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Modulo II: Ecologia de Indivíduos e Populações Ecologia de Comunidades Equipe 3: Augusto, Dora, Edilene, Eduardo Saar, Floriano, Jorge, Priscila. EFEITOS DA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS

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Modulo II: Ecologia de Indivíduos e PopulaçõesEcologia de Comunidades

Equipe 3:Augusto, Dora, Edilene, Eduardo Saar,

Floriano, Jorge, Priscila.

EFEITOS DA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS

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RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS

Os reservatórios são ecossistemas artificiais construídos pelo homem com o propósito principal de fornecer reservas de água para as diversas finalidades de uso, tais como a produção de energia elétrica e de biomassa, o abastecimento doméstico e industrial, irrigação, e o transporte (BRANCO e ROCHA, 1977; TUNDISI, 1988).

Outros propósitos em escala de importância mais reduzida (VIANA, 2003):

Controle das cheias dos rios e a conseqüente prevenção contra enchentes;

Melhoria das condições de navegabilidade dos rios;Melhoria das condições sanitárias dos rios;Criação de espaços de recreação e geração de empregos.

Benefícios advindos da barragem seriam apenas temporários (GOLDSMITH & HILDYARD,1984);

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A construção de barragens nos sistemas lóticos gera aos novos ecossistemas uma nova dinâmica funcional e estrutural, devido às mudanças no tempo de residência e na vazão da água (MARGALEF, 1983).

Principais impactos causados pela construção de reservatórios (TUNDISI,1993; STRASKRABA e TUNDISI,1999):

Desmatamento e a redução da cobertura vegetal;

Aumento da contaminação e da toxicidade no sistema causados pelas atividades antrópicas;

Poluição orgânica;

Eutrofização;

Alteração da biodiversidade com remoção de espécies ecologicamente importantes.

CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS

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Os impactos gerados no pela construção de barragens têm conseqüências diretas e indiretas no meio físico, nas populações e nas comunidades bióticas, não somente na área represada, mas também como em todo o sistema lacustre alterado.

Segundo Ricklefs (2010), uma população consiste em indivíduos de uma espécie em uma dada área. Contudo uma população é mais do que uma coleção de indivíduos. Ela tem integridade como uma unidade organizacional na ecologia porque os indivíduos se unem para reproduzir, desta forma misturando o pool genético da população e assegurando a sua continuidade ao longo do tempo.

Comunidade biológica é uma associação de população que se interagem. As medidas da estrutura da comunidade incluem o número de espécie e de níveis tróficos, que são influenciados de cima pela predação e de baixo pela produção. As relações de alimentação organizam as comunidades em teias alimentares e a estrutura desta influencia a estabilidade das comunidades (RICKLEFS, 2010).

IMPACTOS GERADOS PELA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS E CONCEITOS DE POPULAÇÕES E COMUNIDADES

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IMPACTOS GERADOS PELA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS E CONCEITOS DE POPULAÇÕES E COMUNIDADES

As fontes de impacto surgem de uma abundância de interações complexas, usos diferentes bacias hidrográficas e geologia (AGOSTINHO, 2008).

Segundo PETTS (1984):

1) Primeira ordem: impactos que incluem modificações físicas, químicas, geomorfológicas e hidrológicas, em conseqüência da redistribuição espacial e temporal da vazão do rio;

2) Segunda ordem: impactos que envolvem modificações na estrutura e na dinâmica dos produtores primários, além de alterações geológicas no canal do rio;

3) Terceira ordem: impactos que envolvem grandes modificações na comunidade dos consumidores, especialmente invertebrados e peixes, modificações no fluxo gênico, na dinâmica de produção, e a fragmentação do habitat.

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IMPACTOS GERADOS PELA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS NO MEIO FÍSICO

Dentre os impactos físicos mais comuns de uma barragem (PIMENTEL, 2004): 

Alteração do regime de vazões do rio;Erosão das margens e do fundo do canal a jusante da barragem, nos deltas e estuários;Alteração do nível freático nas áreas marginais do reservatório;Possibilidade de alteração do micro clima na região do reservatório;Alteração no teor de matéria orgânica e nutrientes dissolvidos na vazão efluente;Alteração no transporte e concentração de sedimentos no reservatório e a jusante da barragem;Estratificação térmica do reservatório;Alteração da qualidade da água pela decomposição da biomassa inundada no reservatório;Alteração da condutividade elétrica;Contaminação e eutrofização das águas do reservatório;Instabilidade de encostas do reservatório;Sismicidade induzida pelo reservatório;Salinização dos solos no entorno do reservatório.

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Agostinho (2008) relata que outros fatores podem influenciar ou promover alterações nesse ambiente restrito, como a forma e gestão da operação de barragem, a introdução de espécies exóticas, ocupação da própria bacia hidrográfica (agrícola, industrial e urbana), construção de novos represamentos ou mesmo a remoção de barrages.

