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MÓDULO II: Trâmite e Institucionalidade dos Projetos Introdução ao Ciclo de Projetos Setembro 2009 - Cuiabá Rodrigo F. Gatti

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MÓDULO II:

Trâmite e Institucionalidade dos Projetos

Introdução ao Ciclo de Projetos

Setembro 2009 - Cuiabá

Rodrigo F. Gatti

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- Conceitos Básicos • O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

- Trâmite e institucionalidade• Linha de Base• Adicionalidade

- Atividades de projetos no âmbito do MDL

- Ciclo do Projeto

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Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL

• Acordos de Marraqueche (11 de novembro de 2001)– Regulamentação para implementação do MDL

• Instalação de projetos em países em desenvolvimento (sem objetivos de REs)

- Viabiliza o desenvolvimento sustentável e limpo

- Permite que países Anexo I atinjam parte de seus objetivos a custos mais baixos

MDL

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Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL

• Projetos que reduzam as emissões de GEE ou que aumentem a absorção de CO2

- Investimentos em tecnologias mais eficientes

- Substituição de fontes de energia fósseis por renováveis

- Racionalização do uso da energia

- Florestamento e reflorestamento

MDL

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MDL

RCEs – Reduções Certificadas de Emissões (CERs)- Participação voluntária aprovada por cada Parte envolvida;- Benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo relacionados com a mitigação da

mudança do clima, e- Reduções de emissões que sejam adicionais as que ocorreriam na ausência da

atividade certificada de projeto.

Fonte: IGES - MDL Ilustrado ver.8.0 Julho de 2009

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Trâmite e Institucionalidade

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UNFCCC –(CQNUMCC) Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (1994):

- Acordo multilateral de 192 paíse + União Europeia- A Conveção reconhece a mudança global do clima como “uma preocupação

comum da humanidade“ e propõe-se a elaborar uma estratégia global “para proteger o sistema climático para gerações presentes e futuras”.

Estrutura Institucional

IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima:- Organismo de revisão da produção científica sobre mudança do clima.

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COP- Conferência das Partes:

- Órgão supremo da Convenção;-Monitorar e promover a implementação da Convenção e de quaisquer

elementos legais a ela relacionados- Garantir o cumprimento das metas das Partes Anexo I

- Reúne-se 1 vez por ano

SBSTA – Órgão Subsidiário de Assessoramento Científico e Tecnológico

SBI – Órgão Subsidiário de Implementação

Estrutura Institucional

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Estrutura Institucional

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Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL

• CIMGC - Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima, a AND brasileira– Composta por representantes de 11 Ministérios– Presidente: Ministro de Ciência e Tecnologia - MCT– Secretário Executivo – MCT– Vice-presidente: Ministro de Meio Ambiente – MMA– Comissão se reúne a cada 2 meses– Decreto Presidencial de julho de 1999

Estrutura Institucional

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CIMGC - Comissão Interministerial da Mudança Global do Clima

Representantes na Comissão

•Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento;•Ministério de Transporte;•Ministério de Minas e Energia;•Ministério do Meio Ambiente;•Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;•Ministério das Cidades;•Ministério de Relacões Exteriores; •Ministério de Ciência e Tecnologia;•Ministério de Planejamento, Orçamento e Administração;•Ministério da Fazenda;•Casa Civil da Presidência da República.

Estrutura Institucional

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• Desenvolvimento sustentável (conceito)

- Contribuição para a sustentabilidade ambiental local

- Contribuição para o desenvolvimento das condições de trabalho e a

geração líquida de empregos

- Contribuição para a distribuição de renda

- Contribuição para capacitação e desenvolvimento tecnológico

- Contribuição para a integração regional e a articulação com outros

setores

MDL

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Atividades de projeto no âmbito do MDL

- Quatro tipos de atividades de projeto:- Larga Escala- Pequena Escala- MDL Florestal

- Larga Escala- Pequena Escala

- Metodologias aprovadas - 144:- 67 AM; 14 ACM; 46 AMS- 9 AR-AM; 2 AR-ACM; 6 AR-AMS

MDL

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MDL de Larga Escala- Não há limites para sua extensão;- Metodologia é submetida pelo proponente (depois se torna pública)- Metodologias mais conservadoras e restritivas- Validação e verificação realizadas por EODs diferentes

MDL de Pequena Escala

- Procedimentos simplificados;- Três tipos de projetos:

