coerente com os argumentos nele apresentados. (A) Nas grandes cidades, a proximidade física dos serviços essenciais garante o

atendimento de qualidade para a maior parte da população infantil, fato que configura a mencionada “vantagem urbana”.

(B) A urbanização figura entre os processos indutores da situação de pobreza e de exclusão que afeta parcelas crescentes da população infantil, sobretudo nos continentes africano e asiático, onde ela ocorre em ritmo acelerado.

(C) Apesar das imensas desigualdades que marcam a cidade, as situações de pobreza e privação sempre afetam mais as crianças que vivem em áreas rurais do que aquelas que vivem em áreas urbanas.

(D) As áreas rurais tendem a apresentar padrões homogêneos de distribuição de riqueza, enquanto áreas urbanas são marcadas pelas desigualdades e pela exclusão.

(E) As desigualdades sociais e as situações de privação que atingem parcela da população infantil que vive nas cidades, sobretudo nos países mais pobres, podem anular parcialmente os efeitos da “vantagem urbana” mencionada no texto.

07. (PUCPR-adaptada) Observe a tirinha abaixo:

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Na sequência dos quadros, podemos verificar Mafalda em contato com diferentes situações. Qual das alternativas abaixo é a CORRETA quando correlacionada com seus conhecimentos prévios sobre o Brasil e suas metrópoles e com a sequência e a reflexão final efetuada por Mafalda? (A) As vicissitudes da vida moderna envolta em dilemas existenciais. (B) O mundo atual e das últimas décadas que não sofre com os problemas advindos da

poluição. (C) A cessante e decrescente utilização e substituição do natural pelo artificial. (D) O compasso entre a vida cotidiana das pessoas e a sua qualidade de vida. (E) A sensação de que a qualidade de vida das pessoas melhora e a quantidade de

problemas cotidianos diminui a cada geração. 08. (ENEM) No século XIX, o preço mais alto dos terrenos situados no centro das cidades é causa da especialização dos bairros e de sua diferenciação social. Muitas pessoas, que não têm meios de pagar os altos aluguéis dos bairros elegantes, são progressivamente rejeitadas para a periferia, como os subúrbios e os bairros mais afastados.

RÉMOND, R. O século XIX. São Paulo: Cultrix, 1989 (adaptado).

Uma consequência geográfica do processo socioespacial descrito no texto é a

(A) criação de condomínios fechados de moradia.

(B) decadência das áreas centrais de comércio popular.

(C) aceleração do processo conhecido como cercamento.

(D) ampliação do tempo de deslocamento diário da população.

(E) contenção da ocupação de espaços sem infraestrutura satisfatória.

09. (UERJ-adaptada) Bíblia do jornalismo dos E.U.A. vê Itaquerão como “monumento à gentrificação” A nova edição da revista New Yorker, considerada a bíblia do jornalismo norte-americano, apresenta um texto de quatorze páginas sobre o futebol brasileiro, a preparação do país para a Copa do Mundo e o Corinthians. Escrita para o público dos Estados Unidos, a reportagem cita o Itaquerão, palco da abertura da Copa do Mundo, em São Paulo, como um “monumento à gentrificação”. Gentrificação é o nome dado ao fenômeno socioespacial que afeta a população de baixa renda de determinado lugar por meio da valorização imobiliária provocada por um novo empreendimento, como um shopping center ou um estádio de futebol, por exemplo.

Adaptado de copadomundo.uol.com.br, 06/01/2014.

Uma consequência socioespacial negativa do processo apresentado no texto para a população de baixa renda local é:

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(A) a valorização do mercado imobiliário na região expulsando a população de baixa

renda para áreas mais periféricas. (B) O aumento do custo do espetáculo de futebol, pois os elevados custos da obra

serão repassados aos consumidores, principalmente, os de baixa renda. (C) Aumento dos preços das passagens do transporte coletivo para o bairro de

Itaquera, em virtude da maior valorização da área com a nova obra. (D) Proibição da entrada da população de baixa renda no novo estádio, em função

dos preços elevadíssimos dos ingressos para os mais variados jogos. (E) Descriminação com parte da população de baixa renda que ficou em torno do

estádio, visto a valorização da área, destinada agora, a população de maior renda.

10. (ENEM) A urbanização brasileira, no início da segunda metade do século XX, promoveu uma radical alteração nas cidades. Ruas foram alargadas, túneis e viadutos foram construídos. O bonde foi a primeira vítima fatal. O destino do sistema ferroviário não foi muito diferente. O transporte coletivo saiu definitivamente dos trilhos.

