Módulo Formação Humanística 2

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    MDULO FORMAO HUMANSTICA

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    Teoria Geral da Poltica

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    Teoria Geral da Poltica

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    CINCIA POLTICA

    Forma de saber cujo objeto se desenvolve de modo histrico, noestudo do Estado, suas relaes com a sociedade, o Governo, osSistemas, Organizaes e Processos Polticos, a Legitimidade, oPoder, a Ideologia e o Direito

    OrigemOrigem -- Ainda que o estudo de poltica tenha sido constatado na tradioocidental desde a Grcia antiga, a cincia poltica propriamente dita constituiu-se com matriz disciplinar que a antecede como a filosofia poltica, a polticaeconmica e a histria, campos do conhecimento cujo objeto seriam asdeterminaes normativas do Estado e da deduo de suas caractersticas e

    funes. A cincia poltica difere da filosofia poltica, logo seu surgimento ocorreria, de

    forma embrionria, no sculo dezenove, poca do surgimento das cinciashumanas.

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    POLTICA e DIREITO

    Diversos pontos de inter-relao: OrganizaOrganizao dos Podereso dos Poderes A separao de poderes

    LegitimaLegitimao do Poder Judicio do Poder Judiciriorio

    Cumprimento da funo social (art. 3, CRFB)

    Efetivao dos Direitos Sociais (judicializao e ativismo)

    Respeito Democracia e Diversidade Social (auto-conteno)

    LegitimaLegitima

    o do Direitoo do Direito

    Aparelho Ideolgico para reproduo

    do poder hegemnico

    Soberania EstatalSoberania Estatal Globalizao e Comunitarismo

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    Teoria Geral da Poltica

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    Manifestao conjunta ordenada Socialidade e Bilateralidade (relacional)

    Necessidade/Legitimidade do poder X mera expressoftica de superioridade material

    O fato que inexistem categorias apriorsticas (homem justo;Estado mau etc). O poder e o Estado esto inseridos semprenum contexto histrico de relaes materiais conflitantes,donde uma fora material se afirma por sobre outras (desdeaquele membro do cl dotado de maior fora fsica, passando pelaoutorga do poder ao grupo de maior capacidade econmica, com aapropriao concentrada do produto social ou acumulao deexcedentes em perodos de escassez, at a necessidade de se

    reconhecer como fonte de poder uma entidade ideal)

    Poder Social

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    Estado= todas as sociedades polticas que,com autoridade superior, fixam as regras deconvivncia de seus membros

    Tipo de Estado Cada momento histrico

    em seu prevalecente modo de produoengendra um determinado tipo de Estado

    Origem do EstadoOrigem do Estado

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    Cidade-Estado Antiga - Fora das tiranias imperiais (oriente) ou aonipotncia consuetudinria do Direito cifrada pela tica teolgica(Grcia) ou pelo zelo sagrado da res publica (Roma)

    Feudalismo Medieval - Pulverizao do Poder; arrefecimento doEstado (Ig. Catlica; S.I.R.G.). Poder fundado numa teologia jusnaturalista

    Estado Modernoa) Sc. XVI: Estado Absolutistab)Sc. XVIII: Constitucionalismo jusnaturalismo racional

    c) Sc XIX: Estado Liberal de Direito - definido em seus elementosconstitutivos positivado num sistema de organizao (dominao)estvel e duradoura baseado em frmulas legitimadoras

    d)Sc. XX: Estado de Bem-Estar Sociale)Sc. XXI: Estado Democrtico de Direito

    Origem do EstadoOrigem do Estado

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    1. Estado Moderno (sc. XVI)

    MAQUIAVEL (1469-1527), O Prncipe, 1513 primeiraconotao de Estado (stato di firenze) como sociedadepoltica o que at ento designava-se Repblica.Soberania como instrumentalizao de um poder absoluto

    Prncipe como o soberano, todo-poderoso, dotado de

    autoridade pessoal, temporal e terrena sobre todos oshomens de determinada sociedade, subjugando a Nobrezae levando obedincia cidad, sob um manto de majestade

    e sacralidade

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    1. Estado Moderno (sc. XVI)

    HOBBES (1588-1679), O Leviat, 1651 Escrito aps aguerra civil que seguiu-se Revoluo de Cromwell revela

    um Estado de natureza conflituoso, inseguro, sob o signodo medo, superado pelo Estado poltico, forte o suficientepara assegurar a paz , ainda que custa da liberdade

    Leviat um monstro bblico cruel e invencvel que simboliza, para Hobbes, opoder de uma autoridade qual todos os membros dessa sociedade devemrender o suficiente da sua liberdade natural, para que se possa assegurar a pazinterna e a defesa comum. Este soberano benevolente, quer seja um monarcaou um estado administrativo, deveria ser o Leviat, uma autoridade

    inquestionvel.

