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Por dentro Recursos Conceito Entrevista Sermão O Que Me Falta Ainda? Perspectiva O Verdadeiro Espírito de Doação Na prática A Influência do Mordomo Comprometimento Servindo a Deus, Servindo a Pessoas Jovem A Bênção de Abençoar Relatório O Valor da Doação Sistemática Número 2014-01 Mordomos de Influência

Mordomo Dinâmico (01/2014)

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Jesus sabia que as mudanças necessárias não poderiam ser decretadas. Ele procurou desenvolver um novo tipo de discípulo para ajudar a preparar o caminho. Eles deveriam ser os agentes de mudança. Nesta edição, aprenda a ser um mordomo de influência.

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Por dentroRecursosConceitoEntrevistaSermãoO Que Me Falta Ainda?

PerspectivaO Verdadeiro Espírito de Doação

Na práticaA Influência do Mordomo

ComprometimentoServindo a Deus, Servindo a Pessoas

JovemA Bênção de Abençoar

RelatórioO Valor da Doação Sistemática

Número 2014-01

Mordomos de Influência

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Agentes de Mudança

Mudança raramente é fácil e Jesus sabia disso. Enquanto ensinava o custode ser um verdadeiro discípulo, Ele usou o sal como ilustração. “O sal écertamente bom, caso, porém, se tornar insípido, como lhe restaurar osabor?” (Lucas 14:34). Jesus sabia que as mudanças que eram necessá-

rias não poderiam ser decretadas. Ele procurou desenvolver um novo tipo de discípulopara ajudar a preparar o caminho. Eles deveriam ser os agentes de mudanças. Ele trabalhou para colocar em ação um novo conjunto de valores e para isso aconte-cer Ele precisava preparar os discípulos para uma nova maneira de pensar e de viver.Ele mostrou o caminho.O desafio de valores continua até hoje. Esta edição da Mordomo Dinâmico é sobre“Mordomos de influência” e sal é uma metáfora esclarecedora para agentes de mudança.Os versos que levam à ilustração do sal deixam claro que Jesus procurou influenciare trazer uma mudança, nos valores acariciados pelos discípulos. Mais tarde suas próprias palavras indicaram que Ele tinha sido bem sucedido, quando eles admitiramque possuíam algo mais valioso que “prata e ouro” para oferecer (Atos 3:6). O encontro com Jesus mudou sua orientação, suas prioridades e, com certeza, suavisão de mundo. O contexto da ilustração do sal era sobre estar disposto a sacrificar;mas quase não parecia que era um sacrifico para eles agora. Eles aprenderam osmesmos valores que ajudou Cristo a resistir Suas tentações no deserto (Lucas 4).Poder, reconhecimento, sucesso e conforto não eram o que motivavam Suas deci-sões. Jesus deixou claro que só havia duas coisas que realmente importavam emSua vida: Deus e as pessoas. Ele estava disposto a suportar dificuldades, para queDeus e as pessoas pudessem ser honrados, mesmo que isso criasse uma desvan-tagem para Si mesmo. Ele veio como um servo para ambos e isso O colocou em desacordo com os fariseus em, pelo menos, três pontos.Em primeiro lugar, enquanto os fariseus se focalizavam em tradições orais relativas àpurificação, Jesus se focalizou nos "assuntos mais importantes da lei: justiça, miseri-córdia e fidelidade "(Mt. 23:23). Em segundo lugar, ainda que Jesus fosse ativo emcultos de Sábado, atividade religiosa não era substituto para demonstrar que todomundo é alguém para Deus, independentemente de como a sociedade ou a culturapodia vê-los. Um terceiro valor distinto que era evidente na vida de Jesus, foi que, aovir a Ele, todos seriam tratados como realeza. Ele tratava todo mundo que estava dis-posto a ouvi-Lo, como pessoas que tinham potencial a ser explorado. Apesar de Sua santidade, pecadores de todos os tipos foram atraídos para Ele.A influência de Jesus mudou vidas e deu esperança, não só para aqueles em Sua geração, mas para a nossa também. Ser formado por Jesus em Sua imagem éalgo radical. Sem essa mudança dos valores convencionais, os fariseus não estavamapenas sem paz interior, mas também sem uma mensagem para compartilhar.Jesus procurou mudar esses valores e, para fazer isso, Ele chamou e preparou umcorpo de discípulos para tornarem-se agentes de mudança. O sal isoladamente fazmuito pouco. O sal serve, o sal melhora, o sal conserva, mas a proposta do sal ésempre relacionada com alguma coisa ou com alguém. Influência não vem de um desejo de ser “influente”, mas do que alguém é e está se tornando. Mordomos bíblicosse tornam mordomos de Influência porque duas coisas são importantes para eles:Deus e as pessoas. E é assim que o sal se torna saboroso.

Larry R. Evans - Editor

Por Dentro

Larry R. EvansDiretor Associado,Ministério de Mordomia Cristã - CG

Mordomo DinâmicoTudo de mim em resposta

a tudo de Deus

O Mordomo Dinâmico concede a per-missão de imprimir (não uma reim-pressão) qualquer artigo para serusado tanto nas igrejas locais, comopequenos grupos, escola sabatina ousala de aula.Os seguintes créditos devem serdados: Usado com permissão doMordomo Dinâmico. Direitos auto-rais 2014.Permissão especifica deve ser obtidapara qualquer outro uso.O Mordomo Dinâmico é publicado tri-mestralmente pelo Departamento deMinistérios de Mordomia da Confe-rencia Geral da Igreja Adventista doSétimo Dia.Editor - Larry R. [email protected] AssistenteGráficos e layoutPenny BrinkAssistente EditorialJohnetta B. FlomoEditores Contribuintes:James Badu, William Bagambe,Aniel Barbe, Paolo Benini, BhupalChadanshive, Kwon JohngHaeng,Raafat Kamal, Pavel Liberansky,John Mathews, Javier Mejía Mejía,Mario Niño, Miguel Pinheiro, DanijelaSchubert, Happy Sibilang12501 Old Columbia PpikeSilver Spring, MD 20904 USATel: + 1 301-680-6157 Fax: + 1 301-680-6155gcstewardship@gc.adventist.orgwww.adventiststewardship.comVol 18 - nº 2 - Abril-Junho 2014VERSÃO EM PORTUGUÊSUnião Central Brasileiraucb.adventistas.orgDiretor de Mordomia CristãCésar GuandaliniGráficos e layoutWilton Vilas BoasTraduçãoBert Onno de Buck e Eliel Barcelos

Nota do Editor: Os artigos nessa pu-blicação foram ligeiramente revisadosou atualizados para se adequar a au-diência desejada e a natureza da Mor-domo Dinâmico (Dynamic Steward).A não ser quando especificado, foiusada a Nova Versão Internacional.

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Recursos

Gabe Lyons está otimista de que os melhores dias de Cristianismo ainda estão porvir. Como co-autor, o seu best-seller, UnChristian, revelou a difusão do desrespeitocrescente da cultura para os Cristãos. Agora, na The Next Christians, Lyons mos-tra como uma nova onda de crentes viram a maré, fazendo com que a verdade doevangelho se torne relevante para nossa sociedade secular em transição."Restauradores", como Lyons os chama, abordam a cultura com uma mentalidadediferente do que as gerações passadas. Informado pela verdade, mas temperadacom graça e amor, estes crentes envolvem o mundo atraindo-o para a sensibilidadee autenticidade da vida Cristã.Você pode ser um desses "próximos" Cristãos e mudar a percepção negativa docristianismo vivendo uma vida que seja fiel ao evangelho e, ao mesmo tempo cre-dível e coerente para seus amigos e vizinhos.Descubra se você é um "restaurador" através da leitura deste livro e se envolvacom o tema.Os Próximos Cristãos: Sete Maneiras Que Você Pode Viver o Evangelho e Restau-rar o Mundo, por Gabe Lyons. www.nextchristians.com

Inúmeras tentativas têm sido feitas para definir mordomia. A imagem da mordomia doautor Mitch Hazekamp é abrangente: Deus e toda a Sua criação; um céu estrelado numanoite escura sem nuvens; um pico altaneiro de uma montanha coberta de neve contraum céu azul; uma cascata mergulhando em um lago de água gelada; a vastidão de umdeserto escaldante, no calor do dia, com imensas multidões tentando ganhar a vidano meio de privações; uma rodovia repleta e transbordando com carros e caminhõesenquanto um veículo de emergência grita através do tráfego, sirenes ligadas, tentandosalvar uma vida.Neste livro, Hazekamp compartilha lições que ele aprendeu sobre mordomia - desdea mordomia em nossas vidas pessoais e familiares até as nossas carteiras, a vidada igreja, evangelismo e ministério. Lições são ilustradas com referências das es-crituras e histórias da vida de Hazekamp.Sintetizando, mordomia é sobre Deus e tudo que Ele criou.Mordomia & Tudo: Lições Praticas das Escrituras e a Vida Cotidiana, por MitchHazekamp. Encontra no www.adventsource.org.

Não importa a nossa idade nem a época que estamos vivendo, a idéia de estar sentadoaos pés de alguém contando uma história, traz de volta sentimentos de admiração infantil,confiança e expectativa.Paixão, Proposta e Poder é um convite aberto para todas as idades, para sentar eouvir como essas histórias – contadas pelos próprios pioneiros Adventistas – são umretrato de pessoas reais e de suas vidas. São historias de total comprometimento e deincríveis sacrifícios que apenas os verdadeiros mordomos de Jesus, com dedicaçãoaos Seus propósitos e o poder do Espírito Santo, podem gerar! Venha e fique pertoda lareira desta segunda edição (atualizada e ampliada), e encontre-se repleto de ins-piração.Venha, ouça, e talvez você ouça o Deus dos pioneiros chamar o seu nome, sintaum avivamento em seu coração e sinta um senso renovado de missão em sua vida- que promove em você um espírito similar de sacrifício e comprometimento!Paixão, Propósito e Poder, Recapturando o Espírito dos Pioneiros AdventistasHoje, editado por James Nix. CG Ministério de Mordomia, www.adventistste-wardship.com, ou www.adventsource.org

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Meu filho, Jaydon, e eu estávamos no estacio-namento de um supermercado COSTCO, esperando um veículo sair da vaga para que

pudéssemos estacionar em seu espaço. Partimos do pressuposto de que o carro estacionado estariadeixando aquele local a qualquer momento, porque omotorista tinha carregado o porta malas do seu carrocom sacolas de compras e tinha devolvido o carrinho.Podíamos ver as luzes acesas na traseira do carro, o que indicou que o motorista estava pronto para sair.A realidade, porém, era diferente. O carro não estavaem movimento e eu estava impaciente com a longa es-pera. Justo atrás do nosso carro estavam uma sériede outros veículos à minha espera, e, é claro, eu estavaesperando que o carro estacionado saísse. Sabendoque outros motoristas estavam esperando, a preocu-pação de tomar alguma atitude aumentava, mesmoestando ciente que não havia nada que eu pudessefazer, além de esperar.A espera parecia uma eternidade. Comecei a resmun-gar para mim mesmo, expressando minha frustração,pois o carro estacionado não estava saindo do lugar.Sem eu saber, Jaydon, que tem apenas cinco anos,estava sentado e assistindo minha reação do bancode trás. Ele ouviu as palavras que eu estava dizendo.Espontaneamente, Jaydon disse calmamente paramim, "Papai, seja paciente." Sentindo-me um poucodecepcionado com a minha reação à situação, eu res-pondi com vergonha, "desculpe, meu filho." Naquelemomento, eu sabia que eu estava errado como um paicristão. Eu tinha me comportado de uma maneira queera contrária ao que temos ensinado aos nossos filhose que esperamos que eles façam em circunstânciassemelhantes. Para mim, aquele momento foi tambémuma lembrança do impacto silencioso, mas poderoso,da influência pessoal que todos nós exercemos, uns sobre os outros, independente se as nossas açõese reações são intencionais ou não. Nossa influência – e a forma como vivemos e conduzimos nossa vidacomo mordomos cristãos no mundo – pode ser umaforça positiva ou negativa que vai afetar a vida de alguém ao fazer escolhas, para o presente e o futuro(2 Coríntios 2:15).

Influência PessoalA Bíblia lida com a questão da influência pessoal deforma bastante ampla. A perspectiva cristã é bem des-tacada em I Coríntios 10:31-33: "Portanto, quer co-mais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazeitudo para a glória de Deus. Não vos torneis causa de

tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tam-pouco para a igreja de Deus, assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos,para que sejam salvos." O conselho de Paulo aos cris-tãos de Coríntios é válido ainda hoje para nós. Nós somos parte da comunidade e é importante quea nossa influência represente Cristo. Devemos manterdiante de nós o objetivo de ajudar os outros a conhe-cer Jesus e ser salvo para o Seu reino eterno.

A Influência dos PaisEm sua jornada do Egito para Canaã, Moisés semprelembrava os Israelitas sobre a importância de amar a Deus inteiramente. Ser parte do Seu povo daaliança foi um compromisso para a vida toda. Issonão se limitava em apenas um dia da semana - o sá-bado. Essa ênfase foi pronunciada com clareza nes-sas palavras: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus,de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e detoda a tua força. Estas palavras, que hoje te ordeno,estarão no teu coração; as ensinarás a teus filhos edelas falarás assentado em tua casa, e andando pelocaminho, e ao deitar-te e ao levantar-te” (Deuteronô-mio 6:4-7). A partir dos escritos de Moisés, vemoscomo Deus deseja que esta mensagem seja comuni-cada e passada para as próximas gerações. Na obrada educação cristã, os pais têm a responsabilidadeespiritual de liderar e influenciar seus filhos no cami-nho do Senhor. Esta é a mordomia cristã.

A Importância da InfluênciaO chamado para aceitar Jesus como nosso Salvadore Senhor é realmente um convite a submeter todos osaspectos de nossa vida à direção do Espírito Santo,dia após dia. Este é um lembrete de que, como cris-tãos, não vivemos nossa vida em um vazio ou isoladosdas outras pessoas. O que fazemos, mesmo em par-ticular, pode influenciar alguém para a eternidade. Alémdisso, reconhecemos que, como mordomos e parcei-ros de Deus, somos colocados aqui na terra para oSeu propósito e esse propósito é viver a Sua glória.

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Conceito

Cristo: A Fragrância da Vida Cristã Erika F. Puni

Diretor, Ministério de Mordomia Cristã - CG

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Da Mesa do Diretor...

Em 2013, a União Norte da Tanzânia (Northern Tan-zania Union Conference), se estabeleceu dentro daDivisão Centro-Leste Africana (East Central Africa

Division). Em parceria com a divisão e a união, os Minis-térios de Mordomia da Conferência Geral, conduziramuma convenção de mordomia na cidade de Arusha, Tanzânia, em fevereiro de 2014. Este evento de final desemana reuniu mais de mil participantes, incluindo admi-nistradores, pastores e líderes leigos de todo o territórioda união. O evento ofereceu ensinamentos de mordomiae inspiração para ajudar os líderes no trabalho de disci-pular e apoiar novos membros. Isso foi também umaoportunidade para a formação de líderes e equipes para os diretores regionais de mordomia.

OMinistério de Mordomia e Testamentos e Legadosda Conferência Geral se juntaram para conduziruma consultoria de mordomia e uma convenção

para a Conferência de Swaziland em março deste ano.Essa foi uma iniciativa da União Sul Africana e que teve oapoio da Divisão Sul Oceano Africo-Indico. Os apresen-tadores para os dois programas incluíam Aniel Barbe (SID Diretor do Ministério de Mordomia), Paul Shongwe(SAUC Diretor do Ministério de Mordomia), Wilfredo Sumagaysay (GC Testamentos e Legados), e tambémMario Níño e Erika Puni da Conferência Geral do Ministé-rio de Mordomia. Mais de mil pessoas frequentaram o pro-grama de sábado que incluiu pastores, líderes da igrejalocal e membros adventistas da família real de Swaziland.

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LRE: Conte-nos um pouco, em linhas gerais, sobreo seu papel como presidente da UniversidadeLoma Linda.RH: É um pouco complicado. Há três corporaçõesprincipais aqui – a universidade com oito escolas profissionais, o centro médico com seis hospitais, e o grupo médico da faculdade com 850 médicos. Recentemente, simplificamos nosso nome corporativo,Centro de Ciências de Saúde da Universidade Adven-tista Loma Linda, para Centro de Saúde da Universi-dade Loma Linda. Então meu título hoje é Presidenteda LLUH (sigla em inglês – Loma Linda UniversityHealth), a corporação-mãe e consequentemente soupresidente da universidade e do centro médico.LRE: Quem ou o quê você diria que teve a maior in-fluência na sua vida?RH: Esta é uma pergunta difícil de responder. Crescino Noroeste rural, onde meu pai era um médico clássico do interior. Trabalhei nas fazendas locais, e diria que minha estabilidade na vida provavelmentevem da minha conexão com a natureza, jardinagem, e agricultura. É quando tenho meusmelhores pensamentos. O lugaronde moramos tem 28.300 m2, dos quais eu mesmo tomo conta,inclusive cortar e partir 15 a 17 me-tros cúbicos de lenha por invernopara aquecer nossa casa. É aminha terapia.No primeiro ano de medicina fui introduzido à saúde pública e glo-bal. Uma luz ascendeu e eu disse:“Isso é pra mim!” Todo esse grandepanorama das necessidades mun-diais mexeu comigo. Inspirou-meclaramente a ir para o exterior emminha carreira profissional e obter os diplomas e trei-namentos que fiz.Muitos me influenciaram quando voltei e me juntei àEscola de Saúde Pública. Os anos que trabalhei comLyn Behrens quando ela estava neste escritório, foramanos que muito me influenciaram. Seu reconhecimentopúblico da necessidade da condução divina na tomadade grandes decisões causou-me uma real impressão.Constantemente, como um comitê, nos ajoelhávamosao redor desta mesa e pedíamos em oração: “Comolidaremos com esta situação?”

LRE: Sua primeira abordagem na medicina era pes-soal, olho no olho ou cara a cara, mas agora você sedepara com responsabilidades administrativas enor-mes. Esta transição tem sido difícil?RH: Bem, ainda vejo pacientes. Acabei de vir da clínicahoje de manhã, então valorizo esta parte da minhavida. Mas acho fascinante buscar estratégias para gerenciar um sistema ou comitê. Agora mesmo, esta-mos no começo de uma completa reorganização deLoma Linda, tentando simplificar nosso funcionamentocomo organização. É divertido para mim. Gosto decriar estratégias: “OK, se fizermos isto, o que aconte-cerá? Como será percebido por lá? O que podemosfazer melhor? Como podemos influenciar as coisasmais efetivamente?” É aí que emprego grande parteda minha energia criativa – descobrir estratégias ecomo manter o sistema avançando.LRE: Há certas características pessoais em outros quevocê considera mais influentes?RH: Presido muitos comitês de pesquisa, procurandolíderes-chave para Loma Linda. Então tenho oportuni-

dade de entrevistar pessoas e ouvi-las, tentando identificar algono que elas dizem que me ajude asaber se são as pessoas certaspara o cargo. Disso cunhei o termo“o líder relutante”. Eu me vejo intui-tivamente buscando por alguémque diga: “Sim, tenho a confiançapara fazer isso, mas também pre-ciso aprender.” Há uma certa hu-mildade sobre a vida que estoubuscando. Quero alguém quevenha e diga: “Bem, preciso ouviratentamente aos outros para tercerteza que estou tomando a deci-

são certa.” Essa idéia de um líder relutante é algo queconsidero fundamental ao recrutar pessoas-chave.LRE: Uma organização como Loma Linda pode maxi-mizar a influência de seus estudantes e graduados?RH: Acredito que a resposta é absolutamente sim. No passado, Loma Linda se sobressaiu em produzirprofissionais fortes, desejando-lhes o melhor e en-viando-os para servir. Tenho dito muitas vezes: “LomaLinda tem uma ótima credibilidade, mas isso não traznenhum benefício a menos que a utilizemos”. Temosdescoberto que quando Loma Linda mantém vínculosorganizacionais com seus graduados, podemos nutrir

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Entrevista

Oportunidades de Influência

O Dr. Richard Hart é presidente da Univer-sidade Loma Linda. Ele obteve seu Douto-rado em Medicina da Universidade LomaLinda em 1970 e o Doutorado em Saúde Pú-blica Internacional da Universidade JohnHopkins em 1977. É certificado como espe-cialista em Medicina Preventiva. O Dr. Harttem atuado na Universidade Loma Lindadesde 1972, inclusive como Presidente daEscola de Saúde Pública das Ciências daSaúde, Diretor do Centro para a Promoçãoda Saúde, Reitor da Escola de Saúde Pú-blica, Presidente e CEO da Universidade.

Richard HartEntrevistado por Larry R. Evans, Editor da revista Mordomo Dinâmico

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seus interesses. Podemos ajudá-los a ser muito maiseficazes. Isso tem impactado nossos ex-alunos quetrabalham ao redor do mundo. LRE: Que tipo de influência você quer que a universi-dade tenha?RH: Loma Linda é onde a igreja encontra o mundotodos os dias, por conta das nossas atividades desaúde. Estamos onde as crenças adventistas ficamface a face com os problemas reais da vida. Não que-remos apenas educar nossos estudantes, mas tam-bém ajudá-los a trabalhar sua teologia no contexto davida real. O caráter é melhor desenvolvido ao confron-tar a necessidade humana e decidir como respondera ela. Uma das coisas que deliberadamente fazemosneste campus é criar o que chamamos de “momentosde ensino”. Colocamos os estudantes em cenários queos forçam a avaliar seus próprios valores e se pergun-tar: “Por que me sinto desta forma? Qual a razão detudo isto? Como devo responder?” Fazer isto com umtreinador ou mentor fornece um ponto de referênciainestimável para cada estudante. Assim o caráter podeser desenvolvido. Uma das coisas que tenho dito mui-tas vezes é: “Quem você é tem mais importância doque aquilo que você sabe”.Isto é clássico de Ellen White – o desenvolvimento docaráter é que faz de fato a diferença para a vida. Acre-dito que isto é melhor realizado em um ambiente ondeas necessidades humanas são encontradas. Cruzaruma fronteira cultural geralmente traz este tipo de re-flexão. Descasca nossos preconceitos e nos tornamais sensíveis às questões. Isto cria uma oportunidadede aprendizado ideal.LRE: Só porque alguém é um líder de influência, nãosignifica que esteja livre de cometer erros. Apesardisso, você tem observado características comunsentre aqueles que considera influentes?RH: Como tenho dito aos meus filhos, não é a pessoaque cai que está em apuros, mas a que não se levanta.Tive inúmeras circunstâncias em minha vida nas quaiscometi erros, ou o sistema não apoiou minha perspec-tiva. Você meio que aceita esses dias e diz: “OK, hojefoi um golpe duro, mas amanhã será melhor”, e segueem frente. Valorizo grandemente pessoas comprome-tidas com algo maior que si mesmas. Elas têm valoresfundamentais e um senso de integridade. Muitasvezes, especialmente na área de saúde, é fácil deixarque as finanças controlem as decisões que tomamos.Frequentemente nos vemos dizendo: “Isto é a coisacerta a fazer, mesmo que nos custe dinheiro, ou nãofaça sentido financeiramente. Precisamos fazer assimmesmo”.

LRE: O que você vê como uma das maiores ameaçasa este tipo de influência?RH: Olhando para o mundo hoje, eu certamente diriaque materialismo e desejo de ganho pessoal são grandes ameaças, provavelmente as que mais mepreocupam em relação aos nossos estudantes. Elesse formam com uma credencial profissional e têm omundo inteiro os querendo. Então como isto é balan-ceado com um entendimento da comissão evangélicae a necessidade de servir ao mundo tanto no sentidoevangelístico quanto humanitário?LRE: Você tem trabalhado duro para que a mentali-dade médico-missionária seja parte de Loma Linda.Por que isto é tão importante para você?RH: As pessoas frequentemente olham para LomaLinda e falam sobre as coisas maravilhosas que faze-mos para a igreja mundial. Eu argumentaria no outrosentido. Que oportunidades maravilhosas a igreja mundial tem nos dado! Se não tivéssemos essas opor-tunidades de serviço, o caráter de Loma Linda mudariafundamentalmente. Então posso dizer honestamenteaos meus alunos: “O mundo precisa de vocês. Eles estão esperando por vocês.” Isto impacta gran-demente quem somos aqui em Loma Linda. Esperoque nunca percamos isto, pois é um privilégio incalcu-lável que temos nesta igreja.LRE: Há mais alguma coisa que você gostaria deacrescentar?RH: Para aqueles em posições de visível liderança, trazbastante humildade saber quantos estão observandoo que você faz. Pessoas frequentemente vêm e dizem:“Dr. Hart, eu oro por você todos os dias”. Isto me fazficar mais humilde. É uma responsabilidade maior, até mesmo, do que as decisões administrativas quepesam sobre mim. Sempre me pergunto: “Tenho sidohonesto e correspondido as expectativas que outrostêm a meu respeito?”

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Sal do Himalaia

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Quando lemos pela primeira vez a história do jovemrico em Mateus 19:16-23, talvez não vemos nenhumaaplicação pessoal. Além do mais, não somos milioná-rios, políticos ou líderes de grande influência. No en-tanto, ficamos com a pergunta, “Por que então estahistória foi contada?” Um estudo adicional, contudo,revela que esta história bíblica tem relevância para onosso tempo.Quando eu li essa história de uma perspectiva pessoal,fui surpreendido ao descobrir no mínimo duas realida-des que conectam esta história com minha própria jor-nada Cristã. Primeiro, não é suficiente apenas ir aJesus e segundo, não é suficiente vir a Jesus, mesmocom sinceridade.Uma comparação entre o príncipe jovem rico e ummembro da igreja adventista de longa data como eumesmo, revela algumas semelhanças espantosas.Aqui está o que descobri: Nós dois seríamos conside-rados bons guardadores do sábado; nós dois enten-demos a mensagem do santuário; nós doisdefendemos a lei de Deus; e, nósdois pertencemos ao povo rema-nescente de nossa era. Ele aguar-dava a vinda do Messias, e nósaguardamos a segunda vinda deJesus. Ambos frequentamos acasa de Deus para O adorar;ambos temos um quadro de tradi-ções religiosas e uma rica herançae temos a idéia de que somos re-ligiosamente “ricos”. A lista de si-milaridades poderia continuar.De alguma forma, essa lista de semelhanças, me deuum sentimento de superioridade – muito parecido como príncipe, jovem rico – especialmente considerandonosso conhecimento bíblico como igreja. Somos lem-brados que as duas áreas mais importantes para ojovem rico eram riqueza e religião.

Vir a Jesus não é o suficienteApesar de parecer ter tudo que precisava para fazê-lo“perfeito e feliz”, o jovem rico estava espiritualmente“vazio”. Ele viu em Jesus alguém que poderia preen-cher o vazio em sua vida religiosa. Então ele foi a

Jesus. Mas, apenas indo até Ele não foi suficiente.Ellen White explica isso, “Esse príncipe tinha em altaconta sua própria justiça. Não pensava, na verdade,que faltasse em qualquer coisa; contudo, não estavade todo satisfeito. Sentia a falta de algo que não pos-suía.” (Desejado de Todas as Nações, p. 518)Assim que ele veio correndo e se ajoelhou para fazer apergunta, Jesus primeiro chamou a atenção pelo fatode que ele o chamou “Bom”, que apenas pode seruma referência de Deus. Esse título, no entanto, eraapenas dado como elogio (Bom Mestre) e não com umespírito de adoração. Ele não tinha o senso da pre-sença do pecado em sua vida. Tudo que ele queria eraa confirmação de que sua vida moralmente correta erasuficiente para entrar no reino do céu. Elogiar a Cristonão é o mesmo que O adorar ou O reconhecer comonosso Senhor e Salvador – com um coração humilde.Seu entendimento era que a vida eterna era baseadano que ele fazia e como ele fazia era a medida do seusucesso. Não é incomum para os demasiadamente re-

ligiosos dizer aos outros o que fazer,como adorar, como viver e comoagir, em qualquer situação e qual-quer momento. Esses indivíduosvêm até Jesus, não para que Eleseja seu Salvador, mas para usá-Locomo um consultor ou conselheiro.Eles vêm até Jesus, não como seuCriador, Deus ou Redentor, mascomo um professor que pode darao aluno top a nota “10”.

Vir a Jesus com Sinceridade Não é SuficienteO problema com o jovem rico não era sinceridade. Ao contrário, ele tropeçou na falta do seu próprio en-tendimento e sua necessidade. Sua sinceridade nãoera suficiente. “Ele sentiu um desejo de ser Seu discí-pulo. Ele foi tão profundamente comovido que, en-quanto Cristo ia a caminho, correu atrás dEle eajoelhando a seus pés, perguntou com sinceridade a questão tão importante para sua alma e para a almade todo ser humano" (O Desejado de Todas as Na-ções, 518).

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Sermão

Hugo ChinchayDiretor de Mordomia na Associação de Potomac da IASD

O Que Me Falta Ainda?

Hugo Chinchay, Sr. MBA, é o Diretor de Mor-domia na Associação de Potomac da IASD.Nascido no Peru ele estudou no Peru e Mé-xico, antes de cursar Administração de Em-presas na Universidade La Sierra. Ele temtrabalhado no Hospital de Loma Linda, En-sino Medio e Universidade, como tambémna Universidade La Sierra. Ele é casado comEunice, uma enfermeira alto padrão e elestem dois filhos.

Masala Canela Anis Estrelado Cúrcuma

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Nesse momento, Jesus dirigiu-se ao homem cheio deinclinações religiosas e deu a ele a mais fácil e maisóbvia resposta, “Guarde os mandamentos” (v. 17).Eu sinto, nesse momento, como o coração do jovemrico bateu com entusiasmo. Era como que se a res-posta de Jesus se encaixasse perfeitamente às suasexpectativas. E para fazer com que as coisas se tor-nassem ainda melhores, ele perguntou, “Quais deles”(v. 18). Jesus então recitou cinco dos últimos seis mandamentos e acrescentou, “Ame a seu próximocomo a ti mesmo.” (v. 19). Ao qual ele respondeu alegremente, “Tudo isso tenho guardado desde minhajuventude. O que me falta ainda?” (v. 20).Estou dentro, eu consegui, ele deve ter pensado, em-polgado. Mas seu raciocínio e suas qualificações hu-manas foram sua ruína. Tal conclusão eraespiritualmente fatal. Sinceridade não foi o suficiente.Como eu posso evitar cair na mesma armadilha hoje?Que tipo de coisas são importantes? O que Jesus men-cionaria hoje? Seria sobre ir pra igreja todo sábado,aprender as 28 doutrinas da IASD, estudar nossa liçãotrimestral, ler nossa meditação diária, não beber, nãofumar, não jogar, não se comportar de forma imoral,não mentir, devolver os dízimos e dar ofertas fielmente,não comer alimentos imundos, se tornar vegetariano,praticar o verdadeiro estilo de adoração, se vestir apro-priadamente, participar na escola sabatina, se juntar aviagens missionárias sempre que possível? E podería-mos continuar. Para esta lista provavelmente respon-deríamos: “tudo isso já tenho feito desde que me torneium adventista! Eu me qualifico! Acho que consegui!”Uau, que coincidência. De repente, eu me dei conta dequão parecido eu sou com o jovem rico. Nós dois con-fiamos em nossos próprios esforços humanos e he-rança religiosa como um caminho para se qualificar parao céu. Mas, nós dois também precisamos relembrar quenão podemos confiar em nossos altos padrões, boamoral, estilo apropriado de adoração ou estilo de vidasaudável, como qualificações para ganhar a vida eterna,tampouco para preencher aquela lacuna espiritual.

O Que Me Falta Ainda Então?Finalmente, Jesus olha para ele com amor e respondesua pergunta mais profunda: “Se você quer ser per-feito, então vá”. “Vá” é o verbo, uma palavra de ação,que requer justamente isto: uma ação, uma decisão,algo que ele deve fazer agora mesmo para poder entender o conceito central da religião.Então Jesus lhe diz para fazer algo radical que, atémesmo hoje, soa extremamente difícil de digerir: “Vá, vende os teus bens...” (v. 21). Com isso Ele quisdizer tudo, e “tudo” não se refere aos dez por centoque nós normalmente contestamos em devolver aDeus. Tampouco é um dízimo em dobro de vinte porcento. Jesus disse “tudo!” Isso é cem por cento.

Jesus não parou por aí. Ele não pediu para trazer issopara os cofres da igreja. Em vez disso, ele continuou adizer, “... e dê aos pobres, e você terá um tesouro nocéu. Então vem e segue-Me” (Ibid).O jovem rico não foi rejeitado por Jesus, mais tarde,Jesus disse para vir e O seguir. “Cristo leu o coraçãodo príncipe. Uma só coisa lhe faltava, mas essa era umprincípio vital. Carecia do amor de Deus na alma. Essafalta, a menos que fosse suprida, demonstrar-se-iafatal para ele; toda a sua natureza se corromperia.Com a condescendência, fortalecer-se-ia o egoísmo.Para que recebesse o amor de Deus, deveria ser sub-jugado seu supremo amor do próprio eu.” (O Desejadode Todas as Naçoes, p. 519)O objetivo de Jesus não era fazê-lo financeiramentepobre. Além do mais, seu verdadeiro problema era religiosidade excessiva. Comportamento e tradiçõesobscureceram a real razão de sua existência. Nós corremos o mesmo risco hoje. Podemos estar frequen-tando a igreja sem mesmo saber porque fazemos isso.A verdadeira questão é por que existe a igreja?

O Amor de Deus em Meu CoraçãoJesus é o Criador Todo-poderoso do universo que nemmesmo os cientistas podem medir, um universo tãogrande que o nosso próprio planeta, Terra, se torna umátomo de poeira desapercebido. Entretanto, estamosnesse planeta. Somos tão pequenos, e mais ainda, insignificantes, mas Ele ainda nos ama. Por causa denós, Jesus desceu, tomou sobre Si a humanidade,viveu entre nós, sofreu rejeição pelo seu próprio povoe morreu na cruz para que você e eu não precisásse-mos morrer - porque eu e você somos muito impor-tantes pra Ele, não importa quão insignificante oupequeno nós sejamos na Sua criação. “Porque Deusamou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filhounigênito, para que todo o que nele crê não pereça,mas tenha a vida eterna.” (Jo 3:16). Esse é o amor deDeus! Ele quer salvar o perdido e Ele deu tudo paraesse propósito. Qualquer um que quer ser seu discí-pulo deve estar disposto a entregar tudo para alcançaroutros.O jovem rico aprendeu o tipo de comprometimentoque era requerido dele para ser um verdadeiro discí-pulo. E ele foi embora triste. Não foi o dinheiro que oimpediu de tomar a decisão, mas sim a falta de amorem seu coração - o amor ao próximo, um amor paracom as almas perdidas.Quando amamos os perdidos como Cristo ama, entãovocê e eu estaremos dispostos a desistir de tudo, aoinvés de dar algo para receber algo. O único propósitopelo qual a igreja existe, é salvar um mundo perdido, é ser a luz do mundo, o sal da terra. E a questão quefica: “Estamos nós dispostos a desistir de tudo paraesta causa?”

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Coentro Açafrão Cravo da Índia Folha de louro

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Salmo 51:5 nos diz que toda pessoa nasce nestemundo como pecador e Romanos 6:23 nos ensinaque o salário do pecado é a morte. Portanto, todo serhumano morre – como consequência do pecado. Enquanto o pecador permanece sob a jurisdição dopecado, ele não tem esperança de vida eterna.Jesus, de forma objetiva explicou ao seu visitante noturno, Nicodemos, que a experiência do novo nas-cimento é uma condição para a salvação do homem.“Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reinode Deus” (Jo 3:3). Através da experiência do “novonascimento” o ser humano muda do reino do pecadopara o reino da justiça.

Renascido para CompartilharQuando uma pessoa nasce de novo em Cristo, ele ou elanaturalmente compartilha as bênçãos recebidas de Deuscom outros. Ellen White escreveu, “Todo discípulo verda-deiro nasce no reino de Deus como um missionário” (De-sejado de Todas as Nações, p. 195). Em outras palavras,todo cristão genuíno deve fazer trabalho missionário.Missionários são aqueles que compartilham com ou-tros o que eles possuem – coisas tais como tempo, talentos, bênçãos materiais e o evangelho eterno.Jesus disse que compartilhar com outros é a respon-sabilidade de Seus seguidores, “de graça recebestes,de graça dai” (Mt. 10:8).Zaqueu era o chefe dos publicanos na cidade de Jericó. Ele era um homem rico, mas não era feliz por-que seus próprios conterrâneos o consideravam umgrande pecador. Então um dia ele encontrou Jesus, searrependeu de seus pecados e foi completamentetransformado. Depois de sua experiência de conver-são, diante da multidão, “Zaqueu se levantou e disseao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metadedos meus bens” (Lc. 19:8). Jesus não disse pra queele vendesse suas propriedades e desse metade aospobres. Isso foi uma resposta espontânea de Zaqueupara Deus, quando renasceu em Cristo. Ele queriacompartilhar o que ele tinha com outros. Enquanto o coração carnal está cheio de egoísmo, o coraçãotransformado é preenchido com um espírito de abne-gação e doação altruísta.

Dê e Será Dado a VocêJesus disse, “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recal-cada, sacudida, transbordante, generosamente vosdarão.” (Lc. 6:38). Deus ama doadores voluntários e os recompensa abundantemente.

Deus pede a Seu povo para devolver fielmente os dízimos e ofertas para Seu tesouro, não a fim de enri-quecer a Si mesmo (Testimonies, Vol. 2, p. 653), masporque Ele quer que Seu povo desenvolva um caráternobre, dando generosamente. Ele prometeu “abrir asjanelas dos céus e derramar bênçãos sem medidas”(Ml. 3:10).Deus dá àqueles que estão constantemente dando aoutros, para que eles possam ter mais bênçãos paracompartilhar com outras pessoas. O Lago da Galileiaé uma boa representação disso. Constantemente recebe água doce dos vales superiores no norte. Todaespécie de seres vivos desfrutam uma vida de abun-dância no lago. E ele manda constantemente a águapara o Rio Jordão. Através desse recebimento e doa-ção constante de água, ele continua mantendo o poder da vida.O Mar Morto, por outro lado, recebe água constante-mente de várias fontes, inclusive do Rio Jordão, masele não passa sua água adiante. Por isso, torna-se es-tagnado e em deterioração, e, consequentemente, osseres vivos não podem sobreviver nele. Ele é morto!Isso nos relembra quão perigoso é não compartilharas bênçãos de Deus com outros. Jesus disse, “maisbem-aventurado é dar que receber” (At. 20:35).Quando damos, recebemos mais abundantemente.

Deus Ama Os Que Dão Com AlegriaDeus não aceita qualquer coisa que ofereçamos a Elerelutantemente, com coração egoísta. “Cada um con-tribua segundo tiver proposto no coração, não comtristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quemdá com alegria.” (2 Co. 9:7). Deus somente aceita ofer-tas voluntárias (Testemunhos, Vol. 3, p. 396). “As ofer-tas voluntárias de um coração contrito e humilde serãorecebidas por Ele, e o doador será recompensado comas mais ricas bênçãos.” (Testemunhos, Vol. 2, p. 653).Quando nós doamos com um verdadeiro espírito defidelidade e abnegação, Deus nos outorgará maisabundantes bênçãos como uma consequência, nãosomente bênçãos materiais, mas também no caráter.

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Perspectiva

Dr. Jairyong Lee,Presidente da Divisão Norte Ásia-Pacifica

O Verdadeiro Espírito de Doação

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Embora este artigo esteja intitulado “A Influência doMordomo”, na verdade é sobre a Influência Divina, o que nos leva à pergunta: “Como esta influência semanifesta?”. Deus tem um propósito e um plano paracada um de nós. Mesmo antes de sermos criados, um plano estava em vigor para nossa participação namissão de Deus. Cada pessoa tem sido cuidadosa-mente e exclusivamente equipada com personalidadee talentos a fim de participar da “Grande Estratégia” – o plano de Deus.Cumprir a nossa parte no plano de Deus requer tantoatitude como ação apropriadas. Lembre-se do rapazSamuel, que se disponibilizou paraDeus? Quando Deus o chamou,Samuel respondeu: “Fala, porque oTeu servo ouve.” (1 Sm. 3:10). Deuschama com um propósito definidoe sempre que Ele chama é impor-tante termos uma atitude de dispo-sição para Ele.É claro que os talentos e dons querecebemos precisam ser desenvol-vidos. Davi, por exemplo, na bata-lha contra Golias, foi impulsionadopela confiança em Deus e usou seutalento exclusivo: a capacidade deconcentração absoluta e a precisãocom que acertava um alvo comuma pedra lançada de sua funda.Ele obviamente tinha muita prática.Deus usou Ester, uma jovem mu-lher, corajosa, de insuperável be-leza, juízo claro, com notávelautocontrole e abnegação, parasalvar seu povo em um tempo de crise. Ester se dispôsa ser usada por Deus. O poder divino estava unidocom o esforço humano. Para cumprir sua missão elaprecisou de uma boa preparação – antes de tudo es-piritual, mas também na prática. A preparação foi umaparte integrante do sucesso. Antes da linda Ester setornar rainha, ela precisou passar por um longo pe-ríodo de purificação e tratamentos de beleza. Damesma forma, antes da conversa estratégica com orei, Ester tomou tempo para seus próprios preparativos– ela jejuou e orou, obteve a graça do rei e organizouum banquete. Pela providência de Deus e a influênciade um “mordomo” cujo nome era Ester, o povo deDeus foi restaurado ao favor real e libertado.

Os exemplos de Davi e Ester nos lembram que a in-fluência do mordomo que permanece nas mãos deDeus não tem limites. Todos na terra estão ao alcancede Cristo. O evangelho deve ser pregado para todanação. Consequentemente, não podemos nos conten-tar com nada menos do que está expresso no Seu co-mando ou convite.O mordomo sempre se encontrará sendo influenciadode um jeito ou de outro. Ninguém está imune porcausa da controvérsia que está acontecendo. Não podemos optar por sair dela, mesmo se assim esco-lhermos. Um ou outro poder tem uma influência em

nós o tempo todo. Ninguém per-manece imune. A parte que partici-pamos na “Grande Estratégia” é exclusiva de cada indivíduo. Nemtodo mundo é chamado pra ser umpastor, um governador ou umatleta, mas todos temos uma in-fluência que Deus pode usar emSua missão.Quando eu cresci, descobri queDeus me deu o dom de “línguas”,a capacidade de aprender facil-mente outras línguas. Quando eufui obrigada a aprender a língua ita-liana a fim de estudar na Itália, eu dedicava por volta de 12 a 14horas por dia para aprender. Issofazia parte da minha preparaçãopara o trabalho que Deus me daria.Eu não sonhava que um dia (10 anos depois), eu estaria ser-vindo de intérprete para o presi-dente da Itália durante uma visita

de Estado. Deus não tem limites. Ele pode nos usaronde quer que estejamos. Verdadeiramente, tudo queEle precisa é uma atitude que nos permita estar dispo-níveis e uma vontade própria de fazer o trabalho depreparação e desenvolver os talentos que Ele nos temdado. Ele tem em mente maneiras maravilhosas paranos usar e para dar-nos influência no serviço para Ele e para outros.

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Na prática

Hella Milbreta-HolmaMembro voluntária Adventista

A Influência do Mordomo

Hella, um membro leigo adventista, serviumuitos anos como membro do comitê Executivo da Divisão Trans-Europeia, comolíder de música da União Báltico e da Asso-ciação da Letônia.

Hella é casada e uma mãe feliz de um filho.Ela tem graduação em Ciências Sociais eDireito. Atualmente ela trabalha como Dire-tora de Equipe de uma companhia de segu-ros austríaca e está inspirando líderes acrescerem e terem vontade de andar umamilha extra.

Anteriormente, trabalhou muitos anos comouma intérprete italiano-letão. Entre suasmais importantes tarefas como intérprete,foi intérprete entre o presidente da Itália eLetônia em visitas de estado. Hella é ummembro da Sociedade Dante Alighieri, naLetônia, e ganhou o Grande Prêmio DanteAlighieri por sua contribuição para o desen-volvimento das relações econômicas e cul-turais entre Itália e Letônia.

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Éminha crença fundamental que todos os homenssão criados para servir à Deus. Ao nos criar,Deus nos deu domínio sobre todas as coisas.

Porém, por causa do seu ego, o homem permitiu queo pecado nos separasse de Deus e o mundo nuncamais foi o mesmo desde então. Deus, porém, é umSer gracioso que sempre está disposto a perdoar e salvar a raça humana do seu caminho destrutivo. É por isso que Ele enviou Seu “Filho unigênito” paramorrer e nos proporcionar uma esperança restaura-dora.O nascimento de Cristo e Sua morte subsequente ofe-rece a oportunidade para a raça humana de ser redi-mida e verdadeiramente ter domínio sobre a Terra.Porém, temos que depender inteiramente de Jesus,por isso que Filipenses 4:13 é aplicável: “Tudo possonAquele que me fortalece”(NVI).Ao longo deste processo de restauração, Deus temcolocado homens e mulheres em lugares de influên-cia, a fim de providenciar os meios de transformação,conselho, suporte, orientação e motivação para o Seu povo. Ele está a todo momento procurando maneiras de nos salvar para que possamos ter asbênçãos da eternidade. A isso, posso atribuir a minhaprópria história de vida.Em 1983, desenvolvi glaucoma e após seis anos,minha vida tinha se transformada em um poço de es-curidão. A vida de um homem jovem, brilhante e cheiode energia, aparentemente desmoronou por uma dasconsequências do pecado: uma severa doença dosolhos, glaucoma. Quando me achei nesta precária po-sição, foi como se meu mundo estivesse acabado.Sonhos de me tornar um Revisor Oficial de Contasforam arrasados. Sonhos de dirigir um carro foramdespedaçados e a esperança de jogar futebol e crí-quete, dois dos meus esportes preferidos, tambémforam quebrados. Fui forçado a questionar Deus. Eu nunca tinha questionado Sua existência, mas eu O questionei acerca do porque isso estava aconte-cendo comigo. O que era que devia fazer que nuncafiz? Reconhecendo como pessoas com deficiênciassão tratadas na sociedade, o que Ele deixaria aconte-cer comigo no futuro? Passei por um período de “ver-dadeiro inferno” onde me senti atormentado edepressivo.Mas, quando se passa por situações como estas, pre-cisa-se apreciar o fato de que Deus nos permite pas-sar pelo vale a fim de levar-nos ao topo da montanha.

A experiência dos Israelitas no Egito, quando ficaram400 anos no cativeiro, foi um meio que Deus usou depreparar Seu povo para coisas maiores e assim testemunharem Seu imenso poder.Olhando para trás, posso de forma inequívoca dizerque Deus me guiou por entre a cegueira porque Eletinha grandes planos esperando por mim: planos quenão pude prever nem imaginar. Por que quem em sãconsciência, 25 anos atrás, imaginaria que, um dia,um homem cego, de uma família humilde na paróquiarural de Santa Maria, Jamaica, ascenderia até o cargode Presidência do Senado Jamaicano? Quem poderiaimaginar que, um dia, um homem cego que teve suavida transformada por conta da glaucoma, iria liderarum time Jamaicano para negociar uma grande con-venção dentro das paredes consagradas da mais po-derosa instituição da Terra, as Nações Unidas? Quempoderia sonhar que um dia, essehomem cego re-presentaria seu país em vários fóruns, em mais de 22países do mundo? Somente Deus poderia!Refletindo sobre onde estou hoje e de onde eu vim,percebo que Deus permite certos acontecimentospor algum propósito. Um dos meus pastores Adven-tistas preferidos, Glen Samuels, que procede daUnião Jamaicana, uma vez replicou, “Onde Deus co-loca um ponto final, nem ouse colocar uma vírgula!”.Estou feliz pois enquanto eu passava por meus mo-mentos de Jó nunca questionei a existência de Deus.Se eu tivesse questionado, tenho certeza que Ele nãoteria permitido que todas essas bênçãos fossem der-ramadas sobre mim hoje, nem teria me permitido sertransformado num “mordomo de influência” no meulindo país. É bom questionar a Deus; mas é tolicequestionar a Sua existência. Fazer isso é render-se àcondenação eterna e à ridicularização pública.É dito que “a quem recebe muito, muito é exigido”.Deus tem me dado muitas coisas e eu sei que Ele exi-girá muito de mim. Eu me vejo como Seu mordomoporque eu não poderia realizar tudo que realizei aolongo dos últimos 25 anos, sem a Sua mão orienta-dora. Foi Ele quem guiou aquela enfermeira da IgrejaAdventista do Sétimo Dia de Port Maria para vir plan-tar a semente da salvação na minha vida. Foi Elequem conduziu uma jovem Adventista para a Socie-dade Jamaicana para os Cegos, para se voluntariare me ajudar com a minha educação. Foi Ele quem meajudou durante a escola, sem ter grandes gastos dedinheiro e eu sei que Ele fez tudo isso porque eu tinhaque depender do cérebro que Ele implantou em mim.

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Comprometimento

Senador Floyd MorrisPresidente do Senado Jamaicano

Servindo a Deus Servindo a Pessoas

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Foi Ele quem conduziu o antigo Primeiro Ministro daJamaica, o Honroso P. J. Patterson, a me nomearcomo Senador em 1998 e depois me promover comoSecretário de Estado em 2001. Foi Ele quem, depoisde ter me visto passar por vários relacionamentos fracassados, me levou a uma das mulheres mais lin-das já criadas, que conheci na minha Escola Sabatinana Andrews Memorial Seventh-day Adventist Churche me casei com ela em 2011. É Ele quem continua a me guiar, mesmo eu sendo cego, para correr 7-8kilômetros por dia, com a ajuda de um assistente. E, foram as Suas mãos orientadoras, depois que oReverendo Stanley Redwood renunicou ao cargo dePresidente do Senado Jamaicano, que conduzirammeus colegas do Senado e a honrosa Primeira Minis-tra, Portia Simpson Miller, a repousarem sua con-fiança em mim para assumir o quarto mais poderosooficio político do país, o Presidente do Senado Jamaicano. Deus é verdadeiramente incrível e dignode louvor.Ao perceber meu chamado para servir, eu gasto meutempo advogando por melhorias para a justiça sociale econômica para os meus irmãos deficientes. Os fisicamente aptos tem gente suficiente para advogarpor eles no mercado de trabalho.

Porém, pouca gente vê a necessidade de se pensarnos deficientes. Com frequência somos tratadoscomo marginalizados na sociedade e vistos comoseres digno de piedade e colocados na lista para oauxílio governamental. Não é isso que Deus querpara o Seu povo. Das curas relatadas na Bíblia, dos35 milagres documentados, 27 (80 por cento), foramfeitas em pessoas com vários tipos de deficiências.Eu, portanto, vejo minha ascensão a esse alto cargocomo um meio de Deus me usar para influenciar umamudança que impactaria as vidas das pessoas comdeficiências de uma maneira significativa. Foi minhaa alegria e honra ter sido parte da equipe que nego-ciou com a Convenção das Nações Unidas em favordos Direitos das Pessoas Deficientes. Afixei minhaassinatura naquele instrumento em Março de 2007e vi Jamaica ser o primeiro país do mundo para as-sinar e ratificar o primeiro Tratado Internacional donovo milênio. Esse ano, a Jamaica irá promulgar umdecreto que servirá para proteger e assegurar os di-reitos de aproximadamente 400.000 pessoas comdeficiências na ilha. À Deus seja a glória, grandes coi-sas Ele continua fazendo. Sem duvida, estou com-prometido a servir.

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Hibiscus/RoselleChá Jamaicano

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Minha amiga Sonya, adora contar a história de suachegada, há vários anos, na Universidade Adventistado Sul (Southern Adventist University), nos EstadosUnidos. Tinha sido uma longa viagem do Texas para o Tennessee, apertada no banco de trás de um Buicksuper carregado. O carro mal estacionou e Sonya cor-reu para dentro do dormitório para apresentar-se, comtodo aquele entusiasmo de um calouro de faculdade.Depois de achar seu quarto, ela deu os primeiros pas-sos de sua independência adulta - carregando suasmalas do carro para o novo lar. O pai de Sonya ajudoucom a mudança, enquanto sua mãe arrumava tudo emseu quarto. Logo, um senhor mais velho vestindo umacamiseta de “Nós Carregamos” veio e perguntou sepoderia ajudar. Sonya achou muito legal que tivessempessoas dispostas a ajudar os estudantes nas mudan-ças, e ela, definitivamente, precisava disso. Havia mui-tas escadas, e ela tinha um monte de coisas. Aospoucos, seu dormitório se encheu de pilhas de roupasainda colocadas em cabides aleatórios, seu imensocomputador antigo, um peixe gigante empalhadoe,tudo mais, tão importante para a caloura da faculdade."É isso?", o cavalheiro mais velho gentilmente pergun-tou em uma das últimas viagens do Buick. Sonya eseus pais lhe asseguraram que eles poderiam pegar oresto e agradeceram pela ajuda. Depois que ele saiu,o pai de Sonya perguntou se ela sabia quem era.

"Não", ela disse, um pouco preocupada com a sua chegada em seu mundo grande e assustador decalouro."Esse foi o presidente da universidade", disse seu pai.Sonya quase engasgou. O presidente da universidadetinha acabado de ajudá-la guardar todas as suas rou-pas loucas, enorme computador e o peixe gigante empalhado em seu quarto! Ele nunca se apresentoucomo o presidente, como alguém que merecia seurespeito e atenção. Ele tinha somente a ajudado a semudar. Não precisa nem dizer que, Sonya se tornouuma grande fã do Dr. Bietz desde então.Jesus ensinou um reino onde reitores de universidadesajudam calouros mudar-se em seus quartos do dormi-tório. Ele ensinou sobre um reino onde se deve ter ahumildade de uma criança para entrar. Onde os menores são os maiores, e os maiores os menores.Neste Reino, a única maneira de ser uma pessoa deinfluência é servir.Jesus, o grande “Influenciador” de todos os tempos,disse isto da melhor maneira possível depois de humil-demente lavar os pés sujos de seus discípulos: “Compreendeis o que eu vos fiz? Vós me chamais'Mestre' e 'Senhor', e dizeis bem, porque eu o sou.Ora se eu sendo o Mestre e o Senhor vos lavei os pés,também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Por-que eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fizfaçais vós também. Em verdade em verdade vos digoque o servo não é maior do que o seu senhor, nem oenviado maior do que aquele que o enviou. Ora, se sa-beis essas coisas, – bem aventurado sois se as prati-cardes!" (Jo 13, 12-17). Não somos maior do que onosso Mestre. É por isso que Ele nos dá o privilégio,como mordomos influentes, de trilhar o caminho deabençoar servindo.

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Jovem

Andrea KeeleMissionária - Min. Voluntários da Divisão Norte-Americana da IASD

A Bênção de Abençoar

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Relatório

Gary KrauseDiretor Associado - Ministério da Mordomia Cristã - CG

Quando eu visitei pela primeira vez o país de Chad naAfrica Central, há muitos anos atrás, os líderes da igrejame falaram que eu era a primeira pessoa da Conferên-cia Geral a visitá-los. Eles ressaltaram que isso os fezsentir que eles não foram esquecidos. Naquela época eu não sabia muito sobre esse país, sósabia que era pobre. Não somente uma pobreza queincomodava, mas pobre a ponto deles não saberemse iriam sobreviver no dia seguinte. Haviam mais de 7 milhões de pessoas que viviamno Chad (hoje são 13 milhões) - amaioria nunca tinha ouvido o nomede Jesus ou sabia pouca coisasobre Ele. Mais de 80% da popu-lação vivia abaixo da linha de po-breza e a expectativa de vida eraabaixo de 48 anos de idade.É razoável supor que, até hoje, aIgreja Adventista do Sétimo Dianão dá muita atenção ao Chad oua igreja no Chad. Provavelmente,muitos teriam dificuldades paraachar esse país no mapa. Mas, eu descobri que látinha uma missão Adventista na capital, N’djamena, eem todo o país havia aproximadamente 1.500 adven-tistas batizados, 50 igrejas e grupos Adventistas, escolas e até um hospital. E um grande grupo de Pio-neiros da Missão Global estavam “plantando” novosgrupos de crentes.É claro que, como o resto da comunidade, os Adven-tistas no Chad são desesperadamente pobres. Lá existiam apenas dois pastores ordenados em todoo país e apenas um tinha um meio de transporte. O secretário-tesoureiro da missão não tinha nem se-quer uma bicicleta. Mas, a igreja estava viva e funcio-nando. Eles tinham programas e projetos. Elesestavam alcançando pessoas na sua comunidade.Eu fico pensando naquela velha expressão “a roda es-tridente é que recebe a graxa.” Hoje, na igreja algumasrodas rangem alto e com grande habilidade. E muitasvezes a ‘grande roda’ das organizações quetêm as fotos mais interessantes, vídeos con-vincentes e as histórias mais tocantes são asque ganham as grandes doações- “a graxa”.Eu não quero minimizar a importância de doaçõespara projetos. Isso faz uma grande diferença e a inicia-tiva da Missão Global da igreja de plantar novas con-gregações depende disso. Mas, o que nós fazemos

para aquelas partes do mundo e aqueles grupos depessoas, que não podem ou não fazem “rangidos?”Esses que não tem como compartilhar fotos e históriasemocionantes conosco?O sistema da igreja de dízimos e ofertas missionáriasajuda a fazer com que esses lugares como Chad, quepodem não parecer “glamorosos” ou ter uma grandevisibilidade, recebam ajuda. Toda vez que você entragaseu dizimo e oferta missionária, você está assegurando

que as rodas que não rangem rece-bem atenção. Você está dando su-porte para milhares de Pioneiros daMissão Global. Você está ajudandoa sustentar centenas de missioná-rios como Cristy Shanky, um jovemmédico que trabalha no HospitalMalamulo em Malawy. Você estáajudando a alimentar e vestir pes-soas pobres que nunca vai conhe-cer. Você está ajudando a plantarnovas congregações nas grandescidades do mundo. Você está

dando suporte para que o evangelho entre em “todo omundo.” Nós somos agradecidos pelos milhares deprojetos específicos para os quais Adventistas doam.Mas, nenhum desses projetos chegaria muito longe se não fosse por um sistema bem mais amplo e muitomaior, que providência a base para que o suporte continue.Cada vez que você entrega seu dízimo e oferta missionária, você está ajudando a manter escolas,hospitais, trabalho humanitário, divulgação na mídia,publicação, implantação de novas igrejas e muito mais. Você está ajudando a igreja a crescer em áreasonde muitos membros da igreja ganham menos de umdólar por dia.Você está garantindo que as rodas que não podemranger continuem rodando.

O Valor da Doação Sistemática

Gary Krause nasceu em Fiji com pais mis-sionários australianos. Gary Krause dirige oescritório da Missão Adventista (www.ad-ventistmission.com). Ele e sua esposa, Bet-tina são pais orgulhos de Bethany que temoito anos de idade. Gary tem escrito cente-nas de artigos publicados e o livro, Os Gran-des Missionários de Deus (God’s GreatMissionaries). No momento ele está traba-lhando em seu doutorado focado em minis-tério holístico urbano.

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