JANOT, L. F. A caminho de Guaratiba. Disponível em: www.iab.org.br. Acesso em: 9 jan. 2014 (adaptado).

A relação entre transportes e urbanização é explicada, no texto, pela

(A) retirada dos investimentos estatais aplicados em transporte de massa.

(B) demanda por transporte individual ocasionada pela expansão da mancha urbana.

(C) presença hegemônica do transporte alternativo localizado nas periferias das cidades.

(D) aglomeração do espaço urbano metropolitano impedindo a construção do transporte metroviário.

(E) predominância do transporte rodoviário associado à penetração das multinacionais automobilísticas.

11. (ENEM) Trata-se de um gigantesco movimento de construção de cidades, necessário para o assentamento residencial dessa população, bem como de suas necessidades de trabalho, abastecimento, transportes, saúde, energia, água etc. Ainda que o rumo tomado pelo crescimento urbano não tenha respondido satisfatoriamente a todas essas necessidades, o território foi ocupado e foram construídas as condições para viver nesse espaço.

MARICATO, E. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis, Vozes,2001.

A dinâmica de transformação das cidades tende a apresentar como consequência a expansão das áreas periféricas pelo(a) (A) crescimento da população urbana e aumento da especulação imobiliária.

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(B) direcionamento maior do fluxo de pessoas, devido à existência de um grande número de serviços. (C) delimitação de áreas para uma ocupação organizada do espaço físico, melhorando a qualidade de vida. (D) implantação de políticas públicas que promovem a moradia e o direito à cidade aos seus moradores. (E) reurbanização de moradias nas áreas centrais, mantendo o trabalhador próximo ao seu emprego, diminuindo os deslocamentos para a periferia. 12. (ENEM) Embora haja dados comuns que dão unidade ao fenômeno da urbanização na África, na Ásia e na América Latina, os impactos são distintos em cada continente e mesmo dentro de cada país, ainda que as modernizações se deem com o mesmo conjunto de inovações.

ELIAS, D. Fim do século e urbanização no Brasil. Revista Ciência Geográfica, ano IV, n. 11, set./dez. 1988.

O texto aponta para a complexidade da urbanização nos diferentes contextos

socioespaciais. Comparando a organização socioeconômica das regiões citadas, a unidade desse fenômeno é perceptível no aspecto (A) espacial, em função do sistema integrado que envolve as cidades locais e globais. (B) cultural, em função da semelhança histórica e da condição de modernização econômica e política. (C) demográfico, em função da localização das maiores aglomerações urbanas e continuidade do fluxo campo-cidade. (D) territorial, em função da estrutura de organização e planejamento das cidades que atravessam as fronteiras nacionais. (E) econômico, em função da revolução agrícola que transformou o campo e a cidade e contribui para a fixação do homem ao lugar.

13. Subindo morros, margeando córregos ou penduradas em palafitas, as favelas fazem parte da paisagem de um terço dos municípios do país, abrigando mais de 10 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

MARTINS, A. R. A favela como um espaço da cidade. Disponível em: http://www.revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 31 jul. 2010.

A situação das favelas no país reporta a graves problemas de desordenamento territorial. Nesse sentido, uma característica comum a esses espaços tem sido

A) o planejamento para a implantação de infraestruturas urbanas necessárias para atender as necessidades básicas dos moradores.

B) a organização de associações de moradores interessadas na melhoria do espaço urbano e financiadas pelo poder público.

C) a presença de ações referentes à educação ambiental com consequente preservação dos espaços naturais circundantes.

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D) a ocupação de áreas de risco suscetíveis a enchentes ou desmoronamentos com consequentes perdas mate riais e humanas.

E) o isolamento socioeconômico dos moradores ocupantes desses espaços com a resultante multiplicação de políticas que tentam reverter esse quadro.

14. (COL. NAVAL-adaptada) Observe a charge abaixo.

A charge expressa um drama histórico na formação do espaço urbano no Brasil: o processo de ocupação irregular, provocado pela distribuição desigual da riqueza e pela não priorização da melhoria nas condições de habitação das populações mais pobres. Com base na análise da charge, considera-se que

(A) as políticas públicas, voltadas para melhoria na ocupação do espaço urbano, não encontram obstáculo no contingenciamento de verbas destinadas para este fim, pois com as ações afirmativas, tomadas por todas as estâncias governamentais, elas têm total prioridade.