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    TRANSIO

    A ascenso econmica burguesa buscava, no direito, o

    fim do sistema Absolutista, fundado no privilgio. Dainsistir em conceitos universaisuniversais e individuaisindividuais, quebaseassem seus interesses.

    Direito= fundamentado na racionalidade individual evlido para todos (universal)

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    2. Estado Moderno (sc. XVIII) Estado Liberal ouEstado de Direito

    LOCKE (1632-1704) MONTESQUIEU (1689-1755) KANT (1724-1804)

    Ocupao do poder poltico pela burguesia Constitucionalismo=limitao do poder =supremacia da lei

    (jusnaturalismo juspositivismo -> Constituio =explicitao do contrato social)

    BONAVIDES: A premissa capital do Estado Moderno a converso do Estadoabsoluto em Estado constitucional; o poder j no de pessoas, mas de leis.So as leis, e no as personalidades que governam o ordenamento social epoltico. A legalidade a mxima de valor supremo e se traduz nos textos dos

    Cdigos e das Constituies

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    2. Estado Liberal ou de Direito

    LOCKE (1632-1704)Iluminista, participa da Revoluo deGuilherme drange (1688), justificada pelo SegundoTratado sobre o Governo Civil, no qual o Estado Civil

    fundado no Contrato que expressa as Leis Naturais,organiza a sociedade e concentra o direito de julgar e puniraqueles que o violem

    Ratificado pelo Contrato a propriedade privada representauma extenso da propriedade que cada um tem sobre seucorpo, vez que fruto do trabalho deste corpo

    Descentralizao do poder: Legislativo (Parlamento) /

    Executivo e Federativo (monarca)

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    2. Estado Liberal ou de Direito

    MONTESQUIEU (Charles-Louis de Secondat, 1689-1755)Iluminista, preocupado em conter oAbsolutismo concebeu o Estado como poder quepara assegurar liberdade aos cidados, deveproceder AUTO-CONTENO por meio da

    separao das funes para rgos distintos. Inspirado em Locke e nas instituies polticas

    inglesas, criou a base para o constitucionalismo

    liberal:

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    2. Estado Liberal ou de Direito

    KANT (1724-1804) possibilidade de universalizao dejulgamentos morais de modo racional (a vontade dominada pelainteligncia) = imperativos categricos (formais e pressupostospela boa-vontade)

    Age de tal modo que a mxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmotempo como princpio de uma legislao fundamental

    A todo o ser racional que tem uma vontade temos que atribuir-lhe a idia daliberdade, unicamente sob a qual ele pode agir

    Fortalecimento da idia de direitos subjetivos universais, como odireito propriedade, liberdade e igualdade formal

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    2. Estado Liberal ou de Direito

    TOCQUEVILLE (1805-1859) A Democracia na Amrica(1835) -relaciona a cultura com a poltica norte-americana. Destaca asinstituies e a engenhosidade poltica do modelo republicanopresidencial e democrtico

    Todos se julgavam iguais e, por conseguinte, o governo era de todos. Era umasociedade oposta a europeia. Os americanos desconheciam ttulos de nobreza,direitos corporativos, guildas, ordens ou privilgios hereditrios. Os

    proprietrios tinham seus bens conquistados pelo trabalho e no em razo deum antepassado nobre t-los legado em testamento. Na Amrica, alm dapresena do estado ser nfima, no havia uma casta de aristocratas nem umacorporao sacerdotal poderosa.

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    2. Estado Liberal ou de Direito

    Liberalismo

    a) Moral Indivduo Razo Liberdade (vontade)b) Poltico Direitos Polticos: Consentimento (vontade)

    Representao constitucionalismo soberania popular Estadominimalista, cuida apenas da ordem e da defesa (absentesmo);separao (antagnica) Estado X Sociedade

    c) Econmico Liberdade de contratar autonomia individualde vontades auto-organizao do mercado

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    3. Estado de Bem-Estar Social (Welfare State )

    No ocorre por ruptura, mas por metamorfose

    A urbanizao e a industrializao (Revoluo Industrial) modificam o

    modo de vida e a conformao social Crise econmica liberal (crises cclicas) desigualdade socioeconmica -

    movimentos operrios e sociais /concesses da burguesia a fim demanter o poder.

    Monopolismo financeiro Novas ideologias no entre-guerras

    Guerras Mundiais deslocamento da potncia para os EUA

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    3. Estado de Bem-Estar Social (Welfare State )

    Por que o Estado Liberal passou a intervir no domPor que o Estado Liberal passou a intervir no domnionioeconmicoeconmico (em vista de uma funo social e distributiva)?

    Concesso da burguesia, que sentiu-se ameaada pelosmovimentos operrios;

    Benefcio da burguesia pela criao de infra-estrutura geradapela interveno estatal (verbas pblicas, poupana, taxaogeneralizada=socializao do custo), desenvolvendo o potencial deacumulao;

    Estabilidade propiciada pelas polticas anti-cclicas e livre-concorrenciais

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    3. Estado de Bem-Estar Social Welfare State (sc.