- tipo I: energia renovável com capacidade máxima de 15 MW;- tipo II: melhoria de eficiência energética – redução até 60 GWh/ano

- tipo III: outras atividades com redução de até 60 kt CO2 eq

- Metodologias mais simples;- Desenvolvidas pelo Conselho Executivo do MDL- Validação e verificação podem ser realizadas pela mesma EOD

MDL

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MDL

MDL de Larga Escala e Pequena Escala

- Período de obtenção de créditos:

- um período fixo de 10 anos sem renovação;

- 7 anos + 2 renovações (máximo total de 21 anos) –

linha de base revisada a cada renovação

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Metodologias

MDL Ilustrado ver.8.0 Julho de 2009

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Ferramentas Metodológicas

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Metodologias

- Grupos:- Energia renovável;- Biomassa;- Gás ou Calor Residuais; - Substituição de Combustível;- Eficiência Energética – lado da demanda;- Eficiência Energética – lado da oferta;- Biocombustível;- Transporte;- Cimento;- N2O;- HFCs, PFCs, HF6

- Outras;

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Metodologias

MDL Ilustrado ver.8.0 Julho de 2009

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MDL Florestal

- Sumidouros de GEE – remoção de emissões

- Restringe-se às atividades de Florestamento e Reflorestamento

- Pequena escala desenvolvidas apenas por comunidades de baixa

renda

- A remoção de emissões promove um armazenamento temporário de

carbono (tendo em vista a vulnerabilidade das florestas a eventos extremos,

pestes, e a própria mudança global do clima)

- Período de obtenção de créditos:

- um período fixo de 30 anos sem renovação;

- 20 anos + 2 renovações (máximo total de 60 anos) – linha de

base revisada a cada renovação

MDL

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Agrupamento de Atividades (Bundling)

- Uma atividade de projeto pde ser composta por diversas unidades menores

- Pode ser de pequena ou larga escala

- Todos os participantes estão no mesmo DCP (Documento de Concepção do

Projeto) e têm o mesmo período de créditos

- Mesma tecnologia, tipo de equipamentos e processos de conversão

- Declaração por escrito:- todos concordam em participar de um só projeto;- indicação de um participante representante do grupo para fins de

comunicação com o Conselho Executivo;

- Uma única EOD para avaliar todo o grupo

MDL

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Programa de Atividades (PoA) ou MDL Programático

- Uma ação voluntária, coordenada por uma entidade pública ou privada que

implementa políticas/medidas ou objetivos estabelecidos.

- Guarda-chuva de atividades de projetos : Incorpora número ilimitado de

atividades programáticas (CPAs) com as mesmas características

- Proposto por uma entidade coordenadora / gerenciadora

- Cada CPA deve ter um DCP próprio (simplificado)

- Mesma metodologia de linha de base e monitoramento

- Mesma tecnologia e mesmo tipo de instalação

- Período de crédito independente para cada CPA , mas o PoA não pode passar

de 28 anos (60 anos para PoAs de FR)

MDL

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Conceitos Fundamentais

MDL

Linha de base Limites do Projeto

Adicionalidade

Metodologia da

Linha de base

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• Linha de Base“cenário que representa de forma plausível as emissões antrópicas por fontes de gases de efeito estufa que ocorreriam na ausência da atividade de projeto proposta” [Modalidades e Procedimentos do MDL (Decisão 3 CMP.1), parágrafo 44]

- Deve cobrir emissões de todos os gases emitidos por setores e fontes dentro

do limite do projeto;

- Abordagem de forma transparente e conservadora, sempre levando em

consideração a incerteza;

- Estabelecido com credibilidade e sem ambigüidades

MDL

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Sistema de Tratamento de dejetos em granjas de suínoswww.cnpsa.embrapa.br/jogos/resuinos/23-h.html

Linha de Base

~ ~ ~~~ ~ ~

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Lagoas anaeróbias em granjas de suínos – emissão de metano

Linha de Base

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• Cenários da Linha de Base- Nem sempre a continuação da atividade atual é o cenário da linha de base

- Diferentes cenários podem ser elaborados como possíveis evoluções da situação existente sem levar em conta a atividade de projeto proposta no âmbito do MDL.

- Para elaborar os cenários, diferentes elementos devem ser levados em consideração.