(B) os recentes deslizamentos de terras, no estado do Rio de Janeiro, soterrando centenas de pessoas e descobrindo uma realidade mórbida de desinteresse pela vida dos mais desvalidos, são lembrados nas políticas públicas em períodos pré-eleitorais.

(C) o confronto entre as classes mais abastadas das zonas urbanas com aquelas menos favorecidas se faz presente na apropriação dos espaços de moradia, onde os mais ricos, além de se apoderarem dos melhores lugares, apoiam políticas de controle de natalidade.

(D) a charge sintetiza algo incomum nas cidades brasileiras, ou seja, o deficit habitacional, que é a diferença entre as moradias de pessoas de baixa renda e aquelas que estão situadas em áreas nobres.

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(E) o que a charge retrata é pura realidade, pois ao mesmo tempo que há um défit habitacional, ocorre por outro lado, um controle de natalidade por parte do Estado brasileiro, com o intuito de dimunuir o número de jovens na população.

15. (UNICAMP-adaptada) O Brasil experimentou, na segunda metade do século 20, uma das mais rápidas transições urbanas da história mundial. Ela transformou rapidamente um país rural e agrícola em um país urbano e metropolitano, no qual grande parte da população passou a morar em cidades grandes. Hoje, quase dois quintos da população total residem em uma cidade de pelo menos um milhão de habitantes.

(Adaptado de George Martine e Gordon McGranahan, “A transição urbana brasileira: trajetória, dificuldades e lições aprendidas”, em Rosana Baeninger (org.), População e cidades: subsídios para o

planejamento e para as políticas sociais. Campinas: Nepo / Brasília: UNFPA, 2010, p. 11.)

O processo de urbanização mencionado acima está relacionado com o desenvolvimento industrial vivido pelo Brasil no século XX, o qual deixou marcas muito fortes no território nacional, da qual destaca-se

(A) grande concentração industrial no Sul, com destaque para o estado de Santa Catarina, centro brasileiro da indústria automotiva.

(B) A forte dispersão da atividade industrial pelo território brasileiro, fazendo de São Paulo, o estado mais industrializado do Brasil.

(C) Uma forte concentração de capitais produtivos, ligados a indústria mundial, fortemente concentrado no Sudeste, com destaque para o estado de São Paulo.

(D) Uma política austera do Governo Vargas, com o intuito de atrair o capital estrangeiro, principalmente, no setor siderúrgico.

(E) Um intenso desenvolvimento industrial no setor de bens de consumo duráveis, liderados pelo capital privado nacional.

16. (Fuvest-adaptada) Observe os gráficos.

Com base nos gráficos e em seus conhecimentos, considera-se que

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(A) Em função de políticas de reforma agrária levadas a cabo no Norte do país, durante as últimas décadas, a população rural da região superou, timidamente, sua população urbana.

(B) O aumento significativo da população urbana do Sudeste, a partir da década de 1950, decorreu do desenvolvimento expressivo do setor de serviços em pequenas cidades da região.

(C) O avanço do agronegócio no Centro-Oeste, a partir da década de 1970, fixou a população no meio rural, fazendo com que esta superasse a população urbana na região, a partir desse período.

(D) Em função da migração de retorno de nordestinos, antes radicados no chamado Centro-Sul, a população urbana do Nordeste superou a população rural, a partir da década de 1970.

(E) A maior industrialização na região Sul, a partir dos anos 1970, contribuiu para um maior crescimento de sua população urbana, a partir desse período, acompanhado do decréscimo da população rural.

17. (UEL-adaptada) As recentes transformações urbanas implicam um aprofundamento do processo de segregação sócioespacial agravado pela violência urbana. A emergência de um novo padrão de segregação residencial é marcada pelos denominados "enclaves fortificados", os quais representam a incorporação de um estilo de vida relacionado a novos comportamentos de consumo, inspirado nas metrópoles americanas. O consumo refere-se, principalmente, ao acesso de bens, serviços e valores sócio-espaciais simbólicos, tais como o verde, a privacidade, o status e a segurança.

São representantes da situação descrita anteriormente:

(A) Os conjuntos habitacionais, os conjuntos comerciais e os espaços de lazer e turismo. (B) Os condomínios fechados residenciais, os conjuntos de escritórios e os "shopping centers". (C) As favelas, os condomínios comerciais e as fábricas. (D) As associações de moradores, as galerias comerciais e os parques fabris. (E) os condomínios clubes, os conjuntos comerciais e as associações de moradores. 18. Além dos inúmeros eletrodomésticos e bens eletrônicos, o automóvel produzido pela indústria fordista promoveu, a partir dos anos 50, mudanças significativas no modo de vida dos consumidores e também na habitação e nas cidades. Com a massificação do consumo dos bens modernos, dos eletroeletrônicos e também do automóvel, mudaram radicalmente o modo de vida, os valores, a cultura e o conjunto do ambiente construído. Da ocupação do solo urbano até o interior da moradia, a transformação foi profunda.