    XX)Reformismo

    a) Moral Razo Igualdade de condies mnimo existencial limitao da liberdade justia social

    b) Poltico Intervencionismo do Estado no domnio econmicopara realizar Direitos Sociais (prestaes positivas) partidospolticos de massa organizaes sindicais polticasassistenciais

    c) Econmico desenvolvimento das foras produtivas produo em massa mercado regulado distribuio dos

    ganhos de produtividade

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    3. Estado de Bem-Estar Social / Welfare State

    Legalidade Legitimidade

    Igualdade (material)LiberdadeA partir da 2 gerao de Direitos Fundamentais, a legalidade

    no bastava mais, sendo necessria a entrada da

    legitimidade nos estatutos constitucionais, a fim de sefundamentar a observncia de normas-princpios (valores)

    Estado Sociedade

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    4. O Futuro do Estado (sc. XXI)

    BonavidesA caminhada dialtica prossegue, e o Estado constitucional tem pela

    frente duas alternativas: retrogradar ao passado ou avanar parao futuro.

    Se recuar, cai na armadilha neoliberal e globalizadora que afetamortalmente o Estado e a soberania, o que se acha prestes aacontecer em alguns Estados da periferia; se avanar, faz a opocerta: elege o caminho da Democracia participativa, e busca, comdeterminao, inserir na ordem constitucional as novas franquias(...) compendiadas em direitos fundamentais de diversasdimenses j reconhecidas e proclamadas peloConstitucionalismo de nosso tempo.

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    4. O Futuro do Estado (sc. XXI)

    Neoconstitucionalismo

    Nova Teoria da Norma (regras e princpios)

    Nova Teoria das Fontes (invaso da Constituio; dilogo dasfontes)

    Nova Hermenutica (argumentao, ponderao)

    Nova Teoria do Estado (legitimidade, Direitos Fundamentaise democracia)

    Evoluo Histrica do Estado

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    Estado Direitos Fundamentais Discurso;Efetivao

    Liberal(sc. XIX a 1919)

    Direitos Individuais(liberdades; propriedade)

    Atribuio formal dosD.Fund.

    Social(1919-1945) Weimer

    Intervencionismo por meio depolticas socioeconmicas

    Direitos Sociais, Econmicos eCulturais

    Retrica social; dificuldade deefetivao pelas falta de suporteterico para a jurisdio

    constitucional

    Jurisprudencial/Democrtico

    (1945-1980)Polticas Pblicas com base nos

    Direitos Fundamentais

    Direitos Coletivos e Difusos;participao democrtica

    Predomnio da JurisdioConstitucional (jurisprudncia dosvalores)interpretao porprincpios constitucionais

    Neoliberal(1990-2009)

    Fragmentao e enfraquecimento

    Desconstitucionalizao dosDireitos Sociais

    Crise de efetividade e legitimidadedo Direito

    Evoluo Histrica do Estado

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    A sociedade e o Estado (polis) so naturais ao homem, ordem racional (kosmos/ logos), tendo em vista aessncia da vida social em seu ethos (aret)

    Na Grcia antiga, aps a desagregao da gens devido adiferenciao de riquezas, houve a necessidade de umaInstituio que assegurasse tais riquezas individualmente

    acumuladas contra as tradies coletivistas (comunistas)assim como imprimisse o reconhecimento social novasformas de aquisio da propriedade privada

    Teorias Clssicas do Estado

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    PLATO A Repblica: Assim como o homem

    governado pela razo, o Estado deve ser governado pelossbios filsofos. Cada ator social: produtores, guardiesou sbios devem cumprir seu papel para que haja justia

    ARISTTELES Poltica: Trata de forma realista ossistemas polticos da poca. Classifica as formas degoverno quantitativa e qualitativamente (monarquia/aristocracia/ democracia) e suas distores (tirania /oligarquia/ demagogia). Sociabilidade natural: homem =zoon politikon

    Teorias Clssicas do Estado

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    Doutrinas clssicas da teleologia estatal instituio do Estado e seus fins como criao dohomem (ato de vontade)

    A sociedade e o Estado no so vistos comonaturais ao homem, mas criao artificial desua RAZO, tendo em vista o consenso

    Estado de Natureza Contrato Estado Civil

    Teorias Contratualistas do Estado

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    Estado de Natureza Contrato Estado Civil

    Hobbes (1588-1679)

    Estado de guerra,

    insegurana e paixes;domnio dos mais fortes

    Pacto dos indivduos

    que transferem seuspoderes ao Leviat emtroca de segurana

    Poder natural ilimitado

    do soberano limitadopelo Estado e peloDireito

    Locke

    (1632-1704)