Nesse sentido destacamos as alterações do meio físico de acordo com:

1.Clima2.Recursos Hídricos3.Terrenos4.Aspectos limnológicos

IMPACTOS GERADOS PELA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS NO MEIO FÍSICO

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1. ClimaUmidade do ArVentosNevoeirosEvaporações Liquidas nos ReservatóriosTemperatura

2. Recursos hídricosIntensificação de Ondulações no Espelho d'ÁguaVariação Diária do Nível d'Água do Rio a Jusante da BarragemIntensificação dos Processos de Assoreamento a MontanteElevação dos Níveis das Águas Subterrâneas com o Enchimento do reservatório: Uma das mais importantes modificações decorrentes do enchimento de reservatórios se processa no subsolo, já que volumes significativos de água oriundos da represa percolam para seu interior, constituindo novos aqüíferos ou realimentando aqüíferos livres já existentes.

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3. Terrenos (Geologia, Pedologia, Geomorfologia)

PIMENTEL (2004) adotou o termo “terrenos” para representar a parte sólida da superfície da terra, formada pelo substrato rochoso e pelos solos, modelada pelos processos de esculturação do relevo.

Potencialização da colapsividade de solos e expansividade de solos e rochas de fundações;Instabilizações e erosões nas encostas marginais;Sismicidade induzida;Perda do potencial agrícola dos solos inundados pelo reservatório;

Salinização; Interferências nos depósitos de areia e cascalho; Interferências nos depósitos de argila; Alteração da paisagem pela formação do reservatório;Degradação da paisagem pela execução de movimentos de terra e rocha;

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4. Aspectos Limnológicos

A criação de um reservatório afeta o ecossistema aquático de forma profunda e complexa. A inundação anula a produção terrestre na área submersa, iniciando-se a produção aquática, portanto mudam os agentes produtores. A energia solar que era captada pelas árvores e pela vegetação terrestre, passa a ser captada pelas plantas aquáticas com raízes e pelo fitoplâncton (algas).

Com o tempo o processo se estabiliza e as modificações passam a ser mais lentas. A menos que o reservatório receba um aporte extra de nutrientes, quando, então, poderá retornar a um estado de eutrofização.

O ecossistema aquático de jusante também é afetado, uma vez que os nutrientes que afluíam livremente pelo rio agora ficam detidos na barragem, provocando alterações na flora e na fauna. A principal conseqüência e os impactos mais relevantes a jusante da barragem estão associados à regularização das vazões e à eliminação total ou parcial das cheias.

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4. Aspectos Limnológicos (continuação)

4.1 Eutrofização: O processo de eutrofização de lagos e reservatórios é natural e significa o enriquecimento das águas com os nutrientes necessários ao crescimento da vida vegetal aquática (BRAGA et al., 2002, apud PIMENTEL).

É um processo de maturação de um ecossistema lacustre, que tende a se transformar num ecossistema terrestre, utilizando a interação do lago com o meio terrestre que o circunda.

Eutrofização Natural e Eutrofização Acelerada

As Conseqüências da Eutrofização: a. Impactos sobre o Ecossistema e a Qualidade Da Água: redução da biodiversidade;b. Impactos sobre s Utilização dos Recursos Hídricos.

IMPACTOS GERADOS PELA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS NO MEIO FÍSICO

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4. Aspectos Limnológicos (continuação)

4.2 Estratificação Térmica de Reservatórios Lagos profundos tendem a desenvolver uma estrutura térmica estável que coibe os processos de mistura por diferenças de densidade da água. Uma camada mais fria permanece no fundo estagnada, sob uma camada mais quente e turbulenta na superfície. A essa formação dá-se o nome de Estratificação Térmica, sendo uma das principais causas da alteração da qualidade da água em lagos e reservatórios (PORTO, 1991, apud PIMENTEL, 2004).

Como conseqüência da redução da mistura da água no reservatório, a camada inferior passa a apresentar menor teor de oxigênio dissolvido e maior teor de ferro, manganês e gás sulfídrico. Dependendo da altura da tomada d'água no reservatório, a água lançada para jusante terá baixa qualidade, prejudicando o rio.

IMPACTOS GERADOS PELA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS NO MEIO FÍSICO

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As alterações de habitats, a poluição, o processo de eutrofização, a sobrepesca e a introdução de espécies exóticas, constituem as principais razões para a alteração das comunidades aquáticas e perda da diversidade regional e local (AGOSTINHO et al., 2005).

Nesse sentido destaque as seguintes alterações do meio biótico:

1.Recursos Pesqueiros2.Migração 3.Perda de Biodiversidade4.Interferência Trófica e do Habitat 5.Contaminação da Água6.Mudança na Temperatura da Água7.Decomposição da Vegetação e do Solo Submerso8.Bio-acumulação de Mercúrio 9.Aumento da Taxa de Evaporação

IMPACTOS GERADOS PELA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS NO MEIO BIÓTICO

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1. Recursos Pesqueiros:Em função da nova redistribuição do regime de inundações, alterações na vegetação ribeirinha são esperados (WCD, 2000), porque plantas são adaptadas às alterações periódicas das inundações e secas (variação no nível freático) e não podem prosperar em solos com qualquer condições úmidas ou secas permanentes.