-Por exemplo, os PPs devem levar em conta as políticas e circunstâncias nacionais/setoriais, os avanços tecnológicos da atualidade, as barreiras aos investimentos, etc.

Linha de Base

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Conceitos Fundamentais

MDL

Linha de base Limites do Projeto

Adicionalidade

Metodologia da

Linha de base

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Limites do Projeto

• Limites do Projeto

“deverão abranger todas as emissões antropogênicas de gases de efeito

de estufa por fontes que estejam sob controle dos participantes do

projeto e que sejam significativas e razoavelmente atribuíveis à atividade

do projeto de MDL“. (3/CMP.1, Anexo, Parágrafo 52).

• Fugas

“são definidas como a mudança líquida de emissões de GEE que ocorra

for a do limite do projeto e que seja mensurável e atribuível à

atividade de projeto do MDL

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Sistema de Tratamento de dejetos em granjas de suínoswww.cnpsa.embrapa.br/jogos/resuinos/23-h.html

Limites do Projeto

~ ~ ~~~ ~ ~

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Biodigestores anaeróbicos

(lagoas cobertas)

Barracões de Animais

Queimadores

Rede Elétrica

Tratamento de efluente

Sistema Bombas

Biogás

Energia consumida pelo

projeto

LIMITE DO PROJETO

CH4

CO2

CO2

Limites do Projeto

Geradores de Eletricidade a

Biogás

(1.8 MW)

CO2

Eletricidade Gerada

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Conceitos Fundamentais

MDL

Linha de base Limites do Projeto

Adicionalidade

Metodologia da

Linha de base

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• Adicionalidade"uma atividade de projeto do MDL será adicional se reduzir as emissões antrópicas de gases de efeito estufa por fontes para níveis inferiores aos que ocorreriam na ausência da atividade de projeto registrada no âmbito do MDL” [M&P do MDL, Decisão 3 CMP. 1 parágrafo 43]

A atividade de projeto não seria executada sem a expectativa dos seus créditos de carbono.

Adicionalidade

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MDL

Conceito de Linha de Base e Adicionalidade

SIM ADICIONAL

Este projeto precisa mesmo do registro do MDL para ultrapassar sua barreira de implantação?

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• Demonstração da Adicionalidade

Análise de Barreiras:- barreiras de investimentos, como dificuldades de acesso às fontes de financiamento;- barreiras tecnológicas, tais como riscos tecnológicos, indisponibilidade da tecnologia na região, falta de pessoal especializado para operação/manutenção, falta de infra-estrutura adequada à tecnologia proposta;- barreiras devido à prática dominante, por exemplo, “o projeto é o primeiro do seu tipo”; e- outras barreiras, preferivelmente especificadas como exemplo na metodologia em uso.

Adicionalidade

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Ferramenta Adicionalidade

1) Alternativas consistentes com leis e regulamentações

2) Análise de investimento – análise de sensibilidade mostra que projeto NÃO é financeiramente atrativo ou o mais atrativo?

3) Análise de barreiras

a) Existe alguma barreira impeça o projeto sem o MDL?

b) Existe pelo menos 1 cenário alternativo, além do projeto de MDL, que não seja impedido por alguma das barreiras identificadas?

4) Análise de prática comum

a) O projeto é o primeiro de sua espécie?

b) Se houver similares, existem diferenças explicáveis entre o projeto de MDL e os similares?

NÃO

SIM

Opcional

SIM

Projeto é adicional Projeto não é adicional

SIM NÃO

NÃO

“Ferramenta para demonstração e avaliação da adicionalidade”

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EXEMPLOS

MDL

Linha de base Limites do Projeto

Adicionalidade

Metodologia da

Linha de base

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• Oportunidade identificada:– Unidades de carbonização tradicionais e de pequena escala localizadas nas

redondezas das plantações para produção de carvão vegetal em Minas Gerais.

• Atividade de Projeto proposta:– Melhoria tecnológica e de processos na produção de carvão vegetal para

aumentar o rendimento gravimétrico e reduzir as emissões de metano.

Emissões FugitivasFonte: Mitigação de Emissões de Metano na Produção de

Carvão Vegetal da Plantar, Brasil – Ref: 1051

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• Metodologia usada – 06mar07:– AM0041: “Mitigação de Emissões de Metano na Atividade de Carbonização

de Madeira para a Produção de Carvão Vegetal”

• Limite do Projeto:– corresponde à área das unidades de carbonização localizadas nas

redondezas das plantações nos municípios de Minas Gerais.