    Momento de domnio darazo, que limita a ao

    humana por direitosnaturais, mas sem terquem os aplique

    direitos naturaiscircunscrevem os

    limites da conveno,que dever consolid-los, impedindo oconflito

    Soberano garante osdireitos naturais de

    modo mais eficaz,inclusive limitando aao estatal (governo Xsociedade)

    Rousseau(1712-1778)

    Estado de felicidade,

    igualdade e liberdade, quese deteriorou com apropriedade, germe doconflito

    Para resgatar a

    liberdade, o pactovolta-se ao interessecomum (vontade geral),renunciando svontades individuais

    A razo (moral) auto-

    limita os impulsos e osoberano limitadopelo contedo docontrato social

    Teorias Contratualistas do Estado

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    Teoria que nega o Estado (negativa), propondo sua gradual extino

    O Estado resulta da luta de classes, logo, em todas as pocas tem sido oEstado da classe preponderante, e, essencialmente, instrumento dedominao e opresso da classe subjugada (desfetichizao do EstadoHegeliano).

    Atualmente, o Estado consiste na superestrutura do modo de produo

    capitalista: O Estado tem por funo conservar e reproduzir suas relaessociais, garantindo que os interesses de uma classe particular se imponhamcomo interesses comuns

    No poder imposto desde fora da sociedade ou em separado dela, mas

    produto da sociedade que, em seu desenvolvimento histrico conflituosonecessitou criar um Poder, aparentemente acima da sociedade paraamortecer o conflito e coloc-la dentro dos limites da ordem

    Teoria Marxista do Estado

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    ENGELSENGELS nega que o Estado nasceu com a sociedade, sendo, antes, um produtoda sociedade, quando ela chega a um determinado grau de desenvolvimento.

    O Estado nasce no s para perpetuar a diviso social, mas para fixar o direitoda classe possuidora explorar a no-possuidora

    O Estado , antes de qualquer coisa, o Aparelho de Estado, termo quecompreende no somente o aparelho especializado, mas tambm o exrcito(que intervm como fora repressiva de apoio em ltima instncia), o Chefe deEstado, o Governo e a Administrao, definindo o Estado como fora deexecuo e de interveno repressiva a servio da "classe dominante"

    Teoria Marxista do Estado

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    Em GRAMSCIGRAMSCI o Estado no apenas instrumento da classe dominante.

    O Estado (mquina estatal), como estrutura institucional (aparelhos repressivos

    de Estado e seus rgos de monoplio de violncia) consiste, de fato, no ncleodo bloco de poder, representando os interesses hegemnicos das classesdominantes.

    Porm, GRAMSCI prope uma teoria ampliada do Estado, que inclui o que ele

    denomina de sociedade civil. que o Estado capitalista se sofisticou,mediatizando a super e a infra-estrutura com um complexo de organismosprivados de participao poltica permeadas por grupos oprimidos (partidos,sindicatos, associaes, ongs, jornais etc.) . Assim, sendo impossvel o controleintegral do Estado, a dominao passa a se dar no plano da ideologia nestes

    aparelhos privados de hegemonia

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    Para GRAMSCI, o Estado o equilbrio socio-poltico produzido

    pela represso (burocracia executiva e policial militar), mastambm pela hegemonia de um grupo social sobre a sociedadeinteira (por meio da escola, da igreja, dos meios de comunicao,dos sindicatos, partidos etc. responsveis pelaelaborao/disseminao das ideologias)

    Estado = equilbrio entre sociedade poltica (dominao mediante

    coero) + sociedade civil (dominao mediante a conquista dadireo poltica e do consenso).

    Teoria Marxista do Estado

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    Para ALTHUSSERALTHUSSER, o Estado o mito da instituio soberana alm

    das classes, criado pelos seus aparelhos ideolgicos Ideologia a relao imaginria estrutural, transformada em prticas,

    reprodutoras das relaes de produo vigentes. Na realizao ideolgica, ainterpelao, o reconhecimento, a sujeio e os Aparelhos Ideolgicos de

    Estado (AIE), so quatro categorias bsicas. Anlise do funcionamento e conseqncias da submisso espontnea para o

    movimento social. A dominao burguesa s se estabiliza pela autonomia dosaparelhos (de produo e reproduo) isolados.

    A teoria dos AIE constri uma viso monoltica e acabada de organizao

    social, tudo rigidamente organizado, planejado e definido pelo Estado(funcionalismo a-histrico), de tal sorte que no sobra mais nada para oscidados a no ser a resignao ante o Estado onipresente e absolutamentedominante

    Teoria Marxista do Estado

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    ALTHUSSER Aparelhos Ideolgicos de Estado

    AIE religiosos (o sistema das diferentes Igrejas); AIE escolar (o sistema das diferentes escolas pblicas e privadas); AIE familiar; AIEjurdico; AIE poltico (o sistema poltico, os diferentes Partidos); AIE sindical; AIE cultural (Letras, Belas Artes, esportes, etc.); AIE de informao (a imprensa, o rdio, a televiso, etc.).

