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MONTAGEM E ALINHAMENTO DE MÁQUINAS PROIBIDA REPRODUÇÃO

Mont Alinham Maq 2009

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alinhamento de maquinas

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MONTAGEM E ALINHAMENTODE MÁQUINAS

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MONTAGEM E ALINHAMENTODE MÁQUINAS

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Federação das Indústrias do Estado do Rio de JaneiroEduardo Eugenio Gouvêa VieiraPresidente

Diretoria-Geral do Sistema FIRJANAugusto Cesar Franco de AlencarDiretor

Diretoria Regional do SENAI-RJRoterdam Pinto SalomãoDiretor

Diretoria de EducaçãoAndréa Marinho de Souza FrancoDiretora

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MONTAGEM E ALINHAMENTODE MÁQUINAS

Rio de Janeiro2008

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Produção EditorialCoordenaçãoRevisão TécnicaRevisão EditorialColaboraçãoProjeto GráficoEditoração

Vera Regina Costa AbreuAlda Maria da Glória Lessa BastosÉzio ZerboneRaquel Soares CorreaAntonio Carlos Cezar de CarvalhoArtae Design & CriaçãoConexão Gravatá Ltda.

Montagem e alinhamento de máquinas1ª. ed. 2003; 2ª. ed. 2008.

SENAI-Rio de JaneiroDiretoria de Educação

SENAI - Rio de JaneiroGEP - Gerência de Educação ProfissionalRua Mariz e Barros, 678 - Tijuca20270-903 - Rio de Janeiro - RJTel: (21) 2587-1323Fax: (21) 2254-2884 http://www.rj.senai.org.br

Ficha Técnica

Gerência de Educação ProfissionalGerência de Produto

Luis Roberto ArrudaDarci Pereira Garios

Edição revista da apostila Montagem e alinhamento demáquinas do convênio SENAI-RJ /MICHELIN, 2001.

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APRESENTAÇÃO................................................... 11

UMA PALAVRA INICIAL ........................................ 13

ALINHAMENTO DE MÁQUINAS............................... 17

Montagem de estruturas .......................................................... 19

• Folha de instruções ..........................................................................19• Praticando ...................................................................................... 24• Conceito de alinhamento .................................................................. 25• Alinhamento de máquinas ................................................................. 26• Alinhamento de eixos ....................................................................... 27• Praticando ...................................................................................... 31• Classificação de alinhamento na mecânica .......................................... 32• Requisitos necessários para alinhar ou conferir alinhamentos................ 33• Praticando ...................................................................................... 58• Recursos para manter o alinhamento ................................................. 62• Serviços de manutenção no alinhamento ............................................ 62

REGULAGEM DE MÁQUINAS .................................. 69

Regulagem de máquinas ........................................................... 71

• Seqüência para obter um paralelismo ................................................ 74• Normas internas .............................................................................. 75• Materialização dos eixos X e Y ...........................................................76• Montagem do teodolito ..................................................................... 77• Teodolito e prisma autocolimador ...................................................... 80• Verificação geométria de uma fresadora ............................................. 83• Ajuste do subconjunto forma rolo/rolo raspador .................................. 84• Verificação de concentricidade de tambor ........................................... 85• Praticando ...................................................................................... 88• Máquinas de ajuste fino .................................................................... 90• Praticando ...................................................................................... 92

Sumário

1

2

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Prezado aluno,Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que, desse

momento em diante, estaria fazendo parte do maior sistema de educação profissional do país:

o SENAI. Há mais de 60 anos, estamos construindo uma história de educação voltada para o

desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira e da formação profissional de jovens e

adultos.

Devido às mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode continuar

com uma visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além do domínio

do conteúdo técnico de sua profissão, competências que lhe permitam decidir com autonomia,

proatividade, capacidade de análise, solução de problemas, avaliação de resultados e propostas

de mudanças no processo do trabalho. Você deverá estar preparado para o exercício de papéis

flexíveis e polivalentes, assim como para a cooperação e a interação, o trabalho em equipe e o

comprometimento com os resultados.

Soma-se, ainda, que a produção constante de novos conhecimentos e tecnologias exigirá

de você a atualização contínua de seus conhecimentos profissionais, evidenciando a necessidade

de uma formação consistente que lhe proporcione maior adaptabilidade e instrumentos

essenciais à auto-aprendizagem.

Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educação

se organizem de forma flexível e ágil, motivos esses que levaram o SENAI a criar uma estrutura

educacional com o propósito de atender às novas necessidades da indústria, estabelecendo

uma formação flexível e modularizada.

Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuidade

à sua educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infra-estrutura necessária ao seu

desenvolvimento, você poderá contar com o apoio técnico-pedagógico da equipe de educação

dessa escola do SENAI para orientá-lo em seu trajeto.

Mais do que formar um profissional, estamos buscando formar cidadãos.

Seja bem-vindo!

Andréa Marinho de Souza Franco

Diretora de Educação

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SENAI-RJ 11

A dinâmica social dos tempos de globalização exige dos profissionais atualização constante.

Mesmo as áreas tecnológicas de ponta ficam obsoletas em ciclos cada vez mais curtos, trazendo

desafios renovados a cada dia, e tendo como conseqüência para a educação a necessidade de

encontrar novas e rápidas respostas.

Nesse cenário, impõe-se a educação continuada, exigindo que os profissionais busquem

atualização constante durante toda a sua vida – e os docentes e alunos do SENAI-RJ incluem-se

nessas novas demandas sociais.

É preciso, pois, promover, tanto para os docentes como para os alunos da educação

profissional, as condições que propiciem o desenvolvimento de novas formas de ensinar e

aprender, favorecendo o trabalho de equipe, a pesquisa, a iniciativa e a criatividade, entre outros

aspectos, ampliando suas possibilidades de atuar com autonomia, de forma competente.

O curso Montagem e alinhamento de máquinas foi especialmente organizado para os

trabalhadores de manutenção, na área da mecânica, que desejam dar continuidade aos estudos

para aperfeiçoar conhecimentos e, em conseqüência, tornar sua prática profissional mais

eficiente e capaz de atender às exigências do mercado de trabalho.

Durante seus estudos, você terá o apoio constante do docente e também deste material

didático. Nele se encontram os conteúdos a serem trabalhados na sala de aula e nas oficinas,

além de variados exercícios. Sua principal finalidade é facilitar a aprendizagem e o alcance do

objetivo previsto, ou seja, fazer o alinhamento e a regulagem de máquinas, usando com precisão

as técnicas indicadas.

Desejamos para você êxito nessa jornada de estudo e sucesso na vida profissional.

Apresentação

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Apresentação

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Meio ambiente...

Saúde e segurança no trabalho...

O que é que nós temos a ver com isso?

Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a

relação entre o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no

trabalho.

As indústrias e os negócios são a base da economia moderna. Produzem os bens e serviços

necessários, e dão acesso a emprego e renda; mas, para atender a essas necessidades, precisam

usar recursos e matérias-primas. Os impactos no meio ambiente muito freqüentemente

decorrem do tipo de indústria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de como

produz.

É preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente. Estamos

sempre retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que “sobra” de

volta ao ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessários para produzir

bens, altera-se o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos recursos

naturais que não são renováveis ou, quando o são, têm sua renovação prejudicada pela velocidade

da extração, superior à capacidade da natureza para se recompor. É necessário fazer planos de

curto e longo prazos, para diminuir os impactos que o processo produtivo causa na natureza.

Além disso, as indústrias precisam se preocupar com a recomposição da paisagem e ter em

mente a saúde dos seus trabalhadores e da população que vive ao redor dessas indústrias.

Com o crescimento da industrialização e a sua concentração em determinadas áreas, o

problema da poluição aumentou e se intensificou. A questão da poluição do ar e da água é

bastante complexa, pois as emissões poluentes se espalham de um ponto fixo para uma grande

região, dependendo dos ventos, do curso da água e das demais condições ambientais, tornando

difícil localizar, com precisão, a origem do problema. No entanto, é importante repetir que,

quando as indústrias depositam no solo os resíduos, quando lançam efluentes sem tratamento

em rios, lagoas e demais corpos hídricos, causam danos ao meio ambiente.

Uma palavra inicial

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Uma palavra inicial

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14 SENAI-RJ

O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contínua acumulação de lixo mostram a

falha básica de nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matérias-primas

através de processos de produção desperdiçadores e que produzem subprodutos tóxicos.

Fabricam-se produtos de utilidade limitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos

aterros. Produzir, consumir e dispensar bens desta forma, obviamente, não é sustentável.

Enquanto os resíduos naturais (que não podem, propriamente, ser chamados de “lixo”)

são absorvidos e reaproveitados pela natureza, a maioria dos resíduos deixados pelas indústrias

não tem aproveitamento para qualquer espécie de organismo vivo e, para alguns, pode até ser

fatal. O meio ambiente pode absorver resíduos, redistribuí-los e transformá-los. Mas, da mesma

forma que a Terra possui uma capacidade limitada de produzir recursos renováveis, sua

capacidade de receber resíduos também é restrita, e a de receber resíduos tóxicos praticamente

não existe.

Ganha força, atualmente, a idéia de que as empresas devem ter procedimentos éticos que

considerem a preservação do ambiente como uma parte de sua missão. Isto quer dizer que se

devem adotar práticas que incluam tal preocupação, introduzindo processos que reduzam o

uso de matérias-primas e energia, diminuam os resíduos e impeçam a poluição.

Cada indústria tem suas próprias características. Mas já sabemos que a conservação de

recursos é importante. Deve haver crescente preocupação com a qualidade, durabilidade,

possibilidade de conserto e vida útil dos produtos.

