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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UNESC SCHAIANE CARMINATI MAFIOLETTI ADOÇÃO DE ESTRATÉGIAS E O USO DE TÉCNICAS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2010

MONOGRAFIA

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  • UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC CURSO DE PS-GRADUAO DA UNESC

    SCHAIANE CARMINATI MAFIOLETTI

    ADOO DE ESTRATGIAS E O USO DE TCNICAS DE ANLISE DE INVESTIMENTOS EM MICRO E PEQUENAS

    EMPRESAS

    CRICIMA, NOVEMBRO DE 2010

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    SCHAIANE CARMINATI MAFIOLETTI

    ADOO DE ESTRATGIAS E O USO DE TCNICAS DE ANLISE DE INVESTIMENTOS EM MICRO E PEQUENAS

    EMPRESAS

    Monografia apresentada Diretoria de Ps Graduao da Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESC, para a obteno do ttulo de especialista em Gerencia Financeira.

    Orientador: Prof MSc. Thiago Rocha Fabris

    CRICIUMA, NOVEMBRO DE 2010

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    AGRADECIMENTO

    Agradeo Credisol pela oportunidade oferecida a mim para buscar novos conhecimentos acreditando em meu potencial para com o trabalho e disponibilizando recurso para que isso acontecesse. Destaco tambm, o meu orientador Thiago Fabris, que soube me dar subsdios para a construo deste trabalho e apoio quando sempre precisei.

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    "Um pequeno emprstimo pode mudar a vida de uma famlia. Vrios podem fortalecer a comunidade. Milhares podem transformar uma economia inteira."

    (Organizao das Naes Unidas - ONU)

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    RESUMO

    MAFIOLETTI, Schaiane Carminati. ADOO DE ESTRATGIAS E O USO DE ANLISE DE INVESTIMENTOS OFERECEM ATITUDES PROPCIAS PARA ENFRENTAR UM MERCADO TO COMPETITIVO. Ano 2010.

    Ao buscar recursos atravs de projetos de investimento fundamental considerar todas as variveis e opes que podem ocasionar, ou no, a realizao do mesmo, e ao mesmo tempo, levar para o sucesso ou fracasso do empreendimento. O conhecimento de tcnicas de anlise de investimentos to importante, pois visualiza antes da execuo, se pode ou no estimar a rentabilidade e os riscos de envolvimento para as partes envolvidas no processo do investimento. Existem alguns mtodos tradicionais, que deve ser utilizado para buscar uma consolidao de vantagens competitivas para a empresa. Neste contexto surge necessidade de fazer um estudo sobre os empreendedores que possuem seus negcios, para verificar como andam suas dificuldades em buscar algum recurso com intuito de crescer ou apenas gera dvida pelo fato de no analisar corretamente onde aplicar. O estudo deste trabalho apresenta uma amostra realizada com 283 empreendedores que possuem seu prprio negcio, buscando analisar quais so as dificuldades que surgem e o que impede para o seu crescimento. As informaes foram geradas atravs de um questionrio com 13 perguntas fechadas que atravs das anlises obtidas ressaltou que muitos empreendedores passam por dificuldades. Podemos destacar problemas na adoo de estratgias, driblar a concorrncia, no conhece nenhum mtodo de anlise de investimento como tambm ressaltou a importncia de avaliar o risco e incerteza do negcio, gerao de condies de pagamento quando adquirido recursos em bancos e a procura de apoio e informaes para que possa dar continuidade ao sucesso da empresa. Em resumo os empreendedores devem estar sempre se renovando e buscando formas de inovar o seu negcio atravs de estudos mais criteriosos e busca de mtodos que gere expectativas mais vantajosas para a empresa e sucesso nos seus futuros investimentos.

    Palavras-chaves: Anlise de investimento. Mercado, Estratgias.

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    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1 Processo de investimento ..................................................................... 20 Figura 2 Foras PULL e PUSH............................................................................ 37 Figura 3 Foras Competitivas.............................................................................. 43 Figura 4 Distribuio Geogrfica ......................................................................... 50 Figura 5 Anlise sobre conhecimento do ramo com uso das anlises de investimento ......................................................................................................... 59 Figura 6 Anlise sobre trabalhar com outro produto e a necessidade de buscar recursos................................................................................................................ 60 Figura 7 Anlise em aplicar o recurso com as condies de pagar as parcelas adquiridas............................................................................................................. 61 Figura 8 Anlise em conhecer o risco e a incerteza com o conhecimento do Ramo.................................................................................................................... 62 Figura 9 Anlise para as dificuldades de gerenciamento com o risco e incerteza do negcio................................................................................................................. 63 Figura 10 Anlise para o que impede de crescer com a busca de novos conhecimentos ..................................................................................................... 64 Figura 11 Anlise sobre os mtodos de investimento com as dificuldades encontradas.......................................................................................................... 65.............................................................................................................................

    Figura 12 Anlise sobre o que atrapalha o crescimento e como controla a empresa............................................................................................................................. 66 Figura 13 Anlise sobre trabalhar com outro produto com a busca de adquirir novos conhecimentos.............................................................................. 67 Figura 14 Anlise das dificuldades encontradas com o que atrapalha o crescimento............................................................................................................................. 68 Figura 15 Teste do coeficiente X........................................................................ 69

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1Distribuio Geogrfica.......................................................................... 49

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    SUMRIO

    1 INTRODUO .................................................................................................. 10 1.1 OBJETIVOS ................................................................................................... 11 1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 11 1.1.2 Objetivo Especifico...................................................................................... 11 1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 12 1.4 DIVISO DO TRABALHO .............................................................................. 13 2 FUNDAMENTAO TERICA ........................................................................ 15 2.1 FINANAS CORPORATIVAS........................................................................ 15 2.2 ANLISE DE INVESTIMENTO ...................................................................... 18 2.3 INSTRUMENTO DE TOMADA DE DECISO................................................ 21 2.3.1 Anlises Empresarias.................................................................................. 22 2.3.2 Pay-Back ..................................................................................................... 23 2.3.3 Pay-Back Descontado................................................................................. 24 2.3.4 Valor Presente Lquido................................................................................ 25 2.3.5 Taxa Interna de Retorno.............................................................................. 26 2.3.6 ndice de Lucratividade / Rentabilidade ...................................................... 27 2.3.7 Anlise de Condio de Risco e Incerteza .................................................. 28 2.3.8 Teoria das Opes Reais ............................................................................ 30 2.4 AMBIENTE COMPETITIVO ........................................................................... 31 2.4.1 Estratgias de Inovao.............................................................................. 35 2.4.2 Estratgia de Propaganda e Marketing ....................................................... 38 2.4.3 Estratgia de Negociao ........................................................................... 40 2.4.4 Estratgia de Financiamento....................................................................... 43 2.5 HISTRICO DA CREDISOL .......................................................................... 47 3 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS.......................................................... 54 3.1 TIPO DE PESQUISA...................................................................................... 55 3.2 POPULAO E AMOSTRA........................................................................... 56 3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS .................................................... 57 3.4 CARACTERIZAO DO LOCAL DE ESTUDO ............................................. 57 4 ANLISE DOS RESULTADOS ........................................................................ 58 4.1 RESULTADO DO COEFICIENTE X............................................................... 70 5 CAPTULO 5 ..................................................................................................... 71

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    REFERNCIA ...................................................................................................... 75 ANEXO ................................................................................................................ 77

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    1 INTRODUO

    As pequenas empresas junto com seus empreendedores vm fornecendo contribuies muito especiais para a economia no Brasil como a participao de 20% do PIB nacional conforme informaes do Sebrae (2007). Estas instituies tm alto poder de gerar o bem econmico para a nao e alm do mais agregam valores excepcionais, medida que geram novos empregos, buscam inovaes, estimulam a competio para as grandes empresas a produzirem bens e servios com eficincia. As pequenas empresas oferecem muitas oportunidades que existem hoje no mercado, onde o empreendedor com papel de identificar oportunidades busca algo concreto para que seja bem sucedido no mercado.

    O mundo dos negcios um assunto formado por inmeras variveis, previsveis, imprevisveis, tangveis ou no, tornando isto um problema arriscado e desafiador para o empreendedor. A dificuldade de sobrevivncia das empresas, seja por falta de planejamento, conjuntura econmica, competitividade do mercado, acrescidas de grandes mudanas tecnolgicas nos ltimos anos, ressaltam a importncia do estudo e anlise na tomada de deciso empresarial.

    Num ambiente macroeconmico como o brasileiro, onde as incertezas podem estar presentes, avaliando alteraes econmicas como, variao da taxa de cmbio, taxa de juros, preos de produtos que se alteram com certa frequncia so ferramentas extremamente teis para empresas ou empreendedores que buscam investir em instalaes ou ampliao de seus negcios, em projetos que envolvam tempo de retorno elevado e altos custos para um investidor, visando salientar conhecer e muito o mercado em que se encontra.

    Os empreendedores hoje possuem um grande papel para a economia. Geram emprego e renda para o mercado num todo. Em busca de avaliar o seu desempenho, atravs de um estudo sobre os empreendedores da Credisol viu-se a necessidade de saber se as tcnicas de anlise de investimento esto sendo utilizadas por estes para minimizar os riscos e expandir o valor da empresa?

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    1.1 OBJETIVOS

    Nessa linha de pensamento, foram definidos os seguintes objetivos de pesquisa:

    1.1.1 Objetivo Geral

    Verificar se os empreendedores, clientes da Credisol, utilizam alguma das tcnicas de anlise de investimento como forma de minimizar os riscos envoltos ao investimento e aumentar o valor da empresa.

    1.1.2 Objetivos Especficos

    a) Identificar os mtodos de anlise de investimentos para um investidor; e

    b) Analisar a necessidade de investimento para o negcio; c) Detectar se o empreendedor possui conhecimento em como aplicar o

    investimento; d) Estudar o grau de importncia da competitividade para com o

    empreendimento; e) Visualizar quais mtodos o empreendedor utiliza para se tornar mais

    competitivo; f) Averiguar o conhecimento do empreendedor quanto ao risco e

    incerteza do negcio; g) Conhecer a importncia da finalidade da Credisol para a liberao de

    recursos para os empreendedores.

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    1.3 JUSTIFICATIVA

    O empreendedor nos ltimos tempos vem demonstrando algumas dificuldades em se manter ativo no mercado. Na procura de uma oportunidade para iniciar o seu negcio, o empreendedor demonstra no ter claro as suas objetividades para com o produto e o mercado em que ir atuar. Outro ponto fundamental que prejudica a imagem do empreendedor a inexperincia do ramo, ocasionando assim, problemas financeiros e endividamento da empresa. A causa que mais leva ao fechamento de empresas a falta de experincia gerencial do empreendedor por parte do negcio, ocasionado assim um gerenciamento de baixo padro.