    A Revoluo Francesa resultou no apenas na transferncia do poder do Estadopara a burguesia capitalista comercial, resultando tambm no ataque ao AparelhoIdeolgico de Estado nmero um - a Igreja -, substituda em seu papel dominantepelo Aparelho Ideolgico de Estado escolar. Na verdade, enquanto o AparelhoIdeolgico de Estado poltico ocupava o primeiro plano no palco, na coxia oAparelho Ideolgico de Estado escolar foi estabelecido como dominante pela

    burguesia

    Teoria Marxista do Estado

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    PACHUKANISPACHUKANIS Direito, Estado e Capitalismo

    Historicamente, com o nascer do capitalismo que se desenvolve a ficojurdica, a contextualizao do sujeito de direitos.

    O Direito foi institudo para garantir a explorao do trabalho, mediar a forado capital sobre o trabalho

    Equivalncia entre a forma jurdica e a forma mercantil

    Isto significa que acapacidade jurdica acompanha a capacidade de ter a posse, de praticar atosjurdicos, contratos, de ser sujeito de direitos. Relao de dependncia entredireito e capitalismo: o direito sustenta o poder do capital (crtica superestrutura jurdica)

    Teoria Marxista do Estado

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    PACHUKANISPACHUKANIS Direito, Estado e Capitalismo

    A sociedade capitalista antes de tudo uma sociedade de proprietriosde mercadorias. Isto significa que as relaes sociais dos homens noprocesso de produo possuem uma forma coisificada nos produtos dotrabalho que se apresentam, uns em relao aos outros como valores. A

    mercadoria um objeto no qual a diversidade concreta daspropriedades teis torna-se, simplesmente, o invlucro coisificado dapropriedade abstrata do valor, que se exprime como capacidade de sertrocada em uma proporo determinada em relao a outrasmercadorias. Esta propriedade se exprime como uma qualidade

    inerente s prprias coisas, em virtude de um tipo de lei natural queage independentemente dos homens, de maneira totalmenteindiferente s suas vontades.

    Teoria Marxista do Estado

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    Na dominao real e efetiva da realidade, somos compelidos pelo poder a

    produzir, revelar e buscar a verdade, ou seja, somos avaliados, censurados,coordenados, coagidos a exercer tarefas e impulsionados a viver em razo dosdiscursos verdadeiros, os quais trazem consigo efeitos especficos de poder.

    O poder algo que no necessariamente advm de uma instituio, como o

    Estado. A microfsica do poder analisa como os nveis menores da sociedadeaceitam o poder de dominao, para depois serem captados /apropriados porrelaes maiores, entre Estado e povo (macrofsica: explorao e trabalho)

    O direito uma forma de relao de poder que no se prende a norma

    jurdica(dominao formal, legalista), mas realidade da sociedade(microfsica).

    Teoria Foucaultiana do Poder

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    Teoria Geral da Poltica

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    IDEOLOGIA Modos como os signos, significados e valores ajudam a reproduzir umpoder social dominante (dimenses consciente, afetivas, inconscientes,

    mticas ou simblicas)

    Disposio de falsas idias no interesse direto de uma classe dominante/ tem por fim ocultar a dominao - fora social organizadora que constitui

    as relaes vividas, aparentemente espontneas do sujeito, buscandoequip-lo com formas de valor e crena relevantes para suas tarefas sociaise para a ordem social

    Qualquer conjuntura significante entre discurso e interesses polticos /sistemas de crena conscientes

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    IDEOLOGIA e DIREITO

    Modo de produo das normas jurdicas

    Modo de Produo de Sentidos Interpretativos: sensocomum terico (escolas do Direito)

    Discurso ideolgico: verdade (discurso cientfico) everossimilhana (argumentao)

    O Direito a projeo normativa que instrumentaliza ospostulados ideolgicos e as formas dominantes de poder

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    CAPITALISMO Sistema econmico caracterizado pela propriedade privada dos meiosde produo, e pela existncia de mercado livre e de trabalho assalariado.

    Fases Do CapitalismoPr-Capitalismo - (No uma fase) Perodo da economia mercantil aps aacumulao primitiva de capital, em que a produo se destina a trocas e noapenas a uso imediato. No se generalizou o trabalho assalariado; trabalhadores

    independentes que vendiam o produto de seu trabalho, mas no seu trabalho. Osartesos eram donos de suas oficinas, ferramentas e matria-prima. Capitalismo Comercial- Apesar de predominar o produtor independente(arteso), generaliza-se o trabalho assalariado. A maior parte dolucro concentrava-se na mo dos comerciantes, intermedirios, no nas mos dos

    produtores. Lucrava mais quem comprava e vendia a mercadoria, no quemproduzia.