As empresas precisam não só continuar reduzindo a poluição, como também buscar novas

formas de economizar energia, melhorar os efluentes, reduzir a poluição, o lixo, o uso de matérias-

primas. Reciclar e conservar energia são atitudes essenciais no mundo contemporâneo.

É difícil ter uma visão única que seja útil para todas as empresas. Cada uma enfrenta desafios

diferentes e pode se beneficiar de sua própria visão de futuro. Ao olhar para o futuro, nós (o

público, as empresas, as cidades e as nações) podemos decidir quais alternativas são mais

desejáveis e trabalhar com elas.

Infelizmente, tanto os indivíduos quanto as instituições só mudarão as suas práticas quando

acreditarem que seu novo comportamento lhes trará benefícios — sejam estes financeiros,

para sua reputação ou para sua segurança.

A mudança nos hábitos não é uma coisa que possa ser imposta. Deve ser uma escolha de

pessoas bem informadas a favor de bens e serviços sustentáveis. A tarefa é criar condições que

melhorem a capacidade de as pessoas escolherem, usarem e disporem de bens e serviços de

forma sustentável.

Além dos impactos causados na natureza, diversos são os malefícios à saúde humana

provocados pela poluição do ar, dos rios e mares, assim como são inerentes aos processos

produtivos alguns riscos à saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, acidente do trabalho

é uma questão que preocupa os empregadores, empregados e governantes, e as conseqüências

acabam afetando a todos.

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Uma palavra inicial

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SENAI-RJ 15

De um lado, é necessário que os trabalhadores adotem um comportamento seguro no

trabalho, usando os equipamentos de proteção individual e coletiva, de outro, cabe aos

empregadores prover a empresa com esses equipamentos, orientar quanto ao seu uso, fiscalizar

as condições da cadeia produtiva e a adequação dos equipamentos de proteção.

A redução do número de acidentes só será possível à medida que cada um – trabalhador,

patrão e governo – assuma, em todas as situações, atitudes preventivas, capazes de resguardar

a segurança de todos.

Deve-se considerar, também, que cada indústria possui um sistema produtivo próprio, e,

portanto, é necessário analisá-lo em sua especificidade, para determinar seu impacto sobre o

meio ambiente, sobre a saúde e os riscos que o sistema oferece à segurança dos trabalhadores,

propondo alternativas que possam levar à melhoria de condições de vida para todos.

Da conscientização, partimos para a ação: cresce, cada vez mais, o número de países,

empresas e indivíduos que, já estando conscientizados acerca dessas questões, vêm

desenvolvendo ações que contribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa saúde.

Mas, isso ainda não é suficiente... faz-se necessário ampliar tais ações, e a educação é um

valioso recurso que pode e deve ser usado em tal direção. Assim, iniciamos este material

conversando com você sobre o meio ambiente, saúde e segurança no trabalho, lembrando que,

no seu exercício profissional diário, você deve agir de forma harmoniosa com o ambiente,

zelando também pela segurança e saúde de todos no trabalho.

Tente responder à pergunta que inicia este texto: meio ambiente, saúde e segurança no

trabalho – o que é que eu tenho a ver com isso? Depois, é partir para a ação. Cada um de nós é

responsável. Vamos fazer a nossa parte?

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Uma palavra inicial

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Alinhamento demáquinas

1

Nesta seção...

Montagem de estruturas

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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Montagem de estruturas

A montagem de estruturas de máquinas compreende tanto a montagem da máquina

propriamente dita, quanto a montagem do conjunto, no local de utilização desta máquina. A

seguir estudaremos apenas a montagem do conjunto da máquina no local de utilização, através

de exemplos práticos que retratam as experiências do nosso dia a dia na indústria.

Folha de instruções

Vamos analisar o exemplo que segue.

Folha de instruções

Idealizada pelo setor de estudo de projetos, visando um pedido de modificação de estrutura

de um posto.

Conjunto (exemplo: Enrolagem Posto BI-MS380).

ObjetivoIndicar qual o objetivo a que se destina a modificação proposta.

Exemplo: substituir a motorização pneumática da enrolagem do intercalar no posto BI-

MS380 por motor redutor elétrico RF30....(código pdr....)PROIBID

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Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

I - Peças a fabricar

1ª opção:

A quantidade indicada é para uma máquina.

1. A peça D57 pode ser adquirida por compra (do fabricante N ou externa), ou ser

retirada do armazém PDR (neste caso, é preciso fazer previsão do consumo

antecipadamente).

2. A peça D59 poderá ser fabricada a partir do código PDR A367 49-0. Neste caso,

é preciso retirar a peça do armazém e enviar ao fabricante (N ou externo).

As peças que possuem código PDR poderão ser adquiridas tanto por compra

externa como por requisição de reserva do armazém J (neste caso, é imperativo

antecipar a requisição).

2ª opção:

Fabricar todas as peças listadas nas folhas 3/7 e 4/7, da nomenclatura 5/107- 0302-OBE.

II – Peças a recuperar e/ou modificar

• A peça A64 deverá ser recuperada conforme o desenho 2/302-0567-OBE –rev 7 (encontra-

se danificada na máquina).

• A peça B49 (fabricada originalmente conforme o desenho 3/BR323-0869-0) deverá ser

modificada de modo a se fabricar a peça F41 (desenho 2/107-0214-OBE). Esta etapa deverá

ser realizada durante a parada de máquina para a instalação do conjunto (fazer reserva

dos meios necessários de forma a não se causar transtorno na instalação).

Quantidade

01

01

03

01

Desenho

2/107-295-OBE

4/107-296-OBE

3/323-867-O

3/323-867-O

Posição

J1

J2

D57

D59

Observação

PDR A36763-9*

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2ª opção:

Todos os materiais listados nas folhas 6/7 e 7/7 da nomenclatura 5/107-0302-OBE.

Estes materiais poderão ser adquiridos por compra externa ou por requisição do

armazém J (neste caso, fazer a previsão de consumo antecipadamente).

IV – Montagem e instalação mecânica

Montagem

É a operação de se formar subconjuntos e/ou conjuntos, de modo a facilitar a instalação no

local de utilização da modificação proposta.

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

1. Peça a recuperar é aquela que se encontra danificada e vai causar transtornos à

instalação.

2. Peça a modificar é aquela que será reaproveitada da existente e com modificação

(poderá se usar um PDR, se houver).

3. Quando a peça que se pensa recuperar não possa ser modificada durante a

instalação (por exemplo, por falta de tempo ou meios), a sua modificação deverá

ser antecipada com relação à instalação, e desde que não venha a causar uma

perda de produção; pois, caso contrário, deverá ser fabricada outra peça completa

e nova, ou se usar o PDR, se houver.

4. Toda peça a ser modificada deverá ter a indicação, dentro da folha de instrução,

de quando (isto é, antes ou durante a instalação) e se existe código PDR que

possibilite a antecipação da modificação.

III – Materiais comerciais necessários (JN e PDR)

1ª opção:

Quantidade

16

Descrição

Paraf M8X25

Código

055032-5

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22 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Instalação

É a operação de implantação da modificação no local de utilização (na máquina, no posto, etc.).

Listar os detalhes de montagem

• O conjunto de basculamento deverá vir montado conforme indicado no desenho 0/107-

0347-OBE, e também testado de forma a ter livre movimento de subida e descida. Se

necessário, ajustar a usinagem do furo da peça A67 (desenho 3/107-121-OBE).

• A solda executada sobre a peça B37 (desenho 1/314-0019-OBE) deverá ser de maneira a

possibilitar um perfeito encaixe e assentamento da peça B17 (desenho 2/314-0049-OBE),

conforme indicado sobre o desenho 1/314-0011-OBE (montagem).

• A retitude da peça B71 (desenho 2/314-0040-OBE) deverá estar de forma a não impedir o

movimento da peça B74 (desenho 3/314-0043-OBE), conforme montagem indicada no

desenho 1/314-0011-OBE.

• É importante citar detalhes de ajustes e movimentos.

• Sempre citar o número do desenho.

Listar os detalhes de instalação

• A instalação deverá ser executada conforme indicado nos desenhos 1/314-0011-OBE,

0/314-0009-OBE e nomenclatura 5/314-0010-OBE.

• A cota de 518 mm indicada sobre o desenho 0/314-0009-OBE, para a fixação da peça B97,

deverá ser ajustada na instalação, de forma a não impedir o acesso do operador no posto,

e a possibilitar o maior grau de liberdade possível ao aprovisionador.

• O alinhamento das peças B53 (desenho 4/314-0047-OBE) e B54 (desenho 4/31-0048-OBE)

deverá ser ajustado de modo que a guiagem do carro não danifique o produto (ver desenho

1/314-0011-OBE).

• É importante citar todos os detalhes e atentar para o correto funcionamento da

modificação proposta.

• Sempre citar o número do desenho.

V - Montagem/instalação hidráulica e/ou pneumática

• Indicar os números dos desenhos e nomenclatura a consultar.

• Indicar os detalhes de ajustes a efetuar (regulagens de pressão, velocidade, etc.).

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SENAI-RJ 23

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

1. Para instalação, o técnico ou responsável do setor utilizador deverá fazer e

antecipar os contatos com o serviço N, bem como prever parada de máquina

para a realização.

2. O responsável técnico (do setor utilizador) pela instalação deverá informar a

data da implantação do conjunto ao BE.

Uma boa folha de instrução não pode ter nada subentendido, pois dá margem a

dupla interpretação e, conseqüentemente, possibilitando ao erro.

VI - Instalação elétrica

• Indicar os números dos esquemas a consultar.

VII - Anexos

• Listar todos os documentos anexos (números, desenhos, nomenclaturas, esquemas, etc.).

• Descrever a modificação efetuada e atualizar o dossier BE; fazer também a indicação do

número da modificação no rodapé da folha.