    Diariamente o empreendedor se depara com a necessidade de buscar novos investimentos. A deciso de investir em ativos uma deciso importante, pois impacta no futuro econmico do empreendimento e ao seu meio de atuao. A anlise do resultado positivo de projeto de investimento tem sido um passo de importncia para os empresrios. Nenhuma empresa busca assumir riscos que no possam ser bancados ou que venham afetar os negcios. Devem-se conhecer os riscos que podem ocorrer e projet-los no tempo para evitar situaes que sejam obscuras no futuro.

    Estar atento situao da empresa e tambm a necessidade do mercado so peas chaves para a busca de investimentos. Um bom condicionante para que se realizem investimentos com sucesso, de modo que os resultados excedam os custos fazer um estudo criterioso sobre a real necessidade de se busca alcanar. A anlise de investimentos torna-se fundamental em buscar projetos que atinjam uma margem maior de lucro para a empresa e tambm uma fonte de crescimento.

    As decises de investimentos em projetos, nem sempre, na prtica, so tomadas com a certeza de um bom resultado. O risco se torna fundamental para mensurar somente aqueles problemas que podem ser eliminados, como na variao de preo e na busca de melhor resultado. Observa-se que no mercado de micro e pequenas empresas, muitas delas passam dificuldades em gerenciar o recurso obtido, no possuem controle em como lucrar da melhor forma para ter um retorno maior para o caixa e poder pagar o novo financiamento adquirido.

    O tema escolhido possui a importncia de entender e levar a todos os leitores os motivos que levam os empreendedores ao estado de endividamento e o no cumprimento das metas quando buscam financiamentos. Visa acima de tudo,

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    estudar os mtodos de anlise de investimento que devem ser utilizados pelos empreendedores antes de buscar um novo recurso, onde, deste modo poderia ser uma oportunidade de crescimento para agregar novos valores ao negcio e a busca de aumento no mercado. Todos esto inseridos num ambiente cada vez mais competitivo. Diante disso, as empresas cada vez mais precisam investir em pontos que precisam ser reparados a fim de proporcionar um maior retorno para um mercado to exigente.

    1.4 DIVISO DO TRABALHO

    Este trabalho se inicia atravs de uma breve introduo sobre o tema que ser abordado, o problema, o objetivo geral e especfico que se pretende focar no decorrer deste trabalho. Dando continuidade no assunto, ser abordado o desenvolvimento do trabalho, onde ser detalhado a importncia da anlise de investimento em um empreendimento, avaliando a real necessidade de investimento para com o negcio e quais os motivos que tem levado os empreendimentos ao endividademento.

    Outro ponto a ser debatido sobre finanas corporativas apresentada no captulo 2. Por finanas corporativas entende-se todas as decises da empresa que implique na parte financeira, no sendo de importncia em que rea funcional ser destinado o recurso. Est envolvido sobre como as pessoas buscam recursos que esto escassos ou ficaram devido a problemas que surgiram. A forma de buscar estes recursos seja mercados de aes, debntures, bancos ou mercados de seguros visa alocar o recurso nas empresas para melhorar suas decises e buscar bons resultados para o empreendimento.

    A anlise de decises sobre novos investimentos um grande desafio, pois preciso reduzir ao mximo as chances de prejuzo e incertezas que podem ocorrer. Diante disto, surgem algumas tcnicas para avaliao dos investimentos visando buscar qual delas mais vantajosa e ideal para a situao. Dentre estes mtodos, como VPL (valor presente lquido), Pay back, TIR (taxa interna de retorno), ndice de lucratividade, Anlise de condio de risco e incerteza e Opes reais. Estas so alguns mtodos descritos no captulo 2 que pode orientar e direcionar o modo de melhor aplicar um recurso.

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    Observa-se que mercado onde se encontra as empresas est cada vez mais competitivo. Alm dos mtodos descritos acima, necessrio ainda ter algum diferencial para conseguir driblar os concorrentes. Algumas estratgias como inovao, propaganda e marketing, negociao e de financiamento como sero descritas neste trabalho peas chaves para o bom desempenho e crescimento do empreendimento.

    Com a finalidade de proporcionar uma oportunidade aos empreendedores, a Credisol se destaca como forma de disponibilizar recursos para empreendedores que buscam crescer, iniciar seus empreendimentos ou incrementar os seus negcios. Trabalhando com o setor formal e informal, a forma rpida e diferenciada para apoiar e oferecer seu produto a aqueles que almejam vencer e sanar suas dificuldades.

    No captulo 3 a metodologia da pesquisa envolve o resultado obtido atravs do questionrio fornecido aos empreendedores com o intuito de estudar como andam os seus negcios em frente ao mercado. Com o resultado obtido foi feito grficos que mostram a situao dos empreendedores frente aos assuntos abordados como dificuldades, conhecimento do ramo de atuao, busca de recursos, capacidade de pagamento entre outros que possuem importncia na avaliao para o sucesso do empreendimento.

    No trmino do trabalho, j com a concluso obtida atravs dos questionrios analisados, observa-se que muitos dos empreendedores esto buscando formas de se aprimorar frente ao mercado e tambm aos concorrentes. As anlises realizadas ressaltaram a procura dos empreendedores em aumentar seu leque de produtos, buscar adquirir novos conhecimentos a fim de driblar as suas dificuldades atravs de cursos e informaes tcnicas, e salientando que a muitos empreendedores quando iniciam seus empreendimentos demonstram possuir um bom conhecimento do assunto sobre o seu ramo de trabalho.

    Atravs das anlises obtidas verificou-se como ponto negativo que muitos empreendedores diz no conhecer nenhuma das tcnicas de anlise de investimentos e tambm muitos destes no buscam novas estratgias a fim de melhorar e incrementar o seu negcio. Pontos estratgicos como estes, podem ser peas chaves para o sucesso e a continuidade do negcio.

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    2 FUNDAMENTAO TERICA

    Na elaborao do trabalho se fez necessrio fundamentao do problema a ser estudado. Assim, ser feito uma reviso bibliogrfica criteriosa sobre diversos autores que abordam tal problema, com ajuda de revistas tcnicas e cientficas, artigos de jornais, livros e outros peridicos.

    Diante do tema abordado, neste captulo ser descrito um estudos sobre anlise de investimentos, finanas corporativas, algumas estratgias importantes a ser adotadas para os empreendimentos e o papel da Credisol para um empreendedor buscando da melhor forma um maior retorno com para a empresa ou simplesmente adotar novas ferramentas de administrao para que no prejudique a receita da empresa.

    2.1 FINANAS CORPORATIVAS

    Damodaran (2002) cita que as finanas corporativas podem ser descritas como o estudo das decises que toda empresa precisa tomar. A empresa em questo significa qualquer negcio grande ou pequeno de capital fechado ou aberto e engajado em qualquer tipo de operao.

    Finanas como descrevem Bodie e Merton (1999) o estudo de como buscar recursos escassos ao longo do tempo. Duas caractersticas que se distingue que so os custos e os benefcios quando tomada na deciso financeira esto distribudas ao longo do tempo e no so conhecidas antes por quem toma as decises ou por qualquer outra pessoa.

    Conforme descreve Damodaran (2004) toda disciplina tem seus princpios fundamentais. A disciplina das finanas corporativas construda sobre trs princpios desta natureza, que denominamos o princpio do investimento, o princpio do financiamento e o principio dos dividendos.

    O principio do investimento coloca simplesmente que as empresas devem investir em ativos somente quando esperam obter um retorno maior do que um retorno mnimo aceitvel. Esse retorno, que denominamos taxa de corte, deve refletir se o dinheiro obtido de dvida ou patrimnio liquido e que retornos aqueles que investiram o

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    dinheiro poderiam ter obtido em outro lugar, em investimentos similares.

    O principio do financiamento postula que o mix de dvida e patrimnio lquido escolhido para financiar os investimentos deve maximizar o valor dos investimentos feitos. No contexto da taxa de corte especificada no principio do investimento, escolher um mix de dvida e patrimnio lquido que minimize essa taxa, permite que a empresa faa novos investimentos e aumente o valor de investimentos existentes.

    O princpio do dividendo: Algumas vezes as empresas no conseguem encontrar investimentos que ofeream o retorno mnimo exigido ou a taxa de corte. Se essa insuficincia persiste, as empresas tm de devolver qualquer caixa que geraram para os proprietrios.

    Bodie e Merton (1999) citam que uma primeira deciso que deve se tomar em qual tipo de negcio se deseja trabalhar. A isto se denomina planejamento estratgico. O planejamento estratgico deve envolver a avaliao de custos e de benefcios ao longo do tempo, que em grande parte envolve uma deciso financeira. Os objetivos estratgicos de uma empresa podem mudar com o tempo, s vezes at de forma dramtica. Algumas empresas focam em processos que no parecem estar relacionados entre si. Acabam abandonando a essncia do seu negcio original, de modo que o nome da empresa deixa de ter uma relao com o negcio atual.

    Quando a empresa analisa decises de investimento de capital, ela no deve presumir que esteja enfrentando mercados perfeitos e competitivos. Ela pode ter apenas alguns concorrentes que fabriquem os mesmos produtos ou ento que est na mesma rea geogrfica. bom lembrar que uma boa deciso de financiamento deve gerar um VPL positivo. uma deciso na qual a quantia de caixa que se buscou excedeu o valor do passivo que foi criado como menciona Brealey e Myers (2005).

    Nas finanas corporativas como cita Damodaran (2004) mensuramos o retorno oferecido por um investimento planejado e comparamos com a taxa de corte mnima aceitvel, a fim de avaliar se o projeto vivel ou no. A taxa de corte deve se mostrar mais alta para projetos mais arriscados e deve refletir o mix de

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    financiamentos usado, isto , o valor de recursos dos proprietrios (patrimnio lquido) ou de recursos tomados emprestados (dvida).

    Como mencionam Brealey e Myers (2005, pg. 15): Para conduzir os negcios, as corporaes precisam de uma variedade infinita de ativos reais. Muitos desses ativos so tangveis, como as maquinarias, instalaes e escritrios; outros so intangveis, como a expertise tcnica, marcas registradas e patentes. preciso pagar por todos estes ativos. Para obter o dinheiro necessrio, a corporao vende pedaos de papel chamados de ativos ou ttulos financeiros. [...] Ativos financeiros incluem no apenas os emprstimos bancrios, mas tambm aes, ttulos de dvida e uma variedade estonteante de ttulos diferenciados.