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    Fases do Capitalismo

    Capitalismo Industrial- O trabalho assalariado se

    instala, em prejuzo dos artesos, separandoclaramente os possuidores de meios de produo e oexrcito de trabalhadores.

    Capitalismo Monopolista/Financeiro - O sistemabancrio e grandes corporaes financeiras tornam-sedominantes e passam a controlar as demais atividades

    em escala mundial (imperialismo).

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    Fases do Capitalismo

    Crise no Capitalismo Industrial-

    Crises Cclicas

    Crise Estrutural 1929

    Reformismo Keynesiano Breton Woods / Ag.

    Multilaterais Estado de Bem-Estar Social

    Mtodos de Produo Fordismo/Taylorismo

    Ps-Fordismo/Acumulao Flexvel/Toyotismo

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    SOCIALISMO

    Qualquer uma das vrias teorias de organizaoeconmica advogando a propriedade pblica ou

    coletiva dos meios de produo e distribuio debens e de uma sociedade caracterizada pelaigualdade de oportunidades/meios para todos os

    indivduos com um mtodo mais igualitrio decompensao.

    O socialismo moderno surgiu no final do sc.

    XVIII, tendo origem na classe intelectual e nosmovimentos polticos da classe trabalhadora quecriticavam os efeitos da industrializao e dasociedade sobre a propriedade privada.

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    SOCIALISMO O socialismo no uma filosofia concreta da doutrina fixa e

    programa; seus ramos defendem um certo grau deintervencionismo estatal e racionalizao econmica(geralmente sob a forma de planejamento econmico), svezes opostos entre si.

    Uma caracterstica de diviso do movimento socialista adiviso entre reformistas e revolucionrios sobre como umaeconomia socialista deveria ser estabelecida.

    No modelo sovitico desenvolveram-se economias deplanejamento central dirigido por um Estado que controlatodos os meios de produo. Os Sociais democratas propema nacionalizao seletiva das principais indstrias nacionaisnas economias mistas, mantendo a propriedade privada docapital da empresa, mas promovendo programas sociaisfinanciados pelos impostos e regulao dos mercados.

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    MARXISMO Materialismo Histrico

    Modo de produo = conjunto das relaes de produo correspondente a

    determinada fase de desenvolvimento das foras produtivas. Forma como os

    homens, em cada poca histrica, se relacionam com a natureza e com outroshomens para a produo e reproduo dos bens necessrios sua existncia.

    Inclui-se tambm no conceito a forma pela qual os homens tomam conscincia

    deste processo e o regulam, pois o modo de produo engloba a totalidade da

    sociedade, nos nveis econmico, poltico e ideolgico.

    Infra-estrutura = nvel econmico constitui a base econmica da sociedade.

    constituda pelas foras produtivas (compostas pela fora de trabalho os conhecimentos,

    as habilidades, as tcnicas e a organizao empregadas pelos homens no processo de

    trabalho e pelos meios de produo mquinas, ferramentas, etc. e objetos de

    trabalho matrias-primas e auxiliares.

    Superestrutura nvel poltico e ideolgico

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    MARXISMO Materialismo Histrico

    Relaes de produo = So as relaes que, em cada

    poca histrica, se estabelecem entre os indivduos e asclasses sociais no processo de produo da existncia

    humana.

    Estas relaes so compostas pelas relaes depropriedades sobre as foras produtivas e pelas relaes de

    distribuio da riqueza social.

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    MARXISMO

    Materialismo Dialtico

    Devir histrico das contradies darealidade

    Filosofia da Prxis + Crtica da Ideologia Alienao e Estranhamento fetichismo -

    explorao

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    MARXISMOA DINMICA DO MODODE PRODUO CAPITALISTA

    1- O Mtodo da Economia Poltica em Marx;

    2 - A Categoria Mercadoria; O Fetiche da Mercadoria

    3 - A Lei do Valor - Trabalho;4 -A Mercadoria Dinheiro; As Frmulas M-M, M-D-M, D-M-D e D-D

    5 - Taxa de Mais-Valia; Mais-Valia Absoluta; Mais-ValiaRelativa;

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    MARXISMO

    A Economia Poltica Clssica inicia o estudo da economiapelo todo, isto , pela anlise de categorias como populao

    ou territrio at chegar s determinaes mais simples.

    Para Marx, ainda que, de fato, comecemos sempre

    pela realidade concreta necessrio se efetuar o caminhoinverso, ou seja, partir das determinaes mais simples eabstratas para as determinaes mais complexas e concretasat reproduzirmos o concreto real por meio do pensamento

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    MARXISMO

    Mercadoria = clula da sociedade burguesa

    a riqueza das sociedades onde rege a produo

    capitalista configura-se em uma imensa acumulao

    de mercadorias e a mercadoria, isoladamente

    considerada a forma elementar dessa riqueza. Por

    isso nossa investigao comea com a anlise damercadoria.