Inacessibilidade de lagoas marginais, canais e outros ambientes isolados sazonalmente também prejudicam o recrutamento e a manutenção de várias espécies de peixes, que dependem de condições especiais fornecidas por esses habitats (AGOSTINHO et al., 2001; AGOSTINHO et al., 2004a). Além disso, a ausência prolongada de inundações pode aplicar armadilhas a comunidades de peixes em ambientes marginais.

Reduções na freqüência e intensidade de pulsos sazonais interferiram tanto em pistas ambientais usadas por espécies de peixes para gatilho gónada maturação, migração e desova, além de acesso a habitats críticos usado por peixes jovens (AGOSTINHO et al., 2004c).

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2. Migração: O barramento é um obstáculo que impede o livre deslocamento dos peixes entre os diversos sítios que eles utilizam durante a vida. Por qualquer que seja a finalidade de uma barragem, esta irá sempre interromper no processo de migração; o que significa o impedimento reprodutivo e consequentemente a eliminação de espécies local einterferência, por sua vez, no ambiente (MARTINS, 2001).

3. Perda de Biodiversidade: A permanente inundação de florestas, brejos e vida selvagem, talvez seja o efeito ambiental mais óbvio de uma barragem, pois estas submergem terras extremamente férteis que abrigam ecossistemas diversos. Além de destruir o habitat de várias espécies, que muitas vezes representam o último refúgio de espécies deslocadas pelo desenvolvimento de outras regiões, boa parte das espécies que vivem nessas áreas normalmente não conseguem sobreviver em outras regiões depois do enchimento do reservatório. Dentre os animais mais afetados pelas barragens, merecem destaque as diversas espécies de peixes que habitam os rios e bacias barradas ao redor do mundo. Pois a construção da barragem e a conseqüente alteração do fluxo dos rios tornam-se um grande obstáculo para o ciclo migratório dos peixes e até mesmo para a sobrevivência das espécies.

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4. Interferência Trófica e do Habitat:

Todos os rios transportam, ao longo do seu curso, sedimentos que são erodidos do solo e das rochas. No entanto, quando uma barragem é construída esse processo é inevitavelmente reduzido ou totalmente impedido. A redução da quantidade destes sedimentos depositados no rio traz graves conseqüências para os peixes e aves que se alimentam dos animais aquáticos; isso porque, sedimentos, como cascalho e gravetos, constituem importantes habitats de invertebrados aquáticos, tais como insetos, moluscos e crustáceos, que, por sua vez, representam uma importante fonte de alimento para peixes e aves.

 5. Contaminação da Água:

Ao se interromper o fluxo normal do curso de um rio, diversas mudanças na composição química, física e térmica da água são verificadas. Diversas são, também, as conseqüências danosas à qualidade da água do reservatório e do rio a montante e a jusante da barragem.

 

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6. Mudança na Temperatura da Água: A água liberada do fundo de um reservatório de uma grande barragem normalmente é mais fria no verão e mais quente no inverno do que a água do rio. Já a água da superfície do reservatório é mais quente do que a do rio, durante praticamente todo o ano. O aquecimento ou resfriamento afeta a quantidade de oxigênio e sólidos suspensos na água, influenciando as reações químicas que aí ocorrem e causando rupturas no ciclo de vida dos seres aquáticos, tais como período de procriação, de caça, de metamorfose da larva, etc. quilômetros abaixo da barragem.

7. Decomposição da Vegetação e do Solo Submerso: Durante os primeiros anos do enchimento do reservatório, a decomposição desse material pode reduzir drasticamente o nível de oxigênio na água. O apodrecimento de matéria orgânica também pode levar a uma liberação de gases como o metano e o dióxido de carbono. De acordo com McCULLY (1996, p.38) o tempo de maturação de um reservatório, nas regiões temperadas, é de aproximadamente um década. Nos trópicos, a decomposição da matéria orgânica pode demorar algumas décadas, até mesmo, séculos.

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8. Bio-acumulação de Mercúrio: O mercúrio em si é uma substância inofensiva, naturalmente presente em formas inorgânicas, em diversos solos. O problema começa quando as bactérias que se alimentam da matéria orgânica em decomposição, quando do enchimento do reservatório, e transformam esse mercúrio inorgânico em metilmercúrio, uma toxina que afeta o sistema nervoso central. O metilmercúrio é, então, absorvido pelos plânctons e outras pequenas criaturas da base da cadeia alimentar. À medida que o metilmercúrio atravessa a cadeia alimentar, sua concentração vai aumentando no corpo dos animais que comem presas contaminadas. Através deste processo de bio-acumulação, os níveis de metilmercúrio no tecido dos grandes peixes do topo da cadeia alimentar podem aumentar em sete vezes aquele presente nos organismos do fundo da cadeia, levando a intoxicação ao longo da cadeia. 9. Aumento da Taxa de Evaporação: A construção dos reservatórios multiplica enormemente o tamanho da superfície de água exposta aos raios solares, o que faz com que a taxa de evaporação da água também se eleve sobremaneira. O resultado disso é o aumento da concentração de sais na água, cujo efeito pernicioso é o envenenamento de animais aquáticos (estenoalinos).

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OBRIGADO!!!!!!!!!!