    Damodaran (2004) descreve que as empresas devem fazer duas escolhas amplas em relao ao financiamento. Primeiro, devem selecionar um mix de dvida e patrimnio lquido para financiar seus investimentos. No esquecendo que este mix deve ser timo de dvida e recursos prprios. Em mdia o lado bom de buscar emprstimo a vantagem tributria que resulta do fato de pagamento de juros so deduzidos dos impostos. O lado ruim e perigoso de tomar emprestado que a empresa pode se tornar incapaz de atender estes pagamentos, caso em que os financiadores podem assumir o controle dos ativos.

    Segundo Damodaran (2004): As finanas corporativas no apenas ajudam as empresas a decidir se vo ou no tomar dinheiro emprestado, mas tambm proporcionam uma reflexo sobre que tipo de financiamento uma empresa deve buscar.

    O principio do dividindo conforme Damodaran (2004) diz que uma maneira de recompensar os proprietrios reinvestir os recursos dos proprietrios em novos investimentos para aumentar o valor da empresa e a participao de propriedade no negcio. Quando uma empresa pequena e est diante de uma oportunidade de investimento atraente, recursos que estejam disponveis devem ser reinvestidos na empresa. H um estgio em todo ciclo de vida que a empresa, no fluxo de caixa gerado pelos investimentos existentes maior do que os recursos necessrios para fazer bons investimentos (aqueles que conseguem retornos que excedem a taxa de corte). Neste momento a empresa deve encontrar formas de devolver sobras de caixa aos proprietrios.

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    2.2 ANLISE DE INVESTIMENTO

    Filho e Kopittke (2000) descrevem que definir projetos de investimento em uma empresa consiste na anlise da situao atual e das ameaas e oportunidades futuras, visando formulao de estratgias como a busca de investimentos para que fornea resultados otimizados e diminua os riscos de fechamento para a busca de uma melhor competitividade neste mercado globalizado. O empreendedor est sempre procurando maximizar a riqueza dos proprietrios das empresas e atento s sinalizaes da economia e adoo de ferramentas cada vez mais eficientes para controle de riscos ao projeto de novos recursos.

    Segundo Groppelli e Nikbakht (2002) a anlise financeira fornece os meios de tomar decises de investimento flexveis e corretas no melhor momento e tambm mais vantajoso. Quando os empreendedores so bem sucedidos, contribuem ainda mais em melhorar o valor do patrimnio da empresa.

    Bernstein e Damodaran (2000) descrevem que o investimento no um caminho suave e encantador para a riqueza: uma estrada acidentada e requer persistncia e continuidade dos objetivos. Analisar as taxas de retorno de longo prazo e ajustar-se ao tempo (durao) do mercado obrigatrio para estes que buscar financiamentos para investir em seus empreendimentos.

    Conforme Helfert (2000) O princpio da anlise de investimento investir em projetos que ofeream um retorno maior do que a taxa de corte mnima aceitvel. Deve-se escolher um mix de financiamentos que maximize o valor da empresa ou que seja compatvel com os ativos financiados. Se no obtiver os investimentos suficientes para cobrir a taxa de corte, procurar devolver os recursos em dividendos ou de outra forma.

    Helfert (2000) destaca que: O investimento a fora motriz bsica da atividade empresarial. a fonte de crescimento que sustenta as estratgias competitivas explicitas da administrao e, normalmente, est baseado em planos (oramentos de capital) comprometidos com fundos novos ou j existentes, destinados a trs reas principais: Capital de giro; Ativos fsicos e Programas de gastos principais.

    Bernstein e Damodaran (2000) citam que a mudana a nica constante do investidor. A estratgia do investimento se adaptar mudana: monitorar o cliente, perspectiva do retorno de investimento e risco que o mercado oferece e controlar as

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    vendas para acomodar a mudana. A estratgia de investimento depende de uma tenso essencial: o custo para se fazer este investimento e do custo da oportunidade de no negociar. A essncia de uma boa administrao est na resposta adequada entre buscar investir para melhorar ou continuar como est.

    Segundo Filho e Kopittke (2000) descreve que ao instalar uma nova fbrica, comprar equipamentos ou alugar uma mquina, isto , fazer um investimento, uma empresa deve fazer um estudo da viabilidade do mesmo. Num primeiro momento deve-se perguntar se o investimento rentvel, qual pode render mais e de maneira que se obtenha um maior retorno. Os investimentos que so mais rentveis devero ser analisados de acordo com os critrios financeiros, mostrando os efeitos na situao real da empresa, como exemplo, como ir o investimento afetar o capital de giro da empresa.

    Groppelli e Nikbakht (2002) ressaltam que o planejamento para obter os melhores resultados deve ser flexvel, permitindo estratgias alternativas para substituir os planos existentes quando os desdobres econmicos e financeiros divergirem dos esperados. Alm do mais, o planejamento financeiro envolve o ajuste adequado dos investimentos a fim de evitar expanso excessiva e uso ineficiente dos recursos.

    Conforme Groppelli e Nikbakht (2002, P. 320) diz que: Planejamento financeiro refere-se ao processo de estimar as necessidades futuras de financiamento e identificar como os fundos anteriores foram financiados e os propsitos em que foram gastos. Com planejamento e controle, a administrao pode avaliar se os padres existentes de financiamento e os fundos gastos so coerentes com as metas gerais da empresa. Tanto os prazos como os montantes de fundos necessrios podem ser determinados por meio de tcnicas de planejamento.

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    Sistema tributrio

    Viso sobre:Aes Ativos Reais * Inflao

    Pases: * Taxas* Crescimento

    2.Qual o retorno obtido pelo administrador da carteira?3.O administrador da carteira fica abaixo o acima

    Durao Seleo de aes

    Operao* Quantas vezes negocia?

    * Qual o tamanho dos negcios?* Voc usa derivativos para administrar ou minimizar riscos?

    Exigido*Impacto no preo

    Avaliao do desempenho1.Quanto risco o administrador da carteira assume?

    Seleo de valores mobiliriosQuais aes? Quais ttulos? Quais ativos reais?

    Alocao de ativosTtulos

    EstrangeirosO prprio

    Tipos de ativos:

    O cliente

    Horizonte de investimentosSituao tributria

    *Comparaes

    Funes utilidade

    Viso dos mercados

    Velocidade da transao

    Tolerncia / Averso ao risco

    *TcnicasCustos de transao*Comisses*Ofertas/ Spread

    Informao particular

    Avaliao baseada em:* Fluxos de caixa Eficincia do mercado:

    *Voc pode superar o mercado?

    Risco e retorno:*Medindo o risco*Efeitos da diversificao

    Sistemas de transao:*Como o investimento afeta preos?

    Modelos de risco*O CAPM*O APM

    Figura 1: Processo de investimento Fonte: Damodaran (2000, p 175)

    Damodaran (2000) descreve a figura acima sobre a importncia do investimento, onde preciso conhecer o cliente e os riscos que envolvem numa operao de financiamento. Deve mensurar os custos quanto s aes, taxas e crescimento do mercado. A avaliao do desempenho como retorno e durao exige um estudo de mercado para no ocorrer uma diversificao dos resultados e perca no ativo da empresa.

    De acordo com Damodaran (2000) quem seleciona passivamente ou escolhe aleatoriamente investir dentro de cada tipo de ativo ou segue uma estratgia de diversificao de investimento dentro de cada tipo, no busca mais superar o mercado, mas sim, ganhar um retorno mensurvel com o risco que est envolvido.

    O mesmo autor destaca que, como investidores gostaramos de ter a capacidade de captar o melhor momento do mercado, pois assim ficaramos livres da responsabilidade de escolher bem aonde investir, Dadas as dificuldades do momento do mercado contudo, temos de escolher criteriosamente dentro de cada tipo de ativos para obter os retornos excedentes que procuramos com avidez.

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    2.3 INSTRUMENTO DE TOMADA DE DECISO

    Helfert (2000) descreve que o grande desafio de um investimento consiste em definir, alternativas de investimento e tentar adivinhar quais seriam as conseqncias, reduzindo a termos monetrios, referindo-se a um instante de referncia temporal e calculando o valor do dinheiro no tempo.

    Como cita Motta e Calba (2002) um mesmo objetivo pode ser utilizado de vrias maneiras. Neste mundo competitivo e globalizado em que vivemos, obter sucesso para quem souber alcanar o objetivo da melhor maneira e mais econmica, ou ainda, para o mesmo nvel de investimento, buscar a maior rentabilidade seja o investidor ou a empresa.

    A deciso de investir como cita Helfert (2000) so indicaes principais do sistema financeiro empresarial. Com o resultado de bons investimentos que implementam as estratgias para a gerao de valor ao empreendedor, visando que deve ser avaliado com critrios e com mtodos pertinentes. Se uma avaliao envolver recursos para instalaes novas, projetos de pesquisa e desenvolvimento, programa de marketing, capital de giro, exige-se um estudo detalhado entre os recursos que esto sendo aplicados neste momento e a expectativa das vantagens que vo acontecer num caixa futuro.

    Damodaran (2002) descreve que a anlise de investimento diz respeito a quais projetos pode ser aceitos e rejeitados. Um projeto analisado no oramento do capital tem trs critrios: (1) custo inicial, (2) fluxos de caixa por um perodo de tempo especfico e (3) um valor residual ao final que indique o valor dos ativos do projeto quando ele termina. Estes dados, sem dvida formam pontos chaves para as tomadas de decises de investimento. Se referir a um projeto em uma forma mais ampla para incluir qualquer deciso que venha utilizar recursos escassos de uma empresa, ento, tudo, desde decises estratgicas de aquisies at decises simples como a compra de um ar-condicionado entram para a anlise.

    Segundo Brealey & Myers (2006) cita que: Mesmo que risco do projeto seja totalmente diversificvel, voc ainda precisa compreender porque o empreendimento poderia fracassar. Uma vez que voc souber isso, poder decidir se vale a pena tentar resolver a incerteza. Talvez uma despesa adicional em pesquisa de mercado esclarea aquelas dvidas sobre aceitao de consumidores, Se o projeto realmente tiver um VPL negativo, quanto antes consegui-lo identific-lo, melhor.