    O Capital, Karl Marx

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    MARXISMO

    Mercadoria = clula da sociedade burguesa

    a riqueza das sociedades onde rege a produo

    capitalista configura-se em uma imensa acumulao

    de mercadorias e a mercadoria, isoladamente

    considerada a forma elementar dessa riqueza. Por

    isso nossa investigao comea com a anlise damercadoria.

    O Capital, Karl Marx

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    MARXISMO

    Fetichismo da Mercadoria

    As relaes sociais entre produtores aparecem como relao entre

    produtos em troca (alfaiate e carpinteiro casaco e mesa), ocultando suas

    respectivas quantidades de trabalho em equivalncia)

    Nos EUA apenas 1% dos produtos que circulam no mercado permanecem

    sendo usados por mais de 6 meses obsolescncia planejada (aparelhosfeitos para durar pouco) / obsolescncia perceptiva (convencimento de que o

    produto embora til j no serve, no se valoriza socialmente)

    O sistema protege o consumo resumindo todo o valor humano em quanto se

    pode consumir. A compulso do consumo torna-se modo de vida, a compra

    converte-se em ritual que satisfaz o ego. No entanto o homem escravo do

    consumo quanto mais consome mais infeliz se percebe e mais quer consumir

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    Teoria Poltica

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    NEOLIBERALISMO O neoliberalismo teve sua gnese na segunda metade dos anos

    40, principalmente a partir das idias de tericos reunidos na

    Sociedade de Mont Plerin (composta, entre outros, por FriedrichHayek e Milton Friedman), marcadas pela crtica das polticasintervencionistas do Estado de bem-estar social, onde as pressessindicais reivindicatrias, ao gerarem a universalizao dosdireitos sociais, abalaram as bases de acumulao capitalista,

    sendo responsveis pela crise econmica e inflao do final dadcada de 70.Aps o balo de ensaio chileno, durante a ditadura de Pinochet, as

    polticas neoliberais passaram a tomar conta dos governos

    Thatcher, Reagan, Khl na dcada de 1990 (com a queda docomunismo na Europa Oriental e Unio Sovitica, armou-se aonda neoliberal sobre o 3 mundo)

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    NEOLIBERALISMO Segundo esta teoria, para evitar futuras crises a receita seria privatizar

    empresas estatais que pudessem ser substitudas com vantagens pelainiciativa privada, controle para reduzir o dficit fiscal e a inflao,cmbio flutuante (estabilidade monetria) e supervitis comerciais.

    Pregava o necessrio rompimento do poder dos sindicatos e dointervencionismo estatal, sobretudo nas reas sociais o que importavana restaurao das taxas naturais de desemprego e numa saudvel

    desigualdade imprescindveis para a dinamizao das economiasavanadas, supostamente em crise devido s polticas de intervenoanticclica e distributivistas.

    Esta poltica passou por dois grandes testes: a crise dos pases asiticos ea crise da Rssia, controladas com o auxlio do FMI (destruio de seus

    PIB's), evitando uma recesso mundial. Apesar de inegvel xitomacroeconmico, a pobreza e a desigualdade foram generalizadas.

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    GLOBALIZAO

    processo complexo de interaes, que atravessa as mais diversas reas da vidasocial, verificando-se:a facilitao das aes a distncia, quando dadas aes sociais tmconseqncias para terceiros situados a longa distncia e fora das fronteirasnacionais.uma nova compreenso espao-temporal que invade o imaginrio popular emtodo o mundo, a partir dos meios de comunicao eletrnica, que levam interaosocial, destruindo ou relativizando o tempo e a distncia;uma interdependncia entre economias e sociedades;um processo de encolhimento do mundo, com eroso de fronteiras e barreirasgeogrficas em relao atividade socioeconmica, aumentando a velocidade da

    interao social revelada em padres duradouros de interligao mundial;uma reorganizao social qual j no se impem to fixamente barreirasespao-temporais, redefinindo, sem suplant-las, as relaes de poder inter-regionais, nacionais e locais.

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    GLOBALIZAO NEOLIBERAL

    Consenso de WashingtonConsenso de Washington -- Conjunto depropostas elaboradas num seminrio do BancoMundial em Washington e destinadas aos

    pases perifricos, visando a reduo doEstado, a liberalizao de mercados edesregulamentao financeira.

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    ESTADO DEMOCRTICO DE DIREITO

    Valores pluralistas de uma sociedadeValores pluralistas de uma sociedadecomplexacomplexa

    InterpretaInterpretao juro jurdica considera o mbito dadica considera o mbito da

    normanorma estrutura objetiva que se pe matria como compreenso

    Normatividade calcada em Princpios abertos- interao entre direito e poltica

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    Teoria Poltica

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    D.U.D. H.