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24 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Praticando

A folha de instruções deve conter dados precisos, isto é, deve ser preenchida com bastante

objetividade. Por isso, é importante realizar os exercícios a seguir para iniciar o treinamento

nesse instrumento de trabalho.

1. Montar uma estrutura de máquina requer unicamente conhecimento do local em que se

fará a montagem.

( ) certo ( ) errado

2. Utilizando o exemplo prático de nossa indústria, indicar qual a melhor seqüência para

solicitação de uma modificação em uma máquina.

A - Peças a fabricar, peças a recuperar e/ou modificar, materiais comerciais, montagem e

instalação mecânica, montagem e instalação hidráulica e/ou pneumática, instalação

elétrica, anexos e descrição da modificação.

B - Montagem e instalação hidráulica e/ou pneumática, peças a fabricar, peças a recuperar,

materiais comerciais, montagem e instalação mecânica.

C - Montagem e instalação mecânica, materiais comerciais, montagem e instalação elétrica,

peças a fabricar, peças a recuperar e anexos.

D - Peças a fabricar, peças a recuperar e/ou modificar, materiais comerciais, montagem e

instalação mecânica, montagem e instalação hidráulica e/ou pneumática, instalação

elétrica, anexos e descrição da modificação.

3. Os detalhes que deverão ser observados para o correto funcionamento da modificação

proposta não devem ser citados no pedido de modificação.

( ) certo ( ) errado

4. Se uma peça que se pensa recuperar não pode ser modificada durante a instalação, a sua

modificação deverá ser feita antecipadamente em qualquer caso.

( ) certo ( ) errado

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SENAI-RJ 25

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Conceito de alinhamento

Alinhar ou fazer alinhamento significa colocar, em uma única linha reta, três ou mais

pontos ou, então, dois ou mais segmentos de linha reta.

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26 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Alinhar, em linguagem técnica, significa deixar concêntricos (com a mesma linha de centro)

eixos, engrenagens, mancais e outras partes rotativas de equipamentos, tais como motores,

turbinas, geradores, redutores, etc., ou com linearidade entre as estruturas dos mesmos.

Alinhamento de máquinas

Todas as máquinas devem ser alinhadas com a finalidade de atender aos requisitos do

projeto.

O alinhamento malfeito pode reduzir a vida de um equipamento sensivelmente,

provocando vibrações, desgastes prematuros de mancais, fadiga em eixos, deformação em

estruturas, etc.

Exemplo:

Ao se fazer a montagem da base de um equipamento, se todos os apoios não estiverem

bem nivelados, esta base sofrerá tensões, na ocasião em que for apertada pelos parafusos

chumbadores, que, com o tempo, se tornarão deformações permanentes.

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Page 27: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 27

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Alinhamento de eixos

O processo consiste em tirar medidas radial e axial nos flanges de acoplamentos, em 4 pontos

eqüidistantes, conforme figura a seguir.

Instruções para montagem de acoplamentosdo tipo Steelflex

ESQUEMA DEMONTAGEM PARAUSINAR FUROS NOTORNO

VERIFICAÇÃO DA FOLGAE ALINHAMENTOANGULAR

VERIFICAÇÃO DOALINHAMENTOPARALELO

MONTAGEM DA GRADEELÁSTICA

X

Folga

YVer tabelapara furosmínimos emáximos

Ver tabela Ver tabela Não usarmartelode ferro

1

2

3

1

3

24

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28 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Dimensões (mm)

3F4F5F6F7F8F9F10F11F12F13F14F15F16F17F18F190F200F210F220F230F

-----------

50,850,850,850,850,8101,1101,1113,8113,8126,5

27333846566771839198108118127140152178203222235254279

Folga

Mínima

1,61,61,61,61,61,61,61,61,61,61,61,61,61,61,61,61,61,61,61,61,6

Normal

3,23,23,23,23,23,23,24,84,84,84,86,36,36,36,36,36,36,36,36,36,3

Máxima

4,04,84,84,84,86,36,39,59,59,59,512,712,712,712,712,712,712,712,712,712,7

Alinhar dentro de

X Y

0,130,130,130,130,130,250,250,250,250,300,300,300,300,300,300,300,400,400,400,400,40

P

0,130,130,130,130,130,250,250,250,250,300,300,300,300,300,300,300,400,400,400,400,40

Furomáximo

Furomínimo

Tamanho

Os números deverão ser feitos com giz ou tinta, nunca com punção.

O relógio colocado na posição radial indicará o desnivelamento dos eixos, e o colocado na

posição axial, indicará o desalinhamento angular.

Desalinhamentoradial ou paralelo

Desalinhamentoangular ou axialPROIB

IDA R

EPRODUÇÃO

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SENAI-RJ 29

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

RADIAL AXIAL

1ª leitura

0

1

3

+40

2 +20-10

4

0

+30

+10+15

Analisando os pontos 1 e 3, os dois relógios indicarão o desnivelamento e o desalinhamento,

enquanto os pontos 2 e 4 indicarão o desalinhamento angular horizontal.

Para esta verificação é necessário um dispositivo para 2 relógios. Vejamos como realizar a

operação:

• Após a montagem dos relógios, marcar os 4 pontos e zerar os relógios na posição 1.

• Girar os dois flanges até a posição 2.

• Fazer a leitura dos 2 relógios e anotar no papel.

• Girar os flanges (sempre juntos) até a posição 3.

• Anotar novamente.

• Repetir as operações no ponto 4.

• Voltar ao ponto 1.

Os relógios poderão registrar uma variação positiva (+) sentido horário ou negativa (-)

sentido anti-horário, conforme o desalinhamento.

Para analisarmos este alinhamento, devemos construir uma tabela para as anotações das

leituras, conforme exemplo a seguir.

Vejamos agora como interpretar estas leituras:

- Sempre que a haste do relógio for pressionada, o relógio marcará uma leitura positiva;

ao contrário, indicará uma leitura negativa.

Vamos analisar as leituras:

Relógio Radial

Ponto 1 = 0 Ponto 2 = +20

Vertical + Horizontal +

Ponto 3 = +40 Ponto 4 = -10

Total +40 Total +30

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 30: Mont Alinham Maq 2009

30 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Esta leitura nos mostra o acoplamento nesta posição:

Vista de frente Vista de cima

Enfatize-se que acoplamento não alinha, mas sim corrige valores residuais de

desalinhamento, e é por essa razão que os fabricantes de máquinas estabelecem

tolerâncias que devem ser seguidas para cada tipo de equipamento.

Supondo que dispuséssemos do raio laser para alinhar um equipamento, poderíamos dizer

que o alinhamento seria “quase perfeito”, mas nunca diríamos que estaria zero-zero. Sempre

teríamos valores residuais que são, na sua maioria, imprevistos e que na realidade não

justificariam um realinhamento.

Com o advento dos acoplamentos flexíveis, tornou-se possível chegarmos bem próximos

do “zero-zero”, visto que a função do acoplamento em si é corrigir os valores residuais de

desalinhamento.

Relógio Axial

Ponto 1 = 0 Ponto 2 = +10

Vertical + Horizontal -

Ponto 3 = +30 Ponto 4 = +15

Total +30 Total +5

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 31: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 31

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

1. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:

A – Alinhar ( ) Apoios bem nivelados

B – Alinhamento de máquina ( ) Medidas radial e axial em flanges

C – Alinhamento quase perfeito ( ) Colocar em linha reta 3 ou mais pontos

D – Alinhamento de eixo ( ) Através de lazer

E – Correção de desalinhamento ( ) Acoplamentos flexíveis

2. O alinhamento conseguido, através de acoplamento flexível, tornou possível chegarmos

bem próximos do “zero-zero”.

( ) certo ( ) errado

3. Para o alinhamento de dois eixos, fixamos a base do relógio em um eixo e giramos o

outro, que nos indicará o desalinhamento, caso exista.

( ) certo ( ) errado

4) Instalando-se dois relógios no flange de um eixo, podemos verificar as diferenças radiais

e angulares em relação a outro, através de 4 pontos de verificação. Zerando-se o relógio no

ponto 1, teremos as seguintes leituras em centésimos de milímetros: 1 (R0;A0), 2 (R+20;A+10),

3 (R+40;A+30), 4 (R-10;A+15). Se tivéssemos iniciado com o zero no ponto 2, qual seria a leitura

dos outros pontos?

A– 1 (R-20;A-10), 2 (R0;A0), 3 (R-40;A-30), 4 (R-10;A-15)

B – 1 (R-20;A-10), 2 (R0;A0, 3 (R+20;A+20), 4 (R-30;A+5)

C – 1 (R0;A0), 2 (R0;A0), 3 (R+40;A+30), 4 (R-10;A-15)

D – 1 (R+20;A+10), 2 (R0;A0), 3 (R-20;A-20), 4 (R-10;A+15)

E – 1 (R0;A0), 2 (R+20;A+10), 3 (R+40;A+30), 4 (R-10;A+15)

Praticando

Os exercícios a seguir tratam das questões básicas de alinhamento, que você acabou de

estudar. Não deixe de realizá-los, pois essa tarefa vai ajudá-lo a fixar os conteúdos recém-

aprendidos.

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 32: Mont Alinham Maq 2009

32 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Classificação de alinhamentona mecânica

O alinhamento em equipamentos mecânicos pode ser classificado em dois tipos:

• Estáticos

• Dinâmicos

EstáticosÉ todo e qualquer tipo de alinhamento que necessite ser feito uma única vez, e que fique

aparentemente estático em sua função de trabalho.

Exemplos:

• O alinhamento dos trilhos de uma estrada de ferro.

• O alinhamento das furações de uma torre de transmissão, e também de várias torres entre

si, etc.

DinâmicosSão alinhamentos feitos entre máquinas que trabalhavam em movimento de rotação,

translação ou de curso, tanto vertical quanto horizontal.