MARICATO, E. Urbanismo na periferia do mundo globalizado: metrópoles brasileiras. Disponível em: http://www.scielo.br. Acesso em: 12 ago. 2009 (adaptado).

Uma das consequências das inovações tecnológicas das últimas décadas, que determinaram diferentes formas de uso e ocupação do espaço geográfico, é a instituição das chamadas cidades globais, que se caracterizam por

(A) possuírem o mesmo nível de influência no cenário mundial. (B) fortalecerem os laços de cidadania e solidariedade entre os membros das diversas

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comunidades. (C) constituírem um passo importante para a diminuição das desigualdades sociais causadas pela polarização social e pela segregação urbana. (D) terem sido diretamente impactadas pelo processo de internacionalização da economia, desencadeado a partir do final dos anos 1970. (E) terem sua origem diretamente relacionadas ao processo de colonização ocidental do século XIX.

19. (UNESP-adaptada) As previsões de especialistas para 2015 projetam que cerca de 33 cidades do mundo terão, pelo menos, 8 milhões de habitantes ocupando 0,4% da área do planeta. Assinale a alternativa que contém o processo descrito e alguns impactos ambientais importantes dele resultantes.

(A) Globalização; efeito estufa; assoreamento dos rios. (B) Urbanização; segregação espacial; enchentes. (C) Emigração; chuva ácida; migrações pendulares. (D) Favelização; secas; erosão eólica. (E) Metropolização; inversão térmica; engarrafamentos. 20. As cidades não são entidades isoladas, mas interagem entre si e articulam-se de maneira cada vez mais complexa à medida que as funções urbanas e as atividades econômicas se diversificam e sua população cresce. Intensificam-se os fluxos de informação, pessoas, capital, mercadorias e serviços que ligam as cidades em redes urbanas. Sobre esse processo de complexificação dos espaços urbanos, pode-se considerar que (A) a centralidade urbana das pequenas cidades é função da sua capacidade de captar o

excedente agrícola das áreas circundantes e mantê-lo em seus estabelecimentos comerciais.

(B) as grandes redes de supermercados organizam redes urbanas, pois seus esquemas de distribuição atacadista e varejista circulam pelas cidades e fortalecem sua centralidade.

(C) as capitais nacionais são sempre as grandes metrópoles, pois concentram o poder de gestão sobre o território de um país, além de exportarem bens e serviços.

(D) o desenvolvimento das técnicas de comunicação, transporte e gestão permitiu a formação de redes urbanas regionais e nacionais articuladas a redes internacionais e cidades globais.

(E) a descentralização das atividades e serviços para cidades menores ocasiona perda de poder econômico e político das cidades hegemônicas das redes urbanas.

GABARITOS Parte 2 CAP 06 01 - A 02 - B 03 - A

04 - D 05 - C 06 - E 07 - A 08 - D 09 - A 10 - D

11 - A 12 - E 13 - 14 - 15 - A 16 - E 17 - D

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18 - C 19 - C 20 - D CAP 07 01 - C 02 - B 03 - D 04 - A 05 - B 06 - C 07 - D 08 - D 09 - B 10 - E 11 - B 12 - D 13 - C 14 - A 15 - B 16 - A 17 - B 18 - D 19 - A 20 - E CAP 08 01 - C 02 - B 03 - D 04 - B 05 - B 06 - C 07 - C 08 - C 09 - B 10 - B 11 - D 12 - D 13 - D 14 - C 15 - E 16 - D 17 - B 18 - A 19 - D 20 - A

21 - A 22 - A CAP 09 01 - A 02 - A 03 - A 04 - A 05 - C 06 - A 07 - A 08 - C 09 - C 10 - A 11 - D 12 - B 13 - C 14 - D 15 - C 16 - A 17 - A 18 - A 19 - D 20 - C CAP 10 01 - D 02 - D 03 - A 04 - C 05 - A 06 - E 07 - A 08 - D 09 - A 10 - E 11 - A 12 - C 13 - D 14 - C 15 - C 16 - E 17 - B 18 - D 19 - B 20 - D