38
I Monografia Percepção dos alunos do nono semestre de graduação sobre o ensino de Urgência e Emergência na Faculdade de Medicina da Bahia Neemias da Silva Dias Salvador (Bahia) Março, 2016

Monografia Percepção dos alunos do nono semestre de ... da... · Neemias da Silva Dias Salvador (Bahia) Março, 2016 . II Universidade Federal da Bahia Sistema de Bibliotecas Bibliotheca

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I

Monografia

Percepção dos alunos do nono semestre de graduação sobre o ensino de

Urgência e Emergência na Faculdade de Medicina da Bahia

Neemias da Silva Dias

Salvador (Bahia)

Março, 2016

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II

Universidade Federal da Bahia

Sistema de Bibliotecas Bibliotheca Gonçalo Moniz – Memória da Saúde Brasileira

D541 Dias, Neemias da Silva. Percepção dos alunos do nono semestre de graduação sobre o ensino de urgência e emergência na Faculdade de Medicina da Bahia / Neemias da Silva Dias. – 2016 38 fl. Orientador: Prof. Drº. André Gusmão Cunha. Monografia (Graduação em Medicina) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Medicina da Bahia, Salvador, 2016. 1. Ciências médicas – estudo e ensino. 2. Atendimento médico.

I. Cunha , André Gusmão. II. Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina da Bahia. III. Título.

CDU: 616-082

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III

Percepção dos alunos do nono semestre de

graduação sobre o ensino de Urgência e

Emergência na Faculdade de Medicina da Bahia

Neemias da Silva Dias

Professor orientador: André

Gusmão Cunha

Monografia de Conclusão do Componente

Curricular MED-B60, como pré-requisito

obrigatório e parcial para conclusão do

curso médico da Faculdade de Medicina da

Bahia da Universidade Federal da Bahia,

apresentada ao Colegiado do Curso de

Graduação em Medicina.

Salvador (Bahia)

Março, 2016

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IV

Monografia: Percepção dos alunos do nono semestre de graduação sobre

o ensino de Urgência e Emergência na Faculdade de Medicina da Bahia,

de Neemias da Silva Dias.

Professor orientador: André Gusmão Cunha

COMISSÃO REVISORA:

Membros Titulares:

André Rodrigues Durães, Professor do Departamento de Saúde da Família da

Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia.

Roque Aras Júnior, Professor do Departamento de Medicina interna e Apoio

Diagnóstico da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da

Bahia.

Membro suplente:

Luis Schiper, Professor do Departamento de Cirurgia Experimental e

Especialidades Cirúrgicas da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade

Federal da Bahia.

TERMO DE REGISTRO ACADÊMICO:

Monografia avaliada pela Comissão Revisora, e

julgada apta à apresentação pública no X Seminário

Estudantil de Pesquisa da Faculdade de Medicina da

Bahia da Universidade Federal da Bahia, com

posterior homologação do conceito final pela

coordenação do Núcleo de Formação Científica e de

MED-B60 (Monografia IV). Salvador (Bahia), em

___ de _____________ de 2015.

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V

“Confie no Senhor de todo o coração e não se

apoie na sua própria inteligência. Lembre-se de

Deus em tudo que fizer e Ele lhe mostrará o

caminho certo.” (PROVÉRBIOS 3: 5,6)

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VI

Aos pilares da minha vida: Eva Alzira, Antonio Bonfim e Daniela Melo, por

acreditarem em mim mais do que eu mesmo.

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VII

EQUIPE Neemias da Silva Dias, Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA. Correio-e:

[email protected]; e

André Gusmão Cunha, Professor da Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA.

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Faculdade de Medicina da Bahia(FMB)

FONTES DE FINANCIAMENTO

Recursos próprios

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VIII

AGRADECIMENTO

A Deus, pelo seu grandioso amor, graça e misericórdia que se renova a cada

manhã. Por ser meu melhor amigo, refúgio e fortaleza. “Porque dele, por Ele e para Ele

são todas as coisas! Glória, pois, a Ele eternamente (Romanos 11:36)”.

Ao professor Dr. André Gusmão Cunha, meu orientador, com quem aprendi

muito ao longo desses anos de convívio. Agradeço pela confiança, apoio e por ter me

direcionado na área da pesquisa.

Aos meus pais, por todo amor, carinho e orações constantes. Agradeço por não

pouparem esforços para me garantir uma educação de qualidade e por sempre me

incentivarem na realização dos meus sonhos.

A Daniela Melo pela paciência, carinho, compreensão e pelas palavras de

estímulo.

A toda minha família, por toda alegria, apoio e estímulo.

Aos meus amigos, por tornar a vida mais fácil. Em especial ao “P sarado”. Por

muitas vezes sofremos juntos, nos desesperamos juntos e, com certeza, breve estaremos

comemorando juntos!

A todos os professores que fizeram parte da minha vida ao longo destes 20 anos

de estudo, pela transmissão de conhecimento e incentivo.

Por fim, aos estudantes que responderam o questionário, pelo tempo disponível e

compreensão sobre a importância da pesquisa.

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1

SUMÁRIO

I. RESUMO 2

II. OBJETIVOS 3

III. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4

IV. METODOLOGIA 6

V. RESULTADOS 7

VI. DISCUSSÃO 11

VII. CONCLUSÃO 14

VIII. SUMMARY 15

IX. REFERÊNCIAS BLIOGRÁFICAS 16

X. APÊNDICES

APÊNDICE A- Questionário aplicado aos alunos do nono semestre da

Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia 20

APÊNDICE B- Termo de consentimento Livre e Esclarecido utilizado

na pesquisa intitulada “Percepção dos alunos de medicina da

Universidade Federal da Bahia sobre o ensino de urgência e

emergência”

24

XI.ANEXO 26

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I. RESUMO

A experiência do atendimento emergencial em campos de batalha, o

desenvolvimento de um sistema hospitalar forte e o surgimento do atendimento pré-

hospitalar moldaram a Medicina de Emergência após a Segunda Guerra Mundial. O

desenvolvimento da Medicina de Emergência não tem sido acompanhado pelo seu

ensino nas universidades brasileiras que mesmo diante da demanda, tem negligenciado

essa área nos currículos das escolas médicas. Este estudo tem como objetivo avaliar a

percepção dos alunos do nono semestre da Faculdade de Medicina da Bahia

/Universidade Federal da Bahia (FMB/UFBA) sobre o ensino de urgência e emergência

na graduação médica a partir de dados adquiridos através da aplicação de um

questionário a estudantes ingressantes do quinto ano curso de graduação (internato) de

medicina da FMB/UFBA. Os dados foram analisados com o auxílio do programa Excel

2010, por meio de estatísticas descritivas com medidas de frequência simples. Todos os

alunos que responderam o questionário consideram indispensável o conhecimento, por

parte do médico generalista, das situações médicas de urgência e emergência. Também

por unanimidade, os alunos concordaram que o ensino de urgência e emergência deveria

acontecer no período da graduação. Existe uma discordância por parte dos alunos em

relação ao modelo de ensino de urgência e emergência na FMB/UFBA. Conclui-se que

existe uma grande demanda por parte dos alunos da FMB/UFBA em relação ao ensino

de urgência e emergência e que os mesmos consideram o modelo utilizado pela FMB é

insuficiente para a formação médica.

Palavras- Chave: 1- Medicina; 2- Medicina de Emergência; 3 - Avaliação Educacional.

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II. OBJETIVOS

PRIMÁRIO

Avaliar a percepção dos alunos do nono semestre da Faculdade de Medicina da Bahia

/Universidade Federal da Bahia (FMB/UFBA) sobre o ensino de urgência e emergência

na graduação médica.

SECUNDÁRIOS

1. Avaliar o grau de satisfação dos estudantes do nono semestre de medicina em relação

ao ensino de urgência e emergência na FMB/UFBA

2. Analisar se existe um currículo paralelo dos estudantes do nono semestre da

FMB/UFBA na área de urgência e emergência.

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III. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo passou por mudanças em diversas

áreas do conhecimento. Os saberes médicos advindos dos campos de batalha levaram ao

desenvolvimento de estudos voltados para o atendimento emergencial, especialmente

em relação ao atendimento das lesões traumáticas e suas complicações. Posteriormente,

com o desenvolvimento de um sistema hospitalar forte, o atendimento de emergência

passou a ser mais frequente e decisivo na prática médica cotidiana. O uso de técnicas

aprendidas no campo de batalha e posteriormente aperfeiçoadas, o sucesso dos novos

tratamentos antibacterianos e o desenvolvimento dos serviços de transporte de pacientes

para os hospitais e unidades de pronto atendimento revolucionaram a Medicina de

Urgência e Emergência1.

As urgências e emergências são caracterizadas por um conjunto de sinais e

sintomas que exigem atendimento imediato, tanto relacionado à violência urbana, onde

se enquadra os acidentes de trânsito, com maior prevalência entre jovens até os 40 anos,

como as doenças do aparelho circulatório, como o infarto agudo do miocárdio (IAM) e

o acidente vascular cerebral (AVC) 2

que acometem principalmente pacientes acima dos

40 anos. Por esse motivo é essencial que o atendimento seja realizado por um

profissional capacitado, pois exige um raciocínio rápido e direcionado.

O ensino de urgência e emergência na Bahia não apresenta uma formação

específica, sendo subdividida dentro da clinica médica e da clinica cirúrgica, deixando

esse ensino a cargo de profissionais que não se encontram inseridos nos serviços de

urgência e emergência. Isto dificulta o ensino e o aprendizado por não haver uma

contextualização da realidade vivida nos locais de trabalho de urgência e emergência(3).

Em um estudo realizado em 2014 pela ABEM (Associação Brasileira de Escolas

Médicas) com algumas escolas médicas de todas as regiões do Brasil sobre o ensino de

urgência e emergência, 34 (63%) referiram que abordam em sua matriz curricular os

temas de urgência e emergências traumáticas e não traumáticas, em 15 (27,8%),

disseram que abordam os temas de abordam de maneira conjunta os temas de urgência e

emergências traumáticas e não traumáticas, 4 (7,4%), referiram abordar os temas dentro

das especialidades; e uma escola (1,8%), afirmou que aborda apenas os temas clínicos.

Nenhuma escola respondeu que não existe programação de urgência/emergência.²² A,

até recente, inexistência de uma especialidade médica regulamentada em Emergência no

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contexto brasileiro era algo muito discutido e questionado, pois é inegável sua

importância na prática diária da medicina. A necessidade de se estruturar a medicina de

emergência como especialidade vem da experiência adquirida por países desenvolvidos

demonstrando que, à medida que o sistema de saúde se organiza, existe a carência desse

profissional, levando as instituições universitárias a criarem mecanismos para propiciar

a formação de profissionais especializados na área.¹

O estudo da Medicina de Emergência no Brasil, seguindo o modelo anglo-

americano, esbarrava na ausência do reconhecimento da especialidade pela Comissão

Nacional de Residência Médica e pela Associação Médica Brasileira. Isso só mudou

recentemente, tendo a Medicina de Emergência sido reconhecida como especialidade

médica em setembro de 2015, começando os primeiros programas oficiais de

residências médicas no ano de 2016. Por causa dessa demora em se criar a

especialização em Medicina de Emergência, algumas instituições, como a Faculdade de

Medicina da USP, investiram na graduação e pós-graduação strictu sensu com o

objetivo de tentar melhorar a capacitação nessa área – assim, foi criada em 1992, a

primeira disciplina de emergências clínicas do Brasil3.

Considerando que o curso de Medicina tem como objetivo formar médicos

generalistas, aptos para atuar profissionalmente, sabendo que para muitos a porta de

entrada no mercado de trabalho será via algum tipo de serviço de emergência19

, a

formação acadêmica deveria fornecer além de tantos outros saberes e habilidades, o

conhecimento teórico e prático dos principais tópicos referentes a temas de urgência e

emergência clínica, no intuito de atender às necessidades do campo de trabalho e,

sobretudo, aos anseios da população em geral.

A grande quantidade de casos de urgência e emergência e a alta morbidade e

mortalidade dessas situações constituem também argumento para lutar pela inserção do

ensino de urgência e emergência na graduação, com o objetivo de preparar

satisfatoriamente os alunos do curso de medicina para a imensa responsabilidade que

estes terão em sua vida profissional. No mundo moderno, a necessidade dessa

preparação se faz cada vez mais gritante, pois as alterações que levam risco ao estado de

saúde (doenças e acidentes) ao invés de diminuírem, estão aumentando

progressivamente.

Sabendo da grande importância do ensino de Urgência e Emergência para a

formação médica, a Câmara de Educação Superior, através da resolução nº 3, de 20 de

Junho de 2014 institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em

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6

Medicina12

, a qual traz o caminho que o ensino de graduação médica deve trilhar nos

próximos anos. Nessa diretriz, temos inúmeras referências sobre a importância da

discussão e do ensino de urgência e emergência nas escolas médicas. Ao tratar do

conteúdo curricular e do projeto pedagógico do curso de graduação em medicina, as

diretrizes deixam claro que a formação médica deve ter o mínimo de trinta por cento

(30%) de carga horária voltada para a Atenção Básica e para os serviços de Urgência e

Emergência do SUS, demonstrando assim a relevância e importância do tema.

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IV. METODOLOGIA

Trata-se de método descritivo, quantitativo, qualitativo com delineamento

transversal, o qual propiciou uma investigação da percepção dos estudantes de medicina

sobre o ensino de urgência e emergência na FMB/UFBA.

O estudo foi realizado no Anexo I da FMB/UFBA. A amostra foi composta por

46 estudantes que integravam a turma do nono semestre do curso de medicina da

Universidade Federal da Bahia, correspondendo a 86,7% da turma. As perdas em

relação ao número de sujeitos que compõem a turma ocorreram devido à viagem no

período da coleta (n=4) e recusa ou falta de interesse em participar da pesquisa (n=3).

Como variáveis do estudo, foram estabelecidos: importância do conhecimento das

urgências e emergências, adequação do ensino de urgência e emergência, participação

em cursos e/ou estágios extracurriculares na área de urgência e emergência e a meta e

perspectiva em relação ao mercado de trabalho após a formatura.

O procedimento de coleta de dados envolveu a aplicação de um questionário

com questões objetivas abordando conteúdos relacionados às variáveis anteriormente

citadas (APÊNDICE A). Os alunos que integraram a amostra tiveram cerca de 30

minutos para respondê-lo. Destaca-se que foram assegurados aos participantes da

pesquisa todos os princípios éticos preconizados pela Resolução n° 466/2012, que trata

de pesquisas com seres humanos, sendo o projeto aprovado pelo Comitê de Ética em

Pesquisa vinculado à Instituição. Foram incluídos no estudo apenas aqueles alunos que

aceitaram participar da pesquisa mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido (TCLE).

Após a coleta de dados, foi construída uma planilha no aplicativo Excel 2010,

com codificação das variáveis (codebook). Posteriormente, os dados foram analisados

por meio de estatística descritiva com medidas de frequência simples.

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V. RESULTADOS

Participaram voluntariamente da pesquisa 46 estudantes matriculados no nono

semestre do curso de medicina da Faculdade de medicina da UFBA, respondendo ao

questionário no mês de outubro de 2014. O número estipulado no projeto se baseou na

quantidade de alunos que ingressa no curso de medicina semestralmente. Entretanto, a

turma entrevistada apresentou um número de 53 alunos, sendo que apenas 46 (86,7%)

indivíduos participaram da pesquisa, isso se deve em parte ao programa Ciências Sem

fronteiras, onde muitos alunos da universidade estão em intercâmbio. Do total de alunos

matriculados no nono semestre, três (2,7%) se recusaram ou não tiveram interesse em

participar, quatro (7,5%) estavam viajando no período da coleta.

Tabela 1 - Distribuição das variáveis demográficas e da situação da semestralidade do

curso de Medicina

Variáveis N %

Sexo

Feminino 23 50%

Masculino 23 50 %

Idade

<20 0 0%

20-25 30 65%

25-30 10 21%

≥30 6 13%

Semestralizado

Sim 34 74%

Não 12 26%

Observa-se igualdade de distribuição em relação aos sexos e uma prevalência da

faixa etária entre 20 e 25 anos (65%), seguida pelos alunos com idade entre 25 e 30 anos

(21%) e pelos alunos com mais que 30 anos (13%). A maioria dos alunos eram

semestralizados (74%), porém verifica-se um percentual considerável de alunos

desemestralizados (26%), isso pode estar relacionado com o programa Ciências Sem

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Fronteiras, em que muitos alunos que realizam intercâmbio no exterior retorna

ingressando em outras turmas.

Quando indagados sobre a importância do conhecimento das situações médicas

de urgência e emergência por parte do médico generalista, todos os alunos consideraram

indispensável. Os alunos também concordaram por unanimidade que o ensino de

urgência e emergência deveria acontecer no período da graduação. Alguns alunos ainda

ressaltaram que o ensino deveria ser complementado na pós- graduação/ residência

médica e/ou através de cursos de aperfeiçoamento como o Advanced Trauma Life

Suport (ATLS) e Advanced Cardiac Life Suport (ACLS), conforme demonstrado na

tabela 2.

Tabela 2- Distribuição das respostas dos alunos do 9º período da Faculdade de Medicina

da Bahia/UFBA sobre o período mais apropriado para o aprendizado da Medicina de

Emergência

Período da formação DADOS %

Graduação 100%

Pós graduação 4%

ATLS, BLS, ACLS 2%

A maioria dos alunos (58,5%) afirmou ter participado de cursos voltados para a

área de urgência e emergência. Destes cursos, 81% foram ministrados por ligas

acadêmicas. Quando questionados sobre as ligas acadêmicas que abordavam o tema de

urgência e emergência regularmente, 22% dos alunos referiram ter participado como

membros, os outros 78% referiram não ter participação em ligas que tinham esse tema

como foco.

Alguns alunos (9%) referiram ter participado de curso de suporte básico e

avançado de vida (SBV/ACLS), outros (6%) citaram ter participado de cursos de

primeiros socorros e apenas um aluno (3%) referiu ter participado como manequim do

curso de suporte avançado de vida no trauma (ATLS). Apenas cinco alunos (11%)

referiram ter realizado estágios extracurriculares na área de urgência e emergência. Os

hospitais Martagão Gesteira e Couto Maia foram os mais mencionados pelos alunos

como campo de estágios extracurriculares na área citada. Outros locais também

mencionados como campo de estágio foram o Hospital Ana Nery, o Hospital Geral de

Camaçari e o Centro de Informações Antiveneno (CIAVE).

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Tabela 3- Distribuição das respostas dos alunos do 9º período da Faculdade de Medicina

da Bahia/UFBA sobre a participação em cursos ou estágios extracurriculares na área de

urgência e emergência.

Atividade Sim% Não%

Curso extracurricular 27 (58,5%) 19 (41,5%)

Estagio extracurricular 5 (11%) 41 (89%)

Liga acadêmica 10 (22%) 36 (78%)

Tabela 4 - Distribuição das respostas dos alunos do 9º período da Faculdade de Medicina

da Bahia/UFBA sobre a adequação do ensino de determinados temas de Urgência e

Emergência na graduação de medicina.

Adequação do ensino para

as seguintes áreas

Bastante

Adequado

Adequado Pouco

Adequado

Inadequado

Rede de Referenciacão 1 (2%) 2 (4%) 18 (39%) 25 (55%)

Triagem de risco 0 (0%) 3 (6%) 15 (32%) 28 (62%)

Monitorização 0 (0%) 2 (4%) 20 (43,5%) 24 (52,5%)

Suporte Basico de Vida 0 (0%) 2 (4%) 27 (58%) 17 (38%)

Urgências Cardiovasculares 0 (0%) 0 (0%) 20 (43,5%) 26 (56,5%)

Emergências Toxicolóicas 0 (0%) 0 (0%) 10 (22%) 36 (78%)

Emergências Neurológicas 0 (0%) 1 (2%) 15 (33%) 30 (67%)

Emergências Endócrinas 0 (0%) 0 (0%) 11 (24%) 35 (76%)

Atendimento ao

politraumatizado

0 (0%) 2 (4%) 26 (56,5%) 18 (39,5%)

A tabela 3 traz os dados referentes à adequação do ensino de urgência e

emergência na FMB/UFBA. As respostas referentes ao tópico Rede de Referenciação,

Triagem, Monitorização dos pacientes na emergência, Suporte Básico de Vida (SBV),

urgências e emergências cardiovasculares, toxicológicas, neurológicas, endocrinológica,

atendimento ao paciente politraumatizado, demonstram que os alunos consideram

insuficiente o ensino dos principais temas relacionados às urgências e emergências

médicas oferecido pela FMB/UFBA.

Após serem perguntados sobre a adequação do ensino de alguns temas de

urgência e emergência na Faculdade de Medicina da Bahia, os alunos foram

confrontados a responder se eles concordam com o modelo ou a maneira em que o

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11

ensino de Urgência e Emergência é transmitido na Faculdade de Medicina da Bahia.

Nota-se que 78% dos alunos discordaram totalmente e 22% discordaram parcialmente

desse modelo. Quando questionados sobre a necessidade do ensino das urgências e

emergências estar nas matrizes curriculares das faculdades de medicina, 95,5% disseram

que o ensino da urgência e emergência deve fazer parte do currículo médico

TABELA 5- Distribuição das respostas dos alunos do 9º período da Faculdade de

Medicina da Bahia/UFBA sobre o local onde gostariam e o local que acreditam que vão

trabalhar após se formarem

Consultório

médico

Hospital PSF MSF UTI Urgência e

Emergência

Outro

Meta

20

(23,5%)

29

(34%)

16

(19%)

1

(1%)

1

(1%)

18

(21%)

0

(0%)

Perspectiva 1

(1%)

4

(5%)

25

(31%)

0

(0%)

1

(1%)

40

(50%)

0

(0%) *MSF= Médicos Sem fronteiras *PSF= Posto de Saúde da Família * UTI= Unidade de Terapia Intensiva

No que concerne à futura vida profissional, de acordo a tabela 5, 21% dos alunos

gostariam de trabalhar nos Serviços de urgência e emergência. Entretanto, 50% dos

alunos acredita que os Serviços de urgência e emergência serão seu primeiro emprego

após a formatura.

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12

VI. DISCUSSÃO

O presente estudo teve como objetivo geral avaliar a percepção do estudante do

nono semestre do curso de medicina da FMB/UFBA a respeito do ensino de urgência e

emergência oferecido no currículo do curso médico da referida universidade.

Nesse estudo procurou-se evitar viés de informação, através do anonimato das

respostas e agrupamento em separado do TCLE e do questionário aplicado.

Todos os alunos que participaram da pesquisa consideram indispensável o

conhecimento, por parte do médico generalista, das situações médicas de urgência e

emergência. Isto salienta a importância desse tema para os futuros médicos, que após se

formarem, a maioria provavelmente iniciará sua carreira em serviços de pronto

atendimento, como citado por Garcia em um relatório do Conselho Federal de Medicina

(CFM)19

. Para os estudantes, o ensino de urgência e emergência deveria acontecer no

período da graduação. Pazzin³ também acredita que a formação de um profissional

médico capacitado para atender as demandas dos serviços de urgência e emergência

deve iniciar na graduação. Segundo o autor, só assim ocorrerá uma modificação cultural

a médio e longo prazo sobre a visão da formação em urgência e emergência e com isso

uma formação médica mais preparada para atender as demandas da sociedade. Alguns

estudantes também assinalaram que o conhecimento sobre o assunto deveria ser

complementado na pós- graduação/ residência médica e/ou através de cursos de

aperfeiçoamento como o ATLS, ACLS, o que compactua com o ideal de educação

continuada, muito importante na carreira médica.

Segundo Pazzin³, uma das coisas mais preocupantes na formação dos futuros

médicos é a omissão da academia na abordagem sistemática do ensino da urgência e

emergência. O autor também aborda essa omissão da academia em relação à criação da

especialidade Medicina de Emergência, deixando a cargo das sociedades médicas a

responsabilidade da definição e da criação da especialidade, o que fez com que a criação

da especialidade em emergência médica só viesse a ser reconhecida no ano de 2015.

Em relação à adequação do ensino de urgência e emergência na FMB/UFBA, a

distribuição das respostas mostrou que a maioria dos assuntos questionados foram

avaliados como inadequados, o que pode ser reflexo da isenção da Academia na

problemática das Urgências e Emergências. Essa atitude cria um ambiente dissociado,

onde o ensino permanece quase inexistente nos currículos médicos, enquanto a demanda

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desse conhecimento aumenta diariamente. Pensando nesse problema, a criação do

Grupo de Trabalho para o Ensino das Urgências e Emergências pela diretoria da

FMB/UFBA em Outubro de 2014, traz uma esperança no contexto da necessidade da

inclusão do estudo das Urgências e Emergência nos currículos de Medicina no Brasil.

Tal necessidade é reconhecida tanto pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC),

quanto pela Associação Brasileira de Ensino Médico (ABEM). Entretanto é essencial se

pensar na criação de um eixo que comece a trabalhar o ensino de urgência e emergência

desde o primeiro ano da graduação, como demonstrado pelo modelo da Universidade de

São Paulo (USP).

Outro problema encontrado na literatura3,4,5,6

que pareceu influenciar nas

respostas dos estudantes foi a questão do ensino de temas relacionados à urgência e

emergência serem lecionados por profissionais médicos que não estão na prática das

unidades de pronto atendimento. O fato dos professores não estarem inseridos nos

serviços, leva a uma defasagem de informação prática. É importante não deixar de lado

a falta de um laboratório de habilidades voltada para o ensino do tema, já que essa é

uma área que além de muito conhecimento teórico, depende muito do conhecimento e

domínio dos procedimentos médicos exigidos em situações de urgência e emergência.

Os alunos quando questionados sobre o modelo de ensino adotado pela

faculdade para o ensino do tema, em quase sua maioria foram enfáticos em dizer que

discordam da maneira como o assunto tem sido tratado. Além disso, a maioria acredita

na importância da existência de um eixo específico para o ensino de urgência e

emergência nos currículos médicos, o que vem em concordância com a diretriz

curricular nacional do curso de graduação em medicina de 2014, as qual deixa claro a

importância do ensino do tema nas faculdades médicas.

A maioria dos alunos que participaram da pesquisa afirmou buscar o

conhecimento por conta própria, através de cursos, estágios, ligas acadêmicas e outras

atividades relacionadas ao tema. Essa questão de busca ativa por mais conhecimento é

muito comum nos estudantes de medicina, sendo demonstrado em alguns trabalhos15,16

que a maioria dos alunos do curso de graduação apresenta um currículo paralelo. Um

trabalho que merece ser citado é o de Kloetzel15

que analisou informações sobre as

atividades extracurriculares (o “ensino paralelo”, como o autor denomina) de 272

estudantes de Medicina de quatro escolas médicas de São Paulo. O autor registra que,

no quarto e quinto anos do curso, dois terços dos alunos já trabalham fora da escola,

atingindo 92% no último ano, com a média de 24 horas semanais de trabalho. O

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14

principal motivador seria o desejo de um aprendizado mais apurado. O autor faz críticas

à precariedade da supervisão das atividades e à excessiva ênfase no aprendizado

hospitalar em relação ao ambulatório. É importante ressaltar a carência de um serviço

de pronto atendimento no hospital escola da Universidade Federal da Bahia, o que faz

com que os alunos da faculdade não tenham onde acompanhar os serviços relacionados

ao tema com supervisão dos professores, gerando uma demanda desse conteúdo, o que

vai ser preenchido pelo chamado currículo paralelo, muitas vezes em locais sem a

mínima estrutura ou capacidade para a transmissão de conhecimento.

Ao analisar as metas e perspectivas profissionais dos alunos, verifica-se que eles

estão de certa forma, alinhados com o futuro mercado de trabalho, pois a maioria

respondeu que acredita que o seu primeiro emprego será na “Porta de entrada” do

serviço de saúde, ou seja, os serviços de urgência e emergência e o programa de saúde

da família. Ao considerar a inserção do médico no mercado de trabalho através dos

serviços de urgência e emergência, Renato Françoso Filho conselheiro e coordenador

da Câmara Técnica de Urgência e Emergência do Cremesp, comenta que “as faculdades

não formam profissionais especializados para o atendimento nos serviços de urgência e

emergência”, revelando um dos grandes problemas da formação médica e da prestação

do serviço de saúde, pois onde deveríamos ter os profissionais mais capacitados para

agir de maneira rápida e eficiente, temos profissionais sem experiência e pior ainda, sem

formação adequada para o serviço.

Em pesquisa realizada pelo Cremesp, foi constatado que grande parte dos recém-

formados estaria atuando nessa área, sendo que a maioria deles não têm residência

médica e muitas vezes nenhuma outra experiência de trabalho. Isso resalta a

importância da formação estruturada na graduação, já que, como esses serviços

apresentam jornada longa de trabalho e baixa remuneração, não apresentam nenhum

atrativo ao médico com mais experiência e melhor formação, apresentando assim, como

o carro chefe da entrada dos profissionais médicos no mercado de trabalho, conforme

apontado pelo trabalho de Luchetti AL21

.

Segundo Garcia19

, o pronto-socorro é o local onde a experiência faz toda a

diferença, por isso a presença de médicos recém - formados nos serviços de emergência

é vista com preocupação pelos conselheiros do Cremesp, fato esse que, segundo o autor,

é inadmissível em outros países.

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VII. CONCLUSÃO

1- O ensino de emergência na Faculdade de Medicina da UFBA é visto como

insuficiente pelos estudantes de medicina do nono período.

2- Os estudantes demonstraram uma necessidade de buscar em outros locais os

meios para adquirir esse conhecimento, ficando evidente a necessidade de uma

abordagem mais ativa e direcionada por parte da faculdade no ensino de

urgência e emergência a fim de evitar a criação de um currículo paralelo.

3- Percebe- se uma necessidade de incluir na graduação um eixo que preconize a

formação em urgência e emergência, pois como citado na discussão, essa será a

provável área do primeiro emprego, da grande maioria, dos médicos recém-

formados.

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VIII. SUMMARY

The experience of emergency care on the battlefield, the development of a strong

hospital system and the emergence of prehospital shaped Emergency Medicine after the

Second World War. The development of Emergency Medicine has not been

accompanied by his education in Brazilian universities in the face of demand, have

neglected this area in the curricula of medical schools. This study aims to evaluate the

students' perception of the ninth semester of the Faculty of Medicine of Bahia / Federal

University of Bahia (FMB / UFBA) on emergency education and emergency in medical

graduation from data acquired through the application of a questionnaire the students

entering the fifth year undergraduate course (boarding) medicine FMB / UFBA. Data

were analyzed with the help of Excel 2010 application, using descriptive statistics with

simple frequency measures. All students who answered the questionnaire consider

essential knowledge, by the general practitioner, medical situations of urgency and

emergency. Also unanimously, students agreed that urgent and emergency education

should happen in the graduation period. There is a disagreement on the part of students

in relation to the urgency of teaching model and emergency on FMB / UFBA. We

conclude that there is a great demand from students of FMB / UFBA in relation to

urgent and emergency education and that they consider the model used by FMB is

insufficient for medical training.

Key words: Medical Education 2. Emergency Medicine 3. Educational Measurement

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IX. REFERÊNCIAS

1. Zink BJ. Anyone, anything, anytime - a history of emergency medicine. 1st ed.

Philadelphia: Mosby Elsevier; 2006.

2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção

Especializada Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no

Sistema Único de Saúde (SUS) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,

Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde,

2013.

3. Pazin Filho A, Scarpelini S. Medicina de Emergência na FMRP-USP Medicina

(Ribeirão Preto) 2010;43(4): 432-43

4. B. Coll-Vinent et AL. La enseñanza de la medicina de urgencias y emergencias en las

facultades de medicina españolas: situación actua. Emergencias 2010; 22: 21-27

5. Neves FF, Pazin-Filho A. Raciocínio clínico na sala de urgência Medicina (Ribeirão

Preto) 2008; 41 (3): 339-46. http://www.fmrp.usp.br/revista

6. Silva, EL. Avaliação do nível de conhecimento do uso de protocolos de urgência e/ou

emergência médica na clínica odontológica.

7. Almeida AO, Araújo IEM, Dalri MCB, Araujo S. Conhecimento teórico dos

enfermeiros sobre parada e ressuscitação cardiopulmonar, em unidades não hospitalares

de atendimento à urgência e emergência. Rev. Latino-Am. Enfermagem 19(2):[08

telas]mar-abr 2011.www.eerp.usp.br/rlae

8. Martins, HS; NETO, AS; VELASCO, IT. Emergências clínicas. Ed. Manole, 2008.

9. CREMESP. Especialidades médicas no Estado de São Paulo.CREMESP; 2008.

10. Ministério da Saúde (BR). Portaria n.º 2048/GM, de 5 de novembro de 2000.

Regulamento técnico dos sistemas estaduais de urgência e emergência. Brasília; 2002.

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18

11. Miró O, Sánchez M, Espinosa G, Coll-Vinent B, Bragulat E, Millá J.Analysis of patient

flow in the emergency department and the effectof an extensive reorganisation. Emerg

Med. J 2003;20:143-8.

12. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. RESOLUÇÃO

Nº 3, DE 20 DE JUNHO DE 2014

13. Thomas TL. Developing and implementing emergency medicine programs globally.

Emerg Med Clin North Am 2005 Feb;23(1):177-97

14. Razzak JA, Kellerman AL. Emergency medical care in developing countries: is it

worthwhile? Bulletin of the World Health Organization 2002;80(11):900-5.

15. Kloetzel K. O ensino paralelo da Medicina. In: Federação Pan-Americana de

Associações de Faculdades (Escolas) de Medicina; Associação Brasileira de Educação

Médica. Anais da VI Conferência Pan-americana de Educação Médica, XIV Congresso

Brasileiro de Educação Médica, 1976 nov. 17-19; Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:

ABEM; 1976. p.669-674.

16. Santos JS. Da fundação do Hospital das Clínicas à criação da Unidade de Emergência e

sua transformação em modelo nacional de atenção hospitalar às urgências. Medicina,

Ribeirão Preto 2002;35(3):403-18.

17. Oliveira HL. Simpósio Medicina de urgência - apresentação.Medicina (Ribeirão Preto)

1982;15(Supl.).

18. Oliveira JAM, Sakamato AC, Lodi WRN. Corpo docente da Faculdade de Medicina de

Ribeirão Preto - USP: necessidades atuais e política de expansão. 1997. Report

No.:97.1.1219.17.9.

19. JORNAL DO CREMESP. A real situação das unidades de pronto-atendimento e prontos-

socorros: condições de trabalho e acolhimento dos pacientes estão à beira de um colapso. Edição

254 - 11/2008 ESPECIAL (JC pág. 6)

20. Santos J, Scarpelini S, Lopes S, Ferraz C, Dallora MELV, Sá MFS. Avaliação do

modelo de organização da unidade de emergência do HCFMRP-USP, adotando, como

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19

referência, as políticas nacionais de atenção às urgências e humanização. Medicina,

Ribeirão Preto 2003;36(2/4):498-515

21. Lucchetti AL, Lucchetti G. Mercado de trabalho médico no estado de São Paulo:

análise das ofertas de empregos contidas no site “Banco de Empregos Médicos”. Rev

Soc Bras Clin Med. 2014 abr-jun;12(2):xx-xx

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X. APÊNDICES

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APÊNDICE A- Questionário aplicado aos alunos do nono semestre da Faculdade

de Medicina da Universidade Federal da Bahia

Instrumento de Coleta de Dados

_____________________________________________________________________

Titulo da pesquisa: Percepção dos alunos de medicina da Universidade Federal da Bahia

sobre o ensino de Urgência e Emergência

SEGMENTO DEMOGRÁFICO:

1. Gênero:

( ) Feminino ( ) Masculino

2. Data de nascimento:

___/___/___

3. Semestralizado:

S ( ) N ( )

SEGMENTO TÉCNICO:

4. Você acha importante o conhecimento, por parte do médico generalista, das

SITUAÇÕES médicas de urgência / emergência?

( ) sim ( ) não

5. Em caso afirmativo, em que período da formação você acharia mais apropriado o

ensino dessas intercorrências e os protocolos de atendimento das mesmas?

( ) graduação de medicina

( ) pós-graduação/ residência médica

( ) curso de aperfeiçoamento (ATLS, ACLS, BLS)

( ) outros

6. Você já recebeu ou participou de curso sobre o tema abordado?

( ) sim

( ) não

Qual? _________________________________

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7. Destes temas abaixo, indique o grau de adequação às necessidades do ensino clínico

de Urgencia e emergencia NA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA.

Rede de Referenciacão

( ) Bastante adequado

( ) Adequado

( ) Pouco adequado

( ) Inadequado

Triagem

( ) Bastante adequado

( ) Adequado

( ) Pouco adequado

( ) Inadequado

Monitorização

( ) Bastante adequado

( ) Adequado

( ) Pouco adequado

( ) Inadequado

Suporte basico de vida

( ) Bastante adequado

( ) Adequado

( ) Pouco adequado

( ) Inadequado

Urgencias cardiovasculares

( ) Bastante adequado

( ) Adequado

( ) Pouco adequado

( ) Inadequado

Emergencias toxicologicas

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( ) Bastante adequado

( ) Adequado

( ) Pouco adequado

( ) Inadequado

Emergencias neurologicas

( ) Bastante adequado

( ) Adequado

( ) Pouco adequado

( ) Inadequado

Emergencias endocrinas

( ) Bastante adequado

( ) Adequado

( ) Pouco adequado

( ) Inadequado

Atendimento ao politraumatizado

( ) Bastante adequado

( ) Adequado

( ) Pouco adequado

( ) Inadequado

8. Você concorda com o modelo de ensino de Urgência e Emergência que existente na

Faculdade de Medicina da Bahia?

( ) Não concordo totalmente

( ) Não concordo parcialmente

( ) Indiferente

( ) Concordo parcialmente

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( ) Concordo totalmente

9. Você já fez estagio extracurricular em urgência e emergência

( ) sim ( ) não

10. Caso a resposta anterior tenha sido afirmativa,qual o local onde você realizou o

estagio: ________________________________________________

11. Você fez ou faz parte de alguma Liga acadêmica ou grupo de estudo que aborde

situações de urgência e emergência regularmente?

( ) sim ( ) não

12. Você considera necessário o ensino curricular das urgências e emergências médicas

pelas faculdades de medicina ?

( ) sim ( ) não

13. Após a conclusão do curso, em qual desses locais você gostaria de trabalhar?

Consultório medico ( )

Hospital ( )

PFS ( )

Médicos Sem Fronteiras( )

UTI ( )

Serviços de Urgência e Emergência( )

Outro ( ) __________________

14. Onde você considera ser mais fácil conseguir emprego após a sua formatura?

Consultório medico ( )

Hospital ( )

PFS ( )

Médicos Sem Fronteiras( )

UTI ( )

Serviços de Urgência e Emergência ( )

Outro ( ) __________________

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APÊNDICE B- Termo de consentimento Livre e Esclarecido utilizado na pesquisa

intitulada “Percepção dos alunos de medicina da Universidade Federal da Bahia

sobre o ensino de urgência e emergência”

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

_______________________________________________

TÍTULO DA PESQUISA: “Percepção dos alunos de medicina da Universidade Federal da

Bahia sobre o ensino de urgência e emergência”.

Você está sendo convidado (a) pela estudante Neemias da Silva Dias, matrícula

212101522, do curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Bahia (FMB) da Universidade

Federal da Bahia (UFBA), orientanda do Dr. André Gusmão Cunha (CRM-BA 12988),

professor assistente da FMB-UFBA, para participar de estudo com o título acima citado.

O estudo deseja analisar a percepção dos estudantes de medicina da FMB sobre o ensino de

urgência e emergência, avaliando o impacto desse na formação dos mesmos. Outros

objetivos da pesquisa incluem: Avaliar a satisfação dos estudantes de medicina em

relação ao ensino de urgência e emergência e analisar se há necessidade de mudanças no

ensino de urgência e emergência na Faculdade de Medicina da Bahia.

Será aplicado um questionário não identificado, contendo informações para o

levantamento dos dados. A sua anuência sobre a participação no estudo implica napermissão

para aplicaçãodo questionário anexado. Ao preencher o questionário, você estará também

autorizando a publicaçãodos resultados obtidos com os dados coletados neste questionário,

estando para isso ciente do total seguimento pelos pesquisadores dos aspectos éticos

determinados pela Resolução 466/2012 do Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Saúde.

Os registros da sua participação no estudo serão mantidos confidencialmente, sendo do

conhecimento apenas da equipe da pesquisa. Os riscos presentes na execução deste projeto de

pesquisa são a quebra da confidencialidade e a exposição pública das informações prestadas

pelos participantes. Visando a não ocorrência deste tipo de eventualidade, serão tomadas todas

as medidas necessárias para a manutenção da privacidade e do sigilo no manejo das

informações, seja no ambiente virtual ou não. Não há benefício direto para o participante desse

estudo.Como benefício coletivo, tem-se a possibilidade de fornecer dados que subsidiem

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medidas destinadas a melhorar o cenário da formação dos estudantes de medicina da

FMB/UFBA.

Caso deseje participar do estudo,você terá o direito de conhecer os seus resultados, bem

como ser informado (a) da data e do local de apresentação deste trabalho.Você tem a plena

liberdade de escolher participar desta pesquisa ou não. Caso opte pela não participação,você não

estará sujeito a qualquer tipo de prejuízo ou penalidade. É assegurado ainda que, caso aceite

participar da pesquisa, você poderá, a qualquer momento, retirar o seu consentimento. Em caso

de dano pessoal, diretamente causado por qualquer etapa deste estudo (nexo causal

comprovado), você terá direito às indenizações legalmente estabelecidas.

Se tiver alguma dúvida, antes ou no curso da pesquisa, ou ainda se tiver alguma reclamação a

fazer, você poderá procurar, a qualquer momento, os pesquisadores responsáveis por este

projeto, ou o Comitê de Ética em Pesquisa da FMB-UFBA, cujos contatos seguem abaixo.

Equipe da Pesquisa:1. André Gusmão Cunha (pesquisador responsável). Telefone: (71) 9159-

6866. E-mail: [email protected]. 2. Neemias da Silva Dias. Telefone: (71) 9148-3882.

E-mail: [email protected]. Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da

Bahia:Telefone: (71) 3283-5564. E-mail:[email protected]. Endereço: Largo do Terreiro de

Jesus, s/n, Centro Histórico, CEP 40.026-010, Salvador, Bahia, Brasil.

Se estiver satisfeito (a) com as explicações acima e concordar em participar desse estudo,

exclusivamente na condição de voluntário (a) e, portanto, sem nenhuma forma de remuneração,

assine o seu nome no campo abaixo.

Assinatura do participante: ______________________________________________

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XI. ANEXO

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