    Valores de Dignidade HumanaValores de Dignidade Humana

    Todos os seres humanos independente desuas diferenas culturais e biolgicas merecemigual respeito, evitando discriminao geradapela afirmao de um projeto culturaldominante

    Ser humano e preo Ser humano como meio para se atingir

    determinado fim sujeito de direito kantiano

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    D.U.D. H. - Antecedentes

    12151215 MagnaMagna ChartaCharta LibertatumLibertatum JaoJao sem terrasem terra

    16281628 PetitionPetition ofofRightsRights 16791679 HabeasHabeas CorpusCorpusActAct

    16891689 BillBillofofRightsRights

    17761776 DeclaraDeclarao da Virgo da Virgniania

    17891789 DeclaraDeclarao dos Direitos do Homem e doo dos Direitos do Homem e do

    CidadoCidado

    18641864 ConvenConveno de Genebrao de Genebra

    19191919 OIT Tratado deOIT Tratado de VersaillesVersailles

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    D.U.D. H.

    19481948 DeclaraDeclarao Universal dos Direitoso Universal dos Direitos

    HumanosHumanos ausncia de fora normativavinculante = Recomendao que a ONU faz aseus membros (Carta, art. 10)

    19661966 Pactos sobre Direitos Civis e PolPactos sobre Direitos Civis e Polticos/ticos/

    sobre Direitos Econmicos, Sociais e Culturaissobre Direitos Econmicos, Sociais e Culturais

    19691969 Pacto de S. J. da Costa Rica (ConvenPacto de S. J. da Costa Rica (Convenoo

    Interamericana dos DH)Interamericana dos DH)

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    D.U.D. H.

    Art. IIArt. II IgualdadeIgualdade

    Art. VIArt. VI -- Direito de ter direitosDireito de ter direitos serser

    considerado pessoa perante a leiconsiderado pessoa perante a lei

    ARTS. XXI e XXIXARTS. XXI e XXIX regime democrregime democrticotico(europeiza(europeizao)o)

    CombateCombate s violas violaeses

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    Teoria Poltica

    DPU 2007

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    DPU 2007

    Com relao formao das concepes sociais e polticas do Estadomoderno bem como s acepes tericas acerca de sua origem ede seu desenvolvimento, julgue os itens subseqentes.

    4 O amadurecimento da idia de nao, alcanado no sculo XIX,influenciou na definio de teorias relativas ao Estado.

    Certo

    5 A noo de Estado do bem-estar social tem sua origem na filosofia

    de Comte, para quem o poder deveria pertencer aos cientistas egarantir os meios de criao de felicidade e de virtude pela ordeme pelo progresso.

    Certo

    6 Entre os conceitos vigentes a partir do sculo XVI, poca doRenascimento, e que esto na origem da modernidade, encontra-se a noo do Estado como soberania.

    Errado

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    DPU 2010 Considerando a social-democracia, o estado de bem-estar social e os estudos

    de Adam Przeworski, julgue o prximo item.

    197 Os social-democratas defendem a no abolio da propriedade privada dos

    meios de produo em troca da cooperao dos capitalistas na elevao daprodutividade e na distribuio dos ganhos.

    Certo

    Com relao s concepes tericas de Estado, julgue os itens subsequentes.

    198 Para Thomas Hobbes, com a criao do Estado, o sdito deixa de abdicar deseu direito liberdade natural para proteger a prpria vida.

    Errado

    199 De acordo com a teoria poltica de John Locke, a propriedade j existe no

    estado de natureza e, sendo instituio anterior sociedade, direito naturaldo indivduo, no podendo ser violado pelo Estado.

    Certo

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    DPU 2010

    De acordo com as concepes tericas do marxismo,

    julgue o item seguinte.200 Segundo Louis Althusser, o aparelho ideolgico de

    Estado dominante para a burguesia era a Igreja.

    Errado

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    Teoria Poltica

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    1)Norberto Bobbio:Dicionrio de Poltica,2 vols, UNB; Teoria geral doDireito, Martins Fontes.

    2)Vicente de Paulo Barreto:Dicionrio de Filosofia Polrica, Unisinos

    3)Vicente de Paulo Barreto:Dicionrio de filosofia do direito,Unisinos/Renovar4)Miguel Reale: Lies Preliminares de direito, saraiva

    5)Adrian Sgarbi:Teoria do Direito, Lumen Juris

    6)Tercio Sampaio Ferraz Jr:Introduo ao estudo do direito, Atlas7)Wilson de Souza Campos Batalha:Direito intertemporal, Forense (esgotado/ bibliotecas)

    8)Carlos Maximilianos:Direito Intertemporal, Freitas bastos

    (esgotado/bibliotecas)9)Rodolfo de Camargo Mancuso:Divergncia jurisprudencial e smulavinculante, RT

    10)Marilena Chau: Convite Filosofia, tica