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    O ambiente competitivo como mencionam os autores acima tem feito com que as empresas busquem maneiras rpidas para se enquadrar s mudanas, procurando investir em projetos que venham a criar um plus. Quando e como diversificar? Qual o momento certo para investir e qual o custo de uma oportunidade? Pode-se iniciar um projeto com baixo VPL? Qual o melhor cenrio? Qual o momento certo para abandonar ou apenas interromper um negcio? Perguntas como estas, devem ser feitas diariamente pelos empresrios e empreendedores que buscam competir de uma maneira crescente frente aos novos mercados.

    Helfert (2000) diz que Investimentos em terrenos, equipamentos, desenvolvimento de produtos, capacitao de colaboradores, programas de marketing entre outros recursos que trazem lucros econmicos futuros devem ser a pergunta diria de estratgia da empresa. As alternativas para investimentos sempre deve ser refletidas visando o rumo que ela deseja seguir, considerando:

    condies econmicas esperadas; perspectivas da empresa dentro do setor especfico ou segmento de

    negcios; posio competitiva da empresa; competncias essenciais da empresa.

    Devido a isto, o uso de tcnicas tradicionais de avaliao de investimento ressalta a importncia como um procedimento para a consolidao de vantagens mais competitivas. Abaixo apresenta-se alguns mtodos que devem ser utilizados pelos empreendedores para se analisar de uma melhor forma a situao de suas empresas buscando sempre o melhor resultado.

    2.3.1 Anlises Empresariais

    Como descreve Helfert (2000) gerentes ou analistas que estudam vrios tipos de anlises financeiras, fazem isso, simplesmente por um propsito, buscar a melhoria para a empresa. Durante o processo de anlise, so trabalhados demonstrativos financeiros, anlises especiais, bancos de dados e outras fontes de informaes sobre o negcio, para buscar julgamentos razoveis sobre o resultado

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    do passado, as condies em que se encontram hoje e as perspectivas de uma empresa e a eficincia de sua administrao.

    Existe quase um leque de investimentos empresariais que est disponvel para a maioria das empresas. As empresas buscam investir em novas instalaes para expanso esperando que seus lucros adicionais cresam e tornem o investimento economicamente rentvel. Tambm pode-se modernizar as instalaes em operaes antigas, buscando melhorar a imagem e melhorias no produto, a fim de buscar uma melhor relao entre custo e benefcio como cita Helfert (2000).

    Como descreve Groppelli e Nikbakht (1998): Para serem bem-sucedidos, os administradores financeiros tem que se envolver com as mudanas que ocorrem constantemente no campo das finanas. Eles devem adotar mtodos mais sofisticados para poderem planejar melhor em um clima crescente de competitividade. Eles precisam se envolver efetivamente com as mudanas que ocorrem dentro e fora da empresa. Em poucas palavras, os administradores financeiros so responsveis pelo reconhecimento e respostas aos fatores de mudanas em todos os ambientes, sejam eles, privados, pblicos ou financeiros.

    Desta forma, existem algumas estratgias empresariais que devem ser adotadas pelos empreendedores quando buscam tomar algumas decises para expandir seus negcios a fim de melhorar a situao de seus negcios. Uma anlise criteriosa sobre a situao do mercado, estudo sobre disponibilidade de recursos, a adequao do tempo e atividades, a escolha certa do produto e uma boa estratgia de propaganda e marketing so pontos-chaves para que possam conduzir melhor as decises sobre o futuro negcio buscando atingir melhores resultados frente a uma atividade econmica que se mostra to competitiva e perigosa nos dias de hoje.

    Abaixo sero detalhadas algumas estratgias, onde o empreendedor deve conhecer e expandir ainda mais seus conhecimentos buscando como resultado, tornar flexveis e corretas as suas decises.

    2.3.2 Pay-Back

    Como descreve Droms e Procianoy (2002) o PayBack, uma tcnica de oramento de capital largamente utilizada por pequenas empresas, mas dificilmente usada em grandes corporaes. Esse mtodo tem grande fama devido a sua simplicidade de sua regra para a deciso e sua sensibilidade escassez de

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    capital, um grande fator para as pequenas empresas. Ele trabalha com perodos necessrios para recuperar o valor do investimento feito.

    Motta e Calba (2002) falam que Payback, ou payout utilizado como referncia para julgar a atratividade relativa das reais opes de investimento. Pode ser encarado com reservas, apenas como um indicador, e no servindo para seleo entre alternativas de investimento. O payback uma das alternativas populares como o VPL. Sua vantagem principal que leva em conta o tempo do investimento e como resultado uma metodologia mais apropriada para ambientes com maior risco elevado.

    As pessoas, inclusive as que no possuem muito conhecimento em finanas, usam constantemente este mtodo para fazer os clculos e a frmula a seguinte, descrita por Motta e Calba (2002):

    Payback = Valor do investimento / Valor do fluxo peridico esperado

    Embora seja uma regra muito simples de aplicar, um mtodo muito pobre para dar suporte busca de recursos de capital escassos, devido a duas fortes razes. Primeiro, o payback ignora o valor do dinheiro no tempo. Segundo, ele tambm ignora os fluxos de caixa esperados para alm do perodo de retorno.

    Buscando superar essa falha, a utilizao das tcnicas do VPL e da TIR tem se tornado o procedimento-padro para a avaliao de projetos de oramento de capitais como descrevem Droms e Procianoy (2002).

    2.3.3 Pay-Back Descontado

    Embora o exemplo acima seja o mais utilizado, pode-se dizer que ele um tanto simplificado. Outro fato a ser levado em conta de que nem sempre os fluxos so constantes. Assim, esta opo revela algumas fraquezas dos mtodos de anlises de investimentos. O VPL juntamente como o Payback tem algumas limitaes que algumas delas seriam, mencionadas pelo site www.financasnaweb.com.br:

    Ter o enfoque total na varivel tempo, no se preocupando com os possveis fluxos de caixa aps recuperar o investimento;

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    No analisa os fluxos de caixa adequadamente, pois se h sobras isso no tem importncia;

    Determinar o perodo de Payback pode ser um tanto eventual, pois para que seja o desejado pode incorrer em taxas de juros que no seriam apropriadas no mercado.

    O Payback Descontado como cita Motta e Calba (2002) pode ser analisado de duas formas, que seria a primeira em Acumular o Valor Presente em cada ano do projeto, onde acumulado o valor presente desse ano com os valores presentes de todos os capitais do fluxo de caixa do mesmo ano e o Saldo do Projeto com aumento anual dos juros, onde em cada ano, ser adicionado os juros sobre o saldo do projeto do ano anterior e o retorno do ano.

    2.3.4 Valor Presente Lquido

    Conforme Filho e Kopittke (2000) o valor presente lquido (VPL), tambm conhecido como valor atual lquido (VAL) a frmula matemtica-financeira de se determinar o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o custo do investimento inicial. Em resumo, o clculo de quanto os futuros pagamentos somado a um custo inicial estariam valendo nos dias de hoje.

    Droms e Procianoy (2002) falam que o valor presente lquido (net present value NPV) para a seleo de projetos de oramento de capital comumente chamado de fluxo de caixa descontado (FCD). O mtodo do VPL compara o valor presente futuro ((present value of benefits PVB) esperados de um projeto com o valor presente de custo (present value of costs PVc) esperado do projeto. Se o VPL positivo, ou seja, se o valor presente dos benefcios excede o valor presente dos custos, o projeto deve ser aceito. Se caso ocorrer o contrrio, VPL negativo, o projeto deve ser rejeitado. Em resumo:

    (1)

    Onde NPV = valor presente lquido PVB = valor presente dos benefcios PVC = valor presente dos custos

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    Se NPV > 0, o projeto deve ser aceito Se NPV < 0, o projeto deve ser rejeitado O valor presente de ambos os casos, pode ser calculado pela seguinte frmula:

    (2)

    Onde PV= valor presente do montante Vn a ser recebido n perodos no futuro e r= taxa de desconto no perodo.

    Brealey e Myers (2005) citam que embora seja necessrio separar as decises de investimento e financiamento, existem semelhanas em comum nos critrios para tom-las. As decises em comprar uma ferramenta da mquina ou vender uma obrigao acabam envolvendo a valorizao de um ativo de risco. O fato de um ativo real e o outro e o outro financeiro no tem importncia. Em ambos os casos, acabamos calculando o VPL, valor presente lquido.

    2.3.5 Taxa Interna de Retorno

    A taxa interna de retorno (TIR), ou IRR (Internal Rate of Return), a taxa necessria de um investimento (valor presente) com os seus respectivos retornos futuros ou saldos de caixa. Sendo muito usada em anlise de investimentos ressalta sobre a taxa de retorno de um projeto como cita Motta e Calba (2002).

    Segundo Droms e Procianoy (2002) TIR normalmente calculada em adio ao calculo do VPL. A TIR a taxa que faz o VPL de um projeto ser igual a zero.

    (3)

    Motta e Calba (2002) citam que a TIR um ndice relativo que mede a rentabilidade dos investimentos por unidade de tempo, avaliando que para isso, haja receitas envolvidas, assim como tambm investimentos.

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    2.3.6 ndice de Lucratividade / Rentabilidade

    O mtodo do ndice de lucratividade (profitability index PI) compara o valor presente das entradas de caixa futuros com investimento inicial em um projeto. Este mtodo, apenas para projetos que mostram ndices de lucratividade acima ou igual a 1 para ser aceitos. Deste modo, o resultado encontrado atravs do valor presente lquido e da anlise de investimento, onde deve ser tomadas algumas precaues quanto a taxa de desconto utilizada para se calcular o valor presente dos fluxos de caixa conforme o site www.igf.com.br.

    Segundo Droms e Procianoy (2002) o ndice de lucratividade (profitability index PI), tambm conhecido como custo/benefcio, uma medida adicional no oramento de capital. O PI calculado pela razo entre o valor presente dos benefcios de um investimento e o custo desse investimento, ou o valor presente dos custos, se algum desembolso ocorrer aps as sadas iniciais. A frmula :

    (4)

    Como citam Droms e Procianoy (2002), todos os projetos que estiverem um PI maior que 1,0 podem ser aceitos. Esta simples medida muito til quando se faz comparao direta entre vrios projetos exclusivos e com diferentes custos. O ndice de rentabilidade permite uma comparao com os projetos em termos de valor presente dos benefcios por unidade de custo. O projeto que conter o PI mais elevado deve ser o escolhido.

    Droms e Procianoy (2002) dizem que: Quando o PI usado como um esquema de seleo, as decises de investimentos nele baseadas sero as mesmas que as baseadas no NPV; todos os projetos com o NPV positivo tm um PI maior que 1, portanto, so aceitveis. Os projetos como um PI inferior a 1 so rejeitados.