Emissões FugitivasFonte: Mitigação de Emissões de Metano na Produção de

Carvão Vegetal da Plantar, Brasil – Ref: 1051

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• Cenários alternativos:

Emissões FugitivasFonte: Mitigação de Emissões de Metano na Produção de

Carvão Vegetal da Plantar, Brasil – Ref: 1051

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• Cenário de Linha de Base:– Continuação das práticas atuais de produção carvão em unidades de

carbonização tradicionais.

• Adicionalidade demonstrada por:– Barreiras de incentivo– Barreira tecnológica– Prática Comum

Emissões FugitivasFonte: Mitigação de Emissões de Metano na Produção de

Carvão Vegetal da Plantar, Brasil – Ref: 1051

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• Oportunidade identificada:– Indústria de papel e celulose de Minas Gerais, que utiliza vapor em seu

processo industrial gerado em caldeiras a partir da queima de óleo combustível. Caldeiras com longa vida útil.

• Atividade de Projeto proposta:– Substituição das caldeiras por outras que gerem vapor através da

queima de briquetes de biomassa renovável fornecida por terceiros.

• Metodologia usada – 12ago07:– AMS-I.C. v.12– “Energia térmica para o usuário com ou sem eletricidade”

Energia RenovávelFonte: Projeto de Troca de Combustível da INPA – Ref: 2319

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• Cenários alternativos:– 3 alternativas consideradas:

1) A atividade de projeto proposta sem MDL - A instalação de novas caldeiras para usar um combustível renovável (i.e. biomassa), adaptação da operação e nova logística para transportar a biomassa, implementada sem considerar receita de MDL.

2) Continuação da prática atual - O vapor continuará a ser gerado a partir de combustível fóssil (óleo combustível).

3) Instalação de uma nova caldeira queimando um combustível fóssil de pouca intensidade de emissão de carbono (i.e. gás natural). – Descartada como possível cenário por não haver linhas de distribuição de gás natural na região.

Energia RenovávelFonte: Projeto de Troca de Combustível da INPA – Ref: 2319

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Energia RenovávelFonte: Projeto de Troca de Combustível da INPA – Ref: 2319

• Limite do Projeto:– Compreende apenas os galpões que abrigam as antigas caldeiras, as novas

caldeiras e o combustível respectivo de cada (óleo combustível e biomassa).

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Energia RenovávelFonte: Projeto de Troca de Combustível da INPA – Ref: 2319

• Cenário de Linha de Base:– Continuação das práticas atuais de produção de vapor com óleo

combustível

• Adicionalidade demonstrada por:– Barreiras para investimento: sem incentivos, VPL negativo, alto risco.– Barreira tecnológica: incerteza sobre a segurança do fornecimento de

briquetes (poucos fornecedores, empresas informais com pouca capacidade de gerenciamento).

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MDL

Ciclo do Projeto

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Ciclo dos Projetos de MDL

Descrição das Atividadesdo Projeto

Descrição das Atividadesdo Projeto

Conselho ExecutivoConselho Executivode MDL (CDM EB)de MDL (CDM EB)

Conselho ExecutivoConselho Executivode MDL (CDM EB)de MDL (CDM EB)

(1) DCP – Documento de Concepção de Projeto

(4) Validação

(6) Registro das Atividades de Projeto

(7) Monitoramento

(9) Emissão

Entidade Entidade Operacional Operacional

Designada (EOD)Designada (EOD)

Entidade Entidade Operacional Operacional

Designada (EOD)Designada (EOD)

(8) Verificação

ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto

ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto

Autoridade Nacional

Designada (AND)

Autoridade Nacional

Designada (AND)

(5) Carta de Aprovação

Relatório de Monitoramento

ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto

ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto

Entidade Entidade Operacional Operacional

Designada (EOD)Designada (EOD)

Entidade Entidade Operacional Operacional

Designada (EOD)Designada (EOD)

Reduções Reduções Certificadas de Certificadas de Emissão (RCEs)Emissão (RCEs)

Reduções Reduções Certificadas de Certificadas de Emissão (RCEs)Emissão (RCEs)

Relatório de Verificação

Solicitação de Emissão de RCEs

(2) Consulta Pública Local

(3) Consulta Pública Global

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Ciclo do Projeto

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Ciclo dos Projetos de MDL

Elaboração do DCP

Elaboração do DCP

Conselho ExecutivoConselho Executivode MDL (CDM EB)de MDL (CDM EB)