Exemplos:

• Hidrogeradores

• Motores

• Bombas

• Misturadores

• Pistões

• Moinhos

• Sistemas de engrenagens, etc.

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 33: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 33

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Régua de alinhamento (régua de luz)

A régua de alinhamento é um dos instrumentos mais antigos que foram criados para alinhar.

Seu perfil consiste em um prisma formado por um triângulo equilátero e comprimento de

aproximadamente 40 cm.

Este prisma normalmente é fabricado em aço e seus vértices deverão ser precisamente

retilíneos, pois deles dependem a precisão do alinhamento.

O alinhamento feito com este tipo de instrumento é grosseiro e muito pouco usado

atualmente, pois também é importante a precisão do acabamento dos flanges e da visualização

do técnico.

Consiste em colocar um dos vértices do prisma sobre as faces do diâmetro externo dos

flanges a serem acoplados e, com auxílio de uma lâmpada, verificar visualmente a precisão do

alinhamento.

Requisitos necessários para alinharou conferir alinhamentos

Instrumentos necessáriosDe acordo com a precisão requerida, devem ser escolhidos os instrumentos descritos a

seguir.

Prumo

O prumo é um instrumento

formado de uma peça de metal

suspensa por um fio e serve para

determinar a direção vertical. É muito

usado nas construções para verificar

a perpendicularidade, ou o prumo de

qualquer estrutura, ou parte dela.

PROIBID

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Page 34: Mont Alinham Maq 2009

34 SENAI-RJ

Também chamado de nível de

bolha, o nível de precisão consiste de

uma base de aço, na qual é inserido

um recipiente transparente, geral-

mente cilíndrico, contendo líquido de

baixa viscosidade e densidade,

hermeticamente fechado.

A quantidade de líquido colocada dentro do cilindro é calculada de tal maneira que se

forme, quando em uso, uma bolha calibrada, cuja sensibilidade deve acusar a mínima diferença

de perpendicularidade de um plano em relação à gravidade terrestre.

A precisão requerida para níveis usados em alinhamentos de máquinas é de 0,05 mm/m,

ou também 0,002”/pé. O que significa que cada traço divisório da bolha corresponde a um

desnível de 0,05 mm para um metro de comprimento ou 0,002” para um pé.

Para se verificar o nivelamento, deve-se colocar o nível de bolha sobre o eixo, examinar o

desnivelamento e corrigi-lo até que a bolha se equilibre no centro do nível.

Apalpador de folga

Em complemento ao alinha-

mento feito com a régua, eram usados

os acopladores de folga, para o

alinhamento axial.

O apalpador de folgas, também

chamado de calibrador de folgas, consiste de

várias lâminas de espessura calibrada, variando

de 5 em 5 centésimos de milímetro, desde 0,05

mm até 1,00 mm, ou também em polegadas.

A maneira de usá-lo em alinhamento é, após

apertar levemente os flanges de uma máquina, verificar a folga existente entre eles e alinhar a

máquina até que a folga desapareça, ou então que fique igualmente distribuída.

É um alinhamento grosseiro, que poderá criar tensões nos eixos do equipamento ou nos

próprios flanges, por imperfeições na usinagem.

Nível de precisão

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 35: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 35

Nível ótico

O nível ótico também usa a perpendicularidade

de um plano em relação à gravidade terrestre, criado

pelo instrumento para estabelecer o nivelamento.

Consiste de uma luneta de precisão montada

sobre um tripé, a qual é nivelada também por uma

bolha.

Uma vez acertado o seu próprio nivelamento, o

nível ótico estabelece um plano, onde qualquer ponto

que for visto através de sua luneta estará nivelado.

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Micrômetro com dispositivo de sinal de contato

Principalmente para alinhamento de máquinas verticais, é necessário o uso de

micrômetros de sinal de contato.

O micrômetro de sinal de contato é um micrômetro para medidas internas que serve como

interruptor de um sinal elétrico. A finalidade é detectar o mais sensível toque entre as partes que

estão sendo medidas.

O uso deste tipo de micrômetro se faz necessário, visto que o alinhamento de uma máquina

em relação a um fio de aço requer uma absoluta condição de paralelismo, tanto para o prumo de

uma máquina vertical, quanto para o alinhamento com fio de aço de uma máquina de três

pedestais.

Sem o dispositivo de sinal de contato, originaria tomadas errôneas de medida, pois, por

erros de visualização humana, tenderíamos a empurrar o fio que está sendo usado como

referência.

O uso deste processo é feito da seguinte maneira:

Coloca-se um contato do sinalizador no fio de aço, o qual deverá estar completamente

isolado do restante do equipamento; em seguida, coloca-se o outro contato do sinalizador no

eixo a ser comparado.

Ao se tirar a medida, o menor contato entre o eixo, o micrômetro e o fio fecha o circuito do

sinalizador, anunciando a precisão da medida que está sendo tomada. Deve-se, então, ler no

micrômetro e registrar a medida obtida.

5455565758

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 36: Mont Alinham Maq 2009

36 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Alinhamento e centragem depeças nas máquinas

Relógio indicador (apalpador)

Relógios indicadores são dispositivos que servem para ampliar pequenas medidas,

normalmente abaixo de 1 mm.

O uso destes dispositivos permite corrigir erros de alinhamento imperceptíveis ao olho

humano.

O relógio indicador é composto de uma haste apalpadora, um sistema de engrenagens e

um mostrador.

Qualquer movimentação da haste apalpadora é transmitida ao sistema de engrenagens,

que amplia a medida tomada e a indica através de um ponteiro no mostrador.

O mostrador é dividido em 100 partes de 0,01 mm, ou em milésimos de polegada.

Há um contador de voltas completas do ponteiro maior, colocado na parte inferior do

próprio mostrador.

Para se fazer uma boa leitura com um relógio indicador, deve-se deixar sua haste pressionada

de tal forma que o ponteiro possa completar, no mínimo, duas voltas no sentido horário, e

também duas voltas no sentido oposto.

O relógio indicador deve ser montado de maneira que a haste do mesmo fique perpendicular

ao centro do flange, para medidas radiais, ou então paralela à linha de centro do eixo, para

medidas axiais.

Outros equipamentos (gabaritos) também auxiliam no alinhamento, porém os principais

são os anteriormente descritos.

PROIBID

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Page 37: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 37

Instrumentos de mediação indireta (comparação)

O instrumento de medida é o meio pelo qual procuramos conhecer, com grau de precisão,

previamente estabelecido, quais as dimensões de uma peça.

A medida pode ser direta ou indireta.

A direta é quando a medida da peça é feita por meio de um instrumento de medida, régua

graduada, paquímetro, transferidor, etc. E é indireta quando se faz através de instrumento não

graduado, que transfere a dimensão a ser conhecida para outro, graduado, onde se lê a medida.

Os instrumentos típicos, usados nesse processo, são: o compasso de articulação central para

medidas externas e internas, etc.

Compassos

Compasso de medir é um instrumento constituído de duas pernas articuladas que podem

ser ajustadas em diversas separações para a execução de medidas. A articulação pode ser fixada

por meio de mola e pivô ou por meio do parafuso ou rebite. A separação é regulada por meio de

parafusos ou porcas recartilhadas.

Há os compassos para medidas externas que servem para medir diâmetros de peças

cilíndricas; por exemplo, compasso de volta.

Os de medidas internas, comumente chamados de pernas, são apropriados para medir

diâmetros de furos ou distâncias entre superfícies, de rasgos ou outras depressões.

A

B

DE

C

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 38: Mont Alinham Maq 2009

38 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Para medir com o compasso, as duas pontas devem tocar as superfícies ligeiramente.

Isto é obtido por um ligeiro movimento de vaivém, sentindo-se o contato com a peça (figura E).

Quando se toma medidas em uma régua, para transferi-las à obra, um extremo do

compasso de medida externa é apoiado contra o extremo da régua e o outro é regulado de

acordo com a graduação da régua (figura F).

Com o compasso de medida interna, o extremo da régua e a ponta do compasso são

colocados em contato com qualquer superfície plana e lisa; a outra ponta do compasso é regulada

pela graduação da régua.

Compasso para parafusos: tem a forma geral de um compasso para medida externa, mas

suas pontas são afiladas em forma de V para adaptação no fundo dos filetes dos parafusos. É

usado para transferir medidas de um parafuso terminado para um em confecção.

AB

CD

E F

PROIBID

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Page 39: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 39

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Limitador detolerância

Contadorde voltas

Canhão

Fuso

Ponta decontato

Ponteiro principal

Parafuso de fixação do aro

Aro

Mostrador

Capa do fuso

Relógio comparador

Apesar de apresentar uma graduação, o relógio comparador pode ser visto como um

instrumento de medição indireta, pois não nos fornece a dimensão e sim uma variação em

relação a uma referência.

Centralizador a laser

Atualmente a tecnologia nos apresenta novos equipamentos de controle de medidas,

como o centralizador a laser, desenvolvido para auxiliar o posicionamento de peças na

manufatura, como, por exemplo, o perfeito posicionamento da banda sobre a carcaça no

processo de fabricação de pneus.

Instalado na máquina aplicadora de bandas, gera um traço de luz extremamente fino e

retilíneo, auxiliando a operação de centralização da banda.

PROIBID

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Page 40: Mont Alinham Maq 2009

40 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Especificações técnicas

Luz LASER vermelho/ visível: 670 mm

Potência do feixe laser: 1 mW

Espessura do traço gerado: 1 mm

Campo de trabalho (ajuste do foco): de 300 a

1.500 mm

Abertura do feixe: 7,5 graus ou 15 graus

Características técnicas

Alimentação elétrica: 110/220 V

Consumo elétrico: 4 W

Dimensões do centralizador laser: Diâmetro 31,75 x 151 mm

Suporte ajustável: para tubo diâmetro 31,75 mm

Conhecimento da técnica de alinhamento

A técnica de alinhamento não é uma regra rígida estabelecida para cada tipo de

equipamento. Embora muitos equipamentos pareçam iguais, existem diferenças entre si, em

especificações de projeto, em inovações ou, então, em adaptações ao local de uso.