    No podemos deixar de mencionar que sobre os mtodos do PI e VPL que apesar das suas tcnicas, na maioria das vezes leva a mesma deciso principal, como aceitar ou rejeitar um projeto em questo, elas sempre vislumbram projetos alternativos em seqncias diferentes. O VPL e o PI so mtodos seguros para avaliar ou comparar um ou mais projetos. O mtodo em questo, PI serve para

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    comparar as quantias, e ser avaliado na forma de uma proporo como cita Groppelli & Nikbakht (1998).

    2.3.7 Anlise de Condio de Risco e Incerteza

    Como cita Motta e Calba (2002), uma tomada de deciso seja qual for o setor da atividade humana, esto sujeitos a incertezas. Decises que esto ligadas com aleatoriedade aos fenmenos e eventos podem ocorrer pelo fato de que erros cometidos como medies estatsticas, julgamento subjetivo entre outros pode causar imprecises quanto ao entendimento, variabilidade dos valores no tempo e espao, discordncia de opinies entre um grupo de especialistas, mostrando que desse modo, as incertezas geram e implicam em riscos.

    Conforme Motta e Calba (2002) todas as decises de investimentos so tomadas em um ambiente de incerteza. No existe tcnica matemtica ou estatstica para reduzir ou acabar com qualquer dvida que surja. Mas, algumas tcnicas podem definir o risco mais especificado ou por meio de julgamento pessoal. Inicialmente, o assunto tambm no enfoca apenas em investir ou no, mas envolve tambm as incertezas especficas. Tais incerteza, para um projeto de investimento, podem estar relacionados a:

    receitas (preos, volume de vendas); custos operacionais; investimento de capital; custo de capital (juros); performance de instalaes industriais/equipamentos; inflao, desvalorizao cambial etc.

    Droms e Procianoy (2002) dizem que o resultado de quase toda decises de negcio so cercados por algum grau de incerteza, e as decises de oramento de capital no ficam de fora. Na prtica, a incerteza vem sendo tratada pelo mecanismo de atribuir taxas de descontos mais altas para os projetos mais arriscados. Assim, por exemplo, se o projeto A e B esto sendo avaliados, e o projeto B demonstra ser mais arriscado que o projeto A, nele ser utilizado uma taxa maior.

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    O conceito de risco aparece normalmente devido a percepo de incerteza sobre o futuro, est ligado com a incapacidade de saber o que o futuro nos reserva caso a deciso deva ser tomada no presente. O risco envolve na existncia de mais de um resultado possvel para uma dada ao, descrevem Motta e Calba (2002).

    Brealey & Myers (2006) destacam que: Investidores inteligentes no assumem riscos por brincadeira. Eles esto lidando com dinheiro de verdade. Assim, exigem um retorno mais alto da carteira de mercado do que das letras do tesouro.

    Primeiramente, Motta e Calba (2002) dizem que o risco pode ser objetivo ou subjetivo. No lanamento de uma moeda, sabe-se que a chance de dar 50% cara e 50% coroa. Esse o conceito de probabilidade, o limite numrico, expresso em porcentagem e pode ser repetido infinitas vezes. Apesar de o resultado ser incerto, um risco objetivo pode ser baseado em teoria, experimentao ou senso prtico. A descrio de um risco subjetivo fica em aberto, no sentido que sempre podem ocorrer novas estimativas com novas informaes, mais estudos ou valorizando a opinio de outras pessoas. Na sua maioria, os riscos so subjetivos, o que implica que para qualquer anlise riscos se tome decises baseadas em incertezas.

    Damodaran (2004) descreve que em finanas, a definio de risco diferente e mais ampla. O risco, passa a ser a probabilidade de recebermos como retorno de um investimento feito algo inesperado. Desse modo, o risco no inclui somente os resultados ruins, mais baixo que o esperado, mas tambm, resultados bons, ou seja, mais alto do que esperado. Ambos so levados em considerao quando falamos em riscos.

    Em termos de probabilidade e estatsticas, Motta e Calba (2002) descrevem que o risco se relaciona com:

    probabilidades; distribuio de probabilidades; varincia; desvio-padro; e correlao entre dois ttulos individuais, que indica quanto a tendncia

    de um ttulo influi no outro. Em sntese, a incerteza a qualidade ou estado incerto, falta de certeza,

    dvida que se surge sobre alguma coisa. E o risco a possibilidade de danos fsicos

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    ou materiais, a perda, a probabilidade de perda, o valor de uma perda possvel. Como descrevem Droms e Procianoy (2002).

    2.3.8 Teoria das Opes Reais

    Conforme (Santos, 2001; Santos; Pamplona, 2005) citado no site www.abepro.org.br/enegep06, as empresas esto cada vez mais presentes em um cenrio de alto grau de competitividade, resultante de mudanas e incertezas criadas pelo mercado. medida que novas informaes comeam a ganhar destaque, as incertezas sobre os cenrios e os fluxos de caixa comeam a ganhar mais sentido, oferecendo uma maior flexibilidade no sentido de alterar a estratgia operacional a fim de obter lucros ou a diminuio de perdas. A expanso, o adiamento, o abandono e tambm como alterao de alguma informao no projeto so algumas alteraes que podem ser realizadas ao longo do desenvolvimento do mesmo. So essas possveis variveis que envolvem o projeto real que constituem as chamadas Opes de Flexibilidade Gerencial ou Opes Reais.

    Brealey & Myers (2006) citam em seu livro quatro opes reais comuns e importantes nos projetos de investimento:

    A opo para fazer investimentos posteriores se o projeto de investimento imediato tiver sucesso;

    A opo de abandonar o projeto; A opo de esperar (e aprender) antes de investir; A opo de variar a produo da empresa ou seus mtodos de

    produo.

    Tais opes reais descritas acima pelo mesmo autor permitem que os gerentes adicionem valor e conhecimento as suas empresas, buscando expandir seu negcio ou diminuir a chance da perda. Os gerentes normalmente no trabalham com o termo opo para descrever uma oportunidade, trabalham s vezes, com termo intangvel, em vez de compra e venda. Mas quando revisa o assunto novamente sobre as propostas de investimentos de capital, essas opes intangveis so normalmente a chave para o sucesso.

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    A Teoria das Opes Reais citada por Droms e Procianoy (2002) surge para preencher a lacuna que faltava nas finanas, adaptando o VPL tradicional, tambm conhecido como esttico ou passivo no contexto da flexibilidade gerencial. Isso faz que se adicione o valor da opo da flexibilidade gerencial ao VPL tradicional, obtendo o chamado VPL expandido. Portanto, o VPL expandido leva em considerao o valor que a flexibilidade gerencial agregue ao projeto. Para que um projeto seja aceito, necessrio que o VPL expandido seja positivo. Sua frmula seria:

    (5)

    O estudo da frmula acima demonstra que diferentemente dos mtodos utilizados normalmente, projetos podem ser aceitos mesmo possuindo VPL s negativos. Isso porque, o valor agregado pela opo de flexibilidade (valor da opo) pode ser to alto, a ponto de tornar o VPL s estticos negativos e VPL s expandidos positivos. Mesmo que o investimento que seja realizado em um projeto no seja interessante (VPL esttico negativo) existe a possibilidade de adiar esse projeto para torn-lo lucrativo adiante, resultado seria em aumentar os preos do produto que ser produzido pelo projeto em questo.

    A teoria das opes reais (TOR) utilizada para avaliar ativos reais, aqueles ativos que no vem a ser negociados no mercado financeiro. Pode ser utilizado na avaliao de projetos de investimentos de capitais, propriedade intelectual, avaliao de terras e na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos como cita o site www.abepro.org.br.

    2.4 AMBIENTE COMPETITIVO

    Carvalho e Laurindo (2007) descrevem que ao analisar qualquer jogo, vemos que a estratgia competitiva est em dominar e conhecer com clareza as regras e os outros jogadores para se ter sucesso. Mas, em um ambiente competitivo real como o nosso mercado, as regras nem sempre so claras e mudam to rapidamente, necessitando de respostas geis, onde, cada vez mais, se dificulta o conhecimento dos movimentos dos principais adversrios.

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    Hoje em dia, inovao competio baseada no tempo. Gerentes de empresas importantes esto refazendo seus padres de desempenho, passando de custo e qualidade competitiva para custos, qualidade e responsabilidade. Fornecem aos cliente o que eles precisam e quando necessitam. Esta nova viso est permitindo que inovadores novos se tornem concorrentes baseados no tempo. Concorrentes que realizam estratgias desse modo esto oferecendo maior variedade de produtos e servios a custos mais baixos e menos tempo comparado com seus competidores. Ao realizar esta proeza, est se fechando o circulo em redor dos concorrentes que esto bem mais vagarosos como cita Stalk e Hout (1993).

    Segundo Kupfer e Hasenclever (2002, p. 428) diz que: O mercado pensado como um espao abstrato no qual se definem preos e quantidades das mercadorias transacionadas por consumidores (demanda) e empresas (oferta). Em cada mercado vigora um dado padro de concorrncia definido a partir da interao entre as caractersticas estruturais dominantes e as condutas praticadas pelas empresas que nele atuam. A definio do padro de concorrncia vigente em cada mercado apresenta uma intensa controvrsia ainda no estabilizada em economia industrial.

    Carvalho e Laurindo (2007) dizem que preciso, manter canais fortes de contato e acompanhamento das mudanas que acontecem num ambiente competitivo, sempre monitorando e acompanhando as novas tendncias. As alteraes no ambiente podem ser originadas de tecnologias emergentes, necessidade da sociedade, e por conseqncia, na demanda dos clientes, ou ainda no resultado de movimentos dos concorrentes no mercado.