Conselho ExecutivoConselho Executivode MDL (CDM EB)de MDL (CDM EB)

(1) DCP – Documento de Concepção de Projeto

(4) Validação

(6) Registro das Atividades de Projeto

(7) Monitoramento

(9) Emissão

Entidade Entidade Operacional Operacional

Designada (EOD)Designada (EOD)

Entidade Entidade Operacional Operacional

Designada (EOD)Designada (EOD)

(8) Verificação

ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto

ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto

Autoridade Nacional

Designada (AND)

Autoridade Nacional

Designada (AND)

(5) Carta de Aprovação

Relatório de Monitoramento

ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto

ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto

Entidade Entidade Operacional Operacional

Designada (EOD)Designada (EOD)

Entidade Entidade Operacional Operacional

Designada (EOD)Designada (EOD)

Reduções Reduções Certificadas de Certificadas de Emissão (RCEs)Emissão (RCEs)

Reduções Reduções Certificadas de Certificadas de Emissão (RCEs)Emissão (RCEs)

Relatório de Verificação

Solicitação de Emissão de RCEs

(2) Consulta Pública Local

(3) Consulta Pública Global

Processo pelo qual a AND das Partes envolvidas confirmam:- a participação voluntária- a AND do país onde são implementadas as atividades de projeto do MDL atesta que dita atividade contribui para o desenvolvimento sustentável do país.

Processo de avaliação independente de uma atividade de projeto no tocante aos requisitos do MDL, com base no DCP:

- analisa o Documento de Concepção do Projeto (DCP);- visita o empreendimento;- checa a documentação;- solicita alterações e complementações, entre outras

providências, de forma a garantir que a atividade de projeto cumpre a regulamentação do MDL, antes de

- solicitar seu registro ao Conselho ExecutivoNesta etapa, dois aspectos fundamentais são analisados:- aplicabilidade da metodologia escolhida- adicionalidade do projeto.

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Ciclo dos Projetos de MDL

Descrição das Atividadesdo Projeto

Descrição das Atividadesdo Projeto

Conselho ExecutivoConselho Executivode MDL (CDM EB)de MDL (CDM EB)

Conselho ExecutivoConselho Executivode MDL (CDM EB)de MDL (CDM EB)

(1) DCP – Documento de Concepção de Projeto

(4) Validação

(6) Registro das Atividades de Projeto

(7) Monitoramento

(9) Emissão

Entidade Entidade Operacional Operacional

Designada (EOD)Designada (EOD)

Entidade Entidade Operacional Operacional

Designada (EOD)Designada (EOD)

(8) Verificação

ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto

ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto

Autoridade Nacional

Designada (AND)

Autoridade Nacional

Designada (AND)

(5) Carta de Aprovação

Relatório de Monitoramento

ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto

ParticipantesParticipantesdo Projetodo Projeto

Entidade Entidade Operacional Operacional

Designada (EOD)Designada (EOD)

Entidade Entidade Operacional Operacional

Designada (EOD)Designada (EOD)

Reduções Reduções Certificadas de Certificadas de Emissão (RCEs)Emissão (RCEs)

Reduções Reduções Certificadas de Certificadas de Emissão (RCEs)Emissão (RCEs)

Relatório de Verificação

Solicitação de Emissão de RCEs

(2) Consulta Pública Local

(3) Consulta Pública Global

Recolhimento e armazenamento de todos os

dados necessários para calcular as REs de GEE,

de acordo com a metodologia de linha de base

estabelecida no DCP, que tenham ocorrido

dentro dos limites da atividade de projeto e

dentro do período de obtenção de créditos.

Processo de auditoria periódico e independente para revisar os cálculos acerca da RE de GEE conforme o plano de monitoramento presente no DCP.

Esse processo é feito com o intuito de verificar se as reduções de emissões efetivamente ocorreram.

Ocorre quando o Conselho Executivo tem certeza de que todas as etapas de Res de GEE decorrentes das atividades de projeto foram cumpridas.

Assegura que estas reduções de emissões são reais, mensuráveis e de longo prazo.

As RCEs são emitidas pelo Conselho Executivo e creditadas aos participantes de uma atividade de projeto na proporção por eles definida.

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Ciclo do Projeto

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Obrigado!