Por esta razão, para cada equipamento a ser alinhado, deve-se elaborar um roteiro de alinha-

mento ou uma programação de trabalho, como veremos mais adiante, no item com este título.

Descrevemos a seguir alguns pontos que devem ser lembrados:

Campo de trabalho

7,5º 15º

O 31,75 mm

O 60 mm

151 mm

O 31,8 mm101 mm

PROIBID

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Page 41: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 41

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Equipamentos estáticos

Em equipamentos estáticos, deve-se especial atenção aos pontos de referência e dimensões

do equipamento a ser montado. Geralmente, estes equipamentos têm acabamentos grosseiros,

os quais podem provocar desníveis ou desalinhamentos consideráveis, que só serão percebidos

no final da montagem.

Na montagem de um galpão de estruturas metálicas, o desnivelamento de uma coluna em

relação à outra só será percebido quando forem montadas as vigas do telhado.

Na montagem de tubulações soldadas, desalinhamentos ou disnivelamentos podem

provocar erros na junção com outras tubulações, ou então interferência com outros

equipamentos, por estar fora do trajeto previsto no projeto. Também não podem ser esquecidas

as bases e fundações, incluindo os testes de carga determinado para cada coluna.

A cada uma ou duas etapas da montagem, deve-se verificar se, até o ponto montado, o equi-

pamento não saiu das tolerâncias de perpendicularidade ou de prumo estabelecidas pelo projeto.

Equipamentos dinâmicos

Para efeito prático de entendimento, subdividiremos os equipamentos dinâmicos em:

Máquinas com movimento de curso

Exemplos:

- motores a explosão; e

- servomotores hidráulicos.

Sistemas de engrenagem

Exemplos:

- redutores de velocidade;

- multiplicadores de velocidade; e

- sistemas de transmissão de força.

Máquinas verticais

Mais adiante vamos apresentar algumas características desses equipamentos.

Máquinas horizontais

A seguir, vamos descrever cada um desses equipamentos.

PROIBID

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Page 42: Mont Alinham Maq 2009

42 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Movimentode curso

Entrada e saídade fluido

Entrada e saídade fluido

Válvulade

controle

Máquinas com movimento de curso

Motores a explosão

Em motores a explosão, o movimento e a força gerados pela explosão do combustível são

transmitidos por um pistão a um eixo de manivelas (virabrequim, cujo curso é estabelecido

pela volta completa deste eixo.

Este pistão deverá estar alinhado dentro do cilindro, de tal maneira que a força que ele

recebe estará distribuída uniformemente em todo o seu corpo, evitando que o mesmo tenha

movimento irregular, o que provocará seu desgaste prematuro.

Este alinhamento é controlado pelas folgas dos eixos do pistão e do virabrequim, fornecidas

pelo fabricante do equipamento.

A mesma atenção deve ser dada ao eixo de manivelas, que sofre flexão quando transmite a

força e o movimento que recebeu dos pistões à máquina acionada.

Esta flexão deve ser limitada abaixo da tolerância fornecida pelo manual de montagem do

equipamento, e durante o alinhamento do acoplamento deve ser controlada com o auxílio de

um flexímetro, para que a mesma esteja dentro dos valores estabelecidos para trabalho.

Servomotores hidráulicos

Servomotores hidráulicos são pistões que se movimentam devido à força exercida por um

fluido às suas superfícies frontais.

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 43: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 43

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

A superfície que recebe esta força determina a direção do movimento. O alinhamento

deste tipo de equipamento deve ser feito tomando-se como base as tolerâncias de folga, o

paralelismo e o perpendicularismo das superfícies do conjunto, e a concentricidade dos dois

mancais que suportam o eixo do pistão.

Sistemas de engrenagem

Regra geral, deve-se verificar sempre o paralelismo dos eixos ou sua perpendicularidade,

visando obter o melhor contato possível entre os dentes de engrenamento.

Acima de 70% entre dois dentes, o contato do par engrenado, medidos em seis posições

diferentes do diâmetro da maior engrenagem, é considerado satisfatório. Salvo em condições

especiais de trabalho, as quais devem ser definidas pelo projeto e instruções de uso do

equipamento.

O teste de contato é feito colorindo-se a superfície de dois dentes que entrarão em contato,

com azul de metileno ou outro corante próprio para demarcação de peças metálicas; em seguida,

coloca-se uma fita de papel absorvente ao longo de toda a extensão do dente.

Gira-se a engrenagem e observa-se, no papel, a revelação do contato.

Máquinas verticais

É considerada máquina vertical todo o equipamento que trabalhe com seu eixo de rotação

coaxial à gravidade terrestre.

Exemplo: hidrogerador vertical.

O alinhamento deste tipo de equipamento é feito relacionando o paralelismo entre um fio

de prumo e o eixo da própria máquina, de tal maneira que a diferença entre dois pontos de

tomada de leitura esteja dentro da tolerância fornecida pelo fabricante do equipamento, ou por

norma específica.

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 44: Mont Alinham Maq 2009

44 SENAI-RJ

D=32”

Fio BMáquina 3 12,468”

Fio AMáquina 2 Ponto 1 12,468”

12,467” Ponto2

12,469”

Ponto3 12,471”12,465”

12,462”

Ponto4 12,474”

L=45”

L=92”

L=137”

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

1

2

3

4

Fio AMáquina 2

Fio BMáquina 3

Diferençadivididapor “2”

Distânciaentre

pontos

Tabela das medidas de prumo

Fios

Pontos

Medidas em polegadas

12,468”

12,467”

12,465”

12,462”

12,468”

12,469”

12,471”

12,474”

0

0,001

0,003

0,006

0

45”

92”

137”

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 45: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 45

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

1

2

3

4

Fio CMontante

Fio DJusante

Diferençadivididapor “2”

Distânciaentre

pontos

Tabela das medidas de prumo

Fios

Pontos

Medidas em polegadas

Os valores constantes nesta tabela correspondem à parte não visível no desenho

anterior.

Todos os mancais de guia deverão ser removidos quando se fizer a

verificação de prumo do conjunto hidrogerador.

No que diz respeito às duas tabelas apresentadas, é importante destacar os seguintes pontos:

• os fios de prumo deverão ser colocados a 90 graus um do outro, e também eqüidistantes

do eixo.

• A colocação dos fios deverá ter as seguintes direções:

- montante – é a direção de tomada de água da máquina;

- jusante – a 180 graus da montante; é a direção de descarga da máquina;

- máquina 2 – 90 graus à direita da montante; e

- máquina 3 – 90 graus à esquerda da montante.

• A norma NEMA (National Eletrical Manufactures Association) determina que a tolerância

máxima para hidrogeradores e conjuntos reversíveis geradores de motores é de ¼ de

milésimo de polegada para cada pé de comprimento do eixo.

• Devido à particularidade de cada instalação e também às dificuldades locais de colocação

dos fios de prumo, deverão ser feitos dispositivos em obra que melhor se adaptem ao

equipamento e facilitem as tomadas de leituras.

• Os pontos na superfície do eixo onde serão tomadas as leituras deverão ter acabamento

retificado, sem asperezas, ressaltos, rebaixos ou ovalização.

0

45”

92”

137”

12,468

12,467

12,466

12,465

12,468

12,467

12,470

12,471

0

0

0,002

40,003

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 46: Mont Alinham Maq 2009

46 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Cota Real 200 mm

Cota de trabalho 202 mm

Sapata de suportedo pedestal

Base

Base deconcreto

Placa de ancoragem

Máquinas horizontais

Um desalinhamento vertical ou horizontal reflete evidentemente em perda de produção,

seja porque a máquina trabalha de forma incorreta, seja porque tem de ser constantemente

colocada fora de operação para manutenções ou ajustes.

Os cuidados com o alinhamento devem ser observados desde o assentamento da base até

a verificação final feita após a máquina ter trabalhado um mínimo de cinco horas.

Alinhamento de base

A primeira etapa de um alinhamento horizontal é o assentamento da base. Este

assentamento deve ser feito sobre placas de ancoragem, colocadas na região dos chumbadores,

as quais deverão estar niveladas respeitando as cotas dos desenhos de contorno do equipamento,

as fundações, e também a linha de centro do eixo da máquina que será acoplada.

Deve-se deixar uma folga em torno de 2 mm na altura do nivelamento das placas em

relação à cota estabelecida da linha de centro da máquina a ser acoplada, para ser preenchida

por calços na ocasião do ajuste final do alinhamento. Vejamos, como exemplo, a figura a seguir.

As placas de ancoragem deverão ser niveladas com nível ótico, e seu assentamento deverá

ser feito com massa de areia e cimento na proporção 2:1, usando o mínimo de água possível.

Após a cura do cimento, que demora no mínimo 72 horas, a base poderá ser montada,

apertada com torque determinado, devendo-se novamente conferir o seu nivelamento, tomando

como pontos de medição as sapatas de suporte dos pedestais. Se necessário, poderão ser feitos

alguns ajustes, colocando calços entre as placas de ancoragem e a base.

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 47: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 47

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

1

3

24

Axial

Radial

Em seguida, é feita a montagem dos pedestais, centralizando-os e nivelando-os em

relação à linha de centro do eixo da máquina a ser acoplada. Então, monta-se o restante do

equipamento, fazendo-se em seguida o alinhamento final.

Alinhamento final

O alinhamento final é feito com relógios indicadores que possuam escalas em milésimos

de polegada ou centésimos de milímetro.

Para maior facilidade do alinhamento, deve-se usar seis relógios, dois no acoplamento,

para medir as diferenças axiais e radiais, e dois em cada pedestal, para controlar as movimentações

a serem feitas durante o trabalho.

O alinhamento final consiste em colocar a máquina dentro das tolerâncias estabelecidas

pelo fabricante.

Há vários métodos para alinhamento com relógios indicadores.

O método a seguir descrito visa tornar mais prática possível, e também de mais fácil

entendimento, uma maneira de alinhar usando-se relógios indicadores.

Deve-se ressaltar que este tipo de alinhamento só poderá ser feito para máquinas que

tenham, pelo menos, dois pedestais ou mancais por eixo.

O processo de alinhamento determina que sejam tiradas leituras radial e axial, nos flanges

do acoplamento.

Essas leituras deverão ser tomadas em

quatro pontos, marcados a 90 graus um do outro,

no flange que receberá o contato da haste apal-

padora do relógio, como indicado no desenho

ao lado.

Os números deverão ser marcados com giz

ou tinta e não com punções de bico, pois estes

causam erros de leitura.

1

2

3

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 48: Mont Alinham Maq 2009

48 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

DiferençaRadial

DiferençaAxial ou Angular

O relógio colocado na radial indicará o desnivelamento vertical e horizontal entre os dois

flanges; e o que está montado na axial indicará o desalinhamento angular.

Nos pontos 1 e 3, os dois relógios em conjunto indicarão o desnivelamento e

desalinhamento angular na direção vertical, e nos pontos 2 e 4, o mesmo na direção horizontal.

Para o início da tomada de leitura, deve-se, após a montagem dos relógios com hastes

alinhadas na marca 1 do flange, colocar o número zero do mostrador na direção do ponteiro.

Em seguida, gira-se os eixos das duas máquinas até que o número 1 fique na posição onde

estava o número 2, anotando-se a leitura obtida nos dois relógios.

Movimenta-se novamente os eixos mudando a posição do número 1, para onde estava o

número 3, anotando-se também os valores obtidos e, após, repete-se a operação para onde

estava o número 4.

Conforme o desalinhamento em que

estiver a máquina, o ponteiro do relógio

se movimentará no sentido horário ou

anti-horário.

Para a movimentação no sentido

horário, é convencionado o sinal positivo

(+), e no sentido anti-horário, o sinal

negativo (-). Vejamos o exemplo ao lado.

Então, se tivermos a movimentação

do ponteiro na direção do número 10, no

sentido horário, teremos a leitura +10, e

se, ao inverso, a movimentação for de zero

para o número 90, no sentido anti-

horário, a leitura será –10.

090

80

70

6050

40

30

20

10+-

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 49: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 49

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Leituras dos relógios indicadores

1

3

24

0

+0,30 mm

+0,60 mm

-0,20 mm

1

3

24

0

+0,20 mm

+0,40 mm

+0,22 mm

0

+0,15 mm

+0,12 mm

+0,08 mm

0

+0,21 mm

-0,08 mm

+0,23 mm

0

+0,13 mm

+0,03 mm

+0,10 mm

0

+0,22 mm

-0,01 mm

+0,20 mm

Radial Axial

Leit

ura

Leit

ura

Leit

ura

Mostraremos, agora, como interpretar as leituras obtidas.

• Toda vez que a haste do relógio for pressionada, o relógio indicará leituras positivas, e

quando a mesma for distendida, indicará leituras negativas.

• Analisando as leituras colocadas na tabela anterior, temos as seguintes diferenças:

Radial

Vertical Horizontal

Ponto 1 = 0 Ponto 2 = +30

Ponto 3 = +60 Ponto 4 = -20

+60 +50

Para facilitar a interpretação e análise de alinhamento, deve-se construir uma tabela

para anotação das leituras radiais e axiais, conforme o exemplo a seguir.

+PROIB

IDA R

EPRODUÇÃO

Page 50: Mont Alinham Maq 2009

50 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Axial

Vertical Horizontal

Ponto 1 = 0 Ponto 2 = +20

Ponto 3 = +40 Ponto 4 = +22

+40 +2

• Então, teremos os acoplamentos nesta posição:

+60+40

+50

+2

Vista Lateral Vista de Topo

• Devemos ainda lembrar que as leituras que possuam sinais diferentes deverão ser somadas

e, no resultado, colocado o sinal do maior, como aconteceu na leitura horizontal radial.

Ponto 2 = +30

Ponto 4 = -20

+50

• Havendo leituras com sinais iguais, deverá ser feita a subtração. Como exemplo, temos a

leitura horizontal axial.

Ponto 2 = +20

Ponto 4 = +22

+2

Vejamos o que nos indica o sinal após efetuado o cálculo.

- Tomando-se como referência a máquina movida (nos desenhos, o flange da direita),

teremos:

-

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 51: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 51

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Leitura horizontal (vista de topo)

Radial

Corr

eçã

oC

orr

eçã

oC

orr

eçã

oC

orr

eçã

o

( + ) Deslocar todo o equipamento para a direita.

( - ) Deslocar todo o equipamento para a esquerda.

( - ) Deslocar o pedestal traseiro para a esquerda.

( + ) Deslocar o pedestal traseiro para a direita.

Axial

0

0

0

+D

-D

+B

-B

0PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 52: Mont Alinham Maq 2009

52 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Leitura vertical (vista lateral)

Radial

( + ) Retirar calços do equipamento.

( - ) Adicionar calços ao equipamento.

( + ) Adicionar calços no pedestal traseiro e/ou

retirar calços no pedestal dianteiro.

( - ) Retirar calços no pedestal traseiro e/ou

adicionar calços no pedestal dianteiro.

Corr

eçã

oC

orr

eçã

oC

orr

eçã

oC

orr

eçã

o

Axial

0

0

0

+D

-D

+B

-B

0

Corr

eçã

oC

orr

eçã

o

0

-D

0

+D

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 53: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 53

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

No esquema acima, se medíssemos os ângulos X, Y e Z, verificaríamos que possuem a

mesma quantidade de graus.

Isto significa que podemos aplicar a teoria de semelhança de triângulos, uma vez que

existe proporcionalidade entre os triângulos fechados pelas medidas A, B e C.

Partindo deste princípio, tendo uma das medidas A, B ou C, podemos calcular as outras

duas que nos interessam.

Sabendo-se o posicionamento em que se encontram os acoplamentos e também qual a

diferença, devemos então efetuar as correções como vimos nos exemplos anteriores.

Poderíamos fazer simplesmente por tentativas, colocando ou retirando calços em um

outro pedestal, para corrigir as diferenças verticais, ou, então, empurrando-os para um lado e

para outro, até conseguir acertar as diferenças horizontais. Desta forma seria muito demorado,

cansativo e trabalhoso.

Vamos mostrar, agora, como calcular aproximadamente a quantidade de calços necessários

que deverão ser colocados e qual movimentação deve ser feita em cada pedestal para que, com

poucas tentativas, alinhemos a máquina.

Em primeiro lugar, veremos a correção vertical:

Y

Z

+0,60 mm

300 mm

500 mm

B

C

L. A.

2.500 mm

L. O. A.

D= +0,60 mm + C

X

A

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 54: Mont Alinham Maq 2009

54 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Para isto basta aplicar uma regra de três simples, correlacionando a medida A com a distância

entre os dois pedestais, a medida B com o comprimento do raio do flange, e a medida C com a

distância entre a fase externa do flange e o primeiro pedestal (L A – lado do acoplamento).

A medida B é dada pelo relógio indicador, colocado na axial, que é de +0,40 mm.

Vamos então calcular a medida C:

B = +0,40 mm

+0,40

Com a medida C, vamos calcular a medida A:

A medida A significa a quantidade de calços em milímetros que devemos colocar no segundo

pedestal (LOA – lado oposto ao acoplamento).

Colocando então estes calços, acertaremos a diferença axial, restando, porém, o acerto da

diferença radial.

Considerando que, com o acerto axial, os dois flanges ficam paralelos, basta, para acertar

a radial, colocar os calços na quantidade da leitura radial D, acrescida ou diminuída da medida

calculada C, nos dois pedestais.

No nosso caso, teremos de somar a medida calculada C na medida radial, pois com o

acerto axial houve uma movimentação para baixo, na mesma quantidade desta medida. Então,

teremos:

Medida radial = + 0,60

Medida calculada C = 0,67

1,27 mm/2 = 0,63 mm

Colocaremos 0,63 mm de calço.

Para o acerto das diferenças horizontais, deveremos calcular da mesma maneira.

O primeiro passo é analisar as leituras obtidas.

A diferença axial é pequena, mas, mesmo assim, vamos calcular a medida C, para verificar

se é significativa.

As medidas inferiores a 0,05 mm não são significativas, portanto, não precisamos acertar a

axial do acoplamento.

Deve-se observar sempre as tolerâncias exigidas pelo fabricante do equipamento.

Resta-nos então efetuar a correção radial horizontal no valor da medida D, que é de 0,50 mm.

A correção da radial horizontal é feita movimentando-se os dois pedestais na direção

necessária.

Esta movimentação deverá ser feita usando-se relógios comparadores para controle da

posição do pedestal, pois o mesmo não poderá perder seu alinhamento em relação ao casquilho

do mancal ou, então, ao munhão do eixo.

São usados para a movimentação do pedestal pequenos macacos de parafusos, soldados

provisoriamente na base.

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 55: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 55

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Com estes dispositivos, consegue-se controlar a movimentação com grande precisão.

Após a execução de todas as etapas, deve-se fazer a conferência, executando uma nova

leitura no acoplamento.

Devido à impossibilidade de se conseguir as medidas de distância entre pedestais

com precisão de centésimos de milímetro, e também devido a outros fatores,

raramente se consegue na primeira correção colocar o equipamento dentro

das tolerâncias estabelecidas.

Por esta razão, deve-se repetir tantas vezes quanto forem necessárias todo o

processo de alinhamento, baseando-se nos dados da última leitura feita, até

que se obtenha as condições satisfatórias.

Alinhamento do entreferro

O alinhamento do entreferro significa distribuir igualmente o rotor dentro da folga do

estator, com a finalidade de se ter uniformidade no campo magnético da máquina.

O processo comum é de se medir a folga e distribuí-la, movimentando-se ou colocando-se

calços no estator.

Não deverá ser feita nenhuma movimentação no rotor, pois se perderia o alinhamento do

acoplamento.

Programação de trabalho

Esta é uma das mais importantes fases de um serviço de alinhamento.

Todos nós elaboramos mentalmente uma programação de trabalho para cada serviço que

temos de executar; porém, esta programação é restrita a alguns pontos que julgamos

importantes, e, com isso, podemos esquecer pequenos detalhes como uma simples requisição

de material, que poderá comprometer seriamente um cronograma de serviços, ou apressar

indevidamente uma etapa de trabalho, que deveria ser feita com calma, para se chegar a uma

boa precisão.

Conhecimento do equipamento

Em primeiro lugar devemos conhecer, o melhor possível, o equipamento no qual devemos

trabalhar. Este conhecimento deve abranger vários aspectos.

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 56: Mont Alinham Maq 2009

56 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Aspectos relevantes

Folgas Tolerâncias de trabalho do equipamento.

Dimensões Devemos ter as dimensões reais do equipamento, nas quais ele se

encontra. Devemos medir e registrar dimensões de eixo, flanges,

distância entre mancais, e outras que envolvam direta ou

indiretamente o alinhamento.

Condições Condições em que a máquina vai trabalhar; se em regime constante,

de trabalho a frio, a quente, esforços nos pedestais, etc.

Referência O que usaremos como referência, a linha de centro do eixo da

máquina movida ou motora, o fio de prumo, contatos de dentes

de engrenagem, etc.

Rigidez Devemos verificar se os pontos de apoio são suficientemente rígidos,

com a finalidade de não se perder com facilidade o alinhamento.

Material e mão-de-obra

Em seguida, programar o material e mão-de-obra que serão necessários durante a execução,

abrangendo ferramentas, calços calibrados, instrumentos e pessoal auxiliar, na quantidade correta.

Tempo de execução

Deve ser elaborado um cronograma de barras, descrevendo, em seqüência, as etapas do

serviço com o seu tempo de duração.

Diário de obra

Sempre que se executa um serviço cuja duração foi prevista para mais de 15 dias, deve ser

elaborado um diário de obra.

O diário de obra tem a finalidade de demonstrar como foi utilizado o tempo de execução do

serviço, justificando atrasos, caso haja algum imprevisto, e de fornecer ao cliente condições de

acompanhar cada etapa do trabalho executado.

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 57: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 57

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

A finalidade do relatório técnico é dar base ao pessoal que for fazer a manutenção

das condições iniciais em que o equipamento começou a funcionar; por isso,

deverá ser o mais completo possível.

Relatório técnico

Ao terminar o serviço, após os testes com carga, deve ser emitido um relatório técnico das

condições reais em que se encontra o equipamento.

Este relatório deverá conter:

• Todas as medidas e dimensões de importância do equipamento.

• A última leitura do alinhamento feita com os relógios indicadores, tanto na radial quanto

na axial.

• A quantidade de calços colocados em cada pedestal e sua espessura; deve ser lembrado

que o limite máximo de calços a ser colocado em cada pedestal é três. Cada vez que esta

quantidade for ultrapassada, deverão ser retirados e colocado somente um, com espessura

igual ao total da soma dos três anteriores.

• As medidas do entreferro da máquina também devem ser relatoriadas.

• Os dados de vibração da máquina, estando esta vazia e com carga.

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 58: Mont Alinham Maq 2009

58 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Praticando

Os exercícios a seguir vão ajudá-los a fixar os conteúdos estudados acerca da classificação

de alinhamento, do reconhecimento dos requisitos e equipamentos necessários para a alinhar

ou conferir alinhamento, e das técnicas utilizadas em equipamentos estáticos e dinâmicos.

1. Podemos dizer que alinhamento estático é aquele que fica aparentemente estático em

sua função de trabalho.

( ) certo ( ) errado

2. A utilização de uma lâmina é auxiliar na utilização do(a):

A – micrômetro com dispositivo de sinal de contato.

B – nível de precisão.

C – régua de alinhamento.

D – nível ótico.

E – apalpador de folga.

3. Existem níveis de precisão de até 0,002”/pé, o que significa que cada traço divisório da

bolha corresponde a um desnível de 0,05 mm para um metro de comprimento.

( ) certo ( ) errado

4. O dispositivo que serve para ampliar pequenas medidas está acoplado no:

A – micrômetro.

B – nível ótico.

C – nível de precisão.

D – apalpador de folgas.

E – relógio indicador.

5. O controle do alinhamento de um pistão de motor a explosão é feito:

A – pelas folgas dos eixos do pistão e do virabrequim, fornecidas pelo fabricante do

equipamento.

B – pela posição do pistão paralelo ao eixo de manivela.

C – através de um flexímetro, que mostra a flexão sofrida pelo pistão.

D – pelo movimento irregular do pistão.

E – nenhuma das respostas anteriores.

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 59: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 59

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

6. Servomotor hidráulico é:

A – um motor de serviços hidráulicos.

B – um pistão que se movimenta devido à força exercida por um fluido às suas superfícies

frontais.

C – um motor a pistão transmitindo energia hidráulica.

D – um serviço hidráulico qualquer.

E – nenhuma das respostas anteriores.

7. O engrenamento entre dois dentes de uma engrenagem é considerado satisfatório se em

seis posições medidas em diferentes diâmetros tivermos o contato de 70%.

( ) certo ( ) errado

8. Indique a primeira etapa de um alinhamento horizontal.

A – Limpeza do terreno.

B – Alinhamento de base.

C – Alinhamento através de teodolito.

D – Alinhamento através de nível ótico.

E – Nenhuma das resposta anteriores.

9. A cura do cimento (massa de areia e cimento na proporção 2:1), utilizado em base de

máquinas, deverá ser de 27 horas.

( ) certo ( ) errado

10. Nas leituras através de relógios apalpadores as marcações nos flanges deverão ser feitas

ou com punções ou com giz e tinta.

( ) certo ( ) errado

11. Se em dois pontos opostos de um flange obtivermos as variações no relógio de -30 e

+20, podemos dizer que o desalinhamento radial é de:

A -30 B +20 C -10 D +50 E +30

12. Numa montagem de dois flanges, 1 (direita) e 2 (esquerda), com o relógio apoiado no

flange 2, encontramos as seguintes leituras radiais.

Ponto 1 = 0 Ponto 2 = +30 1

Ponto 3 = +60 Ponto 4 = -20 4 + 2

3

Indique a opção correta de correção radial a ser feita no flange 1.

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 60: Mont Alinham Maq 2009

60 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

A – Retirar calço de 30 e deslocar o flange 25 para a esquerda.

B – Colocar calço de 30 e deslocar o flange 25 para a direita.

C – Retirar calço de 30 e deslocar o flange 25 para a direita.

D – Colocar calço de 30 e deslocar o flange 25 para a esquerda.

E – Nenhuma das respostas anteriores.

13. Para determinar o alinhamento radial entre dois flanges, estes deverão ter o mesmo

diâmetro.

( ) certo ( ) errado

14. Utilizamos pequenos macacos de parafuso soldados provisoriamente na base para a

movimentação de pedestal deste equipamento, conseguindo grande precisão na movimentação.

( ) certo ( ) errado

15. Alinhamento do entreferro significa:

A – colocar calços paralelos entre barras metálicas, a fim de mantê-las alinhadas.

B – entre duas máquinas deve-se alinhar, mantendo-se o paralelismo.

C – espaçar igualmente um rotor de um estator de um motor elétrico, para manter o

campo magnético uniforme.

D – colocar dois eixos de aço concêntricos.

E – Nenhuma das respostas anteriores.

16. Para o bom alinhamento de um equipamento temos de conhecê-lo bem. Este

conhecimento deve abranger, por exemplo, as folgas ou:

A – tolerâncias de trabalho do equipamento.

B – dimensões reais.

C – condições de trabalho.

D – referências.

E – apoios rígidos.

17. São recursos para conservar o alinhamento:

A – Colocação de pinos guias nas partes removíveis.

B – Apertar os parafusos com torque certo.

E – Eliminar principalmente as baixas vibrações na máquina.

D – As respostas A e B estão corretas.

E – Nenhuma das respostas anteriores.

18. Pode haver desalinhamento de uma máquina por fatores externos à mesma.

( ) certo ( ) errado

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 61: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 61

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

19. O item mais importante na manutenção do alinhamento na montagem da estrutura de

uma prensa de cozimento em nossa indústria é:

A – resina de Sikadur.

B – base com 300 mm de espessura.

C – o traçado com teodolito.

D – o carro gabarito.

E – o nivelamento das placas de resina.

20. Solicite ao instrutor os meios necessários para a montagem da estrutura do ciclo-redutor,

e alinhe o conjunto para teste de funcionamento.

21. Um dos exemplos de instrumento de medição indireta é o paquímetro.

( ) certo ( ) errado

22. O compasso de pernas é utilizado para medir:

A – eixos.

B – chapas.

C – furos.

D – barras.

E – nenhuma das respostas anteriores.

23. Um dos itens abaixo indica a maior desvantagem da medição com compasso:

A – Transferência para outro instrumento.

B – Não exatidão da medição.

C – Quanto maior a medida, mais difícil a leitura.

D – Muitas maneiras de se medir.

E – Nenhuma das respostas anteriores.

24. O compasso de voltas serve para medir diâmetros internos e o compasso de pernas,

diâmetros externos.

( ) certo ( ) errado

25. Podemos considerar o relógio apalpador como instrumento de medição indireta.

( ) certo ( ) errado

26. Num teodolito, nós recolhemos informações para posterior resolução da medida.

Portanto, é um instrumento de medição indireta.

( ) certo ( ) errado

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 62: Mont Alinham Maq 2009

62 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Recursos para manter o alinhamento

Uma vez alinhado, o equipamento deverá permanecer nesta condição indefinidamente,

salvo se alguma influência externa a altere.

Se forem tomadas as providências necessárias, pode-se desmontar uma máquina, e

novamente montá-la, sem perder o seu alinhamento.

Estas providências são:

1. Colocar pinos de guia nas partes removíveis da máquina que afetem diretamente o

alinhamento.

2. Apertar todos os parafusos com o torque certo, determinado pelo fabricante do

equipamento.

3. Proteger devidamente as bases, os pedestais, os pontos de apoio, etc. contra a corrosão.

4. Travar seguramente os parafusos da máquina.

5. Procurar eliminar as altas vibrações que venham existir na máquina.

6. Eliminar esforços que a máquina sofra, provenientes da dilatação por temperatura de

tubulações, estruturas metálicas, etc.

Serviços de manutenção noalinhamento

Mesmo tomando todas as precauções, existem fatores de difícil previsão que afetam o

alinhamento, como, por exemplo, a movimentação do solo.

Por esta razão, deve-se fazer um plano de verificação periódica do alinhamento,

programando a primeira para uma semana após a máquina entrar em operação. Nesta

verificação, deve-se anotar as leituras dos relógios indicadores e compará-las com dados

anteriores.

Se houver modificações, deve-se alinhar novamente a máquina, mantendo-a sob

observação, executar novas leituras de alinhamento e também medir os índices de vibração, em

períodos de 24 horas.

Caso persistam as modificações, deve-se pesquisar, descobrindo e eliminando as causas.

Assim que se verifique que o alinhamento se mantém estável, deve-se então programar as

verificações em períodos mais longos, não excedendo seis meses.

Sendo o serviço de alinhamento bem-feito, e sua manutenção adequada, serão poupados

gastos desnecessários com o equipamento, que terá uma maior vida útil.

A seguir, vamos analisar um exemplo de montagem de estrutura de máquina na nossa

empresa.

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 63: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 63

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Montagem de prensa de recozimento de pneus

A seguir, apresentamos algumas informações referentes à montagem da prensa de

recozimento de pneus.

Recepção damáquina

Sua base, de cimento, é preparada no próprio setor com aproximadamente 300 mm de espessura,com furos traçados por gabaritos que obedecem a um alinhamento traçado com teodolito. Estesfuros são executados com furadeira de impacto para receberem chumbadores resinados.

Esta resina é uma argamassa expansiva, e sua espessura depende da pressão a ser exercida(consultar catálogo do fabricante).

Para este nivelamento é ideal que se use um nível para quatro placas e outro para duas.

A máquina é recebida em partes (subconjuntos) pré-montadas, e a montagem estrutural é feitasobre um carro gabarito. As guias e furações são usinadas sem necessidade de ajuste. O carrogabarito é montado em outro local e transportado para o local de montagem da máquina. Estecarro é provido de rodas de poliuretano.

A alimentação de eletricidade, vapor, água, circuito de óleo, nobreak (bateria que mantém aenergia elétrica por um certo período), silicone, vácuo e ar comprimido é interligada àmáquina através de tubulação, mangueiras, quadro de calor (controlado por um quadropneumático, que por sua vez é controlado por um CLP – controlador lógico programável).

Os parâmetros geométricos de funcionamento da máquina a serem regulados são:• Ângulo de x graus do braço para alimentar a prensa.• Subida do prato da membrana (altura).• Velocidade de subida e descida da tampa.

• Nível ótico.• Nível prismático (0,1 mm/m; 0,02 mm/m e 0,05 mm/m).• Prumo.• Régua calibrada (tipo especial).• Esquadro.• Calços.• Gabaritos.• Teodolito.

É feito pelo setor responsável indicado para tal atividade, seguido de testes preliminares derecozimento do pneu.

É de responsabilidade do setor onde será montada, em conjunto com outros setores: manutenção,qualidade, segurança e departamentos de engenharia.

Base

Resina deSikadur

Nivelamentodas placasde resina

Carrogabarito

Alimentação

Regulagemdeparâmetros

Equipamento/ acessóriosutilizados namontagem

Colocaçãodo molde

MÁQUINA

Rosca p/fixação

Resina de Sikadur

Concreto

Concreto

Concreto[Parafuso]

Seis bases iguais

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 64: Mont Alinham Maq 2009

64 SENAI-RJ

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Revisão (check-up)

Verificação prática de alinhamento

Por que você deve verificar alinhamentos

Situação 1

Inclinação dos jusentes pode não ser

evidente a olho nú, mas vibrações, situação de

construção, etc. abaixam ou mudam o nível

da máquina, desgastando os acoplamentos

flexíveis.

QuebraCaimento

Situação 2

Mancal desgastado pode causar desnível.

Os equipamentos que saem de alinhamento

desgastam as superfícies de contato, mesmo

dos acoplamentos mais bem projetados.

Situação 3

Expansão ou contração devida à variação de

temperatura das canalizações muitas vezes

desloca o equipamento da linha. Alinhamento da

máquina fria não quer dizer que esteja bem

alinhada quando quente.

Desgaste

CalorAquecido

Calor

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 65: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 65

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Mancal Acoplamento Mancal

Emprego prático dos graminhos

Folga do mancal de escora ou jogo inicial, na maioria dos equipamentos rotativos, é

altamente importante. Se esta folga é excessiva, partes vitais, como rotores de turbinas ou

bombas, roçam na carcaça causando sérios danos. Para verificar o jogo axial, sem desmontar o

equipamento, desfaça o acoplamento e force o eixo em ambas as direções. O indicador de folga

é colocado conforme mostram as figuras a seguir.

Folga

Mancal

Eixo

Barra

Como alinhar acoplamentos

Verificação radial

Folga radial dos mancais por desgaste

radial é fácil verificar. Desfaça o acopla-

mento, prenda o indicador no acoplamento

e repouse o relógio no mancal.

Marca Borracha

Verificação angular

Coloque uma borracha entre as

extremidades dos eixos (não próximo da

periferia do flange. Marque as metades,

prenda o graminho como está mostrado

na figura ao lado, e gire as metades juntas

para checagem angular.

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 66: Mont Alinham Maq 2009

66 SENAI-RJ

Verificação simples

Uma régua colocada sobre as duas metades

do acoplamento e em quatro lugares em volta

do acoplamento é uma verificação visual. A

verificação com o graminho é, no entanto, muito

mais precisa e evita desgaste dispendioso.

Apalpadores de folga entre as metades do

acoplamento e em quatro lugares em volta do

círculo mostram se os eixos estão alinhados. Este

método, é claro, não pode ser tão preciso como

o do uso do graminho relógio.

Escala

Situações encontradas em acoplamentos

Verifique o eixo inclinado ou partes do

acoplamento não paralelos girando uma metade,

enquanto o graminho está preso à outra. Não

admita que as metades do acoplamento estejam

certas no eixo.

O eixo empenado é observado com o graminho preso à capa do mancal, enquanto o pino

do relógio toca o eixo. Se o eixo está correto, verifique a parte do acoplamento deste eixo. Se não

está, a abertura pode estar excêntrica ao flange, ou o acoplamento pode não estar bem ajustado

no eixo. Logo que você verifique que o eixo e as metades do acoplamento estão corretos, você

pode alinhar o acoplamento como se verá adiante.

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

PROIBID

A REPRODUÇÃO

Page 67: Mont Alinham Maq 2009

SENAI-RJ 67

Zerar

Montagem e Alinhamento de Máquinas - Alinhamento de Máquinas

Verificação dos flanges

Para verificar se os flanges estão na mesma

altura, coloque o graminho como mostra a

figura ao lado. Gire as duas metades juntas,

lendo o graminho relógio. Suspenda a base da

máquina com calços, se a checagem angular

estiver perfeita.

Supondo que no topo tenhamos um

valor de 0,02” (valor indicado no relógio);

dividindo este valor por 2, na parte inferior,

teremos um valor de 0,01” de desalinhamento.

Para corrigir, eleve a máquina com um calço

de 0,01”.

A folga axial entre as metades dos acoplamentos deve estar correta (verificar nos planos).

Se não, o desgaste de mancal de escora ou os rotores pesados podem sobrecarregar os motores

assim apertados, causando sérios danos.

Medindo desalinhamentode flanges

Fim da folga

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Page 68: Mont Alinham Maq 2009

68 SENAI-RJ

Nível

Nivelamento

Máquina nova deve ser nivelada

Alinhe horizontalmente o equipamento com o nível de precisão, colocando o nível sobre

o eixo ou sobre a superfície usinada. Isto faz com que as peças se desgastem uniformemente e

não de modo irregular.

Nível

Faça o alinhamento das jazentes e da

base, com auxílio do graminho relógio.

Aperte inicialmente os parafusos da

unidade mais rígida. Se o graminho relógio

indicar empeno da base, afrouxar os

parafusos e colocar calços até que os

empenos tenham desaparecido.

Alinhamento horizontal também signi-

fica que a máquina deve estar a nível em todas

as direções. Isto ajuda na correta colocação

das canalizações e outros equipamentos

presos à máquina.

Zerar

Calço

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