    Zogbi (2008) diz que hoje para ser competitivo em qualquer mercado ou em uma situao social, preciso sempre inovar. A gesto da inovao auxilia para que a inovao que se almeja acontece em um mximo de aproveitamento e o impacto seja mnimo em erros e riscos para com o negcio. O empresrio e um colaborador devem se encaixar em querer buscar a inovao, em maior ou em menor grau a fim de continuar competindo no decorrer da vida profissional. Destacam-se alguns princpios que so importantes: 1. Tendncia Cada vez acontece num perodo muito mais curto. A populao explodiu no ultimo sculo. H hoje muitas pessoas produzindo inovaes e tornando-as viveis. A tecnologia est num ritmo acelerado, muitas pessoas esto

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    envolvidas cada vez mais. As tendncias fazem surgir novidades, que rapidamente geram outras tendncias e assim segue mostrando que cada vez os ciclos esto mais curtos e a competitividade precisa ser estudada. 2. Dinmica de mercado Apesar de acompanharmos as tendncias e buscarmos informaes em todos os ngulos e meios possveis, o volume de informao tanta que no conseguimos absorver e entender todas. preciso lidar com todas estas informaes sem entrar em pnico e acreditar que capaz de realizar qualquer coisa. Tudo uma questo de orientao, conhecimento e preparo para com a inovao. 3. Competitividade Est cada vez mais acirrada. Ao medir nossa margem de lucro ou o que temos que ceder para viabilizar o negcio, entendemos como est mais difcil em atingir nossas metas e expectativas. Sempre surge algum ou alguma empresa fazendo algo novo e melhor por um preo menor. S com novas inovaes que surgem novas oportunidades. Diferenciar inovar, deve-se buscar originalidade, mas sem dar um tiro no escuro. 4. Globalizao - Muda todo sentido de atuao dos negcios. O cliente pode estar a 180 de distncia, voc pode ganhar dinheiro com isso. Mas quando menos espera algum pode surgir e roubar sua oportunidade de negcio. Hoje, nosso endereo o globo, temos uma rede global a nosso favor, muito mercado a descobrir. No uma questo de opo uma questo atual, precisamos estar sempre conectados para competir.

    Conforme Kupfer e Hasenclever (2002) fala que os modelos tradicionais de anlise microeconmica que se limitam ao conceito marshalliano a cada tipo de mercado limitado, isto , a concorrncia em funo do nmero e do tamanho das diversas empresas que formam cada indstria. A essa denominao, conhecida como concorrncia real ope-se a noo de concorrncia potencial.

    Concorrncia potencial est ligada a competio por lucros entre empresas j existentes ou novas empresas interessadas em iniciar operaes com estas j existentes conhecidas tambm como empresas entrantes.

    Como resultado, Kupfer e Hasenclever (2002) tratam que a concorrncia vista como um processo dinmico, de livre entrada e sada de capitais da indstria, avaliando a economia como um todo, pela capacidade de igualar as taxas de lucro. A mobilidade entre indstrias dos capitais a fora econmica determinante da

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    dinmica dos mercados, como resultado as ligaes entre as empresas no processo econmico devem ser a base para a teoria na deciso de preos e de produo.

    Simonsen (1979) vem a complementar sobre as teorias da concorrncia perfeita e imperfeita. A concorrncia perfeita trabalha com a teoria de que se admite que cada empresa busque sempre maximizar seu lucro. Ressalta que em primeiro lugar o lucro um objetivo econmico natural, em segundo porque esse objetivo no entra em conflito com outras ambies que o empresrio possa ter e em terceiro lugar, no existe conflito entre as polticas de maximizao dos lucros em curto e longo prazo. Os lucros neste regime so bastante moderados e quem no busca maximizar, est se arriscando ser eliminado de uma maneira por seleo natural.

    Conforme Simonsen (1979, p. 3) cita que um produto vendido em concorrncia perfeita quando:

    O mercado composto de um grande nmero de empresas vendedoras, todas elas relativamente pequenas e agindo independentemente, de modo que nenhuma possa afetar isoladamente o preo do mercado;

    O produto homogneo e os compradores no distinguem os vendedores por nenhum critrio de preferncia que no seja o do preo;

    H perfeita informao no mercado; livre o acesso de qualquer empresa produo do bem.

    Na concorrncia perfeita, os preos dos produtos seriam exgenos. De modo que os empresrios com facilidade poderiam calcular, em cada nvel de produo, a diferena entre a sua receita e os custos variveis. Podem utilizar tambm h dois mtodos para calcular a teoria do equilbrio na concorrncia, o equilbrio parcial que consiste em isolar um produto dentro do sistema econmico e avaliar as condies de equilbrio dentro do contexto do mercado, e a segunda teoria o do equilbrio geral que analisa em conjunto os mercados junto com todos os produtos e os fatores de produo para poder analisar as condies geradas do equilbrio simultneo conforme cita Simonsen (1979).

    J na teoria imperfeita, como se j no soubesse, a anlise da concorrncia imperfeita como cita Simonsen (1979) formalmente menos prtica do que a concorrncia perfeita. Convm destacar, que as imperfeies de concorrncia num mundo real tm se tornado cada vez mais importante, j que a tecnologia das empresas tem se associado a economias de escala dificilmente em conjunto com as empresas. A teoria da concorrncia imperfeita ainda deve ser muito estudada e encarada como um campo ainda novo e pouco explorado.

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    A identificao dos objetivos da empresa bem mais delicado como descreve Simonsen (1979). Em primeiro lugar no se pode mais aceitar que a maximizao dos lucros constitua o objetivo econmico natural. Os lucros de monoplio podem j ser suficientes para que os empresrios no se preocupem com sua maximizao, e sim se preocupar em outros objetivos. Em segundo lugar, ainda que o empresrio busque sempre o mximo de lucro, sempre haveria conflitos entre o curto e mdio prazo, pois pode se perceber que lucros excessivos no presente podem comprometer os ganhos no futuro. Estes lucros podem atrair novos concorrentes, pois o acesso ao mercado, embora difcil, no costuma ser impossvel.

    Conforme cita Simonsen (1979, p. 326): A teoria da concorrncia imperfeita, de que tratamos, procura atacar segunda. Obviamente, a incerteza a fonte de todas as dificuldades psicolgicas dos agentes econmicos, mas essas dificuldades costumam ser mais complexas e mais profundas para aqueles que se sentem capazes de afetar, por sua ao individual, os parmetros bsicos do mercado.

    Em resumo, mostra como difcil construir uma teoria realista do comportamento da empresa em uma concorrncia imperfeita. No h meios de ter uma teoria unificada, os empresrios se diferem uns dos outros, h os mais e menos cautelosos, h os de pensam curto e os que pensam longe. J se conseguiu construir uma srie de modelos, mas nenhum com privilgios de universalidade, mas que de alguma forma estabelece apenas uma anlise interessante para uma anlise de concorrncia imperfeita como cita Simonsen (1979).

    2.4.1 Estratgias de Inovao

    Kupfer e Hasenclever (2002) cita que o estudo das estratgias de inovao um tema novo na economia industrial. A principal corrente que foca este assunto a institucionalista-schumpeteriana. A empresa tida como um organismo vivo em permanente mutao que recebe informaes do ambiente (mercado) em que vive, mas ao mesmo tempo capaz de se transformar e criar novos mercados a partir de inovaes tecnolgicas.

    Como nossa inteno, estar sempre buscando competir melhor, podemos sempre comparar como jogar um esporte, necessrio ter um preparo antes do jogo, conhecer a equipe adversria, conhecer o local entre outros. Quanto mais

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    fatores conseguirmos identificar, mais oportunidades podemos descobrir para pode competir melhor, e assim aumentar as chances de ganhar. A idia de inovao s existe atravs de tentativas, e atravs delas (disputas) que podemos criar fatos relevantes para poder inovar e interferir na realidade como descreve Zogbi (2008).

    Como descreve Stalk e Hout (1993) o desafio da inovao criar novas idias, o tempo o centro do sucesso da inovao. De fato, no pode haver inovao sem novas idias. Inovar significa mudana e mudana mensurada em termos de tempo. A amplitude de mudana a base de inovao por medida de tempo. O prazo de maturao o elemento chave para o sucesso da inovao e altos ndices de mudana. Por isso, prazo de execuo, quanto s idias o desafio da inovao.

    Stalk e Hout (1993, p. 118) cita que: O desafio de uma execuo eficiente aumenta com a disciplina imposta pelo mundo exterior. Os executivos no inovam no vcuo. Os concorrentes tambm esto procurando inovar. Alem disso, os clientes e fornecedores continuam a procura de novas formas de competir e de satisfazer a si prprios. Os clientes exigem novos produtos e servios de seus fornecedores. O ritmo de levas inovaes ao mercado determinado tanto dentro quanto fora da empresa.

    Segundo Kupfer e Hasenclever (2002) descreve que os estudos da relao entre a entrada de empresa (pequeno porte) em uma indstria e a necessidade de inovar muito difcil de ser mensurada em testes economtricos. O estudo de pequenas empresas sobre inovao ainda muito pequeno. A existncia de oportunidades em uma indstria podem ser mais bem aproveitadas pelas pequenas empresa que so mais flexveis e tem maior capacidade de se encaixar nas exigncias do mercado.

    Zogbi (2008) descreve que necessrio entender e visualizar a empresa ou o projeto inovador dentro da situao do mercado. A figura 2 mostra com simplicidade o fluxo da inovao no contexto do mercado. O objetivo disso identificar as foras que atuam a favor das mudanas. Quanto maior essas foras inovadoras, mais presso elas exercero para que atinja os resultados. Nos dias de hoje, com o mercado voltado para os desejos dos clientes, a seta que vai da direita para a esquerda (PULL) puxando a inovao, serve para detectar as necessidades dos consumidores. E temos a seta que sai da esquerda para a direita que empurra os avanos da tecnologia para o mercado.

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    Figura 2: Foras PULL e PUSH Fonte: Zogbi (2008, p. 17)

    Stalk e Hout (1993) mencionam que as empresas que deixam seu ritmo de inovao ficar claramente ultrapassados pelos dos seus concorrentes, ver mergulhada num ciclo vicioso. Pela razo disso, seu ciclo de inovao extremamente vagaroso, onde muitas vezes pego de surpresa por uma grande mudana no mercado ou pela aproximao do competidor. Ocasionando isso, dispem de duas opes. Primeira, podem continuar com o planejado e lanar uma inovao que j no surge h muito tempo. Segundo, podem parar com os esforos e direcionar primeiro, reiniciando o processo, o que poder ocorrer mais demora e riscos de ficarem expostas a mudanas adicionais do mercado e da concorrncia. Os lucros tendem a diminuir, e vagarosamente a empresa sofrer.

    Zogbi (2008) fala sobre situaes em que a empresa est comprometida, como o produto que ficou obsoleto, ou a empresa deixou de ser competitiva e no tm outra alternativa, a no ser comear tudo do zero. Podem ser aproveitadas as potencialidades remanescentes que se encaixam em um novo projeto. A inovao total em casos de empresas um caso raro de ser encontrado, porque precisa de muito desapego do seu lder/gestor para expandir. como virar a mesa, pois a nica sada, j que o mundo no para e exige constantes mudanas.

    PUSH > avanos de cincia

    Tecnologia Empresa Mercado

    PULL > necessidade dos usurios

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    2.4.2 Estratgias de Propaganda e Marketing

    Conforme Kupfer e Hasenclever (2002) um elemento de suma importncia para a busca de maior rentabilidade pelas empresas se resume no processo de buscar uma diferenciao em relao ao comportamento mdio do mercado. A propaganda um instrumento muito utilizado para a diferenciao dos produtos. A procura bsica da empresa ao realizar a propaganda influenciar a preferncia dos consumidores, buscando aumentar a demanda de seus produtos. Contanto, a propaganda se torna essencial como uma estratgia competitiva das empresas.

    Como descreve Kupfer e Hasenclever (2002) cada empresa busca criar uma estratgia de comercializao que mais se encaixe no mercado para com o seu produto. Na busca pela escolha de propaganda que mais se adapte as suas mercadorias, as caractersticas de uma anlise estratgica de mercado tm suma importncia. H diversos tipos de formas de propaganda. Aqui no Brasil so divididos em sete grupos como televiso aberta, TV por assinatura, rdio, outdoor, jornal, mdia exterior e revista. A internet tambm vem sendo trabalhada como um novo meio de comunicao. O tipo de propaganda adotada depender do tipo de produto em que se divulgar, ou o servio que se oferecer e tambm do pblico-alvo em que se busca atingir.

    Kupfer e Hasenclever (2002, p. 450) citam em seu livro que: O principal objetivo da propaganda proporcionar um aumento das vendas atravs da modificao das preferncias dos consumidores ou aumento do nvel de informao dos mesmos com relao ao produto comercializado. A propaganda pode ser vista como um instrumento para aumentar a transparncia do mercado atravs da divulgao de informaes sobre fabricantes, produtos e preos, constituindo um meio para a implementao de estratgias de comercializao diferenciadas e mais bem adaptadas ao ambiente de seleo do mercado.

    Como comenta Zogbi (2008) sobre marketing, percebemos que os preos, produtos, promoes e praas de distribuies, passaram a evoluir ultimamente. Hoje se fala tambm do P de pessoas e o P da poltica. O marketing surge atravs da gesto da inovao, onde tem a incumbncia de criar estratgias que ligam os novos produtos e servios aos nichos de mercado, onde h menos aceitao da inovao, buscando como meta, mais resultados em curto prazo. Se esses resultados surgirem, justificam os investimentos em inovao atravs de um

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    marketing para ir de encontro a melhor e mais rpida maneira de vender uma novidade.

    Kupfer e Hasenclever (2002) destacam que as propagandas publicitrias quando bem sucedidas so capazes de criar uma imagem positiva do consumidor sobre a marca do produto. Isto conhecido como imagem de marca do produto ou de uma linha de produtos. Esta marca um ativo da empresa e seu valor to importante quanto a necessidade maior para a sua relevncia na diferenciao positiva da empresa no processo da concorrncia.

    Segundo Kupfer e Hasenclever (2002) descreve que a estratgia competitiva atravs da propaganda de uma empresa pode criar a construo de barreiras entrada de novos concorrentes. As despesas com marketing e propaganda podem contribuir para levantar estas barreiras, impondo um custo irrecupervel para a atuao de novos concorrentes. Ao investir no reconhecimento das marcas atravs da divulgao, as empresas existentes podem impor um pedgio para a entrada de um novo concorrente. No decorrer que as marcas existentes se consolidam, os entrantes devero arcar com os gastos ainda maiores em propagandas para poderem penetrar neste mercado. Este investimento acaba sendo uma condio para contornar o vis dos consumidores em favor das empresas j estabelecidas. Muitas vezes, os iniciantes no possuem recursos financeiros para bancar com divulgaes e suas entradas se tornam no atrativas em termos econmicos.

    Zogbi (2008, P. 95) menciona que: A melhor ferramenta de marketing a execuo de testes. Atravs dos quais podemos utilizar a tecnologia a nosso favor, por exemplo, por meio das pesquisas com cmeras, que registram comportamentos nas reaes do consumidor sem interferncia, mas isso est restrito a produtos de consumo, em que existe a experincia com eles. Produtos e servios business surgem avaliaes traves de pilotos, em que a avaliao mais complexa.

    Kupfer e Hasenclever (2002) citam que uma vez que a uma boa imagem da marca exige, alm de grandes investimentos em propaganda, conhecimento por parte dos consumidores, as marcas estabelecidas ganham uma certa vantagem competitiva frente aos novos entrantes. As empresas detentoras de uma imagem favorvel usufruem de um grau de monoplio, ocasionando um incremento nas vendas e assim maior lucro, causando um aumento na participao no mercado.

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    2.4.3 Estratgias de Negociao

    Conforme Stalk e Hout (1993) o tempo uma varivel fundamental para o desempenho dos negcios. O tempo, em alguns casos pode ser mais importante do que o dinheiro. De fato, sendo avaliada como uma arma estratgica, o tempo equivalente a dinheiro, produtividade, qualidade e tambm como inovao. Nos dias de hoje, o tempo est ligado com a prpria margem de vantagem competitiva da empresa.

    Em uma negociao, como descreve Marlinelli e Almeida (1997) os dois lados possuem interesses comuns e interesses conflitantes, devido a isso, s passa a ter sentindo se ambos estiverem presentes. Se os interesses forem todos comuns, a negociao perde o sentido e a razo de ser. Mas de outro lado, se os interesses forem opostos, fica difcil de negociar, pois os lados envolvidos buscam exatamente atingir o mesmo objetivo.

    Todos os dias negociamos, ainda assim, poucos de ns para e pensa no que poderamos em comear a realizar se pudssemos negociar com todo nosso potencial. O importante transformar um conflito em algo entendido, pois a partir deste passo, a negociao est se encaminhando, com chances de levar ganhos para ambas s partes, onde pode se transformar em um relacionamento maior e que poder abrir as portas para outros relacionamentos ou negociaes no futuro como cita Marlinelli e Almeida (1997).

    Conforme cita Chiavenato e Sapiro (2003) descrevem que em nosso planeta finito com recursos finitos, os negcios no podem crescer indefinidamente, pois um nmero crescente de concorrentes s tem a eliminar um ao outro. Os mais espertos sobrevivem e prosperam em meio a uma boa negociao para expulsar seus competidores at onde os recursos permitem. Cada um deve ter uma estratgia diferente para conseguir ter uma vantagem nica.

    Chiavenato e Sapiro (2003, P. 34) citam que: O mundo dos negcios seria uma simples metfora da guerra militar? Toda organizao enfrenta diversos exrcitos (concorrentes) no campo de batalha (mercado), com suas armas (produtos e servios) e estratgias (plano de negcios). A intensidade da competio tende ao acirramento. Alm das rpidas mutaes no ambiente... que estressam a capacidade das organizaes de tomar decises estratgicas, o fato que a disputa pelo mesmo consumidor, a proliferao de produtos anlogos (no diferenciados), o crescente poder de barganha de

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    fornecedores e compradores e a ameaa do aparecimento de novos entrantes ou de produtos substitutos fazem com que a disputa seja mais do que uma simples metfora.

    Para que possa haver maiores opes e um bom resultado na negociao, importante ressaltar que haja neste processo vrias flexibilidades. Muitos autores citam sobre a importncia da flexibilidade para que ocorra um maior xito na negociao como descreve Marlinelli e Almeida (1997, p. 75 apud Gibbons e McGovner 1994, p. 29) que no se deve seguir rigidamente a agenda prevista, e, caso isso seja feito, ser possvel criar momentos especiais no processo de negociao por meio de acordos que podem surgir em vez de ficar parado pelo que parecer trivial na continuao da negociao. O surgimento de novas situaes que devem surgir durante o processo criar novas alternativas ao processo, e porque no, at serem opes melhores.

    Muitas vezes em vez de atacar ou se defender como meio de negociao em um ambiente competitivo, poderia ocorrer uma cooperao e colaborao com a sua ou outros organizaes. Pode ser mais vantajoso juntar-se a algumas organizaes para combater outros ou ir me busca de obter benefcios prprios em conjunto. O meio em como pode ser resolvido o problema da competio, podem trazer incrvel valor para uma organizao como cita Chiavenato e Sapiro (2003).

    Marlinelli e Almeida (1997) cita em seu livro os autores Lewicki el Alii (1996:4, p. 31) a importncia de se pensar sobre as negociaes de um ponto de vista estratgico. Segundo estes autores o tratamento estratgico necessrio nas negociaes exige uma srie de medidas, que deve ser analisado no planejamento das negociaes. Para um negociador, os passos abaixo so de extrema valia para identificar as quatro estratgias bsicas para se ter sucesso na negociao:

    metas tangveis; metas emocionais e simblicas; resultados desejados impactos esperados nos relacionamentos.

    Marlinelli e Almeida (1997) mencionam que quando os negociadores discutem posies, tendem a s pensar nisso. Quanto mais se esclarece a posio e a defende do ataque do outro, mais se compromete em defender seu ponto de vista. Ao convencer o outro lado da impossibilidade de modificar alguma coisa, mais difcil

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    ficar a negociao. A medida que se d valor as posies menos se dedica ao interesse em conjunto das partes, diante disso, o acordo torna-se menos provvel.

    Segundo Chiavenato e Sapiro (2003 apud Porter, 2001, p. 99) a capacidade de margem de uma organizao dentro de um ambiente no questo de sorte ou azar. Tudo depende das foras competitivas do setor. Uma taxa competitiva muito elevada incentiva novos entrantes ou a ampliao da capacidade das organizaes j existentes, enquanto que uma taxa abaixo da mdia esperada afasta os investidores que procuraro outros setores. Assim, a concorrncia dada no pela procura de novos clientes, mas pelo retorno que esperado pelo setor, fazendo com que as foras competitivas em conjunto determinem a intensidade da competitividade no setor e consequentemente sua atratividade.

    Como cita Marlinelli e Almeida (1997, p. 65) que: Qualquer que seja o objetivo da negociao, sua importncia e oportunidade, haver trs variveis bsicas que condicionam este processo: poder, tempo e informao. Para se ter uma negociao efetiva importante per pelo menos duas das trs variveis presentes e, se possvel, interligadas, ale, de saber utiliz-las corretamente.

    Chiavenato e Sapiro (2003, apud Porter, 2001, p. 102) sugere um modelo de cinco foras competitivas consideradas a rivalidade entre concorrentes e a ameaa representada por novo entrantes, pela possibilidade de novo produtos e pelo poder de barganha tanto de fornecedores quanto de compradores. O modelo em questo mostra que a concorrncia envolve todas as organizaes do mesmo. Fornecedores, compradores, entrantes potenciais e tambm dos concorrentes, so todos rivais buscando uma margem potencial para o setor.

    A figura 3 demonstra as situaes de rivalidade dos setores avaliando cada fora citada por Porter:

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    Concorrentes Existentes

    Intensidade da Rivalidade

    Consumidores

    Produtos/Servios Substitutos

    Ingressantes Potenciais

    Fornecedores

    Ameaa de novos entrantes Poder de

    Negociao dos compradores

    Poder de Negociao dos Fornecedores

    Ameaa de Substitutos

    Figura 3: As cinco foras competitivas Fonte: Chiavenato e Sapiro (2003, p. 100)

    Como menciona Chiavenato e Sapiro (2003) em cada setor de negcio, a organizao deve conhecer muito bem os seus clientes, fornecedores, concorrentes e agncias que regulam o mercado. A empresa em questo precisa estabelecer pontos estratgicos, a composio das foras competitivas, identificar mercados e segmentos, visualizar as caractersticas dos clientes e tambm dos concorrentes a fim de estabelecer seu comportamento estratgico como resposta as condies externas que estamos expostas.

    2.4.4 Estratgias de Financiamento

    Groppelli e Nikbakht (2002) mencionam que um bom administrador deve conhecer alguns dos mtodos de anlise de investimento para poder tomar uma deciso conclusiva. Os administradores financeiros esto incumbidos de maximizar o preo das aes da empresa mantendo o risco no menor ndice possvel. Para se atingir estas metas, o administrador deve determinar quais os investimentos que ir fornecer os lucros mais rentveis e os de menores riscos.

    Groppelli e Nikbakht (2002) citam que o planejamento financeiro o processo pelo qual se calcula quanto de financiamento necessrio para poder dar continuidade as operaes de uma empresa e se decide quando e como ser

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    financiado. Sem um procedimento confivel que estime as necessidades de financiamento, uma empresa pode acabar no conseguindo pagar suas obrigaes futuras, como juros sobre o emprstimo, duplicatas a pagar, despesas com aluguel, fornecedores entre outros. Portanto, a falta de um planejamento slido pode causar falta de liquidez e chegar falncia.

    O risco financeiro de novos projetos exige que se analise a capacidade de assegurar que vai ser feito o pagamento de uma dvida. Esse tipo de informao afeta diretamente as condies de financiamento que ser feito. Isto se explica quando se faz um financiamento considerado arriscado e tm contratos de prazo curto e taxa de juros elevados. Quando a empresa mostra que est endividada, seus projetos se tornam mais arriscados e o financiamento mais caro. Por fim, isto vai ter impacto no custo mdio de capital da empresa como cita Kupfer e Hasenclever (2002).

    Groppelli e Nikbakht (2002, p. 20) citam em seu livro que: O planejamento para obter os melhores resultados deve ser flexvel, permitindo estratgias alternativas para substituir os planos existentes quando os desdobramentos econmicos e financeiros divergirem dos padres esperados. Alm do mais, o planejamento financeiro envolve o ajuste adequado dos investimentos a fim de evitar expanso excessiva e uso ineficiente de recursos. O uso timo dos recursos disponveis significa a procura de diferentes opes e a seleo daquela que propicie o maior valor total. Isso tambm significa a adoo de meios eficazes de determinar quanto captar a fim de reduzir os riscos financeiros. O financiamento utilizado pra levantar fundos deve incluir clusulas de segurana que permitam aos administradores o refinanciamento da dvida quando as condies de mercado vierem a ser favorveis.

    Filho e Kopittke (2000) descrevem que os financiamentos para investimentos fixos caracterizam-se por ser de longo prazo, de cinco a doze anos e com carncia tambm espaosa, at trs anos. A carncia se explica pelo prazo de maturao feito pelo investimento e o prazo longo para dar incentivo ao investimento.

    A necessidade de investimentos de longo prazo depende muito de quanto ela espera crescer, da taxa de inflao e de sua postura perante o mercado. Num ambiente de concorrncia, a empresa deve ser capaz de criar novos produtos, produzi-lo bem, mantendo uma infraestrutura de custos baixos por meio de modernizao e uma combinao muito bem completa. Reconhecer a obsolncia de novas linhas de produtos e equipamentos novos para se manter atualizados com as

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    novas tecnologias que surgem exige um planejamento financeiro de longo prazo como cita Groppelli e Nikbakht (2002).

    Groppelli e Nikbakht (2002, p. 300) descrevem algumas razes pelas quais as empresas fazem financiamentos de longo prazo:

    os aumentos esperados nas vendas futuras requerem fundos para a rea de marketing e demais funes de apoio para manter-se competitivas;

    com o crescimento da empresa, suas capacidades operacionais precisam aumentar; uma empresa deve continuar a se modernizar e a introduzir equipamentos mais

    eficientes; mudanas na demanda foram a empresa a abandonar suas instalaes obsoletas e

    a investir numa nova capacidade de produo; o financiamento de longo prazo de projetos de pesquisa e desenvolvimento promove

    um ciclo de vida saudvel; no longo prazo, grande parte do capital circulante torna-se permanente e deve ser

    financiado como tal.

    Filho e Kopittke (2000) citam que normalmente estas operaes se caracterizam por taxas de juros de at 12% a.a, fixas e saldo devedor corrigido pela base da inflao. O valor calculado em moeda constante, sendo feita a converso na poca em que ocorrer cada pagamento. Hoje o sistema SAC (sistema de amortizao constante) o mais utilizado, e apenas uma parte, de 50% a 90% do investimento financiamento, onde o restante feito a contrapartida pela empresa.

    J em se tratando de financiamentos de capital de giro, os financiamentos de capital de giro se caracterizam por um prazo mais curto, compatvel com o tempo de maturao do investimento, e so utilizados normalmente para investir em estoques ou financiar as vendas. Este tipo de operao normalmente tem prazo curto, de 1 a 6 meses com amortizao final, e os juros so cobrados de maneira variada. No caso de correo ps-fixada, a correo normalmente feita com base numa taxa referencial (TR) e a taxa de juros pode ser distinta em dois fatores: uma taxa anual e uma taxa de abertura de crdito. Os esquemas de amortizao so mais variados e os prazos so normalmente de at um ano como diz Filho e Kopittke (2000).

    Como mensiona Groppelli e Nikbakht (2002): O objetivo do financiamento de curto prazo evitar o de longo prazo, o qual resultaria em excesso de fundo ocioso. O emprstimo de curto prazo, portanto, preenche temporariamente uma lacuna das necessidades de financiamento de uma empresa. Dessa maneira, as despesas para suportar fundos ociosos so evitadas.

    As empresas podem obter financiamentos de curto prazo de duas maneiras como cita Groppelli e Nikbakht (2002, p. 294):

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    empenhando-se na captao de recursos a curto prazo com a emisso de seu prprio ttulo;

    captando recursos externamente por meio de intermedirios financeiros.

    Chiavenato e Sapiro (2003) descrevem que o planejamento estratgico est relacionado com os objetivos estratgicos de mdio e longo prazo que pode afetar o caminho da empresa ou a viabilidade do negcio. Mas, aplicado isoladamente, no so dados suficientes, pois no se trabalha apenas com aes imediatas e operacionais, preciso que no processo do planejamento estratgico, sejam elaborados e detalhados todos os planos tticos e operacionais da empresa. Um bom planejamento deve maximizar os resultados e minimizar as deficincias sabendo utilizar bem os princpios de maior eficincia, eficcia e efetividade, para que atravs destes critrios, mostrarem a melhor opo em se buscar um recurso financeiro.

    Groppelli e Nikbakht (2002) analisam que a maioria das captaes de capital de curto prazo feita com a ajuda de intermedirios financeiros, como bancos, e companhias financeiras e tambm de mercados monetrios. Acredita-se que o sistema financeiro de aplicao e de captao de fundos funcione mais eficiente por parte dos agentes de intermedirios financeiros. Estas organizaes esto mais bem preparadas em captar poupanas e a emprestar esse dinheiro a tomadores e a empresas.

    Atravs de todas estas informaes, Groppelli e Nikbakht (2002) dizem que importante estar sempre a par de novos avanos da teoria de finanas quanto das informaes que circulam nos mercados financeiros. As finanas nos mostram que preciso buscar informaes de antigos conceitos como tambm estar se aperfeioando sobre os novos. Os recentes mtodos de investimentos ajudam a melhorar quando vai se tomar uma deciso de avaliao. Estes novos instrumentos financeiros ajudam os administradores a ser mais eficazes em uma avaliao e quando necessrio alterar qualquer informao financeira sem abalar um futuro negcio.

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    2.5 HISTRICO DA CREDISOL

    Todas as informaes que seguem abaixo sobre a Oscip Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblicos, Credisol foram retiradas atravs de estatutos, relatrios e projetos elaborados pela prpria entidade desde sua abertura em 1999.

    A Credisol, Instituio de Crdito Solidrio- Credisol surgiu em 1999 como uma empresa no governamental tendo como objetivo disponibilizar crdito para micro-empreendedores das trs regies AMREC Associao dos Municpios da Regio Carbonfera, AMESC Associao dos Municpios do Extremo Sul Catarinense e AMUREL Associao dos Municpios da Regio de Laguna e que mais tarde, em 2002, a AMUREL passa a ser de controle para a Casa do Microcrdito em Tubaro conforme informaes CREDISOL, estatuto social (2009).

    Este processo contou com a coordenao pela Agncia de Fomento do Estado de Santa Catarina S/A, BADESC e com a participao de entidades e lideranas das trs microrregies citadas acima. A Credisol tem sua sede, nos dias de hoje em Cricima, localizada na Avenida Centenrio.

    Conforme Planet Rating (2009) sua prioridade est focada hoje ao setor formal e informal da economia da regio para os empreendedores que no tem acesso aos servios financeiros disponibilizados pelos Bancos. A Credisol iniciou suas atividades em Dezembro de 1999, empresa conhecida como no governamental. A partir de Junho de 2002, o Ministrio da Justia a reconhece como Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico OSCIP, dando assim um passo importante para a legalizao de suas atividades de financiamento de acordo com a regulamentao vigente do pas para as Instituies que operam com microcrdito.

    A empresa hoje representada por um Presidente, Vice-Presidente, um Diretor Executivo e seus Conselheiros. Toda e qualquer deciso tomada mediante a Assemblia Geral, onde ocorre uma reunio com todos os conselheiros